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Carboidratos

Na chamada Pirâmide Alimentar, que define o padrão da nossa alimentação, os carboidratos aparecem com a
recomendação diária de 50% a 60% do valor calórico total. Isso demonstra a importância do nutriente para o nosso
organismo.
Conhecidos também como glicídios e açúcares, tem como principal função gerar energia para o corpo. 1 O que acontece é
que os carboidratos, ao serem quebrados no nosso organismo, fornecem glicose para a corrente sanguínea, que é
convertida em energia para ser utilizada nas funções corporais e atividades físicas.2
Mas, como tudo em excesso gera problemas, o consumo exagerado de carboidratos também pode trazer o efeito
contrário: desenvolver o diabetes tipo 2. Para evitar que esse mal aconteça, o melhor é conhecer mais a fundo sobre o
nutriente e saber escolher os melhores tipos.

Tipos de carboidratos
Existem três principais fontes do nutriente existentes na alimentação. São eles: o amido, o açúcar e as fibras. Os alimentos
ricos em amido são: os vegetais (ervilha, milho, feijão e batatas – dê preferência a doce), lentilha e ervilhas e grãos (aveia,
cevada e arroz). No caso dos grãos, entramos em outro tipo de classificação.3
Existem os tipos inteiros e os refinados. No primeiro caso, são aqueles que contém o farelo, germe e endosperma. Ou seja,
ele é completo, tendo todos os nutrientes que os grãos integrais têm para oferecer. Além disso, é a melhor versão para
quem tem ou não o diabetes tipo 2. Isso porque ele joga, aos poucos, o açúcar na corrente sanguínea, o que evita picos de
glicemia e a resistência à insulina (tão comum em quem sofre com diabetes tipo 2).3
Já os chamados grãos refinados contêm apenas o endosperma, o que significa que, ao consumir esse tipo de alimento,
você está perdendo grande quantidade de vitaminas e minerais. Sem esquecer que eles elevam rapidamente o nível de
glicose no sangue.

O açúcar
Podemos encontrar dois tipos do nutriente: os naturais, como o leite e a fruta e aqueles que são adicionados aos alimentos
ao longo do seu processamento (comidas industrializadas).3
Claro que o natural é sempre o melhor. Por isso, o mais recomendado (com moderação) é o consumo do açúcar da fruta
(frutose) e o açúcar do leite (lactose). Uma dica da American Diabetes Association é que você pode reconhecer outros
açúcares nos rótulos, pois seus nomes químicos também terminam em “ose”. Por exemplo: glucose (também chamado de
dextrose), frutose (ou levulose), lactose e maltose.3

As fibras
Mesmo quase que entrando como um novo subgrupo na alimentação, as fibras são carboidratos. Elas são importantíssimas
para o bom desempenho do trânsito intestinal e, por esse motivo, contribuem para a prevenção de algumas doenças. O
indicado é o consumo de 21 a 30g de fibras por dia.4
Divididas em solúveis e insolúveis, a primeira tem como principal função ajudar no controle da glicemia. Isso porque esse
tipo de fibra, ao entrar em contato com a água, forma uma espécie de gel, que aumenta a sensação de saciedade, além de
reduzir a velocidade na qual a glicose entra na corrente sanguínea.4
São alimentos ricos em fibras solúveis: farelo de aveia, cevada, nozes, sementes, feijão, lentilha, ervilha e algumas frutas e
legumes.5
Já os insolúveis não formam um gel quando entram em contato com a água, mas contribuem para o aumento do bolo fecal
e, consequentemente, melhoram a fisiologia intestinal. Os alimentos que apresentam esse tipo de fibras são: farelo de
trigo, legumes e grãos integrais.
Então, esses são os principais carboidratos encontrados na alimentação. Lembrando que o seu consumo (assim como todos
os tipos de alimentos) deve ser feito de maneira moderada e com a orientação de seu médico.5
Contagem de carboidratos auxilia no controle da
glicemia
Fonte: Hospital Sírio-Libanês

A Contagem de Carboidratos é uma terapia nutricional, onde contabilizamos os gramas de carboidratos


consumidos nas refeições e lanches, com o objetivo de manter a glicemia dentro de limites convenientes.
A razão pela qual contamos gramas de carboidratos é porque os carboidratos tendem a ter maior efeito
na sua glicemia.
Quando você entende como contar carboidratos, você tem uma maior variedade na escolha dos
alimentos que compõem o seu plano alimentar. E também, pode controlar sua glicemia mais
precisamente.
A Contagem de Carboidratos pode ser utilizada por qualquer pessoa com diabetes. Também é muito útil
para aquelas pessoas que utilizam como forma de tratamento a terapia com múltiplas doses de insulina
ou sistema de infusão contínua de insulina, onde esta poderá ser ajustada, baseada no que a cada pessoa
consome de alimentos.
Falamos de todos os grupos alimentares e descobrimos os principais nutrientes: carboidratos, proteínas e
gorduras.
O carboidrato é o nutriente que mais rapidamente e em maior quantidade (100%) se converte em glicose.
Então, se descobrirmos quais alimentos possuem carboidratos e a quantidade que cada um contém,
poderemos ajustar nossa glicemia.

