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Medicamentos
2a edição
revista e ampliada
Farmacologia Geral
Rosangela Aparecida Sala Jeronimo
Princípios básicos
Ao administrar qualquer medicamento para um paciente, o profis‑
sional da área da saúde, incluindo-se o de enfermagem, tem como objetivo
primordial alcançar os efeitos terapêuticos desejados provocando o mínimo
de efeitos colaterais. Para isso, é fundamental o conhecimento dos princí‑
pios básicos que envolvem a farmacologia, a saber, a farmacocinética e a
farmacodinâmica, as quais podem ser assim definidas:
• Farmacocinética: é o ramo da farmacologia que estuda o
movimento do medicamento dentro do organismo nas fases
de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação.
Descreve a ação do organismo sobre o medicamento.
• Farmacodinâmica: é o ramo da farmacologia que estuda o
local e o mecanismo de ação, e os efeitos do medicamento
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Absorção
Biodisponibilidade
Distribuição
Eliminação
Conceitos fundamentais
Para melhor compreensão dos conteúdos que serão abordados nos
próximos capítulos, é necessário que o profissional de enfermagem domine
as nomenclaturas mais utilizadas em farmacologia. Além dos termos já es‑
clarecidos, há outros que também são fundamentais, dentre os quais:
Forma sólida
Forma líquida
Forma semissólida
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Forma gasosa
Vias de Administração de
Medicamentos
Rosangela Aparecida Sala Jeronimo
Regras gerais
• Todo medicamento requer prescrição médica.
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Vias de administração
As vias de administração podem ser divididas em:
• Via enteral:
–– oral;
–– sublingual;
–– retal.
• Via vaginal.
• Via parenteral:
–– intravascular: intravenosa e intra-arterial;
–– intramuscular;
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• Comprimidos.
• Cápsulas.
• Drágeas.
• Soluções.
• Suspensão.
• Pó.
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Vantagens Desvantagens
Paladar desagradável de alguns
Facilidade para administração.
medicamentos.
Dispensa acompanhamento de Incerteza de dosagem absorvida pelo
profissional qualificado. organismo.
A ação da droga não é imediata,
Baixo custo financeiro. necessitando absorção gástrica ou
enteral.
Método não invasivo para Dificuldade de fracionamento de
administração. cápsulas, drágeas e comprimidos.
Material:
• Medicamento conforme prescrição médica.
• Bandeja inox.
• Copo descartável para colocar o medicamento.
• Copo com água, se necessário.
• Conta-gotas, se necessário.
• Canudo (se necessário).
• Espátula de madeira (se necessário para medicações pastosas
e pó).
• Etiqueta para identificação da medicação.
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Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Reunir a medicação conferindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Identificar o medicamento.
• Colocar o medicamento no copo descartável sem retirar do
invólucro.
• Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Higienizar as mãos.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente
ou de seu acompanhante.
• Deixar o paciente confortável, com a cabeceira elevada.
• Oferecer o medicamento ao paciente, retirando-o do invólucro,
com copo com água para deglutição. Caso não seja possível, au‑
xiliar o paciente, colocando o medicamento na cavidade oral.
• Observar e certificar-se de que o paciente deglutiu o medica‑
mento. Oferecer mais líquido, se necessário.
• Deixar o paciente confortável.
• Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
• Higienizar as mãos.
• Checar o procedimento em prescrição médica conforme roti‑
na da instituição.
• Observar continuamente alterações orgânicas que possam
estar relacionadas ao medicamento administrado.
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Observações:
Vantagens Desvantagens
Número reduzido de medicamentos
Facilidade de administração. disponíveis para administração
sublingual.
Rapidez na absorção.
Método não invasivo para
Utilizada em pacientes conscientes.
administração.
Baixo custo financeiro.
Material:
• Bandeja inox.
• Copo descartável para colocação do medicamento.
• Luva de procedimento.
• Medicamento.
Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Identificar o medicamento.
• Colocar o medicamento no copo descartável sem retirar do
invólucro.
• Calçar as luvas.
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Observações:
• Não deixar o medicamento
no quar
to do paciente,
evitando que ele faça
autoadministração.
• Verificar se o paciente não
deglutiu o medicamento.
• Se necessário, ofertar água Figura 5.1 – Via sublingual
para o paciente enxaguar a
boca.
• Efeitos colaterais podem não ocorrer imediatamente após a
administração, portanto, o paciente necessita de observação
constante.
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Vantagens Desvantagens
Absorção irregular e incompleta.
Irritação da mucosa retal.
Rápida absorção.
Posição desconfortável para o
paciente.
Material:
• Bandeja inox.
• Luva de procedimento.
• Gazes não esterilizadas.
• Medicamento.
Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Identificar o medicamento e colocá-lo no copo descartável
sem retirar do invólucro.
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Observação:
Na posição SIMS, o paciente fica em decúbito lateral esquerdo com
os membros inferiores flexionados. Caso o medicamento seja indicado para
esvaziamento intestinal, deve-se auxiliar o paciente a ir ao banheiro ou co‑
locar a comadre. Deve-se sempre observar e anotar o aspecto das fezes (cor,
consistência e quantidade).
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Via vaginal
É a via de administração pela qual o medicamento é aplicado direta‑
mente no canal vaginal. A ação do medicamento é local, e são administra‑
dos cremes, óvulos, géis, tampões, supositórios e pomadas.
