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Arquivos de Medicina Física e Reabilitação

Página inicial do jornal:www.archives-pmr.org

Arquivos de Medicina Física e Reabilitação 2018; 99: 826-33

PESQUISA ORIGINAL

Os Efeitos do Treinamento Funcional, Exercício de Bicicleta e

Exergaming na Capacidade de Caminhada de Pacientes Idosos
com Doença de Parkinson: Um Estudo Piloto Randomizado
Controlado Simples-Cego

Daniel Dominguez Ferraz, MSc,umaKaren Valadares Trippo, MSc,umaGabriel Pereira Duarte, PT,uma
Mansueto Gomes Neto, PhD,umaKionna Oliveira Bernardes Santos, PhD,uma
Jamary Oliveira Filho, PhDb
Dos Departamentos deumaFisioterapia ebBiomorfologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.

Abstrato
Objetivos.Comparar os efeitos do treinamento funcional, exercício de bicicleta e exergaming na capacidade de marcha de idosos com doença de Parkinson (DP).

Projeto:Um estudo piloto randomizado, controlado, simples-cego.

Contexto:Um centro estadual de atenção à saúde do idoso, um ambulatório público de referência ao idoso.
Participantes:Indivíduos idosos (-60 anos de idade; NZ62) com DP idiopática (estágio 2 a 3 da escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada) de
acordo com o London Brain Bank.
Intervenção:Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos. Grupo 1 (G1) participou de treinamento funcional (nZ22); grupo 2 (G2) realizou
exercício em bicicleta (nZ20), e grupo 3 (G3) treinou com exergames Kinect Adventures (Microsoft, Redmond, WA) (nZ20). Medidas de saída principais:O desfecho
primário foi o teste de caminhada de 6 minutos (TC6); as medidas de resultados secundários foram o teste de caminhada de 10 m (10MWT), teste de sentar e
levantar (SRT), índice de massa corporal, Parkinson's Disease Questionnaire-39, World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0) e 15
itens de depressão geriátrica Régua.
Resultados:Todos os grupos apresentaram melhoras significativas no TC6 (G1PZ.008; G2PZ.001; G3PZ.005), SRT (G1P <.001; G2PZ.001; G3 PZ.003) e
WHODAS 2.0 (G1PZ.018; G2PZ.019; G3PZ.041). Apenas G3 melhorou a velocidade da marcha no 10MWT (PZ.11). G1 (PZ.014) e G3 (PZ.004) melhor
qualidade de vida. Nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos.
Conclusões:Oito semanas de exergaming podem melhorar a capacidade de marcha de pacientes idosos com DP. O treinamento exergame teve resultados semelhantes em
comparação ao treinamento funcional e exercício de bicicleta. As três modalidades de exercício físico apresentaram melhoras significativas na capacidade de deambulação,
capacidade de levantar e sentar e funcionalidade dos participantes.
Arquivos de Medicina Física e Reabilitação 2018; 99: 826-33
ª2018 pelo Congresso Americano de Medicina de Reabilitação

A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio cerebral caracterizado pela perda
de neurônios dopaminérgicos na substância negra do mesencéfalo.1É a
segunda doença neurodegenerativa crônica mais prevalente,
O estudo foi realizado no Centro Estadual de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (SRHCCE),
ambulatório público de referência para idosos de Salvador, Bahia, Brasil, entre 1º de junho de 2015 e
27 de março de 2017.
Registro de Ensaio Clínico No.ClinicalTrials.gov(identificador do ensaio clínico: NCT02622737).
Divulgações: nenhuma.
afetando 1,5% a 2% da população idosa nos Estados Unidos.2Indivíduos
com DP apresentam sintomas neurológicos clássicos como tremor de
repouso, rigidez e bradicinesia.3Esses sintomas da DP, associados aos
efeitos do envelhecimento, diminuição da capacidade de marcha,
resistência física,4equilíbrio e independência funcional
para atividades básicas da vida diária,5levando à incapacidade
progressiva.
Devido a essas limitações, os pacientes com DP são um terço menos
ativos do que aqueles sem DP da mesma idade.6Pacientes com

0003-9993 / 18 / $ 36 - consulte a matéria da frenteª2018 pelo Congresso Americano de Medicina de Reabilitação

