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Introdução à QTF:
• Doses e concentrações;
• Composição;
• Via de administração;
• Excreção;
• Estado de saúde;
• Idade;
• Sexo;
• Variabilidade genética;
• Fatores ambientais (ritmo cardíaco, temperatura, dieta);
• Interações medicamentosas;
• Variabilidade intra e inter individual.
Comportamentos desviantes:
➢ Suicídios;
➢ Criminalidade: ofensas corporais, homicídios e agressões sexuais.
Substâncias Tóxicas:
➢ Arsénio;
➢ Mercúrio;
➢ Chumbo;
➢ Alumínio;
➢ Tálio;
➢ Cádmio;
➢ Manganésio;
➢ Cianeto;
➢ Ácido sulfúrico e sulfuretos;
➢ Estricnina.
Exemplos:
• Hedera hélix l: tipo de hera; um grande número de bagas pode originar a morte em
crianças;
• Daphne gnidium l: ‘’erva de são joão pires’’; dois ou três frutos podem ser fatais;
• Datura suaveolens l: trombeteira; todas as partes da planta são tóxicas; contém
alcaloides (escopina, nicotina, escopolamina e fitol).
Quem pode pedir Análises químico-toxicológicas? A patologia forense, medicina legal, clínica
forense, psp e gnr.
• Informação;
• Exame do local;
• Exame do copo;
• Procura e colheita de todos os vestígios biológicos e não biológicos.
Exame de hábito interno→ odor a amêndoas amargas: nos casos de suspeita de intoxicação
por cianeto, a cavidade craniana deve ser aberta logo de início uma vez que este odor se
encontra bem evidente nos tecidos cerebrais.
Dados da toxicologia forense→ existe substituto para uma inequívoca identificação e/ou
identificação de uma substância em amostras biológicas para explicar a lesão com razoável
grau de probabilidade científica.
Doping:
• Se a intensidade relativa for maior a 50%, existe uma tolerância absoluta de 10%;
• Se a intensidade relativa estiver entre os 25% e os 50%, existe tolerância relativa de
20%;
• Se a intensidade relativa estiver entre os 5% e os 25%, existe uma tolerância absoluta
de 5%;
• Se a intensidade relativa for menor do que 5%, existe uma tolerância relativa de 50%.
Objetivo principal das análises antidopagem→ detetar a presença de uma substância proibida
(endógena ou exógena), metabolito ou de um marcador na amostra do atleta.
• Qualquer substância farmacológica que não é abordada por qualquer das secções da
lista e sem aprovação atual de qualquer autoridade de saúde governamental para uso
terapêutico humano;
• Agentes anabólicos: esteroides androgénicos anabolizantes (exógenos e endógenos,
quando administrados de forma exógena), outros agentes anabolizantes (clenbuterol,
SARMS). Esteroides anabolizantes andrógenos→ classe de hormonas emparentadas
com a testosterona que aumentam a síntese de proteínas no interior das células e
provocam um crescimento muscular (efeito anabólico). Também são responsáveis pela
diferenciação sexual dos homens (efeito androgénico). Efeitos adversos→ uso abusivo
pode provocar tumores no fígado, retenção de fluidos, aumento da pressão sanguínea,
alterações no metabolismo do colesterol, tremores e acne. A nível fisiológico: nos
homens, ocorre a diminuição do tamanho dos testículos e da quantidade de esperma,
infertilidade, ginecomastia e aumento do risco em contrair cancro da próstata; nas
mulheres, aparecimento de pelos na cara, alterações e/ou interrupção do ciclo
menstrual, aumento do tamanho do clítoris e voz ‘’grossa’’. A nível psíquico: alterações
de humor, paranoia, irritabilidade, agressividade. SAMRs→ moduladores seletivos de
recetores androgénicos. Proporcionam os benefícios dos esteroides tradicionais como
a testosterona mostrando uma tendência menor de produzir efeitos adversos;
• Hormonas peptídicas, fatores de crescimento e substâncias relacionadas: agentes
estimulantes da eritropoiese (eritropoietina, darbepoetina, reguladores de fatores de
indução de hipoxia, ativador do recetor da eritropoietina e peginesatida),
gonadotrofina coriónica (hCG), hormona luteinizante (LH), corticotropinas, hormona
de crescimento (GH9) e fatores de crescimento. Agentes estimulantes de eritropoiese
e fatores de indução de hipoxia→ medicamentos desenvolvidos para tratar anemias
em doenças crónicas (cobalto). Aumentam o metabolismo. hCG e LH→ estimulam a
produção de testosterona nos homens e podem ser usadas para aumentar a massa
muscular. Estimulam a produção endógena de forma a manter os níveis normais de
testosteronas após ciclos de administração de esteroides anabolizantes exógenos.