Material:
• Bandeja inox para apoiar o medicamento.
• Luvas de procedimento.
• Aplicador vaginal.
• Comadre, se necessário.
• Medicamento.
Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Identificar o medicamento e colocá-lo no copo descartável
sem retirar do invólucro.
• Orientar a paciente sobre a administração do medicamento.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente da paciente
ou de seu acompanhante.
• Colocar a paciente em posição ginecológica.
• Abrir os pequenos lábios, expor o orifício vaginal e introduzir
o aplicador com o medicamento. O aplicador deve ser intro‑
duzido em direção ao sacro, para baixo e para trás, cerca de
5 cm, a fim de introduzir o medicamento na parede posterior
da vagina.
• Pressionar o êmbolo, introduzindo o medicamento.
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• Metacarpianas.
Figura 5.2 – Rede venosa da mão
• Basílica.
• Cefálica e cefálica acessória.
• Veia intermédia do ante‑
braço.
• Veia intermediária do coto‑
velo.
• Veia braquial.
Figura 5.3 – Rede venosa do braço
123
Vantagens Desvantagens
Vantagens Desvantagens
Punção venosa
Material:
Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Separar o material necessário.
• Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identifican‑
do o melhor local a ser puncionado.
• Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local
a ser puncionado.
• Abrir o material com técnica asséptica.
• Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes,
mantendo a mão fechada até a obtenção do retorno venoso.
• Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida
em álcool a 70% com movimento único de baixo para cima.
• Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel
da agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo
do local da punção.
• Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o pacien‑
te abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter
e retirar o mandril (cateter sobre agulha).
• Soltar o garrote.
• Adaptar conector de sistema fechado.
• Fixar o cateter com filme transparente.
• Reunir o material e deixar a unidade em ordem.
• Descartar o material.
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• Retirar as luvas.
• Higienizar as mãos.
• Checar o procedimento em prescrição médica.
• Fazer anotação de enfermagem, relatando local da punção e
dispositivo utilizado.
Observação:
É necessário retirar o ar do dispositivo antes de realizar a punção
venosa. Isso pode ser feito injetando-se soro fisiológico (SF) 0,9% antes da
punção no dispositivo ou permitindo o refluxo de sangue no momento da pun
ção até o final do dispositivo.
Calibre do
Calibre do cateter
cateter sobre Indicações
agulhado
agulha
Necessidade de infusão rápida;
19 G 14, 16 e 18 G
requer veia de grande calibre.
21 G 20 G Maioria das infusões; uso comum.
Crianças maiores (escolares),
23 G 22 G
adolescentes e idosos.
Veias de pequeno calibre e crianças
25 G 24 G
menores, lactentes e pré-escolares.
27 G 26 G Neonatos e lactentes.
Vantagens Desvantagens
Ação mais rápida da droga, Permite infusão de pequenos
comparando-se à administração por volumes de medicamento, no
via oral. máximo até 5 ml.
Facilidade de visualização e acesso ao Pode causar dor no paciente, pois é
músculo. um procedimento invasivo.
Requer profissional capacitado para o
procedimento.
Maior ônus, comparando-se à via
Menor custo, comparando-se à via oral.
endovenosa.
Aplicações inadequadas podem
causar lesões em músculos e nervos.
Material:
Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Separar o material necessário.
• Preparar a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medi‑
camento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora
certa.
• Aspirar o medicamento com agulha 40 x 12 e seringa ade‑
quada.
• Trocar a agulha 40 x 12 por agulha 30 x 7 ou 25 x 7.
• Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Posicionar o paciente conforme local escolhido, deixando-o
confortável.
• Realizar antissepsia ampla no local, com compressa embe‑
bida em álcool a 70%, com movimento único de cima para
baixo.
• Introduzir a agulha com o bizel lateralizado em ângulo de 90º.
• Aspirar, puxando o êmbolo para certificar-se de que não haja
refluxo de sangue. Em caso de refluxo, retirar a agulha e rei‑
niciar todo o preparo da medicação, escolhendo outro local
para realizar o procedimento.
• Injetar a medicação em velocidade constante.
• Retirar a agulha e seringa.
• Fazer compressão local. Em caso de pequeno sangramento,
colocar curativo.
• Deixar o paciente confortável.
• Desprezar o material.
• Higienizar as mãos.
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25 x 6 30 x 6 40 x 6
Adulto 25 x 7 30 x 7 40 x 7
25 x 8 30 x 8 40 x 8
20 x 6 25 x 6 30 x 6
Criança 20 x 7 25 x 7 30 x 7
20 x 8 25 x 8 30 x 8
Vantagens Desvantagens
Absorção lenta e uniforme. Pode causar lipodistrofia.
Efeito constante do medicamento. Procedimento invasivo.
Fácil aplicação. Requer treinamento do profissional
Permite autoaplicação. e paciente.
Administração de anticoagulante SC
Material:
• Bandeja para acondicionar o material e o medicamento.
• Seringa previamente preparada com medicamento.
• Algodão com álcool a 70%.
• Luvas de procedimento.
Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Separar o material necessário.
• Preparar a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Posicionar o paciente, conforme local escolhido segundo ro‑
dízio, deixando-o confortável em DDH.
• Realizar antissepsia ampla no local, com compressa embebida
em álcool a 70%, com movimento único de cima para baixo.
