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E-BOOK

TOXICOLOGIA
TOXICOLOGIA
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TOXICOLOGIA
Ciência que tem a função de identificar e quantificar os
efeitos adversos relacionados com a exposição à certos
agentes, denominados tóxicos, que podem ser substâncias
químicas orgânicas ou inorgânicas.

Desde a antiguidade, a elucidação de mortes associadas a


substâncias químicas, era uma preocupação, porém, o
toxicologista Mateu Josep Bonaventura Orfila i Rotger (1787-
1853), foi o primeiro a relacionar material de autópsia com
análise química, para revelar casos de envenenamento que
tinham cunho legal. Ele adotou métodos novos de análises,
adaptando-os à atividade forense.
Auxilia a investigação médica ou legal de morte,
envenenamento e uso de drogas, onde profissionais de
diversas formações, atuem em uma vasta área do
conhecimento: Química Toxicológica, Toxicologia
Farmacológica, Clínica, Forense, Ocupacional, Veterinária,
Ambiental (Ecotoxicologia), Aplicada a Alimentos, Genética,
Analítica, Experimental e outras áreas.

Esta ciência determina o agente químico causador da morte,


e possibilita quantificá-lo, dando a sociedade uma resposta
sobre o fato. Em casos de crimes, o exame toxicológico é
feito em materiais coletados tanto em pessoas vivas quanto
em cadáveres, além de outras amostras retiradas do local.

No indivíduo vivo, para rastrear drogas de abuso e


caracterizar um estado de toxicodependência e no cadáver
para detectar overdose ou reação anafilática á drogas
(quando a morte está associada ao consumo de drogas).

Há uma vasta gama de amostras que podem ser utilizadas


em toxicologia forense, como por exemplo: órgãos colhidos
na autópsia, fluidos biológicos (tanto do indivíduo vivo,
quanto do cadáver) etc. As amostras são selecionadas e
colhidas de acordo com a especificidade do caso e o tipo de
análise que se pretende realizar
NECROPSIA
No caso dos mortos, os testes são realizados pela Medicina
Legal para atestar a causa de mortes: - Suspeitas de
ingestão de tóxicos - Suspeitas de Envenenamento -
Suspeitas de Overdose

INVESTIGAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Na análise toxicológica post mortem, muitas podem ser as


amostras coletadas em caso de uma necropsia, sendo que o
analista deve ter um certo zelo ao selecionar às amostras a
serem coletadas a partir do histórico do caso e as
circunstâncias que levaram o indivíduo ao óbito.
EQUIPE DE INVESTIGAÇÃO
1- Investigador policial

2- Médico legista

3- Patologista forense

4-Toxicologista forense

INVESTIGADOR POLICIAL
Confecciona laudos de análises toxicológicos post mortem,
que sendo realizados pela Polícia Técnica consistem em fortes
ferramentas indiciárias, onde o policial englobado necessita
conhecer o protocolo de produção das provas. Sendo de
extrema importância investigar as mortes com suspeita de
toxicantes envolvidos, pois através da análise toxicológica do
corpo é possível esclarecer o caso.
MÉDICO LEGAL
Responsável por realizar o exame de corpo e delito em
indivíduos mortos ou vivos. Este profissional relaciona
vários campos do direito e elabora laudos que analisam os
fatos que ocorreram no crime.

PATOLOGISTA FORENSE
Busca encontrar a causa da morte da pessoa através da
análise do cadáver, contudo, este processo é chamado de
autópsia. Além disso, quando os familiares não
reconhecem o corpo, o patologista forense realiza a
identificação do cadáver.
TOXICOLOGISTA FORENSE

Está relacionado com questões judiciais, onde busca


reconhecer, identificar e quantificar os riscos de exposição de
tais toxicantes.

nteração entre a toxicologia e a medicina legal,


mplementam e são de extrema importância para

Por meio da toxicologia forense, muito relevante no campo do


das sobre as circunstancias que levaram a vítima

Direito, pode-se acusar ou inocentar um réu, em caso de


homicídios com suspeitas de envenenamento, por exemplo.

Mas para que a toxicologia forense seja aplicada para


identificar e quantificar o agente tóxico, faz-se necessário que
haja a cadeia de custódia, procedimento que antecede a
análise.
CADEIA DE CÚSTODIA
Ação documentada de todo o processo executado, desde a
visualização da amostra, seguido da coleta, manuseio,
recipiente utilizado, até o descarte final da mesma. A
confiabilidade de todo o processo, concentra-se em uma
cadeia de custódia bem executada, que levará à uma análise
mais segura e precisa da amostra, e consequentemente, do
caso como um todo.

1)toxicologia da investigação da morte ou post mortem


2)a toxicologia ante mortem
3)a dopagem no esporte
4)teste de drogas em ambiente de trabalho e no trânsito

post mortem
Análises são aplicadas em investigação de crimes com vítimas
fatais, onde há suspeita de que substâncias tóxicas possam
ter contribuído com a causa da morte do indivíduo.

Muitas vezes, também, é importante realizar pesquisa de


drogas de abuso ou de medicamentos em vítimas de
homicídio e morte acidental, pois pode haver correlação
entre o consumo de drogas e as circunstâncias que
causaram a morte.
ante mortem
Análise de amostras biológicas de indivíduos vivos, cujo
consumo de substâncias tóxicas pode estar relacionado a fatos
de interesse forense. Exemplo desta aplicação da toxicologia é
o uso de “droga facilitadora de crime” (DFC), onde substâncias
psicoativas são administradas à vítima, sem seu
consentimento, com o objetivo de incapacitá-la de suas ações
cognitivas para a decisão de realizar ou não um crime, sendo
os mais comuns o roubo, homicídio, sequestro e estupro.

