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Ano Letivo 2020/2021

Preparação Exame Biologia e Geologia


TRANSPORTES NA MEMBRANA CELULAR
Data: ___/novembro/2020

Quer em organismos unicelulares, quer em pluricelulares, o fluxo de substâncias para obtenção de


matéria, obriga a sua passagem através da MEMBRANA CELULAR.
A membrana celular delimita a célula, seja procariótica ou eucariótica, constituindo uma barreira seletiva
entre o meio intracelular e o meio extracelular.
Através da membrana a célula realiza trocas de matéria e de energia com o meio envolvente.
A membrana também é sensível a estímulos do meio.

Colesterol

Parede
celular

Membrana celular na célula animal Membrana celular na célula vegetal


O modelo aceite para a ultraestrutura da membrana plasmática é o MODELO DE MOSAICO FLUÍDO.
Segundo esta conceção, proposta por Singer e Nicholson, em 1972, a membrana é constituída por uma
bicamada fosfolipídica, onde se inserem proteínas intrínsecas (ou integradas); ligam-se por ligações
eletrostáticas, as proteínas extrínsecas (ou periféricas). O colesterol surge, nas membranas das células
animais, entre as moléculas de fosfolípidos e regula a sua fluidez.
Modelo da Membrana Celular
de uma Célula Animal

MOBILIDADE DAS PROTEÍNAS MEMBRANARES - A arquitetura da membrana é fluida ou dinâmica, ou


seja, as moléculas são “peças” ajustáveis, podendo mesmo trocar de posição, fenómeno que será comum
nos fosfolípidos e nalgumas proteínas.

Movimento lateral Movimento flip-flop


TRANSPORTE MEMBRANAR
O transporte de substâncias através da membrana plasmática tem em conta a:
- sua dimensão;
- carga elétrica do composto;
- solubilidade do composto.

Em resultado das suas propriedades hidrofóbicas (bicamada fosfolipídica), a membrana plasmática tem
uma permeabilidade seletiva: facilitando a passagem de gases, moléculas lipossolúveis e pequenas
moléculas polares sem carga através da bicamada de fosfolípidos, e, impedindo a passagem, através
desta, de moléculas polares com carga ou moléculas polares sem carga de elevadas dimensões/moléculas
como a glicose e aminoácidos.
Os transportadores membranares/proteínas intrínsecas/ permeases possibilitam que essas moléculas se
difundam através da membrana, pois criam canais com regiões hidrofílicas.

TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA:


Transporte Não Mediado Transporte Mediado Transporte em Quantidade
Osmose Difusão Facilitada Endocitose
Difusão Simples Transporte Ativo (ATP) Exocitose

Transporte não mediado – O fluxo de substâncias através da membrana ocorre sem intervenção de
moléculas transportadoras.
Transporte mediado – A passagem de substâncias através da membrana é dependente da ação de
moléculas transportadoras.
Difusão Difusão Transporte
Simples Facilitada Ativo Endocitose Osmose
Exocitose (Menor concentração
de solutos)

Aquaporina

(Maior concentração
de solutos)

OSMOSE

Ocorre quando a membrana é semipermeável ou impermeável ao soluto mas permeável à água e esta
desloca-se do meio hipotónico (menos concentrado em soluto) para o meio hipertónico (mais
concentrado em soluto). Este transporte é não mediado, realizado contra o gradiente de concentração e
não gasta energia (não utiliza ATP) é, por isso, um transporte passivo.

A célula está no seu volume normal A célula está túrgida A célula está plasmolisada
Ocorre quando a membrana é permeável ao soluto e à água.
O soluto desloca-se do meio hipertónico para o meio
hipotónico. Movimento a favor do gradiente de concentração,
é um transporte não mediado e passivo.

DIFUSÃO SIMPLES DIFUSÃO FACILITADA


Transporte passivo, mediado, que ocorre a
favor do gradiente de concentração (o soluto
desloca-se do meio mais concentrado para o
menos concentrado; do meio hipertónico
para o meio hipotónico).

