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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CAMILA MENDES

GABRIEL ALMEIDA

STEFANO LUIS FACCIONI

APLICAÇÃO DA FISIOLOGIA NO TREINAMENTO DE JOGADORES


DE FUTEBOL: REVISÃO DE LITERATURA NÃO-SISTEMÁTICA

Rio de Janeiro

2022
CAMILA MENDES

GABRIEL ALMEIDA

STEFANO LUIS FACCIONI

APLICAÇÃO DA FISIOLOGIA NO TREINAMENTO DE JOGADORES


DE FUTEBOL: REVISÃO DE LITERATURA NÃO-SISTEMÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Graduação em Educação Física
do Centro Universitário IBMR como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharelem Educação Física.

Orientador: Prof. Me. Estêvão Rios Monteiro

Rio de Janeiro

2022
FOLHA DE APROVAÇÃO

Camila Mendes

Gabriel Almeida

Stefano Luis Faccioni

APLICAÇÃO DA FISIOLOGIA NO TREINAMENTO DE JOGADORES DE FUTEBOL:


REVISÃO DE LITERATURA NÃO-SISTEMÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Graduação em Educação Física
do Centro Universitário IBMR como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Educação Física.

Aprovado em: 01 de julho de 2022

________________________________________

Orientador: Prof. Me. Estêvão Rios Monteiro


Centro Universitário IBMR
________________________________________

(Nome com titulação)


(Instituição que está vinculado)

________________________________________

(Nome com titulação)


(Instituição que está vinculado)
DEDICATÓRIA

Aos nossos familiares e parceiros por terem nos incentivado e acreditado em nosso
potencial, nos apoiando e acompanhando em todas as situações nesses anos, sempre ao nosso
lado e vendo o quão difícil foi chegarmos aqui.
AGRADECIMENTOS

Nossos sinceros agradecimentos!


A força de vontade deve ser mais forte do que a habilidade.
(Muhammad Ali)
RESUMO

MENDES CAMILA, ALMEIDA GABRIEL, FACCIONI STEFANO. Aplicação da fisiologia


no treinamento de jogadores de futebol: revisão de literatura não-sistemática(Graduação em
Educação Física). Centro Universitário IBMR, 2022.

O objetivo geral foi discutir sobre a aplicação da fisiologia no treinamento de jogadores de

futebol.A essencialidade de se alvejar o alto rendimento em atletas é um seguimento

infindável e um desafio estável de profissionais que estão envolvidos com o aprimoramento

do talento atlética, como é o caso do futebol. À semelhança do que se verifica em várias

modalidades desportivas coletivas, por exemplo, o futebol que é nosso esporte de maior

público, tem passado, nos últimos anos, por um desenvolvimento que foi alcançada graças ao

conhecimento da ciência. O tipo de pesquisa é uma revisão de literatura e o objetivo principal

desse tipo de pesquisa é expor os atributos de um determinado fenômeno ou enunciado em

suas variáveis. Concluindo, o fisiologista é especialmente um profissional de saúde que tem

cada vez mais um encargo educativo. Contribuindo para corrigir a recomendação científica

que toda a população esportiva deve receber sobre diversos aspectos de saúde do corpo

humano e, em particular, quando conquistado à concretização de exercícios.

Palavras-chaves: Fisiologista; Futebol; Saúde.


INTRODUÇÃO

O futebol como esporte de alto nível, como qualquer outro fator sociocultural, passa

por um processo de transformação, mesmo que de forma lenta. Algumas dessas mudanças são

vistas através do desempenho atlético. O alto rendimento no futebol é um tema amplo e

complexo, pois envolve uma série de situações operacionais e estruturais que oferecem

oportunidades para alterar o estado de desempenho(BENTO; GARCIA; GRAÇA, 2019).Em

todos os procedimentos necessários para obter alta performance, focar nas seguintes áreas:

física, técnica e tática, além de investimentos financeiros através de grandes corporações

(BALBINOTTI, 2017).

A sociedade atual transformou o esporte em um setor economicamente dinâmico e

atrativo(BALBINOTTI, 2017).O crescente interesse da sociedade e o desenvolvimento

participativo na atividade física desencadeiam impacto econômico, aumentando as compras

de espetáculos, serviços, equipamentos, vestuário, publicidade, patrocínios e muito mais. Os

fãs consomem os produtos culturais mitológicos produzidos pela publicidade como qualquer

outro produto de consumo (BENTO; GARCIA; GRAÇA, 2019).