https://doi.org/10.1016/j.apmr.2017.12.014
Doença de Parkinson e videogames
Os DP que participam de programas de exercícios têm uma melhor percepção
da qualidade de vida e uma capacidade de marcha, equilíbrio postural, nível
de força, flexibilidade e capacidade física superiores em comparação com
pacientes fisicamente inativos.7
A fisioterapia convencional é uma série de técnicas com foco em
transferências, postura, função do membro superior, equilíbrio (e
quedas), marcha, capacidade física e (in) atividade usando estratégias de
sinalização, estratégias cognitivas de movimento e exercícios para
otimizar a independência, segurança e bem-estar, melhorando assim a
qualidade de vida.8Além disso, vibração de corpo inteiro, massagem de
pontos-gatilho, dicas, dança, exercícios aeróbicos e Tai Chi estão sendo
usados na reabilitação da DP.6.9Embora uma ampla gama de
intervenções de reabilitação tenha sido bem-sucedida no tratamento da
DP, não há evidências robustas de estudos para apoiar qualquer
abordagem em detrimento de outra.8
Os exergames são jogos de computador baseados em exercícios que
foram usados recentemente para tratar pacientes com DP e outros
distúrbios neurológicos.10Esses jogos fornecem uma interface natural,
fácil e divertida de usar; eles promovem a adaptação corporal dinâmica
usando ambientes que buscam a atenção, participação, motivação e
retenção do paciente, integrando assim a recreação e o manejo da
doença.11O videogame Xbox 360 com Kinectuma
deve ser um exergame amigável para idosos com DP, porque substitui
controles remotos portáteis através do uso de tecnologia de captura de
movimento de corpo inteiro.12.13
Assim, o objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de 3 modalidades
de tratamento (treinamento funcional, exercício de bicicleta e exergaming) na
capacidade de marcha de pacientes idosos com DP. Nós levantamos a
hipótese de que pacientes idosos com DP que usaram o videogame Xbox 360
com Kinect apresentariam eficácia semelhante na melhora da capacidade de
caminhada em comparação com treinamento funcional e exercício de
bicicleta.
Métodos
O estudo foi realizado em um ambulatório público de referência para
idosos. Os dados foram coletados no período entre junho de 2015 e
março/2017. O desenho do estudo seguiu as recomendações do
Consolidated Standards of Reporting Trials.14O estudo foi realizado de
acordo com a Declaração de Helsinque e aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa em Seres Humanos (aprovação número 1.016.971). Todos
os participantes forneceram consentimento informado por escrito
voluntário.
Pacientes idosos (-60 anos de idade) com DP idiopática de acordo
com os critérios do London Brain Bank15participaram do estudo. Todos
os participantes atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Os
critérios de inclusão foram uso regular de medicação para DP e estágios
modificados de Hoehn e Yahr 2, 2,5 ou 316(as intervenções foram
desenvolvidas para pacientes com envolvimento bilateral da doença sem
incapacidade grave) sem dispositivos de marcha. Os critérios de exclusão
foram deficiência visual ou auditiva;
Lista de abreviações:
PD Mal de Parkinson
6MWT teste de caminhada de 6 minutos
10MWT teste de caminhada de 10 m
SRT teste de levantar sentado
WHODAS 2.0 Organização Mundial da Saúde Deficiência
Cronograma de Avaliação 2.0 Questionário da
PDQ-39 Doença de Parkinson-39
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síndromes parkinsonianas que não DP; doenças ósseas, articulares
ou musculares que limitam a prática de atividade física; doenças
crônicas não controladas (hipertensão, diabetes mellitus, dor
crônica); doença cardiovascular instável (insuficiência cardíaca
aguda, infarto do miocárdio recente, angina instável e arritmias não
controladas); uso atual de álcool e outras substâncias tóxicas;
contra-indicações para a realização de exercício físico de acordo
com o American College of Sports Medicine17; praticar qualquer
programa de exercícios físicos nos últimos 6 meses ou participar de
treinamento de resistência regular nos últimos 12 meses. Os
participantes foram orientados a continuar sua atividade física de
rotina enquanto participavam do estudo.
Amostra e randomização
Sessenta e dois participantes, 37 (59,7%) homens e 25 (40,3%)
mulheres, com 69 (-5) anos, pesando 67,05 (-12,46) kg, 1,61 (-0,09) m
de altura e com 6 (-4) anos de duração da doença foram
aleatoriamente designados para 3 grupos de intervenção. Um
fisioterapeuta independente realizou o método de geração de
sequência usando True Random Number Service (www.random.org
), um gerador de números aleatórios computadorizado para gerar
uma sequência aleatória de 3 números diferentes. Cada número foi
guardado individualmente em diferentes envelopes opacos
vermelhos lacrados. Outra pesquisadora convidou os voluntários
por telefone para uma primeira avaliação individual para verificar se
atendiam aos critérios de inclusão e exclusão. Após a admissão de
cada sujeito no estudo, cada envelope foi aberto sequencialmente,
o que determinou a alocação do grupo.
Vinte e dois pacientes (6 mulheres e 16 homens) participaram do grupo 1
(G1); 20 pacientes (9 mulheres e 11 homens) participaram do grupo 2 (G2); e
20 pacientes (10 mulheres e 10 homens) participaram do grupo 3 (G3). Os
participantes do G1 realizaram treinamento funcional, G2 realizaram exercício
em bicicleta e G3 treinou com exergames. As sessões realizadas em todos os
grupos tiveram duração de 8 semanas com frequência de três sessões
