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BRASILEIRA 8522-1
Primeira edição
30.08.2021
Número de referência
ABNT NBR 8522-1:2021
24 páginas
© ABNT 2021
Impresso por: SC - MAYARA LACERDA LEAL
ABNT NBR 8522-1:2021
Exemplar para uso exclusivo - SENAI DN - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAIDN - 33.564.543/0001-90
© ABNT 2021
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Sumário Página
Prefácio ............................................................................................................................................................... v
1 Escopo.............................................................................................................................................. 1
2 Referências normativas ............................................................................................................... 1
3 Termos e definições...................................................................................................................... 1
4 Aparelhagem ................................................................................................................................... 3
4.1 Máquina de ensaios ...................................................................................................................... 3
4.2 Medidores de deformação........................................................................................................... 3
4.2.1 Geral .................................................................................................................................................. 3
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Figuras
Figura 1 – Representação esquemática do módulo de deformação secante (Ecs) ......................... 2
Figura 2 – Representação esquemática do módulo de elasticidade, tangente inicial (Eci) .......... 2
Figura 3 – Exemplo de compressômetro com base dependente ......................................................... 5
Figura 4 – Esquema de leitura do compressômetro com base dependente..................................... 6
Figura 5 – Exemplo de compressômetro com bases independentes ................................................. 7
Figura 6 – Representação esquemática do carregamento para a determinação do módulo
de elasticidade – Metodologia A – Tensão σa fixa ............................................................... 10
Figura 7 – Representação esquemática do carregamento para a determinação do módulo
de elasticidade – Metodologia B – Deformação εa fixa ...................................................... 11
Figura 8 – Representação esquemática do carregamento para a determinação do módulo
de deformação secante a uma tensão indicada σn.................................................................... 14
Figura 9 – Representação esquemática do carregamento para a determinação do módulo
de deformação secante pelo diagrama tensão-deformação ............................................ 16
Figura B.1 – Ábaco para a estimativa do módulo de elasticidade estático (Eci) a partir do
módulo de elasticidade dinâmico (Ecd) para concretos com massa específica
entre 2,2 g/cm3 e 2,8 g/cm3 e Eci entre 10 GPa e 60 GPa .................................................. 21
Figura B.2 – Aplicação da estimativa do Eci a partir do Ecd em concretos brasileiros ................ 23
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
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de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 8522-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Concreto (CE-018:300.002).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 17.05.2021 a 15.06.2021.
AABNT NBR 8522, sob o título geral “Concreto endurecido – Determinação dos módulos de elasticidade
e de deformação”, tem previsão de conter as seguintes partes:
— Parte 2: Módulo de elasticidade dinâmico pelo método das frequências naturais de vibração.
Scope
This Standard establishes the test methods for the determination of static modulus of elasticity and
deformation in compression of hardened concrete on cylindrical test specimens.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os métodos de ensaio para a determinação dos módulos estáticos de
elasticidade e de deformação à compressão do concreto endurecido, em corpos de prova cilíndricos.
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2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 5738, Concreto ‒ Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova
ABNT NBR 7680-1:2015, Concreto ‒ Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas
de concreto – Parte 1: Resistência à compressão axial
ABNT NBR ISO 9513, Materiais metálicos ‒ Calibração de sistemas extensométricos usados em
ensaios uniaxiais
ABNT NBR NM ISO 7500-1, Materiais metálicos ‒ Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial ‒
Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão ‒ Calibração e verificação do sistema de medição
da força
ABNT NBR 8522-2, Concreto Endurecido ‒ Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de
deformação à compressão – Parte 2: Módulo de elasticidade dinâmico pelo método das frequências
naturais de vibração
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
base de medida
distância entre dois pontos ao longo da geratriz do corpo de prova, equidistantes de suas extremidades
onde são realizadas as medidas de deformação (ver 4.2.1)
3.2
deformação específica
grandeza adimensional que expressa a variação de comprimento da base de medida de um corpo de
prova em relação ao seu comprimento inicial (ε = ∆L/L0)
3.3
módulo de deformação secante
Ecs
propriedade do concreto cujo valor numérico é o coeficiente angular da reta secante ao diagrama
tensão-deformação específica, passando pelos seus pontos A e B correspondentes (ver Figura 1),
respectivamente, à tensão σa e à tensão considerada no ensaio
3.4
módulo de elasticidade
módulo de deformação tangente inicial
Eci
propriedade do concreto cujo valor numérico é o coeficiente angular da reta tangente à curva tensão
deformação na origem e, considerando que o material está no regime elástico, equivale ao módulo de
deformação secante ou cordal entre σa e 30 % de fc (ver Seção 7), para o carregamento estabelecido
neste método de ensaio (ver Figura 2)
NOTA O módulo de elasticidade pode ser considerado um módulo de deformação, quando se trabalha
com o material no regime elástico.