No futebol, a combinação de profissionais de diferentes áreas do conhecimento

humano é chamada de equipe multidisciplinar. Através da relação de expertise, pode melhorar

o desempenho atlético. Bescóset al. (2015) sugerem que os comitês técnicos se caracterizam

por reunir um grupo de pessoas durante o processo de formação, trazendo especialização em

diferentes áreas de preparação. O Comitê Técnico é responsável pelo planejamento e

desenvolvimento do treinamento de prontidão. A operacionalização desse conhecimento

possibilita que os atletas alterem seu desempenho em busca de maior desempenho.

Campbell, Campbell e Dickinson (2019) mencionaram que a responsabilidade pelo

treinamento é distribuída uniformemente entre os membros do comitê técnico que atuam em

áreas totalmente definidas por meio do entendimento e cooperação mútuos. Em sua pesquisa,
Cárdenes (2019) observou que os membros da comissão técnica lidam direta ou indiretamente

com os atletas, colaborando de alguma forma com seu desempenho, destacando assim o papel

dos treinadores, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e dentistas.

Faina, Gallozzi e Lupo (2016) indicam que a estrutura funcional básica dos diferentes

componentes de um comitê técnico muda ao longo do tempo de acordo com os requisitos

teóricos e práticos. Diferentes perspectivas de atuação decorrem dos paradigmas de cada

período, com destaque para a composição de novos especialistas em esportes de alto

rendimento e futebol, mas sempre com uma visão técnica dedicada.

A evolução do conhecimento científico e o surgimento de vários domínios do

conhecimento humano em nível o desempenho do futebol pode desencadear o processo de

especialização. Através de um estudo mais detalhado, os profissionais podem aprimorar suas

ações teóricas e práticas, que são benéficas para melhorar o desempenho. Segundo Farto

(2013) a ciência da medicina e as ciências biológicas têm investido fortemente, para expandir

o campo de conhecimento aplicado ao campo da locomoção, incluindo níveis terapêuticos e

preventivos. O principal objetivo é melhorar o desempenho físico e o desempenho em atletas

altamente competitivos e prevenir doenças cardíacas.

O programa contribuiu decisivamente para essa vitória. Esse conjunto de variáveis foi

parcialmente controlado por um grupo de pessoas que compunham a equipe técnica. Parece-

nos, portanto, que nessa composição há profissionais que não se limitam a observar ou

controlar o trabalho de outros. Entendemos que, na busca do alto desempenho, são

necessários profissionais com a mesma ética de trabalho nos comitês técnicos, para poder

melhorar a qualidade de seu trabalho e fortalecer suas ações técnicas (FERREIRA, 2019).

A essencialidade de se alvejar o alto rendimento em atletas é um seguimento

infindável e um desafio estável de profissionais que estão envolvidos com o aprimoramento

do talento atlética, como é o caso do futebol. À semelhança do que se verifica em várias


modalidades desportivas coletivas, por exemplo, o futebol que é nosso esporte de maior

público, tem passado, nos últimos anos, por um desenvolvimento que foi alcançada graças ao

conhecimento da ciência.

O objetivo geral foi discutir sobre a aplicação da fisiologia no treinamento de

jogadores de futebol. Os objetivos específicos foram analisar o conceito do futebol e a sua

fisiologia e descrever a importância do fisiologista associado e efetivo de uma comissão

técnica de futebol.

O tipo de pesquisa é uma revisão de literatura não-sistemática cujo objetivo principal é

expor os atributos de um determinado fenômeno ou enunciado em suas variáveis (GIL, 2018).

Portanto, recomenda-se que apresente as seguintes características: use a análise atmosférica

como fonte direta de dados e use os pesquisadores como ferramenta de troca; não interfira no

uso de técnicas e métodos estatísticos e tenha um entendimento mais profundo da explicação

O método deve ser metodológico e o foco principal, mais do que os resultados ou realizações,

a apreciação dos dados deve ser realizada de forma intuitiva e indutiva pelos pesquisadores

(GIL, 2018).

O método de revisão de literatura permite a inclusão de pesquisas experimentais e não

experimentais, a combinação da obtenção de dados empíricos e teóricos, pode levar à

definição de conceitos, identificação de lacunas no campo da pesquisa, revisão teórica e

análise de métodos de pesquisa sobre um determinado tema. O desenvolvimento desse

método requer recursos, conhecimentos e habilidades (GIL, 2018).