Corticotrofinas→ regulam a produção de cortisona e cortisol que têm propriedades
euforizantes. Favorecem a libertação da ACTH, favorecendo a produção de
glucocorticoesteroides. Estes têm influência no metabolismo da glucose (aumentam o
seu metabolismo) e diminuem os processos inflamatórios (reduzem a sensação de
fadiga). GH→ estimula a síntese de proteínas nos músculos e a libertação de ácidos
gordos armazenados no tecido adiposo. Inibe a captação de glucose e estimula a
captação de aa. Fatores de crescimento→ proibidos aqueles que atuam em músculos,
tendões e ligamentos através da regulação de síntese/degradação de proteínas,
vascularização, utilização de energia, capacidade regenerativa e alteração de fibras
musculares;
• Beta-2-agonistas: substâncias que atuam nos recetores beta-2 situados na
musculatura que rodeia as vias respiratórias. Favorecem a respiração e a captação de
oxigénio ao permitir a relaxação/dilatação das vias respiratórias;
• Hormonas e reguladores metabólicos: inibidores da enzima aromatase, moduladores
seletivos de recetores de estrogénios (SERMs), inibidores/modificadores da miostatina
e moduladores metabólicos. Inibidores da enzima aromatase→ moduladores
metabólicos. Inibidores de miostatina→ miostatina é o fator de crescimento que
limita o crescimento do tecido muscular. Moduladores metabólicos→ insulina-
estimula a glicogénese nos músculos e favorece o incremento da massa muscular.
Meldonium- substância desenvolvida para tratar doenças coronárias, dilata as artérias
e favorece o transporte de oxigénio;
• Diuréticos e outros agentes mascarantes: agentes mascarantes→ substâncias usadas
para ocultar e evitar a deteção de substâncias dopantes. Diuréticos→ incrementam o
fluxo de urina e excreção de sódio para ajustar o volume e composição dos fluidos
corporais. Usados também como agentes de perda de peso e mascarantes.
• Manipulação de sangue e/ou componentes de sangue: administração ou
reintrudoção ou componentes de sangue autogolos, homólogos ou heterólogos,
incremento artificial da toma e/ou transporte de oxigénio, qualquer forma de
manipulação intravascular do sangue ou componentes do sangue por meios químicos
ou físicos;
• Manipulação química e/ou física das amostras: alteração ou tentativa de adulteração
de forma a altera a integridade e validade das amostras, infusão intravenosa e/ou
injeções de 50ml em cada 6h;
• Dopagem genética: transferência de polímeros de ácidos nucleicos ou de análogos de
ácidos nucleicos, uso de células normais ou geneticamente modificadas, uso de
agentes que expressem de forma direta ou indireta a expressão de genes relacionada
com o desempenho físico.
Controlo de qualidade:
As análises qualitativas são realizadas por comparação entre uma amostra real e amostra
fortificada no laboratório com as substâncias a analisar (controlo positivo). Esta é suportada
por critérios de identificação objetivos (tempo de retenção, razão sina/ruído, comparação de
fragmentos diagnóstico. Deve permitir distinguir amostras positivas de amostras negativas.
Uma amostra é positiva quando é possível a sua identificação sem dúvida nenhuma. É negativa
quando não é possível a identificação absoluta, por não haver consumo de nenhuma
substância, pelo intervalo de tempo entre o consumo e a colheita, pela utilização de métodos
analíticos não apropriadas, por amostras degradadas, por não serem cumpridos os critérios.
• Bussulfano em soro;
• Antiepiléticos em soro;
• Etanol em sangue;
• BZP em soro;
• Drogas de abuso em águas residuais;
• Drogas de abuso no cabelo;
• Neurolépticos em soro;
• Drogas de abuso em soro;
• Antidepressivos em soro;
• Tricíclicos em soro.
