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Portuguesa
8o. ano
Volume 3
Livro de Coesão referencial 2
Livro do professor
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direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/04/2023 18:00:24
Coesão referencial
Chama-se coesão o conjunto de ligações estabelecidas entre ideias, palavras, frases e parágrafos de um texto.
Diversos elementos coesivos promovem essas ligações, como os sinônimos e os pronomes pessoais, oblíquos, de-
monstrativos, possessivos ou relativos.
Além disso, a coesão referencial pode antecipar termos que serão apresentados adiante no texto.
Ex.: O problema é este: não temos dinheiro para viajar.
Atividades
1. Leia um trecho da reportagem Como tratamos os animais, publicada na revista Superinteressante .
O cachorro é todo marrom, da cauda às longas orelhas, a não ser por uma mancha no olho es-
querdo. [...] Mas esse cachorro não tem nome. Nascido há semanas, ele foi logo separado da mãe
e passa a vida em uma jaula pouco maior que seu corpo. Sem ter o que fazer, ele come e dorme.
Rapidamente engorda. Um dia, ele é enfiado em uma gaiola com outros cães e levado a um galpão.
O cheiro de sangue e fezes é forte. Ouvem-se ganidos. Uma pessoa se aproxima e lhe aplica um
choque violento. Em instantes, o cão sem nome morre. Seu corpo é jogado sobre uma grelha, e seu
pelo, tostado. Em alguns minutos, ele é cortado em pedaços para virar churrasco.
A cena descrita [...] é real e acontece diariamente na Coreia, onde carne de cachorro é muito
apreciada. Fora dali, porém, o abate de cães é considerado uma ofensa, uma afronta aos padrões
civilizados. Não deixa de ser curioso, já que porcos e galinhas têm destinos bem parecidos com o
do anônimo cão coreano, mas bem pouca gente ergue a voz para protegê-los.
VERGARA, Rodrigo. Como tratamos os animais? Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/entre-o-ceu-e-o-inferno/>. Acesso em: 23 jan. 2019.
a) Conecte, por meio de setas, os termos grifados a seus referentes.
Os termos “esse”, “ele”, “seu”, “lhe”, “cão sem nome” e “anônimo cão coreano” devem ser ligados à palavra “cachorro”, na primeira linha
do texto; as palavras “onde” e “dali”, à “Coreia”; e o pronome “-los”, a “porcos e galinhas”.
2 Livro de atividades
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Quando a escritora americana Lenore Skenazy, 49 anos, contou aos leitores de sua coluna no
jornal The New York Sun que ela e o marido deixaram o filho, Izzy, então com 9 anos, atravessar a
cidade sozinho de metrô, esperava reações indignadas – mas nem tanto. Foi sabatinada em alguns
dos principais programas de tevê dos Estados Unidos e acabou rotulada de “a pior mãe da América”
por ter exposto o menino ao que foi considerado um grande risco. Pouco mais de um ano depois,
ela é a famosa criadora do movimento Free Range Kids (algo como crianças independentes) e lança
um livro com título idêntico. Ambos batem na mesma tecla: as crianças precisam de mais autono-
mia. “Essa ideia de que estamos sendo bons pais ao tratar nossos filhos quase como inválidos não
faz nada bem a eles”, afirma. Isso, frisa, é diferente de zelar pela segurança. Lenore, por exemplo,
obriga seus dois filhos, de 11 e 13 anos, a usar capacetes quando andam de bicicleta, recrimina-
-os se atravessarem a rua sem olhar para os lados e não permite que entrem numa piscina sem a
presença de um adulto.
PRADO, Adriana. Lenore Skenazy: a pior mãe da América. Disponível em: <https://istoe.com.br/11868_A+PIOR+MAE+DA+AMERICA/>. Acesso em:
23 jan. 2019.
Analise os trechos extraídos desse texto e marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( F ) “Ambos batem na mesma tecla: as crianças precisam de mais autonomia”. O termo “ambos”
refere-se à escritora Lenore Skenazy e a seu marido, ou seja, aos pais de Izzy.
“Ambos” refere-se tanto ao movimento Free Range Kids quanto ao livro de título idêntico.
( F ) “Isso, frisa, é diferente de zelar pela segurança”. O pronome demonstrativo “Isso” retoma as ações
de usar capacete para andar de bicicleta e entrar na piscina sem a presença de um adulto.
“Isso” refere-se à ideia de superproteger os filhos ao ponto de tratá-los quase como inválidos, segundo a escritora.
( V ) “recrimina-os se atravessarem a rua sem olhar para os lados”. O termo destacado é um prono-
me oblíquo e refere-se aos dois filhos da escritora.
4. Releia o seguinte trecho:
4 Livro de atividades
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a) Observe o conjunto de pessoas apresentado na capa da revista. O que esse recurso visual repre-
senta? Justifique sua resposta.
Na capa da revista, há um grupo de pessoas representando a diversidade étnico-racial do Brasil. Esse efeito de sentido é obtido com
b) Os cientistas nem sempre foram bem compreendidos em sua época, mas, sem os cientistas, não
haveria evolução da humanidade.
Os cientistas nem sempre foram bem compreendidos em sua época, mas, sem esses estudiosos, não haveria evolução da
humanidade.
c) É necessária uma boa argumentação para expor opiniões. Emitir opiniões também exige tolerância.
É necessária uma boa argumentação para expor opiniões. Emiti-las também exige tolerância.
Pronomes relativos
O pronome relativo, como os demais, exerce função coesiva, retomando termos já mencionados no texto.
Alguns desses pronomes só podem ser usados com referentes específicos.
