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468/0001-00]
ICS 13.220.01
Número de referência
ABNT NBR 16965:2021
47 páginas
© ABNT 2021
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Sumário Página
Prefácio...............................................................................................................................................vii
Introdução..........................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
[04.928.468/0001-00]
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Símbolos..............................................................................................................................3
5 Equipamentos de ensaio....................................................................................................4
5.1 Geral.....................................................................................................................................4
5.2 Forno....................................................................................................................................4
5.3 Arranjo de carregamento mecânico..................................................................................5
5.4 Quadros de restrição e suporte.........................................................................................5
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5.5 Instrumentação....................................................................................................................5
5.5.1 Temperatura.........................................................................................................................5
5.5.2 Pressão..............................................................................................................................10
5.5.3 Carga..................................................................................................................................10
5.5.4 Deformação........................................................................................................................ 11
5.5.5 Integridade......................................................................................................................... 11
5.5.6 Redução da radiação térmica..........................................................................................12
5.6 Precisão dos equipamentos de medição gerais............................................................13
6 Condições de ensaio........................................................................................................13
6.1 Temperatura do forno.......................................................................................................13
6.1.1 Curva-padrão de elevação de temperatura.....................................................................13
6.1.2 Tolerâncias para a curva-padrão.....................................................................................14
6.1.3 Curvas alternativas de elevação de temperatura...........................................................14
6.2 Diferencial de pressão no forno......................................................................................14
6.2.1 Geral...................................................................................................................................14
6.2.2 Elementos verticais...........................................................................................................15
6.2.3 Elementos horizontais......................................................................................................15
6.2.4 Elementos sem função de compartimentação...............................................................15
6.3 Carregamento....................................................................................................................15
6.4 Condições de restrição.....................................................................................................16
6.5 Condições do ambiente....................................................................................................16
6.6 Desvio em relação às condições de ensaio especificadas...........................................16
6.7 Ambiente dentro do forno após o ensaio.......................................................................16
7 Preparação do corpo de prova........................................................................................17
7.1 Construção........................................................................................................................17
7.2 Tamanho.............................................................................................................................17
7.3 Quantidade de corpos de prova......................................................................................17
7.4 Condicionamento..............................................................................................................17
7.5 Verificação do corpo de prova.........................................................................................18
8 Instrumentação..................................................................................................................18
8.1 Temperatura.......................................................................................................................18
8.1.1 Termopares do forno........................................................................................................18
8.1.2 Termopares da superfície não exposta...........................................................................19
8.1.3 Termopares móveis...........................................................................................................19
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F.3 Procedimento....................................................................................................................41
F.4 Relatórios...........................................................................................................................42
Anexo G (normativo) Curvas alternativas de elevação de temperatura.......................................43
G.1 Geral...................................................................................................................................43
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G.3.3 Tolerâncias.........................................................................................................................45
G.3.4 Avaliação do desempenho...............................................................................................46
G.3.5 Critérios..............................................................................................................................46
Bibliografia..........................................................................................................................................47
Figuras
Figura 1 – Termômetro de placa.........................................................................................................7
Figura 2 – Termopar interno do forno com fios nus.........................................................................7
Figura 3 – Junta de medição com disco de cobre e pastilha isolante............................................8
Figura 4 – Fixação do termopar na superfície não exposta.............................................................8
Figura 5 – Montagem do termopar móvel..........................................................................................9
Figura 6 – Sensores de pressão.......................................................................................................10
Figura 7 – Suporte do chumaço de algodão.................................................................................... 11
Figura 8 – Medidores de fendas........................................................................................................12
Figura 9 – Curva-padrão de elevação de temperatura....................................................................13
Figura G.1 – Comparação entre as curvas de elevação de temperatura......................................46
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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A ABNT NBR 16965 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Vedações Corta-Fogo (CE-024:101.006). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 03, de 23.03.2021 a 22.04.2021.
Scope
This Standard specifies a test method for determining the fire resistance of various elements of
construction when subjected to standard fire exposure conditions. The test data thus obtained will
permit subsequent classification on the basis of the duration for which the performance of the tested
elements under these conditions satisfies specified criteria.
Introdução
Esta Norma fornece diretrizes gerais para execução de ensaios de resistência ao fogo de elementos
construtivos de edificações. Esta Norma apresenta, de forma específica, as exigências aplicadas à
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capacitação laboratorial, procedimentos a serem adotados e requisitos gerais em relação aos corpos
de prova a serem submetidos aos ensaios.
Esta Norma é aplicada em conjunto com métodos específicos de ensaio que apresentam orientações
quanto à forma, tamanho e outras características dos elementos construtivos que se deseja avaliar.
Isto também deve ser feito para a definição de outras particularidades de ensaio, como os critérios de
resistência ao fogo a serem considerados para cada elemento construtivo, como forma de se avaliar
o atendimento de cada um desses critérios e o campo de aplicação que pode ser obtido a partir dos
resultados de ensaio.
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Os resultados obtidos podem ser diretamente aplicáveis a outros elementos semelhantes ou variações
do elemento ensaiado. As variações permitidas em cada aplicação dependem do campo direto de
aplicação do resultado de ensaio. Isso é restringido pelo fornecimento de regras que limitam a variação
do corpo de prova sem que se necessite de avaliação adicional. As regras para determinar as variações
permitidas são fornecidas em cada método de ensaio específico.
Variações fora daquelas permitidas pela aplicação direta são cobertas pela aplicação ampliada de
resultados de ensaio. Isso resulta de uma análise aprofundada do projeto e desempenho de um produto
específico, por uma autoridade reconhecida. Considerações adicionais sobre a aplicação direta e
ampliada são fornecidas no Anexo A.
A duração na qual o elemento ensaiado, conforme modificado por seu campo direto ou ampliado de
aplicação, satisfaz os critérios específicos permite a classificação subsequente.
1 Escopo
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Esta Norma especifica o método de ensaio de referência para a determinação da resistência ao fogo
de vários elementos construtivos, quando submetidos a condições-padrão de exposição ao fogo. Os
dados de ensaio assim obtidos permitem a classificação da resistência ao fogo desses elementos com
base no tempo em que o desempenho desses, sob essas condições, atende aos critérios especificados.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
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constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
aplicação de uso final
aplicação real de um elemento construtivo, em relação a todos os aspectos que influenciam o seu
comportamento e sob situação específica de exposição ao fogo
NOTA Esta aplicação abrange aspectos como quantidade, orientação, posição em relação a outros elementos
adjacentes e método de fixação.
3.2
construção de suporte
construção que pode ser necessária para o ensaio de algum elemento construtivo em que o respectivo
corpo de prova será montado
3.3
construção do ensaio
conjunto completo do corpo de prova, juntamente à sua construção de suporte
3.4
corpo de prova
elemento de uma edificação fornecido com o objetivo de se determinar a sua resistência ao fogo ou
contribuição à resistência ao fogo de outros elementos construtivos
3.5
critérios de resistência ao fogo
3.5.1
capacidade portante
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3.5.2
integridade
capacidade do elemento construtivo de suportar a exposição ao fogo em um lado apenas, por um
determinado período de tempo, sem que haja transmissão do fogo para o outro lado
NOTA A integridade pode ser avaliada pela ocorrência de trincas ou aberturas que excedam determinadas
dimensões, pela passagem de quantidade significativa de gases quentes ou chamas, ou pela falha dos
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3.5.3
isolação térmica
capacidade do elemento construtivo de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em um
lado apenas, por um determinado período de tempo, enquanto as temperaturas medidas no lado
protegido permanecem abaixo de valores especificados
NOTA A isolação térmica reduz a condução de calor que pode ocorrer em intensidade suficiente para
ignizar materiais em contato com a superfície protegida de um corpo de prova, provendo também uma barreira
que protege as pessoas próximas à superfície oposta ao fogo durante o período de classificação de resistência
ao fogo.
3.5.4
redução de radiação térmica
capacidade do elemento de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em um lado apenas,
por um determinado período de tempo, enquanto a medição do calor radiado no lado protegido permanece
abaixo de um nível especificado
3.6
deformação
qualquer alteração na dimensão ou na forma de um elemento construtivo, devido a ações mecânicas
ou térmicas, gerando deflexão, expansão ou contração desse elemento
3.7
elemento construtivo
parte constituinte da edificação
3.8
elemento de compartimentação
elemento construtivo destinado a separar duas áreas adjacentes de um edifício durante um incêndio
3.9
elemento estrutural
elemento construtivo capaz de suportar cargas externas em um edifício, inclusive durante um incêndio
3.10
fluxo de calor
quantidade de energia térmica por unidade de área incidente no dispositivo de medição, que inclui o calor
transferido por convecção e por radiação
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3.11
nível nocional
nível assumido de um elemento, como piso ou teto, em relação à posição do elemento construtivo
durante a aplicação real
3.12
plano de pressão neutra
cota em que a pressão é igual dentro e fora do forno
3.13
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3.14
restrição
controle da expansão, retração ou rotação (induzida por ações térmicas ou mecânicas), ocasionado por
condições de extremidades, bordas ou apoios em um corpo de prova
4 Símbolos
Símbolo Descrição Unidade
A Área sob a curva de temperatura medida no forno durante o ensaio °C. min
As Área sob a curva-padrão de elevação de temperatura °C. min
C Contração axial medida desde o início do aquecimento mm
C(t) Contração axial no instante t, durante o ensaio mm
Taxa de contração axial, definida como:
dC
C (t2 ) − C (t1) mm/min
dt
t2 − t1
Distância da fibra extrema na zona de compressão até a fibra
d extrema na zona de tração na seção estrutural do corpo de prova mm
de um ensaio de flexão
D Deflexão medida a partir do início do aquecimento mm
D(t) Deflexão no instante, durante o ensaio mm
Taxa de deflexão, definida como:
dD
D (t2 ) − D (t1) mm/min
dt
t2 − t1
h Altura inicial do corpo de prova carregado axialmente mm
5 Equipamentos de ensaio
5.1 Geral
componentes:
a) um forno especialmente projetado para sujeitar o corpo de prova às condições de ensaio
especificadas nesta Norma;
b) equipamento de controle que permita que a temperatura no forno seja regulada, conforme
especificado em 6.1;
c) equipamento de controle e monitoramento da pressão dos gases quentes dentro do forno, conforme
especificado em 6.2;
d) equipamento de içamento que possa realizar a movimentação de corpos de prova, a fim de
posicioná-los de forma apropriada no forno, para que sejam desenvolvidas condições adequadas
de aquecimento e pressão;
e) arranjo para carregamento mecânico e contenção do corpo de prova, nas situações previstas por
esta Norma;
f) equipamento para avaliar a integridade e a radiação térmica oriundas do corpo de prova, verificar
a conformidade do desempenho com os critérios descritos na Seção 10 e medir o tempo decorrido.
