1 Ano Medio Rever e Aprender Rofessor

Ensino médio
1ª SÉRIE
LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFESSOR
1
2
1
Coleção
Língua Portuguesa - Livro do Professor
Uma produção
Direção Editorial Ilustrações

Tiago Braga Dawidson França
Organização Projeto Gráfico

Antonio Nicolau Youssef Amplitude.PP
Colaboradores Diagramação
Diego Rafael Vogt Amplitude.PP
Heloisa Takazaki
Imagens
Revisão Adobe Stock
Ana Cristina Mendes Perfetti Shutterstock
Giovanna Petróleo
Victor Pugliese Produção Executiva
Antonio Braga Filho
R452r Rever e aprender : Língua Portuguesa ensino médio 1ª série – manual do

professor / Diego Vogt, Heloisa Takazaki (org.) – São Paulo, SP : Órbita,
2023.
168 p. : il. color.
ISBN: 978-65-6038-118-6
1.Leitura. 2.Produção de texto. 3.Gêneros textuais. 4.Análise linguística.

5.Recomposição. I.Vogt, Diego. II.Takazaki, Heloisa. III.Título.
CDD 469
CDU 811.134.3
Dados de Catalogação AACR2 2ª. ed. e Classificação CDD 22ª ed.

Tatiane Thielke dos Santos Cruz – Bibliotecária - CRB-8/121/2023.
2
LÍNGUA
PORTUGUESA
3
Sumário
Campo jornalístico-midiático�� 7
Reportagem�� 8
Notícia�� 9
Estrangeirismo�� 15
Produção de texto: reportagem jornalística�� 18
Planejamento�� 18
Produção�� 19
Revisão/reescrita�� 19
Divulgação�� 20
Artigo de opinião�� 21
Videoaula�� 21
Tese�� 23
Sujeito, verbos de ligação, predicativo e verbos transitivos
e intransitivos�� 29
Videoaula�� 29
Verbos de ligação e efeitos de sentido�� 31
Verbos intransitivos e transitivos�� 32
Produção de texto: artigo de opinião�� 35
Produção�� 36
Comentário em meios digitais�� 38
Comentário: opinião consistente�� 39
Produção de texto: comentário em rede social�� 42
Produção�� 43
Campo de atuação na vida pública�� 45

Regimento�� 45
Proibição imposta e direito garantido�� 47
Variação linguística: níveis de registros e norma-padrão�� 55
Videoaula�� 55
Norma-padrão�� 57
Manifesto�� 60
Regência nominal e complemento nominal�� 65
4
Videoaula�� 55
Complemento nominal�� 67
Regência verbal�� 70
Videoaula�� 70
Objeto indireto e locução adverbial �� 72
Produção de texto: manifesto�� 75
Produção�� 76
Campo das práticas de estudo e pesquisa�� 79

Enciclopédia colaborativa e outras fontes�� 80
Videoaula�� 80
Fontes de estudo e pesquisa�� 82
Produção de texto: verbete de enciclopédia colaborativa� 91
Produção �� 92
Coesão sequencial: conjunções e locuções conjuntivas�� 94
Videoaula�� 94
Períodos compostos: coordenação e subordinação�� 98
Orações subordinadas adjetivas restritivas e explicativas––– 102
Videoaula�� 102
Pronome relativo�� 104
Campo artístico-literário�� 107

Texto teatral�� 108
Variedades linguísticas–––––––––––––––––––––––––– 117
Videoaula�� 117
Preconceito linguístico�� 120
Colocação pronominal�� 126
Videoaula�� 126
Pronomes oblíquos átonos�� 129
Narrativa de ficção científica�� 131
Discursos direto e indireto�� 132
Coesão sequencial�� 141
Produção de texto: narrativa de ficção científica�� 143
Produção �� 145
5
AdobeStock
Professor
Antes de iniciar o trabalho com cada Campo de Atuação, onde procedemos à revisão
das práticas de linguagem, você encontrará um conjunto de páginas com orientações e
atividades complementares, destinadas a tornar mais eficiente a aprendizagem e mais
produtiva a recomposição dos pré-requisitos para seu melhor desenvolvimento.
Campo
jornalístico-
midiático
O QUE VAMOS REVISAR
Para ajudar você a melhor compreender os conceitos que serão

estudados e facilitar suas aprendizagens na 1ª série do ensino
médio, vamos revisar nesta unidade temática:
• Reportagem e notícia
• Estrangeirismos
• Artigo de opinião, tese e argumentos
• Sujeito, verbo de ligação, predicativo
• Verbos intransitivos e transirivos
• O gênero textual comentário em redes digitais
7
PROFESSOR
UNIDADE 1
Campo
jornalístico-midiático
Este material propõe um grande e importante desafio: recompor a aprendizagem dos alunos por
meio de momentos de estudo diferenciados mediados pelo professor. Seu papel, assim, é muito
importante na trajetória do estudante. Ele precisa de sua condução, apoio e orientação. Para aju-
dá-lo nessa tarefa tão significativa, a ÓRBITA preparou o Rever e Aprender com muito carinho. Ele
foi feito por professores capacitados e preparados no ensino da Língua Portuguesa. Os conteúdos
também estão em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A primeira unidade trata do campo de atuação jornalístico-midiático e foi pensada com o intuito de
capacitar os estudantes a lidar com o enorme fluxo de informação e opinião que circulam diaria-
mente na sociedade por meio da TV, do rádio e da internet.
• Você acha que seus alunos têm contato com notícias no seu cotidiano?
• Quais são os assuntos que interessam a eles?
• Sobre o que eles conversam nas aulas?
• Como eles interpretam as notícias que recebem?
• Eles possuem celulares conectados na internet? Que recursos utilizam?
UNIDADE 1 Campo jornalístico-midiático
No campo jornalístico-midiático, desenvolve-se a necessidade de ampliar e aprimorar a participa-

ção de crianças, adolescentes e jovens no que se refere às habilidades fundamentais de leitura,
análise, produção e escuta de textos jornalísticos. Além disso, busca-se instigá-los a desenvolver
sensibilidade apurada em relação aos acontecimentos que permeiam a comunidade, a cidade e o
mundo em geral. O campo objetiva fomentar o desenvolvimento da autonomia e do pensamento
crítico, habilitando-os a produzir textos noticiosos e opinativos de forma ética, respeitosa e cons-
ciente. Dessa forma, eles estarão preparados para participar ativamente de discussões e debates,
enriquecendo o âmbito público com suas perspectivas e contribuições.
Para que esses desenvolvimentos sejam alcançados, foram selecionados, para esta unidade, os
trabalhos com os gêneros discursivos: reportagem, artigo de opinião e comentário em rede social,
dando destaque a como são publicados e compartilhados nas mídias digitais. O objetivo é instigar
os alunos a refletirem sobre como são difundidas as informações e opiniões no ciberespaço da era
digital, bem como ajudá-los a desenvolver habilidades de leitura, escrita e análise linguística.
Segundo pesquisas realizadas pelo TIC Kids On-line Brasil, em 2023, 44% dos adolescentes entre 9
a 17 anos acessam a internet no ambiente escolar. Dentre esses, 56% pertencem às classes A e B,
enquanto 34% fazem parte das classes D e E. O acesso à internet também se torna mais frequente
à medida que a faixa etária é mais elevada:
Crédito: Agência Brasil, 2023.

Considerando que o interesse e o acesso dos jovens pelas mídias crescem justamente com o ingres-
so no Ensino Médio, o papel da escola é muito importante para introduzir o aluno nesse universo.
A maioria dos jovens (97%) afirmou se conectar em casa utilizando celulares (96%), entretanto,
muitos estudantes das classes mais desfavorecidas terão a oportunidade de usufruir de uma inter-
net de qualidade e com dados ilimitados somente na escola. Essas desigualdades no uso da internet
se acentuam com a qualidade de conexão ruim e a falta de créditos nos celulares.
Outro ponto importante a considerar são as atividades e conteúdos consumidos pelos jovens. Ob-
serve os dados:
Crédito: Agência Brasil, 2023.
Perceba que uma significativa porcentagem dos estudantes utiliza a internet para fazer trabalhos
escolares e para pesquisar assuntos de interesse pessoal. Cabe aqui uma reflexão:
• Como os alunos pesquisam esses conteúdos?
• Como eles filtram a qualidade do material identificado?
• Como eles lidam com o excesso de conteúdos que a internet oferece?
• Que linguagem chama mais atenção do adolescente: texto, vídeo, áudio?
• Quanto tempo eles se dedicam para encontrar algo que procuram?
• Os seus responsáveis controlam e acompanham a sua navegação?
• Como eles lidam com convites de amizade e ofertas de conteúdo impróprios?
Diante dessas informações e reflexões, essa primeira unidade de estudos tem por objetivo ajudar
os estudantes a construir habilidades e competências de leitura, escuta e escrita de textos que en-
volvem informações de sua realidade local, sua cidade e o mundo. O aluno deve ser levado a refletir
sobre importantes questões:
• Quem produz essas informações?
• Como os jornalistas ficam sabendo dos acontecimentos? Quem eles consultam?
• Com que interesse as informações são produzidas?
• Se uma informação está na internet ou na TV, ela é necessariamente verdadeira?
• O que são Fake News?
• Com que objetivo as pessoas produzem Fake News?
• Como evitar compartilhar notícias falsas?
Trabalhar esses temas com os adolescentes ajudará no desenvolvimento da autonomia e do pen-

samento crítico, permitindo que exercitem o posicionamento em relação às notícias, opiniões e
informações que recebem, atuando de forma ética e respeitosa.
Os conteúdos e atividades propostas nesta unidade estão de acordo com essas habilidades. A
intenção é que se promova o estudo dos discursos das mídias informativas em seus diferentes
formatos: impressos, televisivos, digitais, radiofônicos e na publicidade, em geral. O aluno deverá
refletir sobre a seleção confiável de fontes de informação, os meios de produção e circulação des-
sas informações, o consumo e a atuação dos consumidores como disseminadores desses dados.
Nos conteúdos propostos na unidade, você vai encontrar temas de diferentes áreas do conhe-
cimento, o que pode propiciar um diálogo interdisciplinar que pode envolver os professores das
outras disciplinas. É importante dar ao aluno ferramentas que lhe permitem checar a veracidade de
um conteúdo, posicionar-se de forma ética e responsável e emitir sua opinião e seus argumentos
embasados em sites e redes sociais. Também é preciso refletir com o aluno sobre os discursos de
ódio, o bullying e como ser um consumidor e produtor criativo e ético.
Outra questão que não pode ser deixada de lado é a análise multissemiótica de textos não verbais
do campo jornalístico. Charges, memes e gifs estão presentes em diferentes formatos. Infográficos
coloridos e criativos também compõem os conteúdos informacionais e as mensagens dirigidas ao
público leitor. Como essa linguagem não verbal é apropriada pelo adolescente? Como ele usa esses
recursos na sua comunicação cotidiana? Quais são os limites para o uso dos memes e gifs?
Para aproveitar bem essa unidade, é importante que você, professor, verifique as condições e os
recursos disponíveis na escola. Será muito proveitoso se os alunos puderem fazer uso de meios di-
gitais para acessar os conteúdos propostos e produzir os textos em diferentes formatos, conforme
as atividades indicadas.
Os tópicos trabalhados permitirão que o aluno revise e exercite sua competência leitora e produ-
tora de textos a partir de um sentido jornalístico noticioso. Para tanto, será preciso revisar alguns
conteúdos gramaticais como: sujeito e verbos de ligação, transitivos e intransitivos. Entretanto,
isso será feito a partir de uma abordagem dinâmica e contextualizada com a realidade atual.
Os conteúdos serão apresentados e reforçados em propostas práticas de planejamento, produção,
revisão e divulgação de textos. O estudante terá a oportunidade de vivenciar o mundo do trabalho
de produção textual jornalístico-midiático e, com isso, ser introduzido em um universo de possibi-
lidades de atuação profissional. Essa experiência pode ser muito motivadora para o adolescente e
ajudá-lo a descobrir suas potencialidades e interesses.
Perceba que há um ganho cognitivo nas habilidades necessárias para aprender para fazer uma pro-
va e aprender para comunicar:
Aprender para fazer uma prova Aprender para comunicar
Escutar Investigar
Assistir Conectar
Absorver Recortar
Crédito: Educa Mídia

Decorar Sintetizar
Reter Publicar
Observe que o aprendizado para a comunicação é muito mais efetivo e demanda o trabalho de
competências fundamentais para o mercado profissional e a vida em sociedade. O estudante tam-
bém reconhecerá que aprendeu de forma mais consistente e se sentirá motivado com as aulas.
O professor atua como mediador de todo o processo. Assim, você será responsável por levantar
questões e curiosidades que instiguem a pesquisa e a busca pelo conhecimento sobre diferentes
assuntos. Você também auxiliará o aluno a partir de uma pergunta disparadora em direção ao pla-
nejamento de etapas de investigação, conforme o método jornalístico, com a apuração dos dados
e o levantamento de diferentes pontos de vista. O estudante, então, com sua orientação, fará a
pesquisa, a seleção de fontes e aprenderá a citar corretamente e editar os conteúdos.
Outra etapa importante será a escolha do formato de divulgação do conteúdo. É necessário que
o aluno perceba as diferentes características e necessidades de cada formato (redes sociais, vlogs,
sites etc) e público alvo.
Crédito: Educa Mídia

O grande proveito em todo esse processo é o protagonismo e a autonomia do estudante. Ele deixa
de ser um sujeito passivo e passa a ser um agente ativo na busca do conhecimento, direcionando
seus estudos a partir de temas relevantes e empolgantes. O estudante precisará ser levado a perce-
ber a presença da língua portuguesa nos diferentes meios de comunicação e como ser proficiente
nesse conhecimento representa qualidade de vida e aptidão para uma atuação social mais signifi-
cativa e proveitosa.
HABILIDADES A SEREM TRABALHADAS

(EF69LP03) (EF89LP01) (EF89LP06) (EF89LP14)
(EF69LP16) (EF89LP05) (EF09LP03)
Reportagem EF69LP03 – EF89LP01 – EF89LP05
AdobeStock
A reportagem jornalística é um gênero textual que tem como principal objetivo informar o público
sobre um acontecimento, um tema ou uma questão de interesse coletivo. Esse tipo de texto é comu-
mente publicado em jornais, revistas e plataformas on-line de notícias. A reportagem é geralmente
mais longa e detalhada do que uma notícia, pois abrange diferentes aspectos do tema em questão,
oferecendo uma análise mais profunda. Além disso, a reportagem não se restringe apenas a relatar
os fatos: ela busca explicá-los, contextualizá-los e explorar suas implicações.
Elementos comuns que compõem o texto de uma reportagem são: um título, um “olho” (uma frase
breve sobre a reportagem escrita logo abaixo do título), um lead ou lide (parágrafo introdutório que
pode responder algumas das seguintes perguntas básicas: quem?, o quê?, quando?, onde?, por quê?
ou como?), a divisão do texto em subtítulos (para organizar e hierarquizar as informações), imagens
ilustrativas, fotos, tabelas, gráficos e citações de falas de especialistas.
Ao produzir uma reportagem, o repórter precisa fazer uma pesquisa minuciosa, entrevistar fontes
relevantes, verificar os fatos e apresentar a informação de maneira clara, precisa e impessoal.
8
Notícia
A notícia é um gênero textual muito comum no jornalismo e tem como principal objetivo relatar um
fato recente e de interesse público. É um gênero mais sucinto do que a reportagem e foca principal-
mente na disseminação de informações objetivas sobre o que aconteceu.
As características do gênero textual notícia incluem:

• Atualidade – a notícia deve relatar um evento que ocorreu recentemente ou que ainda está em
andamento.
• Interesse público – o evento relatado na notícia deve ser de interesse para um grupo significativo
de pessoas. Esse interesse pode ser local, regional, nacional ou internacional.
• Precisão – a notícia deve ser precisa e baseada em fatos. O jornalista deve verificar todas as infor-
mações antes de publicá-las para garantir sua precisão.
• Objetividade – a notícia deve ser escrita de uma maneira objetiva, de modo impessoal, sem ex-
pressar a opinião do jornalista. O objetivo é fornecer ao leitor os fatos para que ele possa formar sua
própria opinião.
Quanto à estrutura, uma notícia geralmente apresenta:

• Manchete – título que consiste em uma frase curta que capta a essência do evento e atrai a aten-
ção do leitor.
• Linha fina – breve resumo ou descrição concisa que aparece logo abaixo da manchete de uma
notícia.
• Lead (ou lide) – corresponde geralmente o primeiro parágrafo, que oferece um resumo do que
é noticiado, respondendo a algumas dessas perguntas: "quem?", "o quê?", "quando?", "onde?", "por
quê?" e "como?".
• Corpo – parte principal da notícia, que oferece detalhes adicionais e contexto sobre o fato noticia-
do, podendo incluir citações de pessoas envolvidas ou afetadas pelo evento.
Leia a reportagem a seguir.
Amazônia Legal tem o maior desmatamento

em 15 anos, aponta Imazon
Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto apontam que de agosto
de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, área que equivale a sete
vezes a cidade de São Paulo.
9
Desmatamento na Amazônia Legal
Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) anunciou nesta quarta-feira

(17) que a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15
anos.
De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale
a sete vezes a cidade de São Paulo.
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que diferem da me-
todologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também divulgou
números na última sexta-feira (12). Segundo o Imazon, os satélites usados são mais refinados
que os dos sistemas do governo e são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1
hectare, enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que 3 hectares (entenda
mais abaixo).
Ainda de acordo com os novos dados do Imazon, essa foi a segunda vez consecutiva em que o
desmatamento passou dos 10 mil km² no período.
Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários chegaram a 21.257 km², quase o
tamanho do estado de Sergipe. Os dados do instituto também apontam que essa foi a quarta
vez seguida em que a devastação atingiu o maior patamar desde 2008, quando o Imazon ini-
ciou o monitoramento com o SAD.
10
Alertas de desmatamento na Amazônia, segundo o Imazon (em km²)
Taxa de 2022 é a maior em 15 anos
Fonte: Imazon
Imazon x Inpe
O sistema do Imazon detecta áreas desmatadas em imagens de satélites de toda a Amazônia

Legal (região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 esta-
dos - Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte
do Maranhão) e leva em conta degradações florestais ou desmatamentos que ocorreram em
áreas a partir de 1 hectare, o que equivale a aproximadamente 1 campo de futebol.
Assim como o Deter, do Inpe, o calendário de monitoramento do SAD começa em agosto de
um ano e termina em julho do ano seguinte por causa da menor frequência de nuvens na
Amazônia. Os sistemas também são semelhantes porque servem como um alerta, mas não
representam um dado oficial de desmatamento.
A medição oficial do desmatamento é feita pelo sistema Prodes (também do Inpe) e costuma
superar os alertas sinalizados tanto pelo Deter como pelo Imazon. Segundo o Inpe, o nível de
precisão do Prodes é de aproximadamente 95%.
11
Estabilidade das altas taxas de desmate
Na última sexta-feira (12), dados do sistema Deter, que produz sinais diários de alteração na
cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), apontaram também que o
acumulado de alertas de desmatamento em 2022 na Amazônia foi de 8.590 km², o terceiro
ano consecutivo da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) que os alertam ficaram acima da
marca de 8 mil.
Embora o índice indique uma queda de cerca de 2% no acumulado de alertas em comparação
ao ano passado, segundo especialistas ouvidos pelo g1, o número, porém, continua bastante
elevado e não aponta um retrocesso no desmatamento, e sim uma estabilidade das altas ta-
xas de supressão da vegetação nativa.
“O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradi-
cionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia", afirma Bianca Santos, pesquisadora
do Imazon.
"Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Rela-
tórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como
ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará
graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cida-
des”, diz.
Amazonas, Acre e Rondônia lideram

Ainda de acordo com os novos dados divulgados pelo Imazon, nos últimos 12 meses, 36% do
desmatamento ocorreu na divisa Amazonas-Acre-Rondônia, região conhecida como Ama-
cro, onde grandes áreas desmatadas têm ocupado florestas públicas não destinadas e áreas
protegidas.
Na área, a alta nos números de desmate em relação ao ano passado foi de 29%, enquanto a
devastação cresceu 3% na região amazônica como um todo.
“Isso indica que a Amacro precisa de ações urgentes de proteção, principalmente para evitar
que as florestas públicas ainda não destinadas virem alvo de grilagem. E, também, para impe-
dir que a destruição avance pelas áreas protegidas da região, como as terras indígenas e as
unidades de conservação”, afirma Bianca.
PEIXOTO, Roberto. Amazônia Legal tem o maior desmatamento em 15 anos, aponta Imazon. G1, 17 ago. 2022.
Disponível em: <https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/08/17/amazonia-legal-tem-o-maior-
desmatamento-em-15-anos-aponta-imazon.ghtml>. Acesso em: 25 maio 2023.
Professor, antes de iniciar a leitura da reportagem com os alunos, explique a eles as principais características desse
gênero textual, como sua função social, os tipos de fatos que elas informam, suas peculiaridades de linguagem, a
variedade linguística comumente empregada e sua estrutura característica. Após, leia a reportagem com os alunos
e chamando a atenção para as principais informações desenvolvidas nela. Depois de realizada a leitura, proponha
aos alunos que respondam oralmente às perguntas sobre o texto, a fim de verificar a compreensão inicial deles
sobre esse gênero textual.
12
Atividades
1. Qual é o fato abordado nessa reportagem?
A área desmatada na Amazônia Legal em 2022.
2. Você considera a abordagem relevante para a sua vida e a sociedade? Justifique sua
resposta.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que que sim, justificando a resposta com base na importância do
ecossistema da Amazônia para o planeta.
3. Qual é a finalidade dessa reportagem?

Divulgar informações aprofundadas a respeito do fato que aborda.
4. Como é a linguagem empregada nessa reportagem? Explique.

A linguagem empregada é objetiva, formal e impessoal, a fim de transmitir as informações com precisão.
5. Qual é o público-alvo dessa reportagem de divulgação científica?

Leitores de portais de notícias interessados em obter novas informações sobre o que ocorre no país e no mundo.
6. O olho dessa reportagem tem como objetivo:

[ ] explicar o conteúdo do título da reportagem.
[ ] fazer uma consideração sobre o fato divulgado.
[ ] analisar os dados divulgados pelo instituto Imazon.
[ X ] resumir as informações apresentadas na reportagem.
13
7. Qual é a função da fotografia presente na reportagem?
A função da fotografia é ilustrar o desmatamento na Amazônia Legal.
8. A função da legenda da fotografia é:

[ ] analisar o conteúdo da fotografia.
[ X ] especificar do que trata a fotografia.
[ ] descrever os elementos visuais da fotografia.
[ ] complementar o efeito da fotografia no texto.
9. Assinale as alternativas que caracterizam a linguagem empregada na reportagem.

[ X ] Impessoal.
[ ] Pessoal.
[ X ] Informativa.
[ X ] Formal.
[ ] Coloquial.
[ X ] Precisa.
10. Qual é a função do gráfico presente na reportagem?

A função do gráfico é sintetizar dados de desmatamento na Amazônia entre os anos de 2008 e 2022.
11. Qual é a função das citações de falas de Bianca Santos na reportagem? Explique.
As citações têm como função fornecer credibilidade ao texto, por meio da fala de uma especialista do Imazon, que apresenta
explicações dos dados divulgados e complementa informações ao texto principal.
12. Copie da reportagem um trecho que contenha uma expressão empregada para explicitar
uma das falas de Bianca Santos no texto, sublinhando-a.
Trecho: “O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da
biodiversidade na Amazônia", afirma Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.
14
13. Considerando o contexto da internet, caso se queira divulgar as informações da reportagem
do modo rápido e abrangente, que recurso pode ser utilizado? Por quê?
O recurso que pode ser utilizado é o compartilhamento do acesso à da reportagem em redes sociais, porque nesses espaços
virtuais há uma grande gama de usuários da internet que consomem conteúdos compartilhado e, até meio, passam adiante
esses conteúdos.
Estrangeirismo EF09LP12
AdobeStock
Estrangeirismo é uso de palavras ou expressões provenientes de uma língua estrangeira na língua
portuguesa outra língua. É comum que as línguas influenciem umas às outras ao longo do tempo, e
muitas vezes palavras ou expressões estrangeiras são adotadas em uma língua quando não existe
forma equivalente para a transmissão de um significado específico.
O estrangeirismo pode ocorrer de duas maneiras:

• pela incorporação de uma palavra ou expressão estrangeira diretamente no vocabulário da língua
portuguesa, sem haver tradução ou adaptação. Por exemplo, palavras como "internet" e "pizza" fo-
ram incorporadas diretamente ao vocabulário da língua portuguesa por meio da língua inglesa.
• pela adaptação ou “aportuguesamento” de palavras ou expressões estrangeiras, buscando torná-
-las mais compatíveis com a estrutura linguística da língua portuguesa. Por exemplo, a palavra ingle-
sa "basketball" se tornou "basquetebol" em português.
O emprego, na língua portuguesa, de palavras estrangeiras em sua forma original pode variar de
acordo com o contexto e a finalidade da comunicação. Em certos contextos, como na linguagem téc-
nica ou no jargão de determinadas áreas, o uso de palavras e expressões estrangeiras é mais comum
e aceitável. No entanto, é necessário ter cuidado para não abusar do uso dessas palavras quando há
15
termos equivalentes na língua portuguesa, a fim de preservar a clareza e a compreensão para todos
os falantes.
Professor, apresente aos alunos o conceito de jargão, explicando que se trata de uma manifestação linguística técnica
ou especializada que é comumente utilizada por um grupo específico de pessoas que compartilham uma profissão,
hobby, interesse ou pertencem a uma determinada comunidade. Dê exemplos de jargões, apresentando os contextos
em que eles são utilizados: nas áreas jurídica, corporativa e empresarial, jornalística, tecnológica, entre outras.
Professor, caso os alunos apresentem dificuldades na realização da
Atividades
atividade 14, oriente-os a consultarem dicionários ou sites de pesquisa na
internet como ferramentas de apoio na identificação dos estrangeirismos.
14. Assinale as opções que apresentam estrangeirismos.
[ X ] Deletar. [ ] Família. [X ] Chat. [ ] Amigo.