semanais de 50 minutos, com base em protocolos semelhantes de outros
grupos.6,8Cada sessão consistia em 10 minutos de alongamento, 5 minutos de
calistenia, 30 minutos de intervenção e 5 minutos de exercícios respiratórios
para desacelerar. Todas as intervenções alcançaram a percepção individual do
exercício cansativodou seja, 15 pontos da escala de Borg.18Os participantes
que faltaram mais de uma vez por semana ou mais de 4 faltas durante as 8
semanas de treinamento por qualquer motivo foram considerados perdidos
no acompanhamento e não foram analisados posteriormente.
Intervenções
O treinamento funcional foi baseado em Canning et al.19e consistiu em 10
atividades com duração de 3 minutos cada uma (tabela 1).
Os participantes do G2 realizaram treinamento aeróbico em bicicleta
ergométrica. Na primeira semana, o treinamento foi titulado para 50% da frequência
cardíaca máxima, aumentando progressivamente até 75% na oitava semana. Na
primeira semana, utilizamos 50% da frequência cardíaca máxima, na segunda e
terceira semana 55%, na quarta e quinta semanas 65%, na sexta e sétima semanas
70% e na oitava semana 75%. A fórmula de Karvonen20foi usado para determinar as
metas de treinamento de frequência cardíaca para cada sessão. Durante todas as
sessões de exercício a frequência cardíaca foi verificada com um monitor de
frequência cardíaca e os pacientes foram incentivados a realizar o treinamento de
frequência cardíaca.
Pacientes do G3 treinados usando o videogame Xbox 360 com Kinect (
Figura 1). Foram utilizados os jogos Kinect Adventures. Esses exergames usam
movimento de corpo inteiro para permitir que o jogador se envolva em uma
828
tabela 1 Descrição do treinamento funcional utilizado no grupo 1
Jogo
Marcha com obstáculos
Subir e descer escadas e rampa
Exercícios sentados e em pé
Engrenagens laterais
Exercício de equilíbrio em plataforma proprioceptiva
Atividades com bolas
Exercícios de passos
Exercícios de ponta dos pés
Atividades de alcance graduado
Treino de marcha
NOTA. A evolução da intensidade foi realizada progressivamente com halteres e resistência manual.
variedade de minijogos, todos com partidas multijogador jump-in, jump-
out (mesa 2). Cada mini-jogo dura cerca de 3 minutos. Para completar 30
minutos de treino, os mesmos 1 ou 2 minijogos foram repetidos em
diferentes níveis de intensidade em cada sessão.
Todos os tratamentos foram realizados sob a supervisão de um
fisioterapeuta que motivou os pacientes a utilizarem a postura
correta e promoverem o melhor desempenho do exercício. O
mesmo fisioterapeuta conduziu G1 e G2 e outro conduziu G3.
Todos os pacientes devem estar no período “on” (o período de maior
eficácia da levodopa ou medicação equivalente), e os participantes
hipertensos foram orientados a tomar seus medicamentos anti-
hipertensivos regulares.
Resultado primário
Escolhemos o teste de caminhada de 6 minutos (TC6) como desfecho primário
neste estudo como medida da capacidade de caminhada. É uma ferramenta
simples e válida para testar a capacidade de marcha, amplamente utilizada em
populações idosas e com diversas doenças.21Características específicas da
doença, equilíbrio e deficiências de mobilidade também podem influenciar o
TC6.22
Estimamos o tamanho da amostra usando médias e desvios padrão do
TC6M.23Foi considerado um intervalo de confiança (bilateral) de 95%, um
poder de 80% e uma razão de tamanho amostral (grupo 2 / grupo 1) de 1,
levando a um tamanho amostral estimado de 34º34º34 pacientes. Uma análise
interina foi planejada quando metade dos pacientes foram recrutados. Devido
ao recrutamento lento, decidimos interromper o estudo após a primeira
análise interina.
As avaliações foram realizadas por um único pesquisador cego,
seguindo as recomendações das diretrizes da American Thoracic
Society.24Todos os pacientes realizaram o TC6, durante o período
“on”, 1 semana antes e 1 semana após o treino.
Resultados secundários
O TC10 foi utilizado para avaliar a velocidade da marcha, seguindo os
critérios descritos por Salbach et al.25Força de membros inferiores e
DD Ferraz et al.
Descrição
Foram utilizados bambolês, cones de borracha, bastões de plástico, degraus de madeira e colchões
para realizar este exercício.
O paciente subiu e desceu 3 degraus e 1 rampa até completar 3 minutos.
Resistências manuais, halteres e bases instáveis (bola suíça) foram utilizadas para
aumentar o nível de dificuldade.
O paciente realizava a marcha lateral de acordo com os comandos do fisioterapeuta.
Foram utilizados discos de equilíbrio infláveis, camas de salto e mesas proprioceptivas. O
exercício consistia em chutar bolas de diferentes tamanhos e pesos, alternando
cada pé.
O exercício consistia em subir e descer degraus com o pé direito ou esquerdo
de acordo com os comandos cognitivos.
O paciente realizou exercícios de ponta do pé em superfície plana e inclinada com 2 ou 2
pé mantendo a contração do tríceps sural por 5 segundos.
Os exercícios de alcance foram realizados em pé e sentado. Atividades de dupla tarefa
foram realizados.
O paciente deambulou pela academia seguindo comandos verbais de parada e
mudando de direção. A reeducação da marcha consistiu em trabalhar a dissociação das
cinturas escapular e pélvica.
potência foram avaliadas por meio do Teste Sentar-Levantar (SRT),26e a
composição de gordura corporal foi avaliada pelo índice de massa
corporal e circunferência abdominal.
O questionário World Health Organization Disability Assessment
Schedule 2.0 (WHODAS 2.0) foi utilizado para avaliar a percepção da
