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Curso de Extensão
Duração – 32h
Início: 06/09
Término: 01/11
Sextas: 08 às 12h.
Prof. Fábio Barbosa Teixeira
Módulos: Entorpecentes – Balística – Papiloscopia – Local de
Crime
Introdução
Graduação ou pós-graduação:
O perito precisa ter curso superior. O diploma pode
vir de várias áreas, como Química, Física, Biologia,
Medicina, Odontologia, Farmácia, Biomedicina,
Engenharias diversas, Contabilidade, Informática,
Medicina Veterinária.
Nota: Formações exigidas para o Estado do RJ
Introdução
Introdução
Áreas da Perícia Criminal
Perícias em Locais de Crimes
Perícias de Engenharia
Perícias de Áudio e Imagem
Perícias de Contabilidade
Perícias de Informática
Perícias de Armas de Fogo
Perícias de Documentos
Perícias de Merceologia
Perícias de Contrafação
Perícias de Química
MÓDULO 01
ENTORPECENTES E PSICOTRÓPICOS
Drogas ilícitas de abuso
Legislação
O trabalho do Perito
Análise de entorpecentes
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no
organismo modifica suas funções.
As anfetaminas utilizadas para emagrecimento, o álcool e o tabaco também
são drogas, porém as anfetaminas são drogas de controle especial e álcool e
tabaco são drogas lícitas.
Drogas ilícitas são aquelas proibidas pela Legislação.
Lei Anti-drogas nº 11.343/2006
Uma das principais aplicações da Química Forense na área criminal é na
Identificação de drogas de abuso
Narcóticos ou Entorpecentes: A definição de narcótico possui o seu significado atrelado à substância
entorpecedora, uma referência a uma variedade de substâncias que fazem adormecer, reduzem ou eliminam a
sensibilidade (chama-se esse estado de narcose).
As drogas psicoativas são as que atuam no sistema nervoso central (SNC). Dentre elas, há um grupo denominado
de drogas psicotrópicas, formado por aquelas que podem gerar abuso e dependência.
COMO FUNCIONA UM PSICOATIVO NO CÉREBRO
Os neurônios enviam e recebem mensagens na forma de sinais elétricos e estímulos químicos, promovendo a
passagem de informação. Essas substâncias liberadas são chamadas de neurotransmissores. As drogas, por serem
moléculas de estrutura semelhante a muitos deles, agem exatamente sobre essa comunicação entre os neurônios,
alterando a atuação dos neurotransmissores.
Entorpecentes e Psicotrópicos
Entorpecente – causa torpor, reprime, entorpece,
causa sensação de embriaguez, causa
dependência.
Psico vem de psique = mente; Trópico vem de
tropismo = ação de aproximar (a sua ação se dá
no cérebro).
Psicotrópicas – agem no Sistema Nervoso Central
(SNC) produzindo alterações de comportamento,
humor e cognição e levam à dependência.
Dividem-se em psicoléticos (tranquilizantes),
psicoanaléticos (estimulantes) e os psicodisléticos
(alucinogênicos).
As drogas psicotrópicas são classificadas da seguinte forma de acordo com
Chalout (1971):
Estimulantes da atividade do SNC: Estimulam o funcionamento do
SNC fazendo com que a pessoa que a utilizou fique mais “ligada”, agitada,
“elétrica”, sem sono e sem apetite. As principais drogas que pertencem a
esta categoria são as anfetaminas (medicamentos para emagrecer,
“rebites”), cocaína/crack e tabaco.
Depressores da atividade do SNC: Diminuem o ritmo de
funcionamento do SNC, fazendo com que seus consumidores fiquem mais
“devagar”, e sonolentos. Exemplos: álcool, benzodiazepínicos
(medicamentos para a ansiedade), opiáceos e inalantes.
Perturbadores da atividade do SNC: Modificam a percepção da
realidade e fazendo com que os consumidores tenham uma percepção
“perturbada” de si e do meio. Esses fenômenos são parecidos aos que
ocorrem em doenças mentais como as psicoses e estas drogas induzem
alucinações, delírios e ilusões. Exemplos: LSD, ecstasy, maconha, alguns
cogumelos e peiote.
Estruturas de algumas
drogas estimulantes do
SNC
Benzodiazepínicos
Estruturas de algumas drogas
perturbadoras do SNC
THC - Tetrahidrocanabinol
MDMA (Ectasy)
LEI ANTIDROGAS
LEI No 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006
Formas de Apresentação
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
Estruturas de
Alguns dos
principais
Canabinoides
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
Maconha – Cannabis sativa L.
MANUAIS DE ANÁLISE DE DROGAS – UNODC - ONU
PERÍCIA É CIÊNCIA, NÃO É MÁGICA, NUNCA
SE ESQUEÇAM DISSO!!!!!!!!!!
MANUAIS DE ANÁLISE DE DROGAS – UNODC - ONU
MANUAIS DE ANÁLISE DE DROGAS – UNODC - ONU
Maconha - Identificação
ANÁLISE MORFOLÓGICA : Aspectos físicos da planta ou partes
Análise estereoscópica – reconhecimento da erva e dos
frutos (microscópio)
Maconha - Identificação
Maconha - Identificação
Maconha - Identificação
Técnicas e Métodos
A utilização em um determinado momento dos métodos
clássicos ou instrumentais, dependerá obviamente de
dois fatores principais: adequação do método ao
problema em questão e disponibilidade dos recursos
necessários.
