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Cap 1

INTRODUÇÃO À PREPARAÇÃO
FÍSICA NO FUTEBOL
TELA CHEIA SUMÁRIO

Copyright 2018 Futebol Interativo / Natal – RN ©

Coordenador
Darlan Perondi

Autores
Lucas Carvalho Leme
Darlan Perondi
Fabiano de Souza Fonseca
João Gustavo de Oliveira Claudino
Igor Soalheiro
Matheus Mardenn Oliveira
Bruno Assis Leite
Rodrigo dos Santos Guimarães
Douglas Marciotto Libonorio
Hebert Soares Bernardino

Designer Editorial e Interação


José Antonio Bezerra Junior

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TELA CHEIA SUMÁRIO

Capítulo

1
INTRODUÇÃO À PREPARAÇÃO
FÍSICA NO FUTEBOL

LUCAS CARVALHO LEME


DARLAN PERONDI
TELA CHEIA SUMÁRIO

Historicamente, a preparação física é uma das principais áreas de treinamento


no futebol de alto rendimento, mesmo que não sendo priorizada desde o início por
treinadores, técnicos e comissões. No futebol, a preparação física começou a ganhar
relevância e olhares atentos, principalmente, depois da copa do mundo de 1954, onde,
pelas primeiras vezes, uma pessoa figurava junto ao treinador e era responsável pela
condução das atividades físicas das equipes (DE ALMEIDA BARROS, 1990).
Por volta do ano de 1904, os exercícios físicos aplicados em treinamentos do fu-
tebol eram direcionados ao objetivo de melhorar, principalmente, a força, e não as
outras capacidades físicas relacionadas ao desempenho, como a resistência e veloci-
dade. Entre os primeiros modelos de treinamento, os exercícios voltados a preparação
física consistiam em corridas de 100, 200, 400 e 800 metros, além de exercícios físicos
com alteres, luta greco-romana e ginástica (GONCALVES, 1998).
As atribuições dos treinamentos da preparação física não eram de exclusividade
de um profissional, ou seja, não era definido um preparador físico para trabalhar essa
característica nos atletas. O treinamento físico era, então, direcionado à função do
treinador, ou de algum outro funcionário do clube, como o massagista (GONCALVES,
1998). Na Europa, a preparação física começa a ganhar mais ênfase no treinamento
físico que no resto do mundo, sendo que na Copa do Mundo de 1954 foi visto a
primeira atuação de preparadores físicos em algumas seleções e que figuravam ao
lado do treinador como auxiliares e eram os principais responsáveis pela orientação
de atividades físicas da equipe. Durante a realização da Copa do Mundo de 1966 na
Inglaterra, percebeu-se a nítida diferença entre as capacidades físicas das seleções
europeias para as demais seleções, sendo que as seleções da Inglaterra, Alemanha
Ocidental, Portugal e União Soviética ocuparam as primeiras colocações, respecti-
vamente.
No Brasil, no início do século XX, clubes paulistas utilizavam o treinamento de
sprints e corridas para melhora dos aspectos físicos dos atletas. No ano de 1958, na
Copa do Mundo da Suécia, a Seleção Brasileira (CBD) designa uma pessoa para ser
o responsável pela condução de exercícios físicos, sendo a primeira vez que uma
equipe brasileira apresenta a figura do preparador físico. Com o resultado do Mundial
daquele ano, com a primeira conquista da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira,
vários clubes brasileiros começaram a apresentar um profissional para o trabalho
de preparação física das equipes (CUNHA, 2003). Ainda a Seleção Brasileira volta
a conquistar o título Mundial quatro anos depois, sendo a função preparador físico
representado por Paulo Amaral.
No entanto, a copa de 1966 foi um marco para a preparação física. Durante o cam-
peonato mundial, percebeu-se um sistema de marcação homem a homem realizado
pela seleção Inglesa onde o condicionamento é fator preponderante para o sucesso
da equipe (CUNHA, 2003). Tão eficiente era o esquema tática da seleção Inglesa que
sagrou-se campeã naquele ano. Com o fracasso da Seleção Brasileira nessa Copa do