Doping
O controle de dopagem no esporte (Doping) também é uma
área de interesse forense, já que muitas vezes os atletas fazem
uso de substâncias ilícitas, além do fato de que a detecção de
substâncias, ou métodos proibidos, têm implicações legais ao
atleta. As substâncias mais frequentemente utilizadas para
melhora no desempenho nos esportes (saúde e bem-estar dos
atletas) são anabolizantes, estimulantes, narcóticas e
diuréticas.
AMBIENTE DE TRABALHO
Com relação ao controle do uso de drogas no ambiente de
trabalho, o objetivo é monitorar a autoadministração de
substâncias que possam ter efeitos negativos na saúde dos
indivíduos expostos podendo reduzir sua produtividade,
como, também, causar acidentes no local de trabalho.

ACIDENTES
O monitoramento de indivíduos condutores de veículo
automotor tem se destacado também, pois o número de
vítimas de acidente sob influência de drogas de abuso, ou de
medicamentos, é crescente, sendo o álcool o mais
prevalente, embora também seja necessário monitorar o
consumo de medicamentos e drogas ilícitas.
COMPROVAÇÃO DA MATERIALIDADE DO DELITO.

Foi instituído o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre


drogas através da Lei Federal 11.343/2006, pelo qual, utiliza
medidas para a prevenção do uso inapropriado de drogas,
atenção e inserir novamente na sociedade usuários e
dependentes de drogas.

Lei de Tóxicos 11.342/2006

Os crimes da Lei de Tóxicos 11.342/2006 são denominados


“crimes de vestígios”, realizados através da perícia, sendo que
o laudo pericial é feito pelo órgão policial. As principais
substâncias que causam dependência analisadas são a
maconha, cocaína, heroína, morfina e solventes (OGA;
CAMARGO; BATISTUZZO, 2014).
USO PESSOAL
Porte de drogas para uso pessoal prevê de pena de
advertência, prestação de serviço à comunidade ou
medidas educativas

PORTE PARA CONSUMO


TRÁFICO DE DROGAS
Comprar, guardar ou portar

drogas sem autorização para


Vender, comprar, produzir
consumo próprio
guardar, transportar,
importar, exportar, oferecer
ou entregar para consumo,
mesmo que de graça, dentre
outras condutas.

A toxicologia forense realiza análise de substâncias


trazidas pela Polícia ou pelos peritos de locais de crimes e
constata se estas amostras são drogas, outras substâncias
ilegais, medicamentos psicotrópicos ou se possuem
conteúdo nocivo.
CIÊNCIA FORENSE CANINA
Substâncias Psicoativas
Nos últimos anos as drogas sintéticas estão cada vez
mais sofrendo alterações químicas e exigindo mais
estudos e pesquisas para sua identificação. Estas são
chamadas de “Novas Substâncias Psicoativas” que se
referem a drogas sintéticas.

Substâncias Psicoativas
Os criminosos modificam quimicamente as moléculas das
substâncias, a molécula da cocaína, por exemplo, e a partir
disso se cria uma nova droga. Mas o trabalho minucioso da
toxicologia forense é extrair e identificar as moléculas que
compõe a “nova substância”.
TOXICOLOGIA
“Com a toxicologia forense a capacidade resolutiva dos casos
aumentou. Anos atrás não existiam ainda determinados
exames que detectassem, por exemplo, presença de cocaína
no sangue de alguém que morreu por overdose. Hoje é
possível atestar, quantificar e fechar um caso de forma eficaz
e com agilidade”

LAUDO
O laudo considera resultados do exame toxicológico
número 5054/2013 do Instituto Médico-Legal (IML) feito
no corpo de Chorão. O exame toxicológico apontou que o
corpo apresentava 4,714 microgramas da droga por
mililitro de sangue.
Segundo os peritos,
foi possível concluir, a
partir dos testes, que
a causa da morte foi
"intoxicação exógena
devido à cocainemia".
TOXICOLOGISTA
“O toxicologista forense pode atuar na cena de crime,
como perito. Ele faz todo o processamento do local,
desde o registro dessas amostras até a coleta e envio
para o laboratório. Então ele pode trabalhar tanto in loco,
coletando e garantindo a manutenção dessas amostras;
no laboratório, já com as análises; e posteriormente,
fazendo a emissão do laudo”

TOXICOLOGIA FORENSE
Além de buscar a verdade acerca de um fato perante a

lei, a toxicologia forense também consiste, em uma

ciência multidisciplinar que se volta em identificar e

quantificar substâncias tóxicas, que possam levar à algum

dano ou alteração ao organismo.

Logo, é de suma importância compreender as formas de


exposição, toxicocinética e toxicodinâmica dos
xenobióticos (substâncias químicas exógenas) para a
interpretação dos achados para a perícia criminal.
GRAVIDEZ

AGENTE TÓXICO/ AGENTE TOXICANTE: Entidade


química com poder de causar dano a um sistema
biológico por provocar alteração de função.  

