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PROJETO DE LINHA DE VIDA INTERNA P/TRABALHOS EM

CAMINHÕES E CARRETAS

CONTRATANTE: ESCALA TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO LTDA


CNPJ: 88.501.093/0001-89

Rodovia BR 116, Km 303.4, Bairro Bom Fim (Distrito Industrial),


Guaíba - RS.

SERVIÇO: DESLONAMENTO E TRABALHOS SOBRE OS


CAMINHÕES E CARRETAS ATE 18m

Resp. Técnico: Engº Ademir Silva


Engenheiro Mecânico
CREA RS 85014

Revisão Data Descrição Revisor


0 12/12/21 Emissão inicial DGRAPHCAD
1. OBJETIVO:

Este memorial estabelece os requisitos mínimos necessários para o


dimensionamento de sistema de proteção contra quedas – Linha de vida para
trabalhos de manutenção em Carretas ou Caminhões de até 18m, Instalações
Abrigadas.

2. NORMAS:
 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO;
 NR 35 – TRABALHOS EM ALTURA;
 EM-795 – PERSONAL FALL PROTECTION EQUIPAMENT-ANCHOR
DEVICES;

3. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA:
 DE-LV-SCALALOG-DAFA-100-001

4. CALCULOS:
4.1. Dados:
 Atura de Queda = h = 1,0m;
 Comprimento máximo do talabarte = 1,0m Talabarte;
 Fator de Queda = FQ = 0;
 Numero de Operadores p/linha de vida = NP =4;
 Peso do Operador c/ferramentas = P =100 Kgf;
 Carga máxima de arranchamento do chumbador = CRA = 1.760 Kgf (*);
(*) Chumbador de expansão ver especificação fabricante.
4.2. Calculo do vão máximo (Lmax):
 CRA = Carga de reação na ancoragem = CRA = PL / 4f, Kgf;
 P = Peso dos operadores = 400 Kgf;
 L = Vão máximo = 6 m;
 f = Flexão máxima = 10 cm;
 Logo: CRA = 6000 Kgf (**);
 (**) LINHA DE VIDA COM AMORTECEDOR DE IMPACTO.

4.3. Calculo da carga dinâmica:


 CD = (P x g + P x g x H / f) / 10;
 g = 9,81 m/s2;
 P = 400 Kgf;
 H = 0,1m;
 f = 0,1m;
 CD = (400 x 9,81 + 400 x 9,81 x 1,0 / 0,1) / 10 = 4.316 kgf;

4.4. Calculo da deform. conformação do cabo (DCC):


 DCC = (0,75 /1000) x (L x 1000);
 L = Vão = 6m;
 DCC = 4,50 mm;

4.5. Calculo da deformação elástica (DE):


 DE = CD x (L x 1000) / E x A
 CD = Carga dinâmica = 4.316 kgf;
 L = Vão = 6m;
 d = Diâmetro do cabo = 8,0 mm;
 A = Seção do cabo = 50,24 mm2;
 E = Modulo de elasticidade = 1000 kgf/mm2;
 DE = 515,44 mm;
4.6. Calculo do alongamento do cabo com carga aplicada (AL):
 AL = DCC + DE;
 DCC = 4,50mm;
 DE = 515,44 mm;
 AL = 519,94 mm;

4.7. Calculo do comprimento do cabo carregado (CC):


 CC = (AL + (L x 1000) /2;
 AL = 515,44 mm;
 L = 6m;
 CC = 3.257,72 mm;

4.8. Calculo da flecha (f):


 f = raiz (CC2 – (L x 1000) /2 )2);
 CC = 1590,2 mm;
 L = 6 m;
 f = 1269,93 mm = 1,267 m;

4.9. Calculo da tensão no cabo (TC):


 TC = (P1 / 0,13) / 2;
 P1 = 400 Kgf;
 TC = 1538 Kgf;

4.10. Calculo da tensão admissível (TADM):


 Tadm = (CR x 1000 / 2 ) x 0,8;
 CR = 9,7 Tf;
 Tadm = 3880 Kgf;
4.11. CÁLCULO DA FORÇA MÁXIMA DE IMPACTO (F):
PARA UM OPERADOR
 EQUAÇÃO SULOWSKI:

 F = Força de Impacto (N);


 m = massa do trabalhador e roupas + massa das ferramentas +
massa dos EPIs (kg) = 200;
 K = Modulo do cabo de aço (N) = 41.000;
 f = Fator de queda H/L = 0,5;
 H = Altura de queda livre (m) = 0,5;
 L= Comprimento do Talabarte (m) = 1,0;
 a = Fator de redução do trava quedas = 0,70;
 b = Fator de redução do Cinto de Segurança = 0,9;
 s = Fator de redução do absorvedor de queda = 0,7;
 c = Fator de Conversão corpo rígido/ manequim = 1,4;
 F =4.785 N = 478,5 Kgf – CARGA NO PONTO DE QUEDA NA LINHA.
4.13.CALCULO SUPORTE DE ANCORAGEM:

4.13.1 –FLEXÃO E TRAÇÃO NO TUBO:


