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Quelimane, 2024
Universidade Licungo
Dr:
Quelimane, 2024
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objectivos.....................................................................................................................3
1.1.1. Geral......................................................................................................................3
1.1.2. Específicos............................................................................................................3
2. Metodologia.........................................................................................................................3
4. Conclusão..........................................................................................................................10
5. Referencia Bibliográfica....................................................................................................11
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1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Saber acerca da escrita e o nascimento das ciências da linguagem.
1.1.2. Específicos
Conhecer o ano do nascimento das ciências da linguagem;
Descrever o nascimento das ciências da linguagem.
2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, usou-se o método de consulta bibliográfica, consistiu na
leitura de algumas obra que abordam sobre o tema em estudo. Portanto, as obras citadas no
desenvolvimento deste trabalho, constam nas referências bibliográficas.
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A língua não se confunde com a linguagem; é somente uma parte determinada, essencial dela.
É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de
convenções necessárias, adoptadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade
nos indivíduos. A linguagem é multiforme e heteróclita; a língua, ao contrário, é um todo por
si e um princípio de classificação. Ela é a parte social da linguagem, exterior ao indivíduo
(Saussure,1916).
O conceito de língua adoptado pelo linguista suíço Saussure instaura, no século XX, a
autonomia da Linguística como ciência. Saussure define língua por oposição à linguagem e à
fala. O conceito de ciência nesse período era marcado pela busca de teorias capazes de
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explicar um fenómeno de modo universal. A linguagem não serviria como bom objecto para a
nova ciência porque era “multiforme e heteróclita”, isto é, o conhecimento da linguagem
envolveria a investigação de sua natureza mental, abstracta, psicofisiológica, o que
extrapolaria os limites da linguística. Por outro lado, a fala, como fenómeno individualizado
não se prestaria à elaboração de uma teoria capaz de explicar todas as línguas. Surge, então, o
conceito de língua, como um recorte feito pelo autor, para explicar o carácter concreto,
homogéneo e objectivo do fenómeno linguístico. A noção adoptada por Saussure aponta para
língua como um sistema, ou seja, uma estrutura formal passível de classificação em elementos
mínimos que compõem um todo. Esses elementos se organizam por princípios de distribuição
e associação, verificáveis em todas as línguas naturais (Weedwood, 2002).
Mikhail Bakhtin, filósofo e linguista russo, concebe o fenómeno linguístico de modo bastante
diferente de Saussure. Para este autor, a discussão sobre o carácter abstracto ou individualista
da linguagem é simplesmente inadequada. O que constitui a língua é sua natureza
socioideológica, isto é, o complexo de relações existentes entre língua e sociedade. Essas
relações se materializam no discurso, perceptível nos enunciados proferidos pelos falantes, em
situações comunicativas concretas. Bakhtin destaca o papel das relações intersubjectivas entre
o falante e o ‘outro’ como instaurador de uma concepção adequada de linguagem,
privilegiando a acção dialógica no curso da história, em uma sociedade.
Outro filósofo grego, Aristóteles, acreditava que a função da linguagem seria traduzir o
mundo, representá-lo. As estruturas da linguagem, classificadas segundo sua natureza lógica
de nomear, qualificar, predicar, etc. reflectem as estruturas encontradas no mundo e nos
permitem conhecer este. Aristóteles defendia que a lógica pré-existente ao mundo organizado
era regente da lógica da língua. Assim, a linguagem teria um carácter secundário em relação à
lógica natural. Nesse empreendimento, a estrutura da língua, do discurso e das categorias
gramaticais, descrição pioneira de Aristóteles, era apenas um meio de se chegar ao
conhecimento das estruturas e da lógica da realidade (Fiorin, 2002).
Idem De tal forma é grande a incidência dos estudos sobre a linguagem no pensamento actual,
e tão influente tem sido a sua teorização científica na reflexão filosófica, que poderíamos
afirmar que a Filosofia está, no momento actual, numa posição- semelhante perante a
Linguística àquela que Kant, no seu tempo, determinou perante a Física-matemática
newtoniana.
É certo que a Física newtoniana constituía o vértice da Ciência ao tempo de Kant, enquanto
seria absurdo pretender que a Linguística constitua o todo, ou sequer o modelo da Ciência
contemporânea.
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Por outro lado, a Ciência, para Kant, era tida como absoluta e necessária, inamovível nos seus
quadros fundamentais, enquanto a situação epistemológica contemporânea inibe qualquer
concepção que se estruture no quadro paradigmático de uma ciência absoluta, eterna e
determinista. Acresce que o papel fulcral desempenhado pela Física-matemática na economia
do pensamento coevo levou a que Kant posicionasse como homólogos os princípios
fundamentais da Ciência e as categorias do conhecimento em geral. Tal sobreposição é, hoje
em dia, teoricamente insustentável (Fiorin, 2002).
