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Sistema linfático

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O sistema linfático tem dias funções importantes: defender de
substâncias invasoras e fazer a destruição desses agentes patogénicos. Para
além disso, este reutiliza cerca de 5 litros de fluido por dia, e faz uma partilha
de espaço com o sistema venoso

FUNCIONALIDADE

o Equilibro hídrico: recolha de linfa e reutilização desta; recolha de


macromoléculas;
o Absorção de gorduras: transporte e reabsorção de longas cadeias de
ácidos gordos e colesterol;
o Defesa: eliminação de substâncias indesejáveis, desempenho de um
papel fundamental nas defesas corporais e na resistência às doenças.

GENERALIDADE

Deriva do sistema nervoso embrionário ao nível das veias subclávias e a


grande área em que a linfa de todo o corpo é drenada para o sistema
sanguíneo. Para a recaptação é importante que a linfa passe por um espaço
em que não só existam macrófagos, mas também linfócitos, estes espaços são
os gânglios linfáticos.
Todos os canais que têm pontos de captação da linfa no espaço
intersticial são orientados para o espaço linfático onde esta linfa "suja" será
tratada por linfócitos e macrófagos nos gânglios. Há um maior número de
vasos de entrada do que de saída, o que resulta de um maior influxo de
agentes patogénicos do que aqueles que são distribuídos pelo resto do corpo
(linfa "limpa"). Esta linfa apresenta linfócitos em suspensão após a passagem
pelos gânglios, o que torna alguns linfócitos específicos para a "destruição de
determinado agente.

Nem sempre os agentes estranhos são extrínsecos ao indivíduo. O


sistema linfático também consegue identificar e eliminar agentes que são do
próprio organismo (ex: células mutantes).

o Embriologia: o sistema linfático deriva do sistema venoso, e com ele se


desenvolve;
o Arquitetura: os vasos linfáticos desenham redes vasculares autónomas
dos vasos sanguíneos;
o Fisiologia: as perturbações da circulação do retorno venoso tendem a
ser compensadas pelos vasos linfáticos;
o Postulado: os capilares sanguíneos têm a incapacidade de drenar todo
o líquido intersticial;
o Corolário: é necessário um sistema vascular adicional ao sistema
venoso para completar o retorno do líquido intersticial ao sangue.
LINFA

A linfa e constituída por água, células sanguíneas e proteínas. Os capilares


linfáticos coletam os fluidos linfáticos para retorno ao sistema sanguíneo. O
conjunto de valvas ajuda a que o próprio sistema seja capaz de drenar.
Propriedades dos canais linfáticos:
o Uma via de retorno ao coração;
o Sem sistema ativo de bombagem;
o A linfa move-se em direção ao coração: pela ação de musculatura
esquelética; contrações ritmadas da musculatura lisa presentes nas
paredes dos canais linfáticos.

Materiais de retorno ao sangue: Água; Células sanguíneas; Proteínas.

Materiais nocivos que entram nos vasos linfáticos: Bactérias; Vírus;


Células cancerígenas; Detritos celulares.

ESTRUTURA

O sistema linfático é um sistema complexo, composto por:


o Linfáticos;
o Órgãos linfoides: baço e timo;
o Tecido linfático: linfócitos, macrófagos e outras células dispersas;
o Gânglios linfáticos: tecido linfoide (ex: amígdalas, gânglios abdominais).

 LINFÁTICOS

Transportam a linfa. Esta move-se em direção ao coração pela ação da


musculatura esquelética e por contrações ritmadas da musculatura lisa
presentes nas paredes dos canais linfáticos.

o Capilares linfáticos: - paredes dispostas de forma a formar asas como


se fossem minis válvulas;
- Os fluidos escoam pelos capilares linfáticos;
- No interior de mini válvulas fechadas estão
elevadas pressões;
- São capilares de parede mais fina que os
venosos e arteriais; a parede do capilar é quase só uma célula
endotelial;
- São desprovidos de células sanguíneas.

o Canais linfáticos: coletam linfa dos capilares linfáticos; transportam


linfa de e através dos gânglios linfáticos; retorno do fluído para a
circulação venosa próxima do coração: ducto linfático direito; ducto
torácico.

ESTRUTURA DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS

Filtros linfáticos antes de restituir a linfa ao sangue. Células defensivas


presentes nos nódulos linfáticos.

o Macrófagos: envolvem e destroem em substâncias estranhas;


o Linfócitos: células circulantes do sistema imunitário que reagem contra
materiais estranhos; providenciam uma resposta imunitária pelos
anticorpos.