3.5
diagrama tensão-deformação
representação gráfica da relação tensão-deformação específica, em ensaio de compressão axial
simples
4 Aparelhagem
4.1 Máquina de ensaios
A máquina de ensaios deve atender aos valores máximos admissíveis para classe 1 ou melhor,
estabelecidos na ABNT NBR NM ISO 7500-1, e estar de acordo com os requisitos da ABNT NBR 5739.
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Esta deve ser capaz de aplicar a força ou deformação específica indicada na razão especificada
e mantê-la no nível requerido.
A ABNT NBR NM ISO 7500-1 estabelece que a calibração deve ser realizada no intervalo de 20 % a
100 % da capacidade nominal da escala utilizada. No entanto, para melhor exatidão do ensaio,
o intervalo inferior a 20 % da capacidade nominal da escala utilizada também deve ser calibrado,
sendo aplicado o fator de correção, quando necessário, ao ponto correspondente a 0,5 MPa.
4.2.1 Geral
Os instrumentos para medir as deformações devem ser elétricos ou mecânicos, conforme 4.2.2
e 4.2.3, respectivamente, e devem possibilitar a realização do ensaio sem interferência dos operadores
em suas medições.
O comprimento de cada base de medida (L0), onde são fixados os medidores de deformação, deve
ser no mínimo igual a dois terços do diâmetro do corpo de prova (2/3 d) e no máximo igual à medida
desse diâmetro (d). Ver a definição de base de medida em 3.1.
NOTA Podem ser utilizados outros medidores de deformação, desde que seja possível comprovar a sua
eficiência no atendimento aos requisitos desta Norma.
Os medidores de deformação elétricos resistivos são constituídos por uma liga de metal-filme
estabilizada. Estes medidores de deformação podem ser colados na superfície do corpo de prova,
embutidos no seu interior ou fixados externamente.
NOTA Os medidores de deformação elétricos resistivos tipo strain gages são ajustados para medir
diretamente as deformações específicas.
Os medidores de deformação elétricos devem ter resolução mínima de 0,001 mm e atender aos
valores máximos admissíveis para classe 1 ou melhor, estabelecidos na ABNT NBR ISO 9513,
e devem ser calibrados periodicamente ou após reparos ou ajustes. Convém que o intervalo entre as
calibrações não seja superior a 12 meses.
4.2.3.1 Geral
Os medidores são constituídos por dois anéis (ou duas garras), que são fixados em pontos equidistantes
na superfície do corpo de prova. A distância de fixação entre os anéis A e B (ou as duas garras) ao
longo da geratriz do corpo de prova corresponde ao comprimento da base de medida, onde são
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Para a fixação dos anéis no corpo de prova, devem ser utlizados gabaritos com o comprimento da
base de medida. Estes gabaritos devem ser verificados periodicamente. O erro máximo admissível
deve ser inferior a 1 %.
Medidores de deformação de base dependente não podem ser utilizados na determinação do módulo
de deformação secante, para tensões fora do intervalo estabelecido em 8.3.1.
O compressômetro com base dependente utiliza apenas um relógio comparador (C), fixado no anel A
e apoiado no anel B (I), para a medida das deformações, conforme a Figura 3.
O relógio comparador deve ser fixado no anel A, preferencialmente, na geratriz oposta à haste H, de
forma a assegurar que as distâncias ed e er sejam iguais, conforme a Figura 4.
O anel B deve ser fixado na superfície do corpo de prova em pelo menos três pontos equidistantes (F),
de forma a não permitir sua rotação durante a aplicação da carga.
O anel A deve ser fixado no corpo de prova em apenas dois pontos em geratrizes opostas (E), de
forma a permitir sua rotação durante a aplicação da carga.
Para manter constante a distância entre os dois anéis (base de medida), durante a aplicação da carga,
deve ser empregada uma haste-pivô (H) localizada em um ponto da circunferência formada pelo anel
A, na metade da distância entre os dois pontos de fixação. A haste-pivô é fixada no anel B e apoia o
anel A.