6 Livro de atividades
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Atividades
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 6.
https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/nova-bandeira-para-o-brasil-inclui-a-palavra-amor-antes-de-ordem-e-progresso-bokexa3nxzf9wvn1td33ljqg8/
Nacionalmente conhecido pelas vinhetas que produz para a TV Globo, o designer Hans Donner encabeça um movimento
que deseja modificar a bandeira oficial do Brasil. A mudança mais radical – digamos assim – na proposta concebida por
Donner é a inclusão da palavra “amor” antes da expressão “ordem e progresso”.
Além disso, o sentido da faixa branca da bandeira, que hoje forma um arco com a ponta final direcionada para baixo,
seria invertido para o alto. O designer alemão, que vive no Brasil há 42 anos, afirma que a direção da faixa, como está hoje,
indica “inferioridade”. Donner quer ainda usar tons de verde e amarelo em degradê.
O design da nova bandeira é lapidado há dez anos, mas foi apresentado oficialmente na quinta-feira (9), durante o
Fórum do Amanhã, que acontece em Tiradentes (MG).O fórum é um movimento encabeçado pelos sociólogos Eduardo
Giannetti e Domenico de Masi que reúne cidadãos da sociedade civil dispostos a repensar o Brasil a partir de quatro
questões norteadoras: qual o sonho do brasileiro?; qual o Brasil ideal que pulsa e vibra no coração do Brasil real?; quais
elos nos ligam ao mundo e que traços nos definem como nação?; quais valores seriam capazes de unir os brasileiros em
torno de um projeto de Brasil? [...]
“Meu objetivo é propor uma bandeira positiva, o brasileiro tem um sentimento de inferioridade enraizado, que temos
que reverter”, afirmou Donner.
A proposta de nova bandeira está disponível no sitebitly.com/bandeirabrasil. Lá é possível assinar uma petição online
para que a ideia seja enviada ao Congresso para ser, de fato, implementada. Por enquanto, a adesão é baixa: há 80
assinaturas desde 1o. de novembro, mas são necessários pelo menos 100 mil apoios.
NOVA bandeira para o Brasil inclui a palavra “amor” antes de “ordem e progresso”. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/politica/
republica/nova-bandeira-para-o-brasil-inclui-a-palavra-amor-antes-de-ordem-e-progresso-bokexa3nxzf9wvn1td33ljqg8/>. Acesso em: 6 nov. 2018.
1. O texto lido
( ) denuncia uma ideia incoerente de Hans Donner.
( ) critica a proposta do designer.
( X ) informa o leitor sobre a proposta de Hans Donner.
2. Assinale a alternativa que apresenta um ponto de vista favorável dos internautas em relação à mu-
dança na bandeira.
( ) “Seria melhor colocar algo mais compatível com nossa realidade, como, por exemplo, desor-
dem, retrocesso, ódio... clichê, mas combina melhor com nosso perfil... Brasil!!!” (C.S.)
( ) “Acho que esse povo devia se preocupar com a saúde pública, segurança, educação e corrup-
ção, que são prioridade máxima neste país.” (A.C.F.)
( ) “Sob o ponto de vista das técnicas de design , uma monstruosidade. Sob o ponto de vista cí-
vico, completamente irrelevante. Sob o ponto de vista histórico, um crime. Existiu um motivo
muito óbvio para o “Amor” não entrar na bandeira. A República foi resultado de um ato de
traição, mentiras e conspirações, consolidada por uma ditadura repressiva e batizada com
sangue de monarquistas e qualquer um que se opusesse contra o novo regime.” (F.R.M.)
( X ) “As grandes empresas, de tempos em tempos, renovam suas marcas para reposicionar produtos
e atingir públicos e objetivos novos. Por que isso não poderia acontecer com um país?” (S.K.)
( ) “Outra coisa, o degradê ficou feio. O sombreamento ficou feio. Parece aqueles Word Art que
eram usados em título de trabalho da escola nos anos 90 [...]” (L.C.L.)
3. Qual dos internautas pensa de forma semelhante a L.C.L.? Justifique sua resposta.
F.R.M., pois, assim como L.C.L., alega motivos estéticos, entre outros, para reprovar o novo design proposto para a bandeira.
4. Elabore um argumento que ajudaria Hans Donner a obter o apoio de mais internautas para seu projeto.
Pessoal.
5. Leia os períodos extraídos do texto e, quando possível, substitua a palavra que por o qual, a qual, os
quais ou as quais.
a) “Nacionalmente conhecido pelas vinhetas que produz para a TV Globo, o designer Hans Donner
encabeça um movimento que deseja modificar a bandeira oficial do Brasil.”
Nacionalmente conhecido pelas vinhetas as quais produz para a TV Globo, o designer Hans Donner encabeça um movimento o
b) “O designer alemão, que vive no Brasil há 42 anos, afirma que a direção da faixa, como está hoje,
indica ‘inferioridade’.”
O designer alemão, o qual vive no Brasil há 42 anos, afirma que a direção da faixa, como está hoje, indica “inferioridade”.
d) “‘Meu objetivo é propor uma bandeira positiva, o brasileiro tem um sentimento de inferioridade
enraizado, que temos que reverter’, afirmou Donner”.
“Meu objetivo é propor uma bandeira positiva, o brasileiro tem um sentimento de inferioridade enraizado, o qual temos
8 Livro de atividades
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6. Utilize um pronome relativo para unir as duas orações em um só período, eliminando repetições.
a) I. Hans Donner é um designer gráfico alemão.
II. Hans Donner mudou-se para o Brasil em 1975.
Hans Donner é um designer gráfico alemão, o qual/que se mudou para o Brasil em 1975.
b) I. A computação gráfica foi adotada pela equipe de Hans Donner no início de 1980.
II. A computação gráfica foi utilizada em criações de aberturas de diversos programas, como
Fantástico , Planeta dos homens e Viva o gordo.