capacidade funcional (atividades e participação).27A qualidade de
vida foi avaliada através do Questionário de Doença de
Parkinson-39 (PDQ-39)28e questionários EuroQol-5D,29
e o estado emocional foi avaliado por meio da Escala de
Depressão Geriátrica.30
Análise estatística
As variáveis categóricas foram expressas em números absolutos e
proporções. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para avaliar a
normalidade das variáveis contínuas. Cinco variáveis descritivas (idade,
educação, estágio Hoehn e Yahr, duração da doença, Mini-Mental
Figura 1 Paciente idoso com doença de Parkinson jogando vídeo do Xbox 360
jogo com Kinect.
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Doença de Parkinson e videogames
mesa 2 Descrição dos exergames do Kinect Adventures usados em
grupo 3
Jogo Descrição
Corrida do rio O avatar do jogador fica em uma balsa e
trabalha para pegar os pinos de aventura
espalhados pelas corredeiras sinuosas. A
jangada é controlada pisando para a
esquerda ou direita para dirigir e pulando
para fazer a jangada pular.
Crista Reflexa O avatar do jogador está em movimento
plataforma em um ambiente semelhante a um R de
madeira ou carrinho de mina. Um ou dois jogadores
correm em uma plataforma, saltam sobre
obstáculos, afastam-se de obstáculos e ficam no
limbo para evitar bater a cabeça nos faróis baixos.
Pular no lugar faz com que a plataforma se mova
mais rápido ao longo de seu trilho.
20.000 Vazamentos O avatar do jogador está em um cubo de vidro sob
agua. O jogador posiciona seus membros e cabeça
para tapar rachaduras, pois caranguejos, peixes e
“chefes”, como tubarões e peixes-espada, causam
rachaduras e buracos no cubo. À medida que a
dificuldade aumenta, até 5 vazamentos devem ser
conectados por vez para ganhar pins de aventura.
NOTA. A evolução da intensidade foi realizada progressivamente com
diferentes níveis de dificuldade do jogo. Os componentes físicos
envolvidos nesses jogos incluíram força e resistência muscular, aptidão
cardiorrespiratória, equilíbrio postural e função executiva.
Teste) e 3 desfechos secundários (Escala de Depressão Geriátrica de 15
itens, EuroQol-5D, SRT) não foram distribuídos normalmente. Essas
variáveis foram expressas como mediana e intervalo interquartil e
comparadas com os testes de postos sinalizados de Kruskal-Wallis e
Wilcoxon. Todas as outras variáveis tiveram distribuição normal,
expressas em média e desvio padrão, e comparadas com análise de
variância etteste. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Todas
as análises foram realizadas no software SPSS 22.0.b
Avaliado para elegibilidade (n = 76)
Randomizado (n = 72)
Grupo Funcional (n = 25) Grupo de treino de bicicleta (n = 25)
Perdido para acompanhamento (n = Perdido para acompanhamento (n =
3) 1 não aderente 5) 2 não aderentes
1 fratura da cabeça do úmero 1 fratura de tornozelo
1 hipertensão 1 hipertensão
1 internação por infecção respiratória
Analisado (n = 22) Analisado (n = 20)
Figura 2 Diagrama de fluxo do progresso através das fases de um estudo randomizado paralelo de 3 grupos de intervenção em Salvador, Brasil, 2017.
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Resultados
Durante o processo de recrutamento, foram convidados 76 idosos, dos
quais 4 candidatos se recusaram a participar, e 72 voluntários foram
avaliados e divididos aleatoriamente em 3 grupos: grupo funcional (G1),
grupo bicicleta exercício (G2) e grupo exergaming (G3). . Dez
participantes (13,8%) foram perdidos no seguimento: 4 abandonaram o
estudo, 1 teve uma fratura de tornozelo após uma queda em casa, 1 teve
uma fratura de cabeça umeral, 3 apresentaram hipertensão na sessão
inicial de tratamento e 1 teve uma crise respiratória aguda. infecção que
requer hospitalização (Figura 2).
Todos os grupos apresentaram características demográficas e
clínicas semelhantes, medidas antropométricas, nível de escolaridade,
estado cognitivo e estágio da doença da DP.Tabela 3).Tabela 4fornece
um resultado resumido para cada grupo de estudo (G1, G2 e G3).
Todos os grupos apresentaram melhorias significativas no TC6, SRT e
WHODAS 2.0. Apenas G3 demonstrou melhora significativa na
velocidade da marcha realizada no TC10. G1 e G3 melhoraram a
percepção de qualidade de vida (EuroQol-5D e PDQ-39) e nenhum grupo
diminuiu significativamente o índice de massa corporal. Apenas G2 e G3
obtiveram diferença significativa na redução da circunferência
abdominal. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os 3
grupos em qualquer um dos resultados pré-especificados (mesa 5).
Discussão
Os resultados apoiaram nossa hipótese. O grupo G3, bem como os
grupos G2 e G3, tiveram melhorias semelhantes na capacidade de andar,
levantar e sentar e funcionalidade de idosos com DP Hoehn e Yahr
estágios 2 a 3. Não houve diferenças significativas entre essas 3
modalidades de exercício . No entanto, apenas os participantes do G3
melhoraram significativamente a velocidade da marcha. G1 e G3
apresentaram melhoras significativas na qualidade de vida, e reduções
significativas da circunferência abdominal foram encontradas nos
pacientes do G2 e G3.
As 3 modalidades de exercício utilizadas neste estudo foram capazes de
melhorar a mobilidade e reduzir o risco de queda dos participantes. Condições
clínicas e funcionais, como deficiência de mobilidade,26gravidade da doença,
equilíbrio funcional, capacidade de locomoção e custo energético de
Recusou-se a participar (n = 4)
Grupo Exergaming (n = 22)
Perdido para acompanhamento (n =
2) 1 não aderente
1 hipertensão
Analisado (n = 20)
830 DD Ferraz et al.

