Você está na página 1de 17

-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

Inspeção em Serviço de Acessórios de


Movimentação de Carga

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
GEMC CONTEC - Subcomissão Autora.

Grupo Especial de Movimentação As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
de Carga Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 15 páginas, Índice de Revisões e GT


-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa os critérios para execução da inspeção em serviço de manilha de carga, gancho,
linga, cinta, moitão, bola peso, patesca, distorcedor, balancim (“spreadbar”), soquete, olhal de
suspensão, anel de carga (anelão), esticador, elo de ligação, grampo e corrente.

1.2 Esta Norma se aplica à acessórios de movimentação de carga utilizados em equipamentos e


estruturas.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;

PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;

PETROBRAS N-1930 - Avaliação da Integridade Operacional de Guindaste Offshore;

PETROBRAS N-1965 - Movimentação de Carga Inspeção, Manutenção e Operação e


Equipamentos Terrestres;

ABNT NBR 7161 - Soquetes para Cabo de Aço;

ABNT NBR 10014 - Moitão e Cadernal de Aço para Movimentação de Carga em


Embarcações - Especificação;

ABNT NBR 11099 - Grampo Pesado para Cabo de Aço - Especificação;

ABNT NBR 11900-1 - Terminal para Cabo de Aço - Parte 1: Sapatilho;

ABNT NBR 11900-3 - Terminal para Cabo de Aço - Parte 3: Olhal com Presilha;

ABNT NBR 13541-1 - Linga de Cabo de Aço - Parte 1: Requisitos e Métodos de Ensaio;

ABNT NBR 13541-2 - Linga de Cabo de Aço - Parte 2: Utilização e Inspeção;

ABNT NBR 13545 - Movimentação de Cargas - Manilhas;

ABNT NBR 15637-1 - Cintas Têxteis para Elevação de Cargas - Parte 1: Cintas Planas
Manufaturadas, com Fitas Tecidas com Fios Sintéticos de Alta Tenacidade Formados por
Multifilamentos;

ABNT NBR 15637 -2 - Cintas Têxteis para Elevação de Cargas - Parte 2: Cintas Tubulares
Manufaturadas, com Fitas Tecidas com Fios Sintéticos de Alta Tenacidade Formados por
Multifilamentos;

ABNT NBR ISO 2408 - Cabo de Aço para Uso Geral - Requisitos Mínimos;

ABNT NBR ISO 16798 - Anel de Carga Grau 8 para Uso em Lingas;

2
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

ISO 3056 - Non-Calibrated Round Steel Link Lifting Chain and Chain Slings - Use and
Maintenance.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR ISO 2408, ABNT
NBR 10014, ABNT NBR 15637-1 e ABNT NBR 15637-2 e as seguintes.

3.1
anel de carga (anelão)
Seguir conforme descrito na ABNT NBR ISO 16798

3.2
balancim ou “spreadbar”
estrutura metálica utilizada para auxiliar movimentações de grandes peças utilizando mais de um
ponto de sustentação e/ou reduzindo os esforços de compressão

3.3
coroa do sapatilho
parte curva do sapatilho

3.4
diâmetro nominal de um cabo de aço
diâmetro da circunferência que circunscreve o cabo

3.5
equipamentos de movimentação de carga
equipamentos para movimentar cargas, tais como: guindastes, empilhadeiras, caminhões guindauto,
caminhões poliguincho, guinchos, carros pórtico, escavadeiras, retroescavadeiras, pás carregadeiras,
talhas, gruas, pontes rolantes, manipuladoras, tirfor, minigruas dentre outros

3.6
gancho
acessório para movimentação de carga composto de uma fixação superior e uma peça recurva (ver
Figura A.1)

3.7
garganta do gancho
distância “d” indicada na Figura A.1

3.8
grampo
Seguir conforme descrito na ABNT NBR 11099 (ver Figura A.6)

