Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 TROCAS GASOSAS
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
― Os gases trocados entre os seres vivos e o meio são o oxigénio, o dióxido de carbono e o vapor de água.
― É através dos estomas que ocorre a transpiração foliar e todas as trocas gasosas nas plantas.
― Quando as células-guarda ficam túrgidas, as paredes junto ao ostíolo, sendo mais elásticas, expandem e deformam
as células, provocando a abertura do estoma.
― O grau de turgescência está dependente da pressão osmótica. Deste modo os iões potássio entram por
transporte ativo para dentro das células-guarda.
― O aumento da concentração de iões potássio, faz aumentar a pressão osmótica originando a entrada de água, por
osmose, nas células-guarda. Estoma aberto Estoma fechado
Células-guarda túrgidas Células-guarda flácidas
― As células-guarda ficam túrgida e o estoma abre.
As extremidadas
das células-guarda
estão firmemente ligadas
Vista em corte
Fig. 3 - O grau de turgescência das células-guarda determina a abertura ou o fecho do ostíolo. Quando túrgidas, o ostíolo abre; se perdem a
turgidez, ficam flácidas e o ostíolo fecha. A entrada e saída de iões K+ é acompanhada por outros solutos.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Mecanismos de abertura e fecho dos estomas
― De um modo geral os estomas fecham quando não há luz, abrindo durante o dia.
― Deste modo, garantem a fixação do dióxido de carbono que permite a realização da fotossíntese.
― Em caso de stress hídrico, é mais vantajoso conservar água do que continuar a fotossíntese.
― É através destas superfícies que o oxigénio entra e o dióxido de carbono sai do organismo.
Filamento
branquial Vasos
Traqueias sanguíneos
Superfície
corporal
Fig. 5 - Exemplos de diferentes superfícies respiratórias e sistemas respiratórios em animais.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas Brânquias
Truta
Trocas gasosas nos animais
― As trocas podem-se dar por difusão direta
– diretamente entre o meio e as células –
ou por difusão indireta – se as trocas
ocorrem entre o meio externo e o fluido
circulante. Filamento Pulmões
branquial Vasos Porco
― Na difusão indireta a troca de gases
designa-se de hematose. sanguíneos
O2
CO2 O2 O2
CO2 CO2
Água
Células
dos tecidos
Planária
Hidra
Capilar
Minhoca
Células
dos tecidos
Rã
Fig. 7 - Hematose cutânea (difusão indireta) na minhoca e na rã.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Trocas gasosas nos animais – traqueias
Espiráculo
― Os artrópodes terrestres como os insetos, aranhas e
escorpiões possuem uma rede de túbulos – as
traqueias.
Lesma-do-mar
Fig. 9 - Brânquias externas no axolote e na lesma-do-mar.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Trocas gasosas nos animais – brânquias
― Outros animais tem brânquias internas.
Lagostim
(crustáceo)
Ameijoa
(molusco)
Tubarão
(peixe cartilagíneo) Lula
(molusco)
Fig. 10 - Circuito da água em vários animais com respiração branquial interna.
A circulação da água nas brânquias internas deve-se a contrações de órgãos muito diversificados. O fluxo de água é sempre
unidirecional: o local de entrada não é o mesmo que o de saída.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Trocas gasosas nos animais – brânquias peixes
― As brânquias dos peixes ósseos são formados por
filamentos numerosos – lamelas branquiais –
suportadas por estruturas ósseas chamadas arcos Opérculo
branquiais.
Fenda opercular
― A água entra pela boca e percorre os filamentos
branquiais saindo pela fenda opercular.
Vasos sanguíneos
― A placa óssea que protege as branquias é o opérculo.
Filamentos branquiais
Arco branquial
Fig. 11 - Fluxo da água nas brânquias e constituição das brânquias de um peixe ósseo.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Trocas gasosas nos animais – brânquias peixes
― À medida que o sangue avança capta cada vez mais oxigénio pois encontra sempre água com maior de teor desse
gás.
Difusão de 02
para o sangue
Fluxo sanguíneo
Saturação de 02 no sangue (%)
Os músculos
intercostais O diafragma
externos relaxa.
Fig. 15 - Ventilação no ser humano. relaxam.
Sacos
aéreos
Porquinho da índia
Pardal
Fig. 14 - Estrutura dos pulmões de diferentes vertebrados terrestres.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Trocas gasosas nos animais – pulmões
― Nos anfíbios a ventilação pulmonar é feita apenas com recursos à musculatura bucal.
― A ventilação pulmonar é insuficiente e portanto tem de ser auxiliada pela respiração cutânea.
― Para além destes fatores, possuem circulação incompleta, o que os impede de terem taxas metabólicas muito
elevadas.
― O ar inspirado passa para os sacos aéreos posteriores, depois para os pulmões de onde segue para os sacos
aéreos anteriores antes de sair.
Traqueia
Pulmões
Sacos aéreos
posteriores
❶ O ar inspirado é canalizado ❷ A contração dos sacos ❸ A expansão dos sacos ❹ A contração dos sacos aéreos
para os sacos aéreos posteriores, aéreos posteriores empurra o aéreos anteriores capta o ar anteriores expele o ar para o
por expansão destes. ar para os pulmões. dos pulmões. exterior através da traqueia.
Fig. 16 - Fases da ventilação pulmonar nas aves.
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Trocas gasosas
Trocas gasosas nos animais – pulmões
Sacos
― No ser humano, tal como em outros mamíferos, alveolares
a ventilação pulmonar envolve um número
alargado de músculos.
Fig. 18 - Transporte de gases no sangue. Os valores indicados referem-se à pressão parcial de cada gás (em mmHg).
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos