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ROTEIRO DE ESTUDOS

LÍNGUA PORTUGUESA
E
LITERATURA

ENSINO MÉDIO

CAPÍTULO 3

APOSTILA PREPARATÓRIA
PRÉ-MODERNISMO: inicia-se com as obras Os Sertões de Euclides da Cunha e Canaã de Graça
Aranha e se estende até a Semana da Arte Moderna, em 1922. Foi uma fase que iniciou a análise crítica
da realidade brasileira. Os autores escreviam para despertar nos leitos a consciência dos sérios
problemas da sociedade. Apesar das várias tendências e estilos literários, encontramos pontos comuns
nas obras, tais como: ruptura com o passado (linguagem chocante), inconformismo diante da realidade
brasileira, interesse pelo costume do interior (regionalismo), tipos humanos marginalizados, etc. As
obras de cunho urbano e social são representadas por Lima Barreto (Recordações do Escrivão
Isaías Caminha, Triste fim de Policarpo Quaresma, Clara dos Anjos) e Graça Aranha (Canaã, A
Viagem Maravilhosa), etc. As obras de cunho rural e regional são representadas por Euclides
da Cunha (Os Sertões, Peru versus Bolívia, etc.), Monteiro Lobato (Urupês, Cidades Mortas,
Negrinha; literatura infantil: O Sítio do Pica-pau Amarelo) e outros. As obras de cunho
indefinido (escondem a verdade realidade brasileiro) são representadas por Coelho Neto,
Afrânio Peixoto, João do Rio; na poesia: Augustos dos Anjos (Versos Íntimos, O Morcego) e
outros.

MODERNISMO: com o desenvolvimento científico e tecnológico das primeiras décadas do século XX,
criou-se agitações sociais e políticas desenvolvendo profundas transformações no campo artístico. A arte
moderna provém dos movimentos europeus: Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo.
PORTUGAL: 1ª FASE: - Principais representantes: Fernando Pessoa (foi um dos maiores poetas
portugueses, criando heterônimos, ou seja, escreveram vários nomes, cada um representando
uma pessoa com pensamentos e sentimentos próprios. Os mais famosos são: Ricardo Reis,
Alberto Caeiro e Álvaro de Campo), Mário de Sá-Carneiro (Dispersão, A Confissão de Lúcio,
etc), Florbela Espanca, Almada Negreiros e outros. 2ª FASE: José Régio (Poemas de Deus e do
Diabo, etc), Miguel Torga, Adolfo Casais Monteiro e outros. 3ª FASE: Alves Redol, Fernando
Namora, Vergílio Ferreira (Aparição) e outros.

BRASIL: 1ª FASE: (1922 – 1930) – apesar dos escritores reconhecerem a necessidade de uma
renovação na literatura, alguns não aceitavam a nova revolução estética, mas, aos poucos, formaram-se
grupos, que ainda sem consciência clara e definida do que desejavam, sentiam que deviam abandonar os
velhos modelos e buscar novas formas de expressão. Surgiram várias manifestações no intuito de
renovação até que fosse realizada a SEMANA DE ARTE MODERNA, no Teatro Municipal de São Paulo,
nos dias 13, 15, e 17 de fevereiro de 1022, com recitais, conferências, músicas e exposições. No campo
da literatura, destacamos: Oswald de Andrade, Mário de Andrade; Na pintura: Anita Malfatti,
Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti; na música: Villa-Lobos; na escultura: Victor Brecheret e na
arquitetura: Antônio Moya. O modernismo desenvolveu-se com uma série de movimentos: 1 –
Movimento Pau-Brasil (1924) – Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Antônio de Alcântara
Machado, Raul Bopp e outros.
Principais Representantes da 1ª Fase: Manuel Bandeira (poesia: Cinza das horas, Carnaval,
Libertinagem, etc; prosa: Crônicas da Província do Brasil, Itinerário de Pasárgada, etc), Mário
de Andrade (poesia. Macunaíma, etc), Oswald de Andrade (prosa: Memórias Sentimentais de
João Miramar, A Escada Vermelha, etc, poesia: Manifesto – Pau-Brasil, etc., teatro: O Rei da
Vela), Menotti del Picchia (poesia: Juca Mulato, Chuva de Pedras, etc.; romance: O Homem e A
Morte, A Tormenta, Salomé, etc.), Cassiano (conto: Brás, Bexiga e Barra Funda, Laranja da
China, etc).