Tabela 3 Características basais do grupo experimental em indivíduos com doença de Parkinson

G1 (nZ22) G2 (nZ20) G3 (nZ20)

n (%) n (%) n (%)
Variável Mediana (IR) / Média (-SD) Mediana (IR) / Média (-SD) Mediana (IR) / Média (-SD) PValor
Sexo (feminino) 6 (27,3) 9 (45,0) 10 (50,0) . 358
Fallers 10 (45,5) 9 (45,0) 10 (50,0) . 861
Peso (kg) 68,57 (-9,92) 64,66 (-13,10) 67,76 (-14,45) . 577
Altura (m) 1,61 (-0,09) 1,62 (-0,09) 1,60 (-0,09) . 630
IMC (kg/m2) 26,62 (-4,17) 24,36 (-3,97) 26,61 (-5,83) . 222
UPDRS 29,86 (-12,95) 28,65 (-12,86) 32h30 (-15h48) . 696
CA (cm) 94,70 (-11,76) 90,62 (-19,04) 95,27 (-13,07) . 559
Idade (y) 71 (66e75) 67 (64e71) 67 (66e68) . 063
Duração da doença (y) 4 (3e7) 6 (4e9) 4 (4e7) . 461
Mini-teste mental 27h00 (24h75e28h00) 27h00 (25h00e29h00) 27h00 (25h00e28h00) . 723
Hoehn e Yahr estágio 2,50 (2,50e3,00) 2,50 (2,00e3,00) 2,50 (2,00e2,50) . 108
Educação (y) 8,00 (4,75e11h00) 9,50 (5,00e11h00) 8,00 (4,00e11h00) . 457

NOTA. Variáveis com distribuição não normal foram expressas como mediana e intervalo interquartil e comparadas com o teste de Kruskal Wallis; As variáveis com
distribuição normal foram expressas em média e desvio padrão e comparadas com o teste ANOVA.
Abreviaturas: AC, circunferência abdominal; IMC, índice de massa corporal; G, grupo; IR, intervalo interquartil; n, número de participantes; UPDRS, Escala Unificada de
Avaliação da Doença de Parkinson.

caminhada, pode influenciar a distância do TC6 em pacientes com DP
moderada.21Assim, nestes pacientes há uma validade convergente do
TC6 em relação ao equilíbrio funcional ou mobilidade como teste de
capacidade de marcha.21As melhorias no TRS já podem estar
relacionadas ao aumento da força muscular de membros inferiores.
Além disso, o desempenho no SRT em DP está mais relacionado
equilíbrio e bradicinesia, e pode ser útil como um meio rápido de avaliar
o risco de queda bruta desses indivíduos.26
Além disso, nossos resultados com o TC6 parecem clinicamente
significativos. Bohannon e Crouch31sugeriram que mudanças na distância do
TC6 entre 14,0 m e 30,5 m podem ser um padrão razoável para estabelecer
metas e concluíram que uma mudança real na distância do TC6 tem

Tabela 4 Medidas de resultados primários e secundários comparando antes e depois da intervenção para cada grupo de estudo em pacientes com Parkinson
doença