5.2 Forno
O forno de ensaio deve ser projetado para empregar combustíveis gasosos e deve ser capaz de:
NOTA Os fornos podem ser projetados para que conjuntos de mais de um elemento possam ser ensaiados
simultaneamente, desde que todos os requisitos para cada elemento individual possam ser cumpridos.
O revestimento final do forno deve consistir em materiais com densidades inferiores a 1 000 kg/m3.
Esses materiais devem ter espessura mínima de 50 mm e compor pelo menos 70 % da superfície
interna do forno a ser exposta às chamas.
O arranjo de carregamento não pode influenciar significativamente a transferência de calor pelo corpo
de prova nem impedir o uso de faixas isolantes no termopar. Também não pode interferir com a medição
da temperatura superficial ou deformação e deve permitir que a face não exposta possa ser observada
com facilidade. A área total de contato entre o arranjo de carregamento e a superfície do corpo de prova
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não pode exceder 10 % da área total da superfície de um corpo de prova ensaiado na horizontal.
Nos casos em que o carregamento tenha que ser mantido após o término da etapa de aquecimento,
devem-se preparar meios para que isso seja executado.
5.5 Instrumentação
5.5.1 Temperatura
A temperatura interna do forno deve ser medida de uma das seguintes formas:
a) com termômetros de placas (tipo “Plate”) que compreendem a fixação de um sensor em uma chapa
de aço dobrada e isolada com material inorgânico, nas seguintes condições:
● o termopar deve ser constituído por fios de cromel/alumel (tipo K), conforme estabelecido
na IEC 60584-1, contidos dentro de bainha metálica de inconel 600 isolada e resistente ao
calor, com diâmetro nominal de 1 mm, sendo a junção isolada da bainha, com comprimento
suficiente para a ligação ao equipamento de ensaio;
● a junção do termopar deve ser fixada no centro geométrico da placa, na posição representada
na Figura 1, por meio de uma tira de aço pequena, feita do mesmo material da placa (níquel).
A tira de aço pode ser soldada à placa ou aparafusada, para facilitar a substituição do
termopar. A tira deve ter 18 mm de comprimento e 6 mm de largura, se soldada, ou 25 mm
de comprimento e 6 mm de largura, se aparafusada. O parafuso deve ter 2 mm de diâmetro;
● a placa e o termopar devem ser isolados com material de isolamento inorgânico, com as
seguintes especificações: comprimento de (97 ± 1) mm, largura de (97 ± 1) mm, espessura
de (10 ± 1) mm e densidade nominal de (280 ± 30) kg/m3;
● antes da primeira utilização, o conjunto completo de cada termômetro de placa deve ser
envelhecido por meio da colocação em um forno pré-aquecido a 1 000 °C, por 1 h. A exposição
em um forno de resistência ao fogo por 90 min sob a curva-padrão de elevação de temperatura
também é aceitável;
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● quando um termômetro de placa for utilizado mais de uma vez, um registro de seu uso deve
ser mantido, indicando, para cada utilização, as verificações efetuadas e a duração do uso.
O termopar e a faixa de material isolante devem ser substituídos após um total de 50 h de
exposição no forno;
b) com termopares feitos com fios nus de cromel/alumel (tipo K), com diâmetro de 1,2 mm a 3,2 mm,
isolados por miçangas cerâmicas e junta de medida exposta na extensão entre 20 mm e 25 mm.
A junta entre os fios deve ser feita mecanicamente, torcendo-os e deixando um espaço entre eles,
logo abaixo da junta, de (15 ± 5) mm, conforme apresentado na Figura 2.
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Para ambas as possibilidades de instrumentação interna do forno de ensaio, os termopares devem ser
inseridos em tubos metálicos de inconel ou em dispositivos similares, para permanecerem nas posições
estabelecidas nesta Norma.
A temperatura na superfície não exposta de um corpo de prova deve ser medida por meio de termopares
com disco de medição, conforme apresentado na Figura 3. Para que haja um bom contato térmico, os
fios do termopar do tipo K (crome/alumel), com diâmetro não maior que 0,65 mm, devem ser soldados
a um disco de cobre com 0,2 mm de espessura e 12,0 mm de diâmetro. Cada termopar deve ser coberto
com uma pastilha quadrada de material isolante, com (30 ± 2) mm de lados, (2,0 ± 0,5) mm de espessura
e (900 ± 100) kg/m3 de densidade, a menos que especificado de outra forma em métodos de ensaio
de elementos construtivos específicos. Antes de cada ensaio, as pastilhas devem ser secas em estufa
a 105 °C, por pelo menos 30 min. O equipamento de medição e aquisição dos dados deve poder operar
dentro dos limites especificados em 5.6.
A pastilha deve ser fixada à superfície do corpo de prova, sem adesivo entre o disco de cobre e a superfície
do corpo de prova, ou entre o disco de cobre e a pastilha. Fitas de aço com 70 mm de comprimento e
20 mm de largura, com dois furos nas extremidades, fixadas com parafusos ou dispositivos similares,
podem ser usadas para esta tarefa, conforme apresentado na Figura 4, assim como grampos metálicos.
Um ou mais termopares móveis, conforme o modelo apresentado na Figura 5, ou outro tipo de dispositivo
de medição de temperatura, com precisão e tempo de resposta iguais ou menores que os do modelo
apresentado na Figura 5, devem estar disponíveis para fazer a medição da temperatura da superfície
não exposta, em pontos com suspeita de haver temperaturas mais altas durante o ensaio. A junta
de medição do termopar consiste em fios com 1,0 mm de diâmetro, soldados a um disco de cobre
com 12,0 mm de diâmetro e 0,5 mm de espessura. O conjunto do termopar deve ser provido de um
instrumento que permita que qualquer ponto da superfície não exposta do corpo de prova possa ser
alcançado para medição com o termopar móvel.
Dimensões em milímetros
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Legenda
1 Termopar
2 Tira soldada ou parafusada
3 Local da fixação da ponta do termopar (junta quente)
4 Material isolante
5 Placa metálica dobrada de liga níquel, com (0,7 ± 0,1) mm de espessura
6 Face da placa
Dimensões em milímetros
Dimensões em milímetros
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Legenda
Figura 4 (conclusão)
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Dimensões em milímetros
Legenda
Quando forem necessárias informações sobre a temperatura interna de um corpo de prova ou componente
específico, isso deve ser obtido por meio de termopares com características adequadas à faixa de
temperatura a ser medida, bem como adequadas ao tipo de material do corpo de prova. Mais informações
estão detalhadas no Anexo C.
A temperatura ambiente no laboratório deve ser medida com um termopar, nas proximidades do corpo
de prova, antes e durante o período de ensaio. O termopar deve ter nominalmente 3 mm de diâmetro,
deve ser isolado mineralmente e ser do tipo K, com bainha de aço inoxidável, conforme estabelecido
na IEC 60584-1. A junta de medição deve ser protegida contra calor irradiado e correntes de vento.
5.5.2 Pressão
A pressão no forno deve ser medida por um dos sensores apresentados na Figura 6. O equipamento
de medição e aquisição dos dados deve poder operar dentro dos limites especificados em 5.6.
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Dimensões em milímetros
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Legenda
a) Sensor “T”
1 Tubo de aço inoxidável, com diâmetro interno de (7,5 ± 2,5) mm
b) Sensor de tubo
1 Tubo de aço inoxidável
2 Extremidades soldadas
3 Furos com diâmetro de 1,2 mm
5.5.3 Carga
Ao usar pesos, nenhuma medição adicional da carga é necessária durante o ensaio. As cargas aplicadas
por meio de arranjos hidráulicos devem ser medidas por uma célula de carga ou outro equipamento
apropriado com a mesma precisão ou por monitoramento da pressão hidráulica em um ponto adequado.
Os equipamentos de medição e aquisição desses dados devem ser capazes de operar nos limites
especificados em 5.6.
5.5.4 Deformação
As medições da deformação podem ser feitas por um equipamento que empregue técnicas mecânicas,
ópticas ou elétricas. Quando esse equipamento for utilizado para verificação dos critérios de resistência
ao fogo (por exemplo, medições de deflexão ou contração), ele deve poder operar a uma frequência
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de pelo menos uma leitura por minuto. Devem ser tomadas todas as precauções necessárias para
evitar qualquer desvio nas leituras do sensor, devido ao aumento de temperatura.