• Via oral;
• Via endovenosa;
• Via intramuscular;
• Via subcutânea;
• Via sublingual;
• Via retal;
• Via ocular;
• Via nasal;
• Via inalatória;
• Via transdérmica.
• Absorção;
• Distribuição;
• Metabolismo;
• Eliminação.
O medicamento depois de absorvido chega ao sangue que o transporta e distribui por todo o
organismo alcançando, nos tecidos, os locais de ação e simultaneamente os locais onde se
metaboliza e elimina.
Absorção→ a maioria é absorvida no intestino, mas alguns são no estômago. São absorvidos
melhor da forma não ionizada. Assim, os medicamentos que são ácidos fracos são absorvidos
no estômago, que tem pH ácido, e os medicamentos que são bases fracas são absorvidos no
intestino, que tem um pH mais básico.
Constante de eliminação→ ke, expressa a fração de fármaco removido do corpo por unidade
de tempo.
Tóxico ou veneno→ toda a substância que é capaz de originar, por mecanismos químicos,
perturbações funcionais podendo levar à morte.
Toxicidade→ efeitos nocivos originados pelas substâncias químicas nos seres vivos. Depende
de:
• Fator individual;
• Quantidade ingerida;
• Concentração do tóxico ao nível do ‘’órgão alvo’’ sobre a qual vai atuar;
• Tempo de permanência no organismo.
• Facilidade de aquisição;
• Automedicação;
• Erros de medicação;
• Acidentes com crianças;
• Utilização suicida;
• Utilização homicida;
• Tentativa de diminuição da resistência da vítima para a execução de delitos.
• Ansiedade fisiológica;
• Perturbações de ansiedade: perturbação da ansiedade generalizada, perturbação de
pânico, agorafobia, fobia social, fobias específicas;
• Perturbações relacionadas a trauma e stress: perturbação de stress pós-traumático;
• Perturbação obsessivo-compulsivo.
Principais benzodiazepinas:
São fármacos vistos como seguros e como tendo pouco potencial de abuso, devido à sua baixa
toxicidade em caso de OD. Raramente são letais, mas a sua associação com opiáceos e álcool
podem provocar a morte. Causam dependência física e psíquica e não são isentos de reações
adversas, existindo a possibilidade de serem utilizados abusivamente ou associados ao
consumo de drogas ilícitas. Riscos associados à sua prescrição:
É possível classificar estes medicamentos em vários grupos, de acordo com a sua meia vida de
eliminação:
• Sedação;
• Sonolência;
• Diplopia;
• Disartria;
• Ataxia;
• Confusão mental.
Pode ocorrer depressão respiratória e hipotensão arterial. Na maioria dos casos, a evolução é
benigna, mas existem relatos de grave depressão respiratória e coma e, inclusivamente, de
óbitos após de BZD de ação curta, especialmente quando administrados por via intravenosa.
Barbitúricos→ são sedativos hipnóticos com atividade depressora do SNC, sendo classificados
consoante a duração da sua ação. Usados para reduzir a agitação psicomotora e induzir o sono
e usados em tipos de epilepsia para reduzir a frequência das crises. Deixaram de ser tão
utilizados com a introdução das BZD, porque, para além de produzirem acentuada
dependência física e de desenvolverem uma elevada tolerância, têm também uma margem
terapêutica limitada.
Farmacocinética:
Farmacocinética:
Metabolização:
Doses:
Mais comuns:
• Amitriptinlina;
• Desipramina;
• Imipramina;
• Nortriptilina;
• Clomipramina.
Podem ser:
Farmacocinética:
Intoxicação aguda:
• Alterações metabólicas;
• Sintomas GI (náuseas, vómitos, dor epigástrica);
• Alterações SNC (cefaleias, desorientação, alucinações, convulsões e coma);
• Alterações hematológicas;
• Alterações renais (insuficiência renal aguda);
• Alterações pulmonares (edema agudo do pulmão);
• Alterações hepáticas.