Métodos Clássicos de Análise Qualitativa
- testes colorimétricos para substâncias entorpecentes
e psicotrópicas
- técnica de Cromatografia em Camada Fina quando
necessário e disponível
Método instrumental - Análise instrumental qualitativa
utilizando equipamentos analíticos.
Maconha - Identificação
Identificação de Canabinóides – Testes Colorimétricos
Identificação de Canabinóides – Testes Colorimétricos
Teste de Duquenois diretamente na amostra
Acrescentar 3 gotas de solução de vanilina.
Adicionar 2 gotas de solução de aldeído acético.
Adicionar 3 gotas de ácido clorídrico concentrado.
O aparecimento de cor azul indica a presença de canabinóides.
Teste de Duquenois
•Proceder a extração no material com éter de petróleo.
•Evaporar o solvente, sem aquecimento.
•No tubo de ensaio ou em placa de toque adicionar pequena quantidade do material suspeito.
•Acrescentar 3 gotas de solução de vanilina.
•Adicionar 2 gotas de solução de aldeído acético.
•Adicionar 3 gotas de ácido clorídrico concentrado.
•O aparecimento de cor azul-violeta indica a presença de canabinóides.
•Se o teste for realizado e logo após adicionado clorofórmio, a cor normalmente fica violeta.
Identificação de Canabinóides – Testes Colorimétricos
Quantidades pequenas como 0,1g ou menores ainda como por exemplo, quando
misturadas ao tabaco (fumo comum) dão resultado Positivo para Duquenois.
Mesmo se a erva estiver queimada em cigarros artesanais, o teste de Duquenois
inicialmente resulta numa coloração vermelha, que pode passar lentamente para azul ou
permanecer na cor vermelha. Isto é resultado POSITIVO.
Se a maconha estiver muito velha e não fizer extração com solvente orgânico apropriado,
o resultado pode aparecer verde, diferente do resultado esperado azul, mesmo sendo
maconha. Aí procede-se a extração com éter de petróleo.
Produto da reação
Recomendações mundiais sobre análise de Drogas
SWGdrugs – Grupo de Trabalho Científico para Análise de Drogas Apreendidas –
Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Participam pesquisadores forenses do mundo todo, para concluir sobre a
identificação de um material suspeito de ser uma droga ilícita, o Perito deve realizar
métodos de identificação, que são classificados em categoria A, B e C.
Sendo os de categoria A, técnicas avançadas na identificação de substâncias como
por exemplo Espectrometria de Massas, GCMS (Cromatografia Gasosa Acoplada a
Espectrometria de Massas) ou Espectrometria Raman. E que somente uma análise da
categoria A é suficiente para concluir a identificação da droga.
Dentre os métodos classificados na categoria B, encontram-se a Microcristalização
com ácido cloroplatínico, Cromatografia Gasosa, Cromatografia Líquida e a Técnica
de Cromatografia em Camada Fina.
Dentre os métodos classificados como categoria C encontram-se os testes
colorimétricos,determinação de Ponto de Fusão e Espectroscopia de Ultravioleta.
E segundo a recomendação do SWGdrugs, os laboratórios que não dispõem de
nenhuma técnica da categoria A, devem realizar três métodos de identificação,
sendo destes três, pelo menos dois da categoria B.
ANÁLISE INSTRUMENTAL – TÉCNICAS USADAS
ANÁLISE CLÁSSICA – TÉCNICA MAIS USADA
Cromatografia em Camada Delgada ou Fina (CCD ou CCF)
Técnica de adsorção que utiliza um líquido e um sólido. Ocorre a
retenção das substâncias devido a adsorção sofrida na superfície da
fase estacionária. Utiliza-se uma placa de vidro ou metal como
suporte e geralmente sílica gel, como fase estacionária.
Thin-layer chromatography (TLC)
“There are a number of TLC methods for the qualitative and semi-
quantitative analysis of cannabis, using a variety of different stationary
phases (TLC plates) and solvent systems, and slightly different sample
preparation and spot visualization techniques” (UNODC).
ANÁLISE INSTRUMENTAL – TÉCNICAS USADAS
Gas chromatography-flame ionization detection (GC-FID), without and with
derivatization.
O RESULTADO É A
OBTENÇÃO DE
UMA PRIMEIRA
PASTA, VENDIDA
PELOS
AGRICULTORES
AOS
TRAFICANTES.
Cocaína
PROCESSO DE OBTENÇÃO DA PASTA-BÁSICA (TAMBÉM
DENOMINADA PASTA LAVADA OU LIMPA)
1.DISSOLUÇÃO DA PASTA MARROM COM ÁCIDO SULFÚRICO.
2.A SOLUÇÃO RECEBE ÁGUA E PERMANGANATO DE POTÁSSIO.
3.A SOLUÇÃO É FILTRADA E O PRECIPITADO ORIGINADO É
DESCARTADO.
4.ÁGUA E AMÔNIA SÃO ADICIONADAS E OUTRO PRECIPITADO SE
FORMA.
5.O PRECIPITADO REMANESCENTE É AQUECIDO, DESIDRATADO E
FRAGMENTADO.
