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Centro Universitário Leonardo Da Vinci

Educacional Leonardo Da Vinci

NOME DO ALUNO

TURMA – _____________

TRABALHO DE GRADUAÇÃO

CIDADE - ESTADO
ANO

SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO................................................................................................................03
2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................03
2.1 – ASPECTOS GERAIS DE UM JOGADOR DE FUTEBOL.....................................04
2.2 – ASPECTOS FISIOLÓGICOS DE UM JOGADOR DE FUTEBOL.......................04
2.3 – SISTEMAS ENERGÉTICOS......................................................................................05
2.4 – A RESISTÊNCIA ANAERÓBIA E SUA IMPORTÂNCIA NO FUTEBOL...........05
2.5 – CONTROLE DO TREINAMENTO...........................................................................06
3 - DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS......................................07
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................08
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................09
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE INDAIAL
FACULDADE METROPOLITANA DE BLUMENAU
FACULDADE DE TECNOLOGIA
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A importância do treinamento anaeróbio para o


desempenho do jogador de futebol

NOME DO ALUNO
Prof. Orientador: COLOCAR NOME DO TUTOR
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Educação física – COLOCAR ANO

RESUMO

O treinamento físico é uma importante área de atuação profissional da Educação Física e do


Esporte. Ela tem por objetivo precípuo, a melhoria do desempenho físico-esportivo através da
aplicação de um processo organizado e sistemático composto por exercícios físicos. Nos
últimos anos, os progressos tecnológicos e nos métodos de investigação científica nas
diferentes subáreas relacionadas ao treinamento físico trouxeram um avanço significativo na
obtenção deste objetivo. Neste artigo será discutido, do ponto de vista acadêmico-científico e
também da prática profissional, o estado da arte do conhecimento associado à avaliação do
treinamento, ao controle da carga de treinamento, aos modelos de organização da carga de
treinamento e ao desenvolvimento das capacidades motoras. Esperamos que ao final, o leitor
possa ter um bom entendimento destes diferentes componentes, como eles contribuem para a
modificação do desempenho motor e como aplicá-los para a elaboração, implementação,
avaliação e reformulação de programas de treinamento físico.

Palavras chave: Treinamento físico; Desempenho esportivo; Atuação profissional.


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1 INTRODUÇÃO

Não há dúvida de que o futebol neste século é visto por vários outros ângulos que
não somente o da paixão, despertador em todos os povos do mundo, sobretudo em nosso país.
Hoje, o futebol, além de ser o esporte mais emocionante entre todos, é também “business”,
movimentando milhões de dólares e euros em todos os continentes. Com isso, não se admite
que seja tratado sem profissionalismo, estando aqueles que assim não pensam fadados ao
fracasso. Dentre todas as vertentes que envolvem esse universo está a preparação física, onde
não raro se ouve principalmente entre leigos a seguinte questão: será que a seleção brasileira
de futebol, tricampeã no México em 1970 teria hoje o mesmo sucesso, visto que o futebol era
mais cadenciado, “menos força”, sobressaindo a habilidade dos jogadores? Temos ainda
diversas outras questões que envolvem diretamente o treinamento, por exemplo: quais os
métodos de preparação física adequados, quais os volumes e intensidades necessários para a
melhor adaptação aos esforços exigidos durante uma partida, quais valências físicas devem
ser mais trabalhadas e, sobretudo, a maior inquietação, o futebol é predominantemente
aeróbio ou anaeróbio? Neste artigo deseja-se claro a importância do treinamento anaeróbio
para o desempenho de jogadores de futebol profissional, devendo ser preocupação de todos os
preparadores físicos quando do planejamento de um macrociclo de treinamento, atentando
para a importância dos testes de avaliação específicos para esse tipo de metabolismo, bem
como os meios e métodos de preparação adequados para a melhora do desempenho durante as
partidas de futebol.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sendo praticado na forma amadora e profissional, por mais 200 milhões de pessoas
em cerca de 190 países, o futebol a muito é considerado um fenômeno mundial. Na forma
amadora o desporto é praticado com diversas finalidades tais como: atividade física, lazer,
manutenção ou aperfeiçoamento da aptidão física relacionada à saúde, socialização e
competição. O futebol profissional já conquistou um vasto espaço nos meios de comunicação,
quer seja rádio, jornal, televisão ou internet. Atrai milhões de espectadores aos estádios de
todo o mundo, e enquanto espetáculo está em constante evolução. A evolução do espetáculo
“futebol” está relacionada às mudanças na regra, ao desenvolvimento dos sistemas de jogo, da
tática de posicionamento e da condição física, que iniciou um processo de destaque dentro do
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contexto do jogo. Com isso a condição física tornou-se objetivo de várias pesquisas
científicas, principalmente em países como Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Alemanha, entre
outros15 (Nunes, 2004)