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Mundo, a preparação física passou a ser repensada no futebol brasileiro, começando


pelo próprio preparador físico. Em muitas ocasiões, o preparador físico era repre-
sentado por uma pessoa que não possuiu um vínculo com futebol, mas com outras
atividades, como esportes de luta e caça marinha, outros possuiam cargos militares,
como coronéis, tenentes e sargentos, e não possuíam conhecimento das bases cien-
tíficas do treinamento esportivo (DE ALMEIDA BARROS, 1990).
Com o avanço de pesquisas na Europa e com o sucesso da Seleção Portuguesa na
Copa do Mundo de 1966, onde o treinador era brasileiro (Otto Glória), inicia-se uma
nova fase na preparação física no Brasil, sendo que começou-se a ter uma evolução
maior no aspecto científico do treinamento, principalmente com profissionais que
estavam na Europa (CUNHA, 2003). Até o ano do tricampeonato mundial (1970),
poucos eram os times brasileiros que continham programas estruturados de prepa-
ração física e utilizavam bases científicas para fundamentar os métodos utilizados
(RIGO, 1977).
A partir da década de 1970, começou-se a ter um maior interesse na investiga-
ção científica no futebol, com o objetivo de auxiliar na preparação física dos atletas
(MAYHEW; WENGER, 1985). A identificação dos sistemas energéticos que predomi-
navam no esporte era feita através da análise de movimento realizada pelos atletas
durante o jogo (BARBANTI, 1996). Com o passar dos anos e com o avanço tecnoló-
gico, a investigação científica tornou-se cada vez mais comum e eficiente no auxílio
da preparação física no futebol.
Atualmente, o profissional responsável pela preparação física não está exclusi-
vamente em trabalho somente com a categoria profissional, mas sim com todas as
categorias de idade, sendo que as diferenças biológicas entre as diferentes fases da
vida podem influenciar na aptidão física do atleta e devem ser respeitadas na prepa-
ração e estruturação do treinamento das capacidades físicas.

1.1 A função do preparador físico no futebol moderno;


A velocidade com que as pesquisas em treinamento desportivo crescem no mundo,
em termos de conhecimento científico, mostram uma mudança no perfil do técnico e
do preparador físico, pois o profissional moderno deve cumprir algumas exigências,
dentre elas a de ser um profissional estudioso. Essa é uma das mais importantes qua-
lidades que o preparador pode demonstrar aos seus comandados (GOMES; SOUZA,
2009), pois no futebol atual os atletas estão cada vez mais bem informados e cons-
cientes sobre a prática sistematizada de preparação física, exigindo cada vez mais
do profissional que aplica os treinamentos aos mesmos um grande poder de conven-
cimento, a fim de se conseguir obter do atleta o máximo de rendimento esportivo.
Ter uma experiência prévia como ex-atleta pode também auxiliar nesse processo,
porém não é o principal requisito, visto que o conhecimento técnico-cientifico
adquirido em algum momento da vida não é duradouro, e a necessidade de reci-
clar-se deve ser constante, pois as áreas envolvidas com a preparação desportiva

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são as que estão relacionadas com o desenvolvimento do ser humano, tanto no


aspecto biológico como em outras dimensões (GOMES; SOUZA, 2009). Além dis-
so, a função do preparador física está inteiramente relacionada às competências
de atuação do profissional de Educação Física, assim torna-se necessário que o
profissional que atue nessa área, possua graduação no ensino superior e o regis-
tro profissional no órgão regulamentador da profissão (MILISTETD et al., 2015)
O profissional atualizado deve envolver-se com todos os aspectos relacionados ao
desenvolvimento do atleta e também se permitir o diálogo com todas as áreas correla-
tas dentro da formatação da comissão técnica no futebol atual. Hoje, já encontramos
em muitas equipes a presença de um grupo multidisciplinar de trabalho, composto,
além do técnico e preparador físico, de: o fisiologista, o psicólogo, o fisioterapeuta,
o assessor de imprensa, o nutricionista, o estatístico ou analista de desempenho,
dentre outros (Figura 1).