• Manter a compressa entre os dedos mínimo e anular da mão
que vai expor a região delimitada.
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Técnica:
• Higienizar as mãos.
• Separar o material necessário.
• Preparar a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Posicionar o paciente, conforme local escolhido para aplica‑
ção segundo rodízio, deixando-o confortável.
• Realizar antissepsia ampla no local, com compressa embe‑
bida em álcool a 70%, com movimento único de cima para
baixo.
• Manter a compressa entre os dedos mínimo e anular da mão
que vai expor a região delimitada.
• Realizar prega cutânea de aproximadamente 2,5 cm de pele
e tecido adiposo entre o polegar e o dedo indicador.
• Inserir a agulha com a mão dominante no ângulo de 90º
para adultos e 45º para crianças.
• Aspirar o êmbolo para verificar que não foi atingido nenhum
vaso sanguíneo.
• Injetar lentamente o conteúdo da seringa.
• Retirar a agulha realizando movimento único, rápido e firme.
• Fazer discreta compressão no local com compressa embebi‑
da em álcool.
• Descartar o material.
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• Retirar as luvas.
• Higienizar as mãos.
• Checar o procedimento em prescrição médica.
• Observar continuamente alterações orgânicas que possam
estar relacionadas ao medicamento administrado.
Observações:
Material:
Técnica:
• Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Separar o material necessário.
• Lavar as mãos.
• Preparar o medicamento.
• Orientar o paciente e higienizar as mãos.
• Escolher o local de acesso, normalmente membros superio‑
res (MMSS), na face interior.
• Fazer antissepsia com álcool a 70%.
• Introduzir a agulha com bisel para cima, em ângulo de 15º.
• Introduzir a medicação até que uma pápula seja formada.
• Retirar a agulha e não massagear.
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Material:
• Bandeja inox para apoiar o medicamento.
• Espátulas.
• Gazes.
• Luvas de procedimento.
• Medicamento.
Técnica:
• Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Separar espátula ou gaze para a aplicação.
• Lavar as mãos.
• Orientar o paciente.
• Calçar luvas.
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Material:
• Bandeja inox para apoiar o medicamento.
• Luvas de procedimento, se necessário.
• Medicamento.
Técnica:
• Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica‑
mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Lavar as mãos.
• Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Escolher o local para fixação do adesivo, preferencialmente
áreas sujeitas a pouca movimentação.
• Limpar o local escolhido (lavar com água e sabão).
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• Lavar as mãos.
• Fazer anotação no prontuário conforme rotina da instituição.
• Observar continuamente alterações orgânicas que possam
estar relacionadas ao fármaco administrado.
Observação:
Via nasal
É a instilação de medicamentos diretamente nas narinas, para obten‑
ção de efeito local e no sistema respiratório.
Via muito utilizada para aplicação de descongestionantes nasais e
broncodilatadores.
Material:
Técnica:
Via inalatória
A via inalatória utiliza gases como meio de transporte para medicamen‑
tos. Na sua maioria, os medicamentos assim administrados têm ação no siste‑
ma respiratório. Popularmente, essa via é conhecida por inalação.
Material:
Técnica:
Via auricular
Essa via de administração consiste em aplicar o medicamento direta‑
mente no ouvido. É utilizada em casos de antibióticos, analgésicos e para
remoção de cerume, sendo esta a situação mais comum.
Material:
• Bandeja inox para apoiar o medicamento.
• Gazes não esterilizadas para limpar excesso, se necessário.
• Medicamento.
Técnica:
• Separar a medicação seguindo os 5 Certos: medicamento cer‑
to, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
• Higienizar as mãos.
143
144
Espaço Epidural
Cordão
Espinhal
Efeitos colaterais
• Infecção.
• Migração do cateter para o espaço subaracnoideo.
• Perda.
• Dobra – acotovelamento ou quebra acidental do cateter,
podem advir de manipulação inadequada nas trocas de
curativos ou por movimentação do paciente. Nesse caso,
a infusão deve ser interrompida e uma nova avaliação do
anestesista deve ser solicitada.
Prevenção de infecções
• Realizar a higienização das mãos antes e após a manipulação
do cateter.
• Observar a inserção do cateter (sinais flogísticos).
• Controlar rigorosamente a temperatura corpórea.
• Realizar curativo conforme padronização da instituição.
Contraindicações:
• Plaquetopenia.
• Distúrbios de coagulação.
• Infecção localizada.
• Anormalidade estrutural diagnosticada na coluna vertebral
ou no espaço epidural, artrite vertebral.
• Hipotensão.
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• Hipertensão grave.
• Alergia ao medicamento prescrito.
Material:
• Medicamento prescrito previamente preparado.
• Compressas de gaze embebidas em álcool a 70% utilizado
para desinfecção.
• Seringa de 5 ml.
• Um par de luvas de procedimento.
• Máscara.
• Um pacote de compressas de gaze estéril.
Procedimento:
• Lavar as mãos.
• Colocar luvas e máscara.
• Colocar o campo fenestrado na região do cateter.
• Realizar desinfecção da tampa com álcool a 70% (deixar a
solução secar totalmente).
• Introduzir a agulha da seringa de 5 ml vazia na tampa para
injeção e aspirar. Caso retorne sangue ou LCR límpido, sus‑
pender o procedimento e avisar o médico. Se não houver re‑
torno, proceder à administração do medicamento, conforme
prescrição.