Potencial causador de morte  


Dependente da forma e tempo de exposição  


Dependente da concentração

TOXICIDADE

Capacidade inerente do agente tóxico de provocar efeitos


nocivos em organismos vivos

INTOXICAÇÃO

Manifestação do efeito tóxico e corresponde ao conjunto de


sinais e sintomas que demonstram o desequilíbrio produzido
pela interação do agente tóxico com o organismo.
TOXICOCINÉTICA
Estuda a movimentação do agente tóxico no organismo,
desde a sua entrada até a sua eliminação, envolve a
transposição de membranas celulares. Inclui todos os
processos envolvidos na relação entre a
disponibilidade(Biodisponibilidade) química e a
concentração nos diferente tecidos do organismo.
TOXICODINÂMICA
Estuda a interação dos agentes tóxicos e os sítios de ação dos
receptores

XENOBIÓTICOS
Fatores que influenciam a interação com o sítio de ação
xenobiótico

Favorece o efeito
Desfavorece o efeito tóxico
tóxico absorção
eliminação distribuição
distribuição para o
para
local de ação
outros tecidos excreção
reabsorção
metabolização (inativaçã
bioativação

molécula-alvo

xenobiótico
enzina,DNA,lipidio

,recptor

local de ação

Toxicodinâmica
O que é Droga?
Qualquer substância que ocasiona uma alteração
funcionamento biológico por suas ações químicas.

DROGA

A Droga, segundo a definição da Organização Mundial de


Saúde – OMS é qualquer substância não produzida pelo
organismo, mas que tem a propriedade de atuar sobre um
ou mais de seus sistemas produzindo alterações em seu
funcionamento.

O uso continuado de drogas causa dano ao indivíduo, pois


modifica, aumenta, inibe ou reforça as funções fisiológicas,
psicológicas ou imunológicas do organismo de maneira
transitória ou permanente.
DEPENDENCIA QUÍMICA

Sistema de recompensa cerebral.

Caracterizado por seus componentes centrais (núcleo


occumbens, área tegmentar ventral e córtex pré-frontal)
e seu envolvimento tanto com o sistema límbico
(associado às emoções) como com os principais centros
responsáveis pela memória (amígdala e hipocampo)
DROGAS DE ABUSO
O termo abuso aplica-se especificamente a substâncias não-
prescritas de utilização intencional, excessiva, persistente ou
esporádica desvinculada com a prática médica aceitável.

CATEGORIA DAS DROGAS DE ABUSO


De acordo com os efeitos produzidos no sistema nervoso , as


drogas podem ser classificadas em três categorias:

DEPRESSORAS (PSICOLÉPTICOS)
ESTIMULANTES (PSICOANALÉPTICOS)
PERTURBADORES (PSICODISLÉPTICOS)

1. DEPRESSORAS
Diminuem a atividade do Álcool
SNC Opiáceos
(heroín
Tranquilizantes
2. ESTIMULANTES
Hipnóticos
Estimulam a atividade do
SNC Anfetaminas
Cocaína
Nicotina
3. PERTURBADORES
Cafeína
Modificam a atividade
psíquica: alteram a
LSD

percepção, o estado de
Cannabis

humor e o pensamento
MDMA

Cetamina
Os Depressores do SNC
As drogas de abuso que são depressores do SNC (álcool)

produzem depressão geral do SNC semelhante aos agentes

anestésicos voláteis, produzindo os efeitos familiares de

intoxicação aguda. A depressão leve do SNC é

caracterizada por ausência de interesse no ambiente e

incapacidade de concentrar-se em um tópico (pequeno

tempo de concentração).

Os Depressores do SNC
Drogas que diminuem a atividade CEREBRAL
(alteração quantitativa).

As reações do usuário são:  


Lentidão  
Sonolência  
Apatia  
Falta de coordenação motora  
Dificuldade de concentração  
Perda de memória
Álcool (etanol e outros);  
Calmantes (barbitúricos, benzodiazepínicos);

Inalantes (éter, clorofórmio, acetona, cola de sapateiro,


lança- perfume);  

Ópio e seus derivados (heroína, morfina, codeína, xaropes


antitussígenos);  

Anestésicos gerais: cetamina (Special K) (Boa noite


cinderela).

Os Estimulantes do SNC
As drogas de abuso que são estimulantes do SNC (como a
cocaína), produzem vários efeitos. O estímulo leve é
caracterizado por vigília, alerta mental e diminuição da
fadiga. O aumento da estimulação produz
hiperatividade, nervosismo e insônia. A estimulação
excessiva pode causar convulsões, arritmias cardíacas e
morte.

Cocaína (Pó, Crack e Merla);


Anfetaminas (bolinhas, rebites, moderadores de
apetite);
Cafeína (Café, Chá-Mate, pó de guaraná);
Nicotina (tabaco).
COCAÍNA

Via oral;
Aspirada;
Injetada
(endovenosa);Fumada

METABOLIZAÇÃO

Na forma pura, a cocaína tem uma meia vida de 1-2 horas.

A cocaína é rapidamente metabolizada pelo fígado e seu


metabolito benzollecognina apresenta meia vida de 7-9
horas.

Detectado na urina a partir de 2-3 horas do uso até 3 a 5 dias.

1.Inibição do metabolismo da cocaína pelo etanol


2.Formação de metabólito ativo - cocaetileno.
3.Sinerrgismo de efeito Tóxicos entre etanol e cocaína
MECANISMO DE AÇÃO
Receptores Adrenérgicos

Os Perturbadores do SNC

São drogas que agem modificando qualitativamente a


atividade cerebral, levando o usuário à alteração de sua
percepção, podendo ocorrer:  

Confusão mental (delírios e alucinações)


Despersonalização
Destorção do tempo e do espaço
MACONHA
Brotos e folhas ressecados, esverdeados, soltou ou prensados
em formato de tijolos. São picados ou esfarelados e enrolados
em papel (sedas), formando cigarros (baseado, beck) para
serem fumados. Os fragmentos também podem ser
adicionados a massas de bolo para serem ingeridos
(crazycakes).

A maconha. Os brotos de Cannabis são picados e triturados


para a confecção do cigarro de maconha.

