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1) Descreva o que é metabolismo (catabolismo e anabolismo).

- Refere-se a todas as reações químicas que ocorrem no corpo.


- Tais reações são divididas em dois tipos: anabolismo e catabolismo.
. Catabolismo: decomposição de moléculas orgânicas complexas em moléculas mais simples.
↳ exergônicas (produzem mais energia do que consome) ex. glicólise, ciclo de Krebs.
. Anabolismo: combinação de moléculas simples e monômeros para formar componentes funcionais e
estruturais complexos do corpo.
↳ endergônicas (consomem mais energia do que produzem) ex. síntese proteica.
- Funciona como uma ação de equilíbrio de energia entre as reações de decomposição e as de síntese.
- ATP atua como molécula (moeda) de troca energética.

- Depende das enzimas que estão ativas em uma célula específica (temporal e locacional)
↳ reações catabólicas ocorrem na mitocôndria e anabólicas no retículo endoplasmático.
- Moléculas sintetizadas em reações anabólicas tem existência limitada (poucas exceções).
- Cada passo em uma rota metabólica é uma reação enzimática diferente, e as reações de uma rota
metabólica acontecem em sequência. Chamamos as moléculas de intermediários das rotas metabólicas,
uma vez que os produtos de uma reação se tornam substratos para a próxima. Vias metabólicas sendo
chamadas de vias de metabolismo intermediário. Certos intermediários, denominados intermediários-chave,
participam em mais de uma via metabólica e atuam como ponto de ramificação para canalizar o substrato
em uma direção ou em outra.
- Cerca de 40% da energia liberada no catabolismo são usados para funções celulares. (eficiência)
↳ o resto é convertido em calor, parte do qual mantém o corpo aquecido.
- Tipos de metabolismos:
Metabolismo basal: é o gasto energético mínimo para manter as funções do organismo em repouso
(com batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e manutenção da temperatura corporal).
↳ responsável por mais da metade do gasto energético na maioria dos indivíduos sedentários.
 é a taxa metabólica do sono.

2) Listar e explicar fatores que interferem no metabolismo (basal e total).


- Idade: quanto maior a idade, menor o metabolismo basal (↓ massa magra e ↑ massa gordurosa).
- Sexo: varia de acordo com os hormônios e com a quantidade de tecido adiposo.
↳ homens produzem testosterona e mulheres estrógeno. A testosterona possui importante efeito
anabólico mais especificamente nos músculos e elevam o metabolismo de 10 a 15%. O estrógeno não possui
tais efeitos.
↳ mulheres têm, por via de regra, mais tecido adiposo e menos músculo que os homens. Músculos
necessitam de mais oxigênio (relacionado ao metabolismo) que o tecido adiposo. Logo, elas possuem um
metabolismo mais lento em relação aos homens. (1kg de músculo gasta 22 ATPs/ 1 kg de tecido adiposo gasta
4 ATPs).
↳ Logo, homens possuem maior metabolismo basal do que as mulheres.
↳ H: 1 kcal/kg/h | M: 0,9 kcal/kg/h.
- Hormônio tireoidiano: a quantidade de T3 e T4 influencia pois esses intensificam as reações químicas.
- GH: o hormônio do crescimento aumenta o metabolismo celular e a massa muscular.
- Condicionamento físico: indivíduos com preparo físico ou em treinamento tem capacidade aeróbica mais
desenvolvida, adaptações cardiovasculares ou musculares.
↳ A produção de ATP aeróbia inicia cedo (preparo físico), resultando em uma menor produção de
ácido lático durante o exercício físico.  forma de obtenção energética anaeróbica.
- Febre: ↑ de 13% do metabolismo basal para cada grau de aumento da temperatura acima de 37°C.
↳ significa que o corpo está gastando mais calor na manutenção térmica.
- Clima: o metabolismo basal de pessoas que vivem nos trópicos (maiores temperaturas médias) é menor do
que aquelas que vivem em clima frio.  maior gasto de calor na manutenção térmica.
- Gravidez: aumento de 20 a 28% no metabolismo basal.
- Área da superfície corpórea: quanto maior a área, maior a perda de calor (pele), maior será o MB.
- Genética: boa parte das características hereditárias influenciam no funcionamento do corpo (aspectos
genéticos da obesidade).
- Estado nutricional: desnutridos crônicos possuem metabolismo basal menor que 50%.
- Termogênese induzida pela dieta: efeito térmico dos alimentos. Classificado de duas maneiras:
↳ Term. Obrigatória: energia requerida pela digestão, absorção e metabolismo de nutrientes.
↳ Term. Facultativa: aumento da taxa metabólica dependendo do tipo de macronutriente ingerido.
3) Caracterizar o balanço energético e listar os tipos.
- O balanço energético está relacionado com a alimentação e o gasto de energia do corpo.
Positivo: calorias ingeridas > gasto energético (aumento de peso)
Negativo: calorias ingeridas < gasto energético (diminuição do peso)
Neutro/ideal: calorias ingeridas = gasto energético (manutenção do peso)
- Varia de acordo com a necessidade de ingestão (ex. criança necessita de positivo; fisiculturista possui gasto
maior para gerar anabolismo tecidual).
4) Explicar e descrever o que é ATP e suas funções.

