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Pólia Normal Damiano.

TRABALHO DE MEIOS AUXILIARES DE DIAGNOSTICO.

Tema: Exames Radiográficos do Tórax, Crânio, Ombro, Bacia, Coluna e do Joelho:


(Definição, Importância e Procedimento).

Instituto Técnico Lugenda.


Quelimane
2024.
Pólia Normal Damiano

Tema: Exames Radiográficos do Tórax, Crânio, Ombro, Bacia, Coluna e do Joelho:


(Definição, Importância e Procedimento).

Trabalho de Carácter Avaliativo a ser apresentado no Instituto


Técnico Lugenda, no Curso de Técnico de Medicina Geral ˗ 33,
na Cadeira de Meios Auxiliares de Diagnostico, Curso diurno.

O Formador: dr. Caldino Fortunato.

Instituto Técnico Lugenda.


Quelimane
2024.
1

Índice
1.0. Introdução. .................................................................................................................................. 2
1.1. O trabalho tem como objectivos: ................................................................................................ 2
2. Breve Historial da Radiologia. .................................................................................................... 3
3. Exames Laboratoriais.................................................................................................................. 4
3.1. Exames Radiográficos ou Raio-x. ............................................................................................... 4
3.1.1. Radiografia convencional ............................................................................................................ 4
3.2. Funcionamento do Raio-x. .......................................................................................................... 4
3.3. Importância Raio-x ..................................................................................................................... 5
5. Descrição Anatómica do Tórax.................................................................................................... 6
5.1. Exames Radiográficos do Tórax. ................................................................................................. 6
5.1. Importância do Exame Radiográfico do Tórax. .......................................................................... 7
5.2. Procedimento do Exame Radiográfico do Tórax. ....................................................................... 7
6. Exames Radiográficos do Crânio. ................................................................................................ 8
6.1. Importância do Exame Radiográfico do Crânio.......................................................................... 9
6.2. Procedimento do Exame Radiográfico do Crânio. ...................................................................... 9
7.1. Exames Radiográficos do Ombro. ............................................................................................ 11
7.2. Importância do Exame Radiográfico do Ombro. ...................................................................... 11
7.3. Procedimento do Exame Radiográfico do Ombro. ................................................................... 12
8.1. Exames Radiográficos da Bacia. ............................................................................................... 13
8.2. Importância do Exame Radiográfico da Bacia.......................................................................... 14
8.3. Procedimento do Exame Radiográfico da Bacia. ...................................................................... 14
9. Descrição Anatómica da Coluna Vertebral. ............................................................................... 14
9.1. Exames Radiográficos da Coluna. ............................................................................................ 15
9.2. Importância do Exame Radiográfico da Coluna. ...................................................................... 16
9.3. Procedimento do Exame Radiográfico da Coluna. ................................................................... 16
10. Descrição Anatómica do Joelho. ............................................................................................... 17
10.1. Exames Radiográficos do Joelho. ............................................................................................. 18
3.5. Importância do Exame Radiográfico do Joelho. ....................................................................... 18
3.6. Procedimento do Exame Radiográfico do Joelho. .................................................................... 19
4. Conclusão................................................................................................................................... 20
5. Referencias Bibliográfica ........................................................................................................... 21
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1.0.Introdução.

O presente trabalho de pesquisa com o tema exames radiográficos, recentemente atribuído


para efeitos de investigação e resolução de problemas, irá nos ajudar a melhorar as nossas
capacidades, habilidades e adquirir mais conhecimentos no que concerne o tema.

De uma forma geral, os meios auxiliares no processo diagnóstico desempenham um papel


de complemento/apoio no diagnóstico. Isto significa que já existe matéria (que foi colhida na
anamnese e no exame físico) para formular várias hipóteses de diagnóstico. O meio auxiliar
vai ajudar a confirmar ou excluir uma ou várias hipóteses de diagnóstico previamente
formuladas. De referir que os meios auxiliares de diagnóstico também são uma mais-valia na
melhoria da qualidade do atendimento prestado aos pacientes.

A Radiologia tem como objectivo principal auxiliar o médico a estabelecer o


diagnóstico, de forma precisa e rápida, utilizando imagens. Até poucos anos atrás, a
preocupação do estudante de medicina era simplesmente aprender um pouco sobre
radiografia de tórax, abdome agudo e fracturas. Nos últimos anos, principalmente
com a evolução da informática a prática médica mudou completamente e a radiologia
teve papel importante nesta revolução. (Lauand, P.65, 2008).