HAXIXE
É uma resina de maconha, na forma de bolotas ou pedaços de
aspecto verde-escuro. São misturados à maconha ou ao tabaco
e fumados na forma de cigarros.

O SkunK é maconha cultivada em estufas especiais e que


possuem alta concentração de THC

A concentração de Delta-9-THC, nas diferentes apresentações


da Cannabis varia de 1% a 15%, ou seja, de 2,5 a 150mg de THC.
Estima- se que a concentração mínima preconizada para a
produção dos efeitos euforizantes seja de 1% ou 1 cigarro de 2 a
5 mg.
MACONHA
Perda da capacidade de calcular tempo e espaço e prejuízo da
memória e da atenção

Os olhos do usuário ficam avermelhados  

A boca fica seca e o coração dispara  


O uso continuado leva a problemas respiratórios


(bronquites) e pode causar infertilidade no homem  

Câncer

Intoxicação por até 12 a 24 horas, devido à liberação lenta dos


canabinoides a partir do tecido adiposo.
CHOCOLATE
O chocolate contém uma série de substâncias químicas
psicoativas que estimulam o cérebro da mesma forma que
a cannabis

ÁCIDO LISÉRGICO - LSD

Principal agonista do 5-HT não seletivo. O LSD pode exercer o


seu efeito alucinogénos por interação com receptores 5-HT2A
A Dietilamida de Ácido Lisérgico, ou LSD como é conhecido, é
uma substância alucinógena - também chamada de
psicodélica ou psicotomimética - perturbadora do sistema
nervoso central, capaz de causar alteração do estado de
consciência, provocar distorções do senso e da percepção.
ECTASY
A 3-4 metilenodioximetanfetamina (MDMA), conhecida
como ecxtasy", é uma droga psicotrópica ilegal produzida
em laboratórios clandestinos. No Brasil, o extase também
é conhecido como "E"

É uma espécie de anfetamina muito potente, consumida


em forma de comprimido;

Estimula a comunicação e a intimidade e melhora o


humer dos usuários;

Conhecida como droga do amor porque causa super-


excitação ao leve toque da pele.

DROGAS
As principais drogas sintetizadas e encontradas nas análises
periciais são skunk (droga produzida em laboratório feita
através de vários cruzamentos de tipos de maconha e seus
efeitos podem ser cerca de sete vezes mais fortes do que os da
maconha comum), além do haxixe e as sintéticas como pontos
de LSD, ecstasy, cristais de MDMA e DMT
(Dimetiltriptamina).
QUAL A MAIS PERIGOSA?
OVERDOSE: Cocaína, Heroína e Álcool

LONGO PRAZO: Cigarro e Álcool

MAIS USADAS: Cigarro e Álcool

MAIOR GRAU DE DEPENDÊNCIA: Cocaína, Crack e

Heroína

QUALIDADE DOS LABORATÓRIOS


A toxicologia forense desempenha um papel fundamental
para estabelecer a causa e o efeito de determinado evento
como, por exemplo, crimes e abuso de drogas que podem ou
não levar a uma overdose.
Os laboratórios de análises forenses possuem um sistema
de qualidade que é classificado em dois tipos: Controle de
qualidade e segurança de qualidade, ambas têm por
finalidade a capacitação do analista, as condições
laboratoriais, integridade dos equipamentos utilizados
para analises forenses, cuidados com a documentação dos
procedimentos e resultados, além, da validação deste
resultado obtido bem como a metodologia utilizada.

Pode-se citar ainda outro requisito importante dentro


deste sistema de qualidade, que consiste na “cadeia de
custódia”, é um termo que se refere as documentações
que os laboratórios realizam para rastrear todo o
processo de análise do material biológico, e como já foi
descrito, desde sua coleta, transporte, analise, descarte
ou estocagem para evitar possíveis erros na
identificação do material do doador ou da vítima.
A cadeia de custódia deve conter algumas informações como:
quem manuseou a amostra? Onde ela foi obtida? Quando foi
realizada o manuseio? Ela está dividida em dois tipos de
cadeia de custódia, a cadeia de custódia externa e interna.

A cadeia de custodia externa compreende o momento da


coleta do material, transporte até o laboratório e a cadeia de
custódia interna corresponde ao momento em que ela chega
ao laboratório, o registro do mesmo, os exames e testes
realizados, armazenamento, descarte ou devolução.

Os laboratórios de análises forenses devem seguir normas e


diretrizes que englobam a coleta, cadeia custódia,
processamento da amostra, testes confirmatórios entre
outros.

Assim, para que haja excelência nos resultados é necessário


um rigoroso controle de qualidade, seja ela externo ou
interno, revelando com precisão a causa determinado evento
ocorrido.
AMOSTRAS BIOLÓGICAS
As quantidades de amostras biológicas solicitadas para as
análises, depende do que está sendo estudado, por exemplo,
as mortes que envolvem a ingestão de determinadas
substâncias, requerem a coleta de grande quantidade de
material durante a autópsia. O FTLG (Guia para os
Laboratórios de Toxicologia Forense) recomenda a coleta,
em quantidade suficiente, das amostras para diversas
análises e sua repetição, quando necessária.

Diversas amostras podem ser utilizadas: sangue, urina, encéfalo,

coração, bile, conteúdo gástrico e, em situações de extrema

decomposição, podem ser coletados ainda, cabelo, osso e tecido

muscular.
SANGUE
O sangue escolhido nas análises toxicológicas é o sangue
periférico, obtido por punção das veias subclávia e femural,
devido ao fato de que a possibilidade de contaminação desses
locais, por difusão de outras regiões, é pequena.

