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Toxicologia Forense

Felix Kessler – Psiquiatra, PhD


Chefe da Unidade de Psiquiatria de Adição do HCPA
Vice-diretor do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da UFRGS

Disciplina: Medicina Legal e Deontologia Médica


Código: MED 08877
Semestre: 08
Porto Alegre, 2014
Roteiro
• Introdução
• Análise toxicológica
• Substâncias
• Substâncias Psicoativas (SPAs)
• Toxicologia e Trânsito
• Perspectivas
• Considerações Finais
Introdução

Homicídio

Suicídio

Overdose acidental

?
Overdoses recentes de famosos
Introdução
Toxicologia Forense
– aspecto da toxicologia que aplica o conhecimento
desta ciência na elucidação de questões do
âmbito médico legal e jurídico

Bioética Psiquiatria Tanatologia


Análise Toxicológica
Conceitos
• Vestígio: todo objeto ou material bruto
constatado e/ou recolhido em um local de crime
para análise posterior
• Evidência: vestígio depois de feitas as análises,
onde se constata técnica e cientificamente a sua
relação com o crime
• Indício: cada uma das informações (periciais ou
não) relacionadas com o crime
Finalidade
Identificar e dosar substâncias
– intoxicantes

– causadoras de dependência

– na matéria orgânica de um indivíduo

– na matéria orgânica de um cadáver


Etapas

• Detecção
Triagem
• Identificação

• Quantificação
Confirmação
• Interpretação de resultados
Solicitação

• Autoridade policial

• Autoridade militar ou administrativa

• Autoridade judiciária

• Médico legista
Legislação

– Código de Processo Penal – Art. 170


• Guardar material suficiente

• Laudos ilustrados

– LEI Nº 11.343, 23 de agosto de 2006: SISNAD


• Laudo de constatação da natureza e quantidade da
droga
Cadeia de Custódia
• Termo que refere-se a garantia da identidade e integridade
de uma amostra do momento da coleta até a entrega dos
resultados
• Processo utilizado para organizar e documentar a história
cronológica de uma amostra
• Documentação deve conter os seguintes itens:
a) Quem manuseou a amostra
b) Quais amostras foram manuseadas
c) Quando as amostras foram manuseadas
d) Porque foram manuseadas
e) Onde ficou a amostra durante todo o tempo do manuseio
Amostras

Saliva Humor vítreo


Lágrima Muco cervical
Cabelo Fluido seminal
Suor Líquido amniótico
Unha Leite materno
Bile Insetos
Amostras
Sangue
– Análises de drogas
– Quantificação
de drogas

Vantagens Desvantagens
Matriz relativamente homogênea
Disponível em grande quantidade (in vivo) Coleta invasiva (aspectos éticos)
Fácil de coletar Riscos para o doador
Detecção de drogas logo após a utilização Riscos para o analista
Bem estabelecidos efeitos e relação entre Matriz relativamente complexa
a quantidade utilizada e detectada
Resultados interpretados mais diretamente
Sangue
Amostras
Urina
– Triagem e identificação
de drogas

Vantagens Desvantagens
Fácil de coletar
Métodos de triagem Nem sempre disponível
Presença de droga não metabolizada Riscos de adulteração
e metabólitos Coleta vigiada – aspectos éticos
Fácil obtenção para validação Problemas decorrentes de diluição
de metodologias analíticas Não resulta em informação quantitativa
Adulteração
 Adição de cerveja, uísque, saliva à urina coletada
 Troca da urina do individuo por uma de outra
pessoa ou urina artificial, por meio de trocas de
frascos coletores.
Exame supervisionado
Acompanhamento da amostra de forma a
suportar testemunho legal que prove que a
integridade e a identificação não foram
violadas, bem como a descrição e
documentação destes procedimentos.
Saliva
“Fluido oral”: mistura de saliva (secreção de três glândulas principais, a
submandibular, a parótida e a sublingual) e outros constituintes
presentes na boca, sendo composto por água, enzimas (principalmente
amilase), glicoproteínas (mucina) e eletrólitos

Sua composição e volume (ca de 1 a 3


ml/min) pode ser afetado por vários
fatores, como ciclo circadiano, dieta,
idade e varias substancias e
medicamentos, como anticolinérgicos,
que leva, a diminuição do volume de
secreção bucal, e ácido cítrico, que
estimulam a secreção salivar.