1.1. O trabalho tem como objectivos:

1.2.Geral: Conhecer os procedimentos da realização dos exames radiográficos.


1.3.Específicos:
 Definir o termo exame;
 Mencionar a importância dos exames radiográficos;
 Indicar os procedimentos da realização dos exames radiográficos;
2. Metodologia.
Para a materialização do trabalho, foi com base na consulta bibliografia.

A consulta bibliográfica trata-se de levantamento de toda bibliografia já


publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa
escritas e documentos electrónicos. MARCONI & LAKATOS (2002, p.43).

O trabalho esta organizado em 3 capítulos. No primeiro capitulo será abordado a cerca dos
elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, índice, e introdução), no 2 capitulo optou-se por
abordar a o desenvolvimento (onde se conceitua detalhadamente os aspectos referentes ao
tema) e por fim o 3 capitulo, onde se fala dos e elemento pós-textuais (conclusão e
referencias bibliografia).
3

2. Breve Historial da Radiologia.

Segundo Lauand LM, et al. (2008). A radiologia convencional surgiu com a descoberta dos
raios - x em 1895, com o trabalho do físico alemão Wilhelm Roetgen.
Logo nos primeiros anos, ficou clara a importância da radiologia, tanto é que, com uma
rapidez espantosa, a nova técnica se espalhou por todo o mundo e durante mais de 70 anos,
reinou absoluta como método de diagnóstico por imagem.

A planigrafia ou tomografia simples foi desenvolvida nos anos 1920, permitindo, pela
primeira vez, obter “cortes”, que são a melhor forma de estudar a anatomia.

Os contrastes radiológicos passaram a ser usados, permitindo o estudo detalhado,


principalmente, dos aparelhos urinário e digestivo. Novos geradores, cada vez mais potentes
foram introduzidos, até chegar aos poderosos geradores trifásicos actuais.

Finalmente, em 1950, Seldinger introduziu uma técnica de cateterização vascular, que


permitiu a avaliação de todos os órgãos do corpo humano.

Nos últimos 40 anos, iniciou-se uma revolução no diagnóstico por imagem com a
introdução, inicialmente, da ultra-sonografia, seguida da tomografia computadorizada e, nos
anos 80, da ressonância magnética.

Fig. 2: Primeira radiografia do mundo. Físico alemão Wilhelm Roetgen, Pai da Radiografia.
4

3. Exames Laboratoriais.

Para Raoof S, et al. (2012). São considerados exames laboratoriais o conjunto de exames
e testes solicitados pelos médicos para checagem da saúde do paciente que são realizados em
laboratórios de análises clínicas tendo como principal objectivo o diagnóstico ou confirmação
de alguma patologia ou como fins de check-up.

3.1. Exames Radiográficos ou Raio-x.

Conhecido também como radiografia o Raio-x é um exame de imagem não-invasivo, que


usa a radiação em baixas doses e visa identificar alterações em ossos e órgãos.
Os meios auxiliares de diagnóstico são todos os testes que fornecem resultados que
ajudam a estabelecer, confirmar ou excluir um diagnóstico. (Moore, KeithL. 2019).

3.1.1. Radiografia convencional

A radiografia convencional é uma modalidade que possui baixo custo para aquisição do
equipamento e, por isso, é encontrada na maioria dos centros de saúde, inclusive nos
considerados menores. A radiografia convencional permite obter imagens de qualidade,
mesmo em locais difíceis de examinar, como os vasos sanguíneos e o trato gastrointestinal.
(Moore, KeithL. 2019).

3.1.2. Radiografia contrastada

Para Raoof S, et al. (2012). A radiografia contrastada tem esse nome porque utiliza durante
o procedimento um componente químico chamado contraste. O contraste é aplicado no
paciente antes do exame a fim de modificar a capacidade de absorção da radiação ionizante
dos tecidos que, normalmente, não teriam imagens bem definidas em uma radiografia
convencional. (Segmentar, 2007).
3.2. Funcionamento do Raio-x.

Segundo Lauand LM, et al. (2008). De maneira geral, o raio-x funciona como uma
imagem fotográfica do nosso corpo, nos permitindo visualizar tecidos, ossos, vasos
sanguíneos, etc. em preto, branco e cinza.
5

Primeiramente, as imagens de raio-x podem ser obtidas a partir de duas formas: a forma
que utiliza radiação ionizante e as que não utilizam. Sendo que as formas que não utilizam
correspondem somente à ressonância magnética e aos exames de ultra-sonografia.