G1 (nZ22) G2 (nZ20) G3 (nZ20)

Linha de base mediana (IR) Linha de base mediana (IR) Linha de base mediana (IR)
Média da linha de base (-SD) Média da linha de base (-SD) Média da linha de base (-SD)
8 semanas mediana (IR) 8 8 semanas mediana (IR) 8 8 semanas mediana (IR) 8
Variável semanas média (-SD) PValor semanas média (-SD) PValor semanas média (-SD) PValor
6MWT (m) 354,9 (-98,9) . 008 405,2 (-97,3) . 001 365,4 (-81,1) . 005
391,7 (-107,5) 440,2 (-90,2) 401,2 (-77,9)
10MWT(s) 1,3 (-0,3) . 068 1,3 (-0,3) . 101 1,2 (-0,3) . 011
1,4 (-0,4) 1,4 (-0,3) 1,4 (-0,3)
PDQ39 47,0 (-25,1) . 069 38,1 (-19,8) . 185 44,7 (-26,7) . 004
41,7 (-21,7) 32,9 (-19,1) 33,9 (-25,2)
IMC (kg/m2) 26,6 (-4,2) . 562 24,4 (-4,0) . 105 26,6 (-5,8) . 126
26,5 (-4,1) 24,1 (-3,8) 26,3 (-5,7)
CA (cm) 95,0 (-11,8) . 691 90,6 (-19,0) . 069 95,3 (-13,1) . 011
94,4 (-11,5) 88,4 (-15,6) 92,9 (-13,5)
WHODAS 2.0 73,3 (-22,0) . 018 66,2 (-17,7) . 019 70,75 (-19,6) . 041
63,91 (-14,0) 61,9 (-16,2) 64,3 (-19,2)
SRT(s) 16,6 (12,0e21.3) <.001 13,2 (11,4e17.1) . 001 14,5 (11,4e16.1) . 003
11,8 (9,6e15.9) 11,1 (9,8e13.7) 10,5 (7,4e13.4)
EuroQol-5D 7,0 (6,0e9.0) . 014 6,0 (5,0e7.0) . 399 6,5 (5,0e7.0) . 311
6,0 (5,0e7.0) 5,0 (5,0e6.8) 6,0 (5,0e7.0)
GDS-15 5,0 (3,8e7.3) . 099 3,0 (2,0e6.0) . 962 5,0 (3,0-7,8) . 115
5,0 (1,8e7.0) 4,0 (2,0e5.0) 3,5 (2,8e8.3)
NOTA.Pos valores referem-se ao teste de postos sinalizados de Wilcoxon outteste. Variáveis com distribuição não normal foram expressas como mediana (intervalo interquartil) e
comparadas com o teste de postos sinalizados de Wilcoxon. As variáveis com distribuição normal foram expressas como média - DP e comparadas comtteste. Abreviaturas: CA,
circunferência abdominal, IMC, índice de massa corporal; IR, intervalo interquartil; n, número de participantes, TC6: teste de caminhada de 6 minutos; PDQ39, Parkinson's Disease
Questionnaire-39; SRT, teste de levantar e sentar; 10MWT, teste de caminhada de 10m; WHODAS 2.0, Agenda 2.0 de Avaliação de Incapacidade da Organização Mundial da Saúde; GDS-15,
Escala de Depressão Geriátrica de 15 itens.

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Doença de Parkinson e videogames 831

Tabela 5 Medidas de resultados primários e secundários comparados entre os 3 grupos experimentais

G1 (nZ22) G2 (nZ20) G3 (nZ20) G1 x G2 G1 vs G3

Mediana (IQR) Mediana (IQR) Mediana (IQR)

Variável Média (-SD) Média (-SD) Média (-SD) Diferença média (IC 95%)

