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FUNDAÇÃO BENEDITO PEREIRA NUNES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Estudo Dirigido

Professor: Marcelo Cordeiro


Aluna: Paula Amaral
Disciplina: Parasitologia básica e clínica

Giardíase:

Patogênese: A giardíase é causada pelo protozoário Giardia lamblia. A infecção ocorre


quando os cistos, forma de resistência do parasita, presentes nas fezes contaminam
água ou alimentos, sendo ingeridos por humanos. No intestino delgado, os cistos se
rompem, liberando trofozoítos que se fixam na parede intestinal e se multiplicam. Isso
leva a danos na mucosa intestinal, causando inflamação local e interferindo na
absorção de nutrientes, resultando em diarreia e outros sintomas gastrointestinais.

Método de diagnóstico laboratorial:


O diagnóstico da giardíase é geralmente feito através de exame parasitológico de
fezes. Alguns métodos utilizados incluem:

1. Exame direto de fezes: Consiste na análise microscópica de uma amostra de fezes


frescas, buscando a presença de cistos ou trofozoítos de Giardia lamblia.

2. Faust: É um método de concentração de parasitas nas fezes, utilizando soluções


químicas e centrifugação. Permite uma maior sensibilidade na detecção de cistos ou
trofozoítos.

3. Testes imunocromatográficos rápidos: São testes que detectam antígenos


específicos de Giardia nas fezes, utilizando reações bioquímicas. São rápidos e de fácil
realização.

4. PCR (Reação em Cadeia de Polimerase): É um método molecular que amplifica e


detecta o DNA de Giardia, oferecendo alta sensibilidade e especificidade.

Protocolo de tratamento:
O tratamento da giardíase é realizado com medicamentos antiparasitários, geralmente
administrados por via oral. Os medicamentos comumente utilizados incluem:
1. Metronidazol: É um antiparasitário amplamente utilizado no tratamento da giardíase.
A dose recomendada para adultos é de 250 a 500 mg, três vezes ao dia, por 5 a 7 dias.

2. Tinidazol: Também é um antiparasitário eficaz no tratamento da giardíase. A dose


recomendada para adultos é de 2 g em dose única.

3. Nitazoxanida: É um medicamento alternativo que pode ser usado no tratamento da


giardíase. A dose recomendada para adultos é de 500 mg, duas vezes ao dia, por 3
dias.

É importante seguir corretamente as orientações médicas e completar o ciclo de


tratamento para garantir a eficácia na eliminação do parasita. Além disso, medidas de
higiene como lavagem adequada das mãos e consumo de água e alimentos seguros
são fundamentais para prevenir a infecção.

Áscaris Lumbricoides:

Patogênese: A infecção pelo Ascaris lumbricoides ocorre pela ingestão de ovos


presentes no ambiente contaminado. Os ovos eclodem no intestino delgado, liberando
larvas que penetram na parede intestinal e atingem a circulação sanguínea. As larvas
são levadas ao fígado e, em seguida, aos pulmões, onde amadurecem. Após serem
expelidas para a garganta, as larvas são deglutidas novamente e retornam ao intestino
delgado, onde amadurecem em vermes adultos. Os vermes adultos se reproduzem
liberando ovos nas fezes, completando o ciclo.

Método de diagnóstico laboratorial:


O diagnóstico da infecção por Ascaris lumbricoides é geralmente feito através do
exame parasitológico de fezes. Alguns métodos utilizados incluem:

1. Exame direto de fezes: Consiste na análise microscópica de uma amostra de fezes


frescas, buscando a presença de ovos do Ascaris lumbricoides.

2. Técnica de sedimentação: É um método de concentração dos ovos presentes nas


fezes, utilizando soluções químicas e centrifugação. Permite uma maior sensibilidade
na detecção dos ovos.

3. Testes imunológicos: Alguns testes sorológicos podem ser utilizados para detectar a
presença de anticorpos específicos contra o Ascaris lumbricoides no sangue,
auxiliando no diagnóstico da infecção.
Protocolo de tratamento:
O tratamento da infecção por Ascaris lumbricoides também é realizado com
medicamentos antiparasitários. Os medicamentos comumente utilizados incluem:

1. Albendazol: É o medicamento de escolha no tratamento do Ascaris lumbricoides. A


dose recomendada para adultos é de 400 mg em dose única.

2. Mebendazol: Também é eficaz no tratamento da infecção. A dose recomendada para


adultos é de 100 mg duas vezes ao dia, por 3 dias.

Assim como na giardíase, é importante seguir as orientações médicas e realizar a


higiene adequada para prevenir reinfecções, já que os ovos do Ascaris lumbricoides
são eliminados nas fezes.

Estrongiloidíase:

Patogênese: A estrongiloidíase é causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis. A


infecção ocorre quando larvas filarioides penetrantes, presentes no solo contaminado,
penetram a pele de indivíduos expostos, geralmente através dos pés. Dentro do corpo,
as larvas migram através da corrente sanguínea até chegarem aos pulmões, onde são
expectoradas e deglutidas novamente. No intestino delgado, as larvas se transformam
em vermes adultos, que vivem na mucosa intestinal, se reproduzem e liberam novas
larvas que são eliminadas nas fezes. Em alguns casos, as larvas podem entrar em um
ciclo autossômico, migrando através da pele sem a necessidade de reinfeção externa.

Método de diagnóstico laboratorial:


O diagnóstico da estrongiloidíase é geralmente feito através do exame parasitológico
de fezes. Alguns métodos utilizados incluem:

1. Exame direto de fezes: Consiste na análise microscópica de uma amostra de fezes


frescas, buscando a presença de larvas filarioides.

2. Técnica de Baermann-Moraes: É um método que utiliza o princípio da migração das


larvas filarioides em colunas de água, permitindo a sua detecção e posterior
recuperação.

3. Testes sorológicos: Alguns testes podem detectar a presença de anticorpos


específicos contra o Strongyloides stercoralis no sangue, auxiliando no diagnóstico da
infecção.

Protocolo de tratamento:
O tratamento da estrongiloidíase é realizado com medicamentos antiparasitários. Os
medicamentos comumente utilizados incluem:

1. Ivermectina: É o medicamento de escolha no tratamento da estrongiloidíase. A dose


recomendada para adultos é de 200 mcg/kg, administrados em dose única ou em
doses diárias por 2 dias consecutivos.

2. Tiabendazol: Pode ser utilizado em casos de resistência ou intolerância à


ivermectina. A dose recomendada para adultos é de 25 mg/kg, administrados duas
vezes ao dia, por 2 dias consecutivos.

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