FUTEBOL E A FISIOLOGIA

O futebol é uma categoria que requer, do jogador, várias capacidades: aptidão técnica,

boa interpretação tática do jogo, ação intelectual centrada na vantagem e superior capacidade

física(BALBINOTTI, 2017). O treinador precisa ver com extremidade as características


técnicas e táticas, e ainda os aspectos fisiológicos da modalidade para maquinar o conteúdo e

a administração temporal das cargas do treino em encargo daquilo que o jogo exige.

Pode-se concluir, com fundamento em inúmeros estudosde Balbinotti (2017), quão, do

ponto de aspecto fisiológico, o futebol apresenta um contorno bioenergético mesclado com

um conhecimento essencial do metabolismo aeróbio. Entre as ciências que dão apoio à

exercício físico, poucas conseguiram no futebol o status que a fisiologia assumiu nas duas

últimas décadas do século XX. Em curto tempo, os resultados e o desenvolvimento dos

profissionais da área transformaram a disciplina e a alçaram à capacidade de base para

qualquer comitê técnico.

Apesar de ser uma área relativamente nova em um departamento de futebol, a

fisiologia neste instante faz parte dos maiores times do Brasil e do mundo, auxiliando

treinadores e preparadores físicos a tomarem decisões quotidianamente e nos jogos.

Habilidades com dados e em diversas áreas da saúde são muito importantes para desenvolver

um benéfico trabalho. Sendo assim, é necessário que tenha a compreensão dos mecanismos de

treinamentos do futebol para que possa levantar correções e adaptações no percurso.

Para Weineck (2000) a necessidade de se trabalhar com a força e principalmente com

a potência muscular no futebol, pois a potência pode ser claramente observada em

acelerações, finalizações, nas frenagens, mudanças de direção, bem como a fase inicial de

corridas e saltos.Foi citado força, porque a fisiologia e o treinamento de força caminham

juntas na competitividade esportiva, pois os atletas têm necessidade de desenvolver uma

musculatura forte, rápida e resistente.

Sendo assim, são realizados exames periódicos que indicam níveis de fadiga muscular,

para dosear o exercício em um treino, estreitar a frequência de alguma prática específico ou

mesmo respeitar jogadores em algumas partidas para descansar, para na partida seguinte estar

na sua melhor condição. Um esportista que se lesiona perde muito mais do que apenas os
jogos nas quais não pode estar presente. Sendo ele o desfalque, perde sessões de treinos

técnicos que o ajudam a se engrenar mais com as idéias do treinador.

O futebol moderno exige um jogador forte, rápido, capaz de vencer resistências,

suportar cargas intensas e, ao mesmo tempo, ter pouca fadiga durante o jogo. Logo, o atleta

precisa manter força, velocidade, resistência e flexibilidade de forma conjunta. (GUERRA et

al., 2004).

A fisiologia utiliza métodos científicos para rematar o seguimento de recuperação,

com objetivo de uma melhor atuação com um perigo menor de lesões causadas pela

sobrecarga de jogos e treinamentos. Segundo Oliveira et al., (2009, p. 22). O futebol é um

esporte de competição, mas ao mesmo tempo contribui para o desenvolvimento físico,

emocional e intelectual de crianças e adolescentes.

Aplicar um treinamento especificado é essencial tanto para esportes coletivos, quanto

o futebol, como para esportes individuais, já que cada esportista tem características únicas e

respondem de formas diferentes a um estímulo. Para se comunicar de treinamento é certo

compreender quais são os principais aspectos fisiológicos que envolvem um desportista.

Para entendermos os aspectos fisiológicos no futebol, é indispensável conhecimento

acerca dos conceitos fisiológicos atrelados a qualquer espécie de exercício. Contudo, o corpo

humanal possui duas grandes vias de ação para se movimentar: anaeróbica e

aeróbica(BALBINOTTI, 2017).O uso dessas duas vias é definido transversalmente da

característica do mesmo exercício. No entanto, é essencial compreender que essas vias

restabelecidas ao mesmo tempo e, a categoria do serviço físico, definirá a ascendência entre

um sistema e outra.

