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Discurso e Ideologia
Trabalho de Pesquisa
Tete
Abril, 2024
3o Ano; 4o Grupo
Discurso e Ideologia
Tete
Abril, 2024
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................4
1.1. Objectivos...................................................................................................................... 4
2. Discurso e Ideologia.......................................................................................................... 5
2.1. Contextualização............................................................................................................5
2.2. Linguagem..................................................................................................................... 5
2.3.1. Discurso......................................................................................................................6
2.3.2. Ideologia.....................................................................................................................6
2.3.3. Argumentação............................................................................................................ 7
2.5. Discurso......................................................................................................................... 8
3. Considerações Finais....................................................................................................... 12
Referências Bibliográficas...................................................................................................... 13
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1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
Definir o discurso e ideologia;
Explicar sobre o discurso e ideologia;
Descrever o discurso e ideologia.
2. Discurso e Ideologia
2.1. Contextualização
2.2. Linguagem
A língua não constitui, pois, uma função do falante: o produto que o indivíduo
registra passivamente; não supõe jamais premeditação, e a reflexão nela intervém
somente para a actividade de classificação (...). A fala é, ao contrário, um acto
individual de vontade e de inteligência, no qual convém distinguir: 1º, as
combinações pelas quais o falante realiza o código da língua no propósito de
exprimir seu pensamento pessoal; 2º, o mecanismo psicológico que lhe permite
exteriorizar essas combinações.
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Entender a língua como discurso significa não ser possível desvinculá-la de seus
falantes e de seus atos, das esferas sociais, dos valores ideológicos que a norteiam. Por isso
que, no conceito de língua, vista como objeto da linguística, não há e nem pode haver
quaisquer relações dialógicas (dialogismo), pois elas são impossíveis entre os elementos no
sistema da língua (entre os morfemas, as palavras, as orações etc.), entre os elementos da
língua no texto e mesmo entre os elementos do “texto” e os textos no seu enfoque
“rigorosamente linguístico” (Bakhtin, 1997).
Segundo Fiorin (1990, p. 177), o discurso deve ser visto como objeto linguístico e
como objeto histórico. Nem se pode descartar a pesquisa sobre os mecanismos responsáveis
pela produção do sentido e pela estruturação do discurso nem sobre os elementos pulsionais e
sociais que o atravessam. Esses dois pontos de vista não são excludentes nem
metodologicamente heterogêneos. A pesquisa hoje precisa aprofundar o conhecimento dos
mecanismos sintáxicos e semânticos geradores de sentido; de outro, necessita compreender o
discurso como objeto cultural, produzido a partir de certas condicionantes históricas, em
relação dialógica com outros textos.
Stuart Hall (1977, p.322) oferece a seguinte definição geral de discurso: "Conjuntos
de experienciados pré-fabricados e pré-constituídos, organizados e arranjados em tomo da
linguagem. Nesse sentido, o discurso sustenta um veículo para o pensamento, comunicação e
ação, e o discurso tem sua própria organização interna. Assim, o discurso é um sistema de
estruturas com limites variavelmente abertos entre ele mesmo e outros discursos. Por outro
lado, as elaborações acerca do discurso, feitas por Foucault, questionam que se considere a
ação do discurso simplesmente como um texto, palavras ou linguagem, no sentido de
comunicação.
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2.3.2. Ideologia
2.3.3. Argumentação
Em relação ao que foi dito pelos autores acima, percebe-se que, apesar de seguirem
formas particulares de entender a argumentação, as diversas interpretações apresentam em
comum o seguinte ponto de pensamento: admitem a existência de um indivíduo ou conjunto
de indivíduos que argumentam com o objetivo de defender um ponto de vista, visando
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Foucault descreve o caráter construtivo do discurso, isto é, que tanto nas formações
sociais como em situações locais e em seus usos, o discurso realmente define, constrói e
posiciona os sujeitos humanos. Os discursos sistematicamente formam os objectos sobre os
quais eles falam, moldando as redes e as hierarquias para a categorização institucional e o
tratamento das pessoas.
Para Foucault (1972, p. 27), a questão que a descrição do discurso coloca é de como
um enunciado determinado apareceu ao invés de outro. A definição de Foucault sobre os
enunciados é de que eles não são proposições ou sentenças. Ele explica que a função
enunciativa, que é contextual, pode diferençar um enunciado de outro, mesmo quando em
termos gramaticais ele é preposicional e o conteúdo é o mesmo. Nesse sentido, enunciados
são a unidade molecular que cria a unidade discursiva dos enunciados, que Foucault chama de
discurso ou, mais precisamente, uma formação discursiva.