A computação gráfica, a qual/que foi utilizada em criações de aberturas de diversos programas, como Fantástico, Planeta dos
homens e Viva o gordo, foi adotada pela equipe de Hans Donner no início de 1980.
https://super.abril.com.br/historia/como-surgiu-a-expressao-2/
“Não deve ter existido apenas uma origem para o surgimento dessa expressão”, diz John Schimitz, professor de Linguística
Aplicada da Unicamp. Mas, segundo a maioria dos especialistas, a fonte mais provável data de 1831, quando o Governo
Regencial do Brasil, atendendo às pressões da Inglaterra, promulgou, naquele ano, uma lei proibindo o tráfico negreiro –
declarando assim livres os escravos que chegassem aqui e punindo severamente os importadores.
Mas, como o sentimento geral era de que a lei não seria cumprida, teria começado a circular na Câmara dos Deputados,
nas casas e nas ruas, o comentário de que o ministro Feijó fizera uma lei só “para inglês ver”.
“E, de fato, foi isso que aconteceu”, diz Regina Horta, professora de História do Brasil-Império da Universidade Federal de
Minas Gerais. “Apesar do esforço do governo inglês, que defendia o fim do tráfico por motivos que vão desde a pressão da
opinião pública interna até seus interesses coloniais na África, a lei brasileira permaneceu como letra morta por mais de 20
anos.” Foi preciso esperar outra lei, promulgada pelo imperador Dom Pedro II, em 1852, para a proibição definitiva do tráfico.
COMO surgiu a expressão “Para inglês ver”? Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/como-surgiu-a-expressao-2/>. Acesso em: 31 nov.
2018.
c) “‘E, de fato, foi isso que aconteceu’, diz Regina Horta [...]”
O governo brasileiro extinguiu o tráfico legal de escravos para contentar os ingleses, mas não aboliu a escravidão realmente.
d) “‘Apesar do esforço do governo inglês, que defendia o fim do tráfico por motivos que vão desde
a pressão da opinião pública interna até seus interesses coloniais na África, a lei brasileira perma-
neceu como letra morta por mais de 20 anos.’”
Na ordem em que os termos aparecem: o governo inglês; motivos dos ingleses para defender o fim do tráfico de escravos; dos
ingleses.
9. Os pronomes, em sua maioria, retomam termos citados no texto; porém, alguns deles só podem
retomar informações específicas. O pronome onde, por exemplo, refere-se apenas a lugares ou espa-
ços físicos. Sabendo disso, analise o texto abaixo, escrito por um aluno como resposta a determinado
exercício.
A carta foi motivada por um fato ocorrido no ano de 1964, onde um deputado queria crimina-
lizar o beijo, como se fosse um homicídio, por exemplo.
• O pronome destacado foi utilizado adequadamente pelo aluno? Em caso negativo, substitua-o
por outro termo mais apropriado.
No texto, o pronome “onde” retoma um fato ocorrido no ano de 1964; logo, não está bem utilizado. Uma alternativa de
substituição do pronome seria: A carta foi motivada por um fato ocorrido no ano de 1964, no qual/em que um deputado
queria criminalizar o beijo, como se fosse um homicídio, por exemplo.
c) O texto é uma resenha, pois apresenta uma sinopse do filme e informações extras, onde envol-
vem trilha sonora, cenário e figurino.
O texto é uma resenha, pois apresenta uma sinopse do filme e informações extras, as quais/que envolvem trilha sonora, cenário e
figurino.
10 Livro de atividades
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d) Essa opinião é uma avaliação da obra, onde o escritor cita os pontos positivos e os negativos.
Essa opinião é uma avaliação da obra, na qual/em que o escritor cita os pontos positivos e os negativos.
11. Analise os períodos a seguir e indique a relação de “posse” estabelecida pelo pronome destacado.
Veja o exemplo:
O aluno cujo caderno ficou esquecido voltou para buscá-lo. – Caderno do aluno.
c) Os diamantes, cuja fama atraiu homens de diversas partes do país, eram raros.
Fama dos diamantes.
12. Use o pronome relativo cujo e suas variações para unir os períodos e eliminar repetições.
a) I. A mulher encolheu-se toda dentro do casaco.
II. As mangas do casaco eram curtas demais.
A mulher encolheu-se toda dentro do casaco, cujas mangas eram curtas demais.
c) I. Como manter a casa aquecida era muito caro, ela passava os dias em cafés.
II. O ambiente barulhento dos cafés não era propício para escrever.
Como manter a casa aquecida era muito caro, ela passava os dias em cafés, cujo ambiente barulhento não era propício para escrever.
b) Depois de anos no mar, ela regressou a seu país, onde pretendia publicar as aventuras
vividas.
d) Os alunos cujas solicitações foram aceitas devem entregar os documentos até amanhã.
Concordância verbal
com os pronomes
relativos que e quem
Sujeito que
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo que, é natural que o verbo concorde com o
antecedente recuperado por esse pronome.
Exemplos:
I. Foi aquele cachorro que salvou a criança.
II. Foram aqueles cachorros que salvaram a criança.
Sujeito quem
Quando o sujeito da oração é o pronome quem, a concordância pode ocorrer de duas maneiras.
I. O verbo concorda com o antecedente do II. O verbo fica na terceira pessoa do sin-
pronome. gular.
Fomos nós quem vimos a cena. Fomos nós quem viu a cena.
12 Livro de atividades
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Atividades
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 3.
https://www.saraiva.com.br/a-menina-que-roubava-livros-1658571.html
©Intrínseca
E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria,
de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em “A
Menina que Roubava Livros”, livro há mais de um ano na lista dos
mais vendidos do “The New York Times”. Desde o início da vida
de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade
desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas
de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois
de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada
para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um
pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar
na nova casa, trazia escondido na mala um livro, “O Manual do
Coveiro”. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu
irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que
Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes
livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando
a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando
trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina
uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe
um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas
e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua
própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão,
o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel,
como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga, que
ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em
que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la.
Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
A MENINA que roubava livros. Disponível em: <https://www.saraiva.com.br/a-menina-que-roubava-livros-1658571.html>. Acesso em: 10 nov. 2018.
©Editora Intrínseca
Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que
valer a pena.
c) “[...] Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais
falar.”
Circular “o amigo quase invisível”. Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível do qual ela prometera jamais falar.
d) “Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo
e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga, que ela demorou
a perceber como tal.”
Circular “o namorado” e “sua melhor amiga”. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu
melhor amigo e o namorado o qual ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga, a qual ela demorou a perceber
como tal.
e) “Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel
Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras [...].”
Circular “época” ou “a época”. Só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época na qual Liesel Meminger
I. O rapaz que enterrou/enterrara (enterrar) seu irmão deixou cair o livro na neve.
II. As pessoas que enterraram (enterrar) seu irmão deixaram cair o livro na neve.
• De uma frase para a outra, houve variação do verbo enterrar? Por quê?
Sim, porque, quando o pronome relativo “que” exerce a função de sujeito, o verbo deve concordar com o antecedente dele.
14 Livro de atividades
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a) Durante quatro anos, fomos nós quem protegemos (proteger/concordar com o an-
tecedente) os livros.
b) Durante quatro anos, fomos nós quem protegeu (proteger/ manter o verbo na ter-
ceira pessoa do singular) os livros.
Períodos simples e
períodos compostos
Eles fizeram o trabalho./Eles vão fazer o trabalho.
Oração: enunciado organizado em torno de Verbo: fizeram
um verbo ou de uma locução verbal. Um verbo = uma oração
Locução verbal: vão fazer
Uma locução verbal = uma oração
Atividades
©Bayer
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de mergulho e boias. Esses elementos estão associados ao relaxamento e ao bem-estar que se pretende garantir às pessoas por meio
do medicamento.
3. Além do texto não verbal, há um trecho do anúncio em que se explicitam os efeitos do medicamen-
to. Quantas orações compõem esses períodos?
b) “Com gripe, você não aproveita tudo como deveria.” Duas orações.
4. O período abaixo é composto. Separe-o em orações.
https://super.abril.com.br/saude/pegar-friagem-provoca-resfriado/
O frio não causa resfriado, mas pode provocar alergias e facilitar infecções. Quando a temperatura cai, geralmente
o ar fica mais seco, o que afeta as mucosas do aparelho respiratório. E esse ressecamento compromete a produção
de secreções com anticorpos para a defesa do organismo.
5. A principal informação apresentada no texto contraria uma crença de boa parte das pessoas, por-
tanto precisa estar bem fundamentada.
a) Quais elementos embasam as conclusões divulgadas pela revista?
As conclusões estão embasadas em um estudo científico feito nos Estados Unidos pela Escola de Medicina da Universidade Baylor
b) As fontes de informação citadas no texto merecem plenamente o crédito do leitor? Justifique sua
resposta.
Não. As fontes de informação podem gerar desconfiança por dois motivos: os especialistas mencionados pela revista não foram
O frio não causa resfriado, mas pode provocar alergias e facilitar infecções.
facilitar infecções.”
18 Livro de atividades
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8. Leia, a seguir, algumas orientações para evitar a gripe. Classifique os períodos em simples ou compos-
tos, informando também o número de orações.
a) Lave as mãos regularmente com água e sabão e use álcool gel.
Período composto – duas orações.
c) Mantenha hábitos saudáveis: coma bem, durma regularmente e pratique exercícios físicos.
Período composto – quatro orações.
g) Evite o contato direto com pessoas se estiver com alguma doença respiratória que possa ser
transmitida.
Período composto – três orações.
h) Limpe as superfícies lisas (mesas, telefones, maçanetas, teclados, etc.) com álcool líquido.
Período simples.
10. Períodos muito longos podem prejudicar a clareza dos textos. Proponha uma pontuação mais ade-
quada para os trechos a seguir e divida-os em períodos mais curtos, conforme as orientações entre
parênteses. Faça adaptações, se necessário.
a) Em um belo dia de sol, em que a pele vermelha do índio ficava quase negra, ele foi nadar no Rio
São Francisco e resolveu ir para as partes mais profundas e quando mergulhou viu algo que se
moveu, mas não tinha certeza de que era um peixe com medo resolveu voltar mas quando pôs
a cabeça para fora algo o puxou para dentro e ele se afogou. Era uma cobra-d’água, Tupã assistiu
a tudo e transformou o velho índio no que mais queria: uma onda que, com tanto sentimento,
poderia tocar o coração dos amigos. (cinco períodos)
Sugestão: (1) Em um belo dia de sol, em que a pele vermelha do índio ficava quase negra, ele foi nadar no Rio São Francisco e
resolveu ir para as partes mais profundas. (2) E, quando mergulhou, viu algo que se moveu, mas não tinha certeza de que era um
peixe. (3) Com medo, resolveu voltar, mas, quando pôs a cabeça para fora, algo o puxou para dentro e ele se afogou. (4) Era uma
cobra-d’água. (5) Tupã assistiu a tudo e transformou o velho índio no que mais queria: uma onda que, com tanto sentimento,
b) Era um dia muito bonito e eu fui brincar com meus amigos nós escolhemos jogar betes brinca-
mos, brincamos e brincamos então foi anoitecendo eu fui para casa e minha mãe falou para eu ir
me deitar. (quatro períodos)
Sugestão: (1) Era um dia muito bonito, e eu fui brincar com meus amigos. (2) Nós escolhemos jogar betes. (3) Brincamos,
brincamos e brincamos. (4) Então, foi anoitecendo, eu fui para casa, e minha mãe falou para eu ir me deitar.
11. Selecione versos de uma letra de música e escreva-os no quadro abaixo. Em seguida, troque a ativi-
dade com um colega, para que contem o número de orações nos versos e classifiquem os tipos de
períodos empregados.
