MARIA ALDEIZA DE FÁTIMA FERREIRA JESSICA RAYANNE DOS SANTOS ELOÍSA VITÓRIA MARCELINO
A3: Futebol Sub-13
JABOATÃO DOS GUARARAPES
2024 2
FUTEBOL SUB-13
O Futebol Sub-13 é uma categoria de competição futebolística destinada a
jogadores que completam 12 ou 13 anos de idade no ano do campeonato. Essa categoria faz parte das Categorias de Base e é organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) (Palmiéri, 2015). Existem diversas categorias no futebol nacional e são conhecidas também como: fraldinha (7 a 9 anos), dente de leite (10 a 11 anos), pré-mirim (11 a 12 anos), mirim (12 a 13 anos), infantil (14 a 15 anos), infanto-juvenil (15 a 16 anos), juvenil (17 a 18 anos) e júnior (17 a 20 anos). Até os campeonatos Sub-20, as categorias são denominadas Categorias de Base (BASSANEZE, 2021).
As principais competições de futebol sub-13 no Brasil incluem:
1. Liga de Desenvolvimento Masculino Sub-13 - Organizada
pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). 2. Copa São Paulo de Futebol Júnior - (Copa SP): 3. Campeonato Pernambucano Sub-13 - Organizada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF) (PAOLI, 2007)
Vias Energéticas do Futebol
A fisiologia desempenha um papel crucial na capacidade dos jogadores de
executar movimentos intensos e sustentados durante uma partida. Vamos falar um pouco sobre as vias energéticas envolvidas: (GASPAR, 2017).
Sistema Anaeróbico:
Alático: Fornece energia rapidamente através da creatina fosfato, sem a
necessidade de oxigênio. Exemplos incluem sprints curtos, como uma corrida de 10 segundos em velocidade máxima (DECHICHI, 2004).
Lático: Relacionado a exercícios um pouco mais longos, como corridas de 400
metros, onde ocorre a produção de ácido lático sem o uso de oxigênio (CORTESÃO, 2005) 3
Sistema Aeróbico: Característico de exercícios de longa duração, o corpo
transforma substratos em energia usando oxigênio. Exemplos incluem corridas de 3000m, 5000m e 10000m (PASQUARELLI, 2013) No futebol, a situação é um pouco diferente. Durante uma partida, que dura no mínimo 90 minutos, o metabolismo energético predominante é o aeróbico, devido à sua longa duração. No entanto, existem momentos em que os jogadores precisam realizar ações de alta intensidade, como sprints para marcar gols, transições defensivas e acelerações para marcar oponentes próximos. Nessas situações, o metabolismo anaeróbico também está envolvido (TOCCHETTO, 2015)
Princípios de Treinamento
No futebol, os jogadores precisam estar em boas condições físicas para lidar
com as demandas do jogo. O treinamento físico é crucial para desenvolver as habilidades necessárias para jogar em níveis competitivos. Isso inclui treinamento de força, equilíbrio e agilidade, que melhoram o desempenho dos jogadores em vários aspectos, como saltos verticais e sprints (DA COSTA, 2023). Existem diversos métodos de treinamento utilizados para otimizar a condição física dos jogadores de futebol:
Treinamento Neuromuscular: Estratégia que inclui força, equilíbrio e agilidade para
melhorar o desempenho atlético de jogadores de futebol adolescentes. Um programa de treinamento neuromuscular de 6 a 12 semanas pode melhorar medidas de desempenho, como altura do salto vertical, equilíbrio e força muscular em jogadores jovens. Também ajuda a melhorar o padrão de movimento durante tarefas específicas, como saltos (ALEXANDRE, 2017).
Treinamento Unilateral e Bilateral: Ambas as estratégias têm surgido para
melhorar a força e a potência das pernas em atletas de futebol. Estudos mostram que ambas são igualmente eficazes na indução do aumento de força e potência. A combinação dos dois tipos de treinamento pode ser ainda mais benéfica para melhorar o desempenho em exercícios explosivos de alta intensidade e curta duração (SILVA, 2010). 4
Treinamento Balístico: Foco em movimentos rápidos e explosivos para melhorar a
potência muscular (DE SOUSA, 2016).
Treinamento Pliométrico: Exercícios que envolvem saltos e movimentos rápidos
para desenvolver a força e a potência (PIRES, 2011).
