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intestino, como vermes e protozoários. Mas o EPF não é uma técnica em si, é apenas o pedido
para fazer o exame de fezes e procurar por parasitas.
O problema é que às vezes as técnicas usadas no exame não são sensíveis o suficiente para
detectar os parasitas se não forem feitas corretamente. Isso acontece porque muitas vezes as
pessoas não sabem como coletar a amostra corretamente, não entendem como conservar as fezes
ou não seguem os passos certos do exame, o que pode levar a resultados errados, mostrando que
não há parasitas quando na verdade há.
Um erro comum é dar remédios para matar os vermes sem fazer o EPF primeiro para ver se
realmente é necessário. Quem pede o exame precisa ter claro por que está sendo feito e o que se
espera encontrar. Por exemplo, se o paciente não tem sintomas, o objetivo pode ser encontrar o
maior número possível de tipos de parasitas.
Também é importante saber que algumas técnicas são melhores para encontrar certos tipos de
parasitas do que outras. Por isso, o médico deve indicar qual suspeita ter e, se possível, qual
técnica prefere usar.
Exame Macroscópico: Olhando para as fezes, podemos ver sua consistência, cheiro, e se há
coisas estranhas nelas, como muco, sangue, ou vermes adultos ou partes deles.
Exame Microscópico: Aqui usamos um microscópio para ver os ovos ou larvas de vermes, cistos
ou formas de reprodução de protozoários. Podemos contar a quantidade ou apenas verificar se
estão presentes.
A maioria dos métodos apenas diz se o parasita está presente ou não (qualitativo).
Alguns métodos, como o Kato-Katz, contam os ovos nas fezes para saber a intensidade da
infecção (quantitativo).
O método qualitativo é usado rotineiramente.
O método quantitativo é menos usado, porque a quantidade de remédio antiparasitário não é
baseada na quantidade de parasitas, mas no peso do paciente.
Quando são feitos? Principalmente em estudos sobre a propagação das doenças ou para verificar
se o tratamento eliminou os parasitas.
Escolha do Método:
Não existe um único método que possa detectar todos os tipos de parasitas ao mesmo tempo.
Alguns métodos são mais amplos, podendo detectar vários tipos de parasitas intestinais,
enquanto outros são mais específicos para um tipo particular de parasita.
Exemplos de métodos amplos são o método de Hoffman, Pons e Janer, e os métodos de
centrifugação.
Colaboração Médico-Laboratório:
É importante uma boa comunicação entre médicos e laboratórios para garantir que o exame de
fezes seja o mais preciso possível.
Avanços Futuros:
A automação e o desenvolvimento de testes imunológicos e moleculares podem melhorar o
processo de diagnóstico parasitológico no futuro, mas atualmente ainda não são amplamente
utilizados na parasitologia.
São usados para detectar parasitas específicos, como Entamoeba histolytica/dispar, Giardia
lamblia e Cryptosporidium.
Testes Imunofluorescentes (IFAs):
Esses testes são utilizados para identificar parasitas como Cyclospora e Isospora.
PCR (Reação em Cadeia da Polimerase):
A PCR é uma técnica molecular que pode detectar e até mesmo subtipar parasitas, como
Cryptosporidium.
Para melhorar a qualidade do exame parasitológico de fezes (EPF), é importante lembrar:
Parasitas Especiais: Algumas espécies de parasitas só podem ser detectadas por técnicas
especiais, então é essencial escolher o método certo para cada caso.
Resultados Negativos Não Definitivos: Se um exame der negativo, não significa necessariamente
que não há parasitas. É recomendável repetir o exame com outra amostra.
Produção de Parasitas Variável: A produção de cistos, ovos ou larvas pelos parasitas não é
constante ao longo do dia ou do ciclo do parasita. Isso significa que um resultado negativo pode
ocorrer mesmo que o parasita esteja presente, mas não tenha sido detectado na amostra.
Essas considerações ajudam a garantir uma análise mais precisa e completa no diagnóstico
parasitológico de fezes.
Exame de fezes direto a fresco:
É quando as fezes são observadas diretamente sem nenhum processamento especial. Isso é útil
para identificar parasitas móveis ou formas que não precisam de concentração para serem vistas.
Técnicas de concentração:
Às vezes, o número de parasitas nas fezes é pequeno, então precisamos de métodos para
concentrá-los:
Espontânea ou por centrifugação: Deixar as fezes em repouso para que os parasitas se depositem
no fundo ou usar uma centrífuga para acelerar esse processo.
Flutuação ou sedimentação: Essas técnicas usam líquidos especiais que fazem os parasitas
flutuarem ou se depositarem, permitindo a separação deles das fezes.
Técnicas para busca de larvas:
Existem várias técnicas semelhantes para encontrar larvas de parasitas, cada uma com um nome
diferente, mas baseadas no mesmo princípio.
Método Direto:
Procedimento Simples:
A amostra é obtida diretamente das fezes, sem nenhum líquido de preservação. No entanto, isso
pode resultar em uma quantidade pequena de material, o que pode levar a resultados falso-
negativos.
Concentração é Melhor:
Os métodos de concentração são mais eficazes, pois permitem uma sensibilidade maior ao
examinar uma quantidade maior de amostra.
Procedimento:
Uma pequena porção das fezes, do tamanho da cabeça de um palito de fósforo, é colocada sobre
uma lâmina.
Adiciona-se uma solução salina para preparar a amostra.
Homogeneíza-se a mistura.
Coloca-se uma lamínula sobre a amostra.
Analisa-se a amostra sob um microscópio nas ampliações de 10 e 40 vezes.
Esse método é útil por sua simplicidade, mas os métodos de concentração são preferidos para
melhorar a sensibilidade na detecção de parasitas
Sedimentação Espontânea:
Método de Willis.
Usado para encontrar ovos leves, principalmente de ancilostomídeos. Os ovos mais leves flutuam
na superfície de uma solução especial.
Centrífugo-Flutuação:
Teste de Faust.
Usado para pesquisar cistos e alguns oocistos de protozoários, e também para encontrar ovos
leves. Combina a centrifugação com a flutuação para aumentar a sensibilidade do teste.
Concentração de Larvas de Helmintos:
Sensibilidade:
No caso do EPF, ele tem uma baixa sensibilidade, o que significa que ele pode não detectar
alguns casos de infecção, resultando em muitos falsos negativos. Ou seja, pode dizer que uma
pessoa não está infectada quando ela realmente está.
Por outro lado, o EPF tem uma alta especificidade, o que significa que ele geralmente identifica
corretamente quando uma pessoa não está infectada, resultando em poucos falsos positivos. Ou
seja, raramente diz que uma pessoa está infectada quando ela na verdade não está.
Resumindo, o EPF é melhor para confirmar quando alguém não está infectado, mas pode perder
alguns casos de infecção, então é importante considerar outros fatores clínicos e resultados de
testes adicionais.