1. Nos demais, para alcançar a profundidade dos ossos e músculos, a radiação ou raio-x
– como é popularmente chamado -, precisa atravessar o tecido da pele para captar a
imagem.
2. Depois de atravessar os tecidos, o raio-x atinge uma chapa sensível à radiação,
posicionada atrás da parte do corpo do paciente que será registada em imagem.
.
3.3.Importância Raio-x

O meio auxiliar vai ajudar a confirmar ou excluir uma ou várias hipóteses de diagnóstico
previamente formuladas.

Permitem não só efectuar o diagnóstico, mas também, fazer o seguimento do paciente para
verificar se está a melhorar ou não, após instituir determinado tratamento/conduta.
Igualmente, servem para determinar a cura ou não de uma doença. Em resumo, os meios
auxiliares de diagnóstico permitem:

 Confirmar ou excluir uma ou várias hipóteses diagnósticas;


 Melhorar a qualidade do atendimento ao paciente;
 Monitorar o resultado de um tratamento ou conduta instituída;
 Avaliar o resultado de um tratamento ou conduta instituída.

3.4. Protecção Radiológica.

Os raios - x têm uma quantidade grande de energia, suficiente para produzir lesões no
material genético das células. A quantidade utilizada em diagnóstico hoje em dia não é
suficiente para causar lesões agudas, mas o dano no genoma é cumulativo, ou seja, toda
radiação que você recebe vai somando por toda nossa vida, e, o que é pior, será transmitida
aos seus descendentes.

Por isto, existe uma série de normas de protecção radiológica ou radioprotecção, que
devem ser seguidas, sempre que houver radiação ionizante.

1. Mantenha as portas do local fechadas durante exames;


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2. Utilize protecção adequada para os pacientes, sempre que possível;


3. Evite a presenças desnecessárias de pessoas dentro da sala de exames;
4. Avise responsáveis pela manutenção de houver qualquer alteração na imagem:
5. Se aumentar a corrente, aumenta a exposição e diminui a vida útil do tubo;
6. Se aumentar a voltagem, diminui o efeito da blindagem e a vida útil do tubo;
7. Se os filmes ainda forem utilizados, alguns cuidados devem ser tomados para seu
armazenamento, como controlar a temperatura e humidade, para evitar manchas e
garantir a validade do material;
8. O operador deve, sempre que possível, aumentar a distância entre o técnico e a fonte
de radiação, minimizar o tempo de exposição, utilizar o avental plumbífero e
permanecer atrás do biombo ou da cabine durante os exames.

5. Descrição Anatómica do Tórax

Segundo Lauand LM, et al. (2008). O tórax é a região anatómica situada entre a região do
pescoço (cervical) e o abdómen, sendo separada desta última pelo diafragma (músculo
interno) e vulgarmente conhecida como a região do “peito”.

5.1. Exames Radiográficos do Tórax.

Uma radiografia do tórax ou Raio X (RX) do tórax é um exame que serve para auxiliar o
médico no diagnóstico ou avaliação da reposta aos tratamentos em várias patologias
(doenças), como por exemplo a pneumonia, tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crónica
(DPOC), fracturas, entre outros. (Moore, KeithL. 2019).
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Na radiografia do tórax, os ossos (costelas, vértebras da coluna, …) surgem a branco (os


ossos são mais densos), por sua vez os pulmões, como estão preenchidos essencialmente por
ar, aparecem mais escuros. Veja imagens de uma radiografia de tórax normal.

Fig. 5: Radiografia do tórax em incidência PA.

5.1.Importância do Exame Radiográfico do Tórax.


a) O raio X da coluna lombar possibilita o estudo não invasivo desse trecho da coluna
vertebral.
b) Normalmente, é solicitado para confirmar ou afastar uma hipótese diagnóstica
formada a partir do exame clínico.
c) Queixas e sintomas sugestivos são relatados na anamnese, e o médico pode realizar
testes durante o exame físico.
d) Outro contexto em que a radiografia da coluna lombar tem utilidade é a avaliação pós
trauma, como acidente de carro, queda ou pancada.
e) Em pacientes com ossos fragilizados (osteoporose), mesmo pequenas ocorrências
podem causar danos à coluna, que devem ser analisados com agilidade.

5.2.Procedimento do Exame Radiográfico do Tórax.