Intoxicação crónica:
Quadro clínico:
Primidona→ anticonvulsivo tóxico por si só, com metabolitos ativos também tóxicos:
fenobarbital e feniletilmalinamida. Ação depressora do SNC: disartria, raramente hipotensão,
depressão respiratória, desinibição do comportamento. Aparecimento de espirais de cristais
brancos e resplandecentes na urina.
• Sangue;
• Urina;
• Conteúdo gástrico;
• Bílis;
• Pulmão;
• Rins;
• Fígado;
• Cérebro;
• Amostras não biológicas.
• Sangue;
• Urina;
• Conteúdo gástrico;
• Vómito;
• Aspirado gástrico;
• Amostras não biológicas.
Extração analítica→ processo pelo qual os medicamentos são isolados da matriz biológica. É a
primeira etapa. Visa o isolamento seletivo dos tóxicos, eliminando substâncias interferentes da
matriz. Adição de solventes→ agitação e centrifugação→ separação das fases. Extração
líquido-líquido: os tóxicos são retirados da matriz através de um solvente no qual são mais
solúveis. É aplicável a todos os tipos de amostras. É eficaz para todas as substâncias. Extração
sólido-líquido ou de fase sólida: técnica que utiliza colunas com enchimento adequado às
substâncias que pretendemos extrair. Técnica morosa dado a ter várias fases extrativas. É
aplicável apenas a amostras líquidas e não é eficaz para todas as substâncias. Extração por
precipitação proteica: técnica que permite a utilização reduzida de quantidade de amostra de
sangue. Baixo consumo de solventes. Rápida extração laboratorial e eficaz para um elevado
número de substâncias medicamentosas. É aplicável apenas em amostras líquidas.
Preparação dos extratos e injeção nos sistemas cromatográficos→ por cromatografia gasosa
(GC) ou por cromatografia líquida (LC)- LC-MS, LC-MS/MS, LC-PDA.
Curva ou reta de calibração→ resultado pode ter valor estimado (qualitativo) ou com valor
quantitativo.
Casos forenses:
Caso 1:
Caso 3:
Caso 4:
Drogas de Abuso:
Drogas→ substâncias tóxicas que são consumidas de forma intensiva, principalmente pelos
jovens.
Tolerância→ propriedade do organismo à qual ele se adapta a algumas drogas, fazendo com
que, com a repetição do consumo, sejam necessárias doses progressivamente crescentes para
obter o mesmo efeito.
• Alterações comportamentais;
• Alterações de memória e atenção;
• Fala arrastada;
• Boca sea;
• Bradicardia;
• Hipotensão;
• Prurido;
• Depressão do SNC;
• Depressão respiratória;
• Miose.
Morfina→ protótipo dos agonistas opioides, capacidade de aliviar a dor intensa com notável
eficácia, continua a ser o padrão a partir do qual todos os fármacos com acentuada ação
analgésica são comparados. Principal alcaloide do ópio, está presente numa concentração de
cerca de 10%. A sua estrutura básica pode ser alterada levando a modificações drásticas nos
efeitos da droga.
Heroína→ opióide de abuso mais comum, 5x mais potente do que a morfina (farmacocinética
distinta). Aumento mais rápido das concentrações encefálicas. Tradicionalmente, auto-
administrada por via IV, intranasal e inalatória. É um opioide semissintético (“heroish”-
heróico-mais eficaz). Reação: acetilação dos grupos hidroxilo podem levar à síntese de heroína
(diacetilmorfina), com muito maior capacidade para atravessar a barreira hemato-encefálica.
No cérebro, a heroína é convertida a morfina e monoacetilmorfina. Atinge rapidamente o SNC.
• No SNC:
✓ Analgesia;
✓ Euforia;
✓ Sedação;
✓ Depressão respiratória;
✓ Supressão da tosse;
✓ Miose;
✓ Rigidez de tronco;
✓ Náuseas e vómitos;
✓ Regulação homeostática da temperatura corporal.
• Efeitos periféricos:
✓ Sistema cardiovascular;
✓ Trato gastrointestinal;
✓ Trato biliar;
✓ Renal;
✓ Útero;
✓ Neuroendocrino;
✓ Prurido.
Efeitos adversos:
• Tolerância progressiva;
• Depressão respiratória;
• Miose;
• Dependência;
• Hipotensão ortostática e prolongamento do S-T;
• Náuseas e obstipação.