A leitura do relógio comparador corresponde à soma dos deslocamentos medidos no corpo de prova
e o deslocamento devido à rotação do anel A, conforme demonstrado no esquema da Figura 4
(distância D).
O deslocamento real apresentado pelo comprimento da base de medida do corpo de prova (d)
corresponde à metade do deslocamento lido no relógio comparador, quando as distâncias ed e er são
iguais (distância D da Figura 4).
Para o caso particular das distâncias ed e er não serem iguais, o deslocamento real apresentado pelo
comprimento da base de medida do corpo (d) deve ser calculado pela equação a seguir:
D er
d=
er + ed
onde
er é a distância entre a haste pivô H e o plano vertical que passa pelos pontos de fixação do anel A;
ed é a distância entre o ponto de fixação do relógio comparador e o plano vertical que passa pelos
pontos de fixação do anel A.
Legenda
A anel com dois pontos de fixação em geratrizes opostas e perpendiculares ao plano que contém a haste-pivô
(H) e o ponto de medida (I)
B anel com pelo menos três pontos de fixação equidistantes (F)
C relógio comparador
E dois pontos equidistantes de fixação do anel A na superfície do corpo de prova
F pontos equidistantes de fixação do anel na superfície do corpo de prova
G gabaritos com comprimento da base de medida, utilizados na fixação dos anéis no corpo de prova
H haste-pivô localizada em um ponto da circunferência formada pelo anel A, na metade da distância entre os
dois pontos de fixação (E) e na geratriz oposta do posicionamento do relógio
I ponto de apoio do relógio comparador no anel B
Legenda
O compressômetro com bases independentes utiliza dois ou mais relógios comparadores (C) (um
para cada base de medida), que devem ser fixados no anel A1 em pontos equidistantes e apoiados no
anel B (I) para as medidas das deformações, conforme a Figura 5.
Os anéis A1 e B devem ser fixados em pelo menos três pontos equidistantes (F) na superfície do corpo
de prova, de forma a não permitir sua rotação durante a aplicação da carga.
Legenda
O relógio comparador utilizado para medir as deformações do corpo de prova deve ter resolução
mínima de 0,001 mm, ser calibrado periodicamente e não apresentar erro relativo máximo superior
a 1 %. Convém que o intervalo entre as calibrações não seja superior a 12 meses.
4.4 Paquímetro
O paquímetro utilizado para a determinação das dimensões do corpo de prova deve ter resolução
mínima de 0,1 mm e ser calibrado periodicamente.
5 Corpos de prova
Os corpos de prova para a realização do ensaio devem ser cilíndricos, moldados e curados de acordo
com a ABNT NBR 5738.
Antes do ensaio, as dimensões dos corpos de prova devem ser medidas e deve ser verificada sua
conformidade com a relação altura/diâmetro (h/d), que não pode ser maior do que 2,06 e nem menor
do que 1,94.
Quando for necessário realizar o ensaio em testemunhos extraídos da estrutura, devem ser seguidos
os procedimentos estabelecidos no Anexo A.
Se não houver corpos de prova da mesma betonada, a resistência à compressão pode ser estimada,
e este fato deve ser registrado no relatório do ensaio, mencionando as bases adotadas para essa
estimativa.
Para a determinação do módulo de elasticidade, quando o ensaio for realizado a uma tensão
especificada pelo projetista, pode-se prescindir da determinação prévia da resistência à compressão,
desde que o valor da tensão especificada seja de até 0,4 da resistência característica do concreto
a idade de j dias (fckj). Neste caso, a resistência à compressão efetiva (fc,ef), obtida ao final do
ensaio, deve ser igual ou superior ao fckj especificado e, antes da realização do ensaio, deve ser feita
a compatibilização das bases de medida, conforme 8.3.1.
Esta Norma possibilita o uso de dois métodos de ensaio estáticos, conforme 7.3.1 e 7.3.2, e de um
método dinâmico, descrito no ABNT NBR 8522-2.
Na ausência de ensaios pelos métodos estáticos, o Eci pode ser estimado a partir do módulo dinâmico
(Ecd) previsto no ABNT NBR 8522-2. O Anexo B estabelece a correlação entre o módulo de elasticidade
estático e o dinâmico (ver B.1).
