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NUTRIÇÃO CLÍNICA I

Professora: Me. Mariane Pravato Munhoz Gonçalves


Araçatuba
2020
O DIABETES É UM GRUPO
De doenças metabólicas caracterizadas por:

Hiperglicemia e associadas a complicações como:

Disfunções e insuficiência de vários órgãos, olhos,


rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos.

COBAS. R. A., GOMES. M. B. Diabetes Mellitus. Rev. Hospital Universitário Pedro Ernesto. v.9. n.1. 2010
O DM é uma síndrome de etiologia múltipla

Decorrente da falta de insulina e / ou...

...da incapacidade da insulina em exercer


adequadamente seus efeitos.

Caracteriza-se por hiperglicemia crônica...

...freqüentemente acompanhada de dislipidemia,


hipertensão arterial e disfunção endotelial
LANDIM, C. A. R. A competência de pessoas com diabetes mellitus para o autocuidado em um programa educativo multiprofissional. Ribeirão Preto. 2009.153 f. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Ribeirão
Preto: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 2009.
Principais tipos de diabetes

•Tipo 1

•Tipo 2

•Diabetes gestacional
NO PASSADO O DM 2 ACOMETIA
Principalmente pessoas de meia
idade e idosos

Entretanto, o no de casos de DM
tem aumentado
consideravelmente em grupos
mais jovens, incluindo crianças
e adolescentes Consequência
dos

Fatores que podem ser prevenidos e/ou


controlados por uma dieta adequada e pela
prática regular de E. F
É uma medida que aparece no resultado do
exame de sangue que serve para avaliar a
resistência à insulina
E que geralmente, quando os
resultados estão > valores de
referência, quer dizer que existe
maior chance de desenvolver DCV,
SM ou DM2
O Índice de Homa deve ser realizado com jejum de pelo menos 8 horas
Os valores de glicemia devem ser convertidos mmol/L em
devem ser obtidos em jejum. A glicemia normalmente é
medida em mg/dl: glicemia (mg/dL) x 0,0555.
EXEMPLO PACIENTE:
IMC: 28,76Kg/m2
GJ: 120mg/dL - glicemia (mg/dL) x 0,0555 = 6,66mmol
Insulina:25ui/mL

 IR = Glicemia (mmol) x insulina (ui/ml) / 22,5

 IR = 6,66 x 25 / 22,5 = 7,4

 Valor de referência insulina: 2 a 25ui/mL


OBJETIVOS DO TRATAMENTO DO
DM
 Eliminar sinais e sintomas da doença

 Evitar complicações agudas

 Melhorar a qualidade de vida

 Prevenir ou retardar complicações micro-vasculares e neuropáticas

 Reduzir eventos cardiovasculares

 Reduzir mortalidade
< 190
> 40
A dieta mediterrânea é citada na literatura como
referência de padrão saudável para a população
ocidental por promover a longevidade e ser capaz de
reduzir 9% da mortalidade geral por DCV.

Embora diversos estudos tenham tentado identificar a melhor


combinação de nutrientes para indivíduos com DM, uma
revisão sistemática mostrou que não há proporção ideal
aplicável e que, portanto, macro e micronutrientes devem
ser prescritos de forma individualizada. Sendo assim, a
ingestão dietética em pacientes com DM, segue
recomendações semelhantes àquelas definidas para a
população geral, considerando-se todas as faixas etárias

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Incentivar a perda de peso estruturada em um plano alimentar reduzido
em calorias associado à prática de atividade física é de suma importância
para aqueles com alto risco de desenvolver DM2 com sobrepeso ou
obesidade. Com base em estudos de intervenção, os padrões alimentares
que podem ser úteis àqueles com pré-diabetes incluem um plano
alimentar mediterrânico e um plano alimentar de baixo teor calórico

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Não há uma estratégia alimentar universal para prevenir o
diabetes ou retardar o seu início.

Uma vez que a individualidade bioquímica deve ser considerada. Em


associação à manutenção do peso corporal e a uma alimentação saudável
(caracterizada por ingestão maior base de plantas e ingestão menor de
carne vermelha ou um padrão alimentar mediterrânico rico em azeite,
frutas e legumes, incluindo cereais integrais, leguminosas e frutas in natura,
produtos lácteos com baixo teor de gordura e consumo moderado de álcool)
é a melhor estratégia para diminuir o risco de diabetes

Especialmente se as recomendações dietéticas levam em conta as


preferências individuais, permitindo, assim, a adesão ao tratamento
nutricional em longo prazo.

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Estratégias nutricionais

Low Carb: O seguimento após 1 ano daqueles que cumpriram a dieta LC


ou baixa em CHO, versus a dieta normal nesse nutriente, não foi
diferente, analisando especificamente o quanto as pessoas conseguem
seguir por longo tempo a restrição de CHO.

Entretanto, o consumo reduzido de CHO, quando associado a gorduras


monoinsaturadas, fibras e atividade física, trouxe resultados em relação ao
perfil lipídico, à pressão arterial e perda de peso em pessoas com DM2

A LC pode ser favorável, mas reforçando que LC não é a


retirada total dos carboidratos da dieta
45% - 65%
10 e 20 g ao dia de fibra solúvel.