[ ] Trabalho. [ ] Livro. [ ] Sonho. [ ] Árvore.
[ X ] Software. [ X ] Blecaute. [ ] Coração. [ X ] Link.
[ X ] Internet. [ ] Escola. [X ] Xampu. [ X ] Futebol.
15. Transcreva da atividade 14 os estrangeirismos que conservam a sua forma gráfica original.
Software, Internet, Chat e Link.
16. Transcreva da atividade 14 os estrangeirismos que não conservam a sua forma gráfica
original, ou seja, os estrangeirismos “aportuguesados”.
Deletar, Blecaute, Xampu e Futebol.
17. Leia o fragmento de reportagem a seguir para realizar as atividades a) e b).
Pesquisa diz que 62,5% dos lojistas

participarão da Black Friday
Vendas podem superar as de 2020 em 5%
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), feita em todo o
país, mostrou que 62,5% dos 1,2 mil associados farão promoções em seus pontos de venda
durante a Black Friday (sexta-feira preta), no fim de novembro, enquanto 18,8% dos lojistas
gostariam de participar da data, porém, não conseguirão devido ao aumento de custos que
pressionam os preços e as margens de venda.
Os que admitiram que não vão participar são 12,5% e os que apostarão apenas em promo-
ções via internet em plataformas de e-commerce são 6,2%.
16
Mesmo assim, a expectativa da Alshop com relação à data é positiva, podendo superar os
números de 2020 em 5%. “Sabemos que o varejo tem se erguido aos poucos, e mesmo diante
da alta dos preços, em conversas com outros empresários, há muito mais otimismo para essa
nova fase”, disse o diretor institucional da Alshop, Luis Augusto Ildefonso.
Segundo ele, mesmo com a alta do dólar e o aumento de custos indiretos, os consumidores
podem visitar as lojas esperando descontos significativos. “Os descontos não serão tão gene-
rosos como nos anos anteriores, mas com certeza farão a diferença para o consumidor que
está em busca de smartphones, eletrodomésticos ou até outros produtos que já estejam no
radar. O importante é aproveitar a data e pesquisar para encontrar bons descontos”, afirmou.
[...]
ALBUQUERQUE, Flávia. Pesquisa diz que 62,5% dos lojistas participarão da Black Friday. Agência Brasil, 16 nov.
2021. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-11/pesquisa-625-dos-lojistas-
de-shoppings-participarao-da-black-friday>. Acesso em: 26 maio 2023.
a) Transcreva do fragmento todos os estrangeirismos que conservam a sua forma gráfica original.
Black Friday, Shopping, internet, e-commerce, e smartphones.
b) O emprego desses estrangeirismos é adequado ao contexto da reportagem? Explique.
Sim, por dois motivos: 1) as palavras “shopping”, “internet” e “smartphones” não têm equivalentes na língua portuguesa para
seus significados específicos; e 2) as palavras “Black Friday” e “e-commerce”, apesar de terem equivalentes como “sexta-feira
preta” e “comércio eletrônico”, são aceitas dentro do jargão linguístico da reportagem.
17
Produção de texto: reportagem
jornalística EF69LP06 – EF69LP07 – EF69LP08 – EF89LP08 – EF89LP09
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As reportagens são importantes na sociedade por fornecerem informações atualizadas e precisas,
permitindo a difusão de informações. Além disso, servem de registro histórico de fatos e contri-
buem para debates públicos.
Nessa atividade, você produzirá uma reportagem jornalística. Boa produção!
Planejamento
• Faça uma pesquisa na internet sobre fatos atuais e relevantes para a sociedade local, nacional
ou global.
• Selecione um desses fatos, com a qual você sinta mais afinidade, e adote-o como o assunto da
sua reportagem.
• Faça uma pesquisa de extensa de informações a respeito desse fato, utilizando fontes de pesqui-
sa diversificadas e confiáveis.
18
• Entreviste com conhecimento aprofundado sobre o fato, coletando falas que complementem ou
expliquem a informações apresentadas na sua reportagem.
• Pesquise, na internet, imagens para ilustrar o fato que será o assunto da sua reportagem.
• Pesquise ou crie quadros, tabelas e/ou gráficos que sintetizem informações que serão apresen-
tadas na sua reportagem.
• Selecione um público-alvo para a sua reportagem e defina a linguagem mais adequada para esse
público.
Professor, auxilie os alunos na pesquisa dos fatos para as reportagens, de modo a garantir que se
façam escolhas pertinentes para o público-alvo.
Ajude os alunos a pesquisarem fontes confiáveis de informação para que possam transmitir
Produção informações corretas. Para isso, recomende sites, livros, revistas e outras fontes de pesquisa nas
quais os alunos poderão encontrar informações de credibilidade e que enriquecerão seus textos.
Comece produzindo uma primeira versão da sua reportagem jornalística em seu caderno. Nessa
primeira versão, deve-se ter a seguinte estrutura e elementos composicionais:
• Um título que desperte curiosidade no leitor, motivando-o a ler a reportagem.
• Um olho que sintetize as informações apresentadas na reportagem.
• Um lide que forneça uma visão geral do fato que será desenvolvido na reportagem.
• Um desenvolvimento do texto da reportagem que apresente:
• informações aprofundadas sobre a o fato selecionado na etapa de planejamento;
• pelo menos uma imagem que ilustre o fato central da reportagem;
• pelo menos um quadro, tabela e/ou gráfico que sintetize informações apresentadas no tex-
to da reportagem?
• legendas que descrevam as imagens ilustrativas;
• pelo menos dois subtítulos que organizem e hierarquizem as informações apresentadas na
reportagem.
• pelo menos duas falas de entrevistados que complementem ou expliquem as informações
apresentadas na sua reportagem.
O texto deve ser redigido em conformidade com as normas de escrita formal da língua portuguesa
padrão, utilizando uma linguagem formal, impessoal e precisa. Além disso, o texto deve apresentar
organização e coesão das ideias apresentadas, de forma a garantir uma leitura fluída e clara. Seu
texto deve ter entre 30 e 40 linhas.
Revisão/reescrita
Após escrever a primeira versão da sua reportagem, faça uma revisão dela para verificar se os prin-
cipais aspectos do gênero textual foram contemplados. Utilize o quadro a seguir para se orientar
durante o processo de revisão.
19
Sim Não
Há um título que desperta curiosidade no leitor?
Há um olho que sintetiza as informações apresentadas na reportagem?
Há um lide que fornece uma visão geral do desenvolvimento da reportagem?
O texto apresenta informações aprofundadas sobre fato abordado na

reportagem?
Há pelo menos uma imagem ilustrativa no texto da reportagem?
Há legendas para as imagens?
Há pelo menos um quadro, tabela e/ou gráfico que sintetize informações

apresentadas no texto da reportagem?
Há pelo menos dois subtítulos que organizam e hierarquizam as informações
do texto?
São citadas pelo menos duas falas de entrevistados?
A linguagem está adequada ao público-alvo, sendo formal, impessoal e precisa?
A variedade escrita do texto é formal e de acordo com a norma-padrão da

língua portuguesa?
Os limites de linhas foram respeitados?
Após fazer a revisão da sua reportagem, escreva uma nova versão em seu caderno, melhorando os
aspectos que notou que precisam ser aprimorados durante o processo de revisão do texto.
Divulgação
Após concluir a reescrita da sua reportagem, divulgue a versão final dela ao público-alvo que você
definiu na etapa de planejamento. Faça a divulgação publicando-a na internet e compartilhando o
link da publicação em suas redes sociais.
20
PARA AJUDÁ-LO A COMPREENDER MELHOR ESSE CONTEÚDO, ASSISTA À VIDEOAULA.
DEPOIS, UTILIZE O QUE APRENDEU PARA RESOLVER AS ATIVIDADES PROPOSTAS
PELO PROFESSOR E SIGA AS ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES.
VIDEOAULA EF69LP16 – EF89LP03 – EF89LP04 – EF89LP06 – EF89LP14
Artigo de opinião
21
Artigo de opinião
AdobeStock
Um artigo de opinião é um tipo de texto jornalístico no qual o autor expressa sua visão pessoal sobre
um tema atual e controverso. Para isso, faz uso de linguagem persuasiva, fundamentada em fatos
e informações pertinentes e segue uma estrutura bem definida. O objetivo principal é convencer o
leitor a adotar a posição defendida pelo autor.
As principais características de um artigo de opinião são as seguintes:

• o tema abordado é atual, relevante e frequentemente controverso, despertando opiniões diver-
gentes na sociedade;
• o autor utiliza argumentação para sustentar suas opiniões, apresentando fatos, dados estatísti-
cos, exemplos históricos e outros recursos que fortaleçam seus posicionamentos;
• a estrutura do artigo de opinião geralmente segue uma sequência que compreende introdução,
desenvolvimento e conclusão: na introdução, o autor apresenta o tema e expressa sua opinião
a respeito; no desenvolvimento, são apresentados os argumentos; na conclusão, reforça-se a
posição defendida e podem ser propostas soluções para o problema discutido.
22
Veja a seguir os principais tipos de argumentos.
• Argumentos de autoridade: são aqueles que se baseiam na credibilidade de uma fonte respei-
tada. Por exemplo, pode-se citar um cientista renomado para respaldar uma opinião.
• Argumentos de evidência: são embasados em fatos, dados, estatísticas, exemplos e outras evi-
dências que sustentam a posição defendida. Por exemplo, ao discutir a importância da vacina-
ção, pode-se apresentar estatísticas que comprovam a eficácia das vacinas.
• Argumentos de causa e efeito: estabelecem uma relação de causa e consequência entre dois
eventos ou fenômenos. Por exemplo, ao abordar o impacto das mudanças climáticas, pode-se
estabelecer uma conexão entre as emissões de gases de efeito estufa e o aumento da tempera-
tura média global.
• Argumentos de analogia: fazem comparações entre duas situações semelhantes para apoiar
uma tese. Por exemplo, ao argumentar sobre a necessidade de investir em educação, pode-se
fazer uma comparação entre a situação do país em questão e a de outros países que progrediram
devido à melhoria da qualidade educacional.
• Argumentos por consenso: são baseados na opinião da maioria para persuadir o leitor. Por
exemplo, se uma pesquisa revela que a maioria das pessoas é favorável à legalização de um me-
dicamento, um autor pode utilizar esse consenso como argumento para sustentar sua posição.
Tese
A tese em um artigo de opinião é a declaração central que resume a posição ou o ponto de vista do
autor em relação ao tema abordado. É a afirmação principal que o autor está defendendo ao longo
do texto.
A tese geralmente é apresentada na introdução do artigo de opinião. Ela deve ser clara, concisa e
específica, de modo que o leitor compreenda facilmente a perspectiva que está sendo defendida.
Além disso, deve ser sustentada por argumentos convincentes e embasados.
A tese pode ser expressa de diferentes maneiras, seja como uma afirmação direta, uma pergunta
retórica ou uma proposição de solução para um problema. No entanto, independentemente da for-
ma como é apresentada, a tese deve ser claramente identificável ao longo do texto, servindo de fio
condutor que unifica os argumentos apresentados pelo autor.
Leia o artigo de opinião a seguir.
23
Desmatamento zero: sabemos o caminho,
falta vontade política
É urgente fortalecer o controle ambiental e o ordenamento territorial
O Brasil sabe como proteger a Amazônia, pois já fez isso antes. Após alcançar 27.772 km2 em
2004, a taxa de desmatamento caiu 84% em oito anos principalmente devido a esforços de
política pública. Três merecem destaque.
A capacidade de enxergar a perda florestal em tempo quase real, fruto de um pioneiro sis-
tema de monitoramento por satélite, aliada à maior segurança jurídica para aplicação da lei
e à focalização de áreas prioritárias, revelaram-se fundamentais. Como o desmatamento na
Amazônia é predominantemente ilegal, o recado é claro: reduzir impunidade reduz desmata-
mento. Além disso, o país condicionou o acesso ao crédito rural a requisitos ambientais e de
titulação de terras e protegeu áreas sob risco de desmatamento, formando um escudo para
a floresta.
O sucesso passado aponta caminhos para que o Brasil consiga, novamente, combater o des-
matamento. De imediato, deve-se recuperar o que se mostrou efetivo. A prioridade é forta-
lecer o controle ambiental. O país tem excelente sistema de monitoramento florestal e arca-
bouço jurídico para aplicação da lei ambiental. É imprescindível que as autoridades voltem a
fiscalizar e punir quem a descumpre.
O ordenamento territorial também é urgente. Mais de 140 milhões de hectares de áreas não
designadas, entre florestas públicas não destinadas e registros irregulares de terras priva-
das, concentraram 40% do desmatamento da última década. Essas áreas precisam ser desti-
nadas ou regularizadas a partir de critérios transparentes e consistentes.
O Brasil deve, ainda, aprofundar o uso de incentivos financeiros para favorecer aqueles que
cumprem a lei ambiental.
Apesar de indispensáveis, essas medidas não serão suficientes para zerar o desmatamento.
É preciso explorar novos caminhos. Criminalidade e violência explodiram na Amazônia, em
parte relacionadas à destruição da floresta. Compreender como esses fatores interagem é
primordial para desmantelar redes criminosas e combater seus impactos sobre a região.
Segmentos específicos requerem novas estratégias. Assentamentos rurais concentram qua-
se 20% da área desmatada na Amazônia, mas o combate ao desmatamento nesses territórios
deve ser associado à viabilidade da produção local. Cadeias produtivas, em particular a pe-
cuária, precisam caminhar rumo à rastreabilidade completa. Isso é tecnicamente factível e
uma importante condição para impulsionar a demanda por produtos livre de desmatamento.
Há também outros fenômenos relevantes para a proteção da Amazônia. Anualmente, a de-
gradação florestal afeta área pelo menos tão extensa quanto o desmatamento. Já a vegeta-
ção secundária é invisível aos atuais sistemas de monitoramento e está vulnerável. É impera-
tivo que a política pública contemple diversas frentes de atuação.
24
Proteger a Amazônia não é tarefa simples, mas é possível. Para tal, temos o arcabouço de
política pública, a experiência de execução e a ampla evidência que nos aponta caminhos.
Devemos agir agora, antes que seja tarde.
GANDOUR, Clarissa. Desmatamento zero: sabemos o caminho, falta vontade política. Folha de S.Paulo, 17
ago. 2022. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/08/desmatamento-zero-sabemos-o-
caminho-falta-vontade-politica.shtml>. Acesso em: 25 maio 2023.
Professor, antes de iniciar a leitura do artigo de opinião com os alunos, explique a eles as principais
características desse gênero textual, como os meios de comunicação em que são publicados, sua
função social, os tipos de temas que lhe são comuns, suas peculiaridades de linguagem, a variedade
linguística comumente empregada e sua estrutura característica. Após, leia o artigo com os alunos e
chame a atenção para as ideias principais desenvolvidas, como as opiniões e argumentos apresentados
pela autora. Depois de realizada a leitura do artigo, proponha aos alunos que respondam oralmente às
perguntas sobre o texto, a fim de verificar a compreensão inicial deles sobre esse gênero textual.
Atividades
18. Qual é o assunto abordado nesse artigo de opinião?
O combate ao desmatamento da Amazônia no cenário brasileiro atual.
19. Você considera o assunto desse artigo relevante para a sua vida e a sociedade? Justifique
sua resposta.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que sim, pois o assunto do artigo aborda um tema que afeta diretamente o
futuro de um dos ecossistemas mais importantes do mundo; a Amazônia.
25
20. Como é a linguagem empregada para escrever esse artigo de opinião? Explique.
A linguagem do artigo é clara, direta e precisa, contendo marcas que expressam os posicionamentos da autora acerca do
assunto desenvolvido.
21. Qual é o público-alvo a que se destina esse artigo?

O público-alvo desse artigo de opinião são leitores interessados em temas voltados a questões e políticas ambientais.
22. Você conseguiu perceber que há uma estrutura que organiza o texto? Detalhe-a.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que conseguiu perceber que o artigo é organizado em uma introdução, um
desenvolvimento e uma conclusão.
23. Qual é a tese do artigo de opinião Desmatamento zero: sabemos o caminho, falta vontade
política? Escreva-a com suas palavras.
Resposta pessoal. Sugestão de resposta: A tese é de que, para combater o desmatamento da Amazônia, deve-se retomar
esforços de política pública que, no passado, se mostraram efetivos no combate ao desmatamento.
24. De que forma a tese está expressa no texto?
[ ] Está expressa por meio de uma afirmação direta.

[ ] Está expressa por meio de uma pergunta retórica.
[ ] Está expressa por meio de uma construção linguística metafórica.
[ X ] Está expressa por meio de uma proposição para a solução de um problema.
25. Transcreva do artigo um argumento que foi apresentado para sustentar essa tese.
Professor, antes de os alunos realizarem a atividade 25, dê exemplos das formas de expressão de tese que estão presentes
nas alternativas da atividade. Esses exemplos ajudarão os alunos a compreender melhor esses conceitos, facilitando a
realização da atividade. Seguem alguns modelos:
• Tese expressa por meio de afirmações diretas – “O acesso gratuito à internet é essencial para garantir a inclusão digital e
promover a igualdade de oportunidades”.
26
• Tese expressa por meio de uma pergunta retórica – “Será que a redução da jornada de trabalho não seria vantajosa para
a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores”.
• Tese expressa por meio de uma construção linguística metafórica – “Assim como as raízes de uma árvore sustentam seu
crescimento e fortalecem sua estrutura, a educação é a raiz fundamental de uma sociedade próspera”.
• Tese expressa por meio de uma proposição para a solução de um problema – “É preciso estabelecer políticas de
fiscalização e restrições mais rigorosas para a exploração madeireira ilegal na Amazônia, garantindo a preservação da floresta”.
“O país tem excelente sistema de monitoramento florestal e arcabouço jurídico para aplicação da lei ambiental.”.
26. O título do artigo de opinião Desmatamento zero: sabemos o caminho, falta vontade política é
persuasivo? Justifique sua reposta.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno diga que o título é sim persuasivo porque emprega a expressão de impacto
“Desmatamento zero” e utiliza a primeira pessoa do plural em “sabemos o caminho” para envolver o leitor com a problemática
discutida, como se ele também fosse responsável pela solução do problema do desmatamento.
27. Copie do artigo de opinião um argumento de evidência e explique por que se trata desse
tipo de argumento.
Argumento: “Mais de 140 milhões de hectares de áreas não designadas, entre florestas públicas não destinadas e registros
irregulares de terras privadas, concentraram 40% do desmatamento da última década”.
Trata-se de um argumento de evidência porque apresenta dados quantitativos e percentuais para justificar o posicionamento
de que “O ordenamento territorial também é urgente”.
28. Transcreva do artigo um trecho que contenha uma estratégia persuasiva para
convencimento do leitor e explique como ele funciona no texto.
Trecho: “Devemos agir agora, antes que seja tarde”.
A estratégia persuasiva desse trecho apela ao senso de urgência do leitor, que é envolvido na problemática devido ao
emprego da primeira pessoa do plural em “Devemos”. A oração “antes que seja tarde” desperta no leitor um sentimento de
responsabilidade para com a causa, pois se ele não agir logo, não haverá mais solução para o problema.
27
29. Em sua opinião, os argumentos apresentados no artigo são fortes? Justifique sua reposta.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno diga que sim, pois a argumentação do texto é fundamentada em fatos e dados
passíveis de verificação e comprovação.
30. Você concorda com a tese e os argumentos apresentados no artigo? Justifique sua resposta
com embasamento.
Resposta pessoal. Independentemente de o aluno concordar ou discordar da tese e dos argumentos da autora, espera-se que
ele apresente uma justificativa consistente para o seu posicionamento.
Professor, no que diz respeito à atividade 30, cabe

ressaltar que a argumentação desenvolvida no artigo é
bem embasada e, no caso de o aluno discordar da tese e
dos argumentos, ele deverá apresentar contra-argumentos
fortes para tentar refutar as ideias da autora.
28
VIDEOAULA EF09LP05
Sujeito, verbos de ligação, predicativo e

verbos transitivos e intransitivos
29
Sujeito, verbos de ligação, predicativo e
verbos transitivos e intransitivos
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Além dos verbos transitivos e intransitivos, que são aqueles que expressam ações realizadas ou
sofridas por um sujeito ou fenômenos da natureza, existem os verbos de ligação, que são os que
expressam estados de um sujeito. Os verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, ficar, andar, tor-
nar-se, parecer, virar, continuar e viver.
As formas conjugadas dos verbos de ligação funcionam como núcleo das orações que têm a seguinte
estrutura: SUJEITO + VERBO DE LIGAÇÃO (conjugado) + PREDICATIVO DO SUJEITO. Veja um
exemplo:
Maria está feliz.
Na oração desse exemplo, “Maria” é sujeito (termo sobre o qual o verbo conjugado “está” expressa
um estado), “está” é o núcleo verbal da oração e “feliz” é o predicativo do sujeito (termo que atribui
uma característica ao sujeito, ligando-se a ele por meio do verbo de ligação).
30
Verbos de ligação e
efeitos de sentido
EF09LP06
TRANSITÓRIO
PERMANENTE VERBO DE LIGAÇÃO APARENTE
MUDANÇA
Os verbos de ligação expressam estados do sujeito da oração. Esses estados podem ter diferentes
sentidos. Veja alguns a seguir.
• Estado permanente: expressa uma característica permanente do sujeito, ou seja, o sujeito tem
essa caraterística a todo momento. Exemplo:
Maria é inteligente.
• Estado transitório: expressa uma característica momentânea do sujeito, mas que irá passar.
Exemplo:
Joana está triste.
• Estado mutatório: expressa uma mudança de característica do sujeito, ou seja, o sujeito passa de
um estado para outro. Exemplo:
Filomena ficou mais bonita após tirar a maquiagem.
• Estado de continuidade: expressa uma característica do sujeito que se prolonga de modo inin-
terrupto. Exemplo:
Carolina continua alegre.
• Estado aparente: expressa uma impressão que se tem de uma caraterística do sujeito. Exemplo:
Juliano parece inconformado.
31
Verbos intransitivos e transitivos
Assim como os verbos de ligação, que expressam estados do sujeito, existem verbos que expressam
ações que são realizadas ou sofridas pelo sujeito. Esses verbos se classificam como intransitivos e
transitivos.
• Verbos intransitivos: expressam uma ação ou um fenômeno da natureza sem precisar de um

complemento, ou seja, esses verbos têm sentido completo em si. Exemplos:
A criança acordou. (quem acorda, acorda e pronto)
O rapaz sorriu. (quem sorri, sorri e pronto)
Choveu. (quando chove, apenas chove)
• Verbos transitivos: expressam uma ação que precisa de um complemento, ou seja, esses verbos
não têm sentido completo em si. Há três tipos de verbos transitivos, que são:
• Verbos transitivos diretos – têm como complemento verbal um objeto direto. Exemplo:
Pedro encontrou um velho amigo.
Nessa oração, há a forma verbal do verbo transitivo direto “encontrou”, pois ele tem como comple-
mento o objeto direto “um velho amigo”.
• Verbos transitivos indiretos – têm como complemento verbal um objeto indireto. Exemplo:
Joana confia em seus amigos.
Nessa oração, há a forma verbal do verbo transitivo indireto “confia”, pois ele tem como complemen-
to o objeto indireto “em seus amigos” (“em” = preposição).
• Verbos transitivos diretos e indiretos (ou bitransitivos) – têm como complemento verbal
um objeto direto e um objeto indireto. Exemplo:
Ele deu um presente para a professora.
Nessa oração, há a forma verbal do verbo bitransitivo “deu”, pois ele tem como complementos o ob-
jeto direto “um presente” e o objeto indireto “para a professora” (“para” = preposição).
32
Atividades
31. Releia o texto da notícia Desmatamento na Amazônia atingiu recorde dos últimos 15 anos em
2022, aponta Imazon e sublinhe todos os núcleos verbais das orações que compõem o texto.
Dados divulgados na manhã desta quarta-feira (17) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Ama-
zônia (Imazon) mostram que a área de floresta desmatada na Amazônia Legal nos últimos 12 meses foi a
maior, para o período, em 15 anos.
Entre agosto de 2021 e julho de 2022, 10.781 km² da Floresta Amazônica foram devastados. Para se ter
uma ideia do que o número representa, a área é, aproximadamente, sete vezes maior do que a cidade de
São Paulo.
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do próprio Imazon. De acordo com o instituto,
o levantamento difere dos números anunciados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma
vez que os satélites utilizados seriam mais refinados.
Ainda de acordo com o Imazon, essa foi a segunda vez seguida em que o desmatamento na Amazônia ultra-
passou os 10 mil km² em apenas um ano. Caso as áreas devastadas sejam somadas, a região perdeu 21.257
km² de sua floresta nos últimos 24 meses.
32. Liste os núcleos verbais que você sublinhou, diferenciando-os em duas categorias: 1)
verbos que expressam ação e 2) verbos que expressam estado.
1) Verbos que expressam ação: mostram, ter, representa, difere, ultrapassou e perdeu.
2) Verbos que expressam estado: foi, foram, é, são, seriam e sejam.
33. Assinale as opões que apresentam orações com a estrutura SUJEITO + VERBO DE
LIGAÇÃO + PREDICATIVO DO SUJEITO.
[ X ] O céu está azul hoje. [ ] Meu irmão consertou o carro.

[ ] Ele comeu um sanduíche. [ X ] O livro é interessante.
[ ] Ela assistiu ao filme no cinema. [ ] O pássaro voou para longe.
[ X ] O bolo ficou delicioso. [ X ] Aquela música soa melancólica.
[ ] O bebê dormiu profundamente. [ ] O sol nasceu no horizonte.
[ X ] A casa parece tranquila à noite. [ X ] A festa foi um sucesso.
33
34. Transcreva do artigo de opinião Desmatamento zero: sabemos o caminho, falta vontade política
duas orações que tenham a estrutura SUJEITO + VERBO DE LIGAÇÃO + PREDICATIVO DO
SUJEITO.
1ª oração: “o desmatamento na Amazônia é predominantemente ilegal”.
2ª oração: “essas medidas não serão suficientes para zerar o desmatamento”.
35. Classifique os núcleos verbais das orações a seguir, escrevendo VI para verbos intransitivos
e VT para verbos transitivos.
[ VI ] Ele correu. [ VI ] O motorista freou.

[VT ] Ela comeu uma maçã. [ VI ] O vento soprou.
[VT ] A criança quebrou o brinquedo. [VT ] Eles construíram uma casa nova.
[ VI ] O pássaro voou. [VT ] A chuva molhou minhas roupas.
[VT ] O professor ensina matemática. [ VI ] Maria dançou.
36. Analise os verbos listados na coluna da direita e numero-os de acordo com as classificações
da coluna da esquerda.
[ 3 ] Enviar.
[ 1 ] Ler.
[ 1 ] Comprar.
[ ] Verbo transitivo direto.
[ 2 ] Gostar.
[ 3 ] Doar.
[ 2 ] Concordar.
[ ] Verbo transitivo indireto.
[ 3 ] Oferecer.
[ 2 ] Obedecer.
[ 3 ] Emprestar.
[ ] Verbo bitransitivo.
[ 1 ] Ouvir.
[ 2 ] Acreditar.
[ 1 ] Empurrar.
34
37. Analise os efeitos de sentido dos verbos de ligação na coluna da direita, estabelecendo
relações com as classificações da coluna da esquerda.
[EP] Estado permanente. [EA ] Maria parecia feliz.

[ET] Estado transitório. [ET ] João encontra-se doente.
[EM] Estado mutatório. [EP ] José vive preocupado.
[EC] Estado de continuidade. [EM ] Eduardo virou uma fera.
[EA] Estado aparente. [EC ] Fábio permanece atento.
Produção de texto: artigo de

opinião EF69LP06 – EF69LP07 – EF69LP08 – EF89LP10 – EF09LP03
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Os artigos de opinião são relevantes para a diversidade de opiniões, o debate saudável, a conscienti-
zação pública e a reflexão crítica. Eles desempenham papel importante no panorama midiático e na
promoção de uma sociedade informada e engajada.
Nessa atividade, você produzirá um artigo de opinião. Boa produção!
35
Planejamento
Retome o fato que você selecionou para a produção textual de reportagem realizada anteriormente
e reflita sobre o seu posicionamento crítico a respeito desse fato, definido uma tese que será defen-
dida em seu artigo de opinião.
• Estruture a argumentação que você empregará em seu artigo para defender a sua tese, buscan-
do contemplar tipos de argumentos variados.
• Faça um esboço do seu artigo em forma de esquema, listando os tópicos que irão nortear a escri-
ta do seu texto. Utilize o quadro a seguir para estruturar o esboço do seu texto.
Título
Apresentação do assunto/tema do artigo

Professor, apresente
INTRODUÇÃO aos alunos exemplos
de diferentes tipos
Tese/posicionamento/opinião de argumentos
(de autoridade, de
evidência, por consenso
Argumento 1 etc.) para que tenham
aparato para diversificar
sua argumentação e
Argumento 2 enfatize aos alunos
a importância de se
DESENVOLVIMENTO respeitar a estrutura do
artigo de opinião, o que
Argumento 3 conferirá ao texto deles
organização robusta.
Argumento 4
Síntese/retomada das ideias do texto CONCLUSÃO
• Selecione um público-alvo para o seu artigo de opinião e defina a linguagem mais adequada a
esse público-alvo.
• Escreva um título persuasivo para o seu artigo, de modo que ele chame a atenção do leitor.
Produção
Comece escrevendo uma primeira versão do texto em seu caderno. Nela, deve-se incluir os elemen-
tos fundamentais definidos na etapa de planejamento, como um título persuasivo, uma introdução
que apresente o assunto que será abordado, uma tese clara e definida a respeito do assunto de tex-
36
to, três ou quatro argumentos que sustentem sua opinião e uma conclusão que faça uma síntese das
ideias apresentadas ao longo do texto.
padrão, utilizando uma linguagem adequada ao público-alvo em questão. Além disso, o texto deve
apresentar organização e coesão das ideias apresentadas, de forma a garantir uma leitura fluída e
clara. Seu texto deve ter entre 25 e 30 linhas.
Revisão/reescrita
Após escrever a primeira versão do seu artigo de opinião, faça uma revisão dele para verificar se os
principais aspectos do gênero textual foram contemplados. Utilize o quadro a seguir para se orien-
tar durante o processo de revisão.
Sim Não
Há um título persuasivo que chama a atenção do leitor?
O artigo de opinião apresenta uma introdução que contextualiza o assunto a ser

desenvolvido no texto?
O artigo de opinião apresenta uma tese relacionada ao assunto do texto?
Os argumentos do artigo de opinião dão consistência à tese defendida?
Foram desenvolvidos pelo menos três argumentos de tipos diversificados?
A conclusão do artigo sintetiza as ideias desenvolvidas ao longo do texto?
A linguagem está adequada ao público-alvo, sendo clara e precisa?
A variedade escrita do texto é formal e de acordo com a norma-padrão da

língua portuguesa?
Os limites de linhas previstos foram atendidos?
Finalizada a revisão do seu artigo, reescreva-o em seu caderno, aprimorando os aspectos que você
identificou como insuficientes no processo de revisão do texto.
37
Divulgação
Após concluir a reescrita do seu artigo de opinião, divulgue a versão final dele ao público-alvo que
você definiu na etapa de planejamento. Faça a divulgação publicando-o na internet e compartilhan-
do o link da publicação em suas redes sociais.
Comentário em meios digitais

EF69LP16 – EF89LP02 – EF89LP04 – EF89LP14
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Os comentários em meios digitais são uma forma de interação e comunicação entre os usuários
em plataformas on-line, permitindo que as pessoas expressem suas opiniões, compartilhem infor-
mações, façam perguntas e participem de discussões. Esses aspectos são muito comuns em redes
sociais, pois o objetivo desses espaços digitais é possibilitar interação entre os usuários e criar um
senso de comunidade virtual. No entanto, o ato de comentar não é restrito às redes sociais, pois há
outras plataformas digitais em que eles também são permitidos e estimulados, como blogs, fóruns
on-line, sites de notícias, plataformas de vídeo, plataformas de avaliação, entre outros.
A seguir, o detalhamento de algumas características comuns dos comentários em meios digitais.
• Expressão pessoal: os comentários nos meios digitais refletem as opiniões e as perspectivas in-
dividuais dos usuários, os quais têm a liberdade de expressar suas emoções, seus pontos de vista
e suas experiências pessoais. Isso contribui para uma diversidade de opiniões e visões de mundo
nas discussões on-line.
• Comunicação ágil: os comentários em meios digitais são publicados quase que instantaneamente,
permitindo uma comunicação em tempo real. Isso facilita a participação ativa nas conversas on-line
e a troca rápida de informações.
• Anonimato ou identificação: dependendo das configurações de privacidade e políticas de cada

plataforma, os usuários podem escolher comentar de forma anônima ou usando seu nome e foto
de perfil. O anonimato pode encorajar algumas pessoas a expressarem opiniões mais polêmicas,
enquanto a identificação pode promover uma maior responsabilidade na comunicação.
• Interatividade: algumas plataformas permitem que os usuários respondam uns aos outros e fa-
çam avaliações dos comentários (como curtir). Também há plataformas que possibilitam o com-
partilhamento dos comentários. Isso tudo promove a interação digital entre os usuários e a dis-
seminação de ideias, opiniões e informações.
38
• Variedade de formatos: além do texto escrito, os comentários em meios digitais podem incluir
imagens, vídeos, emojis e outros elementos visuais. Isso amplia as possibilidades de expressão e
enriquece a comunicação on-line.
• Viralização: comentários bem elaborados, engraçados ou polêmicos têm o potencial de se tor-

narem virais e alcançar grande número de pessoas. Isso pode aumentar a visibilidade e o impac-
to das opiniões expressas nos comentários.
• Moderação e regulação: para garantir um ambiente seguro e evitar abusos, muitas plataformas
têm políticas de moderação e regulação dos comentários. Isso envolve a remoção de conteúdo
ofensivo, spam ou informações falsas, além da possibilidade de denunciar ou bloquear usuários
que violem as regras estabelecidas.
É importante ressaltar que nem todos os comentários em meios digitais são construtivos e positi-
vos. As plataformas on-line também podem ser palco de discursos de ódio, bullying e desinforma-
ção. Por isso, é fundamental utilizar os meios digitais de maneira responsável, respeitando os outros
usuários e promovendo a cultura de diálogo e empatia.
Comentário: opinião consistente

Comentários, geralmente, apresentam opiniões que devem ser consistentes para que tenha valor.
Em uma discussão ou um debate, de nada adianta expor uma opinião que não tenha consistência,
pois, além de não agregar, pode ser facilmente contradita, refutada ou descredibilizada.
Uma opinião consistente é fundamentada em evidências, raciocínio lógico e conhecimento. Quando

uma pessoa expressa uma opinião consistente, isso significa que ela forneceu uma justificativa sóli-
da para sua posição e apresentou argumentos relevantes e convincentes para apoiá-la.
Professor, apresente exemplos de opiniões inconsistentes aos alunos para que reconheçam a importância de estruturar
um comentário de forma lógica, de modo que incorporem isso em suas falas e textos. Seguem alguns modelos:
• "Acredito na igualdade de gênero, mas acho que as mulheres são menos capazes de liderar". Essa opinião é
inconsistente porque a igualdade de gênero pressupõe que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades.
• "Eu valorizo a honestidade, mas acredito que pequenas mentiras são necessárias para evitar conflitos". Essa opinião é
inconsistente porque a honestidade acarreta dizer a verdade em todas as circunstâncias, mesmo que isso possa causar
algum desconforto inicialmente.
• "Defendo a liberdade de expressão, mas as pessoas não devem poder expressar opiniões contrárias às minhas". Essa
opinião é inconsistente porque a verdadeira defesa da liberdade de expressão envolve permitir a expressão de opiniões
divergentes, mesmo que não concordemos com elas.
Leia o comentário a seguir.
"A floresta amazônica é crucial para a sustentabilidade do planeta. A vegetação que ali se en-
contra é contribui para o combate às mudanças climáticas, pois absorve grandes quantidades de
CO2. Além disso, sua biodiversidade única é fonte inestimável de novos medicamentos e alimen-
tos, cuja perda seria irreparável. Lutar contra o seu desmatamento é pensar no bem do planeta
e de seus habitantes."
(Texto produzido especificamente para este material)
39
• Qual é a finalidade desse comentário?
Apresentar uma opinião embasada sobre a importância da floresta amazônica.
• Em que lugares da internet esse comentário pode ser publicado?