A linfa recolhida no espaço intercelular é transportada pelos vasos


linfá6cos (aferentes) para o gânglio linfático satélite. No gânglio linfático dá-se o
contacto das moléculas da linfa com as células do sistema imunológico que
identificará cada molécula como pertencendo ao organismo (“self”) ou sendo a
ele estranha (“non-self”). Depois de passar pelo gânglio, a linfa sai pelos vasos
linfáticos eferentes conjuntamente com linfócitos em direção ao próximo
gânglio linfático.

 Córtex: parte externa; contém folículos – coleção de linfócitos


 Medula: parte interna; contém macrófagos fagocitários.

 COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS

o Têm forma e tamanho variável;


o Apresentam hilo;
o Contém essencialmente massa de tecido linfático;
o Identifica-se a medula e o córtex;
o Cápsula externa;
o Trabéculas;
o Folículos linfáticos;
o Vasos aferentes;
o Vasos eferentes.

 ESTRUTURA DINÂMICA E FUNÇÃO DOS GÂNGLIOS LINFATICOS

o Atua como filtro e como uma estrutura de maturação de linfócitos;


o É nos gânglios linfáticos que os linfócitos se aglomeram, exercem as
suas funções e proliferam;
o A linfa passa quase sempre pelo menos por um gânglio linfático antes
de alcançar a circulação sanguínea;
o A linfa passa quase sempre pelo menos por um gânglio linfático antes
de alcançar a circulação sanguínea;
o Os gânglios linfáticos dividem-se em superficiais e profundos;
o Estão dispostos ao longo do corpo, existindo três conjuntos bem
definidos, o conjunto inguinal na virilha, o conjunto axilar na axila e o
conjunto cervical no pescoço.

 FLUIDEZ ATRAVÉS DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS

A linfa entra através do lado convexo pelos vasos linfáticos aferentes  A linfa
flui através de um número de canais sinuosos no interior do gânglio  A linfa
sai através dos vasos linfáticos eferentes

Existe menos quantidade de vasos eferentes que vasos aferentes  fluir lento

GÂNGLIOS LINFÁTICOS AXILARES

Os gânglios linfáticos axilares são o grupo linfático terminal para o membro


superior, são de grande tamanho e variam em número de 20 a 30, podendo ser
divididos em 5 grupos:

o Gânglios
linfáticos
laterais;
o Gânglios
linfáticos
peitorais;
o Gânglios linfáticos subescapulares;
o Gânglios linfáticos centrais;
o Gânglios linfáticos apicais.

GÂNGLIOS LINFÁTICOS CERVICAIS

Os gânglios linfáticos na cabeça e no pescoço estão dispostos em dois


anéis horizontais e duas cadeias verticais de cada lado do pescoço. O anel
externo superficial, é composto pelos gânglios linfáticos occipital, pré-auricular
(parótido), submandibular e submentoniano. O anel externo profundo, é
formado por aglomerados de tecido linfoide associado à mucosa (MALT)
localizado principalmente na região da nasofaringe e orofaringe. A cadeia
vertical consiste em grupos superiores e inferiores de linfonodos relacionados à
bainha carotídea. Todos os vasos linfáticos da cabeça e pescoço drenam para
os linfonodos cervicais profundos, diretamente dos tecidos ou indiretamente por
meio de linfonodos em grupos periféricos. A linfa é devolvida à circulação
venosa sistémica através do ducto linfático direito ou do ducto torácico
respetivamente.
Alguns órgãos contribuem para a função linfática, tais como:

 BAÇO

Localizado no lado esquerdo do abdómen, funciona como um filtro


sanguíneo. Destrói as células sanguíneas já usadas. Forma as células
sanguíneas no feto. Atua como reserva sanguínea.
Tem uma cápsula fibrosa. Apresenta trabéculas que se prolongam da
cápsula até ao interior como uma rede interna de fibras reticulares. Existe dois
tipos de tecido:

o Polpa vermelha relacionado com o retorno venoso do baço


o Polpa branca relacionada com a irrigação arterial do baço

 TIMO
Localizado abaixo da garganta, sobrejacente ao coração. É bilobolada.
Cada lobo é envolvido por uma cápsula com trabéculas que o dividem lóbulos.
Atinge picos elevado apenas durante a infância. Produz hormonas (como a
timosina) ara programar linfócitos.

 AMIGDALA

Pequenas massas de tecido linfático eu envolve a faringe. Remove


bactérias e material estranho. A amigdalite é causada pela congestão
provocada por bactérias.

 GÂNGLIOS ADBOMINAIS

Encontram-se nas paredes do intestino delgado. Parecem amígdalas na


sua estrutura. Captura e destrói as bactérias no intestino.

Ganglios da face e regioes axilares (saber)

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