2.1 Aspectos Gerais de um jogador de futebol

O futebol, esse fascinante jogo que move multidões e é paixão em todo o mundo,
chegou ao Brasil em 1894 pelas mãos de Charles William Miller, que apesar do nome era
paulistano nascido no bairro do Brás. Charles Miller desembarcou em São Paulo vindo da
Inglaterra trazendo consigo duas bolas de couro, uniformes e um livro de regras. Nascia então
para os brasileiros o esporte que se tornaria uma referência nacional. A primeira regra, de um
total de dezessete, trata do campo de jogo e estabelece que as partidas podem ser disputadas
em superfícies naturais ou artificiais, de acordo com o regulamento de cada competição,
sendo suas medidas definidas em um mínimo de 90 metros e um máximo de 120 metros de
comprimento e um mínimo de 45 metros e um máximo de 90 metros de largura.

Os jogadores de futebol, distribuídos dentro desse espaço retangular e divididos por


posições, executam as mais diversas funções táticas de acordo com a necessidade de cada
jogo, o que indubitavelmente leva às mais diversas alterações do ponto de vista fisiológico em
seus atletas praticantes.

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2.2 Aspectos fisiológicos de um jogador de futebol

Podemos conceituar que uma partida de futebol é constituída por uma alternância de
esforços e ações variadas em formas e intensidades, o que caracteriza um esporte intermitente.
Os jogadores realizam esforços aleatórios de duração e intensidade variável, ocorrendo fases
de intensa participação (sprints, saltos, mudanças de direção, finalizações) intercaladas a
períodos de menor intensidade (caminhada, trote de baixa intensidade).

É certo que as necessidades energéticas exigidas por jogadores de futebol, de acordo


com suas funções e ações durante uma partida, variam muito de acordo com o posicionamento
em campo. Suas funções e distribuições táticas podem mensurar qual a necessidade energética
e qual será a principal fonte de energia para cada ação durante a partida. Assim sendo, para as
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diversas tarefas que se impõem durante uma partida, temos que a liberação de energia também
será proveniente de metabolismos diferentes, ou seja, de sistemas energéticos diferentes.

2.3 Sistemas Energéticos

Segundo Hernandes Junior (2002) sistema energético é a via metabólica por meio da
qual a musculatura obtém energia à contração muscular.

Conforme Aoki (2002) a ressíntese imediata de ATP é realizada a partir da união dos
produtos recém-formados pela sua quebra: a adenosina difosfato e o fosfato. Além desses
compostos, a ressíntese de ATP depende da liberação de certa quantidade de energia
proveniente da quebra dos fosfatos de creatina (CP). Essa quebra é capaz de suprir por alguns
segundos (aproximadamente 10 segundos) aumentos abruptos da demanda energética. É
importante ficar claro que assim como o estoque de ATP, o estoque de fosfato de creatina
armazenado no corpo humano também é limitado, ficando dessa forma como principal fonte
de energia para a ressíntese de ATP os macronutrientes presentes em nosso organismo
(carboidratos, lipídeos e proteínas). Dentro dessas estruturas de sistemas energéticos estão
presentes os diversos esportes e atividades físicas existentes. Saber qual é a maior demanda
energética solicitada pelo meu esporte e, sobretudo, qual a via metabólica para ressíntese
dessa energia, é condição indispensável para o planejamento e execução de um treinamento
ideal para que fisicamente o atleta esteja preparado para as solicitações daquela modalidade.
Sem isso, a chance de fracasso na elaboração de uma periodização é total.