A administração por essa via pode ser prescrita em bolus, devendo ser
injetado o medicamento à velocidade prescrita, ou, ainda, pode ser pres‑
crita infusão contínua, e o fluxo de infusão deve ser ajustado conforme a
prescrição médica. No caso da infusão contínua, deve-se conectar o filtro ao
recipiente que contém o medicamento e retirar todo o ar do sistema. Esse
filtro é de 0,2 mícron sem surfactante.
149
sua injeção no espaço epidural, que irá selar a área que está
vazando e atenuar a cefaleia).
• A tampa oclusora para administrar o medicamento e o filtro
do cateter epidural devem ser substituídos a cada 48 ou 72
horas, de acordo com o protocolo da instituição.
• Higienizar as mãos.
• Administrar o analgésico narcótico ou antiemético, confor‑
me prescrito, 30 minutos antes do início da administração
do medicamento por via intrapleural, conforme prescrição
médica. O antiemético somente será utilizado nos casos de
administração de quimioterápicos por via intrapleural.
• Aspirar o medicamento em uma seringa de 60 ml.
• Posicionar o paciente com o lado no qual será realizada a
administração voltado para cima.
• Retirar o curativo que cobre o cateter intrapleural ou o dreno
torácico.
• Clampear o dreno.
• Oferecer o material para o médico e auxiliar durante o pro‑
cedimento.
Cuidados importantes:
• Avaliar a cada 15 minutos, após a administração do medi‑
camento, o padrão respiratório do paciente, até completar
uma hora do término do procedimento.
• Manter monitorização contínua do paciente durante o proce‑
dimento, para detectar qualquer reação adversa (por exem‑
plo, alteração do nível de consciência, agitação, sonolência,
letargia, dispneia, taquipneia, queda na saturação de oxigê‑
nio, alterações na frequência cardíaca, aumento ou diminui‑
ção na pressão arterial).
• Caso o paciente esteja recebendo infusão contínua, identi‑
ficar o frasco com as palavras: Apenas para uso intrapleural,
para evitar administrações acidentais por essa via.
• Manter próximo ao leito clampes com pontas de borracha,
caso aconteça uma rachadura acidental do frasco ou desco‑
nexão do dreno.
153
Acesso subcutâneo
O cateter subcutâneo (tipo port-a-cath) é implantado sob a pele do
abdome, por um túnel produzido no tecido subcutâneo e comunica a cavi‑
dade peritoneal do paciente com o acesso externo.
155
Material:
• Equipo de diálise em Y.
• Bolsa de drenagem.
• Líquido dialisado aquecido.
• Compressa com iodopovidona.
• Solução de iodopovidona.
• Luvas estéreis.
• Máscara.
• Avental estéril.
• Compressas de gaze estéril.
• Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica.
• Dois protetores ou campos impermeáveis.
Procedimento:
• Explicar o procedimento ao paciente.
• Pesar o paciente em jejum.
• Verificar sinais vitais.
• Mensurar circunferência abdominal.
• Lavar as mãos e colocar o avental, a máscara e as luvas estéreis.
• Abrir o equipo em Y e, a seguir, conectar a linha de saída
única da bolsa de drenagem.
• Fechar os clampes do tubo.
• Retirar a cobertura de uma das pontas do tubo, introduzi-la
no dialisado e a outra na bolsa que contém a solução.
• Abrir o clampe entre a solução e o paciente.
• Retirar todo o ar do sistema e fechar o clampe.
• Abrir os clampes de modo que a bolsa de drenagem encha e
também seja preenchida essa parte do tubo.
157
• Medicamento prescrito.
• Seringas de 3, 5, 10 ou 20 ml (uma de cada tamanho).
• Toalhas estéreis.
• Travesseiros.
• Compressas de gaze
• Luvas estéreis.
• Cuba-rim (para o caso de vômitos).
• Iodopovidona ou outra solução, de acordo com o protocolo
da instituição.
• Campo.
• Lidocaína a 1%, etilcloreto ou outro anestésico.
• Bandagem adesiva.
• Tubos para exames para coleta de líquido sinovial.
• Lâminas para exames, caso seja necessário.
Procedimento:
Adultos
• Crista ilíaca ou esterno (com exceção do segmento antero‑
posterior, no qual a agulha poderia penetrar por completo).
• Extremidade distal do rádio, a metáfise proximal do úmero e
uma região situada 3 a 4 cm antes da extremidade distal do
maléolo lateral ou medial.
• A agulha também pode ser introduzida no processo estiloide
da ulna, na epífise distal do segundo metacarpo, na epífise
distal do primeiro metatarso, na tíbia ou no fêmur distal.
Material:
• Uma agulha de acesso intraósseo com obturador de tama‑
nho apropriado.
• Três pacotes de compressas de gaze com iodopovidona (ou
antisséptico padrão da instituição).
166
• Luvas estéreis.
• Seringa de 3 a 5 ml (uma de cada tamanho).
• Lidocaína a 1%.
• Soro fisiológico para irrigação.
• Um equipo.
• Medicamento prescrito.
• Fita hipoalergênica.
• Três pacotes de gaze estéril.
• Uma bomba de infusão.
• Controlador ou bolsa de infusão sob pressão, conforme a in‑
dicação.