NOTA A estimativa do Eci a partir do Ecd proporciona uma exatidão igual ou superior àquela obtida pelos
métodos estáticos. Isso ocorre porque o método das frequências naturais de vibração é mais preciso do que
os métodos estáticos, o que compensa a incerteza da correlação.
Para cada determinação do módulo de elasticidade, devem ser ensaiados três corpos de prova
cilíndricos, moldados conforme a ABNT NBR 5738.
O corpo de prova devidamente instrumentado deve ser centralizado nos pratos da máquina de ensaios
de acordo com a ABNT NBR 5739. O corpo de prova deve permanecer centrado geometricamente,
com seu eixo coincidindo com o eixo de aplicação de carga.
Os carregamentos e descarregamentos devem ser realizados com velocidade de (0,45 0,15) MPa/s
e devem ser conduzidos por uma das metodologias apresentadas em 7.3.1 e 7.3.2, ilustradas nas
Figuras 6 e 7, respectivamente.
7.3.1.1 Etapa 1
Carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite superior (σb) e manter a força
neste nível por 60 s.
NOTA A tensão σb corresponde a 30 % da tensão de ruptura (fc) obtida pelo ensaio de resistência
à compressão ou outra tensão especificada em projeto (ver Seção 6).
Em seguida, descarregar o corpo de prova até uma força próxima de zero ou a primeira marcação
correspondente a uma divisão da escala. Convém que o prato superior da máquina de ensaios não
perca o contato com o topo do corpo de prova.
7.3.1.2 Etapa 2
Carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão de 0,5 MPa (σa) e manter a força neste
nível por 60 s.
Em seguida, carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite superior (σb)
e manter a força neste nível por 60 s.
Descarregar o corpo de prova até uma força próxima de zero ou a primeira marcação correspondente
a uma divisão da escala. Convém que o prato superior da máquina de ensaios não perca o contato
com o topo do corpo de prova.
7.3.1.3 Etapa 3
7.3.1.4 Etapa 4
Carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão de 0,5 MPa (σa) e manter a força neste
nível por 60 s. Registrar as deformações lidas, εa, tomadas em no máximo 30 s.
Em seguida, carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite superior (σb)
e manter a força neste nível por 60 s. Registrar as deformações lidas, εb, tomadas em no máximo 30 s.
Após a leitura das deformações, liberar a instrumentação, se necessário, e carregar o corpo de prova
na mesma taxa de velocidade utilizada durante as etapas, até que se produza a ruptura, obtendo-se
a resistência efetiva (fc,ef).
Se fc,ef diferir de fc em 20 % (ver Figura 6), os resultados do corpo de prova não são confiáveis e não
podem ser considerados no cálculo.
7.3.2.1 Etapa 1
Carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite superior (σb) e manter a força
neste nível por 60 s.
NOTA A tensão σb corresponde a 30 % da tensão de ruptura (fc) obtida pelo ensaio de resistência
à compressão ou outra tensão especificada em projeto (ver Seção 6).
Em seguida, descarregar o corpo de prova até uma força próxima de zero ou a primeira marcação
correspondente a uma divisão da escala. Convém que o prato superior da máquina de ensaios não
perca o contato com o topo do corpo de prova.
7.3.2.2 Etapa 2
Em seguida, carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite superior (σb)
e manter a força neste nível por 60 s.
Descarregar o corpo de prova até uma força próxima de zero ou a primeira marcação correspondente
a uma divisão da escala. Convém que o prato superior da máquina de ensaios não perca o contato
com o topo do corpo de prova.
7.3.2.3 Etapa 3
7.3.2.4 Etapa 4
Em seguida, carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite superior (σb)
e manter a força neste nível por 60 s. Registrar as deformações lidas, εb, tomadas em no máximo 30 s.
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Após a leitura das deformações, liberar a instrumentação, se necessário, e carregar o corpo de prova
na mesma taxa de velocidade utilizada durante as etapas, até que se produza a ruptura, obtendo-se
a resistência efetiva (fc,ef).
Se fc,ef diferir de fc em 20 % (ver Figura 7), os resultados do corpo de prova não são confiáveis e não
podem ser considerados no cálculo.