2ª FASE: (1930/1945) – nesta fase, os assuntos abordados, além dos nacionais, políticos e sociais, são
ampliados para os religiosos, filosóficos e existenciais. Os temas regionalistas são explorados, mostrando
a situação do homem que vive fora dos grandes centros, no sertão. Principais Representantes:
poesia: Carlos Drummond de Andrade (alguma Poesia, Brejo das Almas, Lição de Coisas, etc),
Murilo Mendes (Poemas,, Essa Negra Fulô, etc), Cecília Meireles (Espectros, Viagem, Vaga
Música, Romanceiro da Inconfidência. Etc). Augusto F. Schimidt (Cantos do Liberto, Navio
Perdido, Estrela Solitária, etc.), Vinicius de Moraes (Novos Poemas, Poemas, Sonetos e
Baladas; crônicas: Para Viver um Grande Amor, etc.); prosa: José Américo de Almeida (A
Bagaceira), José Lins do Rego (Menino de Engenho, Usina, Riacho Doce, Fogo Morto, etc.),
Rachel de Queiroz (O Quinze, Caminho de Pedras e outros), Graciliano Ramos (Caetés, São
Bernardo, Angústia, Vidas Secas, Memórias do Cárcere, etc.), Érico Veríssimo (Clarissa, Olhai
os Lírios do Campo, Saga, O Tempo e o Vento, Incidente em Antares, etc), Jorge Amado (Mar
Morto, Capitães da Areia, Terra do sem-fim, Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor e seus dois
Maridos, Tieta do Agreste).

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3ª FASE: (período posterior a 1945 = arte contemporânea) – aprofunda-se na análise psicológica e
existencial do ser humano. Principais representantes: prosa: José Guimarães Rosa (Sagaarana,
Grande Sertão: Veredas, Corpo de Baile, etc); Clarice Lispector (romance: Perto do Coração
Selvagem, A Hora da Estrela; conto: Laços de Família, Felicidade, etc.), José Candido de
Carvalho (O Coronel e o Lobisomem, conto: Manequinho e o Anjo da Procissão, etc.), Dalton
Trevisan (Crimes de Paixão, Cemitério de Elefantes, O Re da Terra, etc.), Lygia Fagundes
Telles (Ciranda de Pedra, Antes do Baile Verde, AS horas Nuas, etc.), Rubem Fonseca, João
Antonio, Antônio Callado, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Vilela, e outros; poesia: João Cabral
de Melo Neto (Agrestes, Pedra do Sono, Morte e Vida Severina, etc), J.J. Veiga (Os Cavalinhos
de Platiplanto, De Jogos e Festas, A Máquina Extraviada, etc.) e outros.
- CONCRESTISMO: (=poesia concreta) inovação a partir de 1956. Principais Representantes:
Haroldo de Andrade, Augusto de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald, Ronaldo
Azeredo, José Paulo Paes.
- POESIA PRÁXIS: Principais Representantes: Mário Chamie.
- TEATRO: Principais Representantes: Nélson Rodrigues, Dias Gomes, Jorge Andrade, Plínio
Marcos, Gianfrancesco Guarnieri, Ferreira Gullar, Chico Buarque de Holanda e outros.
- TENDÊNCIAS MODERNAS: CRÔNICAS: Rubem Braga, Fernando Sabino, Otto Lara Resende,
Paulo Mendes Campos, Stanislaw Ponte Preta, Lourenço Diaféria, Luís Fernando Veríssimo,
Millôr Fernandes e outros.

