A farmacocinética é a parte da farmacologia que estuda o movimento do fármaco no nosso
corpo. Um fármaco precisa atingir o(s) tecido(s) alvo(s) da sua ação farmacológica em concentrações ideias para a interação com o receptor. Para isso, aspectos como absorção, distribuição, metabolismo e excreção são extremamente importantes. Além disso, a biodisponibilidade é peça chave para a eficácia do fármaco. O movimento do fármaco no corpo também depende das características físico-químicas do fármaco, tais como lipossolubilidade, massa e pKa. A biodisponibilidade de um fármaco corresponde a fração livre do medicamento, no plasma, apto a ser distribuído aos tecidos e capaz de fazer o seu efeito farmacológico. Diversos fatores podem influenciar a biodisponibilidade, como por exemplo o metabolismo de primeira passagem no fígado. As diferentes vias de administração de medicamentos possuem vantagens e desvantagens envolvendo a facilidade da administração e alterações de biodisponibilidade. Absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) dos fármacos são princípios básicos de farmacocinética que afetam a quantidade de fármaco livre que finalmente irá alcançar o sítio-alvo. Para produzir um efeito em seu alvo, o fármaco precisa ser absorvido e, a seguir, distribuído pelo seu alvo antes de ser metabolizado e excretado. Em qualquer momento, o fármaco livre na circulação sistêmica encontra-se em equilíbrio com os reservatórios teciduais, as proteínas plasmáticas e o sítio-alvo (que habitualmente consiste em receptores); apenas a fração do fármaco que consegue ligar-se a receptores específicos terá um efeito farmacológico. Observe que o metabolismo de um fármaco pode resultar em metabólitos tanto ativos quanto inativos; os metabólitos ativos também podem exercer um efeito farmacológico sobre os receptores-alvo ou, algumas vezes, em outros receptores.
1 RESUMOS
RESUMO SOBRE FARMACODINÂMICA
Utiliza-se o termo farmacodinâmica para descrever os efeitos de um fármaco no corpo.
Tipicamente, esses efeitos são descritos em termos quantitativos. Ao atingirem o tecido alvo em concentrações adequadas, as moléculas de um fármaco irão interagir com seus alvos farmacológicos. Tais alvos, constituem, na maioria das vezes, proteínas de diferentes tipos e funcionalidades. Mas, podem ser também outras biomoléculas, como o DNA. Fármacos podem ser agonistas, antagonistas ou agonistas inversos. Os antagonistas, por sua vez, podem ser competitivos ou não competitivos. Existem alguns tipos de regulação desses receptores. A estimulação excessiva poderia levar à lesão celular ou afetar adversamente o organismo como um todo. Muitos fármacos exibem uma redução dos efeitos com o decorrer do tempo; esse fenômeno é conhecido como taquifilaxia. Em termos farmacológicos, o receptor e a célula tornam-se dessensibilizados à ação do fármaco.Os tipos de inibições também podem variar, sendo reversíveis ou irreversíveis. Em farmacodinâmica alguns termos são importantes. Eficácia é a propriedade intrínseca de um fármaco que reflete a sua capacidade de gerar uma resposta a partir da formação do complexo fármaco-receptor. Potência é a medida da eficácia de um fármaco em função da concentração ou dose.
Figura 1: associação entre farmacocinética e farmacodinâmica e a influência na concentração