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Coesão referencial
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Diversos elementos coesivos promovem essas ligações, como os sinônimos e os pronomes pessoais, oblíquos, de-
monstrativos, possessivos ou relativos.
Além disso, a coesão referencial pode antecipar termos que serão apresentados adiante no texto.
Ex.: O problema é este: não temos dinheiro para viajar.
Atividades
1. Leia um trecho da reportagem Como tratamos os animais, publicada na revista Superinteressante .
O cachorro é todo marrom, da cauda às longas orelhas, a não ser por uma mancha no olho es-
querdo. [...] Mas esse cachorro não tem nome. Nascido há semanas, ele foi logo separado da mãe
e passa a vida em uma jaula pouco maior que seu corpo. Sem ter o que fazer, ele come e dorme.
Rapidamente engorda. Um dia, ele é enfiado em uma gaiola com outros cães e levado a um galpão.
O cheiro de sangue e fezes é forte. Ouvem-se ganidos. Uma pessoa se aproxima e lhe aplica um
choque violento. Em instantes, o cão sem nome morre. Seu corpo é jogado sobre uma grelha, e seu
pelo, tostado. Em alguns minutos, ele é cortado em pedaços para virar churrasco.
A cena descrita [...] é real e acontece diariamente na Coreia, onde carne de cachorro é muito
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a) Conecte, por meio de setas, os termos grifados a seus referentes.
Os termos “esse”, “ele”, “seu”, “lhe”, “cão sem nome” e “anônimo cão coreano” devem ser ligados à palavra “cachorro”, na primeira linha
do texto; as palavras “onde” e “dali”, à “Coreia”; e o pronome “-los”, a “porcos e galinhas”.
2 Livro de atividades
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Quando a escritora americana Lenore Skenazy, 49 anos, contou aos leitores de sua coluna no
jornal The New York Sun que ela e o marido deixaram o filho, Izzy, então com 9 anos, atravessar a
cidade sozinho de metrô, esperava reações indignadas – mas nem tanto. Foi sabatinada em alguns
dos principais programas de tevê dos Estados Unidos e acabou rotulada de “a pior mãe da América”
por ter exposto o menino ao que foi considerado um grande risco. Pouco mais de um ano depois,
ela é a famosa criadora do movimento Free Range Kids (algo como crianças independentes) e lança
um livro com título idêntico. Ambos batem na mesma tecla: as crianças precisam de mais autono-
mia. “Essa ideia de que estamos sendo bons pais ao tratar nossos filhos quase como inválidos não
faz nada bem a eles”, afirma. Isso, frisa, é diferente de zelar pela segurança. Lenore, por exemplo,
obriga seus dois filhos, de 11 e 13 anos, a usar capacetes quando andam de bicicleta, recrimina-
-os se atravessarem a rua sem olhar para os lados e não permite que entrem numa piscina sem a
presença de um adulto.
PRADO, Adriana. Lenore Skenazy: a pior mãe da América. Disponível em: <https://istoe.com.br/11868_A+PIOR+MAE+DA+AMERICA/>. Acesso em:
23 jan. 2019.
Analise os trechos extraídos desse texto e marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( F ) “Ambos batem na mesma tecla: as crianças precisam de mais autonomia”. O termo “ambos”
refere-se à escritora Lenore Skenazy e a seu marido, ou seja, aos pais de Izzy.
“Ambos” refere-se tanto ao movimento Free Range Kids quanto ao livro de título idêntico.
( F ) “Isso, frisa, é diferente de zelar pela segurança”. O pronome demonstrativo “Isso” retoma as ações
de usar capacete para andar de bicicleta e entrar na piscina sem a presença de um adulto.
“Isso” refere-se à ideia de superproteger os filhos ao ponto de tratá-los quase como inválidos, segundo a escritora.
( V ) “recrimina-os se atravessarem a rua sem olhar para os lados”. O termo destacado é um prono-
me oblíquo e refere-se aos dois filhos da escritora.
4. Releia o seguinte trecho:
4 Livro de atividades
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a) Observe o conjunto de pessoas apresentado na capa da revista. O que esse recurso visual repre-
senta? Justifique sua resposta.
Na capa da revista, há um grupo de pessoas representando a diversidade étnico-racial do Brasil. Esse efeito de sentido é obtido com
b) Os cientistas nem sempre foram bem compreendidos em sua época, mas, sem os cientistas, não
haveria evolução da humanidade.
Os cientistas nem sempre foram bem compreendidos em sua época, mas, sem esses estudiosos, não haveria evolução da
humanidade.
c) É necessária uma boa argumentação para expor opiniões. Emitir opiniões também exige tolerância.
É necessária uma boa argumentação para expor opiniões. Emiti-las também exige tolerância.
Pronomes relativos
O pronome relativo, como os demais, exerce função coesiva, retomando termos já mencionados no texto.
Alguns desses pronomes só podem ser usados com referentes específicos.
6 Livro de atividades
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Atividades
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 6.
https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/nova-bandeira-para-o-brasil-inclui-a-palavra-amor-antes-de-ordem-e-progresso-bokexa3nxzf9wvn1td33ljqg8/
Nacionalmente conhecido pelas vinhetas que produz para a TV Globo, o designer Hans Donner encabeça um movimento
que deseja modificar a bandeira oficial do Brasil. A mudança mais radical – digamos assim – na proposta concebida por
Donner é a inclusão da palavra “amor” antes da expressão “ordem e progresso”.
Além disso, o sentido da faixa branca da bandeira, que hoje forma um arco com a ponta final direcionada para baixo,
seria invertido para o alto. O designer alemão, que vive no Brasil há 42 anos, afirma que a direção da faixa, como está hoje,
indica “inferioridade”. Donner quer ainda usar tons de verde e amarelo em degradê.
