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6 Associação de Fontes
A associação em série de fontes de tensão permite aumentar a diferença de potencial disponibilizada para efeitos de
alimentação de um circuito. Um exemplo da associação em série de fontes é a utilização de múltiplas pilhas para
alimentar aparelhos electrodomésticos, lanternas, rádios portáteis, etc. Com efeito, é comum associarem-se em série
quatro pilhas de 1.5 V (correctamente associadas) para definir uma fonte de alimentação de 6 V.
A tensão disponível aos terminais de uma associação em série de fontes de tensão é dada pela soma das tensões
parciais. Como se indica nas Figuras 4.14.a e 4.14.b, a adição dos valores nominais das tensões deve ter em conta a
polaridade da ligação: polaridades concordantes adicionam-se (a), e polaridades discordantes subtraem-se (b). Por
outro lado, no caso das fontes de tensão com resistência interna não nula, como na Figura 4.14.c, o valor da
resistência interna resultante é dado pela soma das resistências internas de cada uma das fontes. A associação em
série conduz, por conseguinte, a uma fonte cuja resistência interna é superior àquela característica de cada uma,
considerada isoladamente.
A associação em paralelo de fontes de tensão é uma operação cuja realização prática necessita de alguns cuidados.
Esta recomendação é particularmente verdadeira nos casos em que as fontes de tensão apresentam valores nominais
bastante diferenciados e resistências internas reduzidas. Como se ilustra na Figura 4.15.a, no caso particular em que
as fontes de tensão são ideais e apresentam valores nominais distintos, a sua ligação em paralelo define uma malha
cuja solução é apenas compatível com a circulação de uma corrente de valor infinito. Na realidade, a corrente entre
as fontes é sempre limitada pelas respectivas resistências internas (Figura 4.15.b), valor que pode ser bastante
elevado se estas não dispuserem de mecanismos de protecção.
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Figura 4.15 Associação em paralelo de fontes de tensão
(4.45)
(4.46)
A associação em paralelo de fontes de corrente rege-se por um conjunto de regras semelhante àquele estabelecido
para a associação em série de fontes de tensão. Neste caso, a corrente colocada aos terminais de uma associação em
paralelo é dada pela soma das correntes parciais (Figura 4.16.a e 4.16.b), que naturalmente deve ter em conta as
polaridades respectivas. No caso das fontes de corrente reais, Figura 4.16.c, o valor da resistência interna é dada
pelo paralelo das resistências internas parciais, o que torna a fonte de corrente mais acentuadamente não ideal.
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Figura 4.16 Associação em paralelo de fontes de corrente
A associação em série de fontes de corrente ideais com valores nominais distintos conduz a uma indeterminação no
nó de interligação, devido à não verificação da Lei de Kirchhoff das correntes. Como se indica na Figura 4.17.a, no
nó comum às duas fontes deve verificar-se sempre a igualdade i1-i2=0, ou, o que é o mesmo, i1=i2.
A imposição de correntes distintas pelas duas fontes só é compatível com uma tensão de valor infinito no nó
respectivo. Pelo contrário, e como se indica através da sequência de transformações representadas em 4.17.b, a
associação em série de fontes de corrente reais pode ser reduzida a uma única fonte equivalente cujos parâmetros
são (o Teorema de Millman)
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(4.47)
(4.48)
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