Aps, JKM; Martens, LC. Review: The physiology of saliva transfer of drugs in saliva. Forensic Science
International, v.150; n.2; p.119-131, 2005.
Boa correlação com o sangue
Cabelo

•Coleta não-invasiva

•Detecção: exposição freqüente

•Amostra estável

•Baixa concentração dos analitos

Pellini et al. Revista Brasileira de Toxicologia, v. 12, n.1, p. 1-8, 1999


Suor
Vantagens Desvantagens
• Coleta não-invasiva e sem • Baixa concentração
constrangimento • Dificuldade na análise
• Coleta através de adesivos • Não existem muitos estudos
“sweat patch”
• Monitoramento pacientes
de clinicas de reabilitação e
presos
• Droga inalterada
• Difícil adulteração
• Período de detecção maior
que a urina (2 semanas)
Mecônio
•exposição fetal
•coleta não-invasiva
•matriz complexa
-dificuldade na análise

•Período de detecção:
meses

Exemplo: opióides:
Violenta síndrome de abstinência em recém-
nascidos (NAS)
Coleta de materiais post-mortem
Conteúdo estomacal
Matrizes biológicas post-mortem

Maria Cristina Franck. IGP/RS


Amostras
Janela analítica das principais matrizes biológicas empregada para análise de
drogas
Caso
TOXICOLOGIA FORENSE – CASO

 KAROLINE GEORGE  mãe terrível;


alcoolista; tentava o divórcio; 1. Mulher
1. Mulher morta
morta encontrada
encontrada
com pernas
com pernas fletidas
fletidas ee joelhos
joelhos
 Corpo encontrado em 9 DE MAIO contra oo peito.
contra peito.
DE 2008 em área florestal.
2. Decomposição
2. Decomposição avançada
avançada ee
 AUTÓPSIA (10 DE MAIO) esqueletização parcial.
esqueletização parcial.
 Dover, DE, USA
3. Sem
3. Sem evidência
evidência de
de uso
uso de
de
força bruta
força bruta ou
ou danos
danos com
com
arma de
arma de fogo.
fogo.

4. Olhos
4. Olhos não
não presentes,
presentes, sem
sem
sangue femoral.
sangue femoral.

5. Ausência
5. Ausência de
de tecido
tecido mole
mole dede
pescoço ee osso
pescoço osso hioide
hioide  não
 não
se pode
se pode descartar
descartar asfixia
asfixia ee
trauma.
trauma.
TOXICOLOGIA FORENSE – CASO

 ANÁLISE LABORATORIAL

Aspirado do Tórax em Decomposição

1.120 mg Etanol/dL, traços de


acetaldeído, traços de 1-propanol

2.1400 mg de acetaminofeno/L

3.10,3 mg de difenidramina

Fígado

1.20,1 mg difenidramina/Kg
TOXICOLOGIA FORENSE – CASO ANÁLISE LABORATORIAL
 ETANOL  pode estar presente por ingestão ou produção postmortem. Se
houve ingestão anterior à morte, pode potencializar outras drogas.
 Determinado por GC e confirmado análise enzimática

 ACETAMINOFENO  concentração elevada (pode ser por interferência de


matriz). Intoxicação por Acetaminofeno causa morte por necrose do fígado
horas a dias depois da ingesta.
 Determinado por análise imunológica e confirmado por teste com
cores

 DIFENIDRAMINA  concentrações pós-morte no sangue > 1 mg/L são


tóxicas. Entre 8 e 31 mg/L são encontrados em casos fatais de overdose.
No fígado, DPH > 3 mg/Kg é tóxica; entre 23 e 47 mg/Kg, fatal em
overdose.