Procedimento:
169
Preparo da Medicação
Aline Laurenti Cheregatti
177
178
Alterações no pH do TGI
O pH gástrico de uma criança é menos ácido do que o pH de um adulto.
O pH baixo do estômago impede a absorção significativa de drogas
básicas, que são absorvidas mais efetivamente na cavidade oral (pH 6,2 a
7,2), ou no intestino grosso (pH 7,0 a 7,5). As alterações do pH gástrico po‑
dem diminuir a absorção ou fazer com que algumas drogas sejam absorvi‑
das de maneira inadequada. Certos princípios ativos encontram problemas
na absorção devido a suas características físico-químicas.
179
Extravasamento
O extravasamento é similar à infiltração e ocorre por uma adminis‑
tração inadvertida de solução vesicante ou medicamento dentro do tecido
circunvizinho.
183
Flebite
Flebite Química
Muitos fatores contribuem para o desenvolvimento de flebite química.
Geralmente, é causada por administração de medicações ou soluções irri‑
tantes, medicações diluídas ou misturadas impropriamente, infusão muito
rápida, presença de pequenas partículas na solução. Um fator contributivo
na formação de flebite química são partículas ínfimas na solução, tais como
partículas de drogas que não se dissolvem totalmente durante a diluição e
que não são visíveis. Infusões intermitentes heparenizadas causam menos
irritação na parede da veia no decorrer do tempo do que infusões contínuas.
Flebite Bacteriana
É a inflamação da parede interna da veia associada com a infecção
bacteriana. Fatores que contribuem para o desenvolvimento de flebite bac‑
teriana incluem técnicas assépticas inadequadas de inserção do cateter, fi‑
xação ineficaz do cateter e falha na realização de avaliação dos locais.
Flebite Pós-infusão
Trata-se de uma inflamação da veia que se torna evidente em 48 a
72 horas. Fatores que contribuem para seu desenvolvimento, são: técnica
de inserção do cateter, condição da veia utilizada, tipo, compatibilidade e o
pH da solução ou medicações infundidas, calibre, tamanho, comprimento
e material do cateter e tempo de permanência.
Tromboflebite
É a presença de um processo inflamatório de um segmento de uma
veia, geralmente de localização superficial, com a formação de coágulos, na
área afetada. Seus sinais são: dor localizada, rubor, calor e edema ao redor
da inserção ou ao longo do trajeto da veia.
Hematoma
Surge o hematoma quando o sangue extravasa para dentro dos teci‑
dos circunvizinhos ao local da inserção EV. Ocorre em decorrência da perfu‑
ração da parede vascular oposta durante a punção venosa, do deslizamento
da agulha para fora da veia e da pressão insuficiente aplicada ao local após
a retirada da agulha ou cânula. Os sinais de hematoma incluem equimose,
edema imediato e extravasamento de sangue no local.
O tratamento inclui a retirada da agulha ou cânula e a aplicação de
pressão com um curativo estéril, a utilização de bolsa de gelo durante as
próximas 24 horas no local e, em seguida, compressa quente para aumen‑
tar a absorção do sangue, além de avaliação do local.
Coagulação e obstrução
Os coágulos podem formar-se na administração EV em consequência
de equipo torcido, de velocidade de infusão muito lenta, de espaço vazio ou
da falta de lavagem da linha após administração de medicamentos.
186
188
Interações Medicamentosas
Ana Paula Miranda Barreto
• Farmacêutica.
• Farmacocinética.
• Farmacodinâmica.
Interação farmacocinética
Interferem no perfil farmacocinético do medicamento, podendo afe‑
tar o padrão de absorção, distribuição, metabolização ou excreção. são in‑
terações de difícil previsão, pois ocorrem com medicamentos de princípios
ativos não relacionados.
Modificam a magnitude e a duração do efeito, com resposta final dos
medicamentos mantida.
Interação farmacodinâmica
Causa modificação do efeito bioquímico ou fisiológico do medicamento.
Geralmente, ocorre no local de ação dos medicamentos (recepto‑
res farmacológicos) ou por meio de mecanismos bioquímicos específi‑
cos, sendo capaz de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos
(antagonismo).
Sinergismo
Antagonismo
Sistema renal
Desde o nascimento até cerca de 1 ano de idade, esse sistema apre‑
senta reduzida capacidade de concentração de urina. Uma elevada resistên‑
cia ao fluxo sanguíneo minimiza a perfusão. O desenvolvimento glomerular
e tubular incompleto afeta a taxa de filtração e a reabsorção e secreção dos
filtrados. Os rins tornam‑se funcionalmente maduros em torno dos 2 anos
e meio de idade.
A função renal diminui conforme a idade avança e pode comprome‑
ter em até 50% a eliminação dos medicamentos, mantendo, dessa forma, os
níveis sanguíneos dos medicamentos aumentados.
Em geral, as drogas podem interagir antes da administração (quando
misturadas em frascos IV, seringas etc.), durante a absorção, distribuição e
ligação ao sítio ou aceptor, nos processos metabólicos ou durante o meta‑
bolismo ou excreção.
205
Sistema gastrointestinal
O fígado interfere na capacidade da criança de metabolizar o medi‑
camento até cerca de 1 ano de idade. O tempo de trânsito gastrointestinal
aumenta até a fase de 2 a 3 anos, quando se aproxima do tempo do adulto.
A acidez gástrica aumenta à medida que a criança atinge a fase de 2 a
3 anos de idade. O processo digestivo amadurece próximo à fase pré‑escolar.