Via energética anaeróbica pode estar dividida em alática e lática. A via energética

anaeróbica alática possui, predominantemente, atributo de fornecer energia de aparência

rápida através da creatina fosfato sem a existência de oxigênio(BALBINOTTI, 2017). Por


exemplo, em exercícios de curta duração, quanto uma corrida em velocidade máxima em 10

segundos. No entendo a via energética anaeróbica lática, os exercícios um pouco mais longos,

exemplo, em corridas 400m. A presença de ácido lático e não utilizará oxigênio.

Já o sistema aeróbico é característico de exercícios de longa duração(GÓMEZ;

FLORES; JIMÉNEZ, 2016).Neste sistema, o corpo transforma substratos em energia com a

utilização de oxigênio. Podemos citar aqui as corridas de maior duração, exemplo, 3000m,

5000m, 10000m.A frequência cardíaca máxima (FCM) é utilizada para determinar o limite

durante um treinamento. Para calcular qual a frequência máxima de um atleta é só utilizar a

seguinte fórmula: FCM = 220 – idade da pessoa(BALBINOTTI, 2017).O VO2 máximo é o

volume máximo de oxigênio que o seu corpo consegue ingerir do ar que está nos pulmões e é

transformado em energia.

A IMPORTÂNCIA DO FISIOLOGISTA ASSOCIADO E EFETIVO DE UMA

COMISSÃO TÉCNICA DE FUTEBOL

A medicina esportiva brasileira ainda está em fase de crescimento em alguns aspectos

de organização, recursos humanos e materiais. A fisiologia do exercício ainda é considerada

uma profissão relativamente nova no futebol. A figura do fisiologista do exercício e, portanto,

sua função e formação, é desconhecida da grande maioria dos envolvidos nessa modalidade e

não sabe descrever o papel do profissional no time de futebol.

Ressalta-se que especialistas nesta área trabalham diretamente com os culturistas e são

responsáveis pelas seguintes funções: 1) Trabalho em equipe, fornecendo informações

contínuas às comissões técnicas sobre o estado funcional dos atletas; 2) Avaliação sistemática

dos atletas; 3) Treinamento longitudinal do atleta acompanhamento da aptidão funcional após;

4) capacidade de investigar e refletir sobre vários aspectos do futebol (GÓMEZ; FLORES;

JIMÉNEZ, 2016).
Portanto, os fisiologistas do exercício precisam de um amplo conhecimento dos

métodos científicos de avaliação funcional e treinamento esportivo, bem como do campo

específico dos conceitos de bioenergética para o futebol. Isso permite determinar o tipo de

esforço e escolher o método adequado para desenvolver o plano de treinamento de um

jogador de futebol. Em conclusão, um fisiologista do exercício é essencialmente um

profissional de saúde em primeiro lugar, com um papel educacional crescente (GRECO,

2014). Ajuda a melhorar as informações científicas que toda a comunidade esportiva deve ter

sobre diferentes aspectos da saúde humana, principalmente quando se trata de exercícios.

Como qualquer outro fator sociocultural, a evolução, conscientização e desenvolvimento do

esporte em nosso país está fadado a passar por um processo de transformação, ainda que

lentamente. O número de especialistas que compõem o quadro de uma equipe esportiva que

podem contribuir para o esporte em uma organização multidisciplinar tornou-se uma novidade

(KONZAG, 2020).É importante enfatizar que a fisiologia do exercício para o exercício é

apenas uma disciplina dentro do currículo da medicina esportiva. Os candidatos a esta função

precisam ter um conhecimento sólido de fisiologia do exercício, organização e prescrição do

treinamento, especificidade dentro da amplitude de movimento e conhecimento de métodos

de avaliação científica de laboratório e de campo. No Brasil, como em muitos países

desenvolvidos, mas em ritmo mais lento, os fisiologistas do futebol são valorizados

(KONZAG; DÖBLER; HERZOG, 2014).

Nos últimos anos, o desenvolvimento de jogadores de futebol de alto nível mudou

muito de décadas atrás. O número de jogos e o tempo gasto em sessões de treino aumentaram

significativamente. Desde então, a dinâmica da carga de treinamento também mudou devido à

entrada de novos conceitos na prática do futebol atual. Atualmente, os clubes mais bem

estruturados possuem laboratório próprio de fisiologia do exercício, o que dá maior suporte ao


departamento de preparação física para a realização do exercício, com embasamento e

controle científico (MAZZA, 2017).