Substâncias facilmente detectadas no sangue: cianeto, álcool e


monóxido de carbono.

HUMOR VÍTREO
Constitui um fluido transparente que se localiza na cavidade
posterior do olho e preenche o espaço entre o cristalino e a
retina.

É uma amostra de fácil coleta e por estar relativamente


protegido de contaminações em um compartimento,
representa uma amostra privilegiada.

Seu uso é indicado em análises de cadáveres carbonizados, em


decomposição ou politraumatizados.
CONTEÚDO ESTOMACAL
Amostra importante para as análises, principalmente quando o

histórico se refere a intoxicação por via oral, pois prevalece no

estômago a forma inalterada dos xenobióticos.

O estômago ligado às suas extremidades (cárdia e piloro)

deve ser enviado, fechado, ao laboratório. Os achados

observados na abertura, podem direcionar às análises, como

por exemplo, restos de toxicantes não absorvidos, como os

comprimidos.

FÍGADO
É um dos mais importantes tecidos coletados para análises
toxicológicas post mortem. É um órgão que apresenta elevada
capacidade de ligação a xenobióticos e constitui o principal
órgão envolvido na biotransformação dos toxicantes.

Possui uma importante vascularização e é passagem


obrigatória dos xenobióticos absorvidos no intestino para a
circulação sistêmica.
RINS
É o principal órgão de eliminação para a maioria das drogas. É
um órgão com importante vascularização e rico em
metalotioneínas, apresentando particular relevância nos
casos de intoxicação por metais tóxicos.

ENCÉFALO
É um tecido muito vascularizado. Devido sua característica
lipídica, permite que os compostos lipossolúveis
atravessem a barreira hematoencefálica e atinjam elevada
concentração nessa.

Essa matriz acaba sendo pouco utilizada nas análises


toxicológicas, por causa dos poucos estudos sobre a
distribuição dos toxicantes e a falta de técnicas e
purificações para obtenção dos dados.
URINA
É um fluido biológico extensamente utilizado em análises
toxicológicas, apresentando valor inestimável nas análises
de triagem, sendo a matriz de eleição para a maioria dos
testes de triagem imunoenzimáticos, apresentando maior
concentração de metabólitos.

É uma das matrizes com menor número de interferentes


endógenos, por ser constituída por água e apresenta-se
com níveis significativos de lipídeos e proteínas em
estados patológicos.

COLETA E ARMAZENAMENTO

As amostras são coletadas de acordo com as normas e


procedimentos do laboratório de toxicologia analítica, de
maneira geral, não são adicionados conservantes a elas.

Porém, quando há suspeita de intoxicação por cocaína é


recomendada a coleta em frasco com fluoreto de sódio, que
garante a estabilidade dessa substância. Na análise de metais
tóxicos, uma amostra de sangue adicional deve ser coletada
em um tubo contendo um quelante, à exemplo do EDTA.
O estômago deve ser coletado com suas extremidades
amarradas; o humor vítreo deve ser coletado dos dois
olhos, e pode ser armazenado sem conservantes. O
encéfalo, coletado após a abertura da calota craniana, e
acondicionado em recipiente apropriado sem adição de
conservantes, assim como o fígado, rim e pulmão. A urina é
coletada por meio da punção da bexiga.

As amostras coletadas devem ser armazenadas à 4ºC, até


serem enviadas ao laboratório, onde após os procedimentos
analíticos, são armazenadas à -20ºC
ANÁLISE TOXICOLÓGICA
Os quadros de intoxicação causados pela exposição aos
agentes xenobióticos, na maioria das vezes, apresentam
sintomas e lesões inespecíficos, o que requer a utilização de
métodos analíticos que possibilitem o isolamento, a
identificação e a quantificação dessas substâncias nas
amostras biológicas.

Lei Estadual no 7.747/1982


Classe I – altamente tóxicas para o homem, causam lesões
sistêmicas, possuem propriedades carcinogênicas,
teratogênicas, mutagênicas e prejudica o processo
reprodutivo.
Classe II – medianamente tóxica, causa irritação severa na
pele. Classe III – pouco tóxica, causa irritação moderada na
pele.
Classe IV – praticamente não tóxica, provocam irritação leve
na pele.

Conforme Tocchetto e Passagli et al. (2011) o mais graves


problemas na sociedade moderna são as drogas de uso
abusivo, pois as elevadas taxas de homicídios registradas se
devem ao consumo abusivo de álcool e à presença das
drogas ilícitas, estas são denominadas psicoativas ou
psicotrópicas porque atuam no Sistema Nervoso Central
(SNC), modificando o humor, a consciência, os pensamentos
e os sentimentos
TOXICOLOGIA FORENSE
Estratégias de busca direcionada ou não direcionada de

compostos de relevância toxicológica:

Busca direcionada;

Busca não direcionada;

ANÁLISE TOXICOLÓGICA
A ATS é definida como a busca químico-analítica lógica, em

uma dada amostra de teste, por uma substância

potencialmente tóxica cuja presença não é suspeitada e cuja

identidade é desconhecida.

Os objetivos finais da ATS são: detectar a presença de todas

as substâncias de relevância toxicológica presentes na

amostra e identificá-las com o maior grau possível de

certeza e excluir a presença de todas as demais substâncias

relevantes.
A primeira etapa da análise toxicológica sistemática é a

preparação da amostra;

A segunda etapa consiste na diferenciação e detecção dos

compostos presentes na amostra;

A última etapa da análise é a identificação das substâncias

detectadas.

Após a identificação da substância, uma etapa de

quantificação é necessária a fim de permitir a adequada

interpretação toxicológica.