SINTAXE
FRASE: é um enunciado de sentido completo com uma ou várias palavras. Ex: Anoiteceu.
ORAÇÃO: é a frase construída em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Ex: Fomos ao cinema
ontem.
PERÍODO: é a frase organizada em orações. Pode ser simples quando é formado por uma só oração.
(Ex:Os alunos saíram) e composto quando é formado por mais de uma oração (ex: OS alunos saíram
quando deu o sinal).

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: são: sujeito (é o elemento a respeito do qual se declara alguma
coisa) e predicado (é aquilo que se declara do sujeito).
TIPOS DE SUJEITO: simples (quando apresenta um só núcleo). Ex: O dia está quente /composto
(quando apresenta mais de um núcleo) Ex: Eu e meu irmão vamos dar uma festa (Núcleos: eu/irmão)/
oculto (quando pode ser identificado mas não está explicitamente representado na oração) Ex:
Estivemos na fazenda. (sujeito nós, identificável pela desinência verbal) /indeterminado: (quando não
há nenhuma referência a quem praticou a ação indicada pelo verbo, o sujeito existe, mas não pode ser
identificado). Ex: Roubaram meu carro! (Verbo na 3ª pessoa do plural); Precisa-se de um ajudante
(verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se); oração sem sujeito (quando não
podemos relacionar o predicado a nenhum sujeito).Ex: Havia vários livros sobre a mesa (o verbo haver é
empregado com o sentido de existir) / Trovejou muito ontem.(verbo que indica fenômeno
meteorológico).
TIPOS DE PREDICADO:predicado verbal: tem como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo. Ex:
Os viajantes partiram; (partiram = verbo intransitivo) / O menino ganhou um presente (ganhou = verbo
transitivo direto; presente = objeto direto) / Eu preciso de sua ajuda (preciso=verbo transitivo indireto;
de sua ajuda = objeto indireto) / Ela entregou os documentos ao diretor (entregou=verbo transitivo
direto e indireto; os documentos = objeto direto; ao diretor = objeto indireto) predicado nominal: tem
como núcleo um nome, que indica estado ou característica do sujeito. É formado por um verbo de
ligação e um predicativo do sujeito. Ex: O menino ficou feliz (ficou = verbo de ligação; feliz = predicativo
do sujeito)/ predicado verbo-nominal: tem dois núcleos: um verbal e um nominal. Ex: A enchente
deixou a população apavorada (deixou=verbo transitivo direto. A população=objeto direto;
apavorada=predicativo do objeto)/ Todos nós observamos emocionados aquela cena (observamos=verbo
transitivo direto; emocionados=predicativo do sujeito; aquela cena=objeto direto) / Renata viajou
contente (viajou=verbo intransitivo; contente = predicativo do sujeito).
OBS: verbo transitivo é o verbo que existe outro termo para que seu sentido seja completo./ verbo
transitivo indireto: se o termo que completa o sentido do verbo vier redigo de preposição, dizemos que
o verbo é transitivo indireto e seu complemento, objeto indireto. Ex: ele gosta de doces (gosta =
verbo transitivo indireto. De doces=objeto indireto)./ verbo transitivo direto: se o termo que completa
o sentido do verbo não vier redigo de preposição, dizemos que o verbo é transitivo direto e seu
complemento, objeto direto. Ex: O professor corrigiu as provas (corrigiu = verbo transitivo direto, as
prova =objeto direto/ verbo transitivo direto e indireto: pode ocorrer que um verbo venha seguido
de dois complementos: um preposicionado (objeto indireto) e outro não preposicionado (objeto
direto). Nesse caso, dizemos que o verbo é transitivo direto e indireto. Ex: O mensageiro entregou a
carta ao capitão (entregou=verbo transitivo direto e indireto; a carta=objeto direto, ao capitão=objeto
indireto).
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Verbo intransitivo: é o verbo que não necessita de nenhum complemento, pois tem sentido
completo. Encerra em si mesmo a ideia básica do predicado. Ex: Os convidados chegaram (chegaram
= verbo intransitivo). /verbo de ligação: é o verbo que não expressa ideia de ação. Indica estado ou
condição do sujeito. Serve apenas como elemento de ligação entre o sujeito e um termo que o
modifica, chamado predicativo do sujeito. Ex: O dia está frio (está = verbo de ligação; frio =
predicativo do sujeito), temos também o predicativo do objeto que é um termo que atribui
características ao objeto, sempre por intermédio de um verbo transitivo. Ex: A notícia deixou o homem
preocupado (deixou=verbo transitivo direto; o homem=objeto direto; preocupado=predicativo do
objeto).

