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FACAM-FACULDADE DO MARANHÃO

SOCIEDADE MARANHESE DE ENSINO

SUPERIOR LTDA O PAPEL DO ENFERMEIRO DIANTE DAS


POLO VIANA LIMITAÇÕES DO IDOSO COM A DOENÇA DE
PARKINSON
GILSON SOUSA ANDRADE

ACADÊMICO: GILSON SOUSA


ANDRADE
A Doença de Parkinson.
é neurodegenerativa crônica de difícil diagnóstico
mais comum em pessoas com mais de 50 anos,
podendo ser idiopática ou não, geralmente provocada
pela diminuição dos níveis de dopamina
(neurotransmissor inibitório) decorrente da falência dos
neurônios da substância negra do cérebro, levando o
paciente a apresentar uma série de sintomas
decorrente deste processo. Além disso sabemos que
no Brasil cerca de um terço das pessoas com doenças
de Parkinson apresentam também depressão,
condição que merece um olhar profissional do
enfermeiro
O outro aspecto pertinente desrespeita a individualidade
de pessoas com DP. Pois são diferentes sintomas
motores e não motores que influenciam cada indivíduo.
Conhecer a realidade de vida dessas pessoas e um Estudo
papel fundamental do enfermeiro frente tal doença que Esse estudo é do tipo bibliográfico,
se trata de uma condição que afeta parte motora e exploratório, teve como base artigos
psicológica, entende-se que o papel se estreita entre retirados da internet, literaturas
paciente e família conhecendo melhor seu cotidiano de relacionadas ao tema e revistas
modo auxiliar melhor seu tempo de vida. científicas, objetivando principalmente
conhecer a assistência de enfermagem
que pode ser prestada a este paciente.
Introdução
O envelhecimento implica em uma série de
demandas ligadas a enfermidades e agravos
Os primeiros registros foi em 1817, a DP foi predominantes desta faixa etária. Assim, tem
destaque as doenças degenerativas que são comuns
descrita pela primeira vez pelo médico inglês
na velhice, dentre elas, o Mal de Parkinson ou
James Parkinson, como, “Doença neurológica Doença de Parkinson (DP). Esta morbidade se
progressiva que afeta os centros cerebrais sobressai devido à sua alta incidência, se
responsáveis pelo controle e regulação do constituindo na segunda doença neurodegenerativa
movimento”, A doença de Parkinson (DP) e mais comum entre pessoas com idade acima de 60
segunda enfermidade neurodegenerativa mais anos de idade, assim como as incapacidades
produzidas nos seus portadores, tanto no campo
frequente das desordens de movimentos,
motor quanto no cognitivo.
acometendo o sistema nervoso central,
Caracteriza se pela redução pela influência A progressão da doença é variável e desigual entre
os pacientes, a prevalência tem sido estimada entre
dopaminérgica nigroestriatal e cortical, A
85 e 187 casos a cada 100.000 pessoas ou 1% da
prevalência na DP na população e de 550 casos
população com idade superior a 55 anos. O início do
por 100,000 habitantes aos 70 anos de idade. quadro clínico ocorre geralmente entre 50 e 70 anos
de
Segundo Santos et al (2022), A DP dentre as
De acordo com dados demográficos recentes do IBGE o
doenças neurológicas, é a que mais tem avançado em
envelhecimento é uma tendência no Brasil, estima-se
todo o mundo, sendo considerada a segunda doença
que a expectativa de vida aumentou 25,4 anos entre
neurodegenerativa mais comum. Em 2040 o número
1960 e 2010 devendo chegar a 80 anos em 2040(1) (ver
de portadores da DP pode chegar a 17 milhões, em
anexo 1). O envelhecimento populacional tem sido maior
razão do aumento da expectativa de vida, queda do
em todo o mundo, pela primeira vez na história a
tabagismo e a industrialização. Todavia, a notificação
população mundial não será de jovens, principalmente
da DP não é obrigatória no Brasil, dificultando a
nos países em desenvolvimento. É estimado que em
estimativa de prevalência no país. Através de dados
sete dos quinze países em desenvolvimento já possui
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
uma população com mais de 10 milhões de idosos, em
(IBGE, 2020), compreende-se 36.000 casos novos por
2050 outros quinze países classificados da mesma forma
ano, onde 700/100.000 desses casos com faixa etária
também alcançarão este índice, ou seja, esta é uma
entre 60 e 69 anos e 1.500/100.000 entre 70 e 79
população que cresce mais que qualquer outra em
anos.
qualquer região, segundo dados colhidos do Fundo de
População das Nações Unidas (2).
Objetivo Geral.
Metodologia
Objetiva-se, com este trabalho, possibilita um
olhar do profissional do Sistema Único de Consta de um estudo do tipo revisão narrativa realizado
Saúde brasileiro, bem como compreender à no mês de agosto do ano de 2023. Para a sua realização
medida que sinalizam para uma nova foi necessária a coleta do material em sites
abordagem de intervenção
especializados em publicações científicas, a exemplo
Scientific Eletronic Library (Scielo), biblioteca virtual em
saúde (BVS), PubMed e em materiais do Ministério da
Saúde. Para o levantamento do material foram utilizados
Objetivo Específico
os seguintes descritores em ciências da saúde: “doença
Avaliar os cuidados da enfermagem ao idoso com Doença de Parkinson”, “cuidados de enfermagem”, “processo de
de Parkinson, visando promoção e prevenção da saúde. enfermagem” e “diagnóstico de enfermagem”. O estudo
Proporcionar maior qualidade ao idoso. Perceber as li
de artigos em língua portuguesa, informações sobre os
aspectos gerais, a assistência de enfermagem aos