5.5.5 Integridade
Salvo se houver especificação contrária nos métodos de ensaio de elementos construtivos específicos,
o chumaço de algodão usado na verificação da integridade deve consistir em fibras de algodão novas,
não tingidas e macias, sem adição de outras fibras, e devem ser quadradas, com (100 ± 5) mm de lado
e (20 ± 1) mm de espessura, pesando entre 3 g e 4 g. O chumaço de algodão deve ser condicionado
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antes da utilização, por meio de secagem em forno a (100 ± 5) °C, por pelo menos 30 min. Após a secagem,
o chumaço de algodão pode ser armazenado em um dessecador ou em outro recipiente até o uso.
Quando do uso, deve ser colocado em uma estrutura de arame, apresentada na Figura 7, permitindo
o seu manuseio.
Dimensões em milímetros
Legenda
1 Dobradiça
2 Punho com comprimento adequado
3 Fio de aço de suporte com 0,5 mm de diâmetro
4 Tampa articulada com trava
5 Estrutura de arame de aço com 1,5 mm de diâmetro
Dois tipos de medidores de fendas, como mostrado na Figura 8, devem estar disponíveis para a verificação
da integridade. Eles devem ser fabricados na forma de varetas cilíndricas, feitas de aço inoxidável,
com (6,0 ± 0,1) mm e (25,0 ± 0,2) mm de diâmetro. Devem ser fornecidos com alças isoladas de comprimento
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adequado.
Dimensões em milímetros
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Legenda
6 Condições de ensaio
6.1 Temperatura do forno
6.1.1 Curva-padrão de elevação de temperatura
A temperatura média do forno, obtida a partir dos termopares especificados em 5.5.1.1, deve ser
monitorada e controlada de modo a corresponder à seguinte relação temperatura × tempo, também
observada na Figura 9:
onde
1100
1000
900
800
Temperatura (°C)
700
600
500
400
300
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Tempo (minutos)
O desvio percentual de na área da curva de temperatura média registrada pelos termopares, medindo
a temperatura do forno em comparação à curva-padrão de elevação de temperatura, deve estar dentro de:
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A − As
sendo d e = × 100
As
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onde
de é o desvio percentual;
Todas as áreas devem ser calculadas pelo mesmo método, como, por exemplo, soma das áreas em
intervalos não superiores a 1 min para a) e 5 min para b) a d), sendo que o cálculo deve iniciar no
começo do ensaio, como determinado em 9.3.
Em qualquer momento do ensaio, após os primeiros 10 min, a temperatura registrada por qualquer
termopar do forno não pode diferir da temperatura correspondente à curva-padrão em mais de 100 °C.
Para corpos de prova que incorporem uma quantidade significativa de material combustível, o desvio
pode ser excedido por um período não superior a 10 min, desde que esse desvio excedente esteja
claramente associado à ignição repentina de quantidades significativas de materiais combustíveis do
corpo de prova, aumentando a temperatura média do forno.
6.2.1 Geral
O sistema de medição deve ignorar as flutuações rápidas de pressão (por exemplo, com ciclos de 1 s ou
menos) associadas à turbulência etc. A pressão do forno deve ser estabelecida em relação à pressão
fora dele, a uma mesma altura.
A pressão do forno deve ser monitorada e controlada 5 min após o início do ensaio, devendo ser de
± 5 Pa da pressão nominal especificada para o corpo de prova. Após 10 min de ensaio, a pressão deve
ser de ±3 Pa da pressão nominal especificada para o corpo de prova.
Para um corpo de prova que queime rapidamente, um desvio em excesso das tolerâncias, mencionadas
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acima, na pressão do forno especificada pode ser excedido por um período máximo de 5 min, desde que
o desvio em excesso seja claramente identificado como estando associado à queima de quantidades
significativas de materiais combustíveis, aumentando a pressão no forno.
A menos que especificado de outra forma em normas de ensaios específicos, o forno deve ter o plano
de pressão neutra (pressão zero) estabelecido 500 mm acima da borda inferior do corpo de prova. Quando
uma pressão superior a 20 Pa for requerida no topo do corpo de prova vertical, a pressão nominal do
forno não pode exceder 20 Pa. Esses requisitos podem resultar no ajuste da altura do plano de pressão
neutra.
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O forno deve ser operado de forma que uma pressão relativa nula seja estabelecida a uma altura de
500 mm acima da borda inferior do corpo de prova. No entanto, a pressão no topo do corpo de prova
não pode ser superior a 20 Pa e a altura do plano de pressão neutra deve ser ajustada em concordância.
Para métodos de ensaio em que vários corpos de prova possam ser dispostos pela altura do forno e
em que uma pressão nominal fixa seja especificada para o elemento ensaiado, a pressão nominal fixa
deve ser aplicada ao elemento mais baixo, e o limite de 20 Pa no topo do corpo de prova não se aplica.
A menos que especificado de outra forma em métodos de ensaio específicos, o forno deve ser operado
de forma que a pressão na parte inferior do corpo de prova seja determinada em relação à altura do
elemento ao nível nominal do piso. Independentemente disso, a pressão nominal na parte inferior do
corpo de prova não pode exceder 20 Pa. A condição de pressão deve ser estabelecida 100 mm abaixo
da parte inferior do elemento de separação.
6.3 Carregamento
O laboratório de ensaio deve indicar claramente o que levou à determinação da carga de ensaio. A carga
de ensaio pode ser determinada com base em um dos seguintes processos:
a) verificação das propriedades reais do material do corpo de prova e uso de um método de
dimensionamento especificado em uma norma ou código estrutural reconhecido;
b) verificação das propriedades características do material do corpo de prova e uso de um método de
dimensionamento especificado em uma norma ou código estrutural reconhecido; sempre que possível,
a relação entre a resistência mecânica determinada com base nas propriedades características e
nas propriedades reais do material deve ser fornecida;
c) verificação da carga de serviço especificada em uma norma ou código de prática de projeto de uma
edificação ou indicação do solicitante do ensaio, quando o uso for para uma aplicação específica.
A relação entre a resistência mecânica em serviço e a resistência mecânica determinada com
base nas propriedades reais do material do corpo de prova e nas propriedades características do
material deve ser dada ou determinada experimentalmente.
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Orientações adicionais com base na determinação do carregamento de ensaio são fornecidas no Anexo D.
O corpo de prova deve ser montado em uma estrutura especial de apoio e contenção, de modo que
as restrições nas extremidades ou nas laterais, durante o ensaio, repliquem, de forma representativa,
aquelas que seriam aplicadas a um elemento similar em serviço.
Se uma restrição for aplicada no decorrer do ensaio, as condições de restrição devem ser descritas
em relação ao movimento do elemento antes de encontrar resistência à expansão, contração ou rotação.
Quando possível, as forças e os movimentos externos transmitidos ao elemento devido à restrição,
durante o ensaio, devem ser gravados.
O forno deve estar instalado em um laboratório com tamanho suficiente para evitar que a temperatura
do ar nas proximidades de um elemento limitador do ambiente do laboratório aumente mais de 10 °C
acima da temperatura inicial, enquanto o corpo de prova estiver em conformidade com o critério
de isolação térmica. A atmosfera do laboratório não pode permitir a formação de correntes de ar.
A temperatura do ar ambiente deve ser de (20 ± 15) °C no início do ensaio e deve ser monitorada
a uma distância de (1,0 ± 0,5) m da face não exposta, em condições tais que o sensor não seja afetado
por radiação térmica do corpo de prova ou do forno, particularmente no caso de um elemento que apenas
necessite atender ao critério de resistência ao fogo da integridade.
Após o término do ensaio, durante o período de resfriamento do forno, em especial quando o corpo
de prova representar um elemento construtivo com capacidade portante, deve ser possível garantir
a renovação do ar interno, de modo a permitir a preservação de processos de combustão dos materiais
constituintes do corpo de prova.
ser representativos do uso do elemento na prática. É importante realizar a construção usando o padrão
de acabamento normalmente utilizado em edifícios, incluindo acabamento superficial adequado, se houver.
Nenhuma variação na construção (por exemplo, existência de diferentes sistemas de juntas) deve ser
incluída em um único corpo de prova. Quaisquer modificações feitas em relação à aplicação de uso
final, para acomodar ou permitir a instalação de um corpo de prova dentro do suporte ou estrutura de
contenção, não podem ter influência significativa no comportamento do corpo de prova, e isso deve
estar descrito no relatório de ensaio.
7.2 Tamanho
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O corpo de prova deve preferencialmente ter o tamanho real do elemento que está sendo avaliado.
Quando o corpo de prova não puder ser ensaiado em tamanho real, seu tamanho deve ser estabelecido
de acordo com o respectivo método de ensaio de resistência ao fogo para elementos específicos.
Corpos de prova representativos de elementos com função de compartimentação devem ter a sua
superfície integralmente exposta às condições-padrão de aquecimento.
Deve ser ensaiado pelo menos um corpo de prova para cada condição especificada de apoio ou restrição.
Para elementos de compartimentação assimétricos que necessitem resistir ao fogo em ambos os lados,
corpos de provas representantes da aplicação de uso final devem ser sujeitos à exposição ao fogo em
cada lado, a menos que se possa estabelecer que a exposição ao fogo em um lado específico seja
mais onerosa. Elementos de compartimentação assimétricos destinados a resistir ao fogo somente
em um lado específico devem ser submetidos a um ensaio de resistência ao fogo com exposição somente
nesse lado.
7.4 Condicionamento
Um método para obter uma condição de secagem ao ar é armazenar o corpo de prova em um local
com temperatura mínima de 15 °C e umidade relativa máxima de 75 %, pelo tempo necessário para
se atingir o equilíbrio de umidade. Isso é confirmado quando duas pesagens sucessivas, realizadas
em um intervalo de 24 h, não diferirem entre si em mais de 0,1 % da massa total do corpo de prova.