Intoxicação aguda por opioides:
• Endocardites bacterianas;
• Embolia pulmonar;
• Tuberculose;
• Trombose venosa;
• Hepatite C;
• Tétano;
• HIV.
• Alucinações;
• Psicose;
• Forte dependência psicológica;
• Danos irreversíveis dos vasos sanguíneos coronários e cerebrais, tensão arterial
elevada, conduzindo a ataques cardíacos, derrames vasculares cerebrais e morte;
• Comportamento violento;
• Ideações homicidas/suicidas;
• Destruição dos tecidos nasais (inalação);
• Decadência dentária severa.
Efeitos externos:
Pasta de coca (sulfato de cocaína)→ produto não refinado resultante da maceração das folhas
de coca com ácido sulfúrico e outros solventes. É fumada. Inicio de ação muito rápida.
Absorção de 70-80% e duração de efeito de 5-10 min.
Base de cocaína (crack)→ resulta da mistura cloridrato de cocaína com uma solução básica
(amoníaco, hidróxido de sódio ou bicarbonato de sódio) e éter. Fumado e ação muito rápido.
Absorção de 70-80% e duração do efeito de 5-10 min.
Vias de administração:
• Oral: a cocaína é administrada por folhas de coca em pó, sendo que cada folha contém
17 a 48 mg de cocaína. A concentração plasmática atinge 11 a 149 ng/mL após 0.4 a 2h
da sua administração;
• Intranasal: cocaína snifada, permite o pico plasmático aos 10-30 min e uma duração de
efeito inferior a 1h. O cloridrato de cocaína contém 2mg/kg da substância pura e
atinge uma concentração plasmática de 104 a 424 ng/mL após 50 a 90 min da sua
administração;
• IV: pico plasmático aos 2-5 min e uma duração de efeito de 15 min, o que leva a
administrações repetidas. 35 mg de cloridrato de cocaína atinge uma concentração
plasmática de 308ng/mL após 5 min da sua administração;
• Inalatória: fumar crack, com parâmetros toxicocinéticos semelhantes aos da via IV. Por
inalação de fumo obtido através de crack 50 mg de cocaína, a sua concentração
plasmática é de 203ng/mL após 5 min da sua administração.
Ações:
• Redução da fadiga;
• Redução do apetite; hiperatividade motora, verbal e intelectual;
• Euforia;
• Sensação de poder;
• Ausência de medo;
• Vasoconstrição;
• Aumento da pressão arterial;
• Taquicardia;
• Midríase;
• Tremor;
• Sudorese;
• Hipertermia.
Efeitos no organismo:
Intoxicação aguda:
• Espasmo coronário,
• Ativação plaquetária e trombose;
• Aumento do trabalho cardíaco: inotropismo e cronotropismo elevados e vasocinstrição
periférica;
• Necrose ou fibrose focais do miocárdio;
• Hipertensão arterial;
• Rabdomiólise;
• Hipertermia;
• Convulsões
• Arritmias;
• Falência respiratória;
• Isquemia e enfarte do miocárdio;
• Insuficiência cardíaca crónica;
• AVC;
• Insuficiência renal aguda;
• Danos cerebrais;
• Morte súbita.
• Midríase;
• Lesões traumáticas provocadas pelas convulsões (língua, lábios);
• Perfuração do septo nasal;
• Sinais de punções venosas recentes, equimoses;
• Queratite, “crack queratite”
• Calo na última falange do polegar;
• Queimaduras superficiais, hiperqueratose e escurecimento palmar.
Classificação:
Formas de Consumo:
• Erva/marijuana;
• Tintura;
• Pólen;
• Haxixe;
• Óleo de haxixe;
• Resina;
• Infusão.
Métodos de Consumo:
• Fumo;
• Cachimbo;
• Vaporizador;
• Chá.