6MWT (m) 36,73 (-59,15) 34,98 (-38,71) 35,77 (-49,84) 1,7 ( 29,8 a 33,3) 1,0 ( 33,3 a 35,3)
10MWT(s) 0,12 (-0,30) 0,07 (-0,19) 0,12 (-0,20) 0,0 ( 0,1 a 0,2) 0,0 ( 0,2 a 0,1)
PDQ39 5,36 (-13,13) 5,15 (-16,74) 10,85 (-14,67) 0,2 ( 9.1 a 9.5) 5,5 ( 14,2 a 3,2)
IMC (kg/m2) 0,09 (-0,69) 0,26 (-0,69) 0,34 (-0,94) 0,2 ( 0,6 a 0,3) 0,3 ( 0,8 a 0,3)
CA (cm) 0,34 (-4,00) 2,20 (-5,10) 2,40 (-3,82) 1,9 ( 4,7 a 1,0) 2.1 ( 4,5 a 0,4)
WHODAS 2.0 9,36 (-17,11) 4,30 (-7,52) 6,45 (-13,18) 5.1 ( 3,3 a 13,5) 3,0 ( 6,7 a 12,5)
SRT(s) 2,95 (1,03-7,72) 2,11 (0,34e3,53) 4,48 (0,61e6,27) 1,8 ( 1,2 a 4,8) 1.1 ( 2,0 a 4,1)
EuroQol-5D 1,00 (0,00e2,00) 0,00 (0,00e1,00) 0,00 (1,00 a 1,75) 0,6 ( 0,3 a 1,5) 0,5 ( 0,6 a 1,5)
GDS-15 0,50 (0,25 a 1,25) 0,00 (1,75 a 1,75) 1,00 (0,00e2,00) 0,6 ( 0,8 a 1,9) 0,1 ( 1,3 a 1,5)
NOTA. As variáveis com distribuição não normal foram expressas como mediana (intervalo interquartil). As variáveis com distribuição normal foram expressas como
média - DP.
Abreviaturas: AC, circunferência abdominal; IMC, índice de massa corporal; GDS-15, Escala de Depressão Geriátrica de 15 itens; IQR, intervalo interquartil; n, número de participantes; TC6,
teste de caminhada de 6 minutos; PDQ39, Parkinson's Disease Questionnaire-39; SRT, teste de levantar e sentar; 10MWT, teste de caminhada de 10m; WHODAS 2.0, Cronograma de
Avaliação de Deficiência da Organização Mundial da Saúde 2.0.

foi realizado. Nossos 3 grupos de exercícios ultrapassaram 30,5 m no
TC6 comparando o desempenho antes e depois do treino.
O distúrbio motor relacionado aos sintomas neurológicos da DP e as
alterações biomecânicas da idade podem contribuir para o equilíbrio
prejudicado e a mobilidade limitada. Os fatores intrínsecos são muitas
vezes os principais contribuintes para o risco de queda,32Existe uma
relação significativa entre o risco de queda do indivíduo e sua força
muscular, resistência aeróbica, agilidade e equilíbrio dinâmico.32Em
pacientes com DP, o aumento da idade, a demência da DP, a
incapacidade motora, a instabilidade postural e as dificuldades de
marcha provavelmente explicam o aumento de mais de 3 vezes no risco
de quedas.33As quedas recorrentes são uma consequência comum
dessas condições clínicas e funcionais da DP e provavelmente terão um
grande impacto no sistema de saúde no futuro.33
Os mecanismos para os benefícios funcionais observados neste
estudo são provavelmente múltiplos e complexos. Estudos sugerem que
o uso fisiológico do exercício pode ser um componente importante das
alterações neuroplásticas no cérebro humano com DP e apoiam a
hipótese central de que a atividade autoproduzida é importante para
retardar, interromper ou reverter a DP humana.34Portanto, é possível
que esses tipos de intervenções não farmacológicas possam preservar
ou ajudar a restaurar a eficácia motora e cognitiva na DP.35
O exercício aeróbico é uma modalidade de treinamento amplamente utilizada na
assistência aos tratamentos farmacológicos da DP. O treinamento físico de
resistência também melhora a condição física em pacientes com DP.36No entanto,
não há evidências suficientes para incluir o treinamento físico de resistência como
tratamento específico para indivíduos com DP.36Uma metanálise sugeriu que o
exercício aeróbico melhora a ação motora, o equilíbrio, a velocidade da marcha, o
comprimento do passo e a capacidade de marcha de pacientes com DP.36
Quase 80% dos exercícios aeróbicos utilizaram altas intensidades. Embora
o exercício aeróbico intensivo tenha mostrado efeitos superiores na melhora
da ação motora, equilíbrio e marcha de pacientes com DP, as evidências não
são conclusivas.36Usamos 50% -75% da frequência cardíaca máxima para
participantes do G2, e essa intensidade está de acordo com a sugestão do
American College of Sports Medicine e da American Heart Association de
atividade física de intensidade moderada para gerar múltiplos benefícios à
saúde.37No entanto, pesquisas futuras devem investigar melhor o nível de
intensidade do exercício aeróbico para verificar e monitorar sua eficácia com
base na frequência cardíaca máxima ou equivalentes metabólicos.
Utilizou-se a bicicleta estacionária como modalidade de exercício aeróbico.
Arcolin e outros38recomendam a bicicleta ergométrica como uma alternativa
válida de exercício de resistência à esteira para melhorar a marcha em curto
prazo para pacientes com DP. Em seu estudo piloto pacientes idosos com DP
realizaram treinamento em bicicleta ergométrica por 3 semanas, 1 h/d.38
Nossos resultados estão de acordo com este estudo que relatou melhorias
significativas no TC6.38
A reabilitação física de idosos com DP é um processo longo. Os
fisioterapeutas podem enfrentar pacientes com condições de saúde
complicadas durante o programa de neurorreabilitação, como falta de
motivação, tempo limitado para realizar exercícios de reabilitação,
problemas financeiros e dificuldades para chegar ao local da terapia.39
Embora os programas de exercícios físicos pareçam funcionar bem em
pessoas com DP, eles devem motivar o paciente e objetivar reduzir a
progressão da doença.39Portanto, o exergaming pode ser uma
modalidade alternativa de exercício para pacientes com DP, pois induz
os movimentos do paciente para a resolução de tarefas cognitivas. O
exergame fornece elementos competitivos, imersão em diferentes
situações sem risco, e permite o treino em casa.10Essa tecnologia pode
fornecer exercícios multissensoriais que têm sido usados no processo
de reabilitação de distúrbios neurológicos.10Os aspectos lúdicos são
outra característica importante que pode ajudar os pacientes a ficarem
mais motivados durante o exercício.10No entanto, o nível de adesão em
nossos 3 grupos de exercícios foi semelhante, e não há estudos que
compararam a motivação de pacientes com DP tratados com
exergaming e outras terapias.
Uma variedade de estratégias de exergame foram testadas na DP
com protocolos heterogêneos. O videogame Xbox 360 com sensor Kinect
não utiliza controles ou plataformas específicas, o que poderia limitar o
desempenho do movimento ou interferir na transmissão e captura do
gesto pelos sensores em pacientes com distúrbios motores. No entanto,
9 dos 10 estudos incluídos em uma meta-análise utilizaram o videogame
Nintendo Wiice apenas um usou o videogame Xbox 360 com Kinect para
tratar pacientes com DP.39
Ensaios clínicos randomizados mostraram resultados semelhantes
aos encontrados neste estudo. Um estudo controlado randomizado,
estratificado, simples-cego40comparou pacientes tratados com exercícios
do Nintendo Wii, terapia convencional e um grupo normativo. O grupo
de exergaming e a terapia convencional exibiram melhorias
significativas na velocidade do movimento e na organização sensorial