3.9
linga
Seguir conforme descrito na ABNT NBR 13541-1

3
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

3.10
manilha de carga
acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por no mínimo corpo e pino facilmente
desmontáveis (ver Figuras A.10, A.11 e A.12)

3.11
moitão
dispositivo constituído basicamente de uma caixa dentro da qual trabalha uma ou mais roldanas (ver
Figura A.7)

3.12
olhal de cabo de aço
extremidade de laço de cabo de aço formada com uma volta do próprio cabo em forma de alça

3.12.1
olhal dobrado
seguir conforme descrito na ABNT NBR 11900-3

3.12.2
olhal trançado flamengo
seguir conforme descrito na ABNT NBR 11900-3 (ver Figura A.4)

3.12.3
olhal trançado manualmente (ou com nós)
seguir conforme descrito na ABNT NBR 11900-3

3.13
patesca
ver Figura A.9

3.14
pino (cavirão)
Seguir conforme descrito na ABNT NBR 13545

3.15
sapatilho
seguir conforme descrito na ABNT NBR 11900-1

3.16
soquete
seguir conforme descrito na ABNT NBR 7161 (ver Figura A.2)

3.16.1
soquete aberto
Seguir conforme descrito na ABNT NBR 7161 (ver Figura A.2.1)

3.16.2
soquete de cunha
seguir conforme descrito na ABNT NBR 7161 (ver Figura A.3)

4
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

3.16.3
soquete fechado
seguir conforme descrito na ABNT NBR 7161 (ver Figura A.2.2)

4 Condições Gerais

4.1 Todos os acessórios de movimentação de carga devem ser submetidos à inspeções periódicas.

4.2 Inspecionar visualmente quanto à existência de corrosão, trincas, deformações e desgaste


conforme descrito na PETROBRAS N-1597, e quando aplicável, realizar ensaio complementar de
líquido penetrante conforme descrito na PETROBRAS N-1596.

4.3 A periodicidade das inspeções deve ser determinada em função das condições de uso de cada
acessório. Recomenda-se que o período sem inspeção não ultrapasse 12 meses para acessórios.
[Prática Recomendada].

4.4 As lingas devem ser inspecionadas em intervalos máximos de 12 meses conforme descrito na
ABNT NBR 13541-2.

4.5 O intervalo de inspeções das cintas utilizadas em movimentação de cargas não deve ser superior
a 12 meses.

NOTA Sempre que o acessório apresentar indícios de utilização anormal ou indevida, separar
para inspeção.

4.6 Durante as inspeções devem ser consultados os registros de inspeção anteriores, quando
existentes, e a documentação relativa à rastreabilidade de fornecimento ou fabricação, quando do
recebimento de acessório novo ou transferido para unidade.

4.7 Acessórios como ganchos, manilhas, esticador, elo de ligação, linga, cinta, anel de carga
(anelão), olhal de suspensão, grampo, corrente e soquetes não devem ser recuperados. Diante da
identificação de necessidade ou existência de reparos, devem ser rejeitados.

4.8 Os olhais confeccionados com cabos de aço devem seguir a classificação conforme ABNT
NBR 11900-3.

4.9 Não é permitida a soldagem em acessórios de movimentação de carga forjados ou fundidos.

5 Condições Específicas

5.1 Inspeção de Manilhas

Manilhas apresentando deformações plásticas, trincas, mossas, desgaste no pino e/ou no corpo igual
ou superior a 10 % do diâmetro de projeto, devem ser substituídas.

NOTA Trincas superficiais podem ser removidas desde que atendido o critério descrito em 5.1.

5
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

5.2 Inspeção de Ganchos

Os ganchos devem ser substituídos quando detectados um dos seguintes defeitos:

a) torção maior que 10° (ver Figura A.5);


b) abertura da garganta 5 % maior que a abertura original “d” ou 6 mm o que for menor
(ver Figura A.1);
c) trincas;
d) desgaste acentuado maior que 10 % de “e” (ver Figura A.1).