Recetores canabinoides→ lipossolúveis, THC atua como agonista parcial de CB1 e CB2
(THC+CB1=efeitos psicoativos). CBD atua através de múltiplos mecanismos. Um dos perigos de
canabinoides sintéticos- agonistas completos de alta eficácia de CB1. Recetores CB1: mais
abundantes, membrana plasmática das terminações nervosas, menores concentrações
noutros tecidos periféricos. Recetores CB2: maioritariamente células periféricas (sistema
imune e hematopoiético, tecidos linfoides)→ hipocampo (efeitos de memória), cerebelo
(perda da coordenação), hipotálamo (efeitos de apetite e temperatura corporal), substância
negra, vias dopaminérgicas mesolímbicas (efeito de recompensa).
Efeitos farmacológicos/sintomas:
Efeitos a curto-prazo:
Efeitos adversos:
Tolerância e dependência:
• Uso regular, em especial na adolescência: vício com aumento de ânsia pela droga,
comprometimento cognitivo duradouro, resultado educacional pobre, diminuição da
sensação de realização e satisfação com a vida, aumento da irritabilidade e reatividade
ao stress, aumento de distúrbios psicóticos;
• Influência em atividades psicomotoras, como a condução segura. A coordenação
motora, perceção, alerta vigilância estão fracamente diminuídas;
• Efeitos no cérebro são semelhantes aos de outras drogas, consideradas pesadas.
Farmacocinética:
A THC no sangue diminui rapidamente devido à elevada natureza lipofílica do THC, com
consequente rápida distribuição do sangue para os tecidos e a sua rápida conversão a
metabolitos polares.
É detetada a presença de THC-COOH, poucos minutos após fumar. À medida que ocorrem os
processos de distribuição e metabolismo, os níveis de THC diminuem, sendo acompanhados
por um aumento dos níveis de THC-COOH. É difícil estabelecer os verdadeiros parâmetros
farmacocinéticos do THC-COOH após a administração aguda de cannabis.
História dos metais e semi-metais→ as toxinas mais antigas conhecidas pelo homem, grupo
com importância toxicológica (casos graves de intoxicações).
Quais são? Metais: alcalinos, alcalino-terrosos, transição e outros metais. Semi-metais: As, Si,
Sb, Te, Po, Ge, B.
Cerca de 80 elementos da tabela periódica são metais, menos de 30 foram identificados como
substâncias tóxicas. Muitos são considerados elementos essenciais- ingestão ou absorção
insuficiente do elemento provoca deficiências funcionais no ser vivo: anomalias metabólicas
ou perturbações no seu desenvolvimento.
Elementos vestigiais→ aqueles que, todos juntos, perfazem menos de 1% da totalidade dos
elementos presentes. 10 (metais ou não metais) são necessários à maioria dos sistemas
biológicos. Existem 7 que são requeridos ou por plantas ou por animais. 17 elementos:
vanádio, crómio, manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco, molibdénio, boro, silício,
selénio, fluor, iodo, arsénio, bromo, estanho.
Fatores que influenciam a toxicidade dos metais:
Especiação:
• Método 321.8: aplica a separação por cromatografia iónica e deteção por ICP-MS para
especiação de compostos de bromo em água potável e efluentes;
• Método 1632: aplica a absorção atómica com sistema gerador de hidretos para medir
as espécies de arsénio em água e tecidos;
• Vários métodos para medir espécies de estanho, crómio e mercúrio (ajuda a definir
qual a forma de estanho que possa estar a contaminar as águas marinhas ou de
mercúrio presente em determinada espécie).
Arsénio:
Toxicocinética:
Casos de intoxicação→ estudos mostram que a exposição crónica ao arsénio está relacionada
com o aumento do risco de cancro na pele, pulmões, bexiga, rins, fígado e próstata, assim
como outras alterações na pele (hiperqueratose e alterações na pigmentação).
Chumbo:
Exposição humana:
Toxicocinética:
• Absorção: inalação (fumo, poeiras), ingestão (TGI: adultos entre 5 a 15%, crianças 30-
40%, absorção é favorecida pela redução da ingestão de Ca e Fe), contacto (elevada
absorção de compostos orgânicos de chumbo);
• Distribuição: sangue (semi-vida de meses, eritrócitos 95%), ossos (semi-vida até 20
anos, deposição 90%, eliminação lenta), tecidos moles (reduzida), cérebro
(hipocampo, cerebelo e medula);
• Eliminação: baixa taxa de excreção, rim (principal via de eliminação).