O condicionamento acelerado é permitido, desde que o método não altere as propriedades do material
ou a distribuição de umidade no corpo de prova, de modo a influenciar o seu comportamento frente
ao fogo. O condicionamento a alta temperatura deve estar abaixo das temperaturas críticas para os materiais.
Se, após o condicionamento, não for possível atingir a condição de umidade especificada, mas a resistência
de projeto for atingida, o corpo de prova pode ser submetido ao ensaio de resistência ao fogo.
Prismas representativos podem ser condicionados juntamente aos corpos de prova e ser utilizados
para determinação do teor de umidade do material. Esses prismas devem ser construídos de modo
que representem a perda de umidade do corpo de prova e, portanto, devem ter espessuras e lados
expostos semelhantes. Os corpos de prova devem ser condicionados em umidade não variável.
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Elementos de concreto ou corpos de prova contendo partes de concreto não podem ser ensaiados até
que tenham sido condicionados por pelo menos três meses. Os elementos de alvenaria não podem
ser ensaiados até que tenham sido condicionados por pelo menos 28 dias.
Normas para elementos específicos podem conter regras adicionais ou alternativas para se alcançar
a umidade de equilíbrio correta.
Mais orientações sobre o condicionamento e a medição do teor de umidade são fornecidas no Anexo E.
O solicitante do ensaio deve fornecer uma descrição de todos os detalhes construtivos, desenhos e
arranjo dos principais componentes e informações sobre seus fabricantes ou fornecedores, bem como
o procedimento de montagem do elemento no laboratório antes do ensaio.
Isso deve ser feito com antecedência suficiente ao ensaio, de forma que o laboratório possa, na medida
do possível, verificar a conformidade do corpo de prova com as informações fornecidas e resolver
qualquer discrepância antes do início do ensaio. Para garantir que a descrição do elemento construtivo e
sua construção de suporte em particular estejam em conformidade com o elemento ensaiado, o laboratório
deve verificar a fabricação do elemento ou então solicitar um ou mais corpos de prova adicionais.
Ocasionalmente, pode não ser possível verificar a conformidade de todos os aspectos do corpo de
prova antes do ensaio, e informações adequadas podem não estar disponíveis após o ensaio. Quando for
necessário se basear nas informações fornecidas pelo solicitante do ensaio, isso deve estar claramente
indicado no relatório de ensaio. O laboratório deve, no entanto, assegurar-se de que as informações
reflitam totalmente o projeto do corpo de prova e deve também ter certeza de que é capaz de registrar com
precisão os detalhes construtivos no relatório de ensaio. Procedimentos adicionais para a verificação
do corpo de prova podem ser encontrados nos métodos de ensaio para elementos específicos.
8 Instrumentação
8.1 Temperatura
Os sensores de temperaturas (termopares) empregados para medir a temperatura do forno devem ser
distribuídos de modo que forneçam uma indicação confiável da temperatura média nas proximidades
do corpo de prova. O número e a posição dos sensores para cada tipo de elemento construtivo são
estabelecidos no método de ensaio específico.
Os termopares devem ser posicionados de modo que não entrem em contato com as chamas dos
queimadores do forno e devem estar a pelo menos 450 mm de distância de qualquer parede, piso ou
teto do forno.
No início do ensaio, os termopares devem estar a (100 ± 50) mm da face exposta do corpo de prova e,
na medida do possível, devem ser mantidos a essa distância durante o ensaio.
O método de apoio deve garantir que os termopares não caiam ou sejam desalojados durante o ensaio.
No início do ensaio, o forno deve possuir no mínimo o número de termopares exigido pelo método de
ensaio específico (N). Se um único termopar falhar durante o ensaio, então o laboratório não precisa
tomar ação alguma. Mas se mais de um termopar falhar durante o ensaio, o laboratório deve substituí-los,
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Os termopares devem ser resistentes, mas estão sujeitos a danos por queda de detritos e podem
deteriorar devido ao uso continuado, tornando-se um pouco menos sensíveis com o tempo. Antes de
cada ensaio, os termopares devem ser inspecionados e verificados quanto ao funcionamento adequado.
Se houver qualquer evidência de danos, deterioração ou operação inadequada em algum termopar,
este deve ser substituído.
O suporte para os termopares não pode penetrar em, ou ser fixado a, um corpo de prova, a menos que
os requisitos para a posição da junta de medição não possam ser garantidos de outra forma. Se o suporte
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para a junta de medição for inserido ou preso ao corpo de prova, ele deve ser disposto de modo a ter
o mínimo de efeito no seu comportamento em relação aos critérios de falha relevantes ou à informação
suplementar determinada.
Os termopares descritos em 5.5.1.2 devem ser fixados à superfície não exposta de um corpo de prova,
a fim de medir os aumentos médio e máximo da temperatura.
O aumento médio da temperatura na superfície não exposta deve basear-se em medições obtidas
de termopares de superfície localizados no centro do corpo de prova ou no centro de cada quarto
de seção. Quando essa superfície possuir ondulações ou nervuras, o número de termopares pode
ser aumentado, para se ter uma representação adequada nas espessuras máxima e mínima. Esses
termopares devem ser colocados a no mínimo 50 mm de distância de pontes térmicas, juntas, junções,
conexões e fixações, como porcas e parafusos, bem como em locais onde possam estar expostos
ao impacto direto de gases que passam pelo corpo de prova.
Termopares adicionais devem ser utilizados para medir o aumento máximo de temperatura nos locais
onde se prevê a existência de picos de alta temperatura. Nenhum dos termopares deve estar localizado
sobre parafusos, pregos ou grampos, que podem ter temperaturas mais altas, se a área agregada de
qualquer parte desses fixadores representar menos de 1 % da área dentro de qualquer círculo com
150 mm de diâmetro. Os termopares não podem ser colocados em fixadores com diâmetro superficial
menor que 12 mm, a não ser que estes fixadores se estendam pela montagem. Além disso, para fixadores
com diâmetro superficial menor que 12 mm, podem ser utilizados dispositivos de medição especiais.
Informações específicas sobre a localização dos termopares de superfície devem ser fornecidas nos
métodos de ensaio pertinentes a cada elemento construtivo.
Os termopares devem, de preferência, ser fixados à superfície do corpo de prova por meio de adesivos
resistentes ao calor, sendo que não pode ser colocado qualquer adesivo entre o disco de cobre e o corpo
de prova, ou entre o disco de cobre e a pastilha de material isolante, tomando-se cuidado para que
o espaço de ar entre eles, se houver, seja mínimo. Se a colagem não for possível, podem-se usar pinos,
parafusos ou prendedores, desde que eles estejam em contato somente com as partes da pastilha
que não estejam sobre o disco de cobre a ser usado.
Um termopar móvel, como especificado em 5.5.1.30, deve ser aplicado a qualquer ponto suspeito de
ter concentração de alta temperatura durante o ensaio. Se uma temperatura de 150 °C não for atingida
8.2 Pressão
Os sensores de pressão, conforme 5.5.2, devem estar localizados onde não fiquem sujeitos ao impacto
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direto de correntes de convecção das chamas ou no caminho dos gases de exaustão. Devem ser instalados
de modo que a pressão possa ser medida e monitorada, a fim de serem mantidas as condições especificadas
em 6.2. Os tubos devem estar na posição horizontal tanto no forno quanto na saída pela parede do
forno, de modo que a pressão seja relativa à mesma cota dentro e fora do forno. Se forem utilizados
sensores em forma de “T”, os ramos em “T” devem possuir orientação horizontal. Qualquer seção vertical
do tubo no instrumento de medição deve ser mantida à temperatura ambiente.
Um sensor de pressão deve ser fornecido para controlar a pressão no forno e deve estar localizado
a 500 mm do plano de pressão neutra. Um segundo sensor pode ser usado para fornecer informações
sobre o gradiente de pressão vertical dentro do forno. Este sensor deve estar localizado a 500 mm do
topo do corpo de prova.
Dois sensores de pressão devem ser fornecidos no mesmo plano horizontal, mas em posições diferentes
em relação ao perímetro do corpo de prova. Um deve ser usado para controle e o outro deve servir
para comprovação das medições do primeiro sensor.
8.3 Deformação
A instrumentação para a medição da deformação do corpo de prova deve estar localizada de modo
a fornecer dados sobre a quantidade e a taxa de deformação durante e, quando apropriado, após o ensaio
de resistência ao fogo.
8.4 Integridade
A verificação da integridade do corpo de prova deve ser feita com chumaços de algodão ou medidores de
folga adequados à natureza e à localização das fendas. O uso de chumaços de algodão pode não ser
adequado para avaliar a integridade onde ocorram fendas significativas em áreas com zona de pressão
negativa dentro do forno ou onde o conjunto representado na Figura 7 não puder ser empregado), como
detalhado em 8.4.1.
Um chumaço de algodão deve ser usado colocando-se a estrutura na qual está montado, conforme 5.5.5.1,
contra a superfície do corpo de prova, de forma adjacente à fenda ou à chama existente, por um período
de 30 s ou até a sua ignição, ou seja, quando o chumaço se tornar incandescente ou flamejante. Pequenos
ajustes de posição podem ser feitos, de modo a obter o efeito máximo dos gases quentes sobre o chumaço.
Quando houver irregularidades na superfície do corpo de prova, na área da fenda, deve-se ter cuidado
para garantir que os apoios da estrutura de suporte sejam suficientes para manter uma folga entre
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O operador pode fazer tentativas preliminares para avaliar a integridade do corpo de prova. Essas tentativas
podem envolver aplicações seletivas de curta duração do chumaço de algodão em áreas potencialmente
sujeitas à falha ou movimento de um único chumaço sobre e ao redor dessas áreas. A carbonização
do chumaço de algodão pode fornecer uma indicação de que a falha é iminente. Todavia, quando for feita
a verificação da falha do critério da integridade, conforme descrito anteriormente, deve-se utilizar um chumaço
de algodão que não tenha sido usado ainda.