Redes sociais, blogs, portais jornalísticos, fóruns on-line, entre outros.
• Esse comentário pode ser considerado um texto argumentativo? Justifique.

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que esse comentário pode ser considerado um texto argumentativo, pois ele
apresenta uma opinião e argumentos sustentá-la.

Professor, antes de iniciar a leitura do comentário com os alunos,
explique a eles as principais características desse gênero textual,
como os meios digitais em que são publicados, sua função
social, suas peculiaridades de linguagem e seus elementos
Atividades
composicionais. Após, leia o comentário com os alunos e proponha
que eles respondam oralmente às perguntas sobre o texto, a fim de
verificar a compreensão inicial deles sobre esse gênero textual.
38. Qual é a opinião apresentada no comentário que você leu? Escreva com suas palavras.
A opinião é de que a floresta amazônica é crucial para a sustentabilidade do planeta.
39. Quantos argumentos há nesse comentário?

[ ] 1.
[ X ] 2.
[ ] 3.
[ ] 4.
40. Quais são os argumentos presentes nesse comentário. Transcreva-os.
Argumento 1: “A vegetação que ali se encontra é contribui para o combate às mudanças climáticas, pois absorve grandes
quantidades de CO2”. Argumento 2: “[...] sua biodiversidade única é fonte inestimável de novos medicamentos e alimentos,
cuja perda seria irreparável”.
41. Você concorda com a argumentação desenvolvida no comentário? Justifique.
Resposta pessoal. Independentemente de o aluno concordar ou discordar com a argumentação do comentário, espera-se que
ele justifique sua posição de modo consistente.
40
42. O comentário que você leu anteriormente pode ser publicado em qualquer lugar? Por quê?
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que esse comentário não pode ser publicado em qualquer lugar, pois o
local de publicação tem de ser condizente com a proposta temática e a finalidade do comentário. Por exemplo: não faz sentido
publicar esse comentário em um fórum de animes, pois ele não condiz com a proposta temática do fórum; também não faz
sentido publicar esses comentários em um site de avaliação de produtos, pois ele não condiz com a finalidade do site.
43. Observe os ícones a seguir.
Considerando a postagem de um comentário em uma rede social, se um usuário atribui um desses

ícones a essa publicação, significa ele:
[ ] Considerou o comentário divertido. [ ] Reprovou a publicação do comentário.

[ X ] Avaliou positivamente o comentário. [ ] Compartilhou o comentário com sua rede.
44. Observe o ícone a seguir.
Em uma rede social, se um usuário clica intencionalmente no botão que corresponde a esse ícone, é
porque ele pretende:
[ ] Curtir uma publicação. [ ] Denunciar uma publicação.

[ X ] Comentar uma publicação. [ ] Compartilhar uma publicação.
45. Observe o ícone a seguir.
Em uma rede social, se um usuário clica intencionalmente no botão que corresponde a esse ícone, é
porque ele pretende:
[ ] Curtir uma publicação. [ ] Denunciar uma publicação.

[ ] Comentar uma publicação. [ X ] Compartilhar uma publicação.
41
46. Quando se identifica um comentário ofensivo, desrespeitoso ou que propaga
desinformação, o que se deve fazer para garantir um ambiente mais seguro e harmonioso?
[ ] Deve-se iniciar um debate com o autor do comentário.
[ ] Deve-se fazer um boletim de ocorrência em uma delegacia.
[ ] Deve-se ridicularizar o comentário para que se autor o apague.
[ X ] Deve-se denunciar o comentário aos moderadores a plataforma.
Produção de texto: comentário

em rede social EF69LP06 – EF69LP07 – EF69LP08 – EF89LP06
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Comentários são importantes para a troca de ideias, contribuindo para discussões ricas e diver-
sificadas. O aprendizado é aprimorado por meio deles, especialmente em contextos educacionais.
Além disso, aumentam o engajamento on-line porque avaliam a qualidade de um conteúdo, ajudan-
do outros indivíduos a refletirem sobre a relevância e utilidade de suas publicações.
Nessa atividade, você produzirá um comentário. Boa produção!
Planejamento
Selecione um fato noticiado recentemente na imprensa, reflita sobre o seu posicionamento crítico a
respeito desse fato e defina uma opinião que você irá expor em seu comentário.
• Estabeleça estratégias argumentativas que darão consistência ao seu comentário, tornando-o

pertinente e relevante.
• Selecione um público-alvo para o seu comentário e defina a linguagem mais adequada a esse
público-alvo.
42
Produção
Comece escrevendo uma primeira versão do comentário em seu caderno. Essa primeira versão deve
apresentar, obrigatoriamente, uma opinião explícita sobre o fato selecionado na etapa de planeja-
mento e pelo menos dois argumentos concisos que tornem a opinião consistente.
padrão, utilizando uma linguagem adequada ao público-alvo em questão. Além disso, o texto deve
clara. Seu texto deve ter entre 5 e 10 linhas e deve ser escrito em um único parágrafo.
Revisão/reescrita
Após escrever a primeira versão do seu comentário, faça uma revisão para verificar se os principais
aspectos do gênero textual foram contemplados. Utilize o quadro a seguir para se orientar durante
o processo de revisão.
Sim Não
Há uma opinião explícita sobre o fato no comentário?
Há pelo menos dois argumentos concisos que dão consistência à opinião exposta?
A linguagem está adequada ao público-alvo, sendo clara e concisa?
A variedade escrita do texto é formal e de acordo com a norma-padrão da língua

portuguesa?
O comentário foi escrito em um único parágrafo?
Os limites de linhas previstos foram atendidos?
Finalizada a revisão do seu comentário, reescreva-o em seu caderno, aprimorando os aspectos que
identificou como insuficientes no processo de revisão do texto.
Divulgação
Após concluir a reescrita do comentário, divulgue a versão final dele ao público-alvo que você defi-
niu na etapa de planejamento. Faça a divulgação publicando-o em uma de suas redes sociais e peça
a eles que suas conexões o avaliem e compartilhem-no.
43
44
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Campo de
atuação na
vida pública
O QUE VAMOS REVISAR

• Regimentos
• Registros linguísticos e norma culta
• O gênero textual manifesto
• Regência nominal e verbal
45
PROFESSOR
UNIDADE 2
Campo de atuação na
vida pública
O campo de atuação na vida pública tem como objetivo ampliar e aprimorar o engajamento dos
estudantes em atividades relacionadas ao debate de ideias e à ação política e social. Para alcançar
esse propósito, é fundamental entender as razões fundamentais por trás da política em todas as
suas dimensões e reconhecer a importância de se envolver em questões de interesse coletivo. Isso
contribui para a compreensão dos direitos humanos, das políticas de inclusão e das leis em uma
sociedade democrática, o que é fundamental para a formação cidadã. Paralelamente, as práticas
linguísticas desenvolvidas nesse campo contribuem para o desenvolvimento de habilidades de lei-
tura, escrita e análise linguística de textos voltados à abordagem de propostas, à defesa de direitos
e a projetos de interesse público.
Com o intuito de atingir esses objetivos, foram selecionados, para esta unidade, os trabalhos com
os gêneros discursivos: regimento e manifesto. Por meio deles, é possível possibilitar o entendi-
mento de como funciona o estabelecimento de normas em contextos específicos e a apresentação
de formas de reivindicação de pautas de interesse individual e coletivo.
UNIDADE 2 Campo de atuação na vida pública
Esses textos são muito necessários para a vida cotidiana e o exercício profissional. Eles ajudam a
informar e qualificar a participação dos estudantes na vida pública. Por meio desse campo, o aluno
exercita sua capacidade de debater ideias e atuar na política e na sociedade. Nesta unidade de
estudos, você poderá trabalhar com seus alunos de forma mais específica dois tipos diferentes de
textos públicos. São eles:
• Regimentos
• Manifestos
Para que esse estudo seja proveitoso, é preciso que você, professor, tenha em mente a necessidade
de direcionar as aulas para:
• Compreender os desafios e as motivações da esfera pública.

• Perceber as diferentes instâncias e níveis da vida pública.
• Observar os canais de participação popular, incluindo os digitais.
• Analisar as manifestações artísticas e intervenções urbanas que expressam opiniões públicas.
Também é significativo que o estudante compreenda seu papel social como cidadão e se interesse
em participar das questões de interesse público.
É importante que o aluno perceba que para desempenhar um papel relevante na sociedade, o do-
mínio da leitura e da escrita é fundamental.
Para que o aluno se sinta mais confiante e habilitado para a compreensão desses textos, esta uni-
dade propõe a revisão da norma culta de escrita e de aspectos gramaticais, como a regência e o
complemento nominal, a regência verbal, o objeto indireto e a locução adverbial.
Lembre-se de reforçar os valores presentes nesse campo por meio da reflexão a respeito da cida-
dania, dos direitos e dos deveres, de modo que o aluno observe o que é viver em sociedade, pen-
sando, interagindo e propondo soluções para o bem comum. Outros textos da vida pública também
podem servir de exemplo e estudo durante as aulas, tais como: estatutos, leis e textos jurídicos,
regulamentos, convocações, discursos etc.
Também é importante que o estudante perceba que, ao longo de sua vida, ele terá que ler e inter-
pretar contratos, certidões, intimações, editais, normas, decretos, entre outros textos desse gêne-
ro, e será mais bem-sucedido se tiver familiaridade com esses conteúdos. Por meio da informação,
aprendemos os conceitos de certo e errado e como opinar sobre diferentes assuntos.
Entretanto, diante da enorme quantidade de informações fornecidas pela internet, a TV, o rádio
e os impressos, é preciso desenvolver o senso crítico e a capacidade de filtrar o que é relevante.
Pense o quanto é importante que o jovem conheça textos como a Constituição Federal, o Estatuto
da Criança e do Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Código Nacional de Trânsito, a
Lei Maria da Penha, a Declaração dos Direitos Humanos, entre tantos outros textos que garantem
ao aluno uma consciência de seus direitos e suas responsabilidades.
O estudante precisa aprender a usar as ferramentas tecnológicas e a internet para encontrar e
identificar os sites oficiais e achar os conteúdos que deseja. O professor pode auxiliar o aluno a
se familiarizar com esses canais de comunicação, bem como as vias disponíveis para informações,
reclamações, sugestões e dúvidas, tais como chats, ouvidorias, e-mails etc. O aluno pode experi-
mentar essas ferramentas, redigindo suas demandas e encaminhando aos órgãos públicos.
Também cabe ao professor ajudar o aluno a compreender a estrutura das leis, identificando em seu
cabeçalho o número e data, quem fez a lei (esfera federal, estadual, municipal), a ementa onde está
a descrição sintética da lei, o conteúdo organizado em temáticas com títulos, capítulos e seções,
os artigos e suas subdivisões em parágrafos, incisos e alíneas, e, por fim a assinatura do chefe do
poder executivo.
Em regiões mais remotas do país, nas periferias e comunidades, é possível que o aluno seja o mais
instruído de sua casa, podendo por meio das habilidades desenvolvidas nesse campo, orientar seus
familiares e pessoas próximas, contribuindo para a comunidade onde se encontra.
Um jovem leitor de textos da vida pública será capaz de exercer seu voto de modo mais assertivo
de acordo com suas crenças e orientações, exercendo sua cidadania de forma ativa. O estudante
deve saber, também, que ele mesmo pode elaborar um projeto de lei, redigir o texto e encaminhá-lo
aos representantes do poder público para apreciação.
Assim, esse campo de atuação visa trazer protagonismo ao estudante, ao perceber que ele pode
e deve ser um leitor e um escritor consciente e crítico, capaz de interpretar o que lê, evitando ser
enganado ao realizar uma compra, fazer a assinatura de um serviço, entre tantas outras atividades
cotidianas que exigem contratos, certidões e outros documentos legais.
Aspectos relacionados à forma de apresentação desses textos, com letras pequenas, por exemplo,
dificultando a leitura, ou a divulgação com difícil acesso nos sites, exigindo cadastros, senhas e
abertura de diversos links, também são estratégias para que esses textos não sejam localizados e
lidos. Esses são pontos que podem ser discutidos pelo educador. Afinal, a quem interessa que os
textos da vida pública sejam conhecidos ou desconhecidos?
Perceba, professor, que você tem em suas mãos um importante recurso que pode instrumentalizar
os jovens no exercício de sua vida cidadã. Sabemos que informação é poder. O estudante precisa
compreender que as informações devem ser dadas com transparência e correção. Os órgãos públi-
cos têm o dever de divulgar os dados completos e acessíveis. Os cidadãos devem saber o máximo
possível sobre a administração pública. A Constituição Federal Brasileira dispõe sobre o acesso à
informação como direito fundamental, garantindo a livre expressão e recursos para que qualquer
cidadão solicite informações da vida pública.
A Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011) estabelece, em seu
Art. 5º, que: “É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil
compreensão”.
De acordo com a Lei, as informações devem ser atualizadas e precisa haver endereços e telefones
dos órgãos públicos e horários de atendimento ao público para esclarecimentos. Também estão
previstos prazos para a resposta a demandas dos cidadãos por informações.

(EF69LP20) (EF69LP28) (EF89LP21)
(EF69LP22) (EF89LP17) (EF89LP23)
(EF69LP23) (EF89LP19) (EF69LP55)
(EF69LP27) (EF89LP20) (EF09LP04)
Regimento EF69LP20 – EF69LP28 – EF89LP17
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O regimento é um tipo de texto normativo que tem como finalidade estabelecer as regras, as normas
e os procedimentos para o funcionamento e a organização de uma instituição, associação, entidade
etc. Ele pode abranger diferentes aspectos, tais como a estrutura organizacional, as atribuições dos
membros, os procedimentos para a tomada de decisões, a realização de reuniões, as normas de con-
duta, entre outros pontos relevantes.
Esse gênero textual tem uma linguagem técnica e objetiva, buscando ser claro e preciso na definição
das regras e normas. Os regimentos visam proporcionar o funcionamento organizado e harmonioso
das instituições, além de assegurar a transparência, a participação dos membros e a eficiência dos
processos internos.
Como a maioria dos textos normativos, o regimento tem uma estrutura complexa, no qual os princi-
pais elementos que o compõe são:
• Identificação documento – contém, geralmente, o brasão e o nome da instituição, órgão ou en-
tidade a que se aplicam as normas estabelecidas no regimento.
• Títulos – são partes do regimento que agrupam os seus capítulos e tratam de uma matéria espe-
cífica. Eles servem para organizar e dividir o regimento em assuntos distintos.
46
• Capítulos – são seções do regimento que contêm um conjunto de artigos relacionados entre si e
que tratam de um mesmo tema. Os capítulos ajudam a estruturar o regimento de forma coeren-
te e lógica.
• Artigos – são as unidades básicas do regimento, que estabelecem as regras e normas relacio-
nadas a um determinado assunto. Cada artigo pode ser subdividido em parágrafos, incisos e
outros elementos de organização interna.
• Parágrafos – são subdivisões de um artigo que detalham ou complementam uma determina-
da disposição normativa. Eles têm a função de esclarecer ou limitar o alcance de uma regra ou
de fornecer informações adicionais sobre um assunto. Os parágrafos são demarcados pelo sinal
gráfico §.
• Parágrafo único – é uma subdivisão de um artigo que contém uma única disposição, sem a exis-
tência de outros parágrafos. Ele é utilizado quando há a necessidade de destacar uma regra im-
portante ou que não se enquadra nas demais subdivisões do artigo.
• Incisos – são subdivisões de um parágrafo ou de um artigo que especificam ou detalham uma
determinada regra ou exceção. Eles são identificados por numerais romanos (I, II, III etc.) e têm a
função de esclarecer ou detalhar a aplicação de uma disposição normativa.
• Alíneas – são subdivisões dos incisos, que têm como objetivo especificar ou detalhar ainda mais
a regra ou exceção prevista em um inciso. As alíneas são identificadas por letras minúsculas den-
tro dos incisos (a, b, c etc.) e são utilizadas quando é necessário detalhar uma disposição legal de
forma mais precisa.
Proibição imposta e direito garantido

Os textos normativos (nos quais se enquadram os regimentos) podem apresentar, em sua formula-
ção, proibições que são impostas aos indivíduos aos quais o texto se aplica. Também podem apresen-
tar palavras, expressões ou frases que asseguram direitos.
Uma proibição imposta é uma regra ou uma norma que proíbe determinada conduta ou atividade dos
indivíduos. Essa proibição imposta pode gerar sanções ou penalizações em caso de descumprimento.
Um direito garantido em um texto normativo é uma disposição que assegura algo aos indivíduos aos
quais o texto normativo se aplica.
Veja exemplos de proibição imposta ou de direito garantido que podem compor textos normativos:
É vedado aos membros da associação fazer uso dos espaços de recreação sem ter realizado a comunica-
ção prévia com dois dias de antecedência. (proibição imposta)
Os membros do colegiado podem manifestar-se livremente nas reuniões ordinárias sem que nada os impe-
ça. (direito garantido)
Leia o regimento a seguir.
47
REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL
TÍTULO I
DO FUNCIONAMENTO
CAPÍTULO I
DA SEDE
Art. 1º O Senado Federal tem sede no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília.
Parágrafo único. Em caso de guerra, de comoção intestina, de calamidade pública ou de ocor-
rência que impossibilite o seu funcionamento na sede, o Senado poderá reunir-se, eventual-
mente, em qualquer outro local, por determinação da Mesa, a requerimento da maioria dos
Senadores.
CAPÍTULO II
DAS SESSÕES LEGISLATIVAS
Art. 2º O Senado Federal reunir-se-á:
I – anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, durante as
sessões legislativas ordinárias, observado o disposto no art. 57 da Constituição;
II – quando convocado extraordinariamente o Congresso Nacional (Const., art. 57, §§ 6º a 8º).
Parágrafo único. Nos sessenta dias anteriores às eleições gerais, o Senado Federal funcionará
de acordo com o disposto no Regimento Comum.
CAPÍTULO III
DAS REUNIÕES PREPARATÓRIAS
Art. 3º A primeira e a terceira sessões legislativas ordinárias de cada legislatura serão prece-
didas de reuniões preparatórias, que obedecerão às seguintes normas:
I – iniciar-se-ão com o quorum mínimo de um sexto da composição do Senado, em horário fi-
xado pela Presidência, observando-se, nas deliberações, o disposto no art. 288; II – a direção
dos trabalhos caberá à Mesa anterior, dela excluídos, no início de legislatura, aqueles cujos
mandatos com ela houverem terminado, ainda que reeleitos;
III – na falta dos membros da Mesa anterior, assumirá a Presidência o mais idoso dentre os
presentes, o qual convidará, para os quatro lugares de Secretários, Senadores pertencentes
às representações partidárias mais numerosas;
IV – a primeira reunião preparatória realizar-se-á:
a) no início de legislatura, a partir do dia 1º de fevereiro;
b) na terceira sessão legislativa ordinária, no dia 1º de fevereiro;
V – no início de legislatura, os Senadores eleitos prestarão o compromisso regimental na pri-
meira reunião preparatória; em reunião seguinte, será realizada a eleição do Presidente e, na
terceira, a dos demais membros da Mesa;
VI – na terceira sessão legislativa ordinária, far-se-á a eleição do Presidente da Mesa na pri-
meira reunião preparatória e a dos demais membros, na reunião seguinte;
48
VII – nas reuniões preparatórias, não será lícito o uso da palavra, salvo para declaração perti-
nente à matéria que nelas deva ser tratada.
TÍTULO II
DOS SENADORES
CAPÍTULO I
DA POSSE
Art. 4º Aposse, ato público por meio do qual o Senador se investe no mandato, realizar-se-
-á perante o Senado, durante reunião preparatória, sessão deliberativa ou não deliberativa,
precedida da apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, o qual será
publicado no Diário do Senado Federal.
§ 1º A apresentação do diploma poderá ser feita pelo diplomado, pessoalmente, por ofício ao
Primeiro-Secretário, por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador.
§ 2º Presente o diplomado, o Presidente designará três Senadores para recebê-lo, introduzi-
-lo no plenário e conduzi-lo até a Mesa, onde, estando todos de pé, prestará o seguinte com-
promisso: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e leal-
mente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil”.
§ 3º Quando forem diversos os Senadores a prestar o compromisso a que se refere o § 2º,
somente um o pronunciará e os demais, ao serem chamados, dirão: “Assim o prometo”.
§ 4º Durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o Presidente, em solenidade pública em
seu gabinete, observada a exigência da apresentação do diploma e da prestação do compro-
misso, devendo o fato ser noticiado no Diário do Senado Federal.
§ 5º O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, contados da instalação da sessão
legislativa, ou, se eleito durante esta, contados da diplomação, podendo o prazo ser prorro-
gado, por motivo justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias.
§ 6º Findo o prazo de noventa dias, se o Senador não tomar posse nem requerer sua prorro-
gação, considerar-se-á como tendo renunciado ao mandato, convocando-se o primeiro Su-
plente.
Art. 5º O primeiro Suplente, convocado para a substituição de Senador licenciado, terá o pra-
zo de trinta dias improrrogáveis para prestar o compromisso, e, nos casos de vaga ou de afas-
tamento nos termos do art. 39, II, de sessenta dias, que poderá ser prorrogado, por motivo
justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias.
§ 1º Se, dentro dos prazos estabelecidos neste artigo, o Suplente não tomar posse e nem re-
querer sua prorrogação, considerar-se-á como tendo renunciado ao mandato, convocando-
-se o segundo Suplente, que terá, em qualquer hipótese, trinta dias para prestar o compro-
misso.
§ 2º O Suplente, por ocasião da primeira convocação, deverá prestar o compromisso na forma
do art. 4º e, nas seguintes, o Presidente comunicará à Casa a sua volta ao exercício do man-
dato.
Art. 6º Nos casos dos arts. 4º, § 5º, e 5º, § 1º, havendo requerimento e findo o prazo sem ter
sido votado, considerar-se-á como concedida a prorrogação.
49
Art. 7º Por ocasião da posse, o Senador ou Suplente convocado comunicará à Mesa, por es-
crito, o nome parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa e a sua
filiação partidária, observando o disposto no art. 78, parágrafo único.
§ 1º Do nome parlamentar não constarão mais de duas palavras, não computadas nesse nú-
mero as preposições.
§ 2º A alteração do nome parlamentar ou da filiação partidária deverá ser comunicada, por
escrito, à Mesa, vigorando a partir da publicação no Diário do Senado Federal.
CAPÍTULO II
DO EXERCÍCIO
Art. 8º O Senador deve apresentar-se no edifício do Senado à hora regimental, para tomar
parte nas sessões do Plenário, bem como à hora de reunião da comissão de que seja membro,
cabendo-lhe:
I – oferecer proposições, discutir, votar e ser votado;
II – solicitar, de acordo com o disposto no art. 216, informações às autoridades sobre fatos
relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa;
III – usar da palavra, observadas as disposições deste Regimento.
Art. 9º É facultado ao Senador, uma vez empossado:
I – examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo;
II – requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa ou diretamente, providên-
cias para garantia das suas imunidades e informações para sua defesa;
III – frequentar a Biblioteca e utilizar os seus livros e publicações, podendo requisitá-los para
consulta, fora das dependências do Senado, desde que não se trate de obras raras, assim clas-
sificadas pela Comissão Diretora; IV – frequentar o edifício do Senado e as respectivas de-
pendências, só ou acompanhado, vedado ao acompanhante o ingresso no plenário, durante
as sessões, e nos locais privativos dos Senadores;
V – utilizar-se dos diversos serviços do Senado, desde que para fins relacionados com as suas
funções;
VI – receber em sua residência o Diário do Senado Federal, o do Congresso Nacional e o Diá-
rio Oficial da União.
Parágrafo único. O Senador substituído pelo Suplente continuará com os direitos previstos
neste artigo. [...]
BRASIL. Congresso. Senado Federal. Regimento interno do Senado Federal: resolução nº 93, de 1970. Brasília:
Senado Federal, 2023, p. 2-6. Disponível em: <https://www25.senado.leg.br/documents/12427/45868/
RISF+2018+Volume+1.pdf/cd5769c8-46c5-4c8a-9af7-99be436b89c4>. Acesso em: 26 maio 2023.
50
Atividades
1. Do que trata o conteúdo do texto?
O texto trata do estabelecimento das regras e dos procedimentos para o funcionamento e a organização das atividades do
Senado Federal.
2. Como é a linguagem empregada nesse texto? Por que ela é dessa forma?
A linguagem empregada no texto é formal, objetiva e de acordo com as regras da norma-padrão da língua portuguesa. Ela é
dessa forma porque se trata do texto de um regimento de uma instituição pública, o qual tem de ser o mais claro e preciso
possível para que não haja ambiguidades nem interpretações vagas em sua leitura.
3. A qual público-alvo se destina esse texto?

Pode-se considerar os senadores da república como público-alvo desse texto, pois o conteúdo é dirigido especificamente a eles.
4. Durante a leitura, você percebeu a presença de elementos que estruturam e organizam o

texto? Se sim, dê alguns exemplos.
Resposta pessoal. Caso o aluno resposta que sim, espera-se que ele cite como exemplos de elementos que estruturam e
organizam o texto os títulos (“Título I” e “Título II”), os capítulos (“Capítulo I”, “Capítulo II” e “Capítulo III”), os artigos (“Art. 1º”,
“Art. 2º”, “Art. 3º” etc.), os parágrafos (“§ 1º”, “§ 2º”, “§ 1º”, etc) os incisos (“I”, “II”, “III” etc.), entre outros.
51
5. Transcreva do regimento que você leu anteriormente um trecho que contenha uma
proibição imposta e explique por que ela pode ser classificada dessa forma.
Possibilidade de resposta:
Trecho: “VII – nas reuniões preparatórias, não será lícito o uso da palavra, salvo para declaração pertinente à matéria que
nelas deva ser tratada”.
Explicação: o trecho “não será lícito” impede que os senadores, salvo uma exceção, façam uso da palavra nas reuniões
preparatórias, o que constitui uma proibição imposta a esse parlamentar.
6. Transcreva do regimento que você leu anteriormente um trecho que contenha um direito
garantido e explique por que ela pode ser classificada dessa forma.
Trecho: “Art. 9º É facultado ao Senador, uma vez empossado: I – examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo”.
Explicação: a palavra “facultado” assegura ao Senador a possibilidade de “examinar quaisquer documentos existentes no
Arquivo”, o que constitui um direito desse parlamentar.
7. Analise as frases a seguir como e classifique-as com PI para proibição imposta e DG para
direito garantido
[DG ] Ninguém pode ser submetido a situações vexatórias ou constrangedores.
[ PI ] Os membros da comunidade escolar não podem danificar seu patrimônio.
[ PI ] Não é autorizado o uso de aparelhos celulares nas reuniões deste clube.
[DG ] É assegurado a todos os cidadãos o acesso ao tratamento de saúde gratuito.
[ PI ] Determina-se que prática do bullying nesta escola é intolerável.
[DG ] Estabelece-se que os membros da comissão têm liberdade para sugerir melhorias.
[DG ] Ninguém será mantido em regime de escravidão ou trabalho forçado.
[ PI ] Nenhum cidadão civil pode frequentar áreas militares sem expressa autorização.
[ PI ] Não é permitido fumar em locais públicos fechados ou sem ventilação.
[DG ] Permite-se a todos os membros da associação o uso dos espações de lazer.
[ PI ] É vedado aos membros deste condomínio ouvir música altas após as 22 horas.
[DG ] Todo estudante deve ter acesso à cultura afiançado pelo Estado.
52
8. Qual é o título do regimento que você leu?
O título é “Regimento Interno do Senado Federal”.
9. Qual Capítulo do regimento define o local onde fica o Senado Federal?

[ X ] O Capítulo I do Título I.
[ ] O Capítulo III do Título I.
[ ] O Capítulo I do Título II.
[ ] O Capítulo III do Título II.
10. O Art. 8º do regimento estabelece:

[ ] diretos dos senadores.
[ X ] deveres dos senadores.
[ ] normas de conduta dos senadores.
[ ] restrições para a atuação dos senadores.
11. O Art. 9º do regimento estabelece:

[ X ] diretos dos senadores.
[ ] deveres dos senadores.
[ ] normas de conduta dos senadores.
[ ] restrições para a atuação dos senadores.
12. Quantos parágrafos há no Capítulo I do Título II do regimento?

[ ] 6.
[ ] 8.
[ X ] 10.
[ ] 12.
13. Quantos alíneas há no Capítulo III do Título I do regimento?

[ X ] 2.
[ ] 4.
[ ] 6.
[ ] 8.
53
14. Explique a função dessas alíneas presentes no Capítulo III do Título I.
A função dessas alíneas é especificar quando ocorre a reunião prevista no Inciso IV do Art. 3º do regimento.
15. Quantos incisos há no Capítulo II do Título I do regimento?