ENTÃO...
A análise toxicológica inicia-se com testes de triagem ou

screening, seguido por teste confirmatório.

A triagem é realizada através de técnicas de imunoensaio que,

dependendo do teste, pode conter anticorpos para a detecção

de uma droga específica, de um metabólito ou de uma classe

de substâncias.

Apresentam alta sensibilidade, mas costumam ser pouco

específicos.
PRINCIPAIS TÉCNICAS

EMPREGADAS

ESPECTOFOTOMETRIA 
IMUNOENSAIOS 
CROMATOGRAFIA 
ESPECTOMETRIA DE MASSAS
ESPECTROSCOPIA -
SENSIBILIDADE -
ESPECIFICIDADE

ESPECTOFOTOMETRIA

Princípio da técnica: Medida de absorção ou transmissão de luz

A absorção de luz depende basicamente concenração das

moléculas. *densidade óptica


IMUNOENSAIOS
Princípio da técnica: o teste de "ELISA" (do inglês Enzyme
Linked ImmunoSorbent Assay) se baseia reações antígeno-
anticorpo detectáveis através de reações enzimáticas

CROMATOGRAFIA
Princípio da técnica: Método físico-químico que se basiea na
migração de componentes de um mistura entre duas fases: a
fase estacionária que retém elementos e a fase móvel que
conduz a mistura por meio de um soluto atravéz da fase
estacionária.

É uma técnica que pode ser utilizada para purificação,


detecção ou auxiliar a separação de substâncias
ESPECTOMETRIA DE MASSAS
A espectrometria de massas é uma técnica analítica física
para detectar e identificar moléculas de interesse por
meio da medição da sua massa e da caracterização de sua
estrutura química.

ESPECTROSCOPIA
É usada para analisar compostos em química, para
determinar quais elementos diferentes compõem uma
amostra pela da interação entra a radiação eletromagnética
e a matéria
LAUDO PERICIAL TOXICOLÓGICO

Identificação do processo ou inquérito e da entidade


requisitante;
Método analítico utilizado e referências à técnica de
isolamento empregada;
Data da recepção das amostras e da conclusão dos
exames;
Amostras analisadas;
Especialista responsável pela execução das análises;
Níveis de detecção e quantificação;
Estado das amostras analisadas, dentre outros dados
pertinentes à elucidação das conclusões.
Drogas facilitadoras de crime
As drogas facilitadoras de crime (DFC) são uma série de
substâncias químicas que permitem o ato sexual e/ou roubo
com pouca ou nenhuma resistência da vítima.

No Brasil, a utilização de recursos químicos para cometer


algum delito é conhecida popularmente como o golpe “Boa
Noite, Cinderela”.

Além de estupro ou roubo, outros crimes são cometidos com


o uso dessas drogas como, extorsão de dinheiro, maus tratos
a crianças ou idosos ou qualquer outro delito com pouca ou
nenhuma resistência e sem o consentimento do indivíduo

A utilização de substâncias psicoativas para obtenção de


algum bem e/ou benefício de natureza humana sem
consentimento e/ou resistência da vítima é descrito desde
tempos antigos.

Elas já foram conhecidas como date rape drugs ou drogas


facilitadoras de abuso sexual, mas recentemente a
nomenclatura droga facilitadora de crime (DFC) tem sido mais
utilizada.
Com o uso das drogas facilitadoras de estupro, a vítima é
sujeita a atos sexuais não consensuais enquanto está
incapacitada ou inconsciente devido ao efeito de álcool e/ou
drogas.

Quando um indivíduo é vítima de roubo sob ação de algum


agente químico, a nomenclatura geralmente utilizada
nestas situações é droga facilitadora de roubo (drug-
facilitated robbery).

Estas substâncias são capazes de causar uma série de


sintomas como sedação, relaxamento muscular, confusão,
tonturas, problemas de julgamento, amnésia anterógrada,
perda da consciência, inibição reduzida, náuseas,
hipotensão e bradicardia.

Em altas doses, consumida isoladamente ou misturada com


outros compostos com propriedades depressivas, podem
acarretar em depressão respiratória e até a morte.
Não há uma legislação específica no Código Penal
Brasileiro para situações que envolvem o uso de DFC,
mas este crime pode ser enquadrado como roubo pelo
artigo 157 e/ou estupro pelo artigo 213 conforme o caso.

Em relação à vítima, as lesões causadas pelas DFC são


consideradas graves, podendo ser de origem psicológica e
física, como traumas e até intoxicações. Isto se deve a
dose e droga administrada, pois a gama de substâncias
que podem promover a submissão química de um
individuo é imensa com diferentes classes de compostos
que podem levar a sedação.

Entre as drogas consideradas DFC, as principais são:  

Os benzodiazepínicos (sedativo-hipnótico)  

A cetamina (anestésico)  

O gama-hidroxibutirato (GHB) - sedativo  

O etanol (potencializador de drogas)


Os benzodiazepínicos são medicamentos ansiolíticos
utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes
musculares e apresentam atividade anticonvulsivante e
estão entre os mais consumidos do mundo. Nesta classe
de fármaco, destaca-se o flunitrazepam (Rohypnol®),
considerado uma clássica DFC devido ao seu rápido início
de ação e longo tempo de sedação.

No fim dos anos 90, a cetamina foi considerada uma


tradicional DFC. Trata-se de um analgésico e anestésico
dissociativo que pode ser administrado via
intramuscular, intravenosa, intranasal, oral e retal.