Para elementos ou partes de elementos que não atendam aos critérios de isolação térmica, o chumaço
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de algodão não pode ser usado quando a temperatura na superfície não exposta, nas proximidades
da fenda, exceder 300 °C.
Quando forem utilizados medidores de largura de fendas, o tamanho da fenda na superfície do corpo
de prova deve ser avaliado em intervalos a serem determinados pela taxa aparente de deterioração do
corpo de prova. Devem ser usados dois medidores com abertura de fenda, em sequência, sem força
indevida para determinar:
a) se o medidor com abertura de 6 mm pode ser passado pelo corpo de prova, de modo que o medidor
se projete no forno e possa ser movido a uma distância de 150 mm ao longo da fenda; ou
b) se o medidor com abertura de 25 mm pode ser passado pelo corpo de prova, de modo que o medidor
se projete no forno.
Qualquer pequena interrupção na passagem do medidor que tenha pouco ou nenhum efeito sobre
a transmissão de gases quentes por essa fenda não pode ser levada em consideração (por exemplo,
pequenas fixações em uma junta da construção que se abriu devido à distorção).
O risco apresentado pela radiação térmica é avaliado no ensaio por meio da medição do fluxo total
de calor. Contudo, uma vez que o calor transferido por convecção é ínfimo, a medida é considerada,
nesta Norma, como sendo unicamente da radiação térmica. Considera-se a medição da radiação em
um plano paralelo à superfície não exposta do corpo de prova, distando 1 m desta. Isso inclui o conceito
de medição do valor médio, medido de forma oposta ao centro do corpo de prova, e o valor máximo,
que deve ser igual ou maior que o valor médio, se o corpo de prova não permitir a passagem de radiação
uniformemente.
Não há necessidade de medir a radiação de uma superfície com temperatura inferior a 300 °C,
pois a radiação térmica emitida por tal superfície é normalmente baixa (usualmente, 6 kW/m2, com
emissividade de 1,0).
9 Procedimento de ensaio
9.1 Aplicação das restrições
Dependendo do seu projeto, a restrição apropriada pode ser obtida pela construção do corpo de prova
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dentro de uma estrutura rígida. Esse método deve ser usado para divisórias e para certos tipos de
pisos, conforme apropriado. Em tais casos, os espaços entre as bordas do corpo de prova e a estrutura
devem ser preenchidos com materiais rígidos.
A restrição também pode ser aplicada por meio de sistemas de carregamento hidráulico ou outros.
As forças de restrição ou momentos podem ser feitos de modo a resistir à expansão, contração ou rotação.
Nesses casos, os valores dessas forças e momentos devem ser medidos em intervalos regulares durante
o ensaio.
Para elementos estruturais, o carregamento deve ser aplicado pelo menos 15 min antes do início do
ensaio, de forma que não sejam produzidos efeitos dinâmicos. Deformações relevantes resultantes
desse carregamento devem ser medidas. Se o corpo de prova for composto por materiais que apresentem
deformações aparentes com o carregamento previsto, a carga deve ser mantida constante antes do
início de ensaio de resistência ao fogo, até que as deformações sejam estabilizadas. Após a sua aplicação
e durante o curso do ensaio, as cargas devem ser mantidas constantes e, quando ocorrer deformação
do corpo de prova, o sistema de carregamento deve ser capaz de responder rapidamente para manter
essa condição de carregamento.
Se o corpo de prova não colapsar após o término do aquecimento, o carregamento pode ser retirado
imediatamente, a menos que seja necessário monitorar a capacidade do corpo de prova de suportar
a carga de forma continuada após um incêndio. Nesse caso, o relatório deve descrever claramente
o resfriamento do corpo de prova e se isso foi alcançado por meios artificiais, por remoção do forno
ou pela abertura do forno.
Não mais que 5 min antes do início do ensaio, as temperaturas iniciais registradas por todos os termopares
devem ser verificadas, para garantir a consistência dos dados, e os valores de referência devem ser
anotados. Dados semelhantes devem ser obtidos para a deformação, e a condição inicial do corpo de
prova deve ser registrada.
Antes do início do ensaio, a temperatura do forno deve ser inferior a 50 °C. O início do ensaio deve ser
considerado o momento em que o programa de acompanhamento da curva de elevação de temperatura
foi iniciado. O tempo decorrido deve ser medido a partir deste ponto, e todos os sistemas manuais e
automáticos de medição e observação devem começar ou estar em operação nesse momento. O forno
deve ser controlado para atender às condições de temperatura especificadas em 6.1.
Desde o início do ensaio, devem ser realizadas as medições e observações indicadas em 9.4.1 a 9.4.7,
quando apropriado.
9.4.1 Temperaturas
As temperaturas de todos os termopares, com exceção dos termopares móveis, devem ser medidas
e registradas em intervalos não superiores a 1 min, durante o período de aquecimento.
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A pressão no forno deve ser medida e registrada continuamente ou a intervalos não superiores a 5 min,
no ponto de controle.
9.4.3 Deformação
As deformações relevantes do corpo de prova devem ser medidas e registradas ao longo do ensaio. No
caso de corpos de prova com função estrutural, as medições devem ser feitas antes e após a aplicação
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a) para corpos de prova horizontais com função estrutural, as medições devem ser feitas nos locais
onde se espera que ocorram as maiores deflexões para elementos simplesmente biapoiados; isso
geralmente ocorre no meio do vão livre;
b) para corpos de prova verticais com função estrutural, deve-se medir o alongamento (que representa
um aumento na altura do corpo de prova), que deve ser expresso com sinal positivo, ou a contração
(que resulta em uma diminuição na altura do corpo de prova), que deve ser expressa com sinal negativo.
9.4.4 Integridade
A integridade dos elementos de compartimentação deve ser avaliada ao longo do ensaio e o seguinte
deve ser registrado:
a) chumaço de algodão: observar o tempo de ignição (quando o chumaço se tornar incandescente
ou flamejante, quando aplicado como especificado em 8.4.1) e o local em que ocorreu a ignição
(somente carbonização do chumaço, sem chamejamento ou incandescência);
b) medidores de abertura de fendas: observar o tempo em que é possível inserir um medidor de
abertura em qualquer fenda do corpo de prova, da forma especificada em 8.4.2, bem como a
localização da fenda;
c) chamejamento: observar a ocorrência e a duração de qualquer chama na superfície não exposta
do corpo de prova, bem como a localização das chamas.
Cada medidor de radiação térmica deve ser posicionado a uma distância de 1 m da superfície não
exposta do corpo de prova.
No início do ensaio, a mira de cada instrumento deve estar paralela (± 5°) ao plano da superfície não
exposta ao fogo do corpo de prova. A mira de cada instrumento deve estar apontando para a superfície
não exposta do corpo de prova.
Não pode haver outras superfícies emitindo radiação significativa no campo de visão do medidor.
O instrumento de medição não pode estar coberto de forma que restrinja as outras medições.
a) de forma oposta ao centro geométrico do corpo de prova, condizendo com o nível médio de radiação
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térmica neste;
b) no ponto em que se espera obter o nível máximo de fluxo de calor. Normalmente isso é lógico ou
pode ser previsto pela geometria do corpo de prova. Se o corpo de prova for simétrico em relação
ao centro e radiar calor uniformemente, isso coincidirá com a posição indicada em a).
Se o corpo de prova possuir áreas com diferentes isolações térmicas ou transmissividades, então
pode ser difícil prever onde será o ponto de máxima intensidade de radiação térmica com boa
precisão. Nesses casos, deve-se adotar o seguinte procedimento:
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i. identificar todas as áreas onde se prevê que a temperatura exceda 300 °C e cuja área
ultrapasse 0,1 m2. Medir a radiação térmica no centro nocional dessas áreas;
ii. duas ou mais partes idênticas adjacentes do corpo de prova, com a mesma altura ou largura,
separadas por menos de 0,1 m, podem ser tratadas juntamente, como uma única superfície
radiante;
iii. se a área, ou subárea, do corpo de prova em que se espera que a temperatura permaneça
abaixo de 300 °C for menor que 10 % da área total, ou subárea considerada, então a área ou
subárea pode ser tratada com uma única superfície radiante. Isso permite a consideração de
elementos como, por exemplo, esquadrias.
Medições tomadas em cada posição descrita em 9.4.5.1 devem ser registradas ao longo do ensaio
de resistência ao fogo, em intervalos de até 1 min.
Em cada posição específica de medição, deve ser registrado e reportado no relatório de ensaio o tempo
necessário para que a radiação térmica exceda os valores de 5 kW/m2, 10 kW/m2, 15 kW/m2, 20 kW/m2
e 25 kW/m2. Deve-se deixar claro no relatório se essas medições foram tomadas como valores médios
ou máximos de intensidade de radiação térmica.
Para elementos estruturais, deve-se anotar o momento em que o corpo de prova se torna incapaz de
suportar o carregamento previsto no ensaio. Qualquer variação nas forças sendo medidas ou nos momentos
necessários para manter uma restrição aplicada ao corpo de prova deve ser registrada.
Devem ser feitas observações sobre o comportamento geral do corpo de prova durante o ensaio e
anotações relativas à ocorrência de fenômenos como deformação, fissuração, fusão ou amolecimento
dos materiais, fragmentação ou carbonização e quaisquer outros que possam ser verificados nos materiais
de construção do corpo de prova. Se houver fumaça sendo emitida a partir da superfície não exposta
do corpo de prova, isso deve ser mencionado no relatório.
O ensaio pode ser continuado após o descrito em b), para que se obtenham dados adicionais.