[ X ] 2.
[ ] 3.
[ ] 4.
[ ] 5.
16. Explique a função de cada um desses incisos presentes no Capítulo II do Título I.
A função do Inciso I é especificar os períodos do ano em que ocorrem as seções legislativas ordinárias nas quais o Senado
Federal se reúne.
A função do Inciso II é especificar um tipo ocasião extraordinária que demanda a reunião do Senado.
17. Qual é a função do Parágrafo único do Art. 1º do regimento?

A função desse parágrafo único é apresentar a regra que prevê as situações e as condições para que o Senado Federal se
reúna fora de sua sede.
18. Analise as palavras e as expressões sublinhadas na coluna da direita e, após, numere essa
coluna estabelecendo as correlações corretas com os aspectos do texto legal e normativo
apresentados na coluna da esquerda.
[ 1 ] “onde, estando todos de pé”.
[ ] Palavra que expressa generalização.
[ 1 ] “que o povo me conferiu”.
[ 2 ] “O Senador deverá tomar posse”.
[ ] Palavra que expressa obrigação.
[ 2 ] “O Senador deve apresentar-se”.
19. Qual é a finalidade do Regimento Interno do Senado Federal? Explique.

A finalidade desse regimento é regulamentar o funcionamento, a organização e os procedimentos a serem seguidos no
âmbito dessa instituição do Poder Legislativo.
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VIDEOAULA EF09LP05
Variação linguística: níveis de

registros e norma-padrão
55
Variação linguística: níveis de
registros e norma-padrão
Os registros linguísticos são diferentes formas de uso da língua, que variam de acordo com a situa-
ção comunicativa. Dependendo da situação de comunicação, o registro da língua (oral ou escrita)
pode ser mais formal ou mais informal.
• Registro formal: consiste no uso cuidadoso e padronizado da língua, caracterizado pelo empre-
go de vocabulário preciso, pela cordialidade para com o interlocutor e pela fidelidade às regras
gramaticais da norma-padrão.
• Registro informal: consiste no uso mais descontraído e corriqueiro da língua, caracterizado pela
menor preocupação com a precisão do vocabulário (pode apresentar uso de gírias e de abrevia-
ções, por exemplo), pela intimidade com o interlocutor e pela menor atenção às regras gramati-
cais da norma-padrão.
Na comunicação oral, em situações que requerem seriedade, como ao se comunicar com uma auto-
ridade durante um evento público, utiliza-se um registro mais formal. Por outro lado, em situações
cotidianas de maior intimidade entre os falantes, como em uma conversa familiar ou uma brincadei-
ra com colegas de escola, o registro mais informal é preferível.
Esses parâmetros também valem para os textos escritos: há gêneros textuais em que é necessário
empregar o registro formal e há gêneros textuais em que se abre a possibilidade do emprego do
registro informal.
Norma-padrão
A norma-padrão da língua portuguesa, também conhecida como norma culta, é uma variante lin-
guística considerada mais prestigiada socialmente, por estar associada a falantes com alto grau de
56
escolarização e a cultura erudita. Trata-se da forma da língua que é prescrita pelas gramáticas nor-
mativas. Ela é uma norma linguística que segue regras específicas prescritas nas gramáticas norma-
tivas, como as regras de concordância, regência, colocação pronominal, entre outras.
No entanto, ressalta-se que a norma-padrão é apenas uma das muitas variações possíveis da língua
portuguesa. As outras variantes, conhecidas como coloquiais, também são válidas e importantes,
pois refletem o uso real e diverso da língua no dia a dia das pessoas. O uso da norma-padrão ou das
variantes coloquiais depende do contexto de comunicação: a norma-padrão tende a ser usada em
contextos mais formais, enquanto as variantes coloquiais são mais comuns em situações informais.
Professor, explique aos alunos o conceito de variante linguística enquanto uma dentre diversas formas de uso da língua, que
tem elementos de vocabulário próprios e regras gramaticais específicas. Dê exemplos de diferentes variantes linguísticas e
deixe claro que a norma-padrão é somente uma entre outras variantes.
Atividades
20. Assinale somente as opões em que há frases escritas de acordo com a norma-padrão da
Língua Portuguesa.
[ ] As fala do prefeito não convenceram a população.
[ X ] Eu gosto de ler livros de ficção científica.
[ ] Você não deves participar daquele grupo de pessoas.
[ ] As crianças falou que querem construir um mundo melhor.
[ X ] Amanhã irei ao cinema assistir a um filme novo.
[ X ] Os alunos estudaram para as provas com dedicação.
[ X ] Ela sempre acorda cedo para fazer exercícios físicos.
[ ] Eu encontrei ela na praia na semana passada.
[ ] Vou encontrar-me com Vossa Alteza, o Papa.
[ X ] Eu encontrei-a no parque ontem e conversei com ela.
[ X ] Você já encontrou o seu livro desaparecido?
21. Transcreva as frases da atividade 20 que não estão escritas de acordo com a norma-padrão
e explique, com suas palavras, qual elemento gramatical dessas frases está em desacordo com
essa norma.
“As fala do prefeito não convenceram a população” → o substantivo “fala” deveria estar no plural para concordar com o seu
determinante “As”.
57
“Você não deves participar daquele grupo de pessoas” → a forma verbal “deves” está conjugada errado, deveria ser “deve”
para concordar com o sujeito “Você”.
“As crianças falou que querem construir um mundo melhor” → a forma verbal “falou” está conjugada errado, deveria ser
“falaram” para concordar com o sujeito “As crianças”.
“Eu encontrei ela na praia na semana passada” → o pronome “ela” não pode ser usado como objeto direto do verbo
“encontrei”; o correto seria escrever “encontrei-a”.
“Vou encontrar-me com Vossa Majestade, o Papa” → o uso do pronome de tratamento “Vossa Majestade” está errado, pois
esse pronome se refere a reais e rainhas e não ao Papa; o correto seria usar “Vossa Santidade”.
22. Leia o trecho de letra de música a seguir.

As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia [...]
XANDO, Antonio; VANZOLINI, Paulo. Cuitelinho. Letras. Disponível em: <https://m.letras.mus.br/pena-branca-e-
xavantinho/48101/>. Acesso em: 27 maio 2023.
Está escrito de acordo com a norma-padrão ou apresenta elementos de uma variante coloquial?
Explique.
O trecho apresenta elementos de uma variante coloquial, pois tem desvios tanto de concordância nominal quanto verbal em
relação à norma-padrão, como em “As garça dá”.
58
23. Analise as situações comunicativas a seguir e assinale FO para as que exigem o uso do
registro formal e assinale IN para aquelas que possibilitam o uso do registro informal.
[ IN ] Troca de massagens de texto em um chat de rede social.
[FO ] Discurso em uma conferência da ONU.
[ IN ] Conversa com os primos em um encontro de família.
[FO ] Pronunciamento em seção legislativa do Senado Federal.
[FO ] Redação de uma carta cujo remetente é o Presidente da República.
[ IN ] Conversa com os colegas de escola em uma excursão.
24. Avalie os gêneros textuais listados e assinale FO para os que exigem o uso do registro
formal e IN para aqueles que possibilitam o uso do registro informal.
[FO ] Notícia jornalística.
[ IN ] História em quadrinhos.
[ IN ] Carta pessoal.
[FO ] Decreto governamental.
[FO ] Verbete de dicionário.
[ IN ] Diário pessoal.
[ IN ] Letra de música.
[FO ] Ata de reunião.
[ IN ] Crônica humorística.
[FO ] Lei.
[ IN ] Piada.
[FO ] Relatório jurídico.
25. No texto do Regimento Interno do Senado Federal que você leu, o registro escrito é formal
ou informal? Por quê?
O registro escrito é formal, porque se trata de um documento oficial, no qual a linguagem tem de ser precisa, cuidadosa e
respeitosa.
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Manifesto EF69LP27
O manifesto é um gênero textual que consiste em uma declaração escrita com o propósito de ex-
pressar pontos de vista, princípios, objetivos, causas ou reivindicações de uma pessoa, um grupo de
pessoas, um órgão, uma entidade, uma instituição, entre outros. Trata-se de um documento público
que busca influenciar, sensibilizar ou mobilizar um grande público em relação a questões políticas,
sociais, culturais ou artísticas relevantes.
Costuma-se escrever um manifesto de maneira formal, embora ele também possa apresentar tom
mais pessoal e emotivo, a depender da finalidade do texto. O manifesto, geralmente, é assinado por
uma pessoa, um grupo de pessoas ou instituições que se identificam com conteúdo exposto no texto.
A estrutura de um manifesto pode variar de acordo com o estilo da autoria. Veja os elementos co-
muns em um manifesto:
• Título – começa, geralmente, com a palavra “Manifesto”, seguida do tema a ser desenvolvido no
texto.
• Local e data – trata-se da identificação do local em que o manifesto foi redigido e da data de sua
publicação; essas informações podem aparecer logo após o título ou ao final do texto.
• Corpo do texto – apresenta o autor ou os autores do texto, situa o leitor em relação ao tema
abordado, indica o ponto de vista, princípio, objetivo, causa ou reivindicação de quem o escreve
e, na maioria dos casos, desenvolve argumentos para persuadir a opinião pública da relevância
do que é apresentado.
• Assinatura – lista os nomes das pessoas, grupos, órgãos, entidades ou instituições apoiam o ob-
jetivo do manifesto.
Professor, comente com os alunos que o manifesto se assemelha muito à carta aberta, em que são até confundidos em
algumas situações. No entanto, há uma diferença crucial entre esses dois gêneros textuais: a carta aberta, apesar de ser
divulgada a um público amplo, tem um destinatário um destinatário específico para o qual é dirigida a mensagem do
texto; já o manifesto não tem esse destinatário específico para quem a mensagem é dirigida. Outra diferença entre os dois
gêneros diz respeito à assinatura: a carta aberta é assinada somente por seu(s) autor(es); já o manifesto é assinado não só
por quem o escreveu, mas também por pessoas, grupos, órgãos, entidades ou instituições que se identificam com o texto.
60
Leia o abaixo-assinado a seguir.
Manifesto pela Vida na Floresta

Porto de Moz e Prainha, outubro de 2003
Nós, comunidades e entidades organizadas da região de Porto de Moz e Prainha, no Estado

do Pará, bem como organizações e entidades da sociedade civil, preocupados com a escalada
crescente de violência contra os povos da floresta e o ataque desenfreado aos recursos flo-
restais na Amazônia, convocamos a opinião pública a apoiar nossa luta pela paz, pela justiça
social e pela preservação do patrimônio ambiental na região entre os rios Xingu e Curuá-Una,
o norte da Rodovia Transamazônica e o Rio Amazonas, no Pará.
Aqui habitam milhares de brasileiros e brasileiras em mais de uma centena de comunidades
formadas por populações extrativistas e ribeirinhas que vivem na — e da — floresta e com ela
estabeleceram uma relação secular de convivência respeitosa e sustentável.
No entanto, esta região está sendo literalmente invadida por grandes grupos econômicos,
liderados por uma agressiva frente madeireira. Esses grupos grilam terras públicas e áreas
comunitárias, exploram madeira de forma predatória e na maioria dos casos ilegal, e geram
intensos conflitos com a população local. Vários são os casos de comunitários forçados a
abandonar suas áreas de uso e suas posses com medo de perder a vida, ou por ameaças de
grupos madeireiros. Também vários são os casos de ribeirinhos cooptados pelas empresas
e levados a destruir o patrimônio ambiental por absoluta falta de opção e sem que os lucros
dessa atividade que compromete o futuro das comunidades sejam repartidos no presente.
Infelizmente, o Poder Público se faz ausente ou, quando age, parece defender exclusivamen-
te os direitos dos mais fortes, os madeireiros e grileiros.
Diante disso, queremos que
O Governo Brasileiro:
Garanta a continuidade do uso sustentável da floresta pelas comunidades ribeirinhas, extra-
tivistas.
Defenda a integridade física das comunidades e das famílias que moram na região.
Se responsabilize pela imediata resolução dos conflitos fundiários na região, criando Unida-
des de Conservação destinadas ao uso exclusivo dos ribeirinhos/extrativistas nos Municípios
de Prainha e Porto de Moz. Isso significará uma garantia de sobrevivência e desenvolvimento
das comunidades locais e o usufruto da floresta por parte de quem nela habita.
As empresas que consomem madeira:
Suspendam as compras de produtos madeireiros retirados de nossas florestas de Porto de
Moz e Prainha até que a criação das reservas comunitárias seja acordada e implementada.
61
A opinião pública:
Apoie ativamente a nossa luta em defesa das comunidades de Porto de Moz e Prainha, pela
paz na floresta, pela justiça social e pela defesa do patrimônio ambiental do qual as comuni-
dades locais são os melhores guardiões, pressionando o governo federal e o governo do Pará
a trabalharem imediatamente pela criação das reservas extrativistas que irão garantir um
futuro seguro, pacífico, social e ecologicamente justo e equilibrado.
Assinam:
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Prainha
Colônia de Pescadores Z31 (Prainha)
Movimento de Mulheres do Município de Prainha
Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz (CDS)
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto de Moz
Paróquia de São Braz
Comissão Pastoral da Terra Xingu
Dom Erwin Krautler, Bispo do Xingu - Prelazia do Xingu
Comissão de Justiça e Paz da Prelazia do Xingu (a confirmar)
Greenpeace
Fórum Oriental da Amazônia Brasileira - FAOR
FASE-PA (Programa Amazônia Regional Pará/Amazônia Oriental)
Fase Nacional
Brasil Sustentável e Democrático
Abraço Sul/Sudeste PA
Professor, antes de iniciar a leitura do
Centro de Trabalho Indigenista (CTI) manifesto com os alunos, explique a eles
as principais características desse gênero
Deputado José Geraldo (PT-PA) textual, como sua função social, suas
peculiaridades de linguagem, a variedade
Laboratório Agroecológico da Transamazônica LAET linguística comumente empregada e
Unipop - Instituto Universidade Popular sua estrutura característica. Após, leia
o manifesto com os alunos e chame a
Abong Amazônia atenção para os principais elementos que
o compõe. Depois de realizada a leitura,
Pastoral da Terra da Igreja Metodista da Amazônia proponha aos alunos que respondam
oralmente às perguntas sobre o texto,
a fim de verificar a compreensão inicial
deles sobre esse gênero textual.
62
Atividades
26. Qual é o assunto abordado nesse manifesto?
O texto aborda a preocupação com a crescente violência e exploração ilegal dos recursos florestais na região da Amazônia no
estado do Pará.
27. Você considera o assunto dessa carta relevante para a sociedade? Justifique sua resposta.
O texto é socialmente relevante por abordar a exploração ilegal da Amazônia, denunciando violações graves para com o meio
ambiente global e dos direitos humanos das comunidades locais.
28. Que tipo de linguagem foi empregada na escrita desse manifesto? Explique.
Foi empregada, no manifesto, uma linguagem objetiva e formal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
29. Qual é o público-alvo a que se destina esse manifesto?

No primeiro parágrafo os remetentes proclamam a opinião
pública como público-alvo do manifesto, portanto se trata de um
público-alvo bastante amplo, qualquer um que leia o texto.
30. Quem são os autores do manifesto que você leu?

Os autores são comunidades e entidades organizadas da região de Porto de
Moz e Prainha, no Estado do Pará, e organizações e entidades da sociedade civil.
31. Qual é o apelo feito pelos autores do manifesto?
Os autores convocam a opinião pública a apoiar sua luta pela paz, pela justiça social e pela preservação do patrimônio
ambiental na região entre os rios Xingu e Curuá-Una, o norte da Rodovia Transamazônica e o Rio Amazonas, no Pará.
63
32. Qual motivação leva os autores a fazerem esse apelo?
Os autores alegam que a região que é invadida por grandes grupos econômicos que grilam terras públicas e áreas
comunitárias, exploram madeira de forma ilegal e geram intensos conflitos com a população local.
33. A quem os autores do manifesto direcionam suas reivindicações?
As reivindicações são direcionadas ao Governo Brasileiro e às empresas que consomem madeira.
34. Um argumento utilizado para sustentar uma das reivindicações é:

[ ] “[...] esta região está sendo literalmente invadida por grandes grupos econômicos, liderados
por uma agressiva frente madeireira”.
[ ] “Garanta a continuidade do uso sustentável da floresta pelas comunidades ribeirinhas,
extrativistas”.
[ X ] “Isso significará uma garantia de sobrevivência e desenvolvimento das comunidades locais e
o usufruto da floresta por parte de quem nela habita”.
[ ] “[...] pressionando o governo federal e o governo do Pará a trabalharem imediatamente pela
criação das reservas extrativistas [...]”.
35. Qual construção linguística é empregada para introduzir as reivindicações dos autores do
manifesto?
[ ] “convocamos a opinião pública”.
[ ] “parece defender”.
[ X ] “queremos que”.
[ ] “Isso significará”.
36. Esse manifesto é de natureza:

[ ] artística.
[ ] cultural.
[ ] política.
[ X ] social.
64
VIDEOAULA EF09LP07
Regência nominal e
complemento nominal
65
Regência nominal e complemento nominal
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Na língua portuguesa, há substantivos, adjetivos e advérbios que não têm sentido completo, e por
isso necessitam de um termo que os complemente. Esse termo que faz a complementação dessas
palavras é conhecido como complemento nominal e é sempre iniciado por uma preposição.
Devido a esse fato linguístico, tem-se a regência nominal, que é a propriedade gramatical que es-
tabelece as relações de dependência entre os substantivos, adjetivos e advérbios e os seus com-
plementos nominais. Em poucas palavras, a regência nominal consiste nas regras gramaticais que
determinam qual preposição deve ser empregada para relacionar um substantivo, adjetivo ou ad-
vérbio ao seu completo nominal. Veja alguns exemplos:
O colesterol faz mal ao coração.
Nesse exemplo, o complemento nominal “ao coração” se liga ao adjetivo “mal” por meio da preposi-
ção “a” (“ao” = preposição “a” + artigo definido “o”).
Fique longe de mim!
Nesse exemplo, o complemento nominal “de mim” se liga ao advérbio “longe” por meio da preposição
“de”.
José tem admiração por pessoas sábias.
Nesse exemplo, o complemento nominal “por pessoas sábias” se liga ao substantivo “admiração” por
meio da preposição “por”.
66
A norma-padrão da língua portuguesa determina preposições específicas para cada substantivo, ad-
jetivo ou advérbio que exige completo nominal. No entanto, na regência nominal de algumas varian-
tes coloquiais da língua, o uso das preposições pode divergir da norma-padrão. Veja um exemplo:
Joana tem horror de aranhas.
A frase desse exemplo, que pode ocorrer em algumas variantes coloquiais da língua portuguesa,
apresenta o uso da preposição “de” para relacionar o complemento nominal “de aranhas” ao
substantivo “horror”. No entanto, para a norma-padrão da língua portuguesa, a preposição “de” não
faz parte da regência nominal de “horror”, no qual, para essa norma, a preposição adequada para o
substantivo é “a”. Dessa forma, essa frase deve ser escrita da seguinte forma: “Joana tem horror a
aranhas”.
Complemento nominal
O complemento nominal é o termo da oração que complementa o sentido de um substantivo, adje-
tivo ou advérbio que não tem sentido completo, ligando-se a ele por meio de uma preposição. Veja
um exemplo:
Ela tem medo de altura.
Nesse exemplo, "de altura" é complemento nominal que se liga ao substantivo "medo" por meio da
preposição “de”.
Atividades
37. Analise os termos sublinhados nas orações a seguir e assinale as opções que apresentam
complementos nominais.
[ ] Ela mandou uma mensagem para ele.
[ ] Eu pedi ajuda ao professor.
[ X ] Ele tem muito respeito pelos pais. Professor, em relação às opções que não
[ X ] A construção da escola começará em breve. apresentam complementos nominais
sublinhados, explique aos alunos de que
[ ] Você pode emprestar o livro para mim? termos da oração se tratam:
• “para ele” → objeto indireto.
[ X ] Joana tem necessidade de afeto. • “ao professor” → objeto indireto.
• “para mim” → objeto indireto.
[ ] Os alunos estudaram com afinco para o exame. • “com afinco” → adjunto adverbial.
• “em voz alta” → adjunto adverbial.
[ X ] Sinto saudades do tempo da infância.
[ X ] A falta de respeito é a raiz de muitos conflitos.
[ ] Ela falou com ele em voz alta.
67
38. Transcreva do Manifesto pela Vida na Floresta duas orações que tenham complemento
nominal e sublinhe-o.
Possibilidades de resposta:
1ª oração: “levados a destruir o patrimônio ambiental por absoluta falta de opção”.
2ª oração: “Garanta a continuidade do uso sustentável da floresta pelas comunidades ribeirinhas, extrativistas.”.
39. Preencha as lacunas presentes nas orações a seguir com uma preposição adequada à
regência nominal da norma-padrão.
a) O amor _________
por/pela música sempre foi algo intrínseco a ele.
b) A necessidade _________
de aprovação pode ser um obstáculo.
c) A cidade de Paris é conhecida por/pela
_________ sua bela arquitetura.
d) A falta _________
de paciência pode levar a conflitos desnecessários.
e) O compromisso _________
com a verdade é uma virtude.
f) A busca _________
por/pela felicidade é universal. Professor, caso os alunos sintam
dificuldade em realizar a atividade
g) A entrega _________
do projeto está prevista para amanhã. 39, recomende a eles que pesquisem
em dicionários ou gramáticas as
h) O respeito por/pelos
_________ animais é fundamental. preposições adequadas à regência
nominal da norma-padrão. Faça a
i) O respeito _________
ao próximo é um valor importante. mesma recomendação para a realização
das atividades 40, 41 e 42 a seguir.
j) A paixão _________
por/pela dança a motivou a seguir carreira.
k) Convidaram um Doutor _________

em Medicina para a palestra.
l) José é muito hábil _________
em/nos trabalhos manuais.
40. Considerando a regência nominal da norma-padrão, relacione as palavras da coluna da

direita às preposições que elas regem na coluna da esquerda, fazendo a numeração correta.
[ 2 ] Favorável.
[ 1 ] por
[ 2 ] Prejudicial.
[ 1 ] Fanático.
[2]a
[ 2 ] Relacionado.
[ 4 ] Impaciência.
[ 3 ] de
[ 3 ] Diferente.
[ 2 ] Insensível.
[ 4 ] com
[ 3 ] Perto.
68
41. Analise os complementos nominais sublinhados nas orações a seguir e assinale as opções
em que a regência nominal não está adequada à norma-padrão.
[ ] A luta contra a corrupção é uma constante em muitos países.
[ X ] O bacharel de Direito pode exercer a advocacia.
[ ] A paixão pela pintura levou-o a se tornar um artista.
[ X ] As pessoas estão imunes dos vírus.
[ ] A destruição do meio ambiente deve ser combatida.
[ X ] Sua resposta não é compatível à pergunta.
[ ] A leitura de livros é fundamental para a aprendizagem.
[ X ] A espera da festa era grande.
42. Reescreva as orações que você assinalou na atividade 41 adequando a regência nominal à
norma-padrão da língua portuguesa.
O bacharel em Direito pode exercer a advocacia.
As pessoas estão imunes aos vírus.
Sua resposta não é compatível com pergunta.
A espera pela festa era grande.
69
VIDEOAULA EF09LP07
Regência verbal
70
Regência verbal
Assim como há a regência nominal, também há a regência verbal na língua portuguesa.
A regência verbal diz respeito às relações entre os verbos e os termos da oração associados a eles:
objeto direto, objeto indireto e adjunto adverbial formado por locução adverbial. Dito de modo con-
ciso, a regência verbal consiste nas regras gramaticais que determinam dois fatores: 1) se o termo da
oração associado ao verbo é iniciado ou não por preposição; e 2) quais são as preposições exigidas
pelos verbos para se ligar aos termos que são iniciados por elas.
No caso do objeto direto, a relação entre esse termo e o verbo o qual complementa (verbo transitivo
direto) não se dá por meio de preposição. Dito de outra forma, a regência dos verbos transitivos di-
retos não exige que o seu complemento, o objeto direto, se inicie por preposição. Exemplo:
Ele comeu um pão.
Nessa oração, “comeu” é o verbo transitivo direto e não há preposição iniciando o objeto direto “um
pão”, que complementa esse verbo.
No caso do objeto indireto, a relação entre esse termo e os verbos os quais ele complementa (verbo
transitivo indireto e verbo bitransitivo) se dá por meio de preposição. Ou seja, a regência dos verbos
transitivos indiretos e dos verbos bitransitivos exige que o objeto indireto que os complementa se
inicie por preposição. Além disso, a regência desses verbos determina qual ou quais preposições
podem iniciar o objeto. Exemplos:
Maria gosta de bolo.
João deu um presente para a professora.
Na primeira oração, “gosta” é o verbo transitivo indireto e há a preposição “de” iniciando o objeto
indireto “de bolo”, que complementa esse verbo. Na segunda oração, “deu” é o verbo é bitransitivo e
há a preposição “para” iniciando o objeto indireto “para a professora”, que complementa esse verbo.
71
Nos dois casos exemplificados, a regência dos verbos “gosta” e “deu” determina que os objetos indi-
retos deles tenham que ser iniciados pelas preposições “de” e “para” e não por outras.
No caso do adjunto adverbial formado por locução adverbial, sempre há preposição iniciando esse
termo. Mas, diferentemente do objeto indireto, a preposição que inicia esse termo não é exigida
pelo verbo, mas é determinada pelo sentido do próprio adjunto. Exemplo:
Choveu em Manaus.
Nessa oração, “em Manaus” é o adjunto adverbial que se associa ao verbo “choveu”. O fato de a pre-
posição “em” iniciar esse adjunto não se deve a uma exigência do verbo, mas ao sentido do próprio
adjunto adverbial: “em Manaus” expressa ideia de lugar, sentido que está embutido na preposição
“em”.
A norma-padrão da língua portuguesa determina preposições específicas para a regência dos ver-
bos que exigem preposição. No entanto, na regência verbal de algumas variantes coloquiais da lín-
gua, o uso das preposições pode divergir da norma-padrão. Veja um exemplo:
Eu fui no parque ontem.
A oração desse exemplo, que pode ocorrer em algumas variantes coloquiais da língua portuguesa,
apresenta o uso da preposição “em” (“no” = preposição “em” + artigo “o”) para relacionar “no parque”
ao verbo “fui” (forma no passado do verbo “ir”). No entanto, para a norma-padrão da língua portu-
guesa, a preposição “em” não faz parte da regência verbal de “ir” em que, para essa norma, a prepo-
sição adequada para o verbo é “a”. Dessa forma, a frase deve ser escrita da seguinte forma: “Eu fui ao
parque ontem” (“ao” = preposição “a” + artigo “o”).
Professor, comente com os alunos que existem dicionários específicos em que são
listadas as preposições previstas pela norma-padrão para as regências nominal e verbal.
Objeto indireto e locução adverbial

O objeto indireto é o termo da oração que complementa um verbo transitivo indireto ou um verbo
bitransitivo (junto com um objeto direto), ligando-se ao verbo por meio de uma proposição. Veja
exemplos:
A criança não gosta de leite.
Nesse exemplo, "de leite" é o objeto indireto que complementa a forma do verbo transitivo indireto
"gosta" por meio da preposição “de”.
Ele comprou um presente para seu irmão.
Nesse exemplo, "para seu irmão" é o objeto indireto que complementa (junto com o objeto direto
“um presente”) a forma do verbo bitransitivo "comprou" por meio da preposição “para”.
Uma locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras, em que a primeira é sempre uma
preposição. Juntas, essas palavras equivalem a um advérbio. As locuções adverbiais podem se re-
lacionar a verbos ou à oração como um todo, modificando ou ampliando o sentido desse verbo ou
oração. Veja exemplos:
Ele chegará de São Paulo.
72
Nesse exemplo, “de São Paulo” é a locução adverbial. Ela se relaciona à forma verbo “chegará” por
meio da preposição “de”.
Com certeza o time fará um bom jogo.
Nesse exemplo, “com certeza” é a locução adverbial. Ela se relaciona à toda a oração “o time fará um
bom jogo” por meio da preposição “com”.
Nas orações, a locução adverbial tem função de adjunto adverbial.
Atividades
43. Sublinhe nas orações a seguir os objetos indiretos e as locuções adverbais.
a) Ela simpatizou com a causa.
b) Ela trabalha com dedicação.
c) Eles correram para o estádio.
d) Pedro compareceu à audiência.
e) Ele fez a viagem a pé.
f) Eles caminharam pela estrada.
g) Maria ingressou na corporação.
h) Pedro caminhava com pressa.
i) Ele obedece aos pais.
j) José sabe das coisas.
Professor, caso os alunos

apresentem dificuldades
44. Liste os objetos indiretos que você sublinhou na atividade 43. em diferenciar os objetos
indiretos e as locuções
com a causa, “à audiência, na corporação, aos pais e das coisas. adverbiais, relembre-os de
que as locuções adverbiais
equivalem a advérbios, e por
45. Liste as locuções adverbiais que você sublinhou na atividade 43. isso expressam circunstâncias
de tempo, lugar, modo etc.,
ao passo que os objetos
com dedicação, para o estádio, a pé, pela estrada e com pressa.
indiretos não expressam
essas circunstâncias.
46. Preencha as lacunas presentes nas orações a seguir com uma preposição adequada à
regência verbal da norma-padrão.
a) Fomos __________
ao cinema para assistir __________
ao filme.
b) Finalmente chegamos __________
ao local escolhido.
c) Pedro chegou __________
de viagem nesta manhã.
d) Ele aspira __________
a um cargo mais alto na empresa.
e) Maria informou o ocorrido __________
a/aos amigos.
73
f) Pedro irá __________
à biblioteca para fazer pesquisas.
g) O garoto implicava __________
com as crianças menores.
h) Agradeço __________
ao senhor pelo convite.
47. Analise os termos sublinhados nas orações a seguir e assinale as opções em que a regência
verbal não está adequada à norma-padrão.
[ X ] Eles saíram de noite.
[ ] Ele saiu com os amigos.
[ X ] A meninas vão ir em casa.
[ ] Os meninos chegaram da escola.
[ X ] Eu esqueci do meu livro.
[ X ] Essa ação implica em mudanças.
48. Por que as orações que você assinalou na atividade 47 estão em desacordo com a regência
verbal da norma-padrão da língua portuguesa?
1) “Eles saíram de noite” → o verbo “sair” exige uma preposição que tem sentido de movimento, mas a preposição “de” tem
sentido de lugar de origem.
2) “As meninas vão ir em casa” → o verbo “ir” exige uma preposição que tem sentido de movimento, mas a preposição “em”
tem sentido de lugar.
3) “Eu esqueci do meu livro” → o verbo “esquecer” é transitivo direto, portanto não exige preposição para se ligar ao seu
complemento.
4) “Essa ação implica em mudança” → o verbo “implicar” é transitivo direto, portanto não exige preposição para se ligar ao
seu complemento.
49. Reescreva as orações que você assinalou na atividade 47 adequando a regência verbal à
norma-padrão da língua portuguesa.
1) Eles saíram à noite.
2) As meninas vão para casa.
74
3) Eu esqueci o meu livro.
4) Essa ação implica mudança.
50. Leia o trecho de letra de música a seguir.
Cê vai chegar em casa