A velocidade de difusão da substância A é


A B diretamente proporcional à diferença de
concentração entre os meios, externo e interno.
A velocidade de entrada da substância B na
célula aumenta mais rapidamente do que em A,
no início do transporte, mas estabiliza a partir de
algum tempo. Este facto indicia que haja
intervenção de permeases, uma vez que a taxa
de transporte estabiliza quando todos os seus
locais de ligação ficam ocupados.

Transporte contra o gradiente de concentração, o soluto desloca-se do meio hipotónico para o meio
hipertónico e por isso só é efetuado com gasto energético (utiliza moléculas de ATP) e é um transporte
mediado (com intervenção de proteínas membranares transportadoras ).
Este transporte promove ativamente a diferença ou o desequilíbrio de concentração de soluto dentro e
fora da célula.
Deste modo as células mantêm várias substâncias no seu interior em concentrações muito distintas das
existentes no meio exterior.
A membrana pode expulsar ou absorver alguma substância que esteja em excesso ou em falta,
bombeando-a para dentro ou para fora da célula, assegurando o equilíbrio interno da célula, condição
essencial para esta manter a sua integridade.

ENDOCITOSE – Transporte, para o interior da célula, de macromoléculas, agregados de partículas, ou


mesmo células.
Estes materiais vão sendo envolvidos pela membrana plasmática, que sofre uma
progressiva invaginação, e acabam por ficar, já no interior da célula, confinados a uma
vesícula endocítica.

EXOCITOSE – As células libertam no meio envolvente, substâncias armazenadas em vesículas.


As células libertam em quantidade as substâncias que já não necessitam e/ou produtos de
excreção que se estão a tornar nocivos para as mesmas.
FAGOCITOSE
A membrana plasmática envolve células ou partículas de maiores dimensões com prolongamentos ou
expansões do citoplasma, designados pseudópodes. As vesículas resultantes designam-se fagocíticas.

Vesícula fagocítica

PINOCITOSE
Por invaginação da membrana são captadas gotículas de fluidos que ficam confinadas a vesículas
pinocíticas.

ENDOCITOSE MEDIADA POR RECETOR


As macromoléculas ligam-se a recetores membranares antes de entrarem na célula em vesículas
endocíticas.
HOMEOSTASIA - Os animais são considerados SISTEMAS ABERTOS, trocam matéria e energia com o meio
externo.
A homeostasia traduz a existência de um equilíbrio dinâmico nos sistemas biológicos, em resultado das
constantes trocas com o meio externo e das alterações induzidas por este.
Internamente, este equilíbrio é mantido através da regulação nervosa e hormonal.

A unidade ou célula básica do sistema nervoso é o


NEURÓNIO:

Neurónio de associação Neurónio sensitivo


Impulso nervoso é a propagação do potencial de ação ao longo do neurônio; geralmente, percorre as
fibras nervosas num único sentido.
O percurso do impulso nervoso no neurónio é sempre no sentido:
DENDRITE → CORPO CELULAR → AXÓNIO → ARBORIZAÇÃO TERMINAL

ESTÍMULO NERVOSO → recetores (da pele, órgãos dos sentidos) recebem o sinal → enviam o sinal ao
cérebro (hipotálamo) através dos nervos (fibras nervosas ou neurónios) aferentes ou sensitivos.
Os centros coordenadores dos estímulos nervosos (hipotálamo, cérebro) enviam uma resposta através
dos nervos (fibras nervosas ou neurónios) eferentes ou motores para os órgãos efetores.

A membrana plasmática do neurónio transporta alguns iões ativamente, do líquido extracelular para o
meio intracelular, e outros, do interior, de volta ao líquido extracelular.
Assim funciona a bomba de sódio e potássio, que bombeia ativamente o sódio para fora, enquanto o
potássio é bombeado ativamente para dentro da célula.
Porém esse bombeamento não é equitativo: para cada três iões sódio bombeados para o líquido
extracelular, apenas dois iões potássio são bombeados para o líquido intracelular.
Esta diferença de potencial entre as duas faces da
membrana de um neurónio que não está a ser
estimulado designa-se potencial de repouso.

Em repouso, a superfície interna da membrana


dos neurónios encontra-se carregada
negativamente em relação ao exterior.
Em repouso, os canais de sódio estão fechados.
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