Apesar de esta substância estar enquadrada na lista de


controle especial no Brasil (ANVISA, 2011), é possível
obter ilicitamente esta droga, o que garantiria a
perpetuação do golpe “Boa noite Cinderela” com este
composto.
GHB
As mesmas características da cetamina também estão
associadas ao GHB e entre seus principais aspectos estão à
rapidez de seus efeitos farmacológicos após ingestão oral e
sua alta velocidade de excreção em compostos endógenos.
Drogas facilitadoras de crime
A rápida eliminação também é peculiar ao etanol, considerada
uma DFC quando ingerida isoladamente. Ele potencializa os
efeitos sedativos das demais drogas. Durante sua
biotransformação, uma pequena fração desta substância sofre
reação de fase II formando etilglicuronídeo, um típico
biomarcador do consumo de etanol com uma janela maior de
detecção.

A urina é a uma amostra biológica não invasiva e de fácil


coleta, considerada a matriz biológica de escolha para análises
em vítimas de estupro e/ou roubo com suspeita do uso de
DFC, mas também usa-se sangue, cabelo, saliva, vômitos,
resíduos da cena do crime e roupas, etc.
MATRIZ BIOLÓGICA

A urina é a uma amostra biológica não invasiva e de fácil


coleta, considerada a matriz biológica de escolha para
análises em vítimas de estupro e/ou roubo com suspeita
do uso de DFC, mas também usa-se sangue, cabelo, saliva,
vômitos, resíduos da cena do crime e roupas, etc.

A maioria dos fármacos e produtos de biotransformação é


xcretada em altas concentrações na urina se comparado
ao sangue, além de ser possível detectar a presença de
xenobióticos por um período relativamente longo de
tempo.
Recomenda-se a coleta de 50 mL de urina sem a
necessidade de adicionar conservantes, apenas
mantendo-a sob refrigeração o mais rápido possível.
Quanto mais cedo a amostra é obtida após o alegado
evento, maior a chance de detectar a(s) substância(s) que
são rapidamente eliminadas do corpo.
As matrizes biológicas devem ser recolhidas idealmente antes
que qualquer medicação seja administrada à vítima, mas se isso
não for possível, todos esses medicamentos devem ser
documentados.

O material coletado deve ser devidamente rotulado com a data


e hora da coleta e as iniciais do coletor, selados e armazenados
de forma segura. Embora cada elação à outra, a urina é
geralmente o espécime de escolha para um exame toxicológico
para a investigação de DFC.

A identificação positiva na urina é normalmente prova


suficiente de que a vítima foi exposta a uma droga dentro de
um período de um a cinco dias anteriores a coleta da amostra.
Tem sido sugerido que 96 horas (pósingestão) seria o tempo
máximo hábil para detecção de uma DFC e/ou produto de
biotransformação.
Entretanto, etanol e GHB apresentam uma curta janela de
detecção para esta matriz. A determinação destas DFC deve ser
realizada antes do prazo limite sugerido.

Em relação às técnicas analíticas utilizadas na determinação de


DFC, a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de
massas (GC-MS) e massas (LC-MS) são as ferramentas de
análise utilizadas pelos laboratórios forenses como referência
para confirmação de DFC devido à seletividade e sensibilidade.
A sensibilidade da técnica CL-EM/ EM (Cromatografia Líquida
acoplada a Espectrometria de Massas triplo quadrupolo ou
tandem) é capaz de revelar a presença de benzodiazepínicos
alguns dias após a administração da droga.

Kintz et al., detectaram a presença de Zolpidem no sangue,


urina e cabelo seis dias após evento ocorrido (CL-EM/EM e CG-
EM).

Swanson et al. também relataram o uso de CL-EM/EM e CG-


EM na identificação de carfentanil e furanil fentanil em
amostras biológicas envolvidas com a causa da morte em dois
relatos de casos

Fatores dificultam as investigações


Atraso na notificação do incidente e da coleta de
evidências;
Ampla gama de substâncias que podem ser utilizadas para
cometer o delito;
Rápida eliminação de algumas drogas e seus respectivos
produtos de biotransformação;
Erros de protocolo Laboratorial
ESTUDO DE CASO
Novo método de análise vem sendo utilizado:

Em um trabalho realizado junto com o Hospital de Clínicas


da Unicamp, o pesquisador André Valle de Bairros, da
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP recebeu uma
amostra de urina retirada de uma mulher salva por boias-
frias, após ser encontrada sozinha em um canavial com
sinais de queimaduras.

Nas análises toxicológicas realizadas no hospital, nenhuma


droga foi detectada. Porém, os toxicologistas ainda
desconfiavam que a paciente estivesse sob influência de
alguma substância.

A amostra foi analisada pelo método de microextração em


fase líquida. Por ele, foi possível identificar a presença de
cetamina. “Chegou para mim a amostra de urina dessa
mulher. Fiz a análise toxicológica e descobri que, realmente,
ela teve contato. Só que em valores muito baixos, que a
metodologia que eles usavam lá [no hospital] não
identificava", constatou o pesquisador.
AS DIFICULDADES DE SE IDENTIFICAR UMA DFC

Quando uma droga é ingerida, o corpo, por meio de seu


metabolismo, a transforma em outras moléculas com
características físico-químicas diferentes de suas
precursoras. Isso dificulta bastante a análise toxicológica,
pois se faz necessário saber em que tipo de composto
aquela droga será transformada pelo organismo para que
se possa identificá-la.

A microextração em fase líquida consegue identificar e


quantificar tanto a droga ingerida como as moléculas
formadas a partir da metabolização, conhecidas como
produtos de biotransformação.