Eu quero abrir a porta
Aonde você mora?
MONTE, Marisa; REIS, Nando. Onde você mora? Letras. Disponível em: <https://m.letras.mus.br/cidade-negra/45284/>.
Acesso em: 29 maio 2023.
Nesse trecho, há um uso de preposição que está em desacordo com a regência verbal da norma-padrão.
Explique esse uso.
A palavra “aonde” decorre da junção da preposição “a” mais o pronome “onde”. O verbo da oração em que ocorre a palavra
“aonde” é “mora”, um verbo que exige a preposição com sentido de lugar “em” e não a preposição com sentido de movimento
“a”. O pronome “onde” por si só já tem sentido de lugar. Dessa forma, para a norma-padrão, a escrita correta da oração deve ser
“Onde você mora?”
Produção de texto: manifesto

EF69LP22 – EF09LP04
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O gênero textual manifesto tem importância na comunicação e na expressão de ideias, pois é uma
forma de manifesto público que busca persuadir e mobilizar um grupo de pessoas em torno de uma
causa, opinião ou propósito específico.
Nessa atividade, você produzirá um manifesto. Boa produção!
Planejamento
• Selecione um tema que seja significativo para você e relevante para a sociedade, pode ser rela-
cionado a causas sociais, propostas políticas ou valorização das artes de da cultura.
• Crie uma estratégia de persuasão para convencer e/ou sensibilizar um público amplo a respeito
do que será desenvolvido em seu manifesto, considerando elementos de argumentação e de lin-
guagem (apelos, comoções, conclamações, entre outros).
• Faça um esboço do seu manifesto em forma de esquema, listando os tópicos que irão nortear a
escrita do seu texto. Utilize o quadro a seguir para estruturar o esboço do seu texto.
Título
PARTE INICIAL
Local e data
Contextualização dos motivos para a escrita

do manifesto
Apresentação da demanda ou reivindicação
do manifesto
Argumento 1 CORPO DO TEXTO
Argumento 2
Argumento 3
Assinatura FINALIZAÇÃO
Produção
Escreva uma primeira versão do manifesto em seu caderno. Essa primeira versão deve incluir os
seguintes elementos fundamentais: título, local e data, contextualização, demanda ou reivindicação,
pelos menos dois argumentos que sustentem sua demanda ou reivindicação e assinaturas.
76
O manifesto deve ser redigido em conformidade com as normas de escrita formal da língua portu-
guesa padrão. Além disso, o texto deve apresentar organização e coesão das ideias apresentadas, de
forma a garantir uma leitura clara e fluída. Seu texto deve ter entre 25 e 30 linhas.
Revisão/reescrita
Após escrever a primeira versão da sua carta aberta, faça uma revisão dela para verificar se os prin-
cipais aspectos do gênero textual foram contemplados. Utilize o quadro a seguir para se orientar
durante o processo de revisão:
Sim Não
O manifesto apresenta um título?
O manifesto apresenta local e data?
Há uma contextualização dos motivos para a escrita do manifesto?
O manifesto apresenta uma demanda ou reivindicação ao destinatário?
Foram desenvolvidos pelo menos dois argumentos consistentes que embasam a

demanda ou reivindicação do manifesto?
O manifesto foi assinado?

portuguesa?
Após fazer a revisão do seu manifesto, reescreva-o aprimorando os pontos que você identificou que
precisam ser melhorados, visando alcançar uma produção escrita mais clara, coesa e adequada aos
objetivos comunicativos.
Divulgação
Após concluir a reescrita do seu manifesto, publique a versão final dele na internet compartilhe o
link da publicação on-line em suas redes sociais. Convide professores, colegas de turma, familiares
e amigos para lerem seu manifesto e comentarem a publicação com suas impressões sobre a perti-
nência do texto.
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Campo das
práticas
de estudo
e pesquisa
O QUE VAMOS REVISAR
• Verbete de enciclopédia colaborativa

• Conjunções e locuções conjuntivas
• Períodos compostos por coordenação e subordinação
• Orações subordinadas adjetivas e pronome relativo
79
PROFESSOR
UNIDADE 3
Campo das práticas de

estudo e pesquisa
O objetivo do campo das práticas de estudo e pesquisa é expandir e melhorar o envolvimento dos
estudantes em atividades de pesquisa e estudo, que englobam os campos científico, educacional
e de popularização da ciência. Para alcançar esse objetivo, é fundamental entender os interesses,
as atividades e os métodos que estão envolvidos nessas áreas, reconhecendo a relevância dessas
práticas para a interpretação do mundo físico e da realidade social, além da sua importância para o
avanço acadêmico dos estudantes e a sua preparação para a vida profissional. Esse campo incen-
tiva o aprimoramento de habilidades e a aquisição de conhecimentos em processos associados à
leitura, à audição, à análise linguística e à produção de textos que se enquadram nos gêneros rela-
cionados ao estudo, à pesquisa e à divulgação da ciência.
Para alcançar esses objetivos, serão desenvolvidos, nesta unidade, os trabalhos com os gêneros
discursivos: verbete de enciclopédia colaborativa e texto didático. O estudo desses gêneros contri-
bui para o desenvolvimento da capacitação dos estudantes na pesquisa e divulgação de conheci-
mentos, através do aprimoramento das habilidades de leitura, escrita e análise linguística de textos,
bem como da consulta a fontes de pesquisa.
UNIDADE 3 Campo das práticas de estudo e pesquisa
Este é um campo que privilegia os textos construídos no ambiente da formação escolar e acadê-
mica, com o objetivo de transmitir conhecimento. Assim como os demais campos da BNCC para
Língua Portuguesa, este também percorre todo o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, aprofun-
dando-se em cada etapa.
A aprendizagem e o trabalho colaborativo têm demonstrado excelentes resultados para a promo-
ção de um aprendizado mais significativo e permanente, possibilitando que habilidades fundamen-
tais sejam desenvolvidas. Divididos em pequenos grupos, os alunos manifestam a capacidade de
identificar e resolver problemas, propor soluções e se adaptar a cenários em constante evolução.
Nessa metodologia de aprendizagem, o aluno tem um papel definido a desempenhar e é preciso que
ele atue por meio da cooperação, interação e participação ativa. Como protagonista, ele apresenta
uma atitude integrada e uma postura mais comprometida com o seu processo de aprendizagem.
As crianças e adolescentes são capazes de agir de forma conjunta e construir conhecimentos, in-
teragindo com colegas e professores. Nessa abordagem, eles são levados a reconhecer que todos
têm ideias, experiências, vivências, recursos e informações para trocar. Essa junção das contribui-
ções de cada indivíduo, aliada aos conhecimentos e recursos fornecidos pela escola, resultam na
educação colaborativa.
Esse processo pode e deve ser ampliado, envolvendo também os pais e a comunidade, além de
alunos e professores, permitindo que todos atuem como parceiros colaboradores na formação dos
estudantes. Também é importante que haja interação entre os professores de maneira interdiscipli-
nar, pois desse modo, os conteúdos podem ser aprofundados em diferentes áreas.
Agora que já entendemos o que é aprendizagem colaborativa, vamos observar cinco princípios
desse formato de ensino:
1. Ensino Personalizado – cada estudante possui uma forma diferente de aprender e uma baga-
gem de conhecimentos e experiências distintas, permitindo que ele interaja e responda de modo
diferente dos demais. Essa percepção evita a ideia de que todos os alunos precisam demonstrar o
mesmo desempenho para serem aprovados e reconhecidos. Um aluno ajuda o outro e assim eles
conseguem suprir-se e serem capazes de avançar de forma mais completa no conhecimento.
2. Ensino Contextualizado – as atividades propostas devem ser embasadas em exemplos a partir

de vivências cotidianas dos estudantes. As tarefas devem ter aplicabilidade prática, conectando
com a realidade fora da escola.
3. Ensino Ambientado – o ambiente de aprendizagem deve ser favorável à realização das ativida-
des. Cadeiras enfileiradas e exposição no quadro não incentivam a participação e interação entre
os estudantes. O espaço físico da sala de aula deve ser readequado, proporcionando estações de
trabalho para os grupos, onde serão disponibilizados os recursos: livros, cadernos, tablets, papel
cartão, tesouras, cola, pincéis atômicos etc.
4. Ensino Mediado – o professor assume um novo papel nessa configuração, ele é o mediador que
direciona, fomenta, incentiva, dá apoio, tira dúvidas e conduz o processo. Ele também apresenta
as diretrizes do trabalho e avalia os resultados. Essa atuação é mais compatível com o mercado de
trabalho e a atuação na sociedade.
5. Ensino Inovado – não é possível falar em educação sem o uso dos recursos tecnológicos facili-
tadores. A aprendizagem deve ser mediada por tecnologias inovadoras. O acesso à internet, a utili-
zação de ferramentas digitais de pesquisa e comunicação e as plataformas virtuais com conteúdos
são elementos essenciais na educação colaborativa.
Personalizado
Inovado Contextualizado
Crédito: PROESC
Mediado Ambientado
E quais são as vantagens de adotar esses formatos?
1. Motivação e Engajamento – os alunos passam a ser mais ativos e percebem uma relação prática
mais evidente do conhecimento adquirido na escola. Os estudantes se sentem mais realizados e
satisfeitos, uma vez que eles observam seu crescimento pessoal e acadêmico.
2. Melhores Resultados – a longo prazo, observa-se que o desempenho e a aprendizagem dos

alunos são mais satisfatórios. O conhecimento se torna mais eficaz. Pais e alunos percebem pro-
gressos sociais e cognitivos.
3. Pensamento Crítico – os alunos conseguem exercitar seu pensamento crítico, participam das
discussões e decisões e aprendem a argumentar. Eles se reconhecem como autores e aprendem a
buscar informações em diferentes fontes, ficando mais conectados com o mundo ao redor.
4. Preparo Profissional – esse formato está em harmonia com o mercado de trabalho, os profissio-
nais na atualidade devem demonstrar habilidades de criatividade, colaboração, empreendedorismo
e inovação.
5. Habilidades Sociais – na relação com colegas e professores, o aluno adquire habilidades com-
portamentais (soft skills) essenciais para a vida e a profissão, tais como respeito, responsabilidade,
capacidade de lidar com as diferenças, empatia e afeto.
Crédito: Freepik
Além dos pontos observados anteriormente, o ensino colaborativo contribui para a educação inclu-
siva. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2019, realizada pelo IBGE, identificou que 8,4%
das crianças possuem algum tipo de deficiência. De acordo com o Censo Escolar de 2020, mais de
1,3 milhão de crianças e jovens com deficiências estavam matriculados na Educação Básica, sendo
88% em turmas inclusivas.
A partir da emenda Constitucional n. 59, de 11 de novembro de 2009, a universalização da Educa-
ção Básica tornou-se um dever do Estado, abrangendo a faixa etária dos 4 aos 17 anos e garantindo
a educação para todos. Para a acessibilidade desses estudantes, o trabalho colaborativo cria uma
maior aproximação entre o professor, o aluno com necessidades especiais, os demais estudantes e
a família.
Uma sala de aula que promove propostas educativas participativas e avalia de forma coletiva é mais
assertiva na inclusão. Todos os alunos são envolvidos nas atividades e toda a equipe coopera com
o projeto. Cada aluno é valorizado pela sua atuação, tenha ele deficiência ou não. Essa abordagem
também promove a empatia afetiva, cognitiva e emocional entre as crianças e adolescentes.
Portanto, são muitas as contribuições que o ensino colaborativo pode trazer para a comunidade
escolar, mas sobretudo, o grande destaque está na construção de um projeto pedagógico que esti-
mula a diversidade, a autonomia e a inclusão.
Talvez agora você esteja se perguntando: como posso aplicar a aprendizagem colaborativa, indica-
da na BNCC, na minha sala de aula e na minha escola?
• Comece explicando, na escola, para os pais e os alunos, as mudanças, os novos métodos e os

benefícios do processo.
• Crie uma cultura de colaboração, favoreça o clima de cooperação e de compartilhamento. In-
centive os alunos a tirar dúvidas e emitir suas opiniões.
• Inclua os pais e responsáveis no processo, solicitando que eles acompanhem seus filhos e os
ajudem a cumprir seus deveres e responsabilidades.
• Revise seus métodos de ensino e, para isso, o material Rever e Aprender, produzido pela ÓR-
BITA, vai ajudá-lo. Invista na sua capacitação, estude sobre as práticas pedagógicas nesse novo
modelo.
• Promova a revisão da estrutura física e dos recursos da sua sala de aula e da escola. Planeje
mudanças e inclua os alunos nessas adequações.
• Utilize as tecnologias disponíveis a seu favor. Potencialize os resultados das atividades incluindo
tablets, celulares e aplicativos e espaços virtuais de aprendizagem. Use as tecnologias também
para os alunos produzirem fotos, áudios e vídeos, se comunicarem por mensagens, construírem
textos e apresentações.
Nesta unidade de estudos, você encontrará atividades que promovem o ensino colaborativo em
consonância com o campo das práticas de estudo e pesquisa. A proposta é a construção de ver-
betes para uma enciclopédia. Você, professor, irá ajudar seus alunos no Planejamento, Produção,
Revisão/Reescrita e Divulgação do projeto. Várias habilidades serão necessárias para que os alunos
alcancem o resultado desejado. O uso de tecnologias será essencial para o andamento da atividade.
Para a criação dos textos dos verbetes, a unidade propõe aulas sobre conjunções e locuções con-
juntivas; períodos compostos: coordenação e subordinação; orações subordinadas adjetivas e pro-
nome relativo. O domínio desses conteúdos será essencial para que os estudantes façam bons
textos. A intenção é ampliar e qualificar os estudantes no estudo e na pesquisa.
Os estudantes irão compreender como surgem os temas de pesquisa, as atividades e os procedi-
mentos da ciência na produção e divulgação do conhecimento. Desse modo, eles serão levados a
valorizar os profissionais envolvidos na produção científica e a experimentar esse universo. Essa
pode ser uma oportunidade de os alunos descobrirem seus interesses e se sentirem motivados a
prosseguir seus estudos na universidade.
É importante que o professor promova diferentes gêneros de apresentação dos trabalhos: expo-
sição oral, palestras, mesas-redondas, debates, produção textual, de gráficos, infográficos, vídeos,
podcasts, documentários etc, proporcionando aos estudantes variadas formas de participação.

(EF69LP29) (EF69LP36) (EF09LP04)
(EF69LP31) (EF69LP42) (EF09LP08)
(EF69LP32) (EF89LP24) (EF09LP09)
(EF69LP35) (EF89LP31)
VIDEOAULA EF69LP29 – EF69LP42
Enciclopédia colaborativa
e outras fontes
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Enciclopédia colaborativa e
outras fontes
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O verbete de enciclopédia colaborativa compartilha semelhanças com o verbete de enciclopédia
tradicional. Ambos são gêneros textuais predominantemente informativos e descritivos, cuja prin-
cipal finalidade é fornecer definições, descrições, exemplos e contexto histórico de uma palavra,
termo ou expressão. Além disso, eles servem de fonte de consulta para diversas finalidades e são
destinados a um público amplo e diversificado.
No que diz respeito à estrutura, assim como o verbete tradicional, o verbete de enciclopédia co-
laborativa começa com uma entrada, que é a palavra organizada em ordem alfabética dentro da
enciclopédia. Em seguida, são apresentadas informações detalhadas que visam aprofundar o enten-
dimento sobre o termo abordado. Essas informações são geralmente organizadas em tópicos, des-
tacados por subtítulos no texto. Além disso, é comum encontrar elementos visuais, como imagens e
ilustrações, nos verbetes que têm o objetivo de auxiliar na compreensão dos conceitos.
A linguagem utilizada nos verbetes de enciclopédia colaborativa é formal, impessoal, clara e objeti-
va, buscando transmitir as informações com o máximo de precisão possível.
A característica principal de um verbete de uma enciclopédia colaborativa é ser uma compilação de
informações abrangentes, confiáveis e imparciais sobre um determinado assunto. A enciclopédia
colaborativa é construída por meio da contribuição de várias pessoas, que adicionam, editam e revi-
sam o conteúdo, resultando em um conhecimento coletivo.
81
Fontes de estudo e pesquisa
Fontes de estudo e pesquisa são recursos utilizados para obter informações e aprofundar o conhe-
cimento sobre um determinado tema. Veja a seguir alguns exemplos.
• Livros acadêmicos e científicos. • Sites educacionais.

• Enciclopédias impressas. • Sites especializados em ciência.
• Enciclopédias on-line. • Sites especializados em cultura.
• Dicionários impressos. • Sites especializadas em artes.
• Dicionários on-line. • Biografias e autobiografias.
• Revistas científicas. • Notícias.
• Sites acadêmicos. • Reportagens.
Apesar de existirem muitas fontes de estudo e pesquisa, é importante saber verificar se essas fontes
são confiáveis. Seguem algumas diretrizes que podem ajudar a avaliar a confiabilidade de uma fonte
de pesquisa:
• Autoridade e credibilidade – verifique a credibilidade e a reputação do autor ou da organização
responsável pela fonte. Procure informações sobre suas qualificações, experiência e histórico
acadêmico. Se possível, verifique se são especialistas reconhecidos na área relevante.
• Revisão por pares (Peer Review) – verifique se o artigo, o livro ou a publicação passou por um
processo de revisão por pares. Isso significa que especialistas independentes na área analisaram
criticamente o conteúdo antes de ser publicado, garantindo maior confiabilidade.
• Fontes citadas – verifique se a fonte faz referência a outras fontes confiáveis. A presença de
citações e referências bibliográficas pode indicar que a informação foi embasada em trabalhos
anteriores, sendo, portanto, resultado de uma pesquisa cuidadosa.
• Atualidade – verifique a data de publicação ou a última atualização da fonte. Dependendo do as-
sunto, a informação pode se tornar desatualizada rapidamente. Busque fontes atualizadas para
garantir que os dados sejam relevantes quando você estiver realizando a pesquisa.
• Consistência com outras fontes – compare as informações fornecidas pela fonte com outras
fontes confiáveis. Se diferentes fontes confiáveis apresentarem informações consistentes, é
mais provável que sejam precisas.
• Domínio da internet – ao pesquisar on-line, verifique o domínio do site. Sites com domínios .edu
(instituições educacionais) ou .gov (governamentais) geralmente têm maior probabilidade de se-
rem confiáveis do que sites com domínios .com, por exemplo. No entanto, isso não é uma regra
rígida, e é importante avaliar outras características também.
• Reputação geral – considere a reputação geral da fonte. Isso pode ser determinado por sua acei-
tação em comunidades acadêmicas ou profissionais, prêmios recebidos, citações em outras pu-
blicações respeitadas, entre outros indicadores de reconhecimento.
82
Leia o fragmento de verbete de enciclopédia colaborativa a seguir.
,
1I/ Oumuamua
Oumuamua (do havaiano: "mensageiro de longe que chegou primeiro"), formalmente de-
signado 1I/'Oumuamua (anteriormente C/2017 U1 (PANSTARRS) e A/2017 U1) é um ob-
jeto interestelar que passou pelo Sistema Solar em uma trajetória altamente hiperbólica.
Foi descoberto por Robert Weryk em 19 de outubro de 2017, por meio observações feitas
pelo telescópio Pan-STARRS, quando o objeto estava distante 0,2 UA (30 000 000 km) da
Terra. Inicialmente classificado como um cometa, foi reclassificado como um asteroide uma
semana depois, sendo o primeiro objeto externo ao Sistema Solar descoberto, e também o
primeiro de uma nova classe chamada asteroides hiperbólicos.
Observou-se que a excentricidade orbital de 'Oumuamua é de 1,20, mais alta que a de
qualquer objeto já observado no Sistema Solar. Essa característica indica que ele nunca
esteve gravitacionalmente ligado ao Sistema Solar e é um objeto interestelar devido à alta
velocidade de entrada. Por ser mais rápido que o esperado, astrônomos da Universidade de
Harvard cogitaram a possibilidade de o objeto ser artificial, de origem alienígena e de caráter
investigatório. Mas um estudo de 2021 argumenta que o objeto interestelar é parte de um
planeta semelhante a Plutão em outro sistema solar.
Etimologia
Inicialmente o objeto foi nomeado de C/2017 U1, porque foi assumido como um come-
ta, mas foi renomeado para A/2017 U1 após não apresentar atividade cometária. Depois
que sua natureza interestelar foi confirmada, foi renomeado para "1I/'Oumuamua", onde:
"1" determina que ele é o primeiro desse tipo de objeto astronômico a ser descoberto; "I"
determina que se trata de algo interestelar, e; "'Oumuamua'" é uma palavra havaiana que,
etimologicamente, significa "um mensageiro de longe que chegou primeiro".
Origens e estrutura molecular
Depois de notar que Oumuamua exibe aceleração não gravitacional, o chefe do departamento
de astronomia da Universidade de Harvard sugeriu que poderia ser uma sonda de navegação
solar. Mais tarde, o estudo publicado por Seligman & Laughlin em 2020 — depois que observa-
ções do Telescópio Espacial Spitzer estabeleceram limites rígidos para a liberação de moléculas
baseadas em carbono — sugeriu que, se Oumuamua fosse um iceberg de hidrogênio, então o
gás hidrogênio puro que lhe proporciona um impulso semelhante a um foguete teria escapado
da detecção. A teoria é baseada na suposição de que o gelo H2 pode se formar em densas nu-
vens moleculares. Se isso for verdade, objetos com essa formação podem ser abundantes no
universo (o gelo H2 também foi proposto para explicar a matéria escura). O local mais provável
83
para a produção de icebergs de hidrogênio é nos ambientes mais densos do meio interestelar.
No entanto, esses ambientes estão muito distantes e não são propícios ao desenvolvimento
de icebergs de hidrogênio. Além disso, em regiões com alta densidade de gás, o aquecimento
colisional por colisões de gás pode sublimar rapidamente o manto de hidrogênio nos grãos,
impedindo-os de crescer ainda mais.
[...]
Por causa da velocidade do objeto, mais rápida que o esperado (com pico a 87,71 km/s no
periélio), astrônomos da Universidade de Harvard cogitaram a possibilidade de o objeto ser
artificial de origem alienígena, sendo usado para investigar a Terra. Todavia a maioria dos
cientistas da área rechaça essa hipótese, pois um estudo de 2021 argumenta que o objeto
interestelar é parte de um planeta semelhante a Plutão (exo-Plutão) em outro sistema solar.
Características
Com base em um arco de observação de 29 dias, observou-se que a excentricidade orbital

de 'Oumuamua é de 1,20, mais alta que a de qualquer objeto já observado no Sistema Solar.
O recorde anterior era do C/1980 E1, com uma excentricidade orbital de 1,057. Esta alta
excentricidade do 'Oumuamua indica que ele nunca esteve gravitacionalmente ligado ao
Sistema Solar e é um objeto interestelar devido à sua alta velocidade de entrada. Tendo uma
inclinação de 123° em relação à eclíptica e uma velocidade orbital de 26,33 km/s em relação
ao Sol quando no espaço interestelar, atingiu o pico a 87,71 km/s no periélio.
O corpo celeste tem cerca de 400 metros de comprimento e 40 metros de largura.

[...]
1I/'Oumuamua. Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/1I/%CA%BBOumuamua>. Acesso em:
30 maio 2023. (Adaptado).
Atividades
1. O que é abordado nesse verbete de enciclopédia colaborativa?
Nesse verbete são abordadas informações objetivas a respeito do objeto celeste nomeado 1I/Òumuamua.
2. Qual é a finalidade desse verbete de enciclopédia colaborativa?
A finalidade é compartilhar informações com os leitores, a fim de aprofundar o conhecimento deles a respeito do que é
abordado no texto.
84
3. Como é caracterizada a linguagem utilizada para escrever esse verbete?
A linguagem é objetiva, formal, técnica e precisa.
4. Esse verbete tem autoria definida? Explique como você chegou a essa conclusão.
O verbete não tem autoria definida, pois não há indicação de quem o escreveu na referência do texto.
5. Você percebeu se há elementos que organizam esse texto? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que percebeu a presença de elementos que organizam esse texto, como os
subtítulos que dividem o texto em seções que apresentam informações sobre um aspecto específico do 1I/Òumuamua.
6. Analisando a referência do texto, em qual enciclopédia foi publicado esse verbete?

O verbete foi publicado na Wikipédia, uma enciclopédia on-line livre.
7. Você já consultou essa enciclopédia alguma vez? Se sim, com qual objetivo?
Resposta pessoal. Caso o aluno responda que sim, espera-se que ele diga que consultou a enciclopédia para pesquisar
informações ou ampliar o seu conhecimento sobre algum assunto.
Professor, antes de iniciar a leitura do verbete de enciclopédia colaborativa com os alunos, explique a eles as principais
características desse gênero textual, como sua função social, os tipos de assuntos que costuma abordar, suas especificidades de
linguagem, bem como a variedade linguística comumente empregada e sua estrutura característica. Após, leia o verbete com os
alunos e chame a atenção para as principais informações apresentadas. Depois de realizada a leitura, proponha aos alunos que
respondam oralmente às perguntas sobre o texto, a fim de verificar a compreensão inicial deles sobre esse gênero textual.
8. Analise as fontes de pesquisa presentes nas opões a seguir, assinalando C para aquelas
que podem ser considerados confiáveis e N para aquelas que não se têm garantia de que são
confiáveis.
[ C ] Artigos científicos. [ C ] Livros didáticos.

[ N ] Redes sociais. [ C ] Entrevistas com cientistas.
[ N ] Fóruns on-line. [ N ] Livros de autoajuda.
[ C ] Documentos oficiais. [ C ] Teses acadêmicas.
[ N ] Blogs pessoais. [ N ] Campanhas de marketing.
85
9. Por que as fontes de pesquisa para as quais você assinou N na atividade 8 não podem ser
consideradas confiáveis? Explique caso a caso.
Redes sociais: as publicações em redes sociais não passam por um processo de revisão das informações apresentadas, além
de que, em muitos casos, não são citadas as fontes que embasaram a escrita do texto e os autores não são especializados no
assunto abordado.
Fóruns online: as publicações geralmente apresentam opiniões não fundamentadas e informações incorretas ou
desatualizadas.
Blogs pessoais: os textos publicados em blogs pessoais são geralmente escritos por pessoas sem o rigor acadêmico e não
passam revisão por especialistas.
Livros de autoajuda: os livros de autoajuda, em geral, não se baseiam em pesquisas científicas metodologicamente
adequadas.
Campanhas de marketing: as peças dessas campanhas têm finalidades tendenciosas e, na maioria dos casos, o seu conteúdo
não tem rigor conceitual, precisão e objetividade.
10. Pesquise as características das fontes de pesquisa para as quais você assinou C na atividade
8. Após, escreva aspectos de cada uma delas que as tornam fontes de pesquisa confiáveis.
Artigos científicos: esses textos seguem uma rigorosa metodologia de pesquisa para levantar os dado e informações
que divulgam. Além disso, são citadas fontes de referência que podem ser consultadas para atestar a confiabilidade das
informações que apresentam e são revisados por pares (especialistas no assunto abordado no artigo).
Documentos oficiais: esses documentos são publicados por entidades de credibilidade constatada, garantindo
informações precisas e confiáveis. Eles seguem padrões rigorosos de pesquisa, com metodologia estabelecida e revisão
por pares.
Livros didáticos: são publicações que passam por um extenso processo de pesquisa, revisão técnica e edição de
conteúdo, o que garante a transmissão de informações precisas e confiáveis.
86
Entrevistas com cientistas: cientistas são autoridades em relação ao conhecimento de determinados assuntos, por isso
pode-se atribuir credibilidade às suas colocações e falas.
Teses acadêmicas: assim como os artigos científicos, esses textos seguem uma rigorosa metodologia de pesquisa para
levantar os dado e informações que divulgam. Além disso, eles citam fontes de referência que podem ser consultadas para
atestar a confiabilidade das informações que apresentam e são revisados por pares.
11. Considerando o modo como são produzidos, pode-se considerar que os verbetes de
enciclopédias colaborativas são, de alguma forma, fontes confiáveis de pesquisa? Explique.
Os verbetes de enciclopédias colaborativas são continuamente revisados e editados por várias pessoas que verificam e
aprimoram as informações presentes neles, tornando-os, de certa forma, fontes confiáveis de pesquisa.
,
12. Acesse a página da internet em que foi publicada o verbete 1I/ Oumuamua e a analise. A
página está disponível no seguinte endereço eletrônico:
https://linkja.net/Oumuamua
Após fazer sua análise, responda: há um ou mais elementos na página que permitem verificar se
o verbete é uma fonte de pesquisa confiável? Explique.
Sim, a página apresenta um elemento que permite verificar se o verbete é uma fonte de pesquisa confiável. Ela lista, ao final do
texto, dezoito referências de publicações por entidades de credibilidade (como a Nasa e o Centro de Astrofísica de Harvard), o
que permite verificar a confiabilidade das informações apresentadas no verbete.
87
,
13. Considere a sua leitura do verbete 1I/ Oumuamua para realizar as atividades 14 a 27.
14. Qual é a entrada do verbete?
A entrada é a palavra “1I/Òumuamua”.
,
15. De acordo com o verbete, o 1I/ Oumuamua é classificado como?
[ ] Um planeta.
[ ] Um cometa.
[ ] Um satélite natural.
[ X ] Um objeto interestelar.
,
16. Por que o 1I/ Oumuamua recebe a classificação que você assinalou na atividade 15?
[ ] Porque ele orbita o sol.
[ ] Porque ele se originou no sistema solar.
[ X ] Porque ele provém de outro sistema estelar
[ ] Porque ele está ligado gravitacionalmente ao sol.
17. O verbete apresenta palavras e expressões de vocabulário técnico que talvez você não
conheça. Levando isso em conta, faça o que se propõe nas atividades a) e b).
a) Pesquise em dicionários e enciclopédias (impressos ou on-line) o significado e/ou as definições da
seguintes palavras e expressões, anotando-os em seu caderno.
• Hiperbólico.
• UA.
• Etimologicamente.
• Matéria escura.
• Excentricidade orbital.
• Eclíptica.
• Periélio.
88
b) Utilizando a sua pesquisa, relacione a palavra ou a expressão da coluna da esquerda com a
descrição ou a definição na coluna da esquerda, empregando a numeração correta.
[1] Hiperbólico. [ 5 ] Parâmetro que determina o quanto a órbita

de um objeto astronômico em torno de outro se
desvia de um círculo prefeito.
[2] UA. [ 7 ] Ponto da órbita em que um planeta se acha
mais próximo do Sol.
[3] Etimologicamente. [ 3 ] Relativo à área de estudo que investiga a
origem das palavras.
[ 6 ] Órbita do Sol na esfera celeste durante um
[4] Matéria escura.
ano, tendo a Terra com referencial.
[ 1 ] Que tem forma de curva em que é constante
[5] Excentricidade orbital. a diferença das distâncias de cada um dos seus
pontos a dois pontos fixos ou focos.
[6] Eclíptica. [ 4 ] Forma de matéria que não interage com a

matéria comum.
[ 2 ] Unidade de medida que equivale a 150
[7] Periélio. milhões de quilômetros.
18. Qual é o significado etimológico de Oumuamua?
"um mensageiro de longe que chegou primeiro".
19. Em que data Oumuamua foi descoberto?
19 de outubro de 2017.
20. Quem descobriu Oumuamua?
Robert Weryk.
21. A qual área do conhecimento esse verbete está associado?

