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CAFÉ LITERÁRIO

Roteiro de apresentações | Mergulhando na literatura moderna...


Professora Sarah Santos
2° ano | TEMA: PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
RECITAÇÃO E EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS

• INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO PARNASIANO


ALUNO: ______________________________________________________

• DECLAMAÇÃO DO POEMA 1

ALUNO (S): ____________________________________________________

SONETO XIII
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto


A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!


Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!


Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

Poesias,Via Láctea, 1888.

______________________________________________________________________________

• INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO SIMBOLISTA

ALUNO: ______________________________________________________

• DECLAMAÇÃO DO POEMA 1

ALUNO(S): ____________________________________________________

Acrobata da dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço. . .
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri!
Coração, tristíssimo palhaço.
Cruz e Sousa

• DECLAMAÇÃO DO POEMA 2

ALUNO(S): ____________________________________________________

Alma solitária
Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!

Quantas zonas de luz purificante,


quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!

que chama acende os teus faróis noturnos


e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?

Por que és assim, melancolicamente,


como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!

Cruz e Sousa

Toda a turma contribuirá para a exposição de poemas.


3° ano | TEMA: MODERNISMO
RECITAÇÃO E EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS

• INTRODUÇÃO AO MOVIMENTO:
Aluno: __________________________________________________________________________________

• DECLAMAÇÃO DO POEMA 1 (1ª fase do modernismo)

Aluno: __________________________________________________________________________________

Poema da Necessidade

É preciso casar João,


é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
...
É preciso guardar dinheiro
e não se matar com cigarros,
é preciso fazer ginástica
e se possível estar mudo e quedo.
É preciso ter um gravador.
É preciso não ter gravador.
É preciso amar os parentes.
...
É preciso subjugar-se aos chefes.
É preciso odiar os chefes.
É preciso não ter chefes.
É preciso ser chefes.
É preciso ser peixe.
É preciso aprender a nadar.
É preciso nadar até morrer.
...
É preciso ter um bom público
enquanto esperamos
e guardamos
para dar ao público
aquilo que é público
aquilo que é arte
aquilo que é feito para ele
não como a política
mas como um presente
um presente que ele não merece
que nem nós
É preciso
é preciso
é preciso
é preciso esperar
é preciso prosseguir
é preciso sair de um estado
é preciso chegar a outro
É preciso resolver o problema
é preciso deixar correr o mar
debaixo da ponte
é preciso ter dinheiro
é preciso ter braços
é preciso ser sadomasoquista
é preciso ser masoquista
é preciso amar
é preciso odiar
e é preciso
e é preciso
e é preciso esquecer do poema

Mário de Andrade

• DECLAMAÇÃO DO POEMA 2 (2ª fase do modernismo)

Aluno: __________________________________________________________________________________

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,


está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

Carlos Drummond de Andrade

• DECLAMAÇÃO DO POEMA 3 (3ª fase do modernismo)


Aluno: __________________________________________________________________________________

Resta essa vontade de chorar


Diante da beleza
Essa incapacidade de alcançar
Toda a extensão da promessa
Essa incapacidade de amar
Mais do que a beleza...

Resta esse constante esforço


Para caminhar dentro do labirinto
Essa eterna e inútil correção
De um erro original
Quando a única solução
É o erro, e o erro, e o erro...

Resta esse cósmico pavor


Diante da vida
Esse terrível e absurdo impulso
De sacrificar-se
Quando o único gesto
É destruir-se.

Resta essa angústia


Essa solidão, esse vazio
Essa espécie de estupidez
Da consciência lúcida
Esse orgulho, essa vaidade
De querer ser Deus
Quando seria tão mais fácil
Ser pedra ou rio...

Resta essa ridícula


Vontade de morrer
Quando há apenas o recurso
De deixar correr a pena
E gozar a sorte
De poder chorar à vontade.

Vinícius de Moraes

• Primeira fase modernista (19220-1930) - a fase heroica ou de destruição

Alunos: __________________________________________________________________________

• Segunda fase modernista (1930-1945) - a fase de consolidação ou geração de 30

Alunos: __________________________________________________________________________

• Terceira fase modernista (1945-1960) - a geração de 45

Alunos: __________________________________________________________________________
Sugestões:
• Painel Informativo: Apresentação dos principais acontecimentos históricos e culturais que levaram ao
surgimento do Modernismo;
• Cronologia Interativa: Linha do tempo touch screen onde os visitantes podem explorar eventos chave
da era modernista mundial e no Brasil;
• Exposição de Frases: Frases de autores modernistas que sintetizem as características do movimento;
• Exposição de Imagens: Pôsteres e ilustrações representando as inovações estilísticas e temáticas do
modernismo;
• Murais de Autores: Espaço dedicado a autores como Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, entre outros, com fotos, breve biografia, citações de suas obras;
• QR Code para ouvir trechos de suas obras;
• Representações Cênicas: Atores caracterizados como personagens de obras modernistas, recitando
trechos ou interagindo com o público;
• Exposição de Obras: Réplicas ou imagens de obras de artistas modernistas como Tarsila do Amaral,
Anita Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros.
1° ANO | TEMA: LITERATURA CONTEMPORÂNEA
TEATRO

TRECHO DA OBRA “QUARTO DE DESPEJO”, CAROLINA MARIA DE JESUS

• INTRODUÇÃO AO TEATRO: Aqui teremos dois alunos, um irá apresentar a autora, falar de sua vida e
importância para a Literatura Contemporânea e outro falará da obra, contar o que é o livro “Quarto de Despejo”.
Após isso, iremos encenar um trecho da obra.
ALUNO(S): ____________________________________________________

NARRADOR:

15 DE JULHO DE 1955 Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para
ela. Mas o custo dos generos alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos
escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.