Um exemplo é o Diazepam [um sedativohipnótico], quando


ingerido, dificilmente são encontrados valores significativos de
Diazepam na urina da vítima. Neste caso, serão encontrados
concentrações bem maiores de um produto de
biotransformação chamado Oxazepam. Essas noções de
biotransformação de drogas é necessário nas análises de
toxicologia forense durante as investigações de uso de drogas
facilitadoras.
Microextração em fase líquida

O processo baseado na LPME (microextração em fase líquida,


do inglês lyquid-phase microextraction) utiliza membranas
finas, aproximadamente da grossura de um grafite de
lapiseira de 1mm. É uma fibra oca por dentro, onde se insere
um líquido que pode ser um solvente ou uma solução aquosa
de característica ácida ou básica. Posteriormente, a fibra é
fechada com um alicate e colocada diretamente na urina ou
sangue a serem analisados, chamados de matrizes biológicas.

Na microextração, toda a extração é feita em uma escala


muito pequena, onde você tem uma diminuição de custo,
reagente, solvente e tempo. Isso maximiza a análise
toxicológica. Além disso, ela proporciona um benefício
ecológico, devido ao uso de solventes pouco tóxicos e em
baixas quantidades. Também possibilita a utilização de
compostos naturais como o óleo de eucalipto e pode ser
considerada ‘Green Chemistry Technique’, ou Técnica de
Química Verde.
PERFIL COMPORTAMENTAL DA VÍTIMA DE DFC

O comportamento de uma vítima de DFC é descrito de duas


diferentes maneiras conforme os efeitos da substância
psicoativa. Alguns indivíduos perdem completamente a
consciência e não se lembram de nada sobre o ocorrido
(mind rape), enquanto outros apresentam inconsciência
intermitente, como se fosse flashbacks, o que os possibilita
descrever o delito e até o suposto agressor.

Nas situações em que ocorre amnésia anterógrada, a vítima


pode desabilitar a memória do trauma sofrido devido à ação
da DFC. Entretanto, o fato de não recordar do abuso sexual é
assustador e de difícil aceitação para a vítima, o que dificulta
a reconstrução psicológica após esse trauma.
As mulheres são as maiores vítimas do abuso sexual e estão
expostas a diferentes riscos que podem comprometer sua saúde
física e mental. Os traumas físicos podem variar de pequenos
hematomas até lesões graves que podem resultar na morte da
vítima, além da possibilidade de desenvolver doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs) e uma gravidez indesejada.

O impacto que essas substâncias provocam no sistema


nervoso central afeta a memória e/ou consciência e assim
diminui o número de casos reportados para as autoridades
se comparado a um crime sem a submissão química.

O impacto que essas substâncias provocam no sistema nervoso


central afeta a memória e/ou consciência e assim diminui o
número de casos reportados para as autoridades se comparado
a um crime sem a submissão química.
Os sinais e sintomas esperados em uma superdosagem deste
medicamento (assim como de qualquer outro medicamento
a base de nicotina) são os mesmos de uma intoxicação aguda
com nicotina, incluindo palidez, suor frio, salivação,
vômitos, dor abdominal, diarreia, dor de cabeça, tontura,
distúrbios de audição e visão, tremores, confusão mental
e/ou fraqueza.

A intoxicação é o conjunto de sinais e sintomas que surgem


pela exposição a substâncias químicas tóxicas para o
organismo. Logo essa é uma etapa da intoxicação, a
apresentação dos sintomas. O que pode ocorrer de forma
rara, é de esses sinais e sintomas não aparecerem
imediatamente, e assim até o seu surgimento, o organismo
excretar uma boa parte da dose aplicada dificultando o
diagnóstico.
Os termos autópsia e necropsia, apesar de terem
originalmente sentidos diferentes, são aceitos como
sinônimos na comunidade médica e na prática não
encontramos distinção entre ambos.
Necropsia/autopsia é o nome dado ao procedimento
médico que objetiva evidenciar a causa mortis. O
propósito das técnicas aplicadas podem ser referentes a
intuitos forenses, médico- sanitários e clínicos.

No Brasil, as autópsias nos casos elegíveis de morte


natural, (pessoas que morreram sem assistência médica ou
causas naturais desconhecidas), são encaminhadas aos
Serviços de Verificação de Óbitos. Diferentemente dos
casos de morte suspeita ou com sinais de violência em que
o exame é mandatoriamente realizado nos Institutos
Médico-Legais (IML).

Os profissionais que atuam nas necropsias de casos de morte


natural devem estar atentos para indícios de morte violenta
em qualquer tempo do procedimento de necropsia. Ao se
deparar com uma situação em que envolva a mínima suspeita
o corpo deverá ser encaminhado ao Instituto Médico-Legal. O
médico deve ter consciência de que ao não reportar essa
suspeita às autoridades competentes pode ter implicações
jurídicas importantes.
A análise toxicológica inicia-se com testes de triagem ou
screening, seguido por teste confirmatório. A triagem
geralmente é realizada através de técnicas de imunoensaio
que, dependendo do teste, pode conter anticorpos para a
detecção de uma droga específica.

A primeira etapa da análise toxicológica sistemática é a


preparação da amostra, com isolamento e concentração dos
compostos de interesse, que usualmente é realizada
empregando extração em fase sólida ou extração
líquidolíquido.

A segunda etapa consiste na diferenciação e detecção dos


compostos presentes na amostra, a qual é normalmente
realizada por métodos cromatográficos;

A última etapa da análise é a identificação das substâncias


detectadas, que se baseia na comparação dos resultados
analíticos com bancos de dados de referência.

Muito Obrigada!!!
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professora Kaline Sousa para
o curso de "TOXICOLOGIA FORENSE".

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