[ ] Biologia.
[ ] Química.
[ ] Geologia.
[ X ] Astronomia.
89
22. Assinale as opções que apresentam características da linguagem do verbete.
[ X ] Formal. [ X ] Norma-padrão.
[ ] Informal. [ ] Subjetividade.
[ X ] Técnica. [ X ] Objetividade.
[ ] Coloquial. [ X ] Precisão.
23. Esse verbete relaciona-se a qual contexto?

[ ] Literário.
[ X ] Científico.
[ ] Jornalístico.
[ ] Publicitário.
24. O verbete foi escrito:

[ ] na 1ª pessoa do plural.
[ ] na 3ª pessoa do plural.
[ ] na 1ª pessoa do singular.
[ X ] na 3ª pessoa do singular.
25. A finalidade desse verbete é:

[ ] fazer críticas.
[ ] listar instruções.
[ ] expressar opiniões.
[ X ] transmitir conhecimento.
26. Quantos subtítulos há no verbete?

[ ] 2. [ ] 4.
[ X ] 3. [ ] 5.
27. Qual é a função desses subtítulos?
A função é organizar o texto em blocos que apresentam um recorte de informações, organizando o verbete em tópicos que o
deixam mais organizado.
90
Produção de texto: verbete de
enciclopédia colaborativa
EF69LP32 – EF69LP35 – EF69LP36 – EF89LP24 – EF89LP25 – EF09LP04
AdobeStock
Os verbetes de enciclopédia colaborativa têm importância significativa na disseminação e no com-

partilhamento de conhecimento. Eles proporcionam acesso rápido e gratuito a informações atuali-
zadas sobre uma ampla variedade de tópicos, permitindo que pessoas de todo o mundo aprendam
e se informem. Esses verbetes são escritos e revisados por uma comunidade diversificada de cola-
boradores, o que ajuda a garantir a precisão e a imparcialidade das informações disponibilizadas.
Além disso, as enciclopédias colaborativas podem ser facilmente acessadas on-line, tornando-as
uma fonte acessível de referência para estudantes, acadêmicos e entusiastas de qualquer área do
conhecimento.
91
Nessa atividade, você participará da produção de um verbete de enciclopédia colaborativa. Por se
tratar de um gênero textual produzido colaborativamente, essa atividade será realizada em grupos.
Aproveite a produção!
Planejamento
• Reúna-se com mais três colegas de turma para formarem o grupo que produzirá o verbete de
enciclopédia colaborativa.
• Determinem o tema específico do verbete que será produzido. Ele pode ser um conceito, uma
pessoa, um lugar, um evento histórico, uma obra de arte, um termo científico, entre outros. Cer-
tifique-se de que o tema seja relevante e adequado para uma enciclopédia.
• Realizem uma pesquisa abrangente sobre o tema escolhido. Consultem fontes confiáveis, como
livros, artigos acadêmicos, documentos oficiais, sites especializados, enciclopédias reconheci-
das, entre outros recursos confiáveis. Certifiquem-se de obter informações precisas, atualizadas
e bem embasadas sobre o tema.
• Selecionem as mais relevantes informações pesquisadas para o verbete. Identifiquem os princi-
pais aspectos, eventos, dados, conceitos e histórico relacionados ao tema que devem ser incluí-
dos no texto.
• Descartem informações redundantes ou irrelevantes que possam dificultar a clareza do verbete.
• Planejem a estrutura do verbete. Decidam a ordem em que as informações serão apresentadas,
de forma lógica e coerente. Considerem dividir o texto blocos introduzidos por subtítulos para
facilitar a leitura e a compreensão.
• Certifiquem-se de fornecer referências adequadas para respaldar as informações do verbete.
Citem as fontes utilizadas, como livros, artigos ou websites, para que os leitores possam verificar
a veracidade das informações.
• Selecionem um público-alvo para o verbete.
Produção
Comecem produzindo uma primeira versão do verbete em um caderno. Essa primeira versão deve
contemplar todos os elementos previstos na etapa de planejamento. Quanto à estrutura, o verbete
deve ter obrigatoriamente:
• uma entrada que especifique o nome daquilo que será explicado e descrito no verbete;
• uma introdução que apresente um primeiro conceito geral da entrada;
• pelo menos dois subtítulos que organizem em blocos temáticos as informações apresentadas no
verbete;
• todas as referências bibliográficas das fontes de pesquisa consultadas.
92
O texto deve ser redigido em conformidade com as normas de escrita formal da língua portugue-
sa padrão, utilizando uma linguagem formal, técnica, impessoal e precisa. Além disso, o texto deve
clara. O texto de vocês deve ter entre 25 e 40 linhas.
Professor, aproveite o momento para ensinar os alunos a como fazer referências bibliográficas de textos
pesquisados, explicando os diferentes tipos de formatação e dando exemplos diversos de referências.
Revisão/reescrita
Após escreverem a primeira versão do verbete, façam uma revisão dele para verificar se os princi-
pais aspectos do gênero textual foram contemplados. Utilizem o quadro a seguir para se orientar
durante o processo de revisão.
Sim Não
Há uma entrada que especifica o nome daquilo que será explicado e descrito no
verbete?
Há uma introdução que apresenta um primeiro conceito geral da entrada?
Há pelo menos dois subtítulos que organizam em blocos temáticos as informações

apresentadas no verbete?
Há referências bibliográficas de todas as fontes de pesquisa consultadas?
A linguagem está adequada ao público-alvo, sendo formal, técnica, impessoal e

precisa?
portuguesa?
Após fazerem a revisão do verbete, escrevam uma nova versão dele no caderno, melhorando os as-
pectos que vocês notaram que precisam ser aprimorados durante o processo de revisão.
Divulgação
Após concluir a reescrita do verbete de enciclopédia colaborativa, divulgue a versão final dela ao pú-
blico-alvo que você definiu na etapa de planejamento. Busquem fazer a publicação em uma enciclo-
pédia colaborativa on-line voltada ao assunto do verbete, para que outros leitores possam interagir
com o texto por meio de revisão, edição, aprimoramento das informações apresentadas e inclusão
de novas fontes de referência.
93
VIDEOAULA EF09LP08
Coesão sequencial: conjunções e

locuções conjuntivas
94
Coesão sequencial: conjunções
e locuções conjuntivas
Conjunções são palavras que ligam ou relacionam orações em um período composto. Locuções con- AdobeStock
juntivas são agrupamentos de duas ou mais palavras que equivalem a uma conjunção.
Quando ligam orações em um período composto por coordenação, as conjunções e locuções con-
juntivas são classificadas como coordenativas. Quando ligam orações em um período composto por
subordinação, as conjunções e locuções conjuntivas são classificadas como subordinativas. Conhe-
ça-as mais detalhadamente a seguir.
Conjunções e locuções conjuntivas coordenativas

As conjunções e locuções conjuntivas coordenativas são elementos da língua portuguesa que esta-
belecem relações de coordenação orações em período composto por coordenação. Elas ligam ele-
mentos que apresentam a mesma função sintática e um sentido de adição, oposição, alternância,
explicação ou conclusão.
95
• Aditivas: estabelecem relações de adição de ideias entre as orações que ligam. Exemplos:
Pedro e Maria foram ao parque.
Não quero nem café nem chá.
Ele gosta de música clássica, bem como de jazz.
• Adversativas: estabelecem relações de oposição e de contraposição de ideias entre as orações
que ligam. Exemplos:
Ela estudou muito, mas não obteve uma boa nota.
Ele estava cansado, porém decidiu continuar correndo.
A prova foi difícil, contudo ele conseguiu se sair bem.
• Alternativas: estabelecem relações de alternância de ideias entre as orações que ligam. Exem-
plos:
Vamos assistir a um filme ou sair para jantar.
Ou estuda ou trabalha.
• Explicativas: estabelecem relações de explicação entre as orações que ligam. Exemplos:

Ele não veio à reunião, pois estava doente.
Não pude sair, porque estava chovendo.
Ela merece a promoção, porquanto trabalhou duro.
• Conclusivas: estabelecem relações de conclusão de uma ou mais ideias entre as orações que
ligam. Exemplos:
Ele estudou bastante, portanto passou na prova.
O carro quebrou, logo tivemos que chamar um guincho.
Ele se dedicou aos estudos, assim obteve bons resultados.
Conjunções e locuções conjuntivas subordinativas

As conjunções e locuções conjuntivas subordinativas são termos que estabelecem uma relação de
subordinação entre duas orações em um período composto. Elas ligam a oração principal (que ex-
pressa a ideia central) a uma oração subordinada (que depende da oração principal para ter sentido
completo).
• Conjunções integrantes: são as conjunções “que” e “se”, também conhecidas como conjunções
completivas. Elas conectam uma oração principal a uma oração subordinada, desempenhando o
96
papel de introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predi-
cativo, complemento nominal ou aposto da oração principal. Exemplos:
A razão para tudo isso é que te amo.
Não sei se você notou a minha tristeza.
• Conjunções e locuções conjuntivas causais: expressam relação de causa. Exemplos:

Não saí de casa porque estava chovendo.
Já que você está aqui, podemos começar.
• Conjunções e locuções conjuntivas comparativas: expressam relação de comparação. Exem-
plos:
Ela canta como um pássaro.
Ele se veste tal qual seu irmão.
• Conjunções e locuções conjuntivas concessivas: expressam relação de concessão. Exemplos:

Embora esteja cansado, vou continuar trabalhando.
Mesmo que chova, irei ao parque.
• Conjunções e locuções conjuntivas condicionais: expressam relação de condição ou hipótese.

Exemplos:
Se você estudar, vai passar na prova.
Caso ele não venha, avisarei você.
• Conjunções e locuções conjuntivas conformativas: expressam relação de conformidade. Exem-

plos:
Faça conforme lhe instruí.
Segundo o professor, o exame será difícil.
• Conjunções e locuções conjuntivas consecutivas: expressam relação de consecução. Exemplos:

Estou tão cansado que não consigo andar.
Ele se esforçou tanto de modo que passou no teste.
• Conjunções e locuções conjuntivas finais: expressam relação de finalidade. Exemplos:

Estude para que possa aprender.
Saia cedo a fim de que possamos chegar a tempo.
97
• Conjunções e locuções conjuntivas temporais: expressam relação de tempo. Exemplos:
Quando eu chegar em casa, vou descansar.
Assim que o sol nascer, começaremos a viagem.
• Conjunções e locuções conjuntivas proporcionais: expressam relação de proporção. Exemplos:

À medida que ele estudava, suas notas melhoravam.
Quanto mais estudo, mais aprendo.
Períodos compostos: coordenação e subordi-

nação
Um período composto é uma unidade gramatical formada por duas ou mais orações e que tem sen-
tido completo. Ele pode ser de dois tipos: 1) período composto por coordenação e 2) período com-
posto por subordinação.
• Período composto por coordenação: consiste na combinação de duas ou mais orações indepen-
dentes entre si, ou seja, orações que, isoladas, teriam sentido completo. Essas orações podem
ser:
• Orações coordenadas assindéticas – são orações que, no período composto, ligam-se a
outras de modo direto, sem que haja uma conjunção entre elas. Elas são separadas das
orações as quais se ligam por meio de vírgula.
• Orações coordenadas sindéticas – são orações que, no período composto, ligam-se a
outras por meio de uma conjunção. Elas podem ser separadas das orações as quais se
ligam por meio de vírgula ou não.
Veja exemplos de orações coordenadas assindéticas e sindéticas no período composto por coorde-
nação a seguir.
José chegou do trabalho, tomou banho, jantou e foi dormir, pois estava cansado.
Esse período composto por coordenação é formado cinco orações: 1) “José chegou do trabalho”, 2)
“tomou banho”, 3) “jantou”, 4) “e foi dormir” e 5) “pois, estava cansado”. A primeira coisa a se destacar
sobre essas orações é que, se elas estivessem isoladas, teriam sentido completo:
1) “José chegou do trabalho” → tem sentido completo.

2) “[José] tomou banho” → tem sentido completo.
98
3) “[José] jantou” → tem sentido completo.
4) “[José] foi dormir” → tem sentido completo.
5) “[José] estava cansado” → tem sentido completo.
O segundo ponto a se destacar é que as orações “José chegou do trabalho”, “tomou banho” e “jantou”
são orações coordenadas assindéticas, pois são separadas por vírgula e não se ligam por meio de
conjunção. Já as orações “e foi dormir” e “pois, estava cansado” são orações coordenadas sindéticas,
porque se ligam por meio das conjunções “e” e “pois”, respectivamente.
• Período composto por subordinação: consiste na combinação de duas ou mais orações depen-
dentes entre si, ou seja, orações que, isoladas, não teriam sentido completo. A orações que com-
põe um período composto por subordinação são:
• Oração principal – é a oração matriz do período composto por subordinação, aquela que
tem seu sentido completado por uma ou mais orações subordinadas.
• Orações subordinadas – são orações que completam o sentido da oração principal ou de
outra oração subordinada.
Veja exemplos de orações principais e orações subordinadas no período composto por subordina-
ção a seguir.
Maria disse que tem o desejo de que o mundo melhore.
Esse período composto por subordinação é formado três orações: 1) “Maria disse”, 2) “que tem o
desejo” e 3) “de que o mundo melhore”. Note que essas orações, se estivessem isoladas, não teriam
sentido completo:
1) “Maria disse” → não tem sentido completo.

2) “que tem o desejo” → não tem sentido completo.
3) “de que o mundo melhore” → não tem sentido completo.
Levando em conta essas três orações, conclui-se que “Maria disse” é a oração principal do período,
pois ela não complemente nenhuma outra oração e é complementada por “que tem o desejo de que
o mundo melhore” (que é aquilo que Maria disse). A oração “que tem o desejo” é subordinada, pois
complementa a oração principal “Maria disse”. Já a oração “de que o mundo melhore” também é su-
bordinada, porque complementa o sentido da palavra “desejo”, que está presente na oração subor-
dinada “que tem o desejo”.
99
Atividades
28. Assinale as opções que apresentam períodos compostos.
[ ] O sol brilha intensamente no céu azul.
[ X ] O dia estava ensolarado, mas o vento estava frio.
[ X ] Ela chorou muito quando soube da notícia triste. Professor, após a
realização da atividade
[ ] A menina correu para pegar o ônibus. 28, comente com os
alunos que os períodos
[ X ] Aluno ganhou um prêmio, pois tirou notas boas. da primeira, da quarta,
da sétima e da décima
[ X ] Maria estuda todos os dias para possar passar no exame. alternativas não são
períodos compostos, mas
[ ] O pássaro voou para longe no horizonte. períodos simples, pois
apresentem somente
[ X ] Se chover amanhã, não iremos ao parque. uma oração.
[ X ] Choveu muito, logo as ruas ficaram alagadas.

[ ] A chuva caiu torrencialmente durante toda a tarde.
29. Transcreva os períodos compostos que você selecionou na atividade 28 e classifique-os em

períodos compostos por coordenação ou compostos por subordinação.
“O dia estava ensolarado, mas o vento estava frio” → coordenação
“Ela chorou muito quando soube da notícia triste” → subordinação
“Aluno ganhou um prêmio, pois tirou notas boas.” → coordenação
“Maria estuda todos os dias para possar passar no exame” → subordinação
“Se chover amanhã, não iremos ao parque” → subordinação

Professor, antes do início da
realização da atividade 29,
“Choveu muito, então as ruas ficaram alagadas” → subordinação
explique aos alunos que as
orações que equivalem a adjuntos
adverbiais, ou seja, que expressam
circunstâncias de tempo, modo,
lugar, finalidade, condição etc. são
orações subordinadas adverbiais,
e por isso os períodos em que
elas se encontram são períodos
compostos por subordinação.
100
30. Sublinhe as orações ou as locuções conjuntivas presentes nos períodos compostos a seguir.
a) Está frio, porém não vou usar casado.
b) Antes de eu sair, quero ver o seu caderno.
c) Caso chova, não iremos à praia.
d) Ele se comportou bem, portanto será recompensado.
e) Não haja como se fosse uma criança!
f) Pedro chegou e já foi dando ordens.
g) À medida que o tempo passava, ele ficava mais preocupado.
h) Maria comprou o brinquedo para que seu filho se alegrasse.
i) Você que suco ou refrigerante para o almoço?
j) A função poética é importante, pois ajuda a criar textos literários.
31. Quais relações de sentido as conjunções e as locuções conjuntivas que você sublinhou na
atividade 30 estabelecem entre as orações que conectam?
a) “porém” → relação de oposição
b) “Antes de” → relação de tempo
c) “Caso” → relação de condição
d) “portanto” → relação de conclusão
e) “como” → relação de comparação
f) “e” → relação de adição
g) “À medida que” → relação de proporção
h) “para que” → relação de finalidade
i) “ou” → relação de alternância
j) “pois” → relação de explicação
101
VIDEOAULA EF09LP09
Orações subordinadas adjetivas

restritivas e explicativas
102
Orações subordinadas adjetivas
restritivas e explicativas
ORAÇÕES ADJETIVAS
RESTRINGIR EXPLICAR
As orações subordinadas adjetivas, também conhecidas como orações adjetivas, são estruturas que
desempenham a função de um adjetivo em uma frase. Elas fornecem informações adicionais ou de-
talhes sobre um substantivo na oração principal. Geralmente, essas orações são introduzidas por
pronomes relativos, como "que", "quem", "cujo", "onde", entre outros.
Existem dois tipos principais de orações subordinadas adjetivas: restritivas e explicativas.
• Orações subordinadas adjetivas restritivas: restringem ou delimitam o significado do substan-
tivo ao qual se referem. Não são separadas por vírgulas. Exemplo:
O livro que eu comprei é muito interessante.
Nesse exemplo, a oração "que eu comprei" delimita qual livro está sendo mencionado. Sem ela, não
sabemos qual é o livro referido.
• Orações subordinadas adjetivas explicativas: fornecem informações adicionais ou explicativas

sobre o substantivo ao qual se referem. São isoladas por vírgulas. Exemplo:
João, que é um excelente aluno, ganhou uma bolsa de estudos.
Nesse exemplo, a oração "que é um excelente aluno" fornece uma informação adicional sobre “João”,
atribuindo-lhe uma característica.
103
Pronome relativo
Pronomes relativos são pronomes que ocorrem em orações subordinadas e se referem a um termo
anterior de outra oração (termo antecedente). Os pronomes relativos são: "que", "quem", "onde", o
"qual", os "quais", a "qual", as "quais", "cujo", "cujos", "cuja", "cujas", "quanto", "quantos" e "quantas".
Veja alguns exemplos:
É tranquilo o lugar onde você mora.
Nesse exemplo, o pronome relativo “onde”, que está presente na oração subordinada “onde você
mora”, refere-se ao termo antecedente “o lugar”, que está presente na oração principal do período
composto por subordinação “É tranquilo o lugar onde você mora.”
O carro que ele comprou é veloz.
Nesse exemplo, o pronome relativo “que”, que está presente na oração subordinada “que ele com-
prou”, refere-se ao termo antecedente “O carro”, que está presente na oração principal do período
composto por subordinação “O carro que ele comprou é veloz”. Repare que a oração subordinada
está intercalada entre o sujeito e o predicado da oração principal.
O artista cuja obra é admirada ganhou um prêmio.
Nesse exemplo, o pronome relativo “cuja”, que está presente na oração subordinada “cuja obra é ad-
mirada”, refere-se ao termo antecedente “O artista”, que está presente na oração principal do perío-
do composto por subordinação “O artista cuja obra é admirada ganhou um prêmio”. Nesse período
composto, a oração subordinada também está intercalada entre o sujeito e o predicado da oração
principal.
Os pronomes relativos são importantes recursos de coesão referencial, pois, por seu uso retomar
um antecedente no texto, evita-se a repetição de palavras e termos.
Atividades
32. Sublinhe os pronomes relativos nos períodos a seguir.
a) O livro o qual comprei é muito interessante.
b) O aluno que estudou bastante tirou a melhor nota.
c) A casa onde moro fica perto do parque.
d) A pessoa com quem falei não estava disponível.
e) O filme que assisti ontem foi emocionante.
f) O pai cujo filho venceu o campeonato está orgulhoso.
104
33. Transcreva os antecedentes dos pronomes relativos que você sublinhou na atividade 32.
a) “o qual” tem como antecedente “O livro”; b) “que” tem como antecedente “O aluno”;
c) “onde” tem como antecedente “A casa”; d) “quem” tem como antecedente “A pessoa”;
e) “que” tem como antecedente “O filme”; f) “cujo” tem como antecedente “O pai”.
34. Analise os períodos compostos a seguir e assinale OR para aqueles que têm orações subordi-
nadas adjetivas restritivas e OE para aqueles que têm orações subordinadas explicativas.
[OR ] O menino que comeu o bolo inteiro ficou com dor de barriga.
[OE ] Maria, que ama ler, comprou mais um livro para sua coleção.
[OR ] Eles encontram o animal que estava perdido há dias.
[OR ] O professor elogiou o aluno que tirou boas notas.
[OE ] O salva-vidas resgatou José, que estava se afogando no mar.
[OE ] Ninguém viu Paulo, que estava chegando escondido.
35. Transcreva da atividade 34 um período que tenha oração subordinada adjetiva restritiva,
sublinhe-a e explique o efeito de sentido da oração no período.
“O menino que comeu o bolo inteiro ficou com dor de barriga” → tem o efeito de sentido de particularizar o termo “o
menino”, restringindo esse individuo de modo a identificá-lo entre outros possíveis meninos.
36. Transcreva da atividade 34 um período que tenha oração subordinada adjetiva explicativa,
sublinhe-a e explique o efeito de sentido da oração no período.
Possibilidade de reposta:
“Maria, que ama ler, comprou mais um livro para sua coleção.” → tem o efeito de sentido de exprimir uma qualidade de
Maria.
105
106
AdobeStock
Campo
artístico-
literário
O QUE VAMOS REVISAR

• Texto teatral
• Variedades linguísticas e preconceito linguístico
• Colocação pronominal e pronomes oblíquos átonos
• Narrativa de ficção científica
• Discurso direto e indireto
• Coesão sequencial
107
PROFESSOR
UNIDADE 4
Campo artístico-literário
O último campo de atuação a ser trabalhado é o campo artístico-literário. Segundo a BNCC, este
é um campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de
textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam
experiências estéticas.
O campo artístico-literário oportuniza aos estudantes o envolvimento com a arte e a literatura,
visando instigar sua compreensão, apreciação e análise dessas expressões culturais. A intenção
desse campo é ampliar e diversificar as atividades relacionadas à leitura, à compreensão, à apre-
ciação e ao compartilhamento de obras artísticas e literárias. Isso permite que os estudantes se
apropriem da diversidade cultural, linguística e simbólica proporcionada pelo contato com a arte
e a literatura, tornando-se leitores que não apenas compreendem os textos, mas conseguem
apreciá-los, desenvolver critérios de seleção, preferências e compartilhar opiniões e críticas com
outros leitores.
Tendo em vista esses objetivos, serão desenvolvidos, nesta unidade, trabalhos com os gêneros
textuais: texto teatral e narrativa de ficção científica. O estudo desses gêneros fortalece a apren-
dizagem dos estudantes, contribuindo para o desenvolvimento da imaginação e da criatividade,
da compreensão de diferentes perspectivas e contextos, da lida com a linguagem literária e da
expansão do repertório cultural.
UNIDADE 4 Campo artístico-literário
Para alcançar esses objetivos, o educador irá utilizar práticas de leitura, escuta, escrita, oralidade e
análise linguística e semiótica de forma individual e compartilhada. As práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística já são corriqueiras nas aulas de português, mas e quanto a semiótica?
Vamos compreender um pouco mais como ela funciona?
A semiótica foi desenvolvida pelo cientista norte americano Charles Sanders Peirce (1839-1914).
Ela trata da teoria dos signos. Os signos são objetos utilizados para representar outra coisa, isto é,
estão no lugar de outra coisa, diferente deles mesmos. Observe o quadro abaixo:
Crédito: Wikipedia
Na famosa pintura de Sandro Botticelli, a Vênus está sobre uma concha do mar. A concha está ali
para simbolizar a fertilidade que deu à luz a Vênus. Agora, olhe o logotipo a seguir:
Temos aqui também o desenho de uma concha, que é o símbolo da empresa Shell, palavra em inglês
que significa concha. A Shell é uma fábrica que se dedica à produção de petróleo e gás. Tanto no
quadro quanto no logotipo, a imagem da concha não está presente para representar uma concha
de verdade, literal. Sua imagem simboliza outra coisa (a fertilidade e uma empresa), ou seja, ela é
um signo. Olhe o texto abaixo:
CONCHA
Agora, em vez de termos o desenho de uma concha literal, temos sinais gráficos, que chamamos de
letras, que são decifradas por quem conhece o código (alfabetização e letramento) da língua por-
tuguesa. Vemos, então, que a linguagem escrita, falada, os desenhos, as músicas, as esculturas etc.,
são simbólicos. Essas formas de comunicação e expressão (a escrita e a arte) se utilizam de sons,
letras, traços, cores, materiais diversos, para representar alguma coisa.
Sendo assim, quando compreendemos um texto, um desenho, uma música, uma imagem etc., es-
tamos decifrando códigos a partir dos nossos conhecimentos. O ser humano, portanto, está cons-
tantemente produzindo e interpretando signos. Veja esta outra obra de arte:
Crédito: Alamy
Neste quadro, o artista René Magritte pintou um cachimbo tão perfeito, mas escreveu abaixo: “Isto
não é um cachimbo.”. Ou seja, ele quis dizer que a imagem era apenas um quadro, um signo, mas
não um cachimbo de verdade. Assim, toda a comunicação é constituída de códigos, e para que a
interpretação da mensagem seja feita da forma mais adequada e correta possível, é preciso que as
partes envolvidas na comunicação (emissor e receptor) conheçam os códigos.
Crédito: AdFórum
Na imagem, temos um anúncio publicitário do pirulito Chupa Chips, feito sem açúcar. Perceba
como a imagem das formigas, desviando do doce, transmite a mensagem desejada, sem a neces-
sidade de textos explicativos.
Vejamos outros exemplos de signos na comunicação:
• Castelo de areia.
• Com a corda toda.
• Chegou como um foguete.
• Estou só o pó.
Temos aqui várias palavras que estão sendo usadas em sentido figurado (linguagem conotativa). A
intenção é chamar a atenção, ganhar expressividade, acentuar a emoção. O sentido figurado, car-
regado de signos, permite diferentes interpretações e dependem do contexto em que as palavras
estão sendo empregadas.
Diante da importância de discutir esse tema em sala de aula, é que nesta unidade de estudos você
irá ajudar seus alunos a compreender o texto teatral e a narrativa de ficção científica. Esses são
dois gêneros textuais que fazem uso extensivo da semiótica. Para compreender esses textos, o es-
tudante precisará desenvolver uma compreensão aguçada, buscando interpretar todos os recursos
empregados pelo autor para transmitir a sua mensagem.
O texto teatral, como sabemos, é muito rico em sentidos figurados. Além disso, outros elementos
corroboram para ampliar a sua informação. Pense na expressão corporal e facial dos artistas, nos
figurinos dos atores, na maquiagem e nos adereços, na iluminação do palco, na trilha sonora das
cenas e no cenário com seus objetos, móveis e ambientes. Tudo isso faz parte da cena e precisa ser
compreendido pelo espectador.
Já o texto de ficção científica pressupõe a narrativa de uma realidade que não existe. O escritor
cria imagens mentais de outras realidades, ou seja, de um outro modelo de existência inventado a
partir de um pensamento científico. São textos que exploram a capacidade inventiva e renovadora
da mente humana, criando e descrevendo contextos hipotéticos, antecipando tendências do mun-
do, com um certo grau de lógica, para que seja considerado possível ou aceitável.
O campo artístico-literário é muito rico em suas possibilidades. Pelo caráter artístico desses textos,
eles se propõem ao exercício do diálogo, discutindo valores, comportamentos, conflitos, desejos,
crenças, incentivando os estudantes a perceber as diferenças e a desenvolver o respeito. Esse cam-
po também amplia e diversifica as possibilidades de sentir e perceber, de socializar e comunicar
ideias, sentimentos e experiências.