Com o avançar da idade dos pacientes e o surgimento de algumas pa‑
tologias, ocorre a diminuição da secreção de ácido gástrico e da motilidade
gastrointestinal. Além disso, o corpo não é capaz de absorver de maneira ade‑
quada muitos medicamentos, como no caso da digoxina, cuja faixa terapêuti‑
ca está ligada à absorção. No caso de paciente que utiliza ácido acetilsalisílico
ou anti‑inflamatório não esteroide, o risco de irritação gástrica torna‑se maior.
Metabolismo
O metabolismo aumenta durante a fase de lactância e na infância em
relação ao peso corporal. Em contrapartida, à medida que o corpo envelhe‑
ce, as estruturas e os sistemas corporais modificam‑se, alterando o modo
como o corpo responde aos medicamentos.
Composição corporal
Com a idade, a massa corporal total e a massa magra diminuem, e
a adiposidade corporal tende a aumentar. A água corporal total diminui,
206
Sistema cardiovascular
As respostas de barorreceptores diminuem e o tônus nervoso perifé‑
rico altera‑se, levando a efeitos hipotensivos exagerados dos diuréticos e
anti‑hipertensivos.
Sistema hepático
Conforme o indivíduo envelhece, algumas enzimas hepáticas se tor‑
nam menos ativas, e o fígado perde a capacidade de metabolizar os medi‑
camentos. Consequentemente, níveis mais elevados de medicamentos per‑
manecem na circulação, provocando efeitos mais intensos e aumentando o
risco de intoxicação medicamentosa.
Sistema neurológico
A barreira hematencefálica é facilmente afetada por várias substân‑
cias lipossolúveis, como, os betabloqueadores, causando tonturas e confu‑
são independentemente da idade do paciente.
Administração oral
As drogas que alteram a velocidade de esvaziamento gástrico ou a
motilidade intestinal podem provocar interações. A atropina e outros an‑
ticolinérgicos, ou drogas oleosas, retardam o esvaziamento gástrico, au‑
mentam ou diminuem a absorção de uma segunda droga, dependendo
do fato de ela ser ou não absorvida no estômago ou no intestino delgado,
respectivamente.
De maneira semelhante, agentes anticolinérgicos ou drogas consti‑
pantes (opiáceos, agentes bloqueadores ganglionares) retardam a desin‑
207
208
209
Antipirina, carbamazepina,
Bloqueador do ciclosporina, digitoxia, digoxina,
Amlodipina VO
canal de cálcio. metropolol, quinidina, teofilina: são
inibidos pela amlodipina.
Álcool, anti‑hipertensivos,
Dinitrato de
Vasodilatador. VO/SL betabloqueadores, fenotiazidas:
isossorbida
potencializam efeito hipotensor.
Antitérmico,
Dipirona IV/VO ↑ efeito de outros analgésicos.
analgésico.
Antiarrítmico
classe IA (antago‑
Rifampicina, anticonvulsivantes:
nista seletivo dos
Disopiramida IV/VO ↓ efeito e nível sérico. Propanolol,
canais de sódio,
verapamil: ↑ depressão miocárdica.
com dissociação
intermediária).
Betabloqueadores: ↓ efeito.
Analgésicos em geral: grande
Amina aumento na incidência de arritmias
ventriculares.
dardiotônica,
Dobutamina IV Incompatível com soluções
inotrópico
alcalinas, teofilina, heparina,
positivo. insulina simples e cloreto de
potássio (quando associado no
mesmo recipiente).
Betabloqueadores: ação antagônica.
IMAO: possível crise hipertensiva
(contraindicado uso concomitante).
Fenitoína: ↓ PAM.
Dopamina Amina vasoativa. IV
Incompatível com soluções
alcalinas (bicarbonato), ampicilina,
penicilina, gentamicina (quando
associados no mesmo recipiente).
Outras aminas vasoativas: ↑
Alfa e
Efedrina IV efeito hipertensivo. Antagonistas
beta‑agonista.
alfa‑adrenérgicos: ↓ efeitos.
Diuréticos poupadores de K+ e
suplementos de K+: ↑ hipercalemia.
AINEs: ↓ efeito.
Enalapril Inibidor de ECA. IV/VO
Antiácidos: ↓ absorção.
Reduz excreção do lítio e digoxina:
↑ efeito.
Continua
214
215
Continua
216
218
Benzodiazepínicos: ↓ incidência
Ketamina Anestésico. IV/IM de efeitos colaterais. Barbitúricos e
narcóticos: ↑ tempo de ação.
Continua
219
220
Íon divalente.
Magnésio Anticonvulsivante, Interfere na dosagem do Ca+ sérico
IV/VO
(sulfato) Laxativo, e urinário.
antiarrítmico.
Diurético Potencializa o efeito de outros
Manitol IV
osmótico. diuréticos.
Fenotiazinas, IMAO, ADP: ↑ nível
e efeito. Fenotiazinas: ↓ efeito
analgésico.
Anti‑histamínicos, AAS: ↑efeito
Analgésico
Meperidina IV analgésico.
opioide.
Clorpromazina, ADP: ↑ depressão
respiratória.
IMAO: depressão respiratória,
delírio, hiperexia, convulsões.
Lítio, IMAO, trazadona: ↑ nível e
Metildopa Anti‑hipertensivo. VO
efeito.