 Altas concentrações causam depressão do SNC, arritmias


cardíacas e parada respiratória.
 Determinado por GC e confirmado por GCMS
TOXICOLOGIA FORENSE – DISCUSSÃO

ANÁLISE LABORATORIAL

 DIFENIDRAMINA (DPH): Anti-histamínico H1,


sedativo, hipnótico e antiemético;

 Encontrado em altas concentrações:


o fluido torácico de putrefação (10,3
mg/L; tóxico >1 mg/L no sangue)

o hepático (20,1 mg/Kg; tóxico >3


mg/kg);
 Embora grandes limitações, literatura fala
em boa relação entre doses no sangue e no
fluido torácico de putrefação.
TOXICOLOGIA FORENSE – DISCUSSÃO

ANÁLISE LABORATORIAL

T E
 DPH + ETANOL: Efeitos depressores do SNC
potencializados, levando à perda de
O R
consciência;
M
não sofre metabolismo de primeira
passagem;
DA
 Enema: Medicamento absorvido pelo reto

 Doses

S
letais
A atingidas rapidamente,
levando à possível cardiotoxicidade,

U
depressão respiratória e morte.

A
C
TOXICOLOGIA FORENSE – CASO JULGAMENTO

 Richard Henry foi acusado de assassinato


premeditado e trazido à corte militar.

 Causa e forma da morte: relatório


toxicológico atesta causa da morte como
toxicidade por DPH. Forma da morte
indeterminada.

 Computador de Richard Henry:


1. Arquivo deletado  busca na internet:
Como amarrar alguém sem deixar
marcas;
2. Arquivo deletado  busca na internet:
Toxicidade de medicamentos de uso
doméstico;
3. Notícia  Esposa mata marido usando
enema.
TOXICOLOGIA FORENSE – CASO

JULGAMENTO

 Vídeo de vigilância: na noite que Karoline sumiu, Richard deixou seu


apartamento com uma grande mala, aparentemente pesada. Retorna 4
horas após com aparência de leveza (mala).

 Apartamento de Richard: bolsa


encontrada contendo receita datada de
um dia antes do desaparecimento.
1. 1 caixa de Excedrin
2. 2 caixas de Simply Sleep
3. 2 fleet enemas
4. Fita adesiva
5. 6 a 10 pares de luvas de látex
6. 1 toalha verde de cozinha e 1 faca de
cozinha
TOXICOLOGIA FORENSE – CASO

VEREDITO E SENTENÇA

 Richard teria colocado Simply Sleep na bebida de Karoline; quando ela


adormeceu, administrou Excedrin e o restante de Simply Sleep via anal,
matando-a.
 Colocou-a em uma mala grande, para depositar mais tarde na área
florestal, onde ela foi encontrada.

 Richard foi declarado culpado de assassinato premeditado. Foi


exonerado do Exército e condenado a prisão perpétua com possibilidade
de liberdade condicional.
Fundamentos Analíticos
– Métodos de imunoensaio
– Método de microdifusão
– Método da eletroforese
– Métodos colorimétricos
– Métodos cromatográficos
– Métodos espectroscópicos
Exemplo: cromatografia
Exemplo: cromatografia em massas

As amostras
são ionizadas e
fragmentadas.

Cada
substância tem
um padrão de
fragmentação
característico.
Exemplo: CG (gás) com detector de massas
Laudo
1. Preâmbulo (local, data, nome do 4. Exames e Resultados (informar
solicitante e expediente de as técnicas analíticas utilizadas,
solicitação, inquérito policial,etc.) preferencialmente com
referências bibliográficas;
2. Descrição do material relato de todos os resultados)
questionado (detalhada)
5. Conclusões ou Respostas aos
3. Objetivo dos exames quesitos (diretas e objetivas)