Segundo Vilar J, Domingo ML, et al. (2004). A radiografia é realizada por um técnico de
radiologia a quem cabe executar as incidências mais ajustadas à região do corpo em estudo,
de acordo com a informação clínica facultada pelo médico requisitante.
1. Preparação:

O paciente é solicitado a retirar quaisquer objectos metálicos, como jóias ou relógios, que
possam interferir na qualidade da imagem. Em alguns casos, o paciente pode ser solicitado a
usar uma bata hospitalar.
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2. Posicionamento do doente

O exame do tórax é geralmente realizado em pé, excepto se não for possível para o doente
(doentes acamados, acidentados, etc.).

3. Respiração

Para a realização do estudo é geralmente necessária inspiração profunda (encher o peito de


ar e aguentar). Em alguns casos pode ser necessário realizar o exame em expiração. O técnico
após o posicionamento do doente deverá elucida-lo acerca do que lhe vai ser pedido aquando
da realização do disparo. De salientar, que é fundamental que o paciente permaneça quieto no
momento do disparo (captura da imagem). (Segmentar, 2007).
4. Resultados do exame
a) Após o disparo (captura da imagem), o técnico de radiologia fará uma análise crítica
da imagem capturada (qualidade da imagem, etc.). Se a imagem capturada possuir a
qualidade necessária para efectuar o diagnóstico, o exame será dado por concluído.
b) Numa fase seguinte, o Médico Radiologista é o responsável por efectuar a leitura
diagnóstica da radiografia e redigir um relatório.
c) Se o médico radiologista não observar alterações nos órgãos em estudo, o exame será
considerado normal. Caso existam alterações o Médico radiologista identifica-as,
devendo estas ser relacionadas com a clínica, e em alguns casos poderão conduzir à
realização de exames adicionais.

6. Exames Radiográficos do Crânio.

Segundo Vilar J, Domingo ML, et al. (2004). Radiografia da cabeça é um exame de


imagem que utiliza radiação ionizante. É determinante no diagnóstico de diversas alterações,
como traumas, anomalias originadas no nascimento, tumores benignos e malignos,
calcificação, entre outros.

Os famosos raios X são emitidos por um equipamento analógico ou digital, atravessando as


estruturas internas do crânio para que sejam retratadas. Os registros são formados de acordo
com a densidade dos tecidos, como explicarei mais à frente.
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Embora a radiografia da cabeça possa incluir regiões como os seios paranasais, geralmente,
essas áreas são estudadas em detalhe por meio do raio X da face. Esse exame auxilia no
diagnóstico de sinusite e outros problemas respiratórios. (Schünke, M. 2019).

Fig.6: Radiografia do crânio em PA

6.1.Importância do Exame Radiográfico do Crânio.

Com a radiologia do crânio e possível identificar patologias como:

 Traumatismos craniofaciais; Lesões ósseas focais decorrentes de tumores ósseos,


osteomielite, granuloma eosinofílico, entre outras condições;
 Metástases; Histiocitose; Lesões metabólicas com envolvimento ósseo;
 Cranioestenose; Síndromes genéticas com deformidades craniofaciais; Hidrocefalia.

6.2.Procedimento do Exame Radiográfico do Crânio.


1. O exame não exige preparo, mas o paciente deve ser orientado a retirar objectos
metálicos antes de entrar na sala de raio X.
2. Óculos, celular, bijutarias e cinto são alguns itens que normalmente possuem metais
em sua composição, e precisam ser removidos.
3. Em seguida, o médico ou técnico em radiologia responsável posiciona o paciente
conforme as incidências determinadas no pedido médico.
4. As mais comuns são póstero-anterior (PA), Antero posterior (AP) e lateral ou perfil.
5. Com tudo OK, o profissional se dirige à sala de comando e liga o equipamento de raio
X, dando início ao exame.
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6. O aparelho emite um feixe heterogéneo de raios X sobre a cabeça do paciente,


permitindo que parte da radiação seja absorvida pelos tecidos.
7. O restante dos raios atravessa as estruturas anatómicas, alcançando os detectores
instalados na mesa do equipamento.
8. Se for um aparelho de raio X digital, o sinal é capturado e enviado a um computador
com algoritmo específico, que o converte em pixels (os menores pontos de uma
imagem digital).
9. Já a tecnologia analógica fornece uma chapa fotossensível, que é queimada pela
radiação restante.
10. Esse filme radiológico deverá passar pelo processo de revelação para mostrar as
imagens internas.