GRUPO INTERDISCIPLINAR

NUTRICIONAISTA

OUTROS FISIOLOGISTA

FISIOTERAPEUTA TÉCNICO MÉDICO

PSICÓLOGO ADMINISTRADOR
DO ESPORTE ESPORTIVO

PREPARADOR
FÍSICO

COMISSÃO TÉCNICA

Figura 1: Fluxograma de cargos em comissão técnica multidisciplinar de equipes de futebol de alto rendimento

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Mas, além da inserção de todos esses profissionais no futebol, o papel do pre-


parador físico passou a ser muito mais do que simplesmente treinar as capacidades
físicas do atleta. A este profissional da comissão técnica cabe também a aplicação
de testes físicos, o controle das cargas dos treinos, o equilíbrio entre as capacidades
físicas a serem treinadas, a economia de energia, a recuperação pós-exercício do jo-
gador, o aquecimento especifico para o treino e para o jogo, a periodização durante
a temporada, e ultimamente o “scout” físico durante os jogos. Carece também de
estar atento ao desempenho físico do atleta durante o jogo, pois se este se encontra
visivelmente fadigado já no primeiro tempo, deve informar ao técnico imediatamente
(MATTA et al., 2008).
Sendo assim, cabe ao preparador físico o conhecimento de causas internas e exter-
nas de todos os fenômenos com que está relacionado o desempenho de seus atletas,
visto que a aplicação adequada ou não de meios e métodos de treinamento devem
refletir no desempenho final, que é o jogo, e seu resultado sempre será influenciado,
com maior grandeza ou não, pela aplicação dessas variáveis.
Dessa forma, o preparador físico inserido no contexto atual do futebol deve apre-
sentar a capacidade de:

Demonstração: Saber explicar e estimular a execução com qualidade dos


esforços solicitados (qualquer execução inadequada pode acarretar lesões e
possíveis quedas no desempenho);

Aplicar metodologia adequada: planejar, executar e avaliar todas as solicita-


ções físicas aplicadas aos atletas, esclarecendo de forma clara os objetivos de
tal tarefa (atletas atuais estão mais esclarecidos);

Postura e didática: apresentar as tarefas de forma clara e com linguajar ade-


quado aos atletas, porém este tema é um dos mais difíceis, necessitando que
o profissional saiba entender o limite entre uma linguagem cientifica demais
e a do “boleiro” mais contemporâneo;

Psicologia: embora muitos clubes tenham esse profissional, o preparador físico


muitas vezes tem que lidar com frustrações e outros sentimentos durante a
aplicação das tarefas de treino;

Fisiologia: é obrigação de um bom preparador físico o conhecimento das


demandas fisiológicas e das respostas ocasionadas pelas atividades propostas
por ele, mesmo estando muitas vezes ao lado de um profissional exclusivo
para essa função na comissão técnica de muitos clubes;

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Direção e organização institucional: entender as exigências e peculiaridades


técnico administrativas de cada clube, cada um com suas realidades (alto ou
menos recurso financeiro/estrutural), pois ocasionará influência na atuação
profissional do preparador físico;

Humildade: nesse sentido não é se colocar em posição acanhada ou tímida


dentro do fluxograma da comissão técnica, mas sim ter uma postura proativa
na execução de sua função, porém sempre estar ciente de que mesmo sendo
extremamente importante o trabalho de preparação física, esse cargo serve
de suporte para o trabalho dos treinadores e atletas, os quais são as figuras
principais dentro do processo final do futebol, sem eles o resultado final nunca
será o ideal;

Entender das estratégias táticas e técnicas: O preparador atuando no cenário


atual não pode apenas utilizar de exercícios isolados e sem contexto com o
modelo de jogo da equipe, pois os calendários de jogos estão cada vez mais
congestionados, os momentos para treinar cada vez mais curtos, exigindo
assim, uma integração de trabalho físico/técnico em alguns momentos para
suprir as demandas necessárias aos atletas nesse cenário.

Sendo assim, a função do preparador físico dentro do contexto do futebol está


atualmente muito diferente de décadas atrás, pois esse profissional tem se tornado
muito mais dinâmico em termos de intervenções diárias, ao passo que com o expres-
sivo aumento por resultados e desempenho cada vez maiores, o profissional se viu
na obrigação de compreender o comportamento de diversas áreas que antes eram
exclusividade apenas dos profissionais responsáveis pelas mesmas (fisiologia, nutri-
ção, psicologia, fisioterapia), moldando-se assim, um profissional muito mais eclético
de conhecimento técnico-cientifico e com uma vivencia prática cada vez mais rica.