6. Assinatura de perito oficial


Substâncias
Conceitos
• Droga ou substância
– Qualquer substância química capaz de modificar um
funcionamento orgânico, pode ser medicinal ou nociva
• Droga ou substância psicoativa (SPA)
– Qualquer substância química que é utilizada para produzir um
efeito neuroquímico em um organismo
• Droga ou substância psicoativa de abuso
– Substância química de efeito neuroquímico usada em excesso
ao padrão social/biológico esperado
Substâncias
• Agente tóxico: Entidade química capaz de causar
dano a um sistema biológico, alterando uma
função ou levando-o à morte, sob certas
condições de exposição
• Veneno: Agente tóxico que altera ou destrói as
funções vitais e, segundo alguns autores, é termo
para designar substâncias provenientes de
animais, com função de autodefesa ou predação
Substâncias
• Antídoto: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de
substâncias
• Intoxicação: causada por substâncias endógenas ou
exógenas, caracterizada por desequilíbrio fisiológico,
consequente das alterações bioquímicas no organismo
– Aguda
– Sub-aguda ou sub-crônica
– Crônica
Evidenciada por sinais e sintomas ou mediante dados
laboratoriais
Substâncias Psicoativas
Classificação
DSM V – Transtorno por Uso de SPAs
1. Uso recorrente de substância resultando em falha no
cumprimento de obrigações
2. Uso recorrente em situações em que isso pode ser
fisicamente perigoso
3. Uso continuado apesar de problemas recorrentes e
persistentes
4. Tolerância
5. Abstinência
6. A substância é frequentemente consumida em maiores
quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido
DSM V – Transtorno por Uso de SPAs
7. Esforços mal-sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o
uso
8. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a
obtenção da substância
9. Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas
são abandonadas ou reduzidas
10. O uso da substância continua, apesar da consciência de ter
um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente
11. Fissura ou Craving
DSM V – Transtorno por Uso de SPAs
Especificadores de Gravidade – período: 1 ano
– Leve: dois ou três dos onze critérios
– Moderado: quatro ou cinco dos onze critérios
– Grave: mais de seis dos onze critérios

Especificar se: Com (ou Sem) Dependência


Fisiológica: evidência de tolerância ou abstinência
Epidemiologia
II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD)
2012

n = 4.607
149 municípios sorteados

• Resultados álcool
17% apresentam transtornos por uso de álcool
Epidemiologia (%)

II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) 2012


Epidemiologia
Perfil dos usuários de crack e/ou similares no
Brasil – FIOCRUZ
n = 7.381
Time-Location Sampling

– 79% homens, 30 anos de idade


– 44% das mulheres relataram violência sexual
Epidemiologia (%)

Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil – FIOCRUZ


Fatores Associados
Biologia / GenesVulnerabilidade Ambiente

Drogas

Mecanismos Cerebrais

Adição
Comorbidades
Usuários Cocaína Outras Razão de
Transtornos Psiquiátricos de Crack Inalada Drogas p* Prevalência
n=115 n=36 n=139 (95%CI)**

55 (47.8) 16 (44.4) 62 (45.3)


Episódio Depressivo Maior 0.905 1.1 (0.7-1.8)
n=115 n=36 n=137
54 (47.4)a,b 24 (66.7) a 53 (38.7)b
Risco de suicídio atual 0.043 1.2 (0.7-1.8)**
n=114 n=36 n=137
33 (29.5) 13 (36.1) 25 (18.4)
Episódio Maníaco 0.106 1.6 (0.9-3.1)
n=112 n=36 n=136
9 (8.1) 3 (8.3) 8 (6.1)
Transtorno de Pânico na Vida 0.849 1.5 (0.5-4.4)
n=111 n=36 n=132
24 (21.2) 10 (27.8) 35 (25.5)
Transtorno de Ansiedade 0.800 1.3 (0.7-2.4)
113 36 137
48 (42.1) a 21 (58.3) a,b 103 (75.2)b
Dependência ao álcool 0.013 0.6 (0.4-0.9)
n=114 n=36 n=137
16 (14.2) 5 (15.6) 16 (11.7)
Síndrome psicótica 0.849 0.9 (0.4-1.9)
n=113 n=32 n=137
28 (24.8)a 3 (8.8)b 12 (8.9)b
T. Personalidade Antissocial 0.013 2.6 (1.1-6.4)
n=113 n=34 n=135
43 (36.8) 17 (47.2) 40 (29.2)
Déficit de atenção e hiperatividade 0.304 1.5 (0.9-2.6)
n=115 n=36 n=137
Uso de SPAs e risco de suicídio
Sensation Seeking e Risco
Drogas e Violência Sexual
Toxicologia e Trânsito
Legislação
Alteram a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’
– LEI Nº 11.705, 19 de junho de 2008
– LEI Nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012
• Art. 165 – Dirigir sob a influência de drogas
• Art. 276 – Qualquer concentração de álcool
• Art. 277 – Procedimentos de avaliação de drogas
• Art. 291 – Lesão corporal culposa
• Art. 306 – Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
por litro de sangue
História
Surgimento das indústrias e o manuseio com máquinas
complexas proporcionou o início de medidas preventivas
•1940
•Sangue
•Urina
•1954
•Dr. Robert Borkenstein (EUA)
•The Grand Rapids Study
•Método não invasivo e rápido
Alcoolemia e Acidentes

