Você está na página 1de 25

Bioenergética 3

Profª Drª Marcia Ap. Carrara


prof.marciacarrara@uninga.edu.br

FOX; FOSS & KETEYIAN. Bases fisiológicas para o exercício e esporte. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Lipídeos
Funções dos Triacilgliceróis – Armazenamento de
energia

Secção de quatro adipócitos de cobaia mostrando gotículas de gordura


que enchem quase toda a célula.

Lipases
Por que os triacilgliceróis são usados
como reservas energéticas?

I. A oxidação dos triacilgliceróis libera mais que o


dobro da energia liberada pela oxidação de massa
igual de carboidratos.

II. Como os triacilgliceróis são hidrofóbicos, o seu


armazenamento não requer o acúmulo de água.

Polissacarídios armazenados estão ligados à


água: 1 g de glicogênio/2g de H2O.
Uma pessoa com 15 a 20kg de
triacilgliceróis
depositados nos adipócitos pode satisfazer
suas necessidades energéticas por meses,
contando apenas com suas reservas
lipídicas.

O glicogênio estocado no corpo humano


fornece energia necessária para suprir
as necessidade energéticas de apenas um dia.
Triglicerídeos

Vindos da alimentação, são


digeridos em AG que
também podem ser
desintegrados
aerobicamente em CO2 e
H2O, liberando energia para
a ressíntese de ATP,
entretanto, apenas na
presença de oxigênio.
No adipócito...
Glicerol sofre
transformação e participa
da gliconeogênese.
Lipase hormônio-
sensível (LHS)

Glicerol

AGL

AGL
AGL
AGLs sofrem beta Adipócito

oxidação e seguem para


o Ciclo de Krebs
Proteínas
Proteínas  aminoácidos  oxidação  energia

A quantidade de
energia obtida de
aminoácidos varia de
acordo com o tipo de
organismo e a situação
metabólica em que ele
se encontra.
Os aminoácidos são oxidados em 3 situações diferentes:

1. Durante degradação das proteínas caso não sejam


utilizados na síntese.

2. Ingestão excessiva de proteínas. Os aminoácidos são


excretados. Não ocorre armazenamento de aminoácidos
livres.

3. Durante o jejum severo ou diabetes, quando os


carboidratos estão inacessíveis ou utilizados
inadequadamente, as proteínas corporais são hidrolisadas.
O que distingue a
degradação de aminoácidos
dos processos metabólicos
estudados até então?

Todos os aminoácidos
possuem um grupo -amino.
Assim, cada via
degradativa o grupo -
amino é separado do
esqueleto carbônico e
segue uma via
especializada do
metabolismo.
São fontes de ATP,
mas fazem um papel
secundário, sendo
poupadas  síntese
proteica
Sistema Aeróbico:
Entroncamento
metabólico
Comparando os Sistemas Energéticos:
Sistema Aeróbico e anaeróbico durante o
Repouso e o Exercício
3 características dos sistemas, em condições de repouso e
exercício precisam ser analisadas:

1. Tipos de nutrientes que estão sendo metabolizados.


2. Sistema energético em ação (anaeróbico ou aeróbico).
3. Presença e o acúmulo de ácido lático no sangue.
Repouso
• Nutrientes utilizados são as gorduras e em
menor grau os carboidratos.

• O Sistema aeróbico é o principal sistema


energético atuante.

• Nosso sistema de transporte de oxigênio


(coração e pulmões) é capaz de fornecer
O2 suficiente para cada célula e, portanto,
ATP suficiente para atender as necessidades
energéticas no estado de repouso.
Exercício
O envolvimento dos Sistemas aeróbicos e
anaeróbicos depende:

- Da intensidade e tipo de exercícios realizados;


• Curtos períodos em intensidade máxima ou
submáxima
• Longos períodos em intensidade submáxima

- Do estado de treinamento do indivíduo;


- Da dieta alimentar
Exercícios de curta duração

- Nutriente  CARBOIDRATOS
GORDURAS (papel secundário)

- Sistema energético  ANAERÓBICOS (ATP-PC - até 3 min,


e glicose anaeróbica - 3 a 10 min).

A dosagem de ácido
Limitação do Sistema aeróbico: lático indica o Sistema
1. Ritmo ou potência individual máximo energético utilizado.
para consumir oxigênio.
2. O consumo de oxigênio alcança um
nível maior apenas após de 2 a 3 min.
Exercícios prolongados

- Nutriente  CARBOIDRATOS (inicialmente).


GORDURAS (após 20 min em média).

- Sistema energético  ANAERÓBICOS – inicialmente (fase


déficit de O2), AERÓBICOS (no alcance do estado estável).

A mistura na utilização das fontes energéticas também


dependem do estado de treinamento, as proporções de fibras
musculares (tipo I e II) e as reservas de glicogênio iniciais.
- Podem variar os sistemas de ATP (períodos de explosão
durante provas longas - anaeróbico).

- Eleva-se moderadamente os níveis de ácido lático, sendo a


fadiga determinada pela: redução da glicemia e do
glicogênio hepático e muscular; perda de água e elétrons
(desidratação) – aumento da T corporal; e o abatimento físico.
Controle e Regulação das Vias metabólicas

Como as células sabem qual fonte energética recorrer???

As fontes energéticas e combustíveis usados durante o exercício


estão relacionados com a intensidade e duração da atividade.

Controle e regulação das vias metabólicas para corresponder o


fornecimento de energia ao ritmo que está sendo utilizado para
evitar a fadiga precoce ou excessiva.
Meios de controle e regulação das vias metabólicas:

1. Regulação do estado energético – ocorre pela regulação


de enzimas-chaves quando a célula se encontra em baixo
nível de energia (ação rápida).

2. Amplificação hormonal – de grande importância, porém de


ação mais lenta, já que opera por meio da ação hormonal
provocadora de aumentos de AMPc intracellular.
3. Regulação de substratos/enzimas - baseia-se no acúmulo
ou redução dos substratos que são produzidos ou utilizados
durante as reações, que ativam ou inibem enzimas
específicas (Ex. acúmulo de NADH ativa LDH a converter
piruvato em lactato).

4. Regulação do estado oxidativo – é determinada pela


intensidade do exercício, visto que depende da presença
de O2, como aceptor final de elétrons. No baixo
fornecimento de O2, por qualquer razão durante o
exercício, CO2 é inibido com um acúmulo de NADH, FADH2
e ADP.

Você também pode gostar