(EF69LP46) (EF69LP52) (EF89LP35)
(EF69LP47) (EF69LP55) (EF09LP04)
(EF69LP50) (EF89LP33) (EF09LP10)
(EF69LP51) (EF89LP34) (EF09LP11)
Texto teatral EF89LP34
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Um texto teatral é a forma escrita de uma peça de teatro, que é destinada a ser encenada em um pal-
co com atores e uma plateia. Ele é composto de diálogos entre personagens, descrições de cenários,
indicações de ações e movimentos dos personagens, além de outros elementos que são importantes
para a encenação da peça.
A finalidade comunicativa de um texto teatral é apresentar uma história, uma mensagem ou um
tema ao público por meio da encenação, visando entreter, emocionar, provocar reflexão e transmitir
ideias. Ele pode explorar uma ampla gama de temas, desde questões sociais e políticas até dilemas
pessoais e experiências humanas universais. O teatro pode abordar assuntos sérios ou humorísti-
cos, transmitir mensagens políticas, sociais ou filosóficas e oferecer uma crítica ou comentário sobre
a sociedade.
Dependendo do objetivo e do tema, a linguagem do texto teatral pode ter registro formal ou registro
informal. Quando o texto teatral está sendo encenado, a linguagem passa a ser híbrida, mesclando a
fala verbal, sons e gestos, de forma a amplificar as possibilidades de expressão.
108
O texto teatral permite que os atores interpretem personagens, criem diálogos e expressem emo-
ções de forma vívida e intensa. Ele proporciona a oportunidade de transmitir histórias e mensagens
de uma maneira única, por meio da interação ao vivo entre os atores e o público presente no mo-
mento da apresentação.
Elementos do texto teatral

O texto teatral, também conhecido como roteiro de peça teatral, é composto por uma série de
elementos que tem a finalidade de possibilitar que a história do texto seja encenada. Conheça os
principais deles:
• Personagens – são as figuras que realizam ou sofrem os efeitos das ações e acontecimentos da
história, podendo ser pessoas, entidades, entidades abstratas, entre outros.
• Cenário – é a representação do espaço em que os personagens interagem e onde os eventos
dramáticos ocorrem. O cenário inclui elementos como objetos de cena, móveis, decorações e
qualquer outro elemento visual presente no palco durante a encenação do texto teatral.
• Ato – é uma divisão organizacional usada para separar as diferentes partes da história, geral-
mente marcando uma mudança significativa na ação, no tempo ou no local. Cada ato representa
um segmento autônomo da história e é composto por cenas. O número de atos em uma peça
pode variar, dependendo da estrutura e do estilo do texto.
• Cena – é uma unidade básica de ação que ocorre em um local e período específicos. Ela é uma
parte fundamental da estrutura dramática e consiste em uma sequência contínua de diálogos e
ações entre os personagens.
• Falas – são as partes do diálogo falado pelos personagens da peça. Elas consistem nas palavras
e frases pronunciadas pelos atores e pelas atrizes durante a encenação. As falas são a forma
principal de comunicação entre os personagens. Cada fala recebe suas próprias linhas no texto
e, geralmente, são precedidas pelo nome do personagem, seguido por dois pontos ou travessão,
e por fim o texto falado pelo personagem.
• Indicações cênicas – são elementos presentes no texto teatral que fornecem informações e ins-
truções para os atores, os diretores e a equipe de produção sobre a encenação da peça. Essas
indicações auxiliam na criação da atmosfera, na caracterização dos personagens, na movimenta-
ção em cena e em outros aspectos relacionados à encenação. Elas são escritas no texto por meio
de rubricas.
• Rubricas – são partes do texto que contêm indicações cênicas, ou seja, as informações e instru-
ções relacionadas à encenação da peça. As rubricas, geralmente, são escritas entre parênteses e
em fonte itálica, em terceira pessoa.
• Enredo – é a sequência de eventos, ações e situações que compõem o desenvolvimento da trama
teatral, conduzir a história, apresentando conflitos, desafios e resoluções.
Leia, a seguir, o texto teatral O rapto das cebolinhas, de Maria Clara Machado.
109
O rapto das cebolinhas
Um ato e três cenas sem intervalo
Personagens
O Coronel
Maneco, neto do Coronel
Lúcia, neta do Coronel
Gaspar, o cachorro
[...]
Cenário Único
O cenário representa a horta do Coronel. São vistos três pezinhos de planta. Girassóis. À
frente da horta, uma cerca bem baixinha. Um espantalho. Uma árvore. Um banco na frente da
árvore. Uma casa de cachorro no proscênio à direita.
Primeira Cena
É madrugada. Vê-se passar pela cena uma figura envolta numa capa preta, com um grande
chapéu. (Os passos devem ser acompanhados do barulho de lixa raspando, reco-reco e pente de
arame num tambor.) Olha para todos os lados, penetra pela porteira da cerca, olha de novo
para todos os lados, procura no chão, descobre o que queria, faz o gesto de arrancar, cobre o
que arrancou com a capa e, pulando a cerca, desaparece de cena, sempre escondendo o rosto.
Pausa. Começa a clarear, ouvem-se o galo cantar e passarinhos. O Coronel entra assobiando
alegremente, carregando ancinho e regador. Entra na horta, para e grita.
Coronel – Roubaram! Socorro! Socorro! Roubaram o pé de cebolinha do Coronel Felício. Rou-

baram! (Pausa) Quem terá sido? Quem teve coragem de roubar o pé da mais preciosa ceboli-
nha que existe no Brasil? Onde está o Gaspar? (À parte) Gaspar é o vigia da horta. (Chamando)
Gaspar! Gaspar!...
(Ouve-se um latido, e em seguida aparece Gaspar, um enorme cachorrão.)
Coronel — Gaspar, quem roubou o meu pé de cebolinha?
Gaspar — (que não fala, mas late com expressão humana, dando as inflexões necessárias) Au... Au...
(Corre até os últimos pés de cebolinha e cheira os ruidosamente.)
Coronel — Foi você quem comeu a minha cebolinha?
(Gaspar late que não.)
Coronel — Palavra de cachorro?
110
(Gaspar late que sim.)
Coronel — (à parte) Estou na dúvida se cachorro tem ou não tem palavra. (Para Gaspar) Então
quem foi?
Gaspar — (meio apavorado) Au... Au... (Indica a direita com o focinho.)
Coronel — Foi Florípedes?
Gaspar — Au... Au... (Diz que não.)
Coronel — Foi Simeão?
Gaspar — Au... Au... (Diz que não.)
Coronel — Gaspar, vá correndo chamar Florípedes e Simeão. Quero todo mundo aqui.
(Sai Gaspar.)
Coronel — Ah! Preciso descobrir o ladrão. Quem teria a coragem de fazer uma coisa destas?
(Chamando) Lúcia, Maneco! Onde estão os meus netos? Maneco, anda cá, seu maroto. Lúcia,
acorda, menina. O avô foi roubado!
(Entram Lúcia e Maneco, aflitos.)
Maneco — Você chamou, vovô?
Lúcia — O que é que aconteceu, que você está tão nervoso, hem, vovô?
Coronel — Vocês não podem imaginar o que aconteceu?
Maneco — De ruim ou de bom?
Coronel — De péssimo, ora!
Maneco — Aposto que o seu reumatismo doeu a noite inteira.
(Coronel diz que não com a cabeça.)
Lúcia — Morreu a vaca leiteira?
Coronel — (quase gemendo) Nada disso, nada disso.
Maneco — Então o que foi?
111
Coronel — Ai... Ai... Ai...
Maneco — O pé de tomate secou
Coronel — Não.
Lúcia — O tacho de melado quebrou?
Coronel — Não.
Maneco — O bezerro preto desmamou?
Coronel — Não.
Lúcia — E a vaca malhada desmandou...
Coronel — Não.
Maneco — A água do poço vazou?
Coronel — Não.
Lúcia — E a horta inundou...
(O diálogo é bem rápido, e as crianças quase não deixam o Coronel dizer não.)
Coronel — Nada disso, nada disso; antes fosse. Olhem lá dentro. (Aponta para dentro da cerca.)
(Os dois meninos entram no cercado.)
Maneco — Oh!
Lúcia — Que horror! Pobre vovô! (Para a plateia) Arrancaram o pé de cebolinha. (Para o avô)
Quem foi?
Maneco — Quem foi o ladrão, hem, vovô?
Coronel — Não sei ainda. Temos que descobrir. Ainda ficaram dois pés. Os últimos. (Chorando)
Ai, meu Deus! Estou tão abafado que nem posso pensar direito. Dois anos criando essas cebo-
linhas, e agora...
Lúcia — Fique mais calmo, vovô. Não se amole tanto. Mandaremos vir outras mudas iguais e
elas vão crescer que nem capim.
112
Coronel — (indignado) Lúcia, minha neta, não torne a dizer esse absurdo. Você sabe muito bem
que estas cebolinhas são diferentes. São cebolinhas da Índia. Quem toma chá dessas ceboli-
nhas tem vida longa e alegria! E estas são as últimas que existem no Brasil...
Maneco — (interrompendo) Fale mais baixo, vovô. Você quer que outros ladrões apareçam para
roubar as duas que sobraram?
Coronel — É mesmo, meu filho. Todo o cuidado agora é pouco. Irei até a cidade contratar um
detetive para descobrir o ladrão. Prestem bem atenção no pessoal daqui. Todo mundo é sus-
peito. Vou me vestir e já volto. (Sai)
[...]
MACHADO, Maria Clara. Pluft, o Fantasminha e outras peças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. (ebook).
(Adaptado).
Atividades
1. Você já havia lido um texto como esse? Se sim, onde?
Resposta pessoal. Caso o aluno responda que sim, espera-se que ele cite lugares onde podem ser encontrados textos teatrais,
como teatros, portais de teatro na internet, livros de textos teatrais, entre outros.
2. Esse texto é ficcional ou um relato verídico? Explique.
É um texto ficcional, pois os personagens e os acontecimentos são inventados, não ocorrem no mundo real.
3. Esse texto conta uma história? Explique.
Sim, o texto conta uma história, pois há uma sequência de ações encadeadas por um enredo.
113
4. Como é contada essa história? Há um narrador?
Não há um narrado, a história é contada por meio das falas e das ações dos personagens, apoiadas pelas indicações cênicas
(trechos entre parênteses).
5. Você percebeu no fragmento elementos que organizam o texto? Justifique.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno diga que sim, pois há elementos organizando o texto, como indicações de falas e de
ações e a descrição do tempo e do espaço da ambientação.
6. Quantos personagens fazem parte do fragmento?

[ ] 2.
[ ] 3.
[ X ] 4.
[ ] 5.
7. Quem são esses personagens?

O Coronel – Maneco, neto do Coronel – Lúcia, neta do Coronel – e Gaspar, o cachorro.
8. De que forma Gaspar de comunica com o Coronel?

Por meio de latidos, pois é um cachorro.
9. Há mudança de cenários no fragmento do texto? Explique.
Não há mudança de cenários, todos os eventos do fragmento ocorrem na horta do Coronel.
10. Em que período do dia ocorre a primeira cena do texto, da qual o fragmento que você leu faz
parte?
A cena ocorre no período da manhã, mais especificamente no início da manhã.
114
11. Em que ambiente ocorre a primeira cana do texto?
[ X ] No meio rural.
Professor, em relação à atividade 11, caso alguns alunos
[ ] No meio urbano. argumentem que pode haver hortas no meio urbano, no
quintal das casas e condomínios, justifique a eles que estão
[ ] Em uma zona industrial. corretos, mas que não é comum haver galos cantando no
meio urbano, como descrito no “Cenário Único”, pois esse
[ ] Em uma área de preservação. tipo de animal é proibido de ser criado em cidades.
12. De que forma as falas dos personagens são distinguidas no texto?

[ X ] Elas são iniciadas por travessão.
[ ] Elas são indicadas por dois-pontos.
[ ] Elas são colocadas entre parênteses.
[ ] Elas são formatadas em fonte itálica.
13. Por que o nome dos personagens é colocado antes das falas?
Para identificar quem está falando.
14. Que recurso linguístico sonoro é usado para representar as falas de Gaspar?
[ ] Aliteração.
[ ] Assonância Professor, após a realização da atividade 14, relembre aos alunos o conceito de cada um dos
recursos sonoros presentes nas alternativas da atividade.
[ ] Paronomásia • Aliteração: repetição de sons consonantais, geralmente no início das palavras que compõem
uma frase, trava-língua ou verso de um poema.
[ X ] Onomatopeia. • Assonância: repetição de sons vocálicos, entre palavras que compõem uma frase ou verso de
um poema.
• Paronomásia: uso de parônimos para criar efeitos sonoros em uma frase ou verso (parônimos =
palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, mas têm sentidos diferentes).
• Onomatopeia: representação de um som ou ruído por meio de palavras ou expressões que
imitam ou se assemelham a esse som.
Após explicar os conceitos, dê exemplos para cada um deles.
15. Transcreva do fragmento uma rubrica que indica efeitos sonoros que a equipe de produção
deve empregar no momento da encenação da peça teatral.
“(Os passos devem ser acompanhados do barulho de lixa raspando, reco-reco e pente de arame num tambor.)”
16. Transcreva do fragmento uma rubrica que indica uma interação que um ator ou atriz da peça
deve ter com a plateia no momento da encenação.
(Para a plateia).
115
17. Que evento gera o conflito dessa cena? Explique.
O evento gera o conflito dessa cena é o desaparecimento de uma cebolinha da horta do Coronel.
18. A leitura do fragmento de O rapto das cebolinhas permite concluir que a peça busca criar um
clima de:
[ ] drama.
[ X ] humor.
[ ] mistério.
[ ] aventura.
19. Justifique sua resposta para a atividade 18.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que o fragmento permite concluir que a peça busca criar um clima de
humor, devido às ações, às interações e ao excesso de preocupação do Coronel para com um evento bastante banal: o
desaparecimento de uma cebolinha de sua horta.
20. A leitura do fragmento permite concluir que o objetivo desse texto é:

[ X ] entreter o público.
[ ] assustar o público.
[ ] informar o público.
[ ] comover o público.
21. O tema de O rapto das cebolinhas e de natureza:

[ ] social.
[ ] política.
[ ] religiosa.
[ X ] cotidiana.
116
VIDEOAULA EF69LP55
Variedades linguísticas
117
Variedades linguísticas
NÓS VORTA
ESPÁIA
A GENTE
TU GURI
PIÁ
VOCÊ
MANDIOCA
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AIPIM
QUE SÓ
Variedades linguísticas são diferentes formas (variantes) que a língua falada ou escrita por um grupo
de pessoas pode assumir em determinado contexto social, geográfico, cultural ou histórico. Essas
variedades podem surgir devido a fatores como localização geográfica, nível de escolaridade, grupo
social, faixa etária, gênero, etnia, entre outros.
Algumas variedades linguísticas têm maior prestígio social, assim como a norma-padrão, pois são
associadas ao prestígio social das pessoas que as falam ou escrevem. Há, ainda, quem defenda que a
norma-padrão é a única forma “correta” de se falar e escrever, devido ao grande prestígio social que
essa variante linguística tem.
No entanto, deve-se chamar a atenção para o fato de que todas as variedades linguísticas são válidas
e representam a diversidade cultural e social de uma comunidade. Não há uma variedade superior
ou inferior, mas sim diferentes formas de comunicação que se adaptam a contextos específicos.
Existem quatro principais tipos de variedades linguísticas. Conheça-os a seguir.
Variedade linguística histórica

Também conhecida como variedade linguística diacrônica, refere-se à diversidade de formas e ca-
racterísticas linguísticas que uma língua pode assumir ao longo do tempo. Ela se baseia na com-
preensão de que as línguas estão em constante evolução e que diferentes períodos históricos po-
dem apresentar variações significativas na estrutura, no vocabulário, na pronúncia e em outras
características linguísticas.
118
Um exemplo de ocorrência de variedade linguística histórica é quando uma pessoa mais jovem con-
versa com uma pessoa de mais idade: nesse contexto, a pessoa de mais idade pode usar palavras em
sua fala que a pessoa mais jovem não conhece, pois, embora essas palavras fossem comuns antiga-
mente (no tempo da juventude da pessoa idosa), elas deixaram de ser usadas no contexto mais atual.
Professor, muitos materiais didáticos apresentam equivocadamente o conceito de variação linguística histórica,
explicando-a meramente como o uso de palavra ou estruturas gramaticais que eram usadas no passado, mas que já caíram
em total desuso, tonando-se arcaísmos. No entanto, isso não é variação linguística. A variação linguística pressupõe duas
formas linguísticas diferentes que são usadas para expressar a mesma coisa. Essas formas ocorrem simultaneamente em
um mesmo momento histórico e não em momentos históricos distintos, ou seja, são formas que coexistem na língua.
Variedade linguística geográfica

Também conhecida como variedade linguística diatópica, refere-se às diferentes formas e caracte-
rísticas linguísticas presentes em uma determinada região geográfica. Essa variação pode ocorrer
em vários níveis, como pronúncia, vocabulário, gramática e expressões idiomáticas. Cada região
geográfica pode desenvolver suas próprias características linguísticas distintas.
Um exemplo de variedade linguística geográfica que ocorre é o uso da palavra “mandioca” na região
sul do Brasil e o uso da palavra “macaxeira” na região nordeste do Brasil para se referiram a mesma
raiz de um vegetal.
Variedade linguística sociocultural

Também conhecida como variedade linguística diastrática, refere-se à diversidade de formas lin-
guísticas que surgem em diferentes contextos sociais e culturais. Ela pode ser influenciada por fato-
res como etnia, classe social, gênero, idade, nível de escolaridade, profissão e outros aspectos rela-
cionados à identidade e à experiência dos falantes.
Um exemplo de variedade linguística sociocultural é o uso de gírias e jargões por pessoas de um de-
terminado grupo social que não são utilizar por pessoas que não pertencem ou não se familiarizam
com esse grupo social.
Variedade linguística situacional

Também conhecida como variedade linguística diafásica, refere-se à adaptação da linguagem de
acordo com o contexto e a situação em que a comunicação ocorre, ou seja, escolha da do registro
linguístico (formal ou informal) e o estilo de fala podem variar de acordo com o ambiente, a finalida-
de da comunicação e as relações entre os interlocutores.
Exemplos de variedade linguística situacional são: 1) na comunicação oral, em situações que reque-
rem seriedade, como ao se comunicar com uma autoridade durante um evento público, utiliza-se um
registro mais formal da língua; 2) já em situações cotidianas de maior intimidade entre os falantes,
como em uma conversa familiar ou uma brincadeira com colegas de escola, o registro mais informal
da língua é preferível.
119
Preconceito linguístico
Preconceito linguístico é uma forma de discriminação baseada na maneira como uma pessoa fala
ou escreve. Envolve julgamentos de valor negativos sobre variantes linguísticas que são diferentes
da norma-padrão, sendo esta considerada a única correta ou aceitável. O preconceito linguístico
pode ocorrer de diversas formas. Pode ser contra pessoas que falam diferentes variantes coloquiais,
aqueles que têm sotaques diferentes, falantes de línguas minoritárias ou mesmo com pessoas que
usam gírias, jargões ou formas de fala associadas a determinado grupo social ou demográfico. Esse
tipo de preconceito é prejudicial porque menospreza a diversidade linguística e cultural, além de
perpetuar desigualdades sociais. Reconhecer e combater o preconceito linguístico é parte impor-
tante para a promoção da inclusão e da justiça social.
Professor, realize uma discussão com os alunos acerca de situações que envolvam preconceito
linguístico, reforçando com eles, a necessidade de se combater esse tipo de atitude.
Atividades
22. Analise as situações a seguir e escreva PL para aquelas em que ocorre preconceito linguístico
e NP para as situações em que não ocorre preconceito linguístico.
[ NP] Uma equipe de trabalho valoriza a fala diversificada de um colega que faz uso de gírias ou tem
seu sotaque e forma de expressão específico de uma região do país.
[ PL ] Um aluno é ridicularizado na escola por não falar de acordo com as regras gramaticais que são
ensinadas nesse ambiente.
[ NP] Um professor reconhece e valoriza a diversidade linguística dos estudantes, permitindo o uso
de variedades coloquiais da língua em contextos informais de comunicação.
[ PL ] Uma pessoa é discriminada por usar gírias, abreviações ou outras formas de linguagem que são
comuns em determinadas comunidades on-line ou redes sociais.
[ NP] Um texto público em uma rede social é julgado pelo seu conteúdo e pertinência não pelas
abreviações e marcas linguísticas de oralidade que apresenta em sua escrita.
[ PL ] Um indivíduo é considerado menos qualificado ou competente no ambiente de trabalho porque
possui um sotaque regional ou usa certas expressões características de sua origem geográfica.
[ PL ] Um candidato é rejeitado em uma entrevista de emprego por causa de sua maneira de falar,
mesmo que ela não tenha relação com a competência para realizar o trabalho em questão.
[ NP] Um recrutador avalia o candidato a uma vaga de emprego com base em suas habilidades,
experiências e competências, sem levar em consideração o sotaque ou as expressões regionais que
o candidato fala.
23. Leia a seguir a crônica Pechada, de Luis Fernado Veríssimo.
120
Pechada
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de
“Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carrega-
do.
— Aí, Gaúcho!
— Fala, Gaúcho!
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que
cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos
falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam for-
midável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas
variações?
— Mas o Gaúcho fala “tu”! – disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
— E fala certo – disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão
certos.
Os dois são português.
O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.
— O pai atravessou a sinaleira e pechou.
— O quê?
— O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.
A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atraves-
sara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente
pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.
— O que foi que ele disse, tia? – quis saber o gordo Jorge.
— Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
— E o que é isso?
— Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
121
— Nós vinha...
— Nós vínhamos.
— Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pe-
chada noutro auto.
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo,
procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não
com o gordo Jorge rindo daquele jeito.
“Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que
era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professo-
ra descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que
se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato.
Que já ganhara outro apelido: Pechada.
— Aí, Pechada!
— Fala, Pechada!
VERISSIMO, Luiz Fernando. Pechada. Disponível em: <https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-te-conto/

pdf/pechada.pdf>. Acesso em: 29 maio 2023.
a) Há a representação de preconceito linguística nessa crônica?
Sim.
b) Justifique sua resposta para a alternativa a) com base em elementos do texto.
Além do menino designado como “o gordo Jorge” ficar rindo do modo de falar do menino Rodrigo, Rodrigo é apelidado de
“Pechada”, de certa forma pejorativa, devido ao vocabulário regionalista presente em sua fala.
24. Leia o fragmento de crônica a seguir, também do escritor Luis Fernado Veríssimo.
122
Papos
— Me disseram…
— Disseram-me.
— Hein?
— O correto e “disseram-me”. Não “me disseram”.
— Eu falo como quero. E te digo mais… Ou é “digo-te”? – O quê?
— Digo-te que você…
— O “te” e o “você” não combinam.
— Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
— Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a
cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
— Partir-te a cara.
— Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
— É para o seu bem.
[...]
VERÍSSMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 65.
a) Há a representação de preconceito linguística nesse fragmento de crônica?
Sim.
Um dos interlocutores das falas fica o tempo todo corrigindo o modo de falar do outro interlocutor e, ao final, ele diz “É para o
seu bem”, como se o outro interlocutor estivesse fazendo algo errado.
123
25. Leia e analise o diálogo entre duas mulheres a seguir.
— Sabe aquele rapaz que vimos ontem na rua?
— Sei sim!
— Então, eu achei esse rapaz um pão!
— Pera aí! Você está querendo dizer que achou ele bonito?
— Sim, é isso mesmo.
a) Que tipo de variedade linguística ocorre nesse diálogo?

[ X ] Variedade linguística histórica.
[ ] Variedade linguística geográfica.
[ ] Variedade linguística situacional.
[ ] Variedade linguística sociocultural.
Uma das interlocutoras utiliza a expressão “um pão” para caracterizar o rapaz, uma expressão que era usada antigamente. A
outra interlocutora não entende o que a primeira diz e pergunta se o que ela está querendo dizer é que achou o rapaz bonito.
Nesse diálogo, temos duas formas linguísticas que têm o mesmo significado e que, apesar de serem de épocas distintas, são
usadas em um mesmo momento. Isso caracteriza a ocorrência da variedade linguística histórica.
Professor, antes de se iniciar a realização da atividade 25, explique aos alunos

o significado da expressão “um pão” e que o seu uso era muito comum no
passado, mas é raro nos dias de hoje.
26. Leia a manchete de notícia a seguir.
"Tomou um tá ligado para ficar esperto";

Raul Gustavo mal chega e 'gafe' no Bahia
repercute até no Corinthians
FONTES, Matheus. "Tomou um tá ligado para ficar esperto"; Raul Gustavo mal chega e 'gafe' no Bahia repercute até
no Corinthians. BOLAVIP, 06 jan. 2023. Disponível em: <https://cutt.ly/EwqZ7Zai>. Acesso em: 30 maio 2023.
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a) Que tipo de variedade linguística ocorre nessa manchete?
[ ] Variedade linguística histórica.
[ ] Variedade linguística geográfica.
[ X ] Variedade linguística sociocultural.

Na manchete são usadas duas gírias: “tá ligado” e “ficar esperto”. Gírias são formas de expressão de grupos sociais específicos,
o que caracteriza a variedade linguística sociocultural.
27. Releia a crônica Pechada, de Luis Fernado Veríssimo, presente na atividade 23, para realizar
as atividades das alternativas a) e b).
a) Que tipo de variedade linguística ocorre nessa crônica?
[ ] Variedade linguística histórica.
[ X ] Variedade linguística geográfica.
[ ] Variedade linguística sociocultural.

Na crônica, na fala de Rodrigo, são usadas algumas palavras específicas das variantes linguísticas próprios da região sul do
Brasil, mais especificamente do estado do Rio Grande do Sul, como “sinaleira”, “auto” e “pechada”. Isso caracteriza a variedade
linguística regional.
Professor, aproveite a realização da atividade 27 para apresentar aos alunos

palavras e expressões que compõem o vocabulário específico de diversas
regiões do Brasil, comparando com a forma como ela é usada em outras regiões.
Tente contemplar palavras e expressões de todas as regiões brasileiras.
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Colocação pronominal
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Colocação pronominal
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A colocação pronominal no português do Brasil refere-se às regras que determinam a posição dos
pronomes oblíquos átonos em relação ao verbo na frase. Existem três principais formas de colo-
cação pronominal: próclise, mesóclise e ênclise. Vamos analisar cada uma delas detalhadamente e
seus regras de uso prescritas pelas gramáticas da norma padrão:
• Próclise – ocorre quando o pronome oblíquo átono é colocado antes do verbo. As situações mais
comuns em que se utiliza a próclise são:
• Quando há palavras atratores antes do verbo, como pronomes indefinidos (“algum”,
“nenhum”, “todo”, “cada”), pronomes interrogativos (“quem”, “qual”), pronomes relativos
(“que”, “o qual”), palavra de sentido negativo (“não”, “nunca”, “jamais”) e algumas conjun-
ções subordinativas (“se”, “que”, “porque”, “quando”, “enquanto”). Veja exemplos com a
palavra atratora sublinhada:
Ninguém me disse a verdade.
Ela disse que me emprestaria os livros.
Quando me encontraram, já era tarde.
• Ênclise – ocorre quando o pronome oblíquo átono é colocado depois do verbo, ligando a ele por
meio de um hífen ( – ). Essa é a forma mais comum de colocação pronominal no português do
Brasil. A ênclise é utilizada nas seguintes situações:
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• Quando não há palavras atrativas antes do verbo. Exemplo:
Ela ligou-me ontem.
• Quando o verbo está no imperativo afirmativo. Exemplo:

Faça-o agora mesmo.
• Quando o verbo está no infinitivo impessoal (terminado em -ar, -er, -ir) e não há palavras
atrativas. Exemplo:
Você pode ajudar-me?
• Mesóclise: ocorre quando o pronome oblíquo átono é inserido no meio do verbo flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja palavras atrativas que exijam a
próclise. O pronome é separado do verbo por meio de dois hífens ( – ). Exemplo:
Você dar-me-ás uma resposta?
Considerações sobre a colocação pronominal em algumas variantes coloquiais

• Em algumas variantes coloquiais do português brasileiro predomina o uso da próclise em rela-
ção ao uso da ênclise, mesmo que não ocorra palavra atratora na oração. Exemplos:
Exemplo 1
Maria me disse que você está feliz. (variante coloquial)
Maria disse-me que você está feliz. (norma-padrão)
Exemplo 2
Me empresta o seu livro de poesias? (variante coloquial)
Empresta-me o seu livro de poesias? (norma-padrão)
• A mesóclise está praticamente extinta nas variantes coloquiais, sendo substituída pelo uso do
pronome oblíquo intercalado a uma locução verbal para substituir os verbos conjugados nos
tempos futuros. Até mesmo na norma-padrão essa extinção da mesóclise está ocorrendo, sendo
substituída pelo uso do pronome oblíquo átono posposto a uma locução verbal para substituir os
verbos conjugados nos tempos futuros. Veja exemplos:
Exemplo 1
Você dar-me-ás uma resposta? (mesóclise)
Você vai me dar uma resposta? (variante coloquial – pronome “me” intercalado à locução verbal “vai
dar”)
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Exemplo 2
Você dar-me-ás uma resposta? (mesóclise)
Você vai dar-me uma resposta? (norma padrão – pronome “me” posposto à locução verbal “vai dar”)
Pronomes oblíquos átonos

Pronomes oblíquos átonos, também conhecidos como pronomes pessoais átonos ou simplesmente
pronomes átonos, são um tipo de pronome usado na língua portuguesa para exercer as funções de
objeto direto e objeto indireto de verbos transitivos.
Os pronomes oblíquos átonos são:
• me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as e lhes.
Atividades
28. Releia o fragmento da crônica Papos, presente na atividade 24, para realizar as atividades a)
e b) a seguir.
a) Transcreva da crônica dois trechos que apresentam pronomes oblíquos átonos, sublinhando-os.
1º trecho: “Também não. O que você ia me dizer?”.
2º trecho: “E te digo mais…”.
b) Classifique os pronomes que você sublinhou na atividade a) como objeto direto ou objeto indireto.
1º trecho: “me” → objeto indireto. / 2º trecho: “te” → objeto indireto
29. Em cada uma das orações a seguir ocorre uma colocação pronominal conforme as regras da
norma-padrão. Faça uma análise de cada caso e escreva P para próclise, E para ênclise e M para
mesóclise.
[ E ] Olhou-me nos olhos e sorriu. [ M ] Comprá-lo-ei amanhã na livraria.