Mercúrio:
Exposição humana:
Sintomas da exposição:
• Absorção: ingestão (TGI Hg2+ 7-15%, Hg0 <0.01%, CH2Hg+ 90-95%), inalação (Hg2+7-
10%, Hg0 >95%), contacto (Hg0 15%, CH3Hg+ 50%);
• Distribuição: por todo o organismo humano, no leite materno, rins, SNS, placenta;
• Eliminação: Hg0 (pequena fração inalterada no ar exalado), urina (Hg2+), fezes
(CH3Hg+), semivida do metilmercúrio- média de 70 dias-, semivida do mercúrio
inorgânico- 35-90 dias.
Crómio:
Toxicocinética:
Exposição e efeitos:
Alumínio:
Toxicocinética:
Mecanismo de ação:
Aplicações do Al:
Cádmio:
Exposição humana:
Toxicocinética:
Metodologias de análise:
• E as vísceras, como o rim, fígado, pulmão, etc, e outras amostras não biológicas, qual a
importância? Depende do tipo de metal ou composto a analise, da forma como atua
no organismo, onde se acumula, qual o tempo de semi-vida no organismo;
• A interpretação dos resultados tem que ser feita conjugando e cruzando diversos
dados para além dos resultados analíticos- idade, estado de saúde, dieta, local de
origem, etc;
• A interpretação é apoiada pela consulta de tabelas, artigos especializados e livros que
compilam muita informação sobre níveis normais, tóxicos e letais de metais no
organismo.
• Etanol;
• Outras substâncias voláteis, como acetaldeído, metanol, acetona, acetato de etilo,
acetonitrilo, clorofórmio, éter dietílico, 2-propanol, 1-butanol, tolueno e xileno.
Toxicocinética do etanol:
• Sexo e peso;
• Efeito dos alimentos;
• Tipo de bebida;
• Duração da bebida;
• Taxa de eliminação;
• Etc.
Resultado:
• Negativo;
• Positivo: valor quantitativo→ unidade (g/L)→ incerteza associada ao resultado→
superior ao último calibrador.
Informação relevante:
• História do caso;
• Documentar o estado físico do corpo (cadáver integro/politraumatizado);
• Documentar o local da colheita do sangue (cavidade cardíaca, torácica ou de local
periférico);
• Tempo decorrido entre a morte e a autopsia.
• Acidentes domésticos;
• Exposição industrial;
• Âmbito criminal;
• Ingestão suicida;
• Glue sniffing.
Substâncias voláteis:
• Sangue periférico;
• Sangue da cavidade cardíaca;
• Humor vítreo;
• Urina;
• 100 microlitros de sangue/urina/HV, calibradores ou controlos + 1mL de padrão
interno- n-propanol.
• O-xileno;
• M-xileno;
• Sevoflurano;
• Evoflurano;
• Diclorometano;
• Hexano;
• Propofol;
• Formaldeído;
• Etilenoglicol.
Pesticidas:
Pesticida→ agente físico, químico ou biológico com capacidade para prevenir, destruir, repelir
ou mitigar qualquer peste, incluindo animais, plantas, microrganismos ou priões que provocam
danos, são problemáticos ou destrutivos.
Importância:
Exposição:
• Alvos de ação;
• Classe química;
• Classificação toxicológica;
• Posicionamento na sup. Vegetal;
• Modo de ação e penetração- sistémicos ou de contacto;
• Origem- natural ou sintética.
Inseticidas:
• Organoclorados;
• Anticolinesterásticos- organofosforados e carbamatos;
• Piretróides;
• Exemplos: DDT, Aldrin/Dieldrin, Endrin, Hexacloro benzeno, Lindano, Heptacloro,
Clordano.
Inseticidas organoclorados→ uso para controlo de
insetos em países de 3º [Atraia a atenção mundo (risco/benefício). Proibidos na
EU e nos EUA, mas usados [Atraia
do seu leitor
a atenção do em África e América Latina.
Sintomatologia:
Carbamatos:
• Inibidor reversível;
• Envenenamentos menos severos;
• Causam o mesmo excesso na estimulação muscarínica e nicotínica seguidas de
fraqueza muscular, semelhante à da intoxicação por OF, mas de menor duração;
• Sintomas: desenvolvem-se entre 15min-2h. Irritação cutânea e mucosa, visão turva,
náuseas, vómitos, cólicas abdominais, cefaleias, dispneia. Se forem após 24h, não é
intoxicação por carbamatos.