1.2 O contexto da Fisiologia do exercício no futebol


Entre as ciências que dão suporte à atividade física, poucas conseguiram no futebol
o status que a fisiologia do exercício assumiu nas duas últimas décadas do século
XX. Em pouco tempo, a precisão dos resultados e a evolução dos profissionais da
área transformaram essa disciplina e a alçaram à condição de suporte fundamental
para qualquer comissão técnica.
A fisiologia está ligada, por exemplo, à programação de treinos das equipes de
futebol. Além disso, fornece à comissão técnica dados para ajudar a periodização das
atividades. Essa influência chegou até as escalações das equipes, já que as análises
fornecidas pelos fisiologistas são decisivas para determinar o nível de desgaste dos
jogadores e mostrar quais precisam ser poupados.
Conforme já citado no tópico anterior, o futebol atual “moldou”, de acordo com
suas exigências, alguns profissionais e suas funções, dentre elas o fisiologista esportivo,

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o qual, anteriormente (algumas décadas) era responsável apenas por aplicar determi-
nados testes de desempenho, muitas vezes em ambientes laboratoriais controlados e
monitorar alguns tipos de treinamento, sugerindo aos treinadores e/ou preparadores
físicos possíveis intervenções.
Essa abordagem, apesar de extremamente importante, fazia com que o fisio-
logista fosse visto como um membro importante da equipe, porém com funções
extremamente limitadas e com uma pequena integração entre a equipe de trabalho
na maioria dos casos.
Atualmente esse indivíduo se tornou muito mais dinâmico, com mais atribuições
e consequentemente mais responsabilidades dentro do contexto multidisciplinar ou
transdisciplinar no futebol (Figura 1). Hoje em dia, em praticamente todas as equi-
pes de futebol do brasil e do exterior, é possível observar o fisiologista esportivo “a
beira do campo de jogo”, muitas vezes realizando o monitoramento das sessões em
tempo real porém, principalmente, interagindo com a comissão técnica, discutindo
planejamento semanal ou mensal, refletindo e estimulando a discussão sobre casos
especiais, visto que um clube de alto rendimento é composto de no mínimo 30 atletas
e muitos desses atletas necessitam de intervenções especiais, as quais muitas vezes,
são detectadas e/ou observadas por esse profissional durante as inúmeras avaliações
diárias realizadas por ele, sejam elas físicas, medidas laboratoriais de desgaste mus-
cular, análise de deslocamentos em partida, ou simplesmente, pequenas observações
realizadas durante a sessão de treinamento.
A fisiologia contribuiu para uma característica cada vez mais presente no futebol
moderno, que é a individualização do trabalho. O esforço no sentido de identificar a
validade de uma informação e compará-la com outros dados similares criou padrões
de desgaste e desempenho diferentes para cada posição ou para cada perfil de atle-
ta. Isso mudou radicalmente o conceito do treinamento esportivo das modalidades
coletivas, dando a ele um caráter cada vez mais pluralista. Depois de épocas com
exercícios meramente voltados ao desgaste e das atividades feitas em circuitos em
que todos faziam uma série de movimentos, a tendência é uma especialização cada
vez maior nesse tipo de treino.
Com os dados fornecidos pelos fisiologistas, tornou-se possível elaborar atividades
voltadas à manutenção e elevação dos pontos positivos dos atletas, além de trabalhos
direcionados à correção das imperfeições. Outra questão que tem se tornado mais
eficiente é a dosagem de volume e intensidade de esforço em treinos e jogos, que é
um fator decisivo para evitar lesões e problemas físicos de desgaste excessivo.
Essas peculiaridades exigem um olhar muito mais crítico e embasado cientifica-
mente, mas que acima de tudo, consiga transferir todas essas informações em ações
de tomadas de decisões e, na medida do possível, decisões coerentes, compartilhadas
com toda a comissão técnica e que reflitam no desempenho ou sucesso esportivo
esperado, pois como já citado, a cobrança por resultados cada vez maiores, tem
exigido cada vez mais profissionais bem preparados não apenas técnica/cientifica-
mente, mas sim que consigam unir tudo isso com pró-atividade e dinamismo com
responsabilidade.