O módulo de elasticidade, Eci,i, de cada corpo de prova, expresso em gigapascals (GPa), é dado pela
seguinte equação:
− 0,5
Eci,i = 10−3 = εb − ε 10−3
b a
onde
O módulo de elasticidade, Eci,i, de cada corpo de prova, em gigapascals (GPa), é dado pela equação:
b − a
Eci,i = 10−3 = 10−3
εb − 50 10-6
onde
O corpo de prova devidamente instrumentado deve ser centralizado nos pratos da máquina de ensaios,
de acordo com a ABNT NBR 5739. O corpo de prova deve permanecer centrado geometricamente,
com seu eixo coincidindo com o eixo de aplicação de carga.
Os carregamentos e descarregamentos devem ser realizados com velocidade de (0,45 0,15) MPa/s.
Quando o ensaio for realizado em tensão compreendida no intervalo 0,3 fc a 0,5 fc, pode ser dispensada
a compatibilização das bases de medida. Nos demais casos, este procedimento é obrigatório e deve
ser realizado conforme a seguir:
a) colocar o corpo de prova em posição centrada nos pratos da máquina de ensaios (centragem
visual);
d) caso a diferença entre as deformações lidas nestes medidores seja maior que 20 % da maior das
deformações lidas, descarregar o corpo de prova e proceder ao ajuste mais correto da centragem,
girando o corpo de prova;
f) repetir esse procedimento de carregar, ler as deformações, descarregar e girar o corpo de prova,
até que a diferença entre as deformações lidas seja inferior a 20 % da maior deformação, quando
terá sido concluída a compatibilização das bases de medida.
Carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão de 0,5 MPa (σa), informada pelo
interessado, e manter a força neste nível por 60 s. Registrar a deformação lida (εa), tomada em no
máximo 30 s. Em seguida, carregar o corpo de prova até a força correspondente à tensão do limite
superior (σn) e manter a força neste nível por 60 s. Registrar a deformação lida, εn, tomada em no
máximo 30 s.
Alternativamente, carregar o corpo de prova até a deformação específica (εa) de 50 10-6 e manter
a força neste nível por 60 s. Registrar a força lida, tomada em no máximo 30 s, correspondente
à tensão básica (σa). Em seguida, carregar o corpo de prova até a tensão (σn) informada pelo
interessado e manter a força neste nível por 60 s. Registrar a deformação específica (εn) em no
máximo 30 s, correspondente à tensão (σn).
Após as leituras, liberar a instrumentação, se necessário, e carregar o corpo de prova na mesma taxa
de velocidade especificada em 8.2, até que se produza a ruptura, obtendo-se a resistência efetiva
(fc,ef).
Se fc,ef diferir de fc em 20 % (ver Figura 8), os resultados do corpo de prova não são confiáveis e não
podem ser considerados no cálculo.
NOTA Convém que o tempo de carregamento durante o ensaio não ultrapasse 15 min, tendo em vista
evitar interferência no resultado do ensaio pelo efeito Rüsh.
60 s a 90 s, leitura de n
60 s a 90 s, leitura de a ou σa
O módulo de deformação secante, Ecs,i, de cada corpo de prova, a uma tensão especificada σn, em
gigapascals (GPa), é dado pela seguinte equação:
−3 n − a −3
Ecs,i = 10 = 10
εn − εa
onde
εa é a deformação específica de cada corpo de prova sob a tensão de 0,5 MPa ou a deformação
específica de 50 10-6.
O módulo de deformação secante a uma tensão especificada, σn, pode também ser obtido diretamente
do diagrama tensão-deformação específica (ver 8.4).
8.4.1 Ensaio
Uma vez ajustado o corpo de prova à máquina de ensaio (8.2), compatibilizar as bases de medida
conforme 8.3.1 e aplicar um carregamento crescente à velocidade especificada em 8.2, com pausas
de 60 s nas tensões especificadas, para as seguintes leituras de deformação:
Aplicar carga até que se produza a ruptura do corpo de prova, anotando a tensão de ruptura efetiva (fc,ef).
Se fc,ef diferir de fc em 20 % (ver Figura 9), os resultados do corpo de prova não são confiáveis e não
podem ser considerados no cálculo.
10 Relatório de ensaio
10.1 Dados obrigatórios
e) condições do corpo de prova no momento de seu recebimento para ensaio e seu tratamento
superficial;
g) data do ensaio;
i) resistência à compressão de acordo com a Seção 6 ou de acordo com a tensão especificada pelo
projetista estrutural;
l) valor obtido para o módulo estático de elasticidade ou deformação de cada corpo de prova
e expresso como em 9.
e) diagrama tensão-deformação.