O papel dos fisiologistas do exercício e fisiculturistas na análise do programa de

treinamento de um atleta é importante no que se refere à dinâmica da carga de trabalho

durante a temporada de futebol. Do ponto de vista de uma instituição formadora, a relação

entre o número (quantidade) e a intensidade (qualidade) dos exercícios realizados na chamada

fase de preparação e na fase de competição deve ser considerada de diferentes maneiras

(MEDINA, 2013).Antigamente, a avaliação do nível de aptidão física dos atletas era obtida

por meio de testes fisiológicos, que ofereciam condições objetivas para que os fisiculturistas

treinassem de acordo com as necessidades de cada atleta. Dependendo dos resultados

fornecidos pelos jogadores, o tempo destinado à preparação geral pode ser reduzido em troca

de um trabalho específico e mais foco no drible. Testes fisiológicos podem verificar com

precisão quais qualidades físicas precisam ser desenvolvidas de acordo com as necessidades

da forma que está sendo praticada (MOLINA NETO et al., 2019).

Portanto, uma análise criteriosa da atividade física ajudará a identificar os principais

tipos de esforço e escolher um método adequado para desenvolver um programa de

treinamento. Essencialmente, um fisiologista do exercício é antes de tudo um profissional de

saúde com um papel educacional cada vez maior. Ajuda a melhorar as informações científicas

que toda a comunidade esportiva deve ter sobre as diferentes funções do corpo humano,

principalmente durante o exercício (MORAES, 2017).

As necessidades fisiológicas e metabólicas dos jogadores variam amplamente dentro

de uma partida de futebol. A maior dificuldade que encontramos em torno das necessidades

dos jogadores de futebol é que o futebol não é uma atividade de código pré-determinado, ou

seja, as necessidades esportivas são imprevisíveis e o jogador muitas vezes se depara com

situações em que nem sempre está pronto (NACUSI, 2013).


O maior desafio é conseguir personalizar as necessidades específicas de cada jogador

com base nas características impostas pelo futebol, pois os movimentos dos jogadores de

futebol são muito dinâmicos e as mudanças e nuances de cada partida são imprevisíveis. Uma

compreensão básica dos sistemas de energia usados no futebol é essencial para planejar

adequadamente o treinamento durante as fases de preparação geral e específica, bem como os

requisitos individuais de cada posição. O futebol moderno requer muitas qualidades físicas

que parecem ser independentes da posição do jogador (PARREIRA, 2016).

Capacidade de aceleração rápida, alta velocidade de corrida, boa capacidade de saltar,

poder explosivo dos músculos dos membros inferiores, resistência à velocidade, etc. são os

requisitos constantes dos atletas. O futebol é considerado um esporte não periódico, um

movimento complexo composto por funções intermitentes, ou seja, os jogadores de futebol

realizam continuamente movimentos defensivos e ofensivos durante o jogo (BALBINOTTI,

2017).

Em relação aos principais sistemas metabólicos utilizados no futebol, é importante

lembrar que qualquer tipo de contração muscular só pode ocorrer na presença de trifosfato de

adenosina (ATP)(BALBINOTTI, 2017).O ATP é decomposto em difosfato de adenosina

(ADP) e fosfato inorgânico (Pi), causando contrações musculares. No entanto, apenas uma

pequena quantidade de ATP é armazenada nos músculos, o que não é suficiente para suprir as

demandas energéticas durante o exercício de alta intensidade e requer cobertura de CP, pois

suas reservas são maiores (BENTO; GARCIA; GRAÇA, 2019).A compensação metabólica

deve vir dos sistemas glicólise anaeróbio e aeróbio, respectivamente. Este achado fisiológico

tem implicações práticas muito importantes, pois a rápida utilização e ressíntese de ATP pelo

PC, e posteriormente pela glicólise anaeróbica, durante uma partida de futebol é o fator mais

importante no fornecimento de energia para os esforços intensos dos jogadores de futebol. Foi

observado que a PC ressintetiza rapidamente após exercício vigoroso. No entanto, o tempo de


recuperação associado ao deslocamento e descanso realizado pelos jogadores de futebol

durante as partidas de futebol é muito curto (BESCÓS et al., 2015).