6.A PASTA CONTÉM 90% DE SULFATO DE COCAÍNA
Cocaína
PROCESSO DE REFINO (OBTENÇÃO DO CLORIDRATO DE COCAÍNA)
1.A PASTA DE COCA RECEBE ÉTER ETÍLICO, ORIGINANDO UM PRECIPITADO,
QUE É DESCARTADO POR FILTRAÇÃO.
2.O FILTRADO REMANESCENTE RECEBE ÁCIDO CLORÍDRICO, ÉTER E
ACETONA, ORIGINANDO UM SEGUNDO PRECIPITADO.
3.ESSE PRECIPITADO É AQUECIDO E DESIDRATADO, ORIGINANDO O
CLORIDRATO DE COCAÍNA OU COCAÍNA REFINADA.
SUAS INDICAÇÕES SE
RELACIONAVAM A SUAS
PROPRIEDADES
ANESTÉSICAS LOCAIS E
ESTIMULANTES.
Cocaína - A Difusão do consumo e os casos de dependência
O APARECIMENTO DE CASOS DE USO INDEVIDO, OVERDOSE
E DEPENDÊNCIA, CHAMARAM A ATENÇÃO DA SAÚDE
PÚBLICA
Cocaína - A Proibição – Século XX
Cafeína
Cocaína – TESTES COLORIMÉTRICOS
Um conjunto de reações de identificação de grupos
Método Clássico – Testes Químicos funcionais presentes numa substância pode
caracterizar tal substância.
O isômero levógiro é
1,5 a 4 vezes mais
potente do que a
mistura racêmica
DROGAS SINTÉTICAS – TESTES COLORIMÉTRICOS
Reação de Marquis (resultado laranja para anfetaminas e
metanfetaminas, azul escuro para MDMA - ecstasy). Reagente
de Marquis - compostos aromáticos
Reação de Simon - Coloração azul indica amina secundária
(logo, o teste não detecta anfetamina não substituída).
Reação de Fröhde: A adição de 2-3 gotas do reagente sobre o
material leva à coloração azul-escuro.
Reação de Mecke: A adição de 2-3 gotas do reagente sobre o
material leva à coloração verde-escuro.
Reação de Mandelin: A adição de 2-3 gotas do reagente sobre
o material leva à coloração azul-escuro.
Iodo platinado: É um reagente que permite a diferenciação de
diversas anfetaminas pela cor formada na nebulização das
substâncias separadas em placa de sílica (técnica de
cromatografia em camada fina)
DROGAS SINTÉTICAS – TESTES COLORIMÉTRICOS
Reagente de Marquis
Solução A: Formaldeído a
40% – 1mL / Solução B:
Ácido sulfúrico concentrado
– 20mL
Amostra + ácido sulfúrico
concentrado + formaldeído:
O ácido sulfúrico
concentrado (agente
oxidante e desidratante)
promove a condensação dos
compostos aromáticos com
o formaldeído;
DROGAS SINTÉTICAS – TESTES COLORIMÉTRICOS
DROGAS SINTÉTICAS – ANÁLISE INSTRUMENTAL
Exemplo: mCPP - 1-(3-CLOROFENIL)PIPERAZINA
IV e CG-EM
DROGAS SINTÉTICAS – ANÁLISE INSTRUMENTAL
OUTRAS DROGAS ILÍCITAS
Cogumelos “Mágicos”
Os cogumelos alucinógenos eram usados
no México, Guatemala e Amazonas em
rituais religiosos e por curandeiros. Os
Maias utilizavam um fungo ao qual
chamavam, na língua nahuátl,
teonanácatl (a "carne de deus") há 3500
anos.
São geralmente ingeridos crus, secos,
cozinhados ou em forma de chá (“Shroon
Brew”), sendo que os mais consumidos
são os Liberty Cad Mushroom.
O químico suíço Albert Hofmann, que
descobriu o LSD, foi também o primeiro a
extrair psilocibina e psilocina dos
cogumelos mágicos.
A psilocibina, que é convertida em
psilocina pelo organismo humano, é a
responsável pelos efeitos alucinógenos da
planta.
OUTRAS DROGAS ILÍCITAS
Cloreto de Etila: conhecido como Lança Perfume
O cloreto de etila é facilmente identificado pelo seu baixo
ponto de ebulição, sendo o simples contato de um
recipiente resfriado contendo o líquido com a pele é
suficiente para promover sua vaporização
Lista B1 (Psicotrópicas) e D2 (para fabricação e síntese de
entorpecentes/psicotrópicos) Portaria 344/98 – SVS/MS
Ponto de Ebulição: 13ºC
Menos denso que a água
OUTRAS DROGAS ILÍCITAS
“Cheirinho da loló”: Mistura de organoclorados,
principalmente Tricloroetileno, clorofórmio,
tetracloreto de carbono, essência
Estes solventes são facilmente identificados pelo odor,
pois são bem voláteis e apresentam cheiro
característico.
O tricloetileno foi recentemente adicionado a lista de
outras substâncias sujeitas a controle especial – Lista
C1.
São incolores e cheiro adocicado.
São mais densos que a água.
Um teste indicativo de tricloroetileno e o clorofórmio é
a reação de Fujiwara para triclorocompostos:
•Trata-se 1mL do líquido suspeito com solução de
hidróxido de sódio 10% e 1mL de piridina, agita-se e leva-
se a banho Maria por 2 a 15 minutos.