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1.3 Caracterização da demanda fisiológica no futebol


Futebol é uma modalidade que exige do jogador várias capacidades das quais
se destacam uma apurada competência técnica, uma boa compreensão táctica do
jogo, comportamento cognitivo no rendimento e, para além disso, uma excelente
condição física.
O jogo, com uma duração oficial de noventa minutos, é realizado em intensidade
muito elevada, de forma intermitente e com sequências aleatórias de fases de esforço
e de repouso. Para que do treino resulte uma preparação do jogador a mais adequada
possível para a competição, é necessário conhecerem-se com rigor as características
da modalidade em causa. A partir desse conhecimento, o treinador poderá planejar o
conteúdo e a aplicação temporal das cargas do treino em função daquilo que o jogo
exige (SOARES; REBELO, 2013).
Essa modalidade tem uma natureza intermitente que abrange curtas ações de
corrida de alta intensidade e períodos mais longos de exercício de baixa intensidade
(RAMPININI et al., 2007). Embora a produção de energia através do sistema aeróbico
predomine devido ao tempo total de mais de 90 minutos no futebol, os jogadores
profissionais de elite podem realizar até 250 ações breves de alta intensidade durante
uma partida, indicando também altas demandas anaeróbias durante períodos intensos
de partida (BANGSBO, 1994).
Estudos mostram que mesmo que a distância total percorrida durante a partida
tenha permanecido constante na última década, a evolução da exigência física durante
o jogo tem refletido em grandes aumentos observáveis nas distancias percorridas e
sprints e zonas mais altas de intensidade durante a partida (BARNES et al., 2014). As
atividades de alta intensidade fornecem uma medida válida de quanto a capacidade
de desempenho dos jogadores de futebol aumentou, refletindo o status de treinamento
e discriminando entre os níveis de desempenho “Elite x semiprofissionais e categorias
de base” (MOHR et al., 2003; BRADLEY et al., 2009; BRADLEY et al., 2011).
A manifestação de fadiga na parte final do jogo tem vindo a ser muito estudada
em diferentes trabalhos. Foi observada uma diminuição da performance física na
segunda parte de jogos da Premier League, afetando especialmente os deslocamen-
tos de intensidade intermédia (DI SALVO et al., 2007). Por outro lado, em outro
estudo realizado na mesma liga profissional (Bradley et al., 2009) (Figura 2), em
que se analisaram as necessidades de recuperação dos esforços de alta intensidade,
verificou-se um aumento progressivo do tempo médio de recuperação, o que parece
ser um forte indicador de que à medida que o jogo se desenrola a dificuldade em
manter o trabalho de alta intensidade vai aumentando (SOARES; REBELO, 2013). A
manifestação de fadiga durante o jogo de futebol tem sido também observada nos
períodos subsequentes à realização de esforços intensos, o que foi designado por
fadiga temporária.

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Figura 2: tempo médio de recuperação dos esforços de alta intensidade


em atletas da premiere league (SOARES; REBELO, 2013)

A primeira tentativa de estabelecer o conceito de fadiga do futebolista foi origi-


nalmente descrita por Jens Bangsbo (1994). Analisando a intensidade do jogo em
períodos de 5 minutos, foi verificado que, depois dos jogadores se envolverem num
conjunto de corridas e ações de alta intensidade em um determinado período, apre-
sentavam no período seguinte uma diminuição considerável da intensidade do seu
trabalho (MOHR et al., 2003; SOARES; REBELO, 2013).
Da análise dos vários estudos apresentados, podemos concluir que o futebol é
uma modalidade muito exigente fisicamente, tendo como componente uma expres-
são diferenciada em função da posição específica do jogador, da concepção táctica,
do nível competitivo e até das diversas fases do jogo (SOARES; REBELO, 2013). Por
outro lado, a fadiga manifesta-se fundamentalmente após as fases mais intensas do
jogo e na fase terminal do mesmo. Desse modo, cabe aos treinadores desenvolver
estratégias de treino que promovam a capacidade de recuperação após exercício
de alta intensidade e a resistência em exercício intermitente de longa duração, en-
quadradas evidentemente nas características específicas da modalidade (SOARES;
REBELO, 2013).
Em particular, para um alto desempenho, é essencial aumentar a capacidade dos
jogadores de manter níveis intensos de atividade e limitar a fadiga ao mesmo tempo,
o que significa que os jogadores precisam de um componente misto de capacidades
para um bom desempenho durante a partida (KÖKLÜ et al., 2015).

