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Universidade Paulista (UNIP) – Campus SJRP

Alimentação do Adulto

Curso: Nutrição
Período: 3º/4 semestres
Disciplina: Planejamento de Cardápios nos Ciclos
da Vida

Profa. Dra. Luciana N. M. Fiorelli


Nutricionista
Mestre e Doutora - FMB /UNESP
Alimentação do Adulto
Características 20 a 64 anos
de idade
➢Nutrição na idade adulta:
➢Faixa etária adulta → onde se completa o crescimento físico.

➢Importância da dieta → Manutenção do bem-estar;


Prevenção de doenças.
Promover saúde.
Alimentação do Adulto
Atenção especial → deve ser dada à transição nutricional (Brasil):

DESNUTRIÇÃO

OBESIDADE
Alimentação do Adulto
- Alimentação rica em gorduras (particularmente as de origem
animal), açúcar, alimentos refinados, industrializados, fast-foods,
etc.;
- Pobre em fibras (hortaliças, legumes, frutas.

OBESIDADE Doenças crônicas não-transmissíveis:


- Hipertensão arterial (HAS);
- Diabetes Mellitus;
- Doenças cardiovasculares;
- Síndrome Metabólica;
- Câncer.
Alimentação do Adulto

Preocupação com a alimentação do adulto

Recuperação e/ou Proporcionar uma melhor


Manutenção de seu peso qualidade de vida
ideal, prevenindo as DCNT
Alimentação do Adulto
Principais causas dos desvios alimentares nos adultos:

➢ São geralmente de ordem econômica;


➢ Dificuldade de providenciar alimentação;
➢ Falta de atividade física;
➢ Excesso de trabalho; problemas emocionais;
➢ Maus hábitos alimentares, dentre outras.
IMC e Avaliação do Estado Nutricional

OMS, 1998
RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS ADULTO
Cálculo do Valor Energético Total (VET/DIA) pela EER
Regras para Manutenção, Perda ou Ganho de Peso - EER

1ª OPÇÃO (com Desvio Padrão):


➢Se o objetivo for MANTER O PESO – utiliza-se o valor estimado
pela equação da EER somente (não usa o desvio padrão)

➢Se o objetivo for PERDA DE PESO – utiliza-se o valor estimado


pela equação da EER e deve-se SUBTRAIR o valor obtido de 2x o
desvio padrão.

➢Se o objetivo for GANHO DE PESO – utiliza-se o valor estimado


pela equação da EER e deve-se SOMAR o valor obtido de 2x o
desvio padrão.

Nessas situações deve-se usar na equação da


EER o PESO ATUAL DO PACIENTE.
EXEMPLO:
Regras para Manutenção, Perda ou Ganho de Peso - EER

2ª OPÇÃO:
➢Se o objetivo for MANTER O PESO – utiliza-se o valor
estimado pela equação da EER com o PESO ATUAL do paciente.

➢Se o objetivo for PERDA DE PESO – utiliza-se o valor


estimado pela equação da EER com o PESO ATUAL do paciente
e depois pode-se reduzir:
De 500 a 1000kcal ao dia (Perda de 500g a 1kg/semana) –
INDIVIDUALIZAR!!!

➢Se o objetivo for GANHO DE PESO – utiliza-se o valor


estimado pela equação da EER com o PESO IDEAL do paciente
(calculado a partir das fórmulas – IMC médio ou ideal)
Cálculo do Valor Energético Total (VET/DIA) pela
REGRA DE BOLSO (por kg de peso)

Regra de Bolso:
OBJETIVO RECOMENDAÇÃO
Para PERDA DE PESO 20 a 25 kcal/kg/dia
Para MANUTENÇÃO DO PESO 25 a 30 kcal/kg/dia
Para GANHO DE PESO 30 a 35 kcal/kg/dia
(Fonte: Citado por Martins e Cardoso – 2000)

➢ RECOMENDAÇÃO X PESO ATUAL DO PACIENTE


(de acordo com cada objetivo)
Regras para Manutenção, Perda ou Ganho de Peso - EER

3ª OPÇÃO:
O uso dos diferentes Pesos conforme o estado
nutricional nas Equação da EER:
-DESNUTRIDO: Peso Ideal (calcular)

-PRÉ-OBESO OU OBESO: Peso Ajustado (quando


apresentar IMC acima de 27kg/m²). (calcular)

-EUTROFIA: Peso Atual.


INDIVÍDUO DESNUTRIDO:

Para o cálculo do VET deve ser calculado o PESO IDEAL (PI):

FÓRMULA (Segundo o IMC médio proposto pela FAO (1985) ou IMC


ideal de acordo com o sexo e a idade (CRONK & ROCHE, 1982 ou BRAY,
1987):

PI (kg) = ALTURA2 (m) x IMC médio ou ideal

FAO - Homens – 22 kg/m2


Mulheres – 21 kg/m2
INDIVÍDUO PRÉ-OBESO OU OBESO (quando apresentar
IMC acima de 27kg/m²).

Para o cálculo do VET deve ser calculado o PESO


AJUSTADO (ASPEN, 1998):

Peso ajustado = [PA – PI] x (0,25) + PI

PA = peso atual
PI = peso ideal (obtido pelo IMC médio ou ideal)

❖ O peso ajustado será utilizado no cálculo do VET.


Equações Cálculo do VET/DIA pela EER - Adultos

CAF – Coeficiente de atividade física


Distribuição de Macronutrientes

PROTEÍNA
American Dietetic Association e a Dieticians of Canada:
•Indivíduos sedentários ou pouco ativos: 0,8 a 1g/kg/dia.