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testes em comparação com o grupo normativo após o programa de
exercícios em 1 mês de acompanhamento. De acordo com nosso estudo,
não foram encontradas diferenças significativas entre o Nintendo Wii e o
grupo de terapia convencional, e ambos apresentaram melhora na
qualidade de vida. Outro ensaio clínico randomizado piloto recente
também mostrou resultados semelhantes usando exergames do
Nintendo Wii para tratar pacientes com DP.23Esses pacientes
melhoraram o equilíbrio e reduziram a fadiga após 12 semanas de
tratamento, mas esse benefício não se manteve após 60 dias de
acompanhamento.23Pompeu e outros41também encontraram melhorias
na resistência cardiopulmonar, equilíbrio, marcha e qualidade de vida
usando os exergames Kinect Adventures para tratar pacientes com DP.
Neste estudo, o fisioterapeuta não participou fazendo estímulo
proprioceptivo e verbal em todas as sessões e apenas 14 sessões foram
realizadas.41É possível que a falta de apoio do fisioterapeuta no estudo
de Pompeu et al41aliado ao baixo número de participantes, pode ter
influenciado no resultado não significativo do TC6.
As principais limitações do estudo foram o pequeno
tamanho da amostra e as perdas de seguimento. No
entanto, as perdas foram mínimas (13,8%) e não se espera
que alterem os resultados globais. Apenas os participantes
que realizaram exercício em bicicleta tiveram desempenho
cardíaco controlado (frequência cardíaca) durante todas as
sessões de treinamento, pois necessitavam desse feedback
para intensificar corretamente o programa de exercícios.
Portanto, para estudos futuros, sugerimos controlar o
desempenho cardíaco durante todas as intervenções
propostas para pacientes idosos com DP para regular
precisamente a intensidade do treinamento. Para tornar
possíveis recomendações clínicas definitivas, mais
pesquisas devem se concentrar em ensaios randomizados
com amostras maiores e períodos de acompanhamento
suficientes após a conclusão da intervenção.
Conclusões
Treinamento funcional, exercício de bicicleta e exergames Kinect
Adventures foram seguros e melhoraram a capacidade de marcha de
idosos com DP. Recomendamos qualquer um desses 3 programas de
exercícios que mais motivam os pacientes a promover a prática regular
de exercícios físicos e benefícios de mobilidade.
Fornecedores
uma. Kinect Aventuras; Microsoft, Redmond, WA.
b. SPSS 22.0; SPSS.
c. Nintendo Wii Fit; Nintendo of America Inc. Redmond, WA.
Palavras-chave
Envelhecido; Mal de Parkinson; Modalidades de Fisioterapia;
Videogames; Terapia de exposição em realidade virtual
autor correspondente
Daniel Dominguez Ferraz, MSc, Universidade Federal da Bahia, Instituto
de Cientistas da Arábia Saudita, Departamento de Fisioterapia, Av. Editor
Miguel Calmon, Número: s/n. Bairro: Vale do Canela.
DD Ferraz et al.
CEP: 40110-902, Salvador, Bahia, Brasil.Endereço de e-mail:
danieldf@ufba.br.
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