Treinamento de Força: Importante para aumentar a resistência muscular e a
capacidade de suportar cargas durante o jogo (BOMPA, 2001).
Treinamento de Sprints Repetidos: Melhora a velocidade e a resistência em
corridas curtas (SILVA, 2022).
Treinamento de Resistência: Desenvolve a capacidade cardiovascular e a
resistência geral (RIBEIRO, 2018).
Treinamento do Core: Fortalece os músculos centrais para melhorar a estabilidade
e o equilíbrio (NOBRE, 2018).
Além disso, existem princípios gerais do treinamento desportivo que se
aplicam ao futebol, como o princípio da individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, especificidade, continuidade e outros. Esses princípios ajudam a guiar o planejamento e a execução dos programas de treinamento para maximizar o desempenho dos jogadores. 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PALMIÉRI, Júlio César Jatobá. Um mundo em vários movimentos: uma etnografia
sobre futebolistas de base. 2015. BASSANEZE, Bruno et al. Manual do Futebol Peneira: Tudo para você mudar o jogo!. Futebol Peneira, 2021. PAOLI, Próspero Brum. Os estilos de futebol e os processos de seleção e detecção de talentos. Rio de Janeiro (RJ): Universidade Gama Filho, 2007. GASPAR, André Filipe Pita. A Componente Fisiológica do Treino e o Seu Contributo a Longo Prazo Para o Alto Rendimento no Futebol: Relatório de Estágio em Futebol Realizado na Equipa de Sub-15 Do Sport Lisboa e Benfica (Campeonato Nacional de Juniores C 2015-2016). 2017. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa (Portugal). DECHICHI, Clodoaldo. " RECUPERAÇÃO DE ATLETAS DO FUTEBOL DE ALTO RENDIMENTO EM ESFORÇOS INTERMITENTES: ASPECTOS FISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS. 2004. Tese de Doutorado. [sn]. CORTESÃO, Mónica Isabel Pessoa. A importância da recuperação em esforços de características lácticas: estudo comparativo de diferentes métodos de recuperação em especialistas de 400 metros planos de ambos os géneros. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso. PASQUARELLI, B. N. Treinamento do condicionamento aeróbio no futebol moderno: um estudo de revisão. Revista Brasileira de Futebol (The Brazilian Journal of Soccer Science), v. 4, n. 1, p. 30-41, 2013. TOCCHETTO, Guilherme Lopes et al. Adaptações funcionais e bioquímicas de jogadores de futsal de alto nível em diferentes períodos da temporada. 2015. DA COSTA, Israel Teoldo; CARDOSO, Felippe da Silva Leite; MACHADO, Guilherme Figueiredo. Caderno Metodológico para a Formação de Jogadores Mais Inteligentes e Criativos para o Jogo: Case UFV Soccer Academy. Editora Appris, 2023. ALEXANDRE, Diego Rafael de Oliveira. O efeito do treinamento neuromuscular integrativo no desempenho motor de crianças praticantes de futebol. 2017. Dissertação de Mestrado. Brasil. SILVA, Nuno Miguel Barbedo da. O efeito de um programa de exercícios na sensibilidade proprioceptiva do músculo quadricípite: estudo em jovens futebolistas. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso. [sn]. DE SOUSA, Filipe Adriano Bastos. Efeito de diferentes programas de treino de força na taxa de produção de força (RFD). 2016. PIRES, Alexandre Barboza et al. Treinamento pliométrico. EFDeportes. com, revista digital. Buenos Aires. Ano, v. 15, p. 1, 2011. 6
BOMPA, Tudor O. Periodizaçao No Treinamento Esportivo, a. Editora Manole
Ltda, 2001. SILVA, Renato Eduardo Sousa; SANTOS, Vinicius Montenegro Nunes dos. Influência da organização das cargas de treinamento de força muscular e resistência motora sobre o desempenho de capacidades físicas de atletas de futebol: uma revisão bibliográfica narrativa. 2022. RIBEIRO, Elivelton Noronha. Efeito do treinamento resistido sobre a composição regional, capacidade de força muscular e aspectos funcionais. 2018. NOBRE, Thatiana Lacerda; CAPERUTO, Érico Chagas. O fortalecimento do complexo lombo pélvico core e sua importância na reabilitação e no esporte. Fisioterapia Brasil, v. 17, n. 4, p. 394-399, 2016.