 Carga de Flexão: Pior Caso sem Amortecedor
 Tubo DN= 3” x 5,6mm;
 Material = Aço SAE 1020 – Galvanizado;
 P=400 Kgf;
 H1= 350 mm = 35 Cm;
 Mf1 = P x H1 = 14.000 cm3;
 Sadm = Tensão Admissível Flexão = 1400 Kgf/cm2;
 FS = Fator de segurança = 3;
 Wx = Mf1 / Sadm = 10 cm3;
 Wx = 28,60 cm3 do Fabricante;
 Logo: OK, ATENDE.
 Carga de Tração: Pior Caso sem Amortecedor
 Tubo DN= 3” x 5,6mm;
 Material = Aço SAE 1020 – Galvanizado;
 P=400 Kgf;
 S = 14,65 cm2;
 T = P/S = 27,30 Kgf/cm2;
 Sadm = Tensão Admissível Tração = 1400 Kgf/cm2;
 Logo: OK, ATENDE.
4.13.2 –CISALHAMENTO NA CHAPA:
 Carga de Cisalhamento: Pior Caso sem Amortecedor
 Chapa 200 x 200mm x #3/8”;
 Material = Aço SAE 1020 – Galvanizado;
 P=400 Kgf;
 S1 = 0,95 x 20cm = 19,0 cm2;
 S2 = Furos = DN=17mm = 2,2 cm2;
 S3 = S1 – 2S2 = 14,6 cm2;
 TS = P/S = 27,39 Kgf/cm2;
 Sadm = Tensão Admissível Tração = 1400 Kgf/cm2;
 Logo: OK, ATENDE.

4.13.3 – ARRANCAMENTO / CISALHAMENTO NOS CHUMBADORES:


 Cargas: Pior Caso sem Amortecedor;
 Chumbadores = DN=5/8” x 4.1/2”
 Embutimento = 84mm;
 Material = Aço SAE 1045
 Número de Chumbadores p/placa = 5;
 P2=400 Kgf /5 = 80 Kgf = Arrancamento;
 P3 = 80 x 0,70 = 56 Kgf = Cisalhamento;
 Carga de Arrancamento do Chumbador = 1760 Kgf;
 Carga de Cisalhamento do Chumbador = 2.300 Kgf;
 Logo: OK, ATENDE.
4.14. Calculo do olhal:
 CRO = Tensão Ruptura Olhal = 6.000 Kgf/cm2;
 Material = Aço 1045, Galvanizado;
 CRA = Carga de tração no Olhal = 4200 Kgf;
 Sadm = Tensão Admissível Olhal = 2000 Kgf/cm2;
 FS = Fator de segurança = 3;
 DN2 = Diâmetro do Olhal = Raiz (2 x A2 / PI);
 A2 = Seção de tração do Olhal = CRA / Sadm = 2,10 cm2;
 DN2 = 1,15 cm = 11,5 mm;
 Logo, olhal DN=12,7mm Ok – Atende a carga de 50 KN (5.000 kgf);

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Os cálculos desenvolvidos no presente memorial consideram todas as peças


e acessórios em seus perfeitos estados de conservação e manutenção. Não nos
responsabilizando, portanto, por qualquer problema que poderá ocorrer pela falta de
conservação e manutenção dos elementos de segurança aqui verificados
estruturalmente.
Devemos recomendar ainda, que se tenhamos seguintes cuidados
quando da execução dos elementos que compõem os sistemas:
Deve haver inspeção do engenheiro responsável pela montagem e sua
liberação para utilização dos elementos aqui projetados, após a conclusão da
montagem.
Os dispositivos que compõem os sistemas aqui dimensionados devem
ser verificados periodicamente pelos usuários e pelo responsável técnico da obra,
preferencialmente antes de iniciados os trabalhos e sempre que os mesmos
sofrerem alterações, montagem e desmontagem. Os critérios e metodologia
adotados para inspeção dos sistemas de segurança devem ser elaborados pelo
corpo técnico responsável pela segurança da obra.
Deverá, constantemente, ser observada a carga limite para qual o
equipamento foi dimensionado, sem ultrapassá-la, com prejuízo de ineficiência até
acidente.
Não nos responsabilizamos pelo mau uso dos sistemas aqui
projetados, tampouco pela montagem inadequada.
A implantação, execução, montagem e fiscalização dos sistemas ora
projetados é de responsabilidade do contratante.
Sugerimos a elaboração de declaração do executor da obra,
comprometendo-se a utilizar o número de trabalhadores, indicados no projeto, para
sistema de cabo de segurança.
As informações e dimensionamentos elaborados neste trabalho são
baseados em normas e referência indicadas na inicial, além de manifestações e
considerações atuais de auditores do ministério do trabalho.
O cabo de aço utilizado deve ser certificado pelo Inmetro através do
RAC (Regulamento de Avaliação da Conformidade para cabos de Aço de Uso
Geral), conforme Portaria do Inmetro n° 176 de 16/06/09.
Qualquer alteração no projeto deve ser autorizada pelo projetista. A
ausência desta invalida o sistema.

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