Herbicidas:
Fenoxiácidos:
TCDD
Aminoácidos Fosfonometilos:
Dipiridilos:
Paraquato:
Etiologia médico-legal:
Manifestações clínicas:
Diagnóstico:
Monóxido de Carbono:
• Gás atmosférico;
• Incolor;
• Inodoro;
• Insípido;
• Não corrosivo;
• Elevada difusibilidade;
• Principais fontes: incêndios (acidentes), gases de exaustão de veículo motorizado
(suicídios/acidentes, exame do cadáver no local), aparelhos domésticos/lareiras
(esquentadores/fogões antigos/braseiras devido a combustão incompleta), processos
industriais (fábricas de aço e ferro/minas de carvão), vapores de CH2Cl2.
Mecanismos de toxicidade:
Epidemiologia:
Etiologia Médico-legal:
• Suicídio;
• Homicídio- raro;
• Acidente- + frequente.
Exposição→ não é substância tóxico-cumulativa, COHb é reversível e dissociável- exposição
aguda termina--< CO é excretado pelos pulmões.
Toxcidade:
Clínica e tratamento:
Autópsia médico-legal:
Cianeto:
Mecanismo de ação:
• Pulmão: gás, no sangue, liga-se a Hb mas apenas para transporte, não inibe a lig.
O2→tecidos- citocromooxidade (CN- + Fe3+) ligação reversível→ bloqueio da
respiração celular→ hipoxia, células sem capacidade de utilizar O2;
• Via digestiva: sais, glucósidos, como está em cima.
Autópsia:
Drogas→ substâncias consumidas sob variadas formas, em diversos contextos e com distintas
finalidades, cujo objetivo principal é o alcance de sensações de prazer e bem-estar com
alterações do estado mental, emocional e/ou físico.
Principais características:
• Feniletilaminas e derivados;
• Triptaminas e derivados;
• Piperazinas e derivados;
• Derivados das catinonas;
• Canabinoides sintéticos;
• Derivados análogos da cocaína;
• Plantas e respetivos constituintes;
• Outros- grupos de diversas NSP recentemente identificadas e que não se enquadram
nas categorias mencionadas.
Catinonas sintéticas→ surgiram pela primeira vez em 2004, como opção legal das
anfetaminas e metanfetaminas (MDMA) e cocaína (substâncias controladas).
Canabinoides sintéticos→ surgiram pela primeira vez em 2006 como opção legla da
cannabis, substância controlada. Potência muito superior à do THC.
Opióides sintéticos→ desde 2015 que têm vindo a aumentar como opção legal da heroína,
sedo os derivados de fentanil os mais frequentes.
Confirmação:
• Branco de reagentes;
• Amostra branca;
• Controlo positivo- concentrações baixa, média e alta;
• Amostras para análise.
Quantificação:
• Branco de reagentes;
• Amostra branca;
• Controlo positivo- concentrações baixa, média e alta;
• Calibradores- concentrações crescentes;
• Amostra para análise- duplicadas.
Urina:
Fígado:
Humor vítreo:
• Colheita acessível;
• Anatomicamente protegido da ação bacteriana- interior do globo ocular;
• Constituído maioritariamente por água- cerca de 99%;
• Colheita possível em cadáveres: politraumatizados, carbonizados e em avançado
estado de putrefação;
• Pouco efeito de matriz;
• Estudos escassos;
• Volume de amostra 1-2mL por olho.
Líquido pericárdico:
Saliva:
Estômago e conteúdo:
Bílis:
Outros órgãos:
• Rim- maioria das DA passam por este órgão antes da eliminação urinária;
• Cérebro- maior estabilidade à putrefação;
• Pulmão- intoxicação por compostos voláteis e paraquato;
• Músculos;
• Baço;
• Coração.
Derivatização química:
• Negativo;
• Positivo: valor qualitativo- inferior ao 1º calibrador mas >LD, valor quantitativo- por
interpretação da curva ou superior ao último calibrador (diluição das amostras),
unidades- ng/mL.