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1.4 Análise do padrão de ações motoras durante a partida


Observar o padrão de deslocamento dos atletas durante uma partida é extrema-
mente importante para entender o contexto físico e fisiológico nas diferentes catego-
rias e posições existentes no futebol. Essas informações servem de parâmetros para
planejar as sessões de treinamento de acordo com a demanda de jogo individualmente
para as diferentes categorias e posições (SOARES; REBELO, 2013).
A concepção táctica é, dentre os diferentes aspectos responsáveis pelo padrão de
deslocamento na partida, um dos mais importantes. Se, por exemplo, estamos ava-
liando a distância percorrida por um lateral de uma equipe que joga mais recuada,
com preocupações mais defensivas, a atividade desse atleta em termos de volume
total de deslocamento será mais reduzida, devido as imposições táticas (Figura 3).
Por outro lado, se essa equipe optar por uma concepção mais ofensiva em que os
laterais atuam quase como extremos, vamos encontrar um maior espaço percorrido
no jogo e, portanto, uma maior demanda fisiológica (SOARES; REBELO; 2013).

Figura 3: Recorte de Análise de imagem (time motion) do perfil de posicionamento da seleção


brasileira durante a copa do mundo da russia 2018 (FIFA website)

São hoje utilizadas numerosas formas de observar o jogo do ponto de vista físico.
Essas formas envolvem a localização contínua dos jogadores durante todo o jogo com
o intuito de se poder caracterizar os seus deslocamentos. Os métodos mais precisos
e rápidos assentam na tecnologia de localização por GPS (ex.:GPS Sports), na análise
computorizada de imagens de vídeo (ex.: Prozone e Amisco) e no tratamento de dados
recolhidos por radiofrequência (ex.: ZXY Sport Tracking). Internacionalmente, esse tipo
de análise denomina-se genericamente de time-motion analysis e foi muito utilizado
nas duas últimas copas do mundo. A figura 4 presenta uma das variáveis monitoradas
com o uso do GPS durante os jogos da Copa do Mundo da Rússia em 2018.

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Figura 4: média de distancia total percorrida > 25 km/h


de todas as seleções durante a copa do mundo da Russia 2018 (FIFA website).

Os percursos realizados pelos jogadores são analisados em função da intensida-


de (ex.: sprint, corrida lenta, trote, etc.), do espaço percorrido, da frequência e da
forma (ex.: corrida de costas, lateral, etc.). Está amplamente descrito em inúmeros
trabalhos que um jogador de futebol percorre, dependendo da função específica,
entre 8 e 12 km por jogo (DI SALVO et al., 2007) (Figura 5). Os deslocamentos de
baixa intensidade ocupam cerca de 4/5 de todas as restantes formas de locomoção,
no que se refere ao tempo, e de 70%, relativamente ao espaço. Porém, não é apenas
a distância total percorrida que varia em função da posição no terreno de jogo – a
distância percorrida nos diversos tipos de deslocamento apresenta também uma
grande variação (DI SALVO, et al., 2007).

Figura 5: deslocamentos totais e número de sprints de acordo


com função tática na partida (DISALVO et al., 2007 apud SOARES; REBELO, 2013).