10 Critérios de desempenho
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Os critérios de desempenho apresentados devem ser empregados juntamente com aqueles estabelecidos
na ABNT NBR 16945 e em métodos de ensaio específicos relativos a cada tipo de elemento construtivo,
onde pode haver informações sobre a existência de alguma exceção à regra geral de classificação
estabelecida nesta Norma.
10.1 Geral
Esta Seção descreve os critérios de desempenho que devem ser considerados na avaliação da resistência
ao fogo de vários elementos construtivos existentes que foram submetidos ao ensaio de resistência
ao fogo, como previsto nesta Norma. Requisitos adicionais podem ser anexados aos critérios de
desempenho principais. Para o critério de isolação térmica, pode ser necessário o uso de uma
classificação específica, que é função do tipo de elemento construtivo e rigor da isolação térmica que
o elemento fornece.
A resistência ao fogo é o período de tempo durante o qual o corpo de prova demonstra conformidade
com esses critérios de desempenho, que aferem a estabilidade de uma construção estrutural e sua
eficácia como uma barreira de compartimentação. Quando um corpo de prova representar um elemento
destinado a desempenhar ambas as funções, seu desempenho deve ser julgado em ambos os critérios.
A resistência ao fogo do corpo de prova deve ser julgada contra um ou mais dos seguintes critérios
de desempenho, conforme aplicável.
Para certos elementos construtivos, pode ser necessária a verificação de critérios especiais estabelecidos
em métodos de ensaio específicos.
Capacidade portante é o tempo durante o qual o corpo de prova continua a manter sua capacidade
de suportar o carregamento previsto durante o ensaio.
A determinação do atendimento ou não deste critério é estabelecida pela taxa de deflexão e deflexão
real no elemento. Uma vez que podem ocorrer deflexões relativamente rápidas até que se alcance uma
situação estável, a verificação pela taxa de deflexão só deve ocorrer após a deflexão real ter excedido
o valor de L/30.
Para os efeitos desta Norma, considera-se que ocorreu uma falha no critério da capacidade portante
quando os seguintes atributos forem excedidos:
400 d
2
Taxa de deflexão limitante, dD = L mm/min;
dt 9000 d
onde
10.2.2 Integridade, E
Integridade é o tempo durante o qual o corpo de prova continua a manter sua função de compartimentação
durante o ensaio, não permitindo a ocorrência dos seguintes eventos:
c) aparecimento de chamas na superfície não exposta do corpo de prova que durem mais de 10 s.
NOTA A aplicação do medidor de abertura pode ser dispensada para a avalição da integridade, levando em
conta os requisitos estabelecidos em outras normas que abordem o tema e que considerem as características
e funções específicas do elemento construtivo.
Isolação térmica é o tempo durante o qual o corpo de prova continua a manter sua função de
compartimentação durante o ensaio, sem desenvolver temperaturas em sua superfície não exposta que:
a) na média, aumentam mais que 140 °C acima da temperatura média inicial; ou
b) em qualquer ponto, aumentam mais que 180 °C em relação à temperatura média inicial, incluindo
medidas feitas com termopar móvel.
NOTA Outras condições relativas à isolação térmica, distintas das básicas apresentadas em a) e b), podem
ser consideradas, levando em conta os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 16945 e em outras normas
que abordem o tema e que considerem as características e funções específicas do elemento construtivo.
Redução de radiação térmica é o tempo durante o qual o corpo de prova continua mantendo o calor
radiado de sua superfície não exposta abaixo de um determinado limite.
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A avaliação da redução de radiação térmica é feita pela medição do valor máximo de radiação, na
superfície não exposta do elemento, durante o ensaio. Para que um dado elemento atenda a esse
critério, durante o ensaio de resistência ao fogo, o valor-limite de radiação térmica deve ser de 15 kW/m2.
11 Validade do ensaio
O ensaio deve ser considerado válido se tiver sido realizado dentro de todos os limites especificados
relativos ao equipamento de ensaio, condições de ensaio, preparação do corpo de prova, aplicação
da instrumentação e procedimento de ensaio, de acordo com esta Norma.
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O ensaio também pode ser aceito se as condições de exposição ao fogo relacionadas à temperatura
do forno, pressão e temperatura ambiente excederem o limite superior das tolerâncias especificadas
na Seção 6.
A resistência ao fogo do corpo de prova deve ser indicada, em minutos, com base no tempo em que
os critérios de desempenho foram atendidos.
Quando o critério da capacidade portante não for atendido, os critérios de desempenho da isolação
térmica e da integridade devem ser assumidos automaticamente como não satisfeitos.
Quando o critério da integridade não for atendido, o critério de desempenho da isolação térmica deve
ser assumido automaticamente como não satisfeito.
Quando o critério da integridade não for atendido devido à abertura de fendas, conforme 10.2.2-b),
ou devido ao aparecimento de chamas conforme 10.2.2-c), o critério de desempenho da redução de
radiação térmica deve ser assumido automaticamente como não satisfeito.
Quando um ensaio for encerrado antes da falha de todos os critérios de desempenho relevantes para
aquele elemento, o motivo do encerramento deve ser declarado. O resultado deve ser dado como
o tempo até o término do ensaio e deve ser qualificado de acordo com os critérios de resistência ao fogo
apropriados.
de prova:
a) capacidade portante: ≥ 128 min (o processo foi interrompido a pedido do solicitante
do ensaio);
b) integridade: 120 min;
c) isolação térmica: 110 min;
d) redução de radiação térmica: 120 min.
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Se o chumaço de algodão não for usado devido às altas temperaturas na superfície não exposta do
corpo de prova, o tempo da ocorrência dessa situação deve ser declarado.
13 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve conter a seguinte declaração em destaque:
“Este relatório fornece os detalhes construtivos, as condições de ensaio e os resultados obtidos após
a realização do ensaio de resistência ao fogo do elemento construtivo específico, com base nesta Norma.
Qualquer variação significativa em relação ao tamanho, detalhes construtivos, cargas, tensões, contorno
ou condições de extremidade podem invalidar esses resultados de ensaio.”
O relatório de ensaio deve incluir todas as informações relevantes quanto ao corpo de prova e ao ensaio
de resistência ao fogo, incluindo os itens específicos apresentados a seguir e aqueles exigidos pelos
métodos de ensaio específicos para cada elemento construtivo:
b) nome(s) e endereço(s) do(s) solicitante(s) do ensaio, produto(s) e fabricante(s) do corpo de prova
e qualquer um dos seus componentes, se conhecidos (se não forem conhecidos, isso deve estar
declarado);
c) procedimento de montagem e detalhes construtivos do corpo de prova, com desenhos, incluindo
as dimensões dos componentes e, sempre que possível, fotografias;
d) propriedades relevantes dos materiais utilizados que influenciaram o desempenho do corpo de
prova no ensaio de resistência ao fogo, juntamente com os métodos que foram usados para essas
determinações, incluindo, por exemplo, informações sobre a determinação do teor de umidade e
o condicionamento do corpo de prova, quando apropriado;
e) para elementos estruturais, a carga aplicada ao corpo de prova e a base para o seu cálculo;
g) informações sobre a localização de todos os termopares e dos dispositivos de medição das
deformações e pressão, juntamente com uma representação gráfica ou tabular dos dados obtidos
a partir desses dispositivos durante o ensaio;
h) determinação, com base nos critérios da Seção 10, do ponto de término do ensaio;
j) para elementos de compartimentação assimétricos, a direção na qual o corpo de prova foi ensaiado
[04.928.468/0001-00]
e a validade ou não desse resultado de ensaio, caso o elemento seja exposto a chamas na outra
direção.
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Anexo A
(informativo)
A.1 Geral
A maioria dos produtos resistentes ao fogo fornecidos pelos fabricantes é diferente dos corpos de provas
ensaiados originalmente. Os produtos são fornecidos em uma ampla variedade de tamanhos, formas
e materiais, incluindo acabamentos, a fim de atender às necessidades do mercado. É impraticável
ensaiar todas as variações de forma, tamanho ou material de cada produto. No entanto, não é aceitável,
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e muitas vezes não é permitido, que grandes variações de produtos sejam fornecidas pelo fabricante
sem alguma forma de justificativa ou aprovação reconhecida. Portanto, deve haver um mecanismo pelo
qual variações dos corpos de prova ensaiados possam ser aceitas com um grau razoável de confiança
e de que tais variantes tenham um desempenho igualmente bom, caso fossem submetidas ao mesmo ensaio.
Essa série de regras permite que os reguladores de construção e outros órgãos aceitem o produto
sem que eles próprios façam um julgamento ou solicitem uma opinião profissional de uma autoridade
reconhecida. As variações permitidas sob aplicação direta podem ser introduzidas automaticamente
nos produtos manufaturados sem avaliação adicional.
Variações fora das regras dadas na aplicação direta e considerações sobre a interpolação e extrapolação
de uma série de ensaios caem no escopo de aplicação ampliada. Isso envolve uma análise aprofundada
do projeto e desempenho do produto específico em ensaio por uma autoridade reconhecida, que deve
produzir um relatório de aplicação ampliada sobre as variações. As metodologias adotadas na aplicação
ampliada baseiam-se em métodos de cálculo ou pareceres de peritos, de acordo com o estabelecido
nas normas específicas. Cada norma de aplicação ampliada é escrita com base nos procedimentos
empregados na realização de aplicação ampliada para diferentes elementos.