parkinsonianos, os desafios que os portadores da
Doença de Parkinson enfrentam e a importância da
assistência de enfermagem na prevenção e promoção da
qualidade de vida deles.
Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão foram tratados especificamente Resultado e Discussão
do tema doença de Parkinson e abordar a assistência O Parkinson é uma doença incurável e
de enfermagem aos parkinsonianos e os anos de progressiva, que acomete cerca de 7 milhões de
publicações ser entre 2018 e 2020. Foram excluídos os pessoas em todo o mundo. Seu início, mesmo
que não atendiam ao foco da discussão, apenas que raramente, se dá a partir dos 50 anos,
tangenciando o tema proposto além de artigos repetidos porém, é mais comum em idosos acima dos 80
anos. Com a progressão da doença, diversas
entre as bases. Foram selecionados 9 artigos para a
funções ficam afetas, sendo necessário um
análise e discussão, os quais apresentavam conteúdo acompanhamento permanente e holístico, e
relevante sobre a temática e a assistência de neste momento entra em cena a enfermagem, a
enfermagem prestada aos idosos com Parkinson. Para fim de promover autonomia e estimular o
sumarização das intervenções de enfermagem foi autocuidado do portador de Parkinson (GALVÃO
utilizada intervenções disponíveis na Nursing et al., 2016). A
Interventions Classification (NIC) de 2022.
representatividade em grupos sociais terapêuticos de
pessoas com Parkinson pode ajudar na qualidade de
vida e na melhoria dos sintomas, pois é possível haver
partilhas das experiências, encontrar pessoas na mesma
situação de saúde, buscar por relações afetivas,
aceitação da doença, existindo como importante
benefício intervenções no estilo de vida, diminuição do
tempo de internações hospitalares e redução de custos
no tratamento da doença. Juntamente com a
participação da família nos grupos, é imprescindível para
conhecer profundamente a doença e desenvolver
habilidades, pois a família é uma fonte de apoio, através
do incentivo e da partilha das responsabilidades, muitas
vezes despreparadas, vivenciando um processo de
negação da doença ou até mesmo descrito.
Assim, a assistência não se deve restringir apenas ao
doente, mas também ao cuidador de forma integral e
resolutiva (VALCARENGHI et al., 2020). É dever dos
profissionais de saúde esclarecer dúvidas sobre a
doença, seu tratamento e possibilidades, contribuindo
assim para a aceitação e a continuidade da vida sem
. É de extrema importância sensibilizar familiares e o O enfermeiro como cuidador e educador no cenário
portador da doença após o diagnóstico. A Estratégia da atenção primária precisa estimular a
Saúde da Família, por ser a porta preferencial de autoconfiança, o autocuidado, a autonomia e o
conexão entre usuário e a rede de atenção à saúde, empoderamento dos pacientes com Parkinson,
deve estar preparada para identificar e receber
portadores não apenas desta, mas de muitas outras
doenças (GALVÃO et al., 2016). Reafirmando a
importância da assistência de saúde para o paciente e
cuidador, um estudo realizado no Canadá demonstrou
que através de uma equipe qualificada e
interdisciplinar, composta por especialistas em
distúrbios do movimento e enfermeiros especialistas
em doença de Parkinson, em conjunto com o serviço
social e psicólogos, obtiveram resultados satisfatórios
na melhoria da saúde e da qualidade de vida de
pessoas com a doença de Parkinson (VALCARENGHI
et al., 2018).
Considerações
Finais.
Diante de toda reflexão fica exposta a necessidade A assistência de Enfermagem favorece aos
de publicações de trabalhos mais atuais sobre a parkinsonianos uma forma de revolucionar os
assistência de enfermagem a idosos com doença impactos causados por essa condição clínica,
de Parkinson em todos os âmbitos e níveis de
sendo esses cuidados beneficentes e
assistência à saúde. A doença diminui as
condições de qualidade de vida, bem como a insubstituíveis para os idosos. Dessa forma, o
redução das capacidades motoras, o que reflete estudo é relevante para nortear os cuidados
em baixos níveis de autocuidado. Frente a essas oferecidos aos idosos com Parkinson, instruindo
dificuldades enfrentadas pelos idosos com a os profissionais de enfermagem a proporcionar
doença de Parkinson, a Enfermagem é de grande assistência integral e qualificada. Ademais, o
importância na manutenção da qualidade de vida, estudo reforça à comunidade técnico-científica a
na minimização dos sintomas, estímulo ao
importância da assistência de enfermagem na
autocuidado e na melhoria dos aspectos
psicossociais, através do desfecho de diagnósticos manutenção da qualidade de vida dos idosos com
e aplicabilidade de intervenções consideráveis e Parkinson, por meio da aplicabilidade de seus
individuais para cada idoso. conhecimentos científicos diante de um olhar
holístico.
: Conforme Lima e Sales (2015), tanto a atuação
de enfermagem .
Conclusão:
Observou-se nesse estudo que o papel da
enfermagem para o tratamento de paciente com DP
está diretamente ligado com sua qualidade de vida,
desenvolvimento da doença, percepção e cuidados
com pacientes e familiares, para que estes
mantenham o tratamento satisfatório juntamente com
equipe de enfermagem e multiprofissional capacitada
e qualificada.
• A maior riqueza e a Saúde

A base de toda felicidade é a saúde .


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