Hurst, 1985
Frequência de uso e Acidentes

Hurst, 1973
Alcoolemia e Efeitos
Alcoolemia e Efeitos
Alcoolemia e Efeitos
Doses “I can drive when I drink”

1 a 3 doses

4 a 6 doses

7 a 9 doses

10 a 15 doses

20 doses

20 doses
Etilômetro
• Detecta o uso de bebida
alcoólica através do ar expelido
pelos pulmões

• Mede a quantidade exata de


álcool ingerido

• Detecta até 0,01 miligramas de


álcool por litro de ar expirado

Alco- Sensor IV
Etilômetro
Cuidados na utilização
- Substâncias que contem acetona podem
estar presentes no organismo
- diabetes mellitus
- jejum prolongado
- dietas pobres em carboidrato
- bombons de licores
- outros alimentos que contém substância
etílica em sua composição
Preditores de Acidentes
• Impulsividade (Ryb et al, 2006)

• Binge Drinking (Hingson, 2003)

• Sexo masculino (Hingson, 2003; Morrison et al ,2002)

• Ser passageiro de motorista DUI (Kypri, Tephenson, 2005)


• Uso de maconha (Blows et al, 2005)

• Baixa idade (Hingson, 1999)

• Sonolência (Connor et al, 2004)

• Baixa percepção de punição (Aberg, 1993)

• Baixa percepção do risco de sofrer acidentes (Albery & Guppy, 1996,Greenfield &
Rogers,1999; Cherpitel et al, 1993, 1999)
Teste Imunocromatográfico
“Drogômetro”
Estudos Trânsito e SPAs

Núcleo de Estudos e Pesquisa em


Trânsito e Álcool da UFRGS
Análise Confirmatória das Salivas Positivas (%)

Classe química Substância


Perspectivas
Caso Michael Jackson

?
Considerações Finais
Referências
Obrigado!

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Código de Trânsito Brasileiro

• Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer


outra substância psicoativa que determine dependência:
(Alterado pela L-011.705-2008)
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de
dirigir por 12 (doze) meses;
• Medida Administrativa - retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado e recolhimento do
documento de habilitação.
• Parágrafo único. A embriaguez também poderá ser apurada
na forma do Art. 277.
Código de Trânsito Brasileiro
Código de Trânsito Brasileiro
• Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública,
estando com concentração de álcool por litro de sangue
igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência
de qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência:
• Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
• Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a
equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para
efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
(Acrescentado pela L-011.705-2008)
Código de Trânsito Brasileiro

• Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a


direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o
direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem,
por seu estado de saúde, física ou mental, ou
por embriaguez, não esteja em condições de
conduzi-lo com segurança:
• Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou
multa.
Código de Trânsito Brasileiro
• Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores,
previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e
do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo
diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que
couber.
• § 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o
disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995, exceto se o agente estiver:
• I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa
que determine dependência;
• II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente;
• III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h
(cinqüenta quilômetros por hora).
• § 2º Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial
para a investigação da infração penal.
Código de Trânsito Brasileiro
• Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente
de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de
dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia,
exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou
científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam
certificar seu estado.
• § 1º Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância
entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos.
• § 2º No caso de recusa do condutor à realização dos testes, exames e da perícia previstos
no caput deste artigo, a infração poderá ser caracterizada mediante a obtenção de outras
provas em direito admitidas pelo agente de trânsito acerca dos notórios sinais de
embriaguez, excitação ou torpor, resultantes do consumo de álcool ou entorpecentes,
apresentados pelo condutor.
• § 2º A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de
trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios
sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor.
• § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165
deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos
Código de Trânsito Brasileiro
RESOLUÇÃO Nº 81 , DE 19 DE NOVEMBRO DE 1998
• Disciplina o uso de medidores da alcoolemia e a pesquisa de substâncias
entorpecentes no organismo humano, estabelecendo os procedimentos a serem
adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes.
• Art.1º A comprovação de que o condutor se acha
impedido de dirigir veículo automotor, sob suspeita de
haver excedido os limites de seis decigramas de álcool
por litro de sangue, ou de haver usado substância
entorpecente, será confirmado com os seguintes
procedimentos:
I - teste em aparelho de ar alveolar (bafômetro) com a
concentração igual ou superior a 0,3mg por litro de ar
expelido dos pulmões;
• II - exame clínico com laudo conclusivo e firmado pelo
médico examinador da Polícia Judiciária;
RESOLUÇÃO Nº 81 , DE 19 DE NOVEMBRO DE 1998

• III - exames realizados por laboratórios especializados indicados pelo


órgão de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
uso da substancia entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos, de
acordo com as características técnicas científicas.
• Art.2º É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as
vítimas fatais de trânsito.

• Art.3º Ao condutor que conduzir veículo automotor, na via pública, sob influência do álcool ou substância de efeitos
análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem, serão aplicadas as penas previstas no art. 306 do
Código de Trânsito Brasileiro - CTB para os crimes em espécie, isto é, detenção, de seis meses a três anos, multa e
suspensão ou proibição de obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
• Art.4º Ao condutor de veículo automotor que infringir o disciplinado no artigo anterior, serão, também, aplicadas as
penalidades administrativas estabelecidas no artigo 165, do Código de Trânsito Brasileiro-CTB, ou seja, multa (cinco
vezes o valor correspondente a 180 UFIR) e suspensão do direito de dirigir.
• Art.5º Os aparelhos sensores de ar alveolar serão aferidos por entidades indicadas pelo órgão máximo executivo de
trânsito da União, que efetuará o seu registro, submetendo posteriormente à homologação do CONTRAN.
• Art.6º Os aparelhos sensores de ar alveolar em uso em todo território nacional terão o prazo de 180 (cento e oitenta)
dias para aferição e registro no órgão máximo executivo de trânsito da União.
• Art.7º Fica revogada a Resolução n o 52/98-CONTRAN.
Contravenção Penal
• Embriaguez
• Art. 62 - Apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, de modo
que cause escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia:
• Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
• Parágrafo único - Se habitual a embriaguez, o contraventor é internado
em casa de custódia e tratamento.
• Bebidas alcoólicas
• Art. 63 - Servir bebidas alcoólicas:
• I - a menor de 18 (dezoito) anos;
• II - a quem se acha em estado de embriaguez;
• III - a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;
• IV - a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de freqüentar
lugares onde se consome bebida de tal natureza:
• Pena - prisão simples, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Contravenção Penal
• Embriaguez
• Art. 62 - Apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, de modo
que cause escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia:
• Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
• Parágrafo único - Se habitual a embriaguez, o contraventor é internado
em casa de custódia e tratamento.
• Bebidas alcoólicas
• Art. 63 - Servir bebidas alcoólicas:
• I - a menor de 18 (dezoito) anos;
• II - a quem se acha em estado de embriaguez;
• III - a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;
• IV - a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de freqüentar
lugares onde se consome bebida de tal natureza:
• Pena - prisão simples, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, ou multa.

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