11 Repetitividade e reprodutibilidade
11.1 Repetitividade
A diferença entre dois resultados individuais, obtidos a partir de uma mesma amostra (mesma betonada
e mesma moldagem) submetida a ensaio, por um operador empregando um mesmo equipamento em
um curto intervalo de tempo, deve ser igual ou menor que 5 %.
11.2 Reprodutibilidade
A diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos a partir de uma mesma amostra
(mesma betonada e mesma moldagem) submetida a ensaio, por dois operadores em laboratórios
diferentes em um curto intervalo de tempo, deve ser igual ou menor que 10 %, para tensões de até
50 % da tensão final considerada no ensaio.
Anexo A
(informativo)
A.1 Princípio
Este Anexo descreve a realização dos ensaios para a determinação dos módulos de elasticidade e de
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Devem ser seguidos os procedimentos de ensaio e a expressão dos resultados previstos nesta Norma
para os corpos de prova moldados, com as adaptações estabelecidas em A.2 a A.7, para sua aplicação
em testemunhos extraídos de estruturas.
No caso de corpos de prova moldados, são previstos cinco corpos de prova para este ensaio (dois para
a determinação da resistência à compressão e três para a determinação do módulo de elasticidade
ou de deformação).
Caso não seja possível a realização do ensaio com a mesma quantidade de testemunhos do que
a prescrita para corpos de prova moldados, o fato deve ser registrado no relatório do ensaio, informando
as bases para a avaliação da resistência à compressão do concreto.
NOTA A ABNT NBR 7680-1 informa sobre como realizar o mapeamento da estrutura, a formação de lotes
e a quantidade de testemunhos, para a determinação da resistência à compressão do concreto.
Para a realização dos ensaios previstos nesta Norma, os testemunhos não podem conter barras
de aço.
No caso da cura, recomenda-se manter as condições estabelecidas na ABNT NBR 7680-1:2015, 4.5.4.
a) identificação do testemunho;
d) idade do testemunho no momento do ensaio, ou data do ensaio, caso a idade do testemunho não
seja conhecida;
f) dimensões do testemunho;
g) data do ensaio;
l) valor obtido para o módulo de elasticidade ou para o módulo de deformação de cada testemunho.
d) observações consideradas de interesse (tipo de preparo dos topos dos testemunhos, presença
de materiais estranhos, anomalias na ruptura e outros).
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Anexo B
(normativo)
O módulo de elasticidade estático (Eci) pode ser estimado a partir do módulo de elasticidade dinâmico
(Ecd) e da massa específica aparente do concreto (ρ) empregando o ábaco da Figura B.1 ou a equação
a seguir:
0, 427 5 1,4
Eci = E c,d
ρ
onde
ρ, é a massa específica aparente do concreto, expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).
Figura B.1 – Ábaco para a estimativa do módulo de elasticidade estático (Eci) a partir do
módulo de elasticidade dinâmico (Ecd) para concretos com massa específica entre 2,2 g/cm3
e 2,8 g/cm3 e Eci entre 10 GPa e 60 GPa
dinâmico é menor do que a obtida em ensaios estáticos, tendo sido realizadas comprovações em
concretos brasileiros, conforme a seguir:
a) o modelo de Popovics (equação e ábaco de B.1) foi aplicado em uma massa de dados de ensaios
estáticos e dinâmicos [9]. Nesse experimento, na média ponderada, a estimativa do Eci pelo
modelo de Popovics foi 6,7 % menor do que os resultados obtidos pelo método estático, com
desvio-padrão de 7,1 %;
De acordo com o ACI 318 [12], a variação admissível para a medição do Eci pelo método estático é de
20 %. Considerando que a medição do Ecd pelo método dinâmico apresenta uma incerteza típica em
torno de 1,5 %, [10,11] qualquer modelo que correlacione o Eci e o Ecd com erro menor ou igual a 10,5 %
pode proporcionar resultados com dispersão dentro da média dos interlaboratoriais e muito menor do
que a máxima tolerada pelo ACI 318.
A Figura B.2 ilustra a correlação entre os valores de Eci obtidos pelo método dinâmico (estimativa de
Eci a partir da determinação do Ecd) e pelo método estático (ver Seção 7).
Adicionalmente, constata-se que a determinação do módulo de elasticidade dinâmico é dez vezes mais
rápida que essa determinação pelo método estático (considerando o tempo de preparo da amostra,
instrumentação e obtenção do resultado de três corpos de prova) [9].
Bibliografia
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