Continua
221
Bloqueadores de canais de
cálcio, clorpromazina, flecainida,
antagonistas H², propafenona,
Betabloquea‑ quinidina: ↑ efeito e nível sérico.
dor. Antiarrít‑ Antiácidos, colestiramina: ↓
Propranolol mico classe II IV/VO absorção oral. Hidralazina: ↓ efeito
(antagonista e nível sérico.
beta‑adrenérgico). Alopurinol, metotrexato: aumenta
biodisponibilidade por VO.
↑ nível sérico de: diazepam,
flecainida, nifedipina, nisoldipina.
226 Continua
228
229
232
Interação de medicamentos –
nutrientes
Definição
A interação entre medicamento e nutriente pode ser definida como
uma alteração de um medicamento por ação de algum nutriente, ou a
alteração de um nutriente por ação de um medicamento. Também consi-
dera-se interação medicamentosa quando o estado nutricional de um pa-
ciente é alterado por ação de um medicamento.
Essa alteração pode ser cinética ou dinâmica. As alterações cinéticas
envolvem a quantidade de um medicamento, sua absorção, distribuição,
metabolismo e excreção. As alterações dinâmicas estão relacionadas com o
efeito clínico e/ou fisiológico do medicamento.
A interação entre medicamentos e nutrientes pode ser classificada
em quatro grupos:
Fatores de influência
Para facilitar a compreensão, estes serão divididos entre os relaciona‑
dos ao paciente, também denominado hospedeiro, e os ligados ao medica‑
mento ou nutriente.
Fase de ingestão
A ingestão de nutrientes sofre efeito de vários medicamentos, entre
eles, os utilizados em programas de emagrecimento. As anfetaminas são
um ótimo exemplo disso, por serem uma droga que inibe o apetite e po‑
dem acarretar a desnutrição dos usuários.
Uma situação oposta é a do ganho de peso decorrente do efeito de
drogas utilizadas em tratamentos psiquiátricos. Como exemplo, pode‑se ci‑
tar o lítio e o diazepam.
Outros medicamentos podem promover alteração no paladar (disgeu‑
sia), redução da percepção do paladar (hipogeusia) ou provocar sensação
desagradável nesse sentido. Tome-se o caso das drogas utilizadas nos trata‑
mentos oncológicos, os quimioterápicos, que provocam náuseas e vômitos
na maioria dos pacientes. Em consequência desses sintomas, a ingestão de
nutrientes fica reduzida.
Fase de absorção
A maior parte dos medicamentos é absorvida no intestino delgado
e sua interação com nutrientes está relacionada com vários fatores, entre
eles:
261
Fase de metabolismo
Os medicamentos denominados antivitaminas inibem a síntese de
enzimas, pois apresentam a capacidade de competir com as vitaminas para
263
266
267
268
272
Cálculos de Medicamentos
Fabiano Rodrigues dos Santos
500 ml A gotas
1 x A = 500 x 20
1 A = 10.000
A = 10.000 gotas
1h 60 minutos
6h B minutos
1 B = 6 x 60
B = 360 minutos
274
500
Gotas/min. =
18
27,77 ou 28 gotas/min.
Exemplo:
A prescrição médica indica: “SF 0,9% 250 ml de 12/12 h por via
endovenosa”.
275
1 ml 60 microgotas
250 ml A
1 x A = 250 x 60
A = 15.000 microgotas
60 min 1h
B 12 h
1 x B = 60 x 12
B = 720 minutos.
21 microgotas/minuto
276
Exemplo 1:
A prescrição médica indica: “garamicina 50 mg, intramuscular”.
A apresentação do medicamento é feita em ampola de 80 mg/2 ml.
Cálculo:
80 mg 2 ml
50 mg A
A x 80 = 2 x 50
80 A = 100
A = 100 / 80
A = 1,25 ml
277
Exemplo 2:
A prescrição médica indica: “Rocefin 750 mg endovenoso”.
A apresentação do medicamento é feita em frasco/ampola de 1 g.
Por ser medicamento em pó, é necessária sua diluição, no caso, em
10 ml de água destilada.
1o passo: Transformar g em mg: 1 g tem 1.000 mg.
2o passo: Após diluir o frasco em 10 ml de água destilada, calcular
quantos ml serão aspirados.
1.000 mg 10 ml
750 mg A
A x 1.000 = 750 x 10
1.000 A = 7.500
A = 7.500 / 1.000
A = 7,5 ml
Resposta:
O profissional deve diluir o medicamento em 10 ml e aspirar 7,5 ml
para administração endovenosa. Após a diluição do frasco e aspiração
do volume, é feita nova diluição para administração do medicamento. A
maioria das instituições de saúde possui protocolo específico de diluição
de antibióticos para administração endovenosa, ficando entre 20 ml e
100 ml.
Exemplo 3:
A prescrição médica indica: “penicilina cristalina 2.800.000 UI por via
endovenosa”.
A apresentação do medicamento é feita em frasco/ampola com
5.000.000 UI.
278
5.000.000 ui 10 ml
2.800.000 ui A
A x 5.000.000 = 2.800.000 x 10
5 A = 28
A = 28 / 5
A = 5,6 ml
Resposta:
O profissional deve aspirar 5,6 ml da medicação diluída e, depois,
diluir novamente, conforme protocolo da instituição, para finalmente
administrá-la por via endovenosa.