VOLTA-SE À CENA:

MARIA: Bom dia, Naldo!


ARNALDO VENDEDOR: Bom dia, Carolina!
MARIA: Quanto dá três pães, um leite e um sabão?
ARNALDO VENDEDOR: Três pães, um leite… Tudo fica 15.
MARIA: E quanto fica sem o leite?
ARNALDO: Sem o leite...? Sem o leite fica treze.
FILHO 1: É caro, Carolina. É caro.
É caro, Carolina, é caro
Não ter sapato novo pra presentear
É caro, Carolina, é caro
Um simples desejo não realizar
É caro, Carolina, é caro
Sabão, leite, toucinho, arroz e feijão
É caro, Carolina, é caro
Os filhos reclamando a falta de pão

NARRADOR:

16 DE JULHO
Cheguei em casa, aliás no meu barracão, nervosa e exausta. Pensei na vida atribulada que eu levo. Cato papel,
lavo roupa para dois jovens, permaneço na rua o dia todo. E estou sempre em falta. A Vera não tem sapatos.
E ela não gosta de andar descalça. Faz uns dois anos, que eu pretendo comprar uma maquina de moer carne.
E uma maquina de costura. Cheguei em casa, fiz o almoço

VOLTA-SE À CENA:

MARIA: Meus filhos, o almoço está pronto. O almoço será arroz, feijão e carne.

Os filhos ficam andando atrás dela, comemoram e se alegram. Uns falam “carne”, “tem mais, mãe, tem mais?”,
“eba, carne”.
MARIA: Eu vou catar papel.Se vocês forem brincar, brinquem aqui no quintal, não vão lá fora não. Nem mexam
com os vizinhos que cês sabem como eles são.

Os filhos sussuram, sentam-se em seus lugares e Maria toma o centro novamente.


MARIA: Ah, que exaustão... Vontade de deitar...
FILHO 2: Deita, mãe.
MARIA: Pobre não tem direito a descanso.
Todos sentados e em silêncio...

FILHO 1: Pisa no chão, mas não deixe de sonhar, que apesar da vida dura, a gente tem que brincar
TODOS: Pisa no chão, mas não deixe de sonhar, que apesar da vida dura, a gente tem que brincar
FILHO 1: Carolina em seu diário, organiza o pensamento, queria escrever um livro que o povo tava com medo

Todos vão se ajuntando ao centro, virando-se ao público.

TODOS: Pisa no chão, mas não deixe de sonhar, que apesar da vida dura, a gente tem que brincar (3x)
Pisa no chão, mas não deixe de sonhar, que apesar da vida dura, a gente tem que brincar (de forma mais lenta)

Apresentação do autor: ________________________


Apresentação da obra: ________________________
Narrador: ________________________
Maria: ________________________
Filho 1: ________________________
Filho 2: ________________________
Figurante: ________________________
Vendedor Arnaldo: ________________________
Pandeirista: ________________________

Cenário: Um barraco de papelão no fundo, alguns caixotes para os personagens sentarem. Precisaremos de
um pandeiro para a parte que todos cantam.

Toda a turma estará envolvida no desenvolvimento do café literário. Os que não participarem do teatro
de forma direta ou indireta, irá ficar responsável pela exposição de alguns autores da literatura
contemporânea, sendo eles:
Conceição Ariano Caio Fernando Cora Coralina Rubem Braga Adélia Prado
Evaristo Suassuna de Abreu
Vinicius da Silva João Pedro de Gustavo Carrara Jhonatan Vitor Jose da Jannaina
Rodrigues Assis Caria Ferreira da Silva Eduardo Ferreira Silva Muniz Aparecida
Vieira Meneguci
Pedroza
Débora Siqueira Gustavo Nunes Kevin Lucas Paula Mendonça Erick Carra Geise Kelle
da Silva de Souza Andrade da Silva Martins Martins de Melo
Pereira
Moyses Godinho Gustavo Lara Constancia Arnaldo Rosa da Priscila Patricio Miguel Satiro
Cunha Menenguci da Costa Silva Ferreira Munhoz
João Manoel Mateus Morandi Matheus Silva Nicollas Piraçol Hellen Morais de Miqueias Antonio
Freitas Roris Soares Carvalho Ferreira Sousa de Paula Oliveira
Maria Fernanda Victória Galvão Allan Medeiros Joao Pedro de Mariane Cardoso Paulo Victor
de Oliveira Jesus Aguiar Guedes Souza Vieira dos Santos Faria Martins
Martins
Lucas Gomes Anally Guedes Henrique da Guilherme da Taciane Santos Josiane Marilia
Valente Costa Prado Silva Santos Alves Dos Santos De
Jesus
Luiz Gustavo de Poliana Muniz Amanda Silva Miguel Jeferson Maria Luisa Thiago de Souza
Freitas Lazzaroni Oliveira Costa Almeida Borges Zam Freitas Fernandes de Silva
Oliveira
Humberto Davi Lima Thayna de Melo Joao Henrique Lucas Augusto Patrícia Martins
Sebastiao Sebastião de Sá Oliveira Machado Silva Silva Sousa da Silva
Oliveira
Meneguci

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