- O ATP fornece energia para a síntese dos componentes celulares mais importantes.
- Atua como “moeda energética” da célula, transferindo a energia livre derivada das substâncias de maior
potencial de energia àquelas de menor potencial de energia.
- Nucleotídeo composto de uma adenosina (adenina ligada a ribose) e três grupos fosfatos.
- Remoção de um fosfato: ADP/ Remoção de dois fosfatos: AMP.
- A energia livre padrão para a hidrólise do ATP é, aproximadamente, -7,3 kcal/mol para cada um dos dois
grupos fosfatos terminais.  composto fosfato de alta energia livre, carreador de energia.
- A produção de ATP é considerada um anabolismo e sua quebra um catabolismo.
- Sua energia é usada para promover 3 categorias de funções celulares: transporte ativo de substâncias através
da membrana (bomba de sódio e potássio); síntese de componentes químicos pela célula (síntese proteica); e
função mecânica (contração muscular ou secreção glandular).
- O ATP é mais importante como carreador de energia do que como molécula armazenadora de energia,
uma vez que as células podem conter apenas uma quantidade limitada de ATP. Um ser humano adulto em
repouso precisa 40 kg de ATP para suprir a energia necessária para sustentar um dia de atividade
metabólica, muito mais do que as nossas células poderiam armazenar. Em vez disso, o corpo obtém a maior
parte da sua necessidade diária de energia a partir das ligações químicas de biomoléculas complexas.

5) Explicar o funcionamento da glicólise anaeróbica (fermentação lática).


- Energia obtida sem a utilização simultânea de oxigênio.
- Oxidação de carboidratos, gorduras e proteínas resulta na síntese de ATP.
↳ os carboidratos são os únicos alimentos significativos para fornecer energia anaeróbia.
- Esta liberação de energia ocorre durante a quebra glicolítica da glicose ou do glicogênio em ácido pirúvico. -
p/ cada mol de glicose 2 mols de ATP são formados e p/ cada mol de glicogênio 3 mols de ATP são formados.
↳ A glicose livre que entra na célula deve ser fosforilada com o uso de um mol de ATP antes que
possa começar a ser quebrada, o que não acontece na glicose derivada do glicogênio.

Ocasionalmente, o oxigênio se torna indisponível ou insuficiente, de modo que a fosforilação


oxidativa não pode ocorrer. Ainda assim, mesmo sob estas condições uma pequena quantidade de energia
ainda pode ser liberada para as células pelo estágio da glicólise da degradação de carboidratos, porque as
reações químicas para a ruptura de glicose em ácido pirúvico não requerem oxigênio.
Este processo consome uma grande quantidade de glicose porque apenas 24000 calorias são
empregadas para formar ATP em cada molécula de glicose metabolizada, o que representa apenas um pouco
mais do que 3 % da energia total na molécula de glicose. Entretanto, esta liberação de energia glicolítica para
as células, que é chamada de energia anaeróbica, pode ser uma medida salvadora durante alguns poucos
minutos em que o oxigênio se torna indisponível.
A formação de ácido lático durante a Glicólise Anaeróbica permite a liberação de energia
anaeróbica extra. A lei de ação das massas afirma que à medida que os produtos finais da reação química se
acumulam num meio reagente, a taxa da reação diminui, aproximando-se de zero. Os dois produtos finais das
reações glicolíticas são (1) ácido pirúvico e (2) átomos de hidrogênio acoplados com NAD + para formar
NADH e H+. O acúmulo de um deles ou de ambos seria capaz de suspender o processo glicolítico e impedir
uma formação adicional de ATP. Quando suas quantidades se tornam excessivas, estes dois produtos finais
reagem entre si para formar o ácido lático.
Assim, sob condições anaeróbicas, a maior porção de ácido pirúvico é convertida em ácido lático, que
se difunde rapidamente das células para os líquidos extracelulares e até mesmo para os líquidos intracelulares
de outras células de menor atividade. Consequentemente, o ácido lático representa um tipo de sumidouro em
que os produtos finais da glicólise podem desaparecer, permitindo assim que a glicólise prossiga além do que
seria possível de outra maneira. De fato, a glicólise poderia prosseguir apenas por alguns segundos sem esta
conversão. Em vez disso, é possível continuar por diversos minutos fornecendo quantidades extras
consideráveis de ATP para o corpo, mesmo na ausência de oxigênio respiratório.

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