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: os termois integrantes completam o sentido de adjetivos,


substantivos, verbos e advérbios, etc.. São:
1 – Complementos verbais: objeto direto:é o complemento verbal que não vem introduzido por
uma preposição. Ex: Os alunos terminaram o trabalho, e o objeto indireto: é o complemento verbal
que vem introduzido por uma preposição. Ex: Raul precisa de ajuda. OBS: os pronomes oblíquos o, a,
os, as e as variantes (lo, la, los, lãs, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto; os pronomes
oblíquos lhe, lhes são sempre objeto indireto, em alguns casos, o objeto direto pode vir
acompanhado de uma preposição. Ex: Adoremos a Deus / O professor elogiou a todos.
2- Complemento nominal: é o termo que especifica ou completa o sentido de um substantivo,
adjetivo ou advérbio. Em sempre introduzido por uma preposição. Ex: Ele tem inveja do colega.
3- Agente da passiva: é o termo que indica quem praticou a ação expressa pelo verbo quando este
se apresenta na voz passiva. Ex: O trabalho foi feito pela classe. Passando-se a oração da voz passiva
para a voz ativa, o agente da passiva passa a ter função de sujeito. Ex: A classe fez o trabalho.

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO:são os termos dispensáveis à compreensão básica da oração.


Sua função é da algumas informações sobre os substantivos e os verbos. São:
ADJUNTO ADNOMINAL: é o termo que modifica os substantivos, qualquer que seja a função que ele
exerça na oração. Ex: Esse aluno fez uma boa redação. Os adjuntos adnominais podem ser
representados por: Adjetivos: Vimos um belo filme. /Locuções Adjetivas: Saímos num dia de sol.
/Artigos: Os alunos fizeram uma redação./ Numerais: chegaram duas pessoas. / Pronomes
Adjetivos: Você leu esse livro?
ADJUNTO ADVERBIAL: é o termo da oração que se refere ao predicado, indicando diferentes
circunstâncias (modo, tempo, lugar, intensidade, etc) Ex: Vamos à festa (lugar) / Partiremos hoje à
noite (tempo) /Desmaiou de fome (causa).
APOSTO: é um termo da oração que explica ou esclarece outro termo da oração, não importando a
função sintática que este termo exerça. Ex: Essa obra foi escrita por Castro Alves, poeta brasileiro (poeta
brasileiro = aposto).

VOCATIVO: é um termo de natureza exclamativa que tem como função invocar ou chamar alguém ou
alguma coisa personificada. O vocativo é sempre separado por vírgulas e vem acompanhado de
interjeição. Ex: Tenho certeza, amigos, que tudo isso vai acabar bem (amigos=vocativo) / Ei, menino
venha cá (ei, menino = vocativo). O vocativo não tem relação com nenhum outro termo da oração, por
isso sua classificação é a parte.

