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Resumo
O protocolo PediaSuit™, recentemente desenvolvido, é uma abordagem que utiliza
equipamentos e protocolos específicos para tratamento de crianças com distúrbios
neurológicos. O presente estudo buscou identificar a evolução neuromotora de um meninos
com diplegia espástica durante o periodo de 30 dias de tratamento com o protocolo
Pediasuit™. Foi mensurada a composição corporal pelo DEXA, na avaliação da capacidade
funcional motora foram empregados os testes de GMFSC e GMFM. A goniometria de tornozelo
foi utilizada para determinação do grau de flexibilidade do avaliado. Observou-se melhoras na
função motora, composição corporal e amplitude de movimento de tornozelo no paciente com
diplegia espástica em resposta ao protocolo PediaSuit™ aplicado.
Unitermos: Pediasuit. Diplegia espástica. Reabilitação. Paralisia cerebral.
Abstract
The protocol PediaSuit™, recently developed, is an approach that uses equipment and specific
protocols for treating children with neurological disorders. This study sought to identify the
evolution of a neuromotor child with spastic diplegia during the period of 30 days of treatment
with the protocol Pediasuit™. We measured body composition by DEXA in the assessment of
functional motor ability tests were used to GMFSC and GMFM. The ankle goniometry was used
to determine the degree of flexibility assessed. There was improvement in motor function,
body composition and ankle range of motion in patients with spastic diplegia in response to
protocol PediaSuit™ applied.
Keywords: Pediasuit. Spastic diplegia. Rehabilitation. Cerebral palsy.
Referênciar como:
Neves EB, Scheeren EM, Chiarello CR, Costin ACMS, Mascarenhas LPG.
Lecturas Educación Física y Deportes. Revista Digital. Año 15, Nº. 166.
Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd166/o-pediasuit-na-
reabilitacao-da-diplegia-espastica.htm. acesso em: 05/03/2012.
Neves EB, Scheeren EM, Chiarello CR, Costin ACMS, Mascarenhas LPG. Lecturas Educación Física y
Deportes. Revista Digital. Año 15, Nº. 166. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd166/o-pediasuit-na-
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
Introdução
O objetivo deste estudo foi apresentar a evolução neuromotora obtida por uma criança que
apresenta diplegia espástica durante 30 dias de tratamento com o protocolo Pediasuit™.
Caso
Paciente masculino, com quatro anos de idade completos, diagnóstico clínico de prematuridade
de 30 semanas de idade gestacional, leucomalácia, síndrome piramidal com predomínio crural e
atraso do desenvolvimento motor. O diagnóstico fisioterapêutico foi de diplegia espástica,
atraso do desenvolvimento neuromotor, déficit do equilíbrio, déficit de força muscular global e
encurtamento muscular de membros inferiores.
Tratamento
O tratamento deste paciente iniciou-se em 08/08/11 com o primeiro módulo de fisioterapia com
o protocolo Pediasuit™, na primeira semana foram realizas sessões diárias de 2 horas,
posteriormente as sessões se elevaram para 3 horas diárias totalizando 70 horas de tratamento
até dia 09/09/11.
Os 4200 minutos de tratamento foram divididos da seguinte forma (Figura 1): (a) Aquecimento:
1065 minutos (incluindo massagem, alongamento, cinesioterapia com mobilização passiva, ativa
assistida e ativa); (b) Cinesioterapia: 750 minutos (gaiola com cinesioterapia ativo resistido);
Gaiola com pesos variando de 1,5 kg a 3,0 kg. grupos musculares trabalhados – flexores e
extensores de cotovelo, abdutores e adutores de ombro, flexores e extensores de ombro,
flexores e extensores de joelho, flexores e extensores de quadril e adutores e abdutores de
quadril; (c) Cinesioterapia com uso do Suit: 1500 minutos (gaiola com os elásticos, prancha de
equilíbrio, bola, rolos, feijão, cama elástica); (d) Esteira: 245 minutos (esteira com variação de
velocidade entre 1,0 e 1,6 km/h, com fixação dos elásticos e uso do suit – Figura 2); (e) Treino
de marcha: 60 minutos (com uso do suit em terrenos irregulares, escada, rampa, grama, barras
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
paralelas sem e com obstáculos); (f) Atividades de motricidade fina: 145 minutos (uso de
massinha, desenho com lápis, pintura com pincel, colagem, jogos de encaixe, manipulação de
objetos e brinquedos); (g) Intervalos para descanso e lanche: 375 minutos; (h) avaliação e
reavaliação: 60 minutos.
Figura 1. Percentual das atividades realizadas protocolo PediaSuit™ em relação ao tempo total de tratamento
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
Aspectos éticos
Resultados
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
Discussão
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
Russell et al. (Russell et al., 2002) afirmam que uma mudança de 6% dos escores do GMFM
pode ser considerada clinicamente significativa em crianças com paralisia cerebral. Os
resultados encontrados neste estudo ainda foram maiores do que os encontrados por outros
pesquisadores (Camargos et al., 2007) que utilizaram toxina botulínica com paciente diplégico e
obteve uma melhora de 9,4% no escore.
Na avaliação pelo GMFCS não houve mudança de nível, pois apesar da melhora clinicamente
perceptível, esse instrumento não foi sensível para identificá-la, corroborando os achados de
Nordmark que também estudou crianças com diplegia espástica e referiu a pouca sensibilidade
desse instrumento em crianças com limitações motoras importantes (Nordmark et al., 2000). Já
os resultados de ganho de ADM, se assemelham aos resultados obtidos em outro estudo
(Franco et al., 2006) que utilizou toxina botulínica no tratamento de crianças com paralisia
cerebral.
Com relação aos resultados de variação da composição corporal, pode-se postular que a
pequena perda de densidade mineral óssea (DMO) está relacionada ao elevado aumento de
massa muscular, pois o Ca+2 possui fundamental importância na regulação da contração
muscular. Assim, a utilização de Ca+2 no presente estudo está relacionada à demanda
constante de contração muscular durante a terapia, tendo a função de manutenção da
produção de força muscular. Além disso, observou-se também um crescimento da massa óssea,
conforme Tabela 1. Esse aumento se relaciona à diminuição da DMO na medida em que o
tecido ósseo cresce e, posteriormente, aumenta sua densidade.
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
Considerações finais
Referências
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O PediaSuit™ na reabilitação da diplegia espástica: um estudo de caso
ZANOU, N.; SHAPOVALOV, G.; LOUIS, M.; TAJEDDINE, N.; GALLO, C.; VAN SCHOOR, M. et
al. Role of TRPC1 channel in skeletal muscle function. American Journal of Physiology-Cell
Physiology, v. 298, n. 1, p. C149, 2010.
ZHOU, J.; YI, J.; FU, R.; LIU, E.; SIDDIQUE, T.; RÍOS, E. et al. Hyperactive intracellular
calcium signaling associated with localized mitochondrial defects in skeletal muscle of an
animal model of amyotrophic lateral sclerosis. Journal of Biological Chemistry, v. 285, n. 1,
p. 705, 2010.
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