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Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo

Paleontológicos – baseiam-se no estudo dos fósseis, atribuindo particular


atenção a alguns fósseis específicos.

Anatomia comparada – baseia-se no grau de semelhança da anatomia de


indivíduos, que à primeira vista, são diferentes.

Citológicos – Baseiam-se no reconhecimento de que todos os seres vivos


são constituídos por células.

Embriológicos – Baseiam-se no estudo comparado de embriões de


diferentes seres vivos.

Bioquímicos – Baseiam-se na análise de compostos orgânicos comuns a


todos os seres vivos.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Paleontológicos

Trilobite Amonites
No passado, existiram seres que não existem na
atualidade

Existiram também seres vivos com características “estranhas”…

Ichthyostega Archaeopteryx

Pteridospérmica

- Escamas e barbatana - Asas e penas como as


- Folhas como os Fetos.
caudal como os Peixes; Aves;
- Sementes como as
- Quatro membros e - Dentes e cauda com
Espermatófitas
pulmões primitivos como vértebras como os
os Tetrapodes. Répteis.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Paleontológicos

Formas intermédias ou sintéticas

Fósseis que apresentam características intermédias que existem, na


atualidade, em pelo menos dois grupos de seres vivos. Permitem confirmar a
existência de um antepassado comum a duas espécies de organismos
atualmente diferentes. Ex. Archaeopteryx, Pteridospérmica
Archaeopteryx

Pteridospérmica

Fósseis de transição
Ichthyostega
Formas intermédias que correspondem a pontos de
ramificação que conduziram à formação de novos
grupos taxonómicos. Fizeram a transição de um grupo
para novos grupos. Ex. Ichthyostega
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Paleontológicos


“Elos perdidos”

Recentemente têm sido descobertos fósseis de transição que estabelecem a ligação entre
os ancestrais das baleias (mamíferos terrestres) e as baleias atuais.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Paleontológicos


Séries Filogenéticas

Por vezes é possível fazer a reconstituição de conjuntos de fósseis de organismos


pertencentes a uma mesma linha evolutiva – Série Filogenética – Representações gráficas
do percurso evolutivo de um determinado grupo, partindo do seu ancestral, até às formas
atuais. (ilustram modificações graduais sofridas ao longo dos tempos).

Apoia a evolução das espécies ao longo do tempo.


Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Paleontológicos


Séries Filogenéticas

Séries filogenéticas ou ontogenéticas, conjuntos de fósseis de organismos pertencentes


a uma mesma linha evolutiva (geralmente géneros ou espécies), revelando uma
“tendência evolutiva” constante numa dada direção, ao longo de um prolongado período
de tempo (como no caso do cavalo ou do elefante). Estas séries apenas são aparentes à
posteriori.

Série filogenética progressiva processa-se do simples para o complexo.


Ex. sistema nervoso ou o coração dos vertebrados

Série filogenética regressiva processa-se do complexo para o simples.


Ex. redução das asas em aves corredoras ou número de membros em lagartos
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Estrutura anatómica dos membros anteriores de alguns Vertebrados


Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Estruturas homólogas

Na anatomia dos seres atuais


verifica-se a existência de
estruturas constituídas por partes
semelhantes, dispostas segundo a
Estrutura anatómica dos membros anteriores de alguns Vertebrados mesma ordem, com a mesma
origem embrionária, normalmente
com aspetos diferentes e que
podem ter funções diferentes cuja
existência é atribuída a um processo
de Evolução Divergente, a partir de
um ancestral comum.

Estrutura anatómica das peças bucais de alguns Insetos


Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Estruturas homólogas - Evolução divergente

Adaptações das folhas a diferentes meios Adaptações dos caules a diferentes meios
e/ou funções e/ou funções
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Estruturas homólogas - Evolução divergente

Importância das Estruturas homólogas:

- Permitem determinar relações de


parentesco entre os seres vivos que as
apresentam.

-Traduzem o efeito adaptativo da seleção


natural.

Adaptações das raízes a diferentes meios


e/ou funções.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Evolução divergente – Radiação adaptativa

A divergência de organismos a partir de um grupo ancestral, pode ser explicada pela


colonização de diferentes habitats, sujeitos a diferentes pressões seletivas.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Estruturas análogas – Evolução Convergente

Estruturas com funções similares, com


organização anatómica e origem
embrionária diferentes. Podem
traduzir uma adaptação a ambientes
semelhantes de indivíduos que
descendem de ancestrais diferentes. A
sua existência é atribuída a um
processo de evolução convergente.