•O resultado positivo é verificado pelo aparecimento
de coloração rósea
Novas Drogas
Uma nova leva de substâncias psicoativas produzidas em laboratórios
clandestinos tem causado preocupação no mundo todo. Consumidas
principalmente por jovens, são drogas sintéticas que reproduzem os
efeitos da maconha, da cocaína e da heroína, mas com um detalhe: são
muito mais potentes do que as substâncias originais e têm efeitos bem
mais danosos para a saúde. Para piorar, ainda existem poucos estudos
científicos sobre seus efeitos a longo prazo.
NOVAS DROGAS
NBOME - É um potente psicodélico com efeitos semelhantes aos do
LSD. Há mais de uma dezena de tipos de NBOMe. A droga começou a
ser vendida pela internet em 2010.
BALÍSTICA FORENSE
INTRODUÇÃO
COMPONENTES DE MUNIÇÃO
EXAME RESIDUOGRÁFICO
INTRODUÇÃO
Balística, por definição, é parte da física que estuda o impulso, o
movimento e impacto dos projéteis, entendendo-se por projétil
qualquer sólido que se move no espaço, após haver recebido um
impulso.
Balística Forense
É a parte do Conhecimento da Criminalística e da Medicina Legal
que tem como estudo principal a arma de fogo, sua munição e os
fenômenos e efeitos produzidos pelos tiros dessas armas,
objetivando elucidar e provar a ocorrência de questões de fato no
interesse da justiça.
Domingos Tochetto conceitua a Balística Forense como “uma
disciplina, integrante da Criminalística, que estuda as armas de
fogo, sua munição e os efeitos por elas produzidos, sempre que
tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais,
visando a esclarecer e provar sua ocorrência”
INTRODUÇÃO
• Dá para se ter
INTRODUÇÃO uma ideia da marca
da arma a partir do
projetil ou
estojo?
• Este tiro no vidro
é de entrada ou
saída?
• Qual foi a ordem
dos tiros efetuados
contra o vidro?
• É possível
determinar a
trajetória do tiro?
• Qual foi a
distância entre o
atirador e a vitima?
• O que isso
significa?
INTRODUÇÃO
Divisão da Balística
BALÍSTICA INTERNA – estuda a estrutura, os mecanismos,
o funcionamento das armas de fogo, a capacidade da
arma de produzir tiros ou não, a munição e os
componentes de munição.
BALÍSTICA EXTERNA – estuda a trajetória do projetil
desde a saída da boca do cano da arma de fogo até a
sua parada final.
BALÍSTICA TERMINAL OU DOS EFEITOS – estuda os efeitos
produzidos pelo projetil quando este atinge o alvo
(animado ou inanimado). Também conhecida como
Balística dos ferimentos quando o alvo atingido pelo
projetil for um ser humano e quem estudará e analisará
serão o Perito de Locais e o Perito Médico-Legista.
INTRODUÇÃO
Breve Histórico
A balística forense é uma das áreas precursoras da criminalística. Em 1835, na
Inglaterra, Henry Goddard notou um defeito num projétil retirado do cadáver de
uma vítima. Na casa de um dos suspeitos ele encontrou um molde para projéteis
que produzia defeito semelhante em projétil padrão nele moldado. Esta prova fez
com que este suspeito fosse condenado por homicídio.
O professor Lacassagne (França, 1889), o químico forense Paul Jeserich (Alemanha
1898), entre outros, foram experts que conseguiram identificar armas pelos
exames de projéteis incriminados, por técnicas diferentes.
Balthazard, em 1912, publicou dois artigos que demonstravam as bases científicas
do tema, intitulados “Identificação de projéteis de armas de fogo” e
“Identificação de estojos de pistolas automáticas”.
Outros cientistas forenses no mundo inteiro também apresentaram inovações na
balística forense até a invenção do microscópio comparador balístico, por
Gravelle, em 1925. Gravelle, juntamente com Waite, Fisher e Goddard, fazia parte
do “Bureau of Forensic Ballistics” e desenvolveram inúmeros trabalhos e inventos
para a balística forense.
INTRODUÇÃO
Conceito de Arma
Na legislação brasileira, o Decreto Lei N.º 3665, de 20 de
novembro de 2000 - (R105)4, apresenta, em seu Anexo, no inciso
IX, do art. 3º, a definição de armas como sendo: “Artefato que
tem por objetivo causar dano, permanente ou não, a
seres vivos e coisas”. (BRASIL. 2000.)
Armas próprias são entendidas como aqueles instrumentos
criados com a função específica de ataque e defesa.
INTRODUÇÃO
As armas impróprias são aqueles instrumentos que não
foram criados com intenção lesiva, mas que podem ser
empregados para esse fim.
INTRODUÇÃO
Classificação das armas de acordo com o tipo de lesão que causam
INTRODUÇÃO
Conceito de Arma de Fogo
Segundo o inciso XIII art. 3o do Decreto 3665/2000 arma de
fogo é aquela: “...que arremessa projéteis empregando a
força expansiva dos gases gerados pela combustão de um
propelente confinado em uma câmara que, normalmente,
está solidária a um cano que tem a função de propiciar
continuidade à combustão do propelente, além de direção
e estabilidade ao projétil”.
INTRODUÇÃO - Histórico
Não existe consenso entre os historiadores sobre quando surgiram as
armas de fogo.