O design da nova bandeira é lapidado há dez anos, mas foi apresentado oficialmente na quinta-feira (9), durante o
Fórum do Amanhã, que acontece em Tiradentes (MG).O fórum é um movimento encabeçado pelos sociólogos Eduardo
Giannetti e Domenico de Masi que reúne cidadãos da sociedade civil dispostos a repensar o Brasil a partir de quatro
questões norteadoras: qual o sonho do brasileiro?; qual o Brasil ideal que pulsa e vibra no coração do Brasil real?; quais
elos nos ligam ao mundo e que traços nos definem como nação?; quais valores seriam capazes de unir os brasileiros em
torno de um projeto de Brasil? [...]
“Meu objetivo é propor uma bandeira positiva, o brasileiro tem um sentimento de inferioridade enraizado, que temos
que reverter”, afirmou Donner.
A proposta de nova bandeira está disponível no sitebitly.com/bandeirabrasil. Lá é possível assinar uma petição online
para que a ideia seja enviada ao Congresso para ser, de fato, implementada. Por enquanto, a adesão é baixa: há 80
assinaturas desde 1o. de novembro, mas são necessários pelo menos 100 mil apoios.
NOVA bandeira para o Brasil inclui a palavra “amor” antes de “ordem e progresso”. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/politica/
republica/nova-bandeira-para-o-brasil-inclui-a-palavra-amor-antes-de-ordem-e-progresso-bokexa3nxzf9wvn1td33ljqg8/>. Acesso em: 6 nov. 2018.
1. O texto lido
( ) denuncia uma ideia incoerente de Hans Donner.
( ) critica a proposta do designer.
( X ) informa o leitor sobre a proposta de Hans Donner.
2. Assinale a alternativa que apresenta um ponto de vista favorável dos internautas em relação à mu-
dança na bandeira.
( ) “Seria melhor colocar algo mais compatível com nossa realidade, como, por exemplo, desor-
dem, retrocesso, ódio... clichê, mas combina melhor com nosso perfil... Brasil!!!” (C.S.)
( ) “Acho que esse povo devia se preocupar com a saúde pública, segurança, educação e corrup-
ção, que são prioridade máxima neste país.” (A.C.F.)
( ) “Sob o ponto de vista das técnicas de design , uma monstruosidade. Sob o ponto de vista cí-
vico, completamente irrelevante. Sob o ponto de vista histórico, um crime. Existiu um motivo
muito óbvio para o “Amor” não entrar na bandeira. A República foi resultado de um ato de
traição, mentiras e conspirações, consolidada por uma ditadura repressiva e batizada com
sangue de monarquistas e qualquer um que se opusesse contra o novo regime.” (F.R.M.)
( X ) “As grandes empresas, de tempos em tempos, renovam suas marcas para reposicionar produtos
e atingir públicos e objetivos novos. Por que isso não poderia acontecer com um país?” (S.K.)
( ) “Outra coisa, o degradê ficou feio. O sombreamento ficou feio. Parece aqueles Word Art que
eram usados em título de trabalho da escola nos anos 90 [...]” (L.C.L.)
3. Qual dos internautas pensa de forma semelhante a L.C.L.? Justifique sua resposta.
F.R.M., pois, assim como L.C.L., alega motivos estéticos, entre outros, para reprovar o novo design proposto para a bandeira.
4. Elabore um argumento que ajudaria Hans Donner a obter o apoio de mais internautas para seu projeto.
Pessoal.
5. Leia os períodos extraídos do texto e, quando possível, substitua a palavra que por o qual, a qual, os
quais ou as quais.
a) “Nacionalmente conhecido pelas vinhetas que produz para a TV Globo, o designer Hans Donner
encabeça um movimento que deseja modificar a bandeira oficial do Brasil.”
Nacionalmente conhecido pelas vinhetas as quais produz para a TV Globo, o designer Hans Donner encabeça um movimento o
b) “O designer alemão, que vive no Brasil há 42 anos, afirma que a direção da faixa, como está hoje,
indica ‘inferioridade’.”
O designer alemão, o qual vive no Brasil há 42 anos, afirma que a direção da faixa, como está hoje, indica “inferioridade”.
d) “‘Meu objetivo é propor uma bandeira positiva, o brasileiro tem um sentimento de inferioridade
enraizado, que temos que reverter’, afirmou Donner”.
“Meu objetivo é propor uma bandeira positiva, o brasileiro tem um sentimento de inferioridade enraizado, o qual temos
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6. Utilize um pronome relativo para unir as duas orações em um só período, eliminando repetições.
a) I. Hans Donner é um designer gráfico alemão.
II. Hans Donner mudou-se para o Brasil em 1975.
Hans Donner é um designer gráfico alemão, o qual/que se mudou para o Brasil em 1975.
b) I. A computação gráfica foi adotada pela equipe de Hans Donner no início de 1980.
II. A computação gráfica foi utilizada em criações de aberturas de diversos programas, como
Fantástico , Planeta dos homens e Viva o gordo.
A computação gráfica, a qual/que foi utilizada em criações de aberturas de diversos programas, como Fantástico, Planeta dos
homens e Viva o gordo, foi adotada pela equipe de Hans Donner no início de 1980.
https://super.abril.com.br/historia/como-surgiu-a-expressao-2/
“Não deve ter existido apenas uma origem para o surgimento dessa expressão”, diz John Schimitz, professor de Linguística
Aplicada da Unicamp. Mas, segundo a maioria dos especialistas, a fonte mais provável data de 1831, quando o Governo
Regencial do Brasil, atendendo às pressões da Inglaterra, promulgou, naquele ano, uma lei proibindo o tráfico negreiro –
declarando assim livres os escravos que chegassem aqui e punindo severamente os importadores.
Mas, como o sentimento geral era de que a lei não seria cumprida, teria começado a circular na Câmara dos Deputados,
nas casas e nas ruas, o comentário de que o ministro Feijó fizera uma lei só “para inglês ver”.