Importância das Estruturas análogas

- Embora não permitam determinar


relações de parentesco entre os seres vivos
que as apresentam…
- Traduzem o efeito adaptativo da seleção
natural.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos


Órgãos vestigiais
Órgãos que apresentam um desenvolvimento
muito reduzido. Em espécies ancestrais devem ter
sido funcionais. Atualmente não desempenham
nenhuma função.
Ex. Os ossos da cintura pélvica e dos membros
posteriores da pitão, o dedo reduzido do cavalo, o
apêndice e as últimas vértebras da coluna do
Homem.

Importância dos órgãos vestigiais:

- Permitem determinar relações de


parentesco entre os seres que apresentam
estruturas vestigiais e aqueles que as
apresentam desenvolvidas.
- Traduzem o efeito adaptativo da seleção
natural.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Anatómicos

Importância da anatomia comparada

Permite comparar a existência de ancestrais comuns a espécies


atualmente muito distintas, reforçando o papel do meio como agente
de evolução.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Biogeografia

As espécies tendem a ser tanto


mais semelhantes quanto maior
é a sua proximidade física, e,
por outro lado, quanto mais
isoladas maiores são as diferenças
entre si, mesmo que as condições
ambientais sejam semelhantes.

Estas situações são explicadas por


evolução convergente e
divergente

Mamíferos marsupiais australianos são significativamente diferentes dos mamíferos dos outros
continentes – apoiam a concepção evolucionista.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Embriológicos

O estudo comparado de embriões de diferentes seres vivos permitiu detetar


semelhanças, principalmente nas primeiras fases de desenvolvimento, possibilitando o
estabelecimento de graus de parentesco entre as espécies.

A análise dos dados embriológicos


levou Haeckel a propor a Lei da
Fossetas
branquiais Recapitulação – durante o
desenvolvimento embrionário
(ontogenia) o animal passa por
Cauda
fases que correspondem às fases
adultas das espécies ancestrais. A
Embrião da ave Embrião humano ontogenia recapitula a filogenia
(evolução).

Podem comparar-se embriões entre si, mas não deve estabelecer-se correspondência
entre formas embrionárias e formas de antepassados adultos.

Quanto mais afastados estiverem filogeneticamente dois organismos menor será o número
de etapas ontogénicas comuns que apresentarão.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Embriológicos


Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Citológicos

A universalidade estrutural e funcional do mundo vivo constitui um forte argumento a favor


de uma origem comum.

Argumentos do evolucionismo – Bioquímicos

- Todos os organismos são constituídos pelos mesmos compostos


orgânicos: glícidos, lípidos, prótidos e ácidos nucleicos.;

- O código genético é universal, bem como a intervenção do DNA e do


RNA na síntese proteica;

- As proteínas, resultado da expressão da sequência nucleotídica do


DNA, são semelhantes em todos os seres vivos.
Evolução Biológica

2 Argumentos do evolucionismo – Bioquímicos

Baseiam-se no princípio que existe uma unidade biológica e bioquímica que está na base
de todos os seres vivos. Assim, a semelhança bioquímica entre as biomoléculas dos seres
vivos é tanto maior, quando mais próximos filogeneticamente estiverem os seres vivos.

• Análise comparativa de
proteínas: Cit C,
insulina

• Hibridação de DNA

• Testes serológicos
Dados sorológicos – as reações sorológicas permitem determinar o grau de afinidade
entre as espécies em estudo, baseando-se na reação anticorpo-antigénio.
O sistema imunitário de um qualquer indivíduo reconhece como estranhas proteínas
diferentes das suas, respondendo com a produção de anticorpos específicos.
Os anticorpos são proteínas produzidas nos leucócitos, como resposta à introdução
no meio interno de um indivíduo de uma substância estranha, o antigene.
A reação antigene-anticorpo é específica, ou seja, as duas moléculas são
complementares, daí resultando a inativação do antigene e a formação de um
precipitado visível. Deste modo, quanto maior a afinidade entre o antigene e o
anticorpo, maior a reação e maior o precipitado.
A base destes estudos é que quanto mais afastada evolutivamente uma espécie se
encontra de outra, maior o número de proteínas diferentes e, consequentemente,
maior a intensidade da reação imunitária. A adição de anti-soro humano (contendo
anticorpos específicos para as proteínas do sangue humano), por exemplo, ao sangue
de vários animais, permite avaliar o parentesco entre o Homem e esses animais,
através do grau de aglutinação (quanto maior o grau de aglutinação, maior a reação,
maior o parentesco).
Como se obtém o anti-soro humano? Injeta-se num coelho sangue humano, para que
este produza, nos seus glóbulos brancos, anticorpos anti-humanos e os lance na
corrente sanguínea. O soro retirado desse coelho vai conter anticorpos específicos
para as proteínas do soro humano, ou seja, é um anti-soro humano.

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