PERÍODO SIMPLES: quando possui apenas uma oração (oração absoluta). Ex: O menino entrou na
sala.
PERÍODO COMPOSTO: quando possui mais de uma oração. Ex: O menino entrou na sala e pegou um
disco. ( o menino entrou na sala = 1ª oração; e pegou um disco=2ª oração). O período composto pode
ser por coordenação, subordinação e misto.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO – ORAÇÕES COORDENADAS: são orações que não
mantêm entre si nenhuma dependência sintática, elas são independentes. Podem ser: assindéticas:
quando não são introduzidas por uma conjunção. Ex: Durante o jogo, os torcedores gritaram,
sofreram, vibraram (durante o jogo, os torcedores gritaram= oração 1; sofreram = oração 2;
vibraram=oração 3. Sindéticas: quando são introduzidas por uma conjunção e são classificadas de
acordo com o sentido expresso por ela. Podem ser: oração coordenada sindética aditiva: é
introduzida por um conjunção aditiva. Ex: Saí da escola e fui à lanchonete. / oração coordenada
sindética adversativa: é introduzida por uma conjunção adversativa. Ex: Estudei bastante mas não
passei no teste.
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Oração coordenada sindética conclusiva: é introduzida por uma conjunção conclusiva. Ex: Ele me
ajudou muito, portanto merece minha gratidão./ oração coordenada sindética alternativa: é
introduzida por uma conjunção alternativa. Ex: Seja mais educado ou retire-se da sala! / oração
coordenada sindética explicativa: é introduzia por uma conjunção explicativa. Ex: Vamos andar
depressa que estamos atrasados.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO – ORAÇÕES SUBORDINADAS: são orações que


mantêm entre si certa relação sintática. Podem ser:
Orações subordinada adverbiais: são aquelas que exercem sempre a função de adjunto adverbial, da
oração principal. Elas são introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais, portanto, pode ser:
oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não fui à escola porque fiquei doente/
oração subordinada adverbial condicional: expressa hipótese ou condição. Ex: Irei Á sua casa se
não chover/ oração subordinada adverbial concessiva: expressa ideia contrária. Ex: Ela saiu à
noite, embora estivesse doente. / oração subordinada adverbial conformativa: expressa
conformidade. Ex: O trabalho foi feito conforme havíamos combinado. / oração subordinada
adverbial temporal: acrescenta uma circunstância de tempo. Ex: Ele saiu da sala assim que eu
cheguei. / oração subordinada adverbial final: expressa finalidade ou objetivo. Ex: Abri a porta do
salão para que todos pudessem entrar./ oração subordinada adverbial consecutiva: expressa
consequência. Ex: A chuva foi tão forte que inundou a cidade./ oração subordinada adverbial
comparativa: expressa ideia de comparação. Ex: Ela é bonita como a mãe./ oração subordinada
adverbial proporcional: expressa uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi anunciada
na oração principal. Ex: Quanto mais reclamava, menos atenção recebia.
Orações subordinadas substantivas: são aquelas que num período, exercem funções sintáticas próprias
de substantivos e são introduzidas por uma conjunção integrante (que e se) ou ainda, por outros
conectivos, tais como: Quando, como, etc. Podem ser: oração subordinada substantiva objetiva direta:
quando exerce função de objeto direto. Ex: O grupo quer que você ajude. / oração subordinada
substantiva objetiva indireta: quando exerce a função de objeto indireto. Ex: Necessito de que você me
ajude. / oração subordinada substantiva subjetiva: quando exerce a função de sujeito do verbo da
oração principal. Ex: É importante que você colabore. / oração subordinada substantiva completiva
nominal: quando exerce a função de complemento nominal. Ex:Estou convencido de que ele é inocente /
oração subordinada substantiva predicativa: quando exerce a função de predicativo do sujeito. Ex:O
importante é que você seja feliz./oração subordinada adjetiva restritiva: quando restringe ou especifica o
sentido da palavra a que se refere. Ex: O público aplaudiu o cantor que ganhou em primeiro lugar/ oração
subordinada adjetiva explicativa: acrescenta uma qualidade à palavra a que se refere, esclarecendo um
pouco mais seu sentido, sem restringi-lo ou especifica-lo. Ex: Esse escritor, que mora na Bahia, lançou um
novo livro.