“E, de fato, foi isso que aconteceu”, diz Regina Horta, professora de História do Brasil-Império da Universidade Federal de
Minas Gerais. “Apesar do esforço do governo inglês, que defendia o fim do tráfico por motivos que vão desde a pressão da
opinião pública interna até seus interesses coloniais na África, a lei brasileira permaneceu como letra morta por mais de 20
anos.” Foi preciso esperar outra lei, promulgada pelo imperador Dom Pedro II, em 1852, para a proibição definitiva do tráfico.
COMO surgiu a expressão “Para inglês ver”? Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/como-surgiu-a-expressao-2/>. Acesso em: 31 nov.
2018.
c) “‘E, de fato, foi isso que aconteceu’, diz Regina Horta [...]”
O governo brasileiro extinguiu o tráfico legal de escravos para contentar os ingleses, mas não aboliu a escravidão realmente.
d) “‘Apesar do esforço do governo inglês, que defendia o fim do tráfico por motivos que vão desde
a pressão da opinião pública interna até seus interesses coloniais na África, a lei brasileira perma-
neceu como letra morta por mais de 20 anos.’”
Na ordem em que os termos aparecem: o governo inglês; motivos dos ingleses para defender o fim do tráfico de escravos; dos
ingleses.
9. Os pronomes, em sua maioria, retomam termos citados no texto; porém, alguns deles só podem
retomar informações específicas. O pronome onde, por exemplo, refere-se apenas a lugares ou espa-
ços físicos. Sabendo disso, analise o texto abaixo, escrito por um aluno como resposta a determinado
exercício.
A carta foi motivada por um fato ocorrido no ano de 1964, onde um deputado queria crimina-
lizar o beijo, como se fosse um homicídio, por exemplo.
• O pronome destacado foi utilizado adequadamente pelo aluno? Em caso negativo, substitua-o
por outro termo mais apropriado.
No texto, o pronome “onde” retoma um fato ocorrido no ano de 1964; logo, não está bem utilizado. Uma alternativa de
substituição do pronome seria: A carta foi motivada por um fato ocorrido no ano de 1964, no qual/em que um deputado
queria criminalizar o beijo, como se fosse um homicídio, por exemplo.
c) O texto é uma resenha, pois apresenta uma sinopse do filme e informações extras, onde envol-
vem trilha sonora, cenário e figurino.
O texto é uma resenha, pois apresenta uma sinopse do filme e informações extras, as quais/que envolvem trilha sonora, cenário e
figurino.
10 Livro de atividades
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3. Assinale as alternativas em que a vírgula está empregada de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
( X ) A animação mistura traços de lápis de cor, giz de cera, colagens e recortes.
( ) A produção de Alê Abreu, disputará o Oscar de melhor animação.
( X ) Alê Abreu elogia o concorrente da Pixar, mas aponta defeitos.
( ) As escolhas ousadas e arriscadas do diretor e de sua equipe, mostram sua razão de ser em cada
cena.
( ) O menino e o mundo , é um filme muito mais complexo e rico do que seus simples traços
permitem imaginar.
4. Explique os desvios da norma-padrão identificados no exercício anterior.
Na segunda, na quarta e na quinta alternativa, o sujeito e o predicado, ou o sujeito e o verbo, estão separados por vírgula.
Vejo a clara representação da relação humana com o consumismo. Esse filme pode ser muito bem
comparado com qualquer país que troca a mão de obra por máquinas, desempregando centenas.
Acredito, que podemos nos ver em todos os personagens do filme. (A.C.S.)
No último período do comentário, a vírgula deve ser retirada, pois está separando o verbo “Acredito” da oração que é seu
complemento.
Que – conjunção
integrante ou pronome
relativo
A palavra que participa da composição dos textos com frequência, exercendo diferentes funções. Você já é
capaz de reconhecer, pelo menos, duas delas:
Pronome relativo A menina que roubava livros. / A menina a qual roubava livros.
Recupera um termo anterior.
• Atenção: Em virtude de sua importância e sua versatilidade, a palavra que pode gerar um vício de lingua-
gem conhecido como queísmo. Trata-se do uso desnecessário e repetitivo do termo. Observe, a seguir,
algumas alternativas para resolver esse problema.
Que Substitua o pronome relativo que por outros pronomes relativos: o qual, a qual, os
pronome relativo quais ou as quais.
Ex.: Serão eles que farão o trabalho.
Serão eles os quais farão o trabalho.
Substitua a oração em que aparece o pronome relativo que por outra estrutura,
eliminando-o.
Ex.: Esse foi o livro que eu comprei.
Esse foi o livro comprado por mim.
Atividades
1. Por qual adjetivo a oração sublinhada pode ser substituída?
A água que era trazida pela chuva não podia mais ser absorvida pelas galerias antigas.
( X ) A água pluvial não podia mais ser absorvida pelas galerias antigas.
( ) A água escassa não podia mais ser absorvida pela galerias antigas.
( ) A água suja não podia mais ser absorvida pelas galerias antigas.
32 Livro de atividades
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Todo fã é um idiota
Sim, é isso mesmo que você acabou de ler aí no título deste artigo. [...]
Antes de continuar a ler o que escrevi, é necessário que você tenha em mente o seguinte escla-
recimento: fã é todo aquele ser que chora por seu ídolo, que coleciona pastas e pastas com fotos de
seu objeto de desejo, que tem seu quarto forrado de pôsteres do alvo de seu fanatismo – palavra
que, não à toa, originou o termo fan ou fã, dando uma “abrasileirada” –, que chora na porta de
camarim, que passa dias e dias na fila, esperando o momento de entrar no local onde acontecerá
o show de seu “amor não correspondido”, que acampa na porta do hotel onde seus ídolos estão
hospedados em busca de um pouco de descanso entre uma viagem e outra... Ou seja, é o retrato
nu e cru, despido de qualquer racionalidade, de um idiota.