Dessa forma, equipamentos que utilizam da tecnologia de Sistema de Posiciona-


mento Global (GPS) podem ser de grande utilidade, pois permitem a mensuração
de todos os deslocamentos realizados durante essas sessões, podendo-se observar

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quais as exigências a que os atletas são submetidos em cada tipo de treinamento


(técnico, tático, físico). Além disso, os equipamentos GPS permitem a quantificação
das CET através das distâncias percorridas, semanalmente pelos atletas, em diversas
intensidades (CASAMICHANA et al., 2012).
A tecnologia do GPS foi desenvolvida para fins militares, em meados dos anos 90,
e utiliza um equipamento receptor que envia um sinal sobre a sua localização a pelo
menos 3 (três) de uma rede de satélites ao redor da órbita terrestre (estima-se que
existam mais de 27 satélites), sendo que esses satélites ficam em operação durante 24
horas por dia e, por meio do envio desses sinais, pode-se determinar posteriormente
o padrão de deslocamento desse receptor (CASAMICHANA et al., 2012).
A fim de ser utilizada para fins esportivos, mais recentemente essa ferramenta
foi adaptada e atualmente são comercializados diversos modelos (GPSports®, Cata-
pult®, Qstarz®, Polar Team Pro®, dentre outros) e de pequenos receptores portáteis
(30 a 80g de peso), podendo ser fixado ao corpo do atleta durante a execução de sua
atividade. Esses receptores enviam constantemente informações sobre a sua locali-
zação para o satélite (a cada segundo), sendo que todos os dados são gravados pelo
equipamento e, depois de transferidos para um software, podem ser estimados o
padrão dos deslocamentos realizados pelo receptor e, consequentemente, pelo atleta
durante a sessão de treinamento (CASAMICHANA et al.; BARBERO-ÁLVAREZ et al.,
2010; CASAMICHANA et al., 2013). Em alguns casos, esses deslocamentos podem
ser visualizados em tempo real através de equipamentos que permitem a conexão de
uma antena portátil a um computador (CASAMICHANA et al., 2011).
Inicialmente, o padrão de deslocamento no futebol era quantificado por meio de
análises de imagens. De acordo com este método, durante uma partida os atletas
percorrem em média 9 a 12 km, sendo que, entre 80-90% do tempo, os atletas perma-
necem realizando deslocamentos de moderada a baixa intensidade (BRADLEY et al.,
2009; DELLAL et al., 2010; DI SALVO et al., 2010; BRADLEY et al., 2011). Entretanto,
a quantificação do padrão de deslocamento através de análises de imagens demanda
muito tempo e exige várias câmeras espalhadas pelo campo de jogo, o que pode ser
um fator limitante para equipes com um menor orçamento.
Alguns estudos têm utilizado equipamentos de GPS para monitorar o desloca-
mento de jovens atletas durante jogos ou treinamentos (BUCHHEIT et al., 2010a;
CASAMICHANA et al., 2012; CASAMICHANA et al., 2013), sendo que a utilização
dessa ferramenta tem se mostrado válida para quantificar padrões de deslocamento
em campo (COUTTS et al., 2009; BARBERO-ÁLVAREZ et al., 2010; CASAMICHANA
et al., 2011), principalmente quando se utiliza equipamentos com frequência de
aquisição de sinal acima de 10Hz (CASAMICHANA et al., 2012).
Utilizando esse método, Buchheit e colaboradores (2010a) estudaram atletas de 13
a 18 anos e observaram que, durante as partidas, os atletas com idade próxima aos
17 anos podem percorrer uma distância total de até 8,7 km. Porém, para os atletas
mais jovens, à distância percorrida em jogos não passa dos 6,5 km demonstrando que
podem existir diferenças significativas nas distâncias totais percorridas por jovens

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atletas em relação às diferentes categorias de idades existentes no futebol. Os autores