[ P ] Quando eu chagar, descansarei. [ E ] Deixe-a em paz, por favor.
[ P ] Quem te disse que não? [ P ] Não me deixe aqui sozinho.
[ M ] Falar-lhe-ei tudo amanhã. [ E ] Perguntei-lhe se eu gostaria de sair.
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30. Selecione três orações da atividade 29: uma com próclise, uma com ênclise e uma com
mesóclise. Após, transcreva-as e explique, para cada uma delas, a regra da norma-padrão que
determina a colocação pronominal usada.
1ª oração: “Olhou-me nos olhos e sorriu”. → como não há palavra atratora antes do verbo e ele não está no futuro do
presente ou no futuro do pretérito, usa-se a ênclise.
2ª oração: “Não me deixe aqui sozinho”. → como há a palavra de sentido negativo “não”, presente antes do verbo, exige o uso
da próclise.
3ª oração: “Falar-lhe-ei tudo amanhã”. → como o verbo está no futuro do presente, exige-se a ênclise.
31. Analise as orações presentes nas opções a seguir e assinale NP para aquelas em que a
colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão e VC para aquelas em que a colocação
pronominal é própria de uma variante coloquial.
[NP ] Você não me disse isso! [NP ] Quer que eu te ajude?

[NP ] Maria disse-lhe algo? [VC ] Pedro alcançou-lhe a mão.
[VC ] Me ajude, por favor! [NP ] Ela irá presentear-me?
[VC ] Você não visitou-me. [VC ] Se ele não ligar-te, eu ligo.
32. Transcreva da crônica Papos, presente na atividade 24, uma oração com colocação pronominal
da norma-padrão e uma oração com colocação pronominal coloquial.
Norma-padrão: “Disseram-me.” / Coloquial: “Me disseram…”.
33. Justifique porque as orações com colocações pronominais copiadas em na atividade 32 são
ou da norma padrão ou coloquial.
“Disseram-me” → a norma-padrão prescreve que como não há palavra atratora antes do verbo e ele não está no futuro do
presente ou no futuro do pretérito, usa-se a ênclise.
“Me disseram…” → trata-se de uma colocação pronominal coloquial, pois para a norma-padrão deveria ser usada a ênclise,
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visto que não há palavra atratora antes do verbo.
Narrativa de ficção científica

EF69LP47 – EF89LP33
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Uma narrativa de ficção científica é um gênero textual literário que explora conceitos científicos e
tecnológicos imaginários ou especulativos. Essas narrativas geralmente se passam em um futuro
distante ou em um cenário alternativo, e apresentam elementos que vão além dos limites da ciência
e da tecnologia da época em que a narrativa foi escrita.
A ficção científica muitas vezes lida com temas como viagens espaciais, exploração espacial, futuros
distópicos, inteligência artificial, realidades virtuais, extraterrestres, avanços médicos, clonagem,
distorções do tempo, entre outros. Com base nesses elementos, a ficção científica busca explorar as
possíveis consequências e implicações éticas e sociais dessas tecnologias ou situações hipotéticas.
Uma das características da ficção científica é o equilíbrio entre a imaginação e a plausibilidade cien-
tífica. Embora a narrativa possa se basear em conceitos científicos ou tecnológicos atualmente ine-
xistentes, é comum que haja uma tentativa de fornecer uma explicação lógica ou científica para es-
ses elementos fictícios.
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Discursos direto e indireto
Em textos literários, os discursos direto e indireto são diferentes maneiras de se introduzir falas ou
menções a falas de personagens da narrativa. Veja cada um deles.
• Discurso direto: é uma técnica usada para representar a fala ou os pensamentos de um perso-
nagem diretamente, exatamente como eles seriam falados ou pensados. Em textos literários, o
discurso direto é geralmente iniciado por travessão ( — ) e antecipado ou sucedido por um verbo
de enunciação que especifica quem está falando. Quando o verbo de enunciação antecipa o dis-
curso direto, ele é seguido de dois-pontos ( : ). Veja exemplos de discursos diretos e de verbos de
enunciação (sublinhados) que os especificam:
Exemplo 1
João disse:
— Estou muito cansado hoje, não consigo nem pensar em sair de casa.
Exemplo 2
— Eu adoraria ir ao cinema com você. — respondeu Maria.
• Discurso indireto: fornece um relato indireto das falas ou dos pensamentos utilizando a voz do
narrador. Nesse caso, o narrador reconta ou resume o que foi dito pelo personagem, em vez de
citá-lo diretamente.
O discurso indireto pode ser identificado por meio de algumas características, como a mudança
de tempo verbal e de pronomes, assim como o uso da conjunção “que”. Geralmente, o verbo que
introduz o discurso indireto é colocado no passado, como "disse", "falou" ou "pensou". Os prono-
mes de primeira pessoa do singular ("eu") são substituídos pelos pronomes de terceira pessoa
("ele" ou "ela"). E por fim, logo após o verbo que introduz o discurso indireto é colocada uma
conjunção “que”, para possibilitar a transposição da fala literal para uma fala adaptada (por meio
de paráfrase). Veja um exemplo:
Discurso direto
Maria exclamou:
— Estou muito feliz com essa notícia!
Discurso indireto
Maria exclamou que estava muito feliz com aquela notícia.
Você vai ler, nesta seção, uma narrativa de ficção científica. Trata-se de um trecho de um capítulo
do Viagem ao Centro da Terra, do escrito Júlio Verne. No entanto, antes de ler esse trecho, veja um
resumo da história:
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“Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, conta a história de dois aventureiros alemães, o
professor Otto Lidenbrock, um geólogo, e seu sobrinho Axel, o narrador da história. Depois
de Lidenbrock encontrar um antigo manuscrito que descreve uma rota para o centro da Terra,
ele e Axel partem para a Islândia, onde, com a companhia pelo caçador islandês Hans, a viagem
começa dentro de um vulcão extinto. Ao longo da expedição, encontram diversos obstáculos,
incluindo tempestades e criaturas pré-históricas. Os exploradores ficam maravilhados com
as paisagens subterrâneas incríveis e vastos oceanos ocultos. Após sobreviverem a diversas
adversidades, são expelidos por um vulcão na Itália, retornando assim à superfície terrestre.”
O trecho que você vai ler se passa quando o três aventureiros estão navegando em um oceano sub-
terrâneo que é continuamente iluminado por um fenômeno elétrico desconhecido. Faça a leitura a
seguir.
Capítulo XXXIII
[...]
Domingo, 16 de agosto. — Nada de novo. Mesmo tempo. O vento apresenta uma leve tendência
a refrescar. Quando acordei, minha primeira preocupação foi constatar a intensidade da luz.
Continuo temendo que o fenômeno elétrico venha a se reduzir, e, depois, se extinguir. Mas não
acontece nada disso. A sombra da balsa está nitidamente na superfície das ondas.
Esse mar é realmente infinito! Deve ter a largura do Mediterrâneo, ou até mesmo a do Atlânti-
co. Por que não?
O meu tio faz várias sondagens. Amarra um dos picões mais pesados na extremidade de uma
corda que ele deixa descer umas duzentas braças. Não chega ao fundo. Trazemos a sonda de
volta a duras penas.
Quando o picão é trazido a bordo, Hans me faz observar faz observar na sua superfície as mar-
cas bens visíveis. Parece que esse pedaço de ferro foi vigorosamente prensado entre dois cor-
pos duros.
Olho para o caçador.
— Tänder! — diz ele.
Não compreendo. Viro-me para meu tio, que está absorto nas suas reflexões. Não ouso pertur-
bá-lo. Viro-me para o islandês. Este, abrindo e fechando várias vezes a boca, faz-me compreen-
der o seu pensamento.
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— Dentes! — digo eu com estupefação, olhando mais atentamento a barra de ferro.
Sim! A marca impressa no metal é de dentes! As mandíbulas a que eles pertencem devem pos-
suir uma forma prodigiosa! Será um monstro das espécies perdidas que se agita sob a camada
profunda das águas, mais voraz do que o tubarão, amis temível do que a baleia? Não consigo
tirar os olhos daquela barra meio roída! Será que o meu sonho da noite passada vai se tornar
realidade?
Esses pensamentos me agitam durante o dia, e a minha imaginação só se acalma num sono de
algumas horas.
Domingo, 17 de agosto. — Procuro lembrar-me dos instintos próprios a esses animais antedi-
luvianos da era secundária, que, sucedendo aos moluscos, aos crustáceos e aos peixes, prece-
dem o aparecimento dos mamíferos no globo. Na época, o mundo pertencia aos répteis. Esses
monstros reinavam como senhores dos mares jurássicos. Que estrutura gigantesca! Que força
prodigiosa! Os sáurios de hoje, os jacarés e os crocodilos, mesmo os maiores e mais temíveis,
são apenas frágeis miniaturas dos seus pais!
Arrepio-me só de lembrar da imagem que faço desses monstros. Nenhum olho humano os viu
vivos. Eles apareceram na Terra mil séculos antes do homem, mas suas ossadas fósseis, encon-
trados no calcário argiloso que os ingleses chamam de lias, possibilitaram a sua reconstrução
anatômica e o conhecimento da sua colossal conformação.
[...]
Domingo, 17 de agosto. – Chega a noite, ou melhor, o momento em que o sono pesa sobre as pál-
pebras, pois não existe noite nesse oceano, e a implacável luz insiste em cansar os nossos olhos,
como se navegássemos sob o sol dos mares árticos. Hans está no leme. Durante seu turno, eu
adormeço.
Duas horas depois, um solavanco assustador me acorda. A balsa é levantada acima das ondas
com indescritível força e atirada a dez metros de distância.
— O que está acontecendo? — exclama meu tio. — Fomos atingidos?
Hans mostra com o dedo, a uma distância de cem metros uma massa escura que se levanta e
abaixa várias vezes. Olho e exclamo:
— É um golfinho colossal.
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— Sim – replica meu tio — e veja, agora, um lagarto marinho de tamanho incomum!
— E mais longe um crocodilo monstruoso! Veja a grande mandíbula e as fileiras de dentes que
ele tem. Ah! Sumiu!
— Uma baleia! Uma baleia! — exclama o professor. — Estou vendo as suas enormes nadadeiras!
Veja o ar e a água que ela solta pelas narinas!
[...] Hans quer conduzir a balsa para o vento, para fugir daqueles vizinhos perigosos; mas vê do
outro lado outros inimigos não menos temíveis[...].
Estamos mudos de medo. Eles se aproximam! De um lado um crocodilo, do outro uma serpen-
te. O resto do rebanho marinho desapareceu. Vou abrir fogo. Hans me detém com um sinal.
Os dois monstros passam a cinco metros da balsa, atiram-se um sobre o outro, o seu furor os
impede de nos ver.
O combate se dá a cinquenta metros da balsa. Vemos distintamente os dois monstros lutando.
Mas me parece que agora os outros animais vêm para tomar parte da luta, o golfinho, a baleia,
o lagarto e a tartaruga. Vejo-os surgindo a todo instante. Mostro-os ao islandês. Este balança a
cabeça negativamente.
— Tva – diz ele.
O quê? Dois? Ele acha que são só dois animais...
— E tem razão – exclama meu tio, cuja luneta não saiu dos olhos.
— Não é possível!
— É sim! O primeiro desses monstros tem focinho de golfinho, cabeça de lagarto, dentes de cro-
codilo, portanto foi isso o que nos enganou. É o mais temível réptil antediluviano, o ictiossauro!
— E o outro?
— O outro é uma serpente escondida na carapaça de uma tartaruga, o terrível inimigo do pri-
meiro, o plesiossauro!
Hans falou a verdade. Dois monstros apenas perturbaram a superfície do mar a esse ponto, e
tenho diante dos olhos dois répteis dos oceanos primitivos. [...]
VERNE, Júlio. Viagem ao Centro da Terra. Tradução de Renata cordeiro. Porto Alegre: LPM, 2016. (ebook).
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Atividades
34. O que mais lhe chamou a atenção na leitura desse fragmento? Descreva.
Resposta pessoal. O aluno pode responder várias coisas, mas é esperado que ele mencione os animais gigantes e pré-
históricos que são descritos na narrativa.
35. Os acontecimentos narrados condizem com o mundo real? Explique.

Os acontecimentos narrados não com o mundo real, pois os “monstros” descritos no fragmento não existem no mundo real.
36. Como o texto se relaciona com a ciência? Explique.
O texto aborda termos e temas estudados por áreas da ciência como a geologia e a paleontologia.
37. Há vocabulário técnico ou científico presente no texto? Explique.
Sim, há vocabulário técnico no texto, como o emprego da palavra “antediluvianos” e da expressão “era secundária”
38. Como a leitura desse fragmento impactou você? Justifique.

Resposta pessoal. A resposta depende individualidade de cada aluno, mas espera-se que eles digam que despertou curiosidade
e imaginação.
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39. Classifique os discursos a seguir, usando DD para discurso direto e DI para discurso indireto.
[DD ] João disse: "Estou muito feliz com minha nova conquista."
[ DI ] Luísa disse que estava muito feliz com sua nova conquista.
[ DI ] O médico avisou que a cirurgia seria na próxima semana.
[DD ] Pedro perguntou: "Vocês desejam mais algo para comer?"
[ DI ] O chefe alertou que a reunião seria adiada para a próxima semana.
[DD ] Estou muito indignada com essa situação — exclamou Laura.
40. Passe os segmentos de texto a seguir do discurso direto para o discurso indireto.
a) Laura sussurrou: "Eu te amo, meu amigo."
Laura sussurrou que ama o amigo.
b) Paula exclamou: "Que lindo pôr do sol!"

Paula exclamou que o pôr do sol estava lindo.
41. Passe os segmentos de texto a seguir do discurso indireto para o discurso direto.
a) A vendedora disse que o vestido estava em promoção.
A vendedora disse: — O vestido está em promoção.
b) Lucas comentou que o filme era muito emocionante.
O filme foi muito emocionante. – comentou Lucas.
42. Nos textos O rapto das cebolinhas e Viagem ao Centro da Terra, predomina o discurso direto ou
o discurso indireto? Por quê?
Em ambos os textos, predomina o discurso direto, pois eles apresentam abundância de diálogos que refletem as interações
entre os personagens.
43. Considere a leitura do fragmento da narrativa de Viagem ao Centro da Terra para realizar as
atividades 44 a 51.
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44. A narrativa apresenta palavras expressões de vocabulário técnico que talvez você não
conheça. Levando isso em conta, faça o que se propõe nas atividades a) e b).
a) Pesquise em dicionários e enciclopédias (impressos ou on-line) o significado e/ou as definições da
seguintes palavras e expressões, anotando-os em seu caderno.
• Picão. • Antediluviano. • Leme.

• Braça. • Era secundária. • Ictiossauro.
• Bordo. • Jurássico. • Plesiossauro.
b) Utilizando a sua pesquisa, relacione a palavra ou expressão da coluna da esquerda com a descrição
ou definição na coluna da esquerda, empregando a numeração correta.
[ 4 ] Algo existiu antes do dilúvio.
[1] Picão. [ 7 ] Peça plana situada na parte traseira de um bar-

co e que serve para dar direção.
[2] Braça. [ 6 ] Período geológico que cobre 63,3 milhões de
anos.
[3] Bordo.
[ 3 ] Duas partes de mesmo tamanho em que se divi-
[4] Antediluviano. de o casco de um navio.
[ 1 ] Instrumento com ponta, usado para picar pe-
[5] Era secundária. dra.
[ 5 ] Espaço de tempo da história geológica da Terra
[6] Jurássico.
que compreende os períodos Triássico, Jurássico e
Cretáceo.
[7] Leme.
[ 9 ] Réptil marinho, da Era Secundária, que atingia 5
[8] Ictiossauro. metros de comprimento.
[ 2 ] Uma unidade de comprimento usada na Ingla-
[9] Plesiossauro.
terra.
[ 8 ] Réptil fóssil semelhante ao tubarão, que vivia
no jurássico.
45. Transcreva do fragmento dois trechos em que o narrador associa o que está escrevendo a
conhecimentos da área científica.
1º trecho: “Procuro lembrar-me dos instintos próprios a esses animais antediluvianos da era secundária, que, sucedendo aos
moluscos, aos crustáceos e aos peixes, precedem o aparecimento dos mamíferos no globo.”.
2º trecho: “[...] suas ossadas fósseis, encontrados no calcário argiloso que os ingleses chamam de lias, possibilitaram a sua
reconstrução anatômica e o conhecimento da sua colossal conformação.”.
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46. Releia a seguir um trecho a seguir, analisando a parte sublinhada.
Procuro lembrar-me dos instintos próprios a esses animais antediluvianos da era secundária, que, sucedendo
aos moluscos, aos crustáceos e aos peixes, precedem o aparecimento dos mamíferos no globo.
Qual é o objetivo dessa parte?

O objetivo é situar em que momento da história geológica da Terra viveram os animais antediluvianos da era secundária.
47. Escreva a que se relacionam, dentro do contexto da narrativa, as expressões sublinhadas

nos trechos a seguir.
a) “Será um monstro das espécies perdidas [...]”.
Relaciona-se a ao fato de há espécies extintas, que desapareceram ao longo da história da Terra.
b) “Os sáurios de hoje, os jacarés e os crocodilos, mesmo os maiores e mais temíveis, são apenas frágeis
miniaturas dos seus pais!”.
Relaciona-se aos seres pré-históricos dos quais evoluíram os jacarés e crocodilos.
48. Releia o trecho a seguir analisando a parte sublinhada.
Arrepio-me só de lembrar da imagem que faço desses monstros. Nenhum olho humano os viu vivos. Eles
apareceram na Terra mil séculos antes do homem [...].
Considerando que Viagem ao Centro da Terra foi publicado em 1864, a afirmação da parte sublinhada
ainda é factível com os conhecimentos científicos dos dias de hoje? Explique sua resposta.
Não, a afirmação não é factível com os conhecimentos atuais. Mil séculos equivalem a cem mil anos e, atualmente, sabemos
que os animais da era secundária apareceram na Terra vários milhões de anos antes do ser humano.
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49. Considere o que o narrador diz a respeito do professor Lidenbrock no trecho a seguir,
analisando a parte sublinhada.
Viro-me para meu tio, que está absorto nas suas reflexões.
A parte sublinhada traduz uma característica comum de um cientista? Explique.

Sim, é uma característica comum de um cientista, pois esse profissional tem de estar continuamente analisando e refletindo
sobre dados, fatos, hipóteses e teorias para poder formular explicações para os fenômenos do mundo.
50. Assinale as opões que contém trechos da narrativa nos quais ficam explícitos elementos de
ficção científica.
[ ] “O vento apresenta uma leve tendência a refrescar”.
[ ] “A sombra da balsa está nitidamente na superfície das ondas”.
[ X ] “pois não existe noite nesse oceano, e a implacável luz insiste em cansar os nossos olhos”.
[ X ] “É o mais temível réptil antediluviano, o ictiossauro!”.
[ X ] “o terrível inimigo do primeiro, o plesiossauro!”.
51. Explique o que caracteriza a ficção científica nos trechos assinalados na atividade anterior.
1) “pois não existe noite nesse oceano, e a implacável luz insiste em cansar os nossos olhos”. → “a implacável luz”
mencionada é um fenômeno natural sem explicação, pois todos os oceanos da Terra têm dia e noite.
2) “É o mais temível réptil antediluviano, o ictiossauro!”. → o ictiossauro, um animal pré-histórico estudado pela
paleontologia, já estava extinto no momento em que se passa a narrativa, o que torna sua existência um elemento ficcional.
3) “o terrível inimigo do primeiro, o plesiossauro!”. → o plesiossauro, um animal pré-histórico estudado pela paleontologia, já
estava extinto no momento em que se passa a narrativa, o que torna sua existência um elemento ficcional.
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Coesão sequencial EF09LP11
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Coesão sequencial é um dos mecanismos de coesão textual que contribui para a continuidade do
texto, permitindo a sua progressão e o desenvolvimento dos temas. Trata-se da maneira como as
ideias são organizados para criar uma sequência lógica, facilitando o entendimento do leitor.
A coesão sequencial pode ser estabelecida de várias maneiras, principalmente por meio do uso de
conjunções e locuções conjuntivas (também chamadas de conectivos) que indicam a relação entre
as ideias (por exemplo: conectivos temporais, causais, aditivos, adversativos etc.). Ela ajuda a manter
a coerência do texto e a garantir que cada ideia siga de forma lógica e fluida a partir da anterior. Veja
exemplos, que apresentam as conjunções e locuções conjuntivas sublinhadas:
• Coesão temporal – os eventos são apresentados em uma sequência cronológica. Exemplo:
Acordo às 7h da manhã e depois vou para a academia. Quando volto, tomo banho e começo a trabalhar.
• Coesão causal – mostra uma relação de causa e efeito. Exemplo:

Por causa da chuva, decidimos ficar em casa.
• Coesão aditiva – adiciona informações complementares. Exemplo:

Gosto de praticar esportes ao ar livre e de ler livros.
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• Coesão condicional – apresenta uma condição para que algo aconteça. Exemplo:
Se você estudar bastante, vai se sair bem no exame.
• Coesão conclusiva – apresenta uma conclusão baseada nas ideias anteriores. Exemplo:
O projeto é complexo. Portanto, precisamos de mais recursos.
• Coesão adversativa – apresenta uma oposição, um contraponto ou uma quebra de expectativa.

Exemplo:
O menino leu o livro, mas não entendeu o que estava escrito.
Atividades
52. No período “O aluno foi mal na prova, contudo não desanimou”, qual é o efeito de sentido da
conjunção “contudo”?
[ ] Contradição de ideias. Professor, explique aos alunos que as conjunções e locuções
conjuntivas adversativas podem ter o efeito de sentido de
[ X ] Quebra de expectativa. quebra de expectativa, ou seja, na primeira oração cria-se uma
expectativa sobre algo (espera-se que quem vai mal numa
[ ] Expressão de motivação. prova fique desanimado), e na oração com a conjunção/locução
conjuntiva adversativa essa expectativa pode ser quebrada.
[ ] Superação de dificuldades.
53. No período “A menina foi brincar depois que terminou a lição de casa”, qual é o efeito de
sentido da locução conjuntiva “depois que”?
[ ] Reversão temporal.
[ X ] Progressão temporal.
[ ] Especificação temporal.
[ ] Congelamento temporal.
54. No período “Maria estava mais feliz do que costumava ser”, qual é o efeito de sentido da
locução conjuntiva “do que”?
[ ] Contradição de estados psicológicos.
[ X ] Comparação de estados psicológicos.
[ ] Conservação de um estado psicológico.
[ ] Apresentação de um novo estado psicológico.
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55. No período “Embora tivesse estudado, o aluno não foi bem na prova”, qual é o efeito de
sentido da conjunção “embora”?
[ ] Imprevisibilidade.
[ ] Resultado de ação.
[ ] Consequência de ação.
[ X ] Quebra de expectativa.
Produção de texto: narrativa de

ficção científica EF69LP51 – EF89LP35 – EF09LP04
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A importância da ficção científica reside no fato de que ela permite explorar possibilidades e concei-
tos científicos aliados à criação ficcional, desafiando as fronteiras do conhecimento atual e expan-
dindo a imaginação. Produzir narrativas de ficção científica é uma prática relevante, pois traz uma
série de benefícios e contribuições para os leitores e escritores, estimulando sua imaginação e busca
por conhecimento.
Nessa atividade, você irá escrever uma narrativa de ficção científica. Aproveite a experiência!
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Planejamento
• Escolha um tema científico de seu interesse para ser o eixo norteador da sua produção. Seguem
algumas sugestões, mas você não precisa segui-las caso não se sinta familiarizado:
• Viagem interestelar.
• Inteligência artificial.
• Colônias espaciais.
• Manipulação genética.
• Invasão alienígena.
• Viagem no tempo.
• Viagem interdimensional.
• Vida em uma estação espacial.
• Tecnologias avançadas no mundo antigo.
• Metaverso.
• Faça pesquisas na área científica que estuda o tema que você selecionou, a fim de aprofundar
seus conhecimentos científicos sobre o tema; por exemplo: para o tema “Viagem no tempo” de-
ve-se estudar a área científica da Física.
• Defina um narrador, escolhendo entre o narrador-personagem ou o narrador onisciente, pois
esses dois tipos de narrador permitem explorar o tema com maior profundidade.
• Crie até, no máximo, quatro personagens para a sua ficção científica, em que pelo menos um
deles é um cientista.
• Dê, para a sua narrativa, um título que seja representativo do tema desenvolvido na história que
você irá narrar.
• Crie pelo menos um elemento de ficção cientifica ao logo do enredo da sua história.
• Faça um esboço da narrativa em forma de esquema, listando os elementos que irão nortear a
escrita do seu texto. Utilize o quadro a seguir para estruturar o esboço do seu texto:
Título
Apresentação de personagens e da configuração do tempo e do espaço. SITUAÇÃO INCIAL
Estabelecimento de um conflito
COMPLICAÇÃO
Desenvolvimento das ações dos personagens
Encaminhamento do fim da história a partir do ponto de maior tensão da
CLÍMAX
narrativa
Resolução do conflito e suas consequências para os personagens DESFECHO
144
• Selecione um público-alvo para o seu conto e defina a linguagem mais adequada a ele.
Produção
Comece produzindo uma primeira versão da narrativa de ficção científica em seu caderno. Ela não
precisa ser necessariamente redigida em conformidade com as normas de escrita formal da língua
portuguesa padrão, podendo apresentar variações linguísticas e informalidade, caso o tema plane-
jado tenha essas demandas de linguagem. Além disso, o texto deve apresentar coesão entre os acon-
tecimentos e ações narrados, de forma a garantir uma leitura fluída e clara. Seu texto deve ter entre
25 e 40 linhas.
Revisão/reescrita
Após escrever a primeira versão da narrativa de ficção científica, faça uma revisão dela para veri-
ficar se os principais aspectos do gênero textual foram contemplados, utilizando o quadro a seguir
para se orientar durante o processo de revisão.
Sim Não
Há um título representativo para a temática da narrativa?
Há no máximo quatro personagens, sendo que pelo menos um deles é um

cientista?
Há tempo e espaço delimitados na narrativa?
Há um enredo que apresenta situação inicial, complicação, clímax e desfecho?
A complicação do conto apresenta um conflito?
Há pelo menos um elemento de ficção cientifica na história?
A linguagem está adequada ao público-alvo, sendo clara e fluida?
Após fazer a revisão da sua narrativa, escreva uma nova versão dela em seu caderno, melhorando os
aspectos que você notou que precisam ser aprimorados durante o processo de revisão.
Divulgação
Após concluir a reescrita da sua narrativa de ficção científica, divulgue a versão final dela ao pú-
blico-alvo que você definiu na etapa de planejamento. Faça isso publicando-a em um portal da
internet e compartilhando o link da publicação em suas redes sociais.
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Ensino médio

Língua Portuguesa - Livro do Professor

Direção Editorial Ilustrações

Organização Projeto Gráfico

R452r Rever e aprender : Língua Portuguesa ensino médio 1ª série – manual do

1.Leitura. 2.Produção de texto. 3.Gêneros textuais. 4.Análise linguística.

Dados de Catalogação AACR2 2ª. ed. e Classificação CDD 22ª ed.

Campo de atuação na vida pública������������ 45

Campo das práticas de estudo e pesquisa������� 79

Campo artístico-literário������������������ 107

Para ajudar você a melhor compreender os conceitos que serão

No campo jornalístico-midiático, desenvolve-se a necessidade de ampliar e aprimorar a participa-

Crédito: Agência Brasil, 2023.

Crédito: Agência Brasil, 2023.

Trabalhar esses temas com os adolescentes ajudará no desenvolvimento da autonomia e do pen-

Aprender para fazer uma prova Aprender para comunicar

Crédito: Educa Mídia

Crédito: Educa Mídia

HABILIDADES A SEREM TRABALHADAS

As características do gênero textual notícia incluem:

Quanto à estrutura, uma notícia geralmente apresenta:

Leia a reportagem a seguir.

Amazônia Legal tem o maior desmatamento

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) anunciou nesta quarta-feira

O sistema do Imazon detecta áreas desmatadas em imagens de satélites de toda a Amazônia

Amazonas, Acre e Rondônia lideram

ecossistema da Amazônia para o planeta.

3. Qual é a finalidade dessa reportagem?

4. Como é a linguagem empregada nessa reportagem? Explique.

5. Qual é o público-alvo dessa reportagem de divulgação científica?

6. O olho dessa reportagem tem como objetivo:

8. A função da legenda da fotografia é:

9. Assinale as alternativas que caracterizam a linguagem empregada na reportagem.

10. Qual é a função do gráfico presente na reportagem?

explicações dos dados divulgados e complementa informações ao texto principal.

biodiversidade na Amazônia", afirma Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

O estrangeirismo pode ocorrer de duas maneiras:

Professor, caso os alunos apresentem dificuldades na realização da

14. Assinale as opções que apresentam estrangeirismos.

[ X ] Deletar. [ ] Família. [X ] Chat. [ ] Amigo.

17. Leia o fragmento de reportagem a seguir para realizar as atividades a) e b).

Pesquisa diz que 62,5% dos lojistas

Black Friday, Shopping, internet, e-commerce, e smartphones.

b) O emprego desses estrangeirismos é adequado ao contexto da reportagem? Explique.

preta” e “comércio eletrônico”, são aceitas dentro do jargão linguístico da reportagem.

Nessa atividade, você produzirá uma reportagem jornalística. Boa produção!

Há um título que desperta curiosidade no leitor?

Há um olho que sintetiza as informações apresentadas na reportagem?

Há um lide que fornece uma visão geral do desenvolvimento da reportagem?

O texto apresenta informações aprofundadas sobre fato abordado na

Há pelo menos uma imagem ilustrativa no texto da reportagem?

Há legendas para as imagens?

Há pelo menos um quadro, tabela e/ou gráfico que sintetize informações

São citadas pelo menos duas falas de entrevistados?

A linguagem está adequada ao público-alvo, sendo formal, impessoal e precisa?

A variedade escrita do texto é formal e de acordo com a norma-padrão da

Os limites de linhas foram respeitados?

VIDEOAULA EF69LP16 – EF89LP03 – EF89LP04 – EF89LP06 – EF89LP14

As principais características de um artigo de opinião são as seguintes:

Leia o artigo de opinião a seguir.

É urgente fortalecer o controle ambiental e o ordenamento territorial

futuro de um dos ecossistemas mais importantes do mundo; a Amazônia.

21. Qual é o público-alvo a que se destina esse artigo?

desenvolvimento e uma conclusão.

Campo de atuação na vida pública�� 45

Campo das práticas de estudo e pesquisa�� 79

Campo artístico-literário�� 107