Onde encontramos os carboidratos (glicídios ou hidrato de carbono):


Pães, biscoitos, cereais, farinhas, batata, mandioca, massas, arroz, grãos, leguminosas, frutas, leites,
iogurtes, mel, açúcar e doces em gerais.
Estes carboidratos podem estar junto de proteínas e gorduras, como em pizzas, sorvetes ou chocolates.
Posso comer todos os alimentos que contenham açúcar se contar os gramas de
carboidratos?
Essa é a ideia, para que possamos ter mais liberdade no planejamento alimentar. Só não podemos
esquecer de todo o equilíbrio da alimentação e que nesse método, os doces e chocolates continuam a
ficar no topo da pirâmide.

Aprendendo a contar os carboidratos:


Para descobrir quanto cada alimento contém de carboidratos, podemos utilizar a informação nutricional
dos rótulos ou tabelas de composição dos alimentos.
E, para calcular, vamos verificar quanto de cada alimento estamos consumindo em uma refeição e
levantar, através dessas fontes, quanto de carboidrato cada um deles possui.
Exemplo:

Alimento Medida Caseira/Peso Carboidratos

Pão Francês 1 unidade/ 50g 30g

Margarina 2 pontas de faca/ 5g 0g

Leite Integral 1 copo/ 200ml 12g

Achocolatado Diet 1 colher de sopa/10g 10g

Mamão Papaia ½ unidade/ 115g 15g

TOTAL 67g

Os legumes e verduras possuem pequena quantidade de carboidrato, em média 5g por porção. Por isso,
não incluímos na contagem da refeição. Porém, se a porção consumida numa mesma refeição for maior
que três, contamos como 15g ou uma substituição.
Alguns alimentos não possuem carboidratos, como por exemplo, as carnes, mas devemos lembrar que
pouco mais metade das proteínas se converte em carboidratos. Em situações especiais como em um
churrasco, podemos fazer o seguinte: a cada três porções de carne você deverá contar 15g de
carboidratos.

Quanto de carboidrato eu devo consumir por refeição?


Essa quantidade é individual e deverá ser adequada à sua necessidade calórica e seu controle glicêmico.

Quanto de insulina devo tomar quando estou em terapia de contagem de


carboidratos?
Existem algumas maneiras e as mais utilizadas são:
 Regra geral para adultos: nesta regra, partimos do princípio onde 1 unidade de insulina rápida ou ultra
rápida cobre 15 gramas de carboidratos.
 De acordo com o peso: de acordo com a tabela relacionada abaixo, definimos um ponto de partida
levando em consideração o peso inicial do paciente. Veja a tabela á seguir:

Peso (Kg) Razão Peso (Kg) Razão Peso (Kg) Razão

50 - 58 1:15 63 - 68 1:13 82 - 86 1:10

59 - 63 1:14 68 - 77 1:12 91 - 100 1:8

100 - 109 1:7

 Regra Geral para crianças: nesta regra, partimos do princípio onde 1 unidade de insulina rápida ou
ultrarrápida cobre 20 - 30 gramas de carboidratos.
 Regra 500: nesta regra, divide-se 500 pela dose/total de insulina administrada nas 24h.
Ex: total insulina/dia 10 UI
500:10 = 50, portanto neste caso, 1UI insulina ultrarrápida deverá cobrir 50g de carboidrato.

Só quem toma insulina pode fazer a contagem de carboidratos?


Claro que não. É só ter diabetes para fazer a contagem de carboidratos. Você estipula quantidades fixas
de carboidratos nas refeições, de acordo com as suas atividades e necessidades diárias, variando apenas
os alimentos.

E para descobrir se está dando certo?


Para isso, é necessário monitoramento mais frequente, principalmente no início do tratamento, para que
possamos ajustar a quantidade de carboidrato e a dose de insulina. O ideal é fazer uma glicemia antes e
outra duas horas após cada refeição.
Agora uma lista de alguns alimentos com a medida caseira, peso e gramas de carboidrato.

https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/contagem-carboidratos-auxilia-
controle-glicemia.aspx
Trabalho de Nutrição

Diabetes x Carboidratos

Professora: Laura Caldeira


Conhecer Escola Técnica
Turma: 60 Turno : Noite

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