7. Descrição Anatómica do Ombro.

Segundo Lauand LM, et al. (2008). A anatomia do ombro assim como sua dinâmica são
extremamente complexos. Com uma série de ossos, músculos e ligamentos, o ombro é a
articulação com a maior mobilidade do corpo.
Essa grande mobilidade tem um preço: o ombro é a grande articulação que mais sobre
com luxações (deslocamentos) de todo corpo, pois possui uma estabilidade dinâmica. Isso
quer dizer que o ombro se mantém estável através do funcionamento conjunto de diversas
estruturas, diferente de outras articulações tais como o quadril ou joelho que são
extremamente estáveis. (Schünke, M. 2019).

O ombro é formado por diversas estruturas que precisam trabalhar em conjunto para que
sua função ocorra plenamente. Podemos dividi-las em: ossos, músculos, tendões, ligamentos,
labrum, cartilagem, bursa e cápsula articular. (Schünke, M. 2019).
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7.1.Exames Radiográficos do Ombro.

Para Raoof S, et al. (2012). Uma radiografia do ombro, usualmente designada como raio-
X (RX) do ombro é um exame de diagnóstico por imagem que usa radiação X, permitindo
avaliar esta estrutura anatómica, principalmente em contextos de dor, traumas, luxações, etc..
O RX do ombro é, geralmente, realizado apenas a um dos ombros (ao ombro esquerdo ou
ao direito), podendo também ser realizado aos dois ombros no mesmo momento do exame
(bilateral), registando-se, neste caso, dois RX distintos.

Fig.7: Radiografia do ombro com rotação lateral em incidência AP.

7.2.Importância do Exame Radiográfico do Ombro.


a) O Raio-X de ombro serve para investigar patologias e outras condições que
prejudicam o funcionamento dessa articulação.
b) Também tem grande utilidade na avaliação de sintomas como dor no ombro, como
informa o artigo “Avaliação do ombro doloroso pela radiologia convencional”:
c) “A compressão do manguito rotador (MR) e das bursas adjacentes pelos elementos
contidos nesse estreito espaço é a causa mais comum de dor no ombro, a chamada
síndrome do impacto (SI).
d) A radiografia simples (RX) é o primeiro e principal exame para detectar as causas da
compressão extrínseca do MR e orientar o ortopedista, conjuntamente com outros
dados, na conduta, que pode ser cirúrgica ou conservadora.”

A seguir, listo as principais indicações para esse exame de diagnóstico por imagem: Traumas
no ombro (pancadas, quedas etc.); Fraturas, fissuras e calcificações. Entorses e luxações; Dor
no ombro; Edema, vermelhidão e temperatura alta; Compressão do manguito rotador (MR).
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7.3. Procedimento do Exame Radiográfico do Ombro.


1. O exame começa com a retirada de objectos metálicos pelo paciente, sendo que
alguns serviços de saúde oferecem um avental.
2. Em seguida, o paciente é posicionado junto ao equipamento de raio X de modo que
seja possível obter as incidências detalhadas no pedido médico.
3. Ele deverá permanecer imóvel durante cerca de 5 minutos, que é o tempo necessário
para a captação das imagens pelo aparelho.
4. Depois, o médico ou técnico em radiologia vai para a sala de comando, ao lado da
sala de raio X.
5. Então, ele liga o aparelho de raio X, permitindo a emissão de um feixe de radiação
ionizante sobre o ombro examinado.
6. Caso seja um RX de ombro bilateral, são feitas radiografias de ambos os ombros, um
de cada vez.
7. Os raios X atravessam o ombro, tendo parte absorvida pelas estruturas anatómicas.
8. A radiação restante alcança detectores instalados na mesa do equipamento, se for um
raio X digital, e é enviada em forma de sinal a um software específico.
9. Já a radiografia analógica trabalha com uma chapa fotossensível instalada na mesa,
que é queimada pela radiação ionizante.

8. Descrição Anatómica da Bacia.

Segundo Vilar J, Domingo ML, et al. (2004). A bacia consiste na cintura pélvica óssea, no
pavimento pélvico muscular e ligamentos e na cavidade pélvica, que contém vísceras, vasos e
múltiplos nervos e músculos.

Para Raoof S, et al. (2012). A cintura pélvica, composta por 2 ossos da anca e o sacro, é
uma estrutura óssea em forma de anel do esqueleto axial que liga a coluna vertebral às
extremidades inferiores. As articulações do anel pélvico incluem a sínfise púbica
anteriormente e as articulações sacroilíacas posteriormente.