Nesse ponto, o que tem de ser considerado, de acordo com Purvis e Hunt (1993), é
que todos os esforços para especificar um acesso único ao social, seja através do discurso ou
através da ideologia, podem arriscar-se a ser uma expansão longa pela tentativa de abranger o
social sob uma conceituação unificadora.
A discussão que Foucault faz da teoria do discurso envolve uma rejeição explícita
das categorias marxistas, que são principalmente relacionadas com o conceito de ideologia.
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Nesse sentido, Barret (1991) assinala que a crítica de Foucault ao conceito de ideologia e seu
conceito de discurso devem ser relacionados com questões teóricas mais amplas, tais como
aquelas relativas ao contexto sociológico e histórico do discurso, especialmente ao problema
do determinismo, tópicos concernentes à epistemologia e à questão do conhecimento, verdade
e poder, e tópicos concernentes à definição do sujeito, da ação, do eu e da ética.
2.5. Discurso
Assim como a frase não é um amontoado de palavras, mas é uma cadeia construída
segundo certas regras, o discurso não é um amontoado de frases. O discurso tem uma
estrutura. Diante de um texto absolutamente caótico dizemos: Isso não significa nada.
Sabemos distinguir um texto de um não texto. Porque o discurso é estruturado, temos que
diferenciar no seu interior uma sintaxe e uma semântica.
Para Bakhtin (2003, p. 324), a ideia de que o uso da língua se efetua em forma de
enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, proferidos pelos participantes de uma ou
outra esfera da actividade humana; que o enunciado é irrepetível, tendo em vista que é um
evento único (pode somente ser citado) que o enunciado é a unidade real da comunicação
discursiva, já que o discurso só tem possibilidade de existir na forma de enunciados e que o
estudo do enunciado como unidade real da comunicação discursiva permite compreender de
uma maneira mais correcta a natureza das unidades da língua.
acontecimento. O enunciado nasce na inter-relação discursiva, por isso que não pode ser nem
o primeiro nem o último, pois já é resposta a outros enunciados, ou seja, surge como sua
réplica
A semântica discursiva abarca os conteúdos que são investidos nos moldes sintáticos
abstratos. Por exemplo, o mecanismo abstrato do discurso directo, em que um narrador delega
a palavra a uma personagem para que ela fale, é sintáctico. A personagem a quem se delega
voz, o que ela diz etc. pertencem à semântica.
b. Ocorre, no mundo, uma luta entre a civilização cristã ocidental e o comunismo ateu.
Essa guerra é psicológica, pois ocorre no coração e nas mentes dos homens. Por isso,
ela é travada no interior de cada país. As fronteiras não são, então, externas, pois o inimigo se
acha entrincheirado dentro do país.
Essa identificação é necessária para que o sujeito possa significar o mundo, e esse
processo de atribuição de sentido se dá a partir da formação discursiva enquanto uma posição
política, ideológica e de classe (Pêcheux, 2007). Assim, não existe atribuição de sentido
desvinculada do funcionamento ideológico, representada por uma parte do interdiscurso com
a qual o sujeito se identifica.
3. Considerações Finais
Percebemos ainda que não se pode tratar sobre o discurso e ideologia sem mexer
com a língua. Considerando as ideias de Sausssure, o mesmo afirma que A língua não
constitui, pois, uma função do falante: o produto que o indivíduo registra passivamente; não
supõe jamais premeditação, e a reflexão nela intervém somente para a actividade de
classificação (...). A fala é, ao contrário, um acto individual de vontade e de inteligência, no
qual convém distinguir: 1º, as combinações pelas quais o falante realiza o código da língua no
propósito de exprimir seu pensamento pessoal; 2º, o mecanismo psicológico que lhe permite
exteriorizar essas combinações.
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Referências Bibliográficas
Althusser, L. (1971). Lenin and Philosophy. Trans. Ben Brewster. New York and London,
Monthly Review Press.
Barret, M. (1991). The Politics of Truth: From Marx to Foucault. Stanford CA: Stanford
University Press.
Foucault, M. (1972). The Archaeology of Knowledge & The Discourse on Language. New
York, Pantheon Books.
Hall, S. (1977). Culture, the Media and the Ideological Effect, In: Curan, J. et aI. Mass
Communications and Society. London: Edward Arnold.
Indursky, F. (2007). Formação discursiva: ela ainda merece que lutemos por ela. São Carlos:
Claraluz.
Laclau, E. and Mouffe, C. (1985). Hegemony and Socialist Strategy. London: Verso.
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Saussure, F. (1983). Course in general linguistics. (11a Ed), São Paulo: Cultrix.