Assim, quando fala-se do papel desempenhado actualmente pela Linguística face à Filosofia
contemporânea, quer-se sobretudo sublinhar na comparação polémica que acima subscreveu
se, o papel motor que uma disciplina não filosófica pode desempenhar na alteração dos
quadros da reflexão tradicional.
De acordo com Pfeiffer e Nunes, (2006).O interesse da Filosofia pela linguagem não é de
hoje, e não se deve, no nosso tempo, ao simples estímulo da Linguística, Como
pertinentemente aduz Jean Ladrière esta concentração sobre a linguagem, não é o simples
reflexo do desenvolvimento de certas ciências humanas e do papel paradigmático atribuído à
linguística, mas pertence, por uma espécie de necessidade histórica, ao próprio
aprofundamento da problemática interna da filosofia.
Há autores, como Apel, (1985), que sustentam, inclusive, que a Filosofia da linguagem
delimita um campo por tal forma crucial, no seio da Filosofia contemporânea, que poderíamos
dizer que a filosofia primeira» já não é a investigação da natureza ou da essência das coisas ou
do ente (ontologia), nem mesmo a reflexão sobre as representações ou conceitos da cons-
ciência ou da razão (teoria do conhecimento), mas antes a reflexão sobre o significado ou o
sentido das expressões pertinentemente aduz Jean Ladrière esta concentração sobre a
linguagem, não é o simples reflexo do desenvolvimento de certas ciências humanas e do papel
paradigmático atribuído à linguística, mas pertence, por uma espécie de necessidade histórica,
ao próprio aprofundamento da problemática interna da filosofia.
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Num sentido muito próximo do de Apel, embora não comungando das teses e dos
pressupostos hermenêutico-transcendentais deste, também Herman Parret sustenta que a
Metafísica (ou Ontologia), a Epistemologia e a Semiótica são três paradigmas sucessivos, ou
três tipos de Prolé Phãasophia (Filosofia Primeira) que se realizaram dentro da história do
pensamento humano.
Para Apel, (1985), Perante esta situação radicalmente nova do posicionamento da Filosofia
perante a linguagem há que ter presente, contudo, como adverte Apel, um preocupante
distanciamento entre a filosofia e as ciências que se ocupam da linguagem será, prossegue,
que a filosofia tem que ceder a determinação fecunda do conceito de linguagem tal como a
determinação do conceito de natureza (inorgânica e orgânica) à construção teórica das
ciências particulares.
Idem Se a resposta a esta pergunta não é positiva e se a Filosofia da linguagem tem um campo
próprio e uma especificidade teórica, não é menos certo, conforme acautela Apel, que isto não
significa de modo algum que a filosofia deva ou possa desconsiderar as ciências empíricas ao
determinar o conceito de linguagem.
autores para quem a linguagem constituiu tema de reflexão filosófica específica e fonte de
perplexidades e enigmas a requerer uma teorização mais ou menos sistemática.
Se a reflexão sobre a linguagem não é novidade no campo da Filosofia e aí tenha ocupado
sempre um lugar de relevo, já é, todavia, específico do nosso tempo, segundo Paul Riloeur,
que o conhecimento conceptual da linguagem enquanto tal seja considerado, por vários
filósofos, como prolegómenos à resolução dos problemas fundamentais da filosofia.
Para Ricoeur, aliás, a ideia que uma teoria dos signa possa e deva preceder uma teoria das res
é característica de uma grande parte da filosofia da nossa época. E argumentando sobre as
várias formas de reflectir sobre a linguagem e as metodologias adoptadas entende que «se
podem repartir em três grupos os trabalhos susceptíveis de dar um sentido à expressão
Filosofia da Linguagem (Bakhtin, 1929).
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4. Conclusão
Chegado ao fim do trabalho conclui-se que linguagem humana baseia-se em uma propriedade
elementar biologicamente isolada na espécie humana: a infinidade discreta. Esta propriedade
é comparável àquela dos números naturais, ou seja, elementos discretos (símbolos oponíveis
entre si) combinam-se produzindo todas as possibilidades de números existentes. A Filosofia
da Linguística se concentra nas teorias linguísticas como propostas estáticas, autocontidas e
desvinculadas das condições sócio históricas que propiciaram sua construção, divulgação,
aceitação e eventual propagação ou rejeição pela comunidade académica.
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5. Referencia Bibliográfica