Os ossos da anca são compostos de 3 ossos fundidos: o púbis, o ísquio e o ílio. A cavidade
pélvica abriga várias estruturas gastrointestinais, urinárias e reprodutivas, sustentadas pelos
músculos e tecido conjuntivo do pavimento pélvico. A bacia feminina, com acomodações
para o parto, geralmente é mais larga e maior que a bacia masculina. (Schünke, M. 2019).
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8.1.Exames Radiográficos da Bacia.

Para Andreu J, Cáceres J, , et al. (2004). Uma radiografia da bacia, usualmente designada
por raio-X (RX) da bacia, é um exame de diagnóstico por imagem que permite ao médico
observar esta região anatómica e tirar importantes conclusões em distintas patologias,
conforme veremos adiante.

O raio-x da bacia normalmente é realizado a partir dos relatos de pacientes diante de dores
ou traumas. Outras doenças que podem ser detectadas a partir do exame de raio-x da bacia
são: doença de Paget (conhecida como ossos frágeis), inflamação no sacro ou osso ilíaco,
osteoporose, artrose, espondilite anquilosante (uma espécie de artrite inflamatória na região)
e tumores. (Moore, KeithL. 2019).

Fig.8: Radiografia do quadril em incidência AP.


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8.2. Importância do Exame Radiográfico da Bacia.

O Raia-X de bacia apoia o diagnóstico de traumas e patologias do sistema locomotor.

Cabe destacar aquelas que prejudicam o tecido ósseo e as doenças inflamatórias que
comprometem, também, as articulações. Dor nas costas e quadril, dificuldade para realizar
movimentos e fraqueza estão entre os sintomas investigados através do raio X de bacia.

A partir da análise das imagens, é possível identificar condições como: Fraturas e fissuras;
Tumores benignos e malignos; Osteoporose; Artrose (osteoartrite); Espondilite anquilosante
(artrite inflamatória na região); Doença de Paget (que torna os ossos frágeis); Sacroileíte
(inflamação do sacro e osso ilíaco).

8.3. Procedimento do Exame Radiográfico da Bacia.

O RX é efetuado por um técnico de radiologia que deverá obter as incidências mais


apropriadas em conformidade com a informação clínica facultada pelo médico requisitante.

1. O técnico posiciona o doente no equipamento após solicitar-lhe que retire os objectos


metálicos que possam interferir com a imagem, procedendo de seguida à aquisição da
imagem. O paciente efectua, geralmente, os exames à bacia deitado.
2. Seguidamente, o técnico faz uma análise crítica do RX e se a imagem obedecer aos
critérios de boa realização indispensáveis para o diagnóstico, o exame é dado por
concluído e arquivado.
3. Numa fase posterior, cabe ao Médico Radiologista a realização da leitura diagnóstica
da radiografia e produzir um relatório que acompanhará as imagens.
4. Se o Médico Radiologista não notar alterações nos órgãos em análise, o exame será
considerado normal. Caso se verifiquem alterações, o Médico Radiologista descreve
os achados imagiológicos que deverão ser relacionados com a clínica e demais
exames.
5. Em alguns casos o exame pode desencadear exames adicionais, nomeadamente
tomografia computorizada (TC), ressonância magnética (RM), entre outros.

9. Descrição Anatómica da Coluna Vertebral.

Segundo Vilar J, Domingo ML, et al. (2004). A coluna vertebral (coluna espinhal ou
espinha dorsal) é uma estrutura curva composta por vértebras ósseas que são conectadas
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através de discos intervertebrais cartilaginosos. Faz parte do esqueleto axial e se estende


desde a base do crânio até a ponta do cóccix. A medula espinhal atravessa o seu centro.
A coluna vertebral é dividida em cinco regiões e consiste em 33 vértebras interligadas por
fortes articulações e ligamentos. Embora a coluna possa gerar muita dor nas costas, sua
função é muito importante. Graças a ela você pode torcer, curvar e balançar o tronco em
praticamente qualquer direcção.

9.1.Exames Radiográficos da Coluna.

Para Andreu J, Cáceres J, , et al. (2004). A radiografia da coluna vertebral, também


conhecida como raio-X da coluna, é um procedimento médico comum utilizado para
diagnosticar uma variedade de condições músculo-esqueléticas e ósseas relacionadas à coluna
vertebral.