A PC, como um sistema compensatório rápido para produção de energia muscular

para exercícios de alta intensidade, não consegue compensar adequadamente a energia

necessária que ocorre neste pequeno espaço de tempo, fazendo com que os jogadores de

futebol em momentos diferentes desde o início, exigindo que a via metabólica do lactato

continue trabalhar duro. Esses dois sistemas metabólicos são as principais fontes de energia

que fornecem suporte específico para a prática do futebol (CÁRDENES, 2019).

Carravetta (2017) demonstrou que em 1985 o tempo necessário para reposição

intramuscular dos estoques de CP no quadríceps de indivíduos não treinados pode variar entre

55 e 90 segundos. No entanto, não devemos esquecer que a eficiência metabólica da via do

lactato em atletas é potencializada pelo treinamento. Atualmente, os atletas se movimentam

muito rápido e, dependendo da posição do atleta, há pouco ou nenhum período de

recuperação. Essa evidência sugere que os sistemas de energia CP e lactato devem ser

considerados mecanismos compensatórios chave em relação às demandas específicas do jogo.

Os jogadores de futebol modernos se envolvem cada vez mais em exercícios

prolongados e intermitentes de alta intensidade. A preferência primária pela prática dividida

com ou sem bola deve servir como modelo estratégico para o desenvolvimento do sistema

energético necessário ao futebol. Isso constitui uma tendência de orientação mais moderna na

formação de jogadores de futebol. Outro fator que pode melhorar o desempenho de um

jogador de futebol é o desenvolvimento de sua capacidade aeróbica (FARTO, 2013).

Demonstrou-se que o treinamento aeróbico aumenta a capacidade dos músculos de

extrair oxigênio, que se acredita ser um fator importante no aumento da densidade capilar,

seguido pelas concentrações de mioglobina e mitocondrial. Como resultado, o organismo

desenvolve uma melhor capacidade de utilizar o oxigênio periférico durante o trabalho


muscular, reduzindo o consumo de CP e o acúmulo de lactato (FERREIRA, 2019).

A utilização de sistemas lácticos e anaeróbios lácticos, como forma de compensar as

demandas específicas da competição, deve receber maior ênfase durante a fase de competição.

Em vez disso, o sistema aeróbico é melhor executado na fase pré-corrida para aumentar a

capacidade cardiorrespiratória. Durante a temporada competitiva, só é necessário manter a

curva fisiológica do metabolismo aeróbico (GRECO, 2014).

Para vários clubes de futebol brasileiros, o tempo de preparação dos jogadores é muito

curto. Portanto, é fundamental avaliar previamente os atletas para verificar aqueles que

precisam ou não de uma base aeróbica maior. Isso fornecerá ao fisiculturista informações que

lhe permitirão desenvolver um plano de treinamento baseado nas necessidades individuais do

atleta. A verificação prévia do nível de aptidão física trouxe um posicionamento objetivo para

a preparação dos atletas (KONZAG, 2020).

Nesse sentido, os testes fisiológicos ganharam destaque e se tornaram uma importante

ferramenta nos programas de treinamento inicial dos jogadores de futebol. Uma abordagem

que recentemente conquistou seu campo é a ergoespirométrica computadorizada, que analisa

o ar expirado para verificar a função pulmonar durante o exercício (MAZZA, 2017).

Com essa abordagem, podemos quantificar parâmetros funcionais importantes, como

consumo de oxigênio (VO2), limiar anaeróbico (ponto de transição metabólica), cinética do

oxigênio e muito mais. Além disso, os resultados validados nos permitem avaliar, controlar e

ajustar as cargas de treinamento individuais ao longo da temporada. 1) Trabalho em equipe: a)

O trabalho em equipe é essencial na busca de metas com um grupo de profissionais. Os

fisiologistas do exercício têm autonomia na programação e avaliação fisiológica dos atletas e

são os únicos responsáveis pela tomada de decisões em campo.

No entanto, é sua responsabilidade compartilhar o perfil funcional do atleta com a