De acordo com novas evidências, recomenda-se a quantidade


de 20g de fibra dietética para cada 1.000 kcal ingeridas para
homens e mulheres com DM2 e, no mínimo, 14g/1.000 kcal
para pessoas com DM1 sem síndrome metabólica.

Recentemente, enfatizando também o consumo de fibras


prebióticas, por mecanismos associados à > circulação de
butirato, acetato e propionato no lúmen intestinal que reduz a
endotoxina (lipopolissacarídeo), fortemente associada à RI

Não se tem fixado uma recomendação específica em diabetes,


mas se acredita que o consumo mínimo de 4 g ao dia de fruto-
oligossacarídeos ou inulina já contribuiria com a melhora da
microbiota intestinal.
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Não há evidências de que a ingestão proteica usual para a maioria dos
indivíduos (1 a 1,5 g/kg de peso corporal/ dia), representando de 15 a 20%
da ingestão total de energia, precise ser modificada para aqueles com
diabetes e função renal preservada

Algumas pesquisas sugerem o aumento da ingestão usual de proteínas para


1,5 a 2 g/kg de peso corporal/dia, ou 20 a 30% da ingesta total de energia,
durante o processo de redução de peso em pacientes com sobrepeso e
obesos com DM2 e função renal preservada

Para aqueles com doença renal, a proteína dietética deve ser mantida na
dose diária recomendada de 0,8 g/kg de peso corporal/dia. Não é indicado
diminuir a quantidade de proteína dietética abaixo da dose diária
recomendada, pois isso não altera as medidas glicêmicas, as medidas de
risco cardiovascular nem o curso da taxa de filtração glomerular

https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf
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A suplementação de vitaminas e minerais não é indicada
para o controle do diabetes por falta de evidências
científicas.

No entanto, o uso prolongado de alguns medicamentos,


como a metformina, pode causar deficiência de ácido
fólico e vitamina B1
Uma das prováveis causas da neuropatia diabética é a
deficiência de vitamina B12
Os efeitos positivos da vitamina D seriam a sensibilidade à insulina e a sua
secreção, bem como a diminuição do estado inflamatório
Dentre os minerais, as deficiências são mais evidentes no metabolismo do zinco e do
magnésio. Uma recente metanálise mostrou que a suplementação de zinco está
associada ao melhor controle glicêmico. O zinco parece regular a função das ilhotas
pancreáticas e promover a homeostase glicêmica.

Todavia, a elevada concentração plasmática ou sérica do mineral pode aumentar o


risco de DM2 na população em geral.

A suplementação de magnésio pode produzir um efeito favorável na glicemia de


jejum, perfil lipídico e pressão arterial. A suplementação de micronutrientes não
deve ser prática rotineira, pois precisa ser individualizada conforme a sua
deficiência. De qualquer modo, mais estudos são necessários para comprovar os reais
efeitos da suplementação e avaliar possíveis efeitos colaterais

https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf
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NUTRIÇÃO X DIABETES MELLITUS

Sódio: ADA: 2300mg/dia


Hipertensos: AHA: <1500mg/dia reconhece
benefícios com 1000mg/dia

Ambas recomendam também o


seguimento do padrão DASH

Álcool : 1 dose mulheres e 2 doses homens  Necessita de glicose para metabolização


Episódios hipoglicêmicos
 1 dose = 360ml cerveja ou 150ml vinho ou
Hipertrigliceridemia e DM descompensado 45ml de bebida destilada
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RECOMENDAÇÕES ALIMENTARES COMPLEMENTARES

 Não pular refeições (insulinização  risco de hipoglicemias)

 Mastigação plena

 Preferir alimentos ensopados cozidos no vapor ou até mesmo crus.

 Diet e Light : indicados no contexto do plano alimentar e não de forma exclusiva.

 Evitar o uso concomitante de fontes diferentes de CHO

 Água : 35 a 40ml/Kg (jovens e adultos)


25 a 30ml/Kg (>60 anos)
A estratégia ideal para a prática de exercícios físicos por pessoas com
DM deve envolver a combinação de
Exercício aeróbio (caminhada, bike, natação)

Exercício resistido (pesos livres, força) e aumento progressivo


de tempo, frequência, carga e intensidade.

Sugere-se pelo menos 1 set de 10-15 repetições de 5 ou mais


exercícios resistidos, envolvendo os grandes grupos musculares,
de 2 a 3 sessões por semana, em dias não consecutivos.
Intensidade
Moderada ou vigorosa atividade: sem permanecer mais do que dois dias
consecutivos sem atividade.

Uma opção alternativa para os indivíduos jovens bem condicionados é a


realização semanal de pelo menos 75 minutos de treinamento intervalado de
alta intensidade (HIT - high-intensity interval training), tomando o cuidado de
não permanecer mais do que dois dias consecutivos sem atividade (American
Diabetes, 2019)

Convém lembrar que a individualização do plano de


exercício é fundamental para o sucesso terapêutico.
NUTRIÇÃO X DIABETES MELLITUS

TIPOS DE ADOÇANTES
NUTRIÇÃO X DIABETES MELLITUS

TIPOS DE ADOÇANTES
NUTRIÇÃO X DIABETES MELLITUS

TIPOS DE ADOÇANTES
TRATAMENTO NUTRICIONAL

FI = 1,4
“O melhor marketing para um
nutricionista é sua ÉTICA e
empatia com seus pacientes”!

@marinutri_ Mariane Pravato Munhoz

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