Fig.9: Radiografia da coluna lombossacral em perfil.


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9.2.Importância do Exame Radiográfico da Coluna.


a) O raio X da coluna lombar possibilita o estudo não invasivo desse trecho da coluna
vertebral.
b) Normalmente, é solicitado para confirmar ou afastar uma hipótese diagnóstica
formada a partir do exame clínico.
c) Queixas e sintomas sugestivos são relatados na anamnese, e o médico pode realizar
testes durante o exame físico.
d) Outro contexto em que a radiografia da coluna lombar tem utilidade é a avaliação pós
trauma, como acidente de carro, queda ou pancada.
e) Em pacientes com ossos fragilizados (osteoporose), mesmo pequenas ocorrências
podem causar danos à coluna, que devem ser analisados com agilidade.

9.3. Procedimento do Exame Radiográfico da Coluna.


1. Preparação do Paciente

Antes do exame, o paciente é instruído a remover joias, roupas ou objetos que possam
interferir nas imagens. Em alguns casos, o paciente pode vestir uma roupa hospitalar para
garantir que nenhum objeto interfira nas radiografias.

2. Posicionamento do Paciente

O paciente é posicionado pelo técnico de radiologia de acordo com a área da coluna


vertebral a ser examinada. Geralmente, o paciente é colocado em pé ou deitado sobre uma
mesa de exame. Em alguns casos, podem ser necessárias diferentes posições para visualizar
diferentes partes da coluna, como vistas anteroposteriores (AP), laterais, oblíquas, entre
outras.

3. Proteção com Delantal de Chumbo

O técnico de radiologia fornece ao paciente um delantal de chumbo para proteger áreas do


corpo que não estão sendo examinadas da exposição desnecessária à radiação.

4. Exposição à Radiação

O técnico de radiologia posiciona a máquina de raios-X de maneira a direcionar o feixe de


radiação para a área específica da coluna a ser examinada. O paciente é instruído a
permanecer imóvel durante a exposição à radiação, que dura apenas alguns milissegundos.
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5. Captura da Imagem

O feixe de radiação passa através do corpo do paciente e atinge um detector de raios-X ou


uma película radiográfica. A imagem resultante é capturada para posterior análise.

6. Processamento da Imagem

As imagens capturadas são processadas digitalmente ou reveladas (no caso de películas


radiográficas) para criar uma representação visual das estruturas ósseas e tecidos moles da
coluna vertebral.

7. Interpretação por um Radiologista

As imagens são analisadas por um radiologista, que é um médico especializado em


interpretar imagens médicas. O radiologista fornece um relatório detalhado ao especialista
solicitante, contribuindo para o diagnóstico e plano de tratamento.

10. Descrição Anatómica do Joelho.

Para Andreu J, Cáceres J, , et al. (2004). A articulação do joelho é uma articulação


sinovial que conecta três ossos: o fémur, a tíbia e a patela. É uma complexa articulação em
dobradiça formada por duas articulações: a articulação tibiofemoral e a articulação
patelofemoral.
A tibiofemoral é a articulação entre a tíbia e o fémur, enquanto a patelofemoral é a
articulação entre a patela e o fémur. A disposição dos ossos nessa articulação forma uma
dobradiça que possibilita as acções dos músculos flexores e extensores do joelho. A
organização dos ligamentos extracapsulares e intracapsulares, bem como as expansões dos
músculos que cruzam a articulação fornecem a estabilidade necessária que compensa o
estresse biomecânico sofrido pela articulação.
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10.1. Exames Radiográficos do Joelho.

Para Raoof S, et al. (2012). Um Raio X (RX) do joelho é um exame de diagnóstico por
imagem que permite avaliar a rótula, o fémur distal, a tíbia proximal e o perónio proximal. É
um exame de primeira linha na avaliação do joelho, usado maioritariamente nos casos em que
ocorre dor nesta articulação que persiste no tempo.
Segundo Vilar J, Domingo ML, et al. (2004). O RX do joelho é, habitualmente, efetuado
de forma unilateral (ao joelho esquerdo ou direito). Porém, o exame poderá ser requisitado de
forma bilateral (aos dois joelhos), registando-se, no entanto, duas radiografias distintas.
O RX de joelho é um exame de primeira linha, dada a sua facilidade de execução,
disponibilidade e baixo custo.