Provavelmente surgiram na China logo após a invenção da pólvora,
no século IX, ainda improvisadas. Em tubos de bambu, a mistura de
salitre, enxofre e carvão vegetal que explode em contato com o
fogo era usada para atirar pedras.
INTRODUÇÃO - Histórico
Os árabes aperfeiçoaram o invento nos Séc. XII e XIII,
quando canhões passaram a ser feitos de madeira e
reforçados com cintas de ferro.
Mas a contribuição decisiva veio no século XIV, quando
surgiram os primeiros canhões de bronze, mais seguros. “O
canhão abre caminho para a evolução tanto do armamento
pesado quanto do individual”, diz o historiador João Fábio
Bertonha, da Universidade Estadual de Maringá, Paraná
INTRODUÇÃO
Histórico
As primeiras armas de fogo portáteis aparecem no século
XV. “É uma verdadeira revolução: os soldados ganham
outra importância e as táticas de guerra mudam
completamente”, afirma João Fábio. A primeira arma
individual amplamente usada em batalhas é o mosquete,
criado no século XVI. Mas a invenção é lenta e tem
péssima pontaria.
INTRODUÇÃO
Classificação das Armas de Fogo
Quanto as suas dimensões
• Portáteis – aquelas que podem ser transportadas por uma
única pessoa. Ex: revólver, pistola, garrucha, espingarda,
carabina, fuzil, etc.
Arma de porte é aquela que apresenta dimensões e peso
reduzidos, que pode ser portada por um indivíduo em um coldre
e disparada, comodamente, com somente uma das mãos pelo
atirador. Ex. Revólver, pistola e garrucha. (Decreto nº 3.665, art.
3º, inciso XIV, anexo)
• Não portáteis – são aquelas que, devido as suas dimensões ou
ao seu peso, não podem ser transportadas por um único homem.
Ex: canhão.
INTRODUÇÃO
Classificação das Armas de Fogo
Quanto ao Carregamento
• Antecarga – o carregamento e feito pela extremidade anterior do cano
(boca); É o caso dos bacamartes, arcabuzes e mosquetes (armas antigas)
• Retrocarga – o carregamento e feito pela extremidade posterior do cano.
Atualmente, a maioria das armas de fogo são deste tipo.
INTRODUÇÃO
Ocorre naturalmente
no alcatrão do carvão mineral.
Síntese por reação do anidrido
ftálico com o naftaleno.
COMPONENTES DE MUNIÇÃO
Trissulfeto de Antimônio (Sb2S3) – É um forte agente redutor
(principalmente em meio ácido), no qual ambos se oxidam (o
antimônio se oxida de +3 até +5 e o sulfeto até sulfato,
normalmente). É um sólido de cor cinza, preparado a partir
dos elementos, em altas temperaturas.
Pólvora de Base Simples: Consiste, somente, na carga básica das pólvoras sem
fumo, um polímero chamado nitrocelulose, ou nitrato de celulose, gelatinizado
com álcool etílico como solvente. É um sólido extremamente inflamável.
COMPONENTES DE MUNIÇÃO
A nitrocelulose pode ser obtida através da combinação de ácido nítrico com fibras
de celulose naturais de madeira ou de algodão (Nitração da Celulose – REAÇÃO
SEAr). É um sólido extremamente inflamável.
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Pólvora de Base Dupla
Como a pólvora de base simples revelava problemas de estabilidade. Adicionou-se
então, cerca até 50 % em massa de nitroglicerina à sua composição, formando
assim a pólvora de base dupla. A nitroglicerina é um composto orgânico líquido de
grande capacidade energética, que começou a ser estudado no fim do século XIX.
A pólvora de base dupla oferece maior potência que a de base simples e maior
temperatura de gases (explosão). Este aumento de temperatura tem alguns
inconvenientes, sendo os principais, uma maior erosão da pólvora e maior
produção de clarões.
COMPONENTES DE MUNIÇÃO
SÍNTESE DA NITROGLICERINA
ZONA DE CHAMUSCAMENTO
EXAME RESIDUOGRÁFICO
Os resíduos de tiro (GSR – GunShot Residue) são formados em
condições específicas de temperatura e pressão durante o disparo,
permitindo vaporização e rápida condensação de elementos oriundos
principalmente da espoleta (Pb, Ba, Sb) em partículas com formato
esférico e diâmetro variando entre 1-10 μm.
Esta variação depende do tipo de arma empregada para efetuar o
disparo (revólveres produzem mais partículas esféricas do que
pistolas) e do calibre (quanto maior o calibre, maior o tamanho médio
das partículas). A composição também pode variar, dependendo dos
explosivos da espoleta.
EXAME RESIDUOGRÁFICO
EXAME RESIDUOGRÁFICO
A parte sólida dos resíduos é
formada de partículas
constituídas pelos elementos
antimônio (Sb), bário (Ba) e
chumbo (Pb), provenientes da
espoleta, além da composição
da liga de projéteis e
cartuchos.
Parte desses resíduos sólidos
permanecem dentro e ao
redor da arma. Porém, o
restante é projetado para
fora, atingindo mãos, braços,
cabelos e roupas do atirador,
além de se espalharem pela
cena do crime.
EXAME RESIDUOGRÁFICO – COLETA DE GSR
EXAME RESIDUOGRÁFICO – COLETA DE GSR
EXAME RESIDUOGRÁFICO – COLETA DE GSR
EXAME RESIDUOGRÁFICO - COLORIMÉTRICO
• O rodizonato de sódio é amarelado-amarronzado e estável quando seco, enquanto
o sal de chumbo é avermelhado-violáceo.
• Estas variações de cor levaram a diversas aplicações, entre as quais a mais
conhecida, que é na criminalística, para a deteção de chumbo.
• A presença do chumbo é investigada através da coleta de amostra das mãos do
suspeito com tiras de fita adesiva que, ao serem borrifadas com solução
acidificada de rodizonato de sódio, apresentarão coloração avermelhada-violácea
na presença de chumbo, indicando resultado positivo e um possível disparo
realizado por aquela pessoa.
• A reação química do processo consiste na complexação dos íons de chumbo com o
rodizonato, deslocando o sódio pelo chumbo e indicando o ensaio colorimétrico
positivo para o último (Reação de Fiegl e Suter).
EXAME RESIDUOGRÁFICO - COLORIMÉTRICO
EXAME RESIDUOGRÁFICO - COLORIMÉTRICO
EXAME RESIDUOGRÁFICO – MEV-EDS
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA ACOPLADA À ESPECTROSCOPIA DE DISPERSÃO DE ENERGIA
EXAME RESIDUOGRÁFICO – MEV-EDS
O equipamento é constituído basicamente por uma coluna (canhão de elétrons, sistema de
demagnificação), uma unidade de varredura, uma câmara de amostra, um sistema de
detectores e um de visualização da imagem. O canhão de elétrons é usado para gerar um
feixe de elétrons com energia e quantidade suficiente para ser captado pelos detectores.
Este feixe eletrônico é então demagnificado por várias lentes eletromagnéticas, cuja
finalidade é produzir um feixe de pequeno diâmetro e focalizá-lo em uma região específica
da superfície analisada.
A energia perdida pelos elétrons ao atravessar a amostra é liberada de diferentes formas,
dependendo do tipo de interação entre o elétron primário (proveniente do equipamento) e
os átomos da mesma. Cada um dos sinais gerados (elétrons secundários, retroespalhados,
fótons, raios-X, elétrons Auger, etc.) requer um detector específico para sua captação. Para
análises forenses, os três principais sinais utilizados são os elétrons secundários, elétrons
retroespalhados e os raios-X.
EXAME RESIDUOGRÁFICO – MEV-EDS
Dentre os sinais
emitidos, os mais
utilizados para
obtenção da imagem
são originários dos
elétrons
Secundários (SE) e/ou
dos elétrons
retroespalhados (BSE).
PAPILOSCOPIA
INTRODUÇÃO
COLETA DE IMPRESSÕES PAPILARES
INTRODUÇÃO
Papiloscopia é a área que trata da identificação humana através
das papilas dérmicas presentes na palma das mãos e na sola dos
pés (impressões digitais). A palavra papiloscopia é uma mistura
greco-latina (papilla = papila e skopêin = examinar).
Histórico: Há várias evidências que o interesse humano em
impressões digitais data da pré-história. Em uma face de precipício
na Nova Escócia há um desenho que mostra uma mão com uma
digital em espiral presumivelmente feito por nativos pré-históricos.
Há registros de uso das impressões digitais em documentos antes do
Séc X.
Apesar da difusão do emprego da impressão digital como
ferramenta individualizadora, não havia até então uma aplicação
científica do seu uso para identificação humana.
INTRODUÇÃO
Em 1.686, Marcello Malphighi, professor de anatomia na Universidade de
Bolonha, com o auxílio de um microscópio (recém inventado), estudou a
superfície da pele e notou os cumes elevados na região dos dedos e os
descreveu como " da laçada a espirala " mas não fez nenhum comentário no
possível uso das mesmas como ferramentas de identificação.
Em 1823, o tcheco Johannes Evangelista Purkinji, professor de anatomia na
Universidade de Breslau, publicou sua tese onde citava nove padrões de
impressões digitais.
O primeiro método científico de identificação amplamente aceito foi
desenvolvido pelo francês Alphonse Bertillon em 1879. A antropometria
confiava em uma combinação de medidas físicas coletadas por procedimentos
cuidadosamente prescritos. É um sistema complexo e completo de
identificação humana, além dos assinalamentos antropométrico, descritivo e
dos sinais particulares, apresenta a fotografia do identificado de frente e de
perfil, reproduzida a um sétimo e as impressões digitais que foram introduzidas
por Bertillon em 1894, obedecendo uma classificação original.
INTRODUÇÃO
Juan Vucetich Kovacevich - sistema adotado pelo Brasil
Nascido aos 20 de Julho de 1858 na cidade de Dalmácia
Império " Austro-húngaro " (atual Iugoslávia), naturalizou-
se argentino, e aos 24 anos de idade ingressou na polícia
de La Plata - Buenos Aires. Vucetich foi incumbido de
trabalhar no setor de identificação de La Plata, ainda com
o sistema de Bertillonage.
Inventou o seu próprio sistema de arquivamento e
identificação através das impressões digitais dando-lhe o
nome de ICNOFALANGOMETRIA.seu sistema foi implantado
na chefatura de polícia de La Plata, onde foram
identificados 23 presos.
A ele deve-se também o primeiro caso autêntico de
identificação de um autor de crime através das
impressões digitais, ocorrido 1892 , quando uma mulher
chamada Francisca Roja mata dois filhos, corta a própria
garganta e acusa um seu vizinho como sendo o criminoso.