CONCORDÂNCIA VERBAL: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número. Ex: Ela ficou na
escola (ela 3ª pessoa do singular); ficou (3ª pessoa do singular). Este conteúdo apresenta várias
observações. A seguir citaremos apenas algumas:
- Um grupo entrou no salão. (sujeito = substantivo coletivo, o verbo vai para o singular).
- Esses são os amigos que nos visitaram. (sujeito=pronome relativo que, o verbo concordará com o
antecedente=amigos).
- Ele é um dos que venceram o concurso. ( se o pronome relativo vier antecedido pela expressões um
dos + substantivo, o verbo geralmente irá para terceira pessoa do plural).
- Mais de um aluno protestou contra a punição. (sujeito=expressão mais de um + substantivo, o verbo
ficará no singular).
- A escuridão e o silêncio da caverna assustaram-me. ( sujeito composto antes do verbo, este vai para o
plural).
- Assustou-me a escuridão e o silêncio da caverna. (sujeito composto depois do verbo, este pode
concordar com o núcleo mais próximo).
- Aflição, dor, tristeza, nada o fazia desistir do projeto. (se os núcleos do sujeito forem resumidos por um
pronome indefinido tudo, nada, ninguém, etc. o verbo vai para o singular)
- Três horas é muito para se fizer este trabalho. (o verbo ser vai para o plural quando o sujeito é
constituído de uma expressão numérica em que se realça a ideia de conjunto).
- A maioria dos alunos era jovem. (o verbo ser concorda com o predicativo quando o sujeito é constituído
de uma expressão de sentido coletivo)

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- São três horas da tarde. ( O verbo ser concorda com o predicativo em orações impessoais, indicando
distância ou tempo.)
- Há vários livros na mesa. (O verbo haver permanece na 3ª pessoa do singular quando é impessoal, ou seja,
quando não tem sujeitado. Isso ocorre quando significa “existir” ou é empregado em sentido temporal ).
- Existem alunos estrangeiros nessa escola. (flexiona-se normalmente o verbo existir, concordando sempre
com o sujeito).
- Faz dois anos que ele foi embora. ( o verbo fazer quando empregado em sentido temporal ou se refere a
fenômenos atmosféricos, é sempre impessoal, ficando na 3ª pessoa do singular.

CONCORDÂNCIA NOMINAL: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam sempre em


gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se referem. Ex: Essas duas
alunas fizeram um bom trabalho. Há, porém, algumas construções que pode causar dúvidas, tais, como:

-Ele bebeu meio copo de café e comeu meia fatia de pão. / Recebi bastantes projetos ontem. (quando se
referem a substantivo, meio e bastante são adjetivos, admitindo, portanto, flexão).

- A menina parecia meio aborrecida./ Eles falaram bastante na reunião. (meio e bastante quando forem
empregadas como advérbio, referindo-se, portanto a um verbo, adjetivo ou outro advérbio, essas palavras
permanecem invariáveis).

- Os vigilantes estão sempre alerta./ Recebi menos encomendas do que você. (as palavras alerta e menos
são advérbios, portanto, não variam).

- Anexos à carta, vão os convites. / Muito obrigada, disse a menina. / Elas mesmas prepararam essa bonita
festa. / Na pasta, inclusas, vão às listas das notas. / Eles próprios entregaram o documento ao juiz (as
palavras: anexo, obrigado, incluso, mesmo, próprio, exerce função adjetiva, portanto concordam com o
substantivo a que se referem).