2.4 A resistência anaeróbia e sua importância no futebol

Para a maioria das modalidades desportivas, o desenvolvimento da resistência


anaeróbia tem um significado muito importante, sobretudo ao futebol, modalidade que como
já vimos é de caráter intermitente e acíclico. Tendo o metabolismo aeróbio como
predominante, mas o anaeróbio como determinante, o futebolista necessita e muito que essa
capacidade esteja bem treinada. A capacidade anaeróbia bem treinada estabelece ao
futebolista uma base funcional para o aperfeiçoamento de diversos aspectos, mas
principalmente o deixará mais adaptado às ações e exigências do futebol e com uma maior
tolerância à fadiga.
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Em uma partida de futebol, como já vimos, temos diversos tipos de deslocamento,


feitos em diversos tipos de intensidade, onde a melhor adaptação ao metabolismo exigido
tornará o jogador mais eficiente dentro daquilo que dele se espera. O metabolismo anaeróbio,
sobretudo o glicolítico, tem importância ímpar dentro dessa análise, pois uma grande parte da
atividade dos movimentos dos futebolistas está baseada na desintegração anaeróbia do
glicogênio. Sabemos a importância da capacidade física velocidade em todos os esportes.
Porém, de nada adiantará termos um atleta extremamente veloz no futebol que consiga dar
apenas alguns sprints, sendo logo vencido pela fadiga e pela falta de adaptação às exigências
específicas do esporte. Com isso fica clara a importância do treinamento anaeróbio para o
desempenho de jogadores de futebol profissional, uma vez que a intensidade de trabalho do
jogador durante uma partida pode diminuir e até mesmo ser interrompida quando houver uma
grande concentração de lactato.

O desempenho físico é considerado parte integral do esporte e sua avaliação constitui


um aspecto fundamental na análise da eficácia dos processos de treinamento empregados ao
longo de uma temporada (KISS & BÖHME, 2003). Contudo, para que a avaliação seja
efetiva, é necessário que os aspectos mais importantes para o rendimento físico-esportivo em
uma determinada modalidade esportiva sejam investigados. É amplamente aceito que na vasta
maioria das modalidades esportivas não há uma única capacidade motora que caracterize a
modalidade, mas sim, um conjunto de capacidades que é determinante para um elevado
rendimento esportivo. Quanto mais complexa for a estrutura da atividade esportiva (ex:
corrida de 100 m vs. basquetebol), mais importante é a interação entre as capacidades
motoras. Por isso, a avaliação deve compreender o diagnóstico de todas as capacidades
envolvidas na modalidade esportiva alvo e, se possível, em condições que simulem a prática
da atividade (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008).

2.5 Controle do treinamento

O processo de treinamento pode ser simplificado em uma relação entre "dose" e


"resposta" (LAMBERT & BORRESEN, 2010). Nesta perspectiva, a resposta estaria associada
à mudança no desempenho ou a alteração de algum parâmetro fisiológico, decorrente de uma
determinada dose de treinamento, a qual pode ser definida como o estresse fisiológico
imposto ao corpo do atleta por uma determinada carga de treinamento. Esta tem sido
comumente chamada de carga interna de treinamento. Até muito recentemente, a prescrição
do treinamento era feita de maneira muito intuitiva, fazendo com que a experiência do
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treinador fosse determinante para o sucesso do atleta (BORRESEN & LAMBERT, 2009).
Isso certamente representa uma limitação quando se pretende estabelecer uma relação entre o
treinamento prescrito, o que isso representa para o atleta em termos de demanda fisiológica e
as mudanças no desempenho decorrentes do processo de treinamento (LAMBERT &
BORRESEN, 2010). Frente a isso, tanto os técnicos e preparadores físicos quanto os
cientistas têm buscado determinar parâmetros que sejam capazes de controlar a carga de
treinamento imposta aos atletas.