Se você é uma daquelas pessoas que adora o seu ídolo de uma maneira equilibrada, que aprecia
o seu trabalho quando o cara manda bem, mas reconhece as pisadas na bola e os vacilos, então você
não é um fã, mas sim um admirador. Você simplesmente gosta da banda ou de quem quer que seja.
Você não o ama, não chora por ele, não grita, não se desespera quando um pedido de autógrafo é
recusado [...]. Você não é um fã.
Agora, a verdade que precisa ser dita, mesmo que ela seja muito dolorida para quem está lendo
este artigo neste exato momento: o artista também acha que o seu fã é um idiota.
Ele sabe que esse amor desmedido é uma bobagem, um transtorno hormonal muito comum
em adolescentes – embora sejam frequentes os casos de pessoas mais velhas se portando como bo-
balhões. Em caso de dúvida, vá até a porta de um hotel de luxo que esteja hospedando um artista
internacional e veja com seus próprios olhos. [...]
O artista quer que você compre o disco dele e vá aos shows , que demonstre explicitamente a
sua devoção, comprando a camiseta da turnê, a edição especial do CD que está sendo “trabalhado”
na turnê, o chaveirinho, o ímã de geladeira. Todo artista, no fundo, pensa “me idolatre, compre
todas as bugigangas que eu soltar no mercado, mas fique longe de mim”. Lamento, mas esta é a
pura verdade. [...]
TADEU, Regis. Todo fã é um idiota . Disponível em: <https://registadeu.com.br/todo-fa-e-um-idiota/>. Acesso em: 6 nov. 2018.
2. O texto lido é um artigo de opinião escrito pelo jornalista e crítico musical Regis Tadeu. Você con-
corda com as ideias dele? Qual é o principal tipo de argumento utilizado por ele para fundamentar
sua tese? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
Discuta com os alunos sobre as ideias de Regis Tadeu: há concordância ou discordância da parte dos alunos?
Regis Tadeu utiliza exemplos como seu principal argumento. Isso pode ser comprovado em diversos trechos, como: “Em caso de dúvida,
vá até a porta de um hotel de luxo que esteja hospedando um artista internacional e veja com seus próprios olhos”.
4. Leia os períodos a seguir e classifique os termos destacados em pronome relativo (PR) ou conjunção
integrante (CI).
( CI ) “Ele sabe que esse amor desmedido é uma bobagem [...]”
( PR ) “[...] vá até a porta de um hotel de luxo que esteja hospedando um artista internacional e veja
com seus próprios olhos.”
( PR ) “[...] a edição especial do CD que está sendo ‘trabalhado’ na turnê.”
( PR ) “[...] compre todas as bugigangas que eu soltar no mercado [...]”
( CI ) “O artista quer que você compre o disco dele [...]”
5. Reescreva o trecho a seguir eliminando um “que”.
[...] é necessário que você tenha em mente o seguinte esclarecimento: fã é todo aquele ser que
chora por seu ídolo [...]
é necessário você ter em mente o seguinte esclarecimento: fã é todo aquele ser que chora por seu ídolo
O artista quer que você compareça ao show que ele e sua equipe produziram.
A primeira palavra “que” é uma conjunção integrante, pois conecta o verbo “quer” com a oração que é seu objeto direto.
34 Livro de atividades
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Orações subordinadas
substantivas
desenvolvidas ou
reduzidas
Orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem funções sintáticas próprias dos substantivos.
Como visto nos exemplos, a palavra que, muitas vezes, é acionada para conectar a oração subordinada
substantiva à oração principal. Entretanto, há alternativas possíveis para evitar o queísmo, como utilizar a oração
subordinada substantiva em sua forma reduzida.
Só sabia de uma coisa: que era importante a Só sabia de uma coisa: ser importante a sua
sua presença. presença.
Na oração reduzida, não há conjunção integrante, e o verbo se encontra em uma das três formas nominais:
gerúndio, particípio ou infinitivo.
Atividades
Em 2014, com 17 anos, Malala ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Leia esta história em quadrinhos para
responder às questões de 1 a 3.
©Pictoline
SEU NOME É MALALA
Aos 11 anos, Malala Yousafzai começou a escrever No blog ela denunciava que os talibãs que
um blog sobre os problemas que as meninas controlavam a região onde vivia (Swat)
paquistanesas enfrentavam para ir à escola. proibiam as meninas de frequentar a escola.
Seus textos se tornaram tão relevantes que, Mas Malala sobreviveu ao ataque.
em outubro de 2012, um grupo armado talibã E sua história ficou conhecida internacionalmente.
atacou seu ônibus escolar.
E ATIRARAM EM SUA CABEÇA
Em vez de se deixar intimidar, Malala virou Meses mais tarde, ela se tornaria a pessoa mais
embaixadora na luta pelo direito de meninos e meninas jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz.
à educação.
36 Livro de atividades
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[...] No blog ela denunciava que os talibãs que controlavam a região onde vivia (Swat) proibiam
as meninas de frequentar a escola.
c) Não há conjunção integrante conectando as orações. Logo, é possível classificar a oração subli-
nhada em
( ) oração subordinada substantiva desenvolvida.
( X ) oração subordinada substantiva reduzida.
3. Reescreva o período apresentado na questão 2 modificando a oração destacada e introduzindo a
conjunção integrante.
[...] No blog ela denunciava que os talibãs que controlavam a região onde vivia (Swat) proibiam as meninas de que frequentassem a
escola.
d) É importante que saibamos sobre os 130 milhões de garotas impedidas de ir à escola em razão de
casamentos prematuros, conflitos locais ou trabalho infantil.
É importante sabermos sobre os 130 milhões de garotas impedidas de ir à escola em razão de casamentos prematuros, conflitos
38 Livro de atividades