Fig.10: Radiografia do joelho em AP

3.5.Importância do Exame Radiográfico do Joelho.


a) Essa radiografia auxilia na investigação de sintomas comuns e inespecíficos, como a dor
no joelho.
b) Dependendo de características como intensidade, surgimento, duração e associação a
outros sinais, o desconforto pode indicar desde contusões até doenças degenerativas –
principalmente se a queixa vier de idosos.
c) Edema (inchaço), vermelhidão, rigidez, fraqueza súbita e dificuldades para executar
certos movimentos também podem motivar o pedido pela radiografia do joelho.

Outras indicações incluem a suspeita de:


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 Fractura: rompimento ou quebra do osso, podendo ser aberta ou fechada (quando a


pele impede sua exposição);
 Luxação: deslocamento do osso em relação a uma articulação; Deslocamentos;
Trauma: pancadas, quedas etc; Inflamações; Tumores ósseos.

3.6.Procedimento do Exame Radiográfico do Joelho.


1. O exame pode ser conduzido por um médico ou técnico em radiologia devidamente
treinado e usando os itens de protecção radiológica.
2. Falo de aventais de chumbo, óculos plumbíferos e demais equipamentos de protecção
individual (EPI) usados para diminuir a exposição ocupacional à radiação ionizante.
3. Embora o nível de radiação emitido seja baixo, cabe ao médico solicitante avaliar a
relação risco/benefício para indivíduos sensíveis como gestantes e crianças.
4. Antes da radiografia, o paciente deve ser orientado a retirar quaisquer objectos que
possam prejudicar a aquisição das imagens, gerando artefactos.
5. Alguns estabelecimentos facilitam essa etapa, fornecendo aventais descartáveis para a
realização de exames de imagem.
6. Uma vez que esteja na sala de raio X, o paciente é posicionado com o auxílio do
profissional de saúde responsável.
7. A posição depende das incidências requeridas no pedido médico, que mostram o
joelho a partir de diferentes ângulos de visão.
 As incidências usuais são: Póstero-anterior (PA): obtida quando os raios X
entram pela parte posterior e saem pela anterior, mostrando o joelho de frente
 Lateral ou perfil: retrata o joelho “visto de lado”.
8. Depois de posicionar o paciente, o profissional deixa a sala de raio X e vai para a
estação de comando, localizada ao redor.
9. Ele liga o equipamento de raio X, que emite um feixe direccionado ao joelho.
10. A radiação tem parte absorvida pelos tecidos e, em seguida, os raios X restantes
atravessam o joelho e se chocam contra uma placa fotossensível, inserida na bandeja
do aparelho de raio X.
11. Se o equipamento for analógico, a radiação restante queima uma chapa de filme
radiológico, que será revelada mais tarde para exibir a imagem.
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4. Conclusão

Neste trabalho abordou-se sobre os exames radiográficos. E concluísse que radiograafia é


o exame de imagem mais utilizado para avaliação das estruturas ósseas e das articulações,
sendo regularmente o primeiro exame a ser solicitado para pacientes com suspeita de
problemas articulares. Em virtude da sensibilidade dos raios X, os tecidos mais densos,
denominados hipo - transparentes, como os ossos, tornam-se muito nítidos e visíveis. Ainda
assim, a radiografia pode ser disposta em incidência frontal no sentido AP ou PA, perfil ou
oblíqua, variando de acordo com a situação clínica específica.

Também conclui-se que a radiografia convencional é uma modalidade que possui baixo
custo para aquisição do equipamento e, por isso, é encontrada na maioria dos centros de
saúde, inclusive nos considerados menores. Além de possibilitar obter exames com agilidade,
a radiografia convencional permite obter imagens de qualidade, mesmo em locais difíceis de
examinar, como os vasos sanguíneos e o trato gastrointestinal.

Contudo com o conhecimento das manifestações radiológicas das principais patologias


torácicas observadas em atendimentos de emergência é fundamental para o diagnóstico
correto e adequado manejo do quadro.

Os objectivos propostos foram todos alcançados, uma vez que durante a abordagem do
tema, foi notórios estes aspectos mercados nos objectivos, e acreditasse que o tema foi de
fácil compreensão.
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5. Referencias Bibliográfica

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radiografia simples de tórax na sala de emergência. Arq Méd Hosp Fac Ciênc Méd
Santa Casa São Paulo. 2008;53(2):64-76.
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2004;51(2):102-13.
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https://www.imaios.com/br Acessoem: 06ago. 2019.

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