Comissão Técnica por meio de um diálogo franco, aberto e contínuo; b) o fisiologista do


exercício assume as responsabilidades previamente especificadas pela Comissão Técnica; c)

uma abordagem abrangente e participativa das as atividades e metas traçadas pelo

planejamento da Comissão Técnica; d) avaliação crítica do desempenho alcançado pelo atleta

e reflexão sobre possíveis erros; 2) avaliação sistemática e contínua do atleta: a) o fisiologista

do exercício deve avaliar permanentemente o nível funcional de condicionamento do motor e

os programas a serem usados sob demanda. 3) Acompanhamento longitudinal da aptidão

funcional do atleta após o treino: a) Quando falamos em acompanhamento a longo prazo, este

só é possível na presença de um fisiologista do exercício (avaliação, treino e jogo). 4) A

capacidade de investigar e refletir sobre todos os aspectos do futebol: a) Investigar e refletir

sobre as práticas cotidianas de treinamento com base em métodos científicos; b) reconhecer as

limitações e limitações individuais; c) deve ter traços de personalidade orientados

cientificamente (MEDINA, 2013).O envolvimento de fisiologistas como membros da

comissão técnica é relativamente novo. No entanto, um esforço conjunto é necessário porque

os treinadores, como coordenadores de seus comitês, desempenham um papel importante na

identificação e avaliação das necessidades dos atletas. Infelizmente, a postura da Federação de

Clubes de Futebol não é louvável, pois desencoraja esses especialistas de se envolverem em

suas equipes. Os fisiologistas do exercício são profissionais com formação específica e

capacidade de contribuir para a melhoria da prática do exercício, pois o objetivo final é a

saúde do atleta (MOLINA NETO et al., 2019).

A preparação física dos jogadores de futebol mudou ao longo do tempo, criando novos

conceitos e até exigindo dos jogadores um maior envolvimento em campo. Diante da escala

dessa mudança, clubes mais organizados têm investido em seus departamentos de futebol,

contando com o apoio de diversos especialistas e maior investimento em tecnologia. Essa

nova realidade criou uma necessidade para o futebol desenvolver o campo da ciência

(MORAES, 2017).Nesse contexto, ganha destaque a presença de fisiologistas do exercício e


fisiculturistas. No passado, os fisiculturistas não tinham a ciência do treinamento atlético e

dependiam apenas do conhecimento prático. Atualmente, o método científico e sua precisão

dominam o treinamento físico dos atletas. Fisiologistas e fisiculturistas devem ter profundo

conhecimento no campo da estratégia e organização do treinamento esportivo, pois só assim é

possível planejar adequadamente o treinamento em um programa sistemático e

individualizado (NACUSI, 2013).

O fisiologista do exercício ocupa uma posição relativamente nova no mundo do

futebol, diretamente relacionada aos fisiculturistas, aplicando e controlando métodos

científicos para avaliar e prescrever o treinamento de jogadores de futebol. Com base na

interpretação dos testes realizados, haverá programas de treinamento individual que tornam

este trabalho altamente responsável (PARREIRA, 2016). Os fisiologistas são responsáveis por

prever a evolução funcional de um atleta com base em um conjunto de resultados,

conhecimento teórico e fatores limitantes de desempenho, com base no tempo disponível e no

tipo de treinamento mais adequado, para atingir o nível de condicionamento desejado.

Portanto, o desempenho atlético ou de alto nível depende do trabalho em equipe

multidisciplinar (KONZAG, 2020).

CONCLUSÃO

Concluindo o artigo procuramos demonstrar a importância do fisiologista que é um

associado efetivo de uma comissão técnica. Dito isso, é entendido que esse profissional ocupa

uma função relativamente novo no futebol, ocupando-se absolutamente com o fisiculturista,

aplicando e controlando metodologias científicas de estimativa e prescrição de treinamento

aos jogadores de futebol.

Podemos significar que, no extrínseco, a participação de áreas do conhecimento,

quanto a fisiologia do exercício, biomecânica, fisioterapia, psicologia do esporte, cardiologia,

entre outras, sendo gratuito seu auxílio para a melhoria desse esporte. A partir disso, em
decorrência do caso do futebol com essas áreas, toda a atividade passou e continua passando

por um maior e mais pormenorizado conhecimento do jogador, com reflexo transparente no

progresso do seu grau de aptidão atlética para a prática competitiva do esporte.

Contudo, o fisiologista requer ampla participação de metodologias científicas de

avaliação prática e treinamento, com saúde quanto o domínio específico de conceitos para o

futebol. Permitindo reconhecer o modelo de empenho e escolher métodos adequados para o

desenvolvimento futebolista. Concluindo, o fisiologista é especialmente um profissional de

saúde que tem cada vez mais um encargo educativo. Contribuindo para corrigir a

recomendação científica que toda a população esportiva deve receber sobre diversos aspectos

de saúde do corpo humano e, em particular, quando conquistado à concretização de

exercícios.
REFERÊNCIA

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