A Polícia encontra na porta da casa a marca de vários
dedos molhados de sangue. As impressões encontradas
coincidiam exatamente com as de Francisca, que é tida
como verdadeira culpada.
INTRODUÇÃO
José Félix Alves Pacheco - a identificação dactiloscópica
no Brasil.
Em 1891 começa em São Paulo, a identificação por meio
da fotografia (Decreto 09, de 31 de dezembro), empregado
como método exclusivo de identificação.
A partir de 1901, o Gabinete Antropométrico do Distrito
Federal (RJ), passou a ser dirigido por José Félix Alves
Pacheco, que ali permaneceu até o ano de 1906.
O Decreto 4.764, de 05 de fevereiro de 1903, Governo
do então Presidente Rodrigues Alves, por insistência de
Félix Pacheco, dá novo regulamento à Secretaria de Polícia
do Distrito Federal, e introduz no Brasil a identificação
datiloscópica.
INTRODUÇÃO
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA PELE
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
IDENTIDADE: É a soma de caracteres que individualizam uma
pessoa, distinguindo-a das demais. É o conjunto de elementos
positivos e estáveis, originários ou adquiridos, que define a
pessoa física de alguém.
RECONHECIMENTO: É a descrição de uma pessoa que se quer
fazer reconhecer.
IDENTIFICAÇÃO: É o emprego dos meios adequados para
identificar inequivocamente uma pessoa
INTRODUÇÃO
A identificação baseia-se na comparação entre dois grupos de dados
visando estabelecer a probabilidade de pertencerem a um mesmo
indivíduo, determinando a sua identidade.
Vários aspectos podem ser considerados para identificação, como os
indicadores sociais (nome, nacionalidade, documentos públicos) e os
indicadores biológicos (DNA, impressões digitais).
O DESENHO DIGITAL surge a partir do 6º mês de vida intra-uterina e
perdura além da morte, enquanto não for destruída a pele.
“Não se conhece uma impressão digital idêntica a outra: Nem os gêmeos
univitelinos, apesar de terem as mesmas informações genéticas,
apresentam impressões digitais idênticas.”
INTRODUÇÃO
Dermatoglifia é o nome dado ao estudo dos padrões das cristas dérmicas, ou
seja, dos desenhos existentes nas extremidades distais das faces ventrais dos
quirodáctilos (ponta dos dedos), na face ventral das mãos (palma da mão) e
na face plantar das extremidades ventrais dos artelhos (sola e dedos do pé).
Datiloscopia se refere às digitais presentes na ponta dos dedos.
A datiloscopia se baseia em alguns princípios fundamentais: Perenidade, diz
que os desenhos datiloscópicos em cada ser humano já estão
definitivamente formados ainda dentro da barriga da mãe, a partir do sexto
mês de gestação; Imutabilidade, diz que este desenho formado não se
altera ao longo dos anos, salvo algumas alterações que podem ocorrer
devido a agentes externos, como queimaduras, cortes ou doenças de pele,
como a lepra; Variabilidade, garante que os desenhos das digitais são
diferentes, tanto entre pessoas como entre os dedos do mesmo indivíduo,
sendo que jamais serão encontrados dois dedos com desenhos idênticos;
Classificabilidade, o qual indica o potencial de uso dos desenhos das digitais
na identificação humana.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
TIPO FUNDAMENTAL INCIDÊNCIA
ARCO 5%
PRESILHAS 60%
VERTICILO 35%
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO SISTEMA DE CLASSIFICACÃO DATILOSCÓPICA -
SEGUNDO VULCETICH.
COLETA E REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES PAPILARES
Geralmente a
proporção da
solução usada é de
0,5 g de ninidrina
para 30 mL de
etanol
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
Técnica de revelação com sublimação de Iodo
Pode-se utilizar a sublimação de Iodo com a finalidade de revelar as
impressões latentes presentes em papéis térmicos, como extratos
bancários e comprovantes de pagamento. Pode ser usado em outros tipos
de papéis, contudo existem métodos mais eficientes. O vapor de iodo
interage fisicamente por absorção com os lipídeos presentes no depósito
da impressão latente, produzindo uma imagem amarronzada ou
amarelada. A sua visualização é temporária.
Se houver aquecimento suficiente ocorrerá
uma reação de halogenação ao lipídio, mas
não é o caso.
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
Revelação com Nitrato de Prata – Pouco usado atualmente
Utilizada desde 1891, baseia-se na reação entre nitrato de prata com os
íons cloretos presentes na impressão digital. A superfície de interesse é
imersa em uma cuba contendo solução 5 % de nitrato de prata durante
aproximadamente trinta segundos.
Deve-se deixar a superfície contendo a IPL secar em uma câmara escura,
expondo à luz solar em seguida, para que o íon prata seja reduzido à prata
metálica, revelando a IPL. A impressão digital revelada deve ser
fotografada rapidamente antes que toda a superfície escureça. Pode ser
preservada quando guardada em um local escuro ou quando tratada com
solução de tiossulfato de sódio a 10 %, semelhante com o que ocorre no
processo fotográfico.
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
Técnica com Cianocrilato
A aplicação de cianoacrilato (Alquil-2-cianoacrilato éster)
funciona como um fixador e revelador de fragmentos papilares
em superfícies não porosas e é o produto químico mais
utilizado em laboratórios de perícia papiloscópica por ser uma
técnica compatível com outras.