•Indivíduos que praticam atividade física moderada: de 1,2 a 1,4g/kg/dia.

•Indivíduos que praticam atividade física intensa: 1,2 a 1,7g/kg/dia.

Sociedade Internacional de Nutrição e Esporte (ISSN):


• Para o crescimento muscular e manutenção da massa magra: Entre 1,4 e
2,0g/kg/dia

• Para atletas de resistência que são adeptos das dietas hipocalóricas: entre 2,3 e
3,1g/kg/dia para preservar a massa muscular e evitar o catabolismo muscular, e
mais de 3,0g/kg/dia pode ter efeitos positivos na composição corporal.
PROTEÍNA
Distribuição de PROTEÍNA nas refeições:
Estudos indicam que o ideal não é concentrar toda a quantidade de
proteína que você vai ingerir em um dia numa única refeição. Isso
porque o nosso corpo não armazena o nutriente (como faz com as
gorduras, por exemplo). Então, a estratégia é entregar o nutriente ao
organismo em diferentes momentos do dia. A publicação da Food &
Function recomenda que ao menos três refeições do dia sejam
adequadas em proteína.

Ainda, pesquisas mostram que a síntese de músculo em adultos


saudáveis é 25% maior quando o aporte proteico está distribuído
entre café da manhã, almoço e jantar em comparação a um padrão de
maior consumo apenas no jantar, mesmo que a ingestão diária total
seja a mesma.
PROTEÍNA
Valor biológico das proteínas:
• Está relacionado com a capacidade de digestão e absorção do
nutriente pelo nosso corpo. E isso tem muito a ver com a
quantidade de aminoácidos essenciais que determinada fonte
proteica tem, já que eles são mais bem aproveitados pelo nosso
organismo.

• EX. proteínas da carne e do soro do leite (AVB), por conterem


todos os aminoácidos essenciais.

• Já os vegetais não apresentam todos os aminoácidos essenciais em


um único alimento, mas quando são combinados, podem sim
oferecer o aporte necessário.

• EX. combinar a proteína do arroz, da semente de girassol e da


ervilha é formado um perfil completo de aminoácidos.
Distribuição de Macronutrientes
Idade Proteína Lipídeo Carboidrato
(anos) (g/kg/dia e %) (Gordura total %) (%)
20 a 59 0,8g a 1,0 g/kg/dia ND 130g/dia
anos 10 a 35% 20 a 35% 45 a 65%
(mínimo 15%) (<10% de
açúcar/sacarose)
Fonte: DRI’S; IOM (2002)
USAR PESO ATUAL PARA CALCULAR PROTEÍNA
REDUZIR A INGESTÃO DIÁRIA DE AÇÚCARES LIVRES
Oferecer menos de 10% de açúcar/sacarose do VET - glicose e frutose
acrescido nas preparações e em alimentos industrializados, assim como
açúcares presentes nos alimentos como: mel, em sucos de frutas, sucos de
frutas concentrados, mas isso NÃO inclui açúcar presente naturalmente nas
frutas frescas.
Distribuição de Gorduras
Ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) = 6 a 11% do VET:
AGPI tipo Ômega 6 (linoleico) = 2,5 a 9% do VET
AGPI tipo Ômega 3 (linolênico) = 0,5 a 2% do VET
Ácidos graxos saturados = < 10% do VET
Ácidos graxos trans = < 1% do VET
Colesterol = < 300mg/dia
Fonte: WHO/FAO (2008)

Recomendações de Vitaminas e Minerais – Consultar Tabelas da


DRIS enviadas
Distribuição do VET diário para ADULTOS

Refeições Porcentagem (%)

DESJEJUM 20% a 25% do VET


COLAÇÃO 5% do VET
ALMOÇO 35 a 40%% do VET
LANCHE 10 a 25% do VET
JANTAR 15 a 25% do VET
CEIA 5% do VET
Fonte: Assis,1997

Fracionamento: AJUSTAR A ROTINA DO PACIENTE


Valores de ingestão dietética de referência
(Dietary Reference Intakes - DRIS) - Fibras Totais

Idade (anos) Ingestão adequada (AI)


g/dia
Homens
50 anos 38
≥ 51 anos 30

Mulheres
50 anos 25
≥ 51 anos 21
Fonte: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2002
Água
MICRONUTRIENTES - RDA
MICRONUTRIENTES - RDA
MICRONUTRIENTES – RDA E AI
MICRONUTRIENTES – RDA E AI
MICRONUTRIENTES – RDA E AI
MICRONUTRIENTES - EAR
MICRONUTRIENTES - UL
MICRONUTRIENTES - UL
Continuação
ATENÇÃO A
QUALIDADE!
Plano alimentar – Adulto
Entregar os cálculos e os demais itens de acordo com o roteiro enviado.

1. Dados do cliente:
2. Classificação do estado nutricional através do IMC
3. Cálculo do VET (Usar regra de bolso)
4. Distribuição proposta de macronutrientes (apresentar os cálculos em
gramas, calorias e percentual);
5. Distribuição percentual do VET por refeição (calcular a distribuição em
Kcal)
6. Prescrição do cardápio (segundo modelo)
7. Descrever o N° de porções de acordo com o VET calculado
8. Análise dos nutrientes (análise entre os valores obtidos e os valores
recomendados)
9. Orientações Nutricionais (citar 5 em forma de tópicos)
10. Referências bibliográficas (segundo ABNT)
11. Grampear a planilha de cálculo junto

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