NOTA Para ganchos com haste rotativa deve ser verificada a liberdade de giro através de esforço
manual.

5.3 Inspeção de Lingas e Acessórios

Seguir conforme os critérios estabelecidos na ABNT NBR 13541-2.

NOTA Recomenda-se que a inspeção de lingas de correntes seja efetuada de acordo com a
ISO 3056. [Prática Recomendada]

5.3.1 Inspeção de Lingas com Soquetes

5.3.1.1 Soquete Aberto ou Fechado

A linga deve ser rejeitada, caso o número de fios partidos junto ao soquete ultrapassar os valores
fixados na ABNT NBR 13541-2. Rejeitar a linga, quando ocorrerem trincas ou desgastes no corpo
(soquete fechado) ou no pino (soquete aberto) que reduzam em 10 % a sua dimensão original (ver
Figura A.2).

NOTA Diante da condenação da linga pela identificação de trincas em soquetes ou presilhas, a


substituição destes itens no conjunto reprovado deve ser considerada como um processo
de fabricação de um conjunto novo, seguindo os requisitos normativos cabíveis.

5.3.1.2 Soquete de Cunha

A linga deve ser rejeitada ou, quando possível, o soquete deve ser reposicionado para uma posição
localizada a 2 m da original, caso o número de fios partidos junto ao soquete ultrapassar os valores
fixados na ABNT NBR 13541-2. Trocar o soquete ou rejeitar a linga, quando ocorrerem trincas,
desgaste no pino acima de 10 % de seu diâmetro original ou se a cunha estiver soltando do soquete.
Atentar para a montagem correta, ilustrada na Figura A.3.

5.3.2 Anéis de Carga

Seguir conforme os critérios estabelecidos na ABNT NBR 13541-2.

5.4 Inspeção de Moitão e Bola Peso

Em casos de acessórios utilizados em equipamentos offshore, seguir conforme descrito na


PETROBRAS N-1930. Nos casos de acessórios utilizados em equipamentos terrestres, seguir
conforme descrito na PETROBRAS N-1965.

5.5 Parafusos Olhais

Os parafusos olhais devem ser substituídos quando detectados um dos seguintes defeitos:

6
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

a) rosca apresentar deformação;


b) desgaste ou redução do diâmetro do corpo do olhal maior que 10 % do diâmetro nominal;
c) trincas e deformações, em qualquer região, detectáveis por inspeção visual (ver
PETROBRAS N-1597) ou se necessário com líquido penetrante (ver PETROBRAS
N-1596).

5.6 Cintas Têxteis

Seguir conforme descrito na ABNT NBR 15637-1 e ABNT NBR 15637-2 e verificar a integridade das
cintas quanto à ocorrência do seguinte defeito em função do serviço:

— redução de largura: a cinta deve ser substituída se, em qualquer um dos pontos
medidos, houver redução na largura superior a 10 % para cintas de largura nominal
abaixo ou igual a 100 mm, e redução da largura superior a 12 % para cintas de largura
nominal acima de 100 mm.

7
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B e C
Não existe índice de revisões.

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1
-PÚBLICO-

N-2170 REV. F 09 / 2014

GRUPO DE TRABALHO - GT- GEMC-04

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Wagner Pinto Cardoso
AB-RE/ES/TEE 814-7790 ED17
(Coordenador)
Jose Carlos Lobato da Cunha ETM-CORP/ST/SEQUI-ETCM/CEND 855-6733 KNAL
Juvêncio Vieira Santos ETM-CORP/ST/SEQUI-ETCM/EMCIE 852-7410 RPD0
Ronaldo Gonçalves Cruz E&P-ENGP/OPM/EMI 863-7883 KMUS
Samuel Elias Ferreira UO-BC/OPM/EPIM 863-7409 U32S
Thiago Reverberi Tambosi REPLAN/MI/EE 853-6580 U3DT
Secretário Técnico
Monique Vaillé ETM-CORP/ST/NORTEC 819-3097 ELJA

Você também pode gostar