Quando em estado gasoso reage seletivamente com os
componentes écrinos (água, hidróxido, aminoácidos) e
sebáceos da impressão papiloscópica. É um método químico
que também pode ser combinado com o uso de solução corante
para evidenciar o contraste que é classificado como um
método físico.
Produz excelentes resultados em isopor e sacolas plásticas. É
necessário aplicar pó sobre as impressões reveladas.
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
Ao final do processo,
visualiza-se uma
camada branca e
rígida sobre as linhas
que correspondem às
cristas de fricção dos
dedos, palmas das
mãos ou sola dos pés,
formadas pelos
polímeros de
policianoacrilato
MÉTODOS DE REVELAÇÃO
LOCAL DE CRIME
INTRODUÇÃO
PERÍCIAS EM LOCAIS DE CRIMES
CRIMES CONTRA A VIDA
USO DE LUMINOL
EXAME DE DNA
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 6º: Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o
estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após
liberados pelos peritos criminais;
ESSE ARTIGO FALA DE: NECESSIDADE DE PERÍCIA; PRESERVAÇÃO DO
LOCAL; COLETA E APREENSÃO DE EVIDÊNCIAS; O LOCAL É DO PERITO,
ENQUANTO ESTIVER NELE.
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 7º: Para verificar a possibilidade de haver a infração sido
praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá
proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
É O PERITO QUE FAZ O LAUDO DE REPRODUÇÃO SIMULADA.
TÍTULO VII
DA PROVA
CAPÍTULO II
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão
feitos por dois peritos oficiais. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
28.3.1994)
§ 1ºNão havendo peritos oficiais, o exame será realizado por duas
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas,
de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada
à natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
28.3.1994)
§ 2ºOs peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e
fielmente desempenhar o encargo.
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão
minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos
formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10
(dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a
requerimento dos peritos.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e
a qualquer hora. (PLANTÃO !!!!!)
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que
possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que
forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões
externas e vestígios deixados no local do crime.
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os
peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas
fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
(SEMPRE!!!!! EM TODOS OS LAUDOS!!!!!)
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá
suprir-lhe a falta. (FALTA DE PRESERVAÇÃO PODE IMPEDIR O EXAME DE
LOCAL!!!!!)
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada
a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não
se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão
instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do
estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas
alterações na dinâmica dos fatos. (IMPORTANTE!!!!!!!)
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de
obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos,
além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos,
por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o
lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado
para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu
valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do
fato.
INTRODUÇÃO - Código de Processo Penal.
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a
prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a
eficiência. (EXAME DE DESCRIÇÃO DE MATERIAIS!!!!!)
No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser
datilografado, será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os
peritos.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou
rejeitá-lo, no todo ou em parte.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO - CRIMINALÍSTICA
Consta que a criminalística nasceu com Hans Gross,
que é considerado o pai dessa ciência, já que foi
ele quem cunhou este termo. Juiz de instrução
criminal e professor de direito penal austríaco,
autor da obra “System Der Kriminalistik”, em 1893,
considerada um manual de instruções dos juízes de
direito, que definia a criminalística como “O estudo
da fenomenologia do crime e dos métodos práticos
de sua investigação”.
Desde o seu surgimento a criminalística visa
estudar o crime de forma a não distorcer os fatos,
zelando pela integridade e sempre perseguindo a
evidência
INTRODUÇÃO - CRIMINALÍSTICA
INTRODUÇÃO - CRIMINALÍSTICA
Dois são os seus princípios básicos:
Princípio de Locard (1877-1966): “Todo
contato deixa um traço (vestígio)”;
(Princípio da Troca)
Princípio da Individualidade: Dois objetos
podem parecer indistinguíveis, mas não
há dois objetos absolutamente idênticos.
De acordo com o Princípio da Troca de
Locard, qualquer um, ou qualquer coisa,
que entra em um local de crime leva
consigo algo do local e deixa alguma
coisa para trás quando parte.
INTRODUÇÃO - CRIMINALÍSTICA
A Criminalística ocupa-se fundamentalmente em determinar de que
forma se cometeu o delito e quem o cometeu, também abrange
interrogações: “como?”, “porque?”, “quem?”, que instrumentos foram
utilizados, “onde?”, “quando?”
INTRODUÇÃO - CRIMINALÍSTICA
Princípios Fundamentais da Perícia Criminalística
Princípio da Observação: todo contato deixa uma marca (Edmond
Locard);
Princípio da Análise: a análise pericial deve sempre seguir o método
científico;
Princípio da Interpretação: dois objetos podem ser indistinguíveis, mas
nunca idênticos;
Princípio da Descrição: o resultado de um exame pericial é constante
com relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e
juridicamente perfeita;
Princípio da Documentação: Toda amostra deve ser documentada,
desde seu nascimento na cena do crime até sua análise e descrição
final, de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel de sua
origem.
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA
Cadeia de custódia é o conjunto de procedimentos que visa garantir a
autenticidade dos materiais que serão submetidos a exames, desde a
coleta até o final da perícia realizada. (FUNDAMENTAL!!!!!!!!)
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA
INTRODUÇÃO – CADEIA DE CUSTÓDIA