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL: regência é a relação de subordinação que se estabelece entre um


verbo ou um nome e seus complementos. O tempo que pede complemente é chamado de termo regente e
o complemento é chamado de termo regido. Quando o termo regente é um verbo, temos um caso de
regência verbal. Ex: Ele gosta de sorvete. (gosta= termo gente; de=preposição;sorvete=termo
regido).E quando o termo reagente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), temos um caso de
regência nominal. Ex: Ele é fanático por futebol (fanático=termo regente, por=preposição,
futebol=termo regido). Os termos regidos podem vir ligados aos termos regentes por meio de preposições
ou diretamente, sem preposição. É importante saber que a mudança de regência pode alterar o sentido da
frase. Ex: Ele aspirou perfume (aspirou=inspirou, cheirou)/ Ele aspirou ao cargo de chefe (aspirou=
desejou, pretendeu). Abaixo, apresentamos alguns casos:
REGÊNCIA VERBAL
- Aspire o ar da manhã. / Ele aspira ao sucesso. ( o verbo aspirar não exige preposição quando significa
sorver, cheirar e exige preposição quando significa “desejar, pretender”).
- Assistimos a um belo espetáculo. / O médico assiste o ferido. (o verbo assistir exige a proposição a quando
significa “ver, presenciar” e não exige preposição quando significa “socorrer”)
- Ele visou o passaporte; / Ele visava ao posto de capitão. ( o verbo visar exige a preposição a quando
significa “ter em vista”, “desejar” e não exige a preposição quando significa “gostar”, “ter afeto”).
- Quero uma cópia desse documento. / Quero a esta criança como se fosse minha filha. (o verbo querer não
exige preposição quando significa “desejar” e exige a preposição quando significa “gostar”, “ter afeto”)
REGÊNCIA NOMINAL: abaixo, alguns substantivos e adjetivos com suas regências mais usuais:
Acostumado (a,co); aflito (com, por), alheio (a, de), amor (a, para com, por), ansioso (de, para, por),
antipatia(a, com, contra, por), atenção(a, com, para, para com, sobre), capaz (de), comum(a, entre),
confiança (com, em), conforme (a, com), contente (com, em, de, por), preferência (por, sobre), próximo (a,
de), relacionado (com), etc.
Ex: Não estou acostumado a levantar tão cedo./ Será que ele é capaz de tal sacrifício?

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL: quanto à posição, os pronomes átonos podem vir antes do verbo =
próclise. (ex: Não me esconderei); depois do verbo = ênclise (ex: Escondi-me) e no meio do verbo =
mesóclise. (Ex: Esconder-me-ei). Usa-se a próclise:

a) quando antes do verbo houver palavras de sentido negativo, como nunca, jamais, não, nada, ninguém,
etc. Ex: Ninguém me deu essa informação. /b) quando não houver advérbios. Ex: Nunca te vi, sempre te
amei./ c) quando antes do verbo houver pronome relativos. Ex: Há filmes que nos comovem bastante. d)
quando antes do verbo houver conjunção subordinativa. Ex: Espero que me ajudes; e) em frases
exclamativas ou que expressem desejo. Ex: Que Deus o proteja, meu filho! / f) em frases iniciadas por
pronome interrogativos. Ex: Quem te deu essa notícia?

Usa-se a ênclise: a) quando o verbo está no infinitivo. Ex: Vou procura-lo amanhã. / b) quando o verbo está
no imperativo afirmativo. Ex: Empreste-me aquele livro!/ c) quando o verbo está no gerúndio. Ex:
Levantando-se da mesa, começou a fazer um discurso. d) quando o gerúndio é precedido da preposição em,
usa-sea próclise. Ex: Em se falando de teatro, não pode faltar sua opinião.

Usa-se a mesóclise: a) quando o verbo está no futuro do presente. Ex: Contar-lhe-ei a verdade. / b) quando
o verbo está no futuro do pretérito. Ex: Contar-lhe-ia a verdade. c) se antes do verbo existirem palavras de
sentido negativo, pronomes ou advérbios interrogativos, usa-se próclise. Ex: Nunca lhe contarei a verdade./
Quem lhe contará a verdade?

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