Anexo B
(informativo)
B.1 Geral
Muitos elementos ensaiados quanto à resistência ao fogo são montados no forno, embutidos em algum
tipo de construção existente entre esses elementos e a estrutura do forno. Isso pode ocorrer devido
ao seu tamanho. Por exemplo, a maioria das selagens de aberturas de passagem e dos conjuntos de
portas não é grande o suficiente para fechar a abertura frontal ou superior de um forno. Além disso,
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É necessário, portanto, conhecer as propriedades dessas construções para poder determinar a influência
que elas podem ter sobre o elemento que está sendo ensaiado. Essas construções são conhecidas como
construções de suporte, porque dão suporte ao corpo de prova na estrutura de ensaio. Normalmente
são divididas em dois tipos: construções de suporte padronizadas e construções de suporte não padronizadas.
A construção de suporte padronizada escolhida reflete a natureza do elemento a ser ensaiado, a duração
prevista do ensaio e o campo direto de aplicação do resultado. Por exemplo, uma porta de enrolar
com resistência ao fogo prevista de 4 h, projetada para uso em paredes de alvenaria ou concreto, não
pode ser ensaiada em uma construção de suporte padronizada de gesso acartonado leve de 30 min.
Tal construção é inadequada para suportar uma porta de enrolar, pois iria falhar logo após 30 min,
tornando-se insuficiente para avaliar o desempenho de um corpo de prova por 4 h. O campo direto
de aplicação em uma construção de suporte padronizada leve não cobre automaticamente o uso do
corpo de prova em construções de concreto ou alvenaria.
Alguns métodos de ensaio específicos têm diferentes construções de suporte padronizadas. Isso ocorre
porque os diferentes métodos avaliam o desempenho do corpo de prova com relação à transferência
de calor entre a construção e o corpo de prova, e resistência à distorção induzida termicamente de
maneiras diferentes.
de construções de suporte não padronizadas são divisórias pré-fabricadas industriais, divisórias com
materiais combustíveis e tipos especiais de parede de alvenaria.
O aspecto mais importante das construções de suporte não padronizadas é que elas provavelmente
têm um campo direto de aplicação muito mais restrito (se houver) do que as construções de suporte
[04.928.468/0001-00]
padronizadas. Isso ocorre porque a influência na transferência de calor entre a construção e o corpo
de prova, bem como a resistência à distorção induzida termicamente, não são conhecidas. Essas
são as propriedades das construções de suporte padronizadas que permitem um campo direto de
aplicação para aquele tipo de construção de suporte a ser gerado. Assim, os ensaios em construções
de suporte não padronizadas são de valor mais limitado do que aqueles em construções de suporte
padronizadas.
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Anexo C
(informativo)
C.1.1 Manutenção
sensíveis com o tempo. Antes de cada ensaio, eles devem ser inspecionados e verificados quanto
à operação adequada. Se houver qualquer evidência de danos, deterioração ou operação inadequada,
eles não podem ser usados e devem ser substituídos.
C.1.2 Posicionamento
O suporte para os termopares não pode penetrar no, ou ser anexado ao, corpo de prova, a menos que
os requisitos específicos para a posição da junção de medição não possam ser garantidos de outra
forma. Se o suporte penetrar ou for preso ao corpo de prova, ele deve ser disposto de forma a ter um
efeito mínimo no comportamento do corpo de prova, em relação aos critérios de falha relevantes ou
às informações suplementares que estão sendo determinadas.
C.2.1 Geral
Quando forem necessárias informações sobre as temperaturas atingidas por componentes individuais
ou partes de um corpo de prova dentro de sua construção, os termopares devem ser escolhidos com
base no tipo e no projeto apropriados para se adequar ao tipo de medição a ser feita.
C.2.2 Especificação
Termopares para medir temperaturas internas dos corpos de prova devem ser do tipo K (cromel/alumel),
com fios com diâmetro de 0,5 mm inseridos em bainha de aço inoxidável com diâmetro externo de 1,5 mm,
com junção isolada, pote liso em latão, isolação mineral e comprimento suficiente para a ligação no
equipamento de medição. Termopares com diâmetros maiores podem ser utilizados, desde que não
seja possível usar a configuração especificada anteriormente.
Métodos apropriados devem ser adotados para fixar as junções de medição com segurança aos
componentes ou à construção, de modo que o comportamento térmico não seja muito perturbado.
Por exemplo, uma junção pode ser transformada em uma seção de metal pesado por meio da perfuração
de um orifício na seção apenas ligeiramente maior em diâmetro do que a junção do termopar, e profundo
o suficiente para acomodar a junção abaixo da superfície. A junção pode ser inserida no orifício e
rebarbada na borda do orifício com um punção, para reter os fios na posição. Alternativamente, a junção
quente pode ser soldada à seção.
Para seções de metal leve, a junção de medição pode ser colocada sob a cabeça de um pequeno
[04.928.468/0001-00]
parafuso ou rebite.
Uma junção semelhante pode ser conectada a pequenos componentes de metal, como parafusos ou
fios, envolvendo a cauda ao redor do componente. Nessas aplicações, o primeiro contato entre um
fio e outro do par de fios existente no termopar precisa ocorrer próximo à superfície cuja temperatura
está sendo medida. O contato térmico pode ser melhorado, aplicando um pouco de solda, que deve
permanecer eficaz mesmo em temperaturas acima do seu ponto de fusão.
O contato térmico pode ser feito inserindo a junção e os condutores isolados em um orifício com um
material adequado com propriedades semelhantes. As junções e seus terminais também podem ser
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Os fios das junções devem, sempre que possível, ser levados ao longo de uma isotérmica por uma
distância de pelo menos 50 mm e, em seguida, para o exterior do corpo de prova, de forma que não
sofram temperaturas mais altas do que a junção quente. Não pode haver qualquer junta ou junção
feita nos fios até que eles saiam da amostra.
b) condensação:
c) curto-circuito por qualquer aspecto da construção do corpo de prova ou resultante das condições
de aquecimento durante o ensaio de resistência ao fogo;
d) danos resultantes da deformação do corpo de prova durante o ensaio de resistência ao fogo.
C.3.1 Geral
Quando um corpo de prova de um elemento de compartimentação for avaliado por suas propriedades
de isolação térmica, os termopares de superfície devem ser fixados em sua superfície não exposta, de
acordo com 5.5.1.2, e os requisitos devem ser detalhados no método de ensaio específico.
C.3.2 Posicionamento
Colocar a junção de medição em superfícies planas, de modo que toda a superfície do disco de
cobre esteja em bom contato com a superfície não exposta do corpo de prova. Fixar a faixa isolante
à superfície do corpo de prova com um adesivo resistente ao calor ou por algum fixador mecânico
preso pela área externa da cobertura do disco de cobre. Deve-se assegurar que nenhum adesivo
fique entre o disco e a superfície do corpo de prova e que qualquer fixador mecânico tenha um efeito
insignificante na transmissão de calor pelo corpo de prova para o disco de cobre.
Quando for necessário fixar termopares com disco de cobre em uma superfície não exposta que possua
uma superfície irregular, deve-se fazer uma superfície lisa de tamanho 30 mm × 30 mm, a fim de fornecer
contato total. Se a superfície não puder ser alisada, o termopar deve ser fixado a ela, preenchendo
somente o entorno das bordas do disco com o uso de um cimento cerâmico.
Quando for necessário colocar a junção de medição a um detalhe pequeno no corpo de prova, não
pode ser aplicada a junção a um detalhe, por exemplo, ranhuras ou reentrâncias, com diâmetro inferior
a 12 mm. Deve-se posicionar o termopar somente quando esse detalhe que se deseja monitorar for maior
que 12 mm. Se necessário, distorcer ou cortar a faixa isolante, mas sem afetar a parte diretamente
sobre o disco.
C.3.3.1 Geral
No caso de união por adesivo, este deve ser aplicado em uma película fina suficiente, para dar uma
união adequada. Deve haver um intervalo de tempo suficiente entre a união dos termopares e o ensaio,
para que se obtenham condições de umidade favoráveis, no caso do adesivo cerâmico, e evaporação
do solvente, no caso do adesivo de contato.
C.3.3.2 Aço
A faixa isolante com o termopar deve ser colada à superfície limpa do aço por meio de pasta de cimento,
a fim de formar um adesivo resistente a altas temperaturas. O adesivo deve ter uma consistência tal
que nenhum auxílio mecânico seja necessário para fins de retenção durante o processo de secagem.
Se houver dificuldade na ligação, pode-se utilizar a retenção por fita adesiva, desde que a fita seja
removida com antecedência suficiente ao ensaio, para permitir a secagem completa do adesivo.
Deve-se ter cuidado na remoção da fita, para garantir que a faixa isolante não seja danificada. Se
a faixa do termopar for danificada quando a fita for removida, o termopar deve ser substituído.
C.3.3.3 Lã mineral
Os termopares com faixas isolantes devem ser dispostos de forma que, se houver uma tela de arame
superficial, ela possa ajudar na retenção. Em todos os casos, a ligação à superfície fibrosa deve ser
feita com um adesivo de contato. A natureza do adesivo requer um tempo de secagem antes que
as superfícies de contato sejam unidas, evitando assim a necessidade de pressão externa.
Os termopares não podem ser instalados até que o spray de fibra mineral atinja uma condição de
umidade estável. Em todos os casos, deve-se usar a técnica de colagem para o aço e, quando houver
uma tela de arame superficial, os termopares devem ser fixados ao isolante de forma que a tela de
arame auxilie na retenção.
A técnica especificada em C.3.3.4 para spray de fibra mineral deve ser empregada.
C.3.3.7 Madeira
Para muitas construções isoladas de madeira, a maneira mais prática de fixar termopares na construção
é prendê-los pela faixa dentro da madeira. Deve-se ter cuidado para que os grampos não atravessem
o disco ou os fios do termopar, nem entrem em contato com eles de alguma forma. Alternativamente,
pode-se usar uma pasta de cimento, conforme já especificado em C.3.3.2, para as construções de aço.