demonstraram ainda que as distâncias percorridas são diferentes entre as posições
existentes no futebol, sendo que os meio-campistas foram os atletas que percorreram
as maiores distâncias totais (8,6 km), enquanto que os zagueiros se deslocaram me-
nos (7,6 km) durante as partidas, que foram compostas por 2 tempos de 40 minutos
cada. Entretanto, com relação à distância percorrida em altas intensidades (acima
de 17 km/h) observaram-se maiores valores em favor dos atacantes e laterais, suge-
rindo que essas posições podem sofrer um maior desgaste físico durante as partidas
(BUCHHEIT et al., 2010a).
A partir das informações extraídas dos jogos, é possível planejar, acompanhar e
comparar, por exemplo, o volume total percorrido nas diferentes intensidades durante
as sessões semanais de treinamento, a fim de detectar estímulos insuficientes para
simular as exigências a que os atletas são submetidos nos jogos oficiais. Dessa forma,
Casamichana et al. (2012) compararam o padrão de deslocamento de jogadores de
futebol adulto, com utilização de GPS durante jogos amistosos e treinamentos se-
manais em campo reduzido, destacando que as distâncias percorridas nas diferentes
intensidades são muito próximas, tanto nos jogos amistosos como no treino de campo
reduzido. Além disso, os autores observaram também que o tempo de permanência
nas diferentes zonas também foi similar, principalmente nas velocidades de 13 a 17
km/h. Entretanto, a distância total percorrida em sprints (>21 km/h), número de
sprints realizados e a média de duração dos sprints, foram significantemente maiores
durante os jogos amistosos.
Buchheit e colaboradores (2011) investigaram atletas jovens (13-16 anos) durante
dois jogos intercalados por um intervalo de 48h, e constataram que os jogadores per-
correm em média 1500 m em alta intensidade e que os atacantes percorrem maiores
distâncias em alta intensidade e sprints do que as demais posições. Analisando o
número de sprints repetidos em atletas de futebol de 15 a 18 anos durante as partidas,
Buchheit e colaboradores (2010b) observaram que os laterais e atacantes realizam um
número maior de sprints longos (acima de 3 segundos) do que os meio-campistas
mais recuados. Além disso, a duração dos sprints foi reduzida com o aumento da ida-
de, ou seja, os atletas mais jovens realizavam sprints mais longos durante as partidas,
ressaltando que as velocidades para se caracterizar o sprint foram diferentes entre as
categorias analisadas e a duração de cada partida foi composta por: 2 x 35 min (SUB
13 e SUB14); 2 x 40min (SUB 15, 16 e 17) e 2x 45 min para a categoria (SUB 18).
Atualmente, embora existam algumas informações a respeito do padrão de des-
locamento durante jogos no futebol mundial, há especificidades relacionadas a cada
categoria (idade), país ou continente que devem ser respeitadas, sendo apresentado
adiante.

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REFERÊNCIAS
BANGSBO, J. The physiology of soccer--with special reference to intense intermittent
exercise. Acta Physiologica Scandinavica. Supplementum, v. 619, p. 1-155, 1994.

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20
PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL
TELA CHEIA SUMÁRIO

Perfil dos autores

Lucas Carvalho Leme é natural de Ourinhos, São Paulo. Graduado


em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, com
Pós-Graduação em Treinamento Esportivo e Mestrado na área
de Ajustes Fisiológicos ao Exercício.
Possui Experiência de 16 anos atuando como Preparador
Físico e Fisiologista de atletas de alto rendimento, em diversas
modalidades coletivas como: Handebol (UNOPAR e UNIFIL
Londrina), Futsal (Londrina), Basquetebol (Vitória e Londrina). Desde
2012 vem trabalhando com atletas profissionais de futebol (Londrina Esporte Clube 2012
a 2016 e Chapecoense 2017 a 2019). Consultor em fisiologia de atletas participantes das
olimpíadas de Pequim (2008) e Londres (2012).

Docente de Cursos de Pós-Graduação em instituições nacionais nas áreas de treinamento


esportivo, futebol e fisiologia do exercício.

Darlan Perondi é natural de Xavantina, no estado de Santa


Catarina, graduado em Educação Física pela Universidade do
Oeste de Santa Catarina (UNOESC) e Mestre em Ciências
do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais. É
pesquisador na área da Ciências do Esporte, desenvolvendo
estudos na perspectiva da Psicologia do Esporte, com temas
relacionados ao treinamento esportivo, principalmente ligados ao
desenvolvimento de treinadores. Possui experiência como auxiliar
técnico na modalidade de futsal, sendo campeão microrregional dos Joguinhos Abertos
de Santa Catarina (2014) e campeão regional dos Jogos Abertos de Santa Catarina (2014)
na categoria feminino. Além disso possui experiência como professor universitário (2018).

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PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL

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