3 DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS

O desenvolvimento das capacidades motoras de forma isolada é um tema muito


abordado na literatura do treinamento. Vários estudos têm tentado identificar os métodos e os
meios de treinamento mais apropriados para a maximização do desempenho para as diversas
capacidades motoras. Contudo, esse tema é bastante amplo e controverso já que a resposta de
um atleta a um determinado método de treinamento depende de um conjunto de fatores como
a experiência (i.e. tempo de treinamento), a modalidade esportiva em questão, os métodos de
treinamento utilizados anteriormente entre outros. Foge do escopo do presente manuscrito a
discussão exaustiva de tais tópicos. Forneceremos, portanto, apenas alguns exemplos do que
tem sido feito no âmbito científico acerca desta temática.
O desenvolvimento destas diferentes manifestações da força pode ser atingido
através do treinamento específico com o uso de diferentes métodos e meios de treinamento.
Destacam-se entre outros: a) o método isométrico funcional, que se utiliza de ações
musculares estáticas em angulações pertinentes ao gesto esportivo em questão; b) o método
isocinético, que faz uso de um dinamômetro isocinético, o qual controla a velocidade da
contração muscular, tanto excêntrica quanto concêntrica, em intensidades máximas ou
submáximas (assim como o isométrico, este método pouco se traduz em condições reais de
prática esportiva, indo contra o princípio da especificidade do treinamento) e c) o método
dinâmico com o uso de ações excêntricas, concêntricas ou a combinação de ambas. A
utilização de uma ação isolada pode ser interessante quando esta estratégia representar uma
especificidade significativa com o gesto esportivo em questão. A combinação de ambas as
ações musculares é, contudo, o método mais comumente utilizado, contemplando ambos os
benefícios. O treino complexo é outro método bastante utilizado no desenvolvimento da
potência muscular.
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4 CONCLUSÃO

O futebol é um jogo caracterizado por ações motoras rápidas e potentes. Embora em


grande parte do tempo os atletas caminhem ou trotem, são os saltos e os sprints curtos e
intervalados, com intensidades altas e moderados, que definem disputas de bola e muitas
vezes fazem a diferença entre fazer um gol ou tomá-lo. O trabalho que é imposto aos atletas
nas partidas exige um padrão orgânico elevado, principalmente quanto aos parâmetros
anaeróbios. Nesse quesito, o papel da preparação física no futebol assume posição
fundamental: ou a modalidade é entendida em todas as suas nuances físicas, ou a preparação
dos atletas será insuficiente para atender a demanda exigida.

O alto desempenho físico-esportivo observado nos atletas atuais é fruto da interação


de fatores fisiológicos, biomecânicos e psicológicos. Nesta perspectiva, programas de
treinamento corretamente elaborados e baseados em princípios científicos são fundamentais
na busca constante do rendimento máximo. As ciências do esporte têm contribuído, ainda que
de maneira tímida, para o aperfeiçoamento destes programas, melhorando progressivamente a
qualidade do processo de treinamento. Hoje os preparadores físicos lidam diariamente com
um desafio, pois, aliada às dificuldades impostas pelo calendário esportivo anual das
competições oficiais de futebol, temos diferentes fatores que interferem no planejamento e na
preparação de uma equipe. Isso faz com que a margem de erro tenha que ser cada vez menor.
Erros primários na elaboração de um plano ou de uma periodização não podem ocorrer.
Analisar e conhecer a modalidade, projetar os objetivos a serem alcançados e treinar
adequadamente os atletas de acordo com as exigências do esporte é obrigação dos
profissionais da área de preparação física, sobretudo no futebol profissional.
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REFERÊNCIAS

AOKI, Marcelo Saldanha. Fisiologia, Treinamento e Nutrição aplicados ao Futebol. São


Paulo: Fontoura, 2002.

BORRESEN, J.; LAMBERT, M.I. The quantification of training load, the training response
and the effect on performance. Sports Medicine, Auckland, v.39, n.9, p.779-95, 2009.

CURRELL, K.; JEUKENDRUP, A.E. Validity, reliability and sensitivity of measures of


sporting performance. Sports Medicine, Auckland, v.38, n.4, p.297-316, 2008.

HERNANDES JUNIOR, Benito Olmos. Treinamento Desportivo. 2ª Ed. Rio de Janeiro:


Sprint, 2002.

KISS, M.; BOHME, M. Avaliação de treinamento esportivo In: KISS, M.A.P.D.M. Esporte e


exercício: avaliação e prescrição. São Paulo: Roca, 2003. p.3-20.

LAMBERT, M.I.; BORRESEN, J. Measuring training load in sports. International Journal


of Sports Physiology and Performance, Champaign, v.5, n.3, p.406-11, 2010.

NUNES CG (2004). Associação entre a força explosiva e a velocidade de deslocamento


em futebolistas profissionais. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas,
Faculdade de Educação Física.

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