Exemplo 4:
A prescrição médica indica: “Slow K 200 mg por sonda enteral”.
A apresentação do medicamento é feita em comprimidos de 600 mg.
Por ser comprimido, é necessária sua maceração e diluição, no caso,
em 20 ml de água destilada.
600 mg 20 ml
200 mg A
A x 600 = 200 x 20
600 A = 4.000
A = 4.000 / 600
A = 6,66 ml
Resposta:
O profissional deve aspirar 7 ml, seguindo a regra de arredonda
mento, já vista.
279
100 ui 1 ml
25 ui A
100 x A = 25 x 1
A = 25 / 100
A = 0,25 ml
Resposta:
O profissional deverá aspirar 0,25 ml e administrar por via subcutânea.
Exemplo 6:
A prescrição médica indica: “SG 10% 500 ml”.
Apresentação: SG 5% 500 ml e ampola de glicose de 25% com 10 ml.
Nesse caso, é necessário alterar a concentração do soro glicosado.
A 500 ml
100 x A = 5 x 500
100 A = 2.500
A = 2.500 / 100
A = 25 g
280
Resposta:
O soro disponível na instituição tem 25 g de glicose a cada 500 ml.
2o passo: Calcular quantos gramas de glicose há no soro prescrito.
10 g 100 ml
B 500 ml
100 x B = 10 x 500
100 B = 5.000
B = 5.000 / 100
B = 50 g
Resposta:
A prescrição médica solicita 50 g de glicose em 500 ml.
C 10 ml
100 x C = 25 x 10
100 C = 250
C = 250 / 100
C = 2,5 g
Resposta:
A ampola tem 2,5 g de glicose.
281
D 25 g
2,5 x D = 25 x 10
2,5 D = 250
D = 250 / 2,5
D = 100 ml ou 10 ampolas
6o passo: Para acrescentar 100 ml de glicose no soro disponível é ne‑
cessário desprezar 100 ml de soro, para manter o volume prescrito. Quanto
de glicose está sendo desprezado para reposição?
O soro a ser desprezado é SG 5%. Como são desprezados 100 ml e a
concentração é de 5 g a cada 100 ml, despreza-se 5 g de glicose.
Cada ampola de glicose tem 2,5 g. Para repor a glicose desprezada
são utilizadas 2 ampolas, perfazendo 5 g.
Exemplo 7:
A prescrição médica indica: “SF 2% 500 ml EV”.
A instituição tem disponível SF 0,9% 500 ml e ampola de NaCl 20%
com 10 ml.
Nesse caso, é necessário proceder à transformação do soro, de modo
que sua concentração original seja alterada para a concentração prescrita.
2g 100 ml
A 500 ml
100 x A = 2 x 500
282
100 A = 1.000
A = 1.000 / 100
A = 10 g
0,9 g 100 ml
B 500 ml
100 x B = 0,9 x 500
100 B = 450
B = 450 / 100
B = 4,5 g
C 10 ml
100 x C = 20 x 10
100 C = 200
C = 200 / 100
C=2g
5,5 g D
2 x D = 5,5 x 10
283
Exemplo 8:
A prescrição médica indica: “água bicarbonatada 2% 200 ml para hi‑
giene oral”.
Nesse caso, é necessário acrescentar à água destilada o bicarbonato
de sódio, na concentração desejada.
Tem‑se disponível ampola de bicarbonato de sódio 10% com 10 ml.
A 200 ml
100 x A = 2 x 200
100 A = 400
A = 400 / 100
A=4g
B 10 ml
100 x B = 10 x 10
100 B = 100
B = 100 / 100
B = 1 g
284
4g C
1 x C = 4 x 10
C = 40 ml ou 4 ampolas
Exemplo 9:
Preparar 3 litros de solução de KMnO4 na proporção de 1:4.000, sa‑
bendo que o saquinho de permanganato de potássio tem 100 g.
A 3.000 ml
4.000 x A = 1 x 3.000
A = 3000 / 4000
A = 0,75 g
B 750 mg
100 x B = 750 x 1
B = 750 / 100
B = 7,5 saquinhos
285
286
Sites consultados:
www.walsmed.com. Acesso em: 30 jan. 2009.
www.ctav.com.br/cursos/dowloads/Escala MaddoxWeb.ppt. Acesso em: 7 jun. 2009.
302
• p. 42
Fig. 3.10 – Alvimann/Morguefile
Fig. 3.11 – Aline Laurenti Cheregatti e Rosangela Sala Jeronimo
• p. 44
Figs. 3.13, 3.15 a 3.17 – Aline Laurenti Cheregatti e Rosangela Sala Jeronimo
Fig. 3.14 – Cheryl Casey/Shutterstock
• p. 45
Fig. 3.18 – Maria Herrera/SXC
• p. 119/123/130/131/135/137/139
Figs. 5.1 a 5.8 – Aline Laurenti Cheregatti e Rosangela Sala Jeronimo
• p. 146
Fig. 6.1 – Sergio A. Pereira
• p. 164
Fig. 6.2 – Aline Laurenti Cheregatti e Rosangela Sala Jeronimo
• p. 165
Fig. 6.3 – R2 criações
• p. 178
Figs. 7.1 a 7.3 - – Aline Laurenti Cheregatti e Rosangela Sala Jeronimo