Quando um termopar for colocado sobre uma superfície com acabamento superficial fino, por exemplo,
uma tinta, é recomendado que o acabamento da superfície seja primeiro removido com abrasivo antes
de se fixar o termopar.
Anexo D
(informativo)
D.1 Geral
O carregamento aplicado a um corpo de prova durante um ensaio de resistência ao fogo tem um
efeito significativo sobre o seu desempenho, além de ser uma consideração importante na aplicação
posterior dos resultados de ensaio e em comparação com resultados de ensaios similares. Desta forma,
é responsabilidade do solicitante do ensaio informar a condição do serviço e especificar, juntamente
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É importante notar que é desejável que qualquer método que tenha sido empregado para especificar
a carga aplicada durante o ensaio tenha como referência a carga-limite última do elemento à temperatura
ambiente. Além disso, é essencial que a base para o seu desenvolvimento seja claramente fornecida
no relatório, bem como qualquer outra informação pertinente, como propriedades do material e níveis
de tensão que afetem a significância e a aplicação do resultado de ensaio. Deve ser considerado
que a carga aplicada no ensaio não é necessariamente a mesma a que o elemento construtivo está
submetido na prática.
Ao relacionar a carga de ensaio requerida com as propriedades características dos materiais que
compõem o corpo de prova, os valores podem ser normalmente fornecidos pelo fabricante do material
ou podem ser obtidos por referência à literatura relativa às propriedades-padrão dos materiais em
questão (geralmente fornecidos em um intervalo). Na maioria dos casos, isso resulta em um valor baixo
para a carga de ensaio, uma vez que os valores reais são geralmente mais altos do que os valores
característicos. Por outro lado, esta prática se relaciona mais de perto com os procedimentos de projeto
típicos e com as práticas correspondentes, no que diz respeito à especificação de materiais empregados
em estruturas de edificações. O emprego dos resultados obtidos em tais ensaios pode ser ampliado,
se as propriedades reais do material forem determinadas ou se as tensões reais nos componentes
estruturais dos corpos de prova forem estabelecidas durante o ensaio de resistência ao fogo.
Se o carregamento de ensaio estiver relacionado a uma situação específica, sua aplicação em outras
situações deve ser muito mais limitada, pois a carga de ensaio é invariavelmente menor do que normalmente
seria aplicada. Desde que os elementos estruturais tenham sido selecionados considerando-se a
necessidade de suportar as cargas normais de projeto, conforme previsto pelos códigos estruturais
reconhecidos, deve haver uma maior margem de segurança e melhor resistência ao fogo para esses
elementos estruturais, quando comparados com o desempenho dos corpos de prova sujeitos a
carregamentos derivados das propriedades medidas dos seus materiais componentes. A utilidade dos
resultados do ensaio pode ser ampliada, se os dados das propriedades físicas reais dos materiais
estruturais puderem ser obtidos e se os níveis de tensão a que esses elementos estão submetidos
puderem ser reproduzidos.
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Anexo E
(informativo)
E.1 Geral
A condição do corpo de prova deve, no momento do ensaio, ser semelhante em relação à sua resistência
mecânica e ao teor de umidade a que o elemento estaria na condição normal de uso. Essa condição
é considerada aquela que seria estabelecida em equilíbrio resultante do armazenamento em atmosfera
ambiente de 50 % de umidade relativa a 23 °C.
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O teor de umidade de quaisquer materiais higroscópicos usados em uma construção tem influência
quando o corpo de prova é exposto às condições do ensaio de resistência ao fogo. Teores de umidade
elevados podem levar ao desenvolvimento de altas pressões de vapor no interior do corpo de prova,
que podem causar delaminação de materiais e fragmentação do concreto, bem como produzir gradientes
de umidade anormalmente altos e, portanto, distorções em materiais, como, por exemplo, madeiras.
Da mesma forma, os corpos de prova com baixos teores de umidade, pouco representativos da
realidade, podem ser afetados por efeitos anormais do fluxo de calor. No caso de construções com
juntas, há aberturas de contração menores do que o esperado com teores de umidade mais elevados.
Em condições normais de uso, prevê-se que o teor de umidade por massa em materiais comuns seja
o especificado em a) a c). Recomenda-se que esses níveis de umidade em relação à massa seca,
conforme fornecido em E.2, existam nos corpos de prova sendo avaliados para uso interno.
a) madeira:
ii. madeira estrutural e não estrutural a ser exposta ou parcialmente exposta no ambiente interno
aquecido ou não aquecido: 9 % a 12 %.
iii. todas as outras aplicações, estruturais ou não estruturais, onde a madeira deve ser isolada
das condições ambientais internas do edifício: 14 % a 18 %.
Embora essas recomendações se apliquem aos materiais na construção do corpo de prova, a condição
dos materiais usados em qualquer construção, associada ao fechamento do forno, também pode
influenciar o comportamento ao fogo e, portanto, algum controle deve ser exercido em relação a esses
componentes.
O condicionamento de alta temperatura é permitido, desde que a temperatura esteja abaixo das
temperaturas críticas para qualquer um dos materiais presentes no corpo de prova.
Os métodos de ensaios para elementos específicos podem conter orientações adicionais ou alternativas
para a obtenção do equilíbrio de umidade.
A utilização de medidores de umidade de leitura direta é um método conveniente para determinar o teor de
umidade de corpos de prova finalizados. O uso de tais medidores está, no entanto, sujeito a limitações
de uso. Quando medidores são usados para determinar o teor de umidade do concreto armado, a armadura
de aço pode facilmente causar erros de leitura, devido à condutividade do aço.
Da mesma forma, materiais compostos por madeira, como compensado e construções laminadas com
cola, causam erros, devido à condutividade das linhas do adesivo.
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Nestes casos, devem ser usados medidores de eletrodo de pino isolados. Embora os medidores de
umidade estejam disponíveis para diversos materiais, eles nem sempre podem determinar o teor
de umidade com precisão suficiente. O uso de medidores deve, portanto, ser limitado àqueles que
demonstrarem uma correlação satisfatória com as técnicas de secagem em estufa e, mesmo assim,
o uso destes deve ser limitado a materiais homogêneos sem construção composta. Quando os medidores
de umidade forem considerados inadequados, devem ser utilizadas técnicas de secagem em estufa.
Ao usar técnicas de secagem em estufa, o teor médio de umidade deve ser determinado. Em corpos
de prova espessos, isso envolve a remoção de uma amostra do núcleo que se estenda da superfície
até um ponto no meio da espessura. Esta amostra deve ser pesada e então seca em uma estufa
operada a uma temperatura de (105 ± 5) °C [exceto para os produtos à base de gesso, que devem ser
secos a uma temperatura de (50 ± 5) °C], até que a massa medida fique em equilíbrio, estabelecido
quando duas pesagens sucessivas, em intervalos de 24 h, diferirem em menos de 0,1 %. O teor de
umidade pode ser calculado a partir da diferença entre duas massas. Deve-se ter cuidado para que,
durante o processo de extração da amostra do núcleo, o teor de umidade não seja alterado.
Anexo F
(informativo)
F.1 Geral
É um requisito apresentado em 9.4.3 que a deflexão horizontal dos corpos de prova deve ser medida
periodicamente, para que se possa apresentar um histórico do movimento horizontal do corpo de
prova durante o ensaio de resistência ao fogo. Este Anexo detalha um método para a medição da
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F.2 Equipamento
O laboratório deve prover uma referência fixa posicionada horizontalmente ao longo do corpo de
prova, na altura em que a medição deve ser feita. A referência pode ser uma barra rígida, geralmente
de aço, ou um fio sob tensão (geralmente um cabo de aço). A referência deve ser posicionada
a alguma distância da superfície não exposta do corpo de prova, para garantir que a deflexão do corpo
de prova, para o lado externo do forno, não resulte em contato com a referência. Uma distância de
150 mm é normalmente suficiente para garantir uma folga adequada. A referência também deve ser tal
que não se deforme na direção do forno ou para longe deste, devido ao calor emitido pelo corpo de prova.
O laboratório deve fornecer um dispositivo de medição para determinar a distância entre a referência
e o corpo de prova. Uma régua de aço geralmente é suficientemente precisa para isso.
F.3 Procedimento
Antes de iniciar o ensaio, as referências devem ser fixadas na frente do corpo de prova, na altura em
que a medição é necessária. O corpo de prova deve ser marcado, por exemplo, com uma série de
letras A, B, C etc., nas posições de medição. Para medir os valores, o operador deve medir a distância
entre a referência e o corpo de prova, e a registrar como valor de tempo zero, podendo-se registrá-la
também em uma tabela. Deve-se ter cuidado para não danificar o corpo de prova durante essas
medições.
Após o início do ensaio, leituras adicionais devem ser feitas em intervalos adequados, para fornecer
um histórico de movimento do corpo de prova. Deve-se ter cuidado para que o operador não seja
submetido a calor excessivo, devido à proximidade com o corpo de prova. Não existem regras fixas
para esses intervalos, mas algumas sugestões são dadas a seguir:
a) ensaio de 30 min: a cada 10 min até 20 min. Depois disso, a cada 5 min;
b) ensaio de 60 min: a cada 10 min até 50 min. Depois disso, a cada 5 min;
c) ensaio de 90 min: a cada 20 min até 80 min. Depois disso, a cada 5 min;
d) ensaio de 120 min: a cada 20 min até 100 min. Depois disso, a cada 10 min;
e) ensaio de 180 min: a cada 30 min até 150 min. Depois disso, a cada 10 min;
[04.928.468/0001-00]
f) ensaio de 240 min: a cada 30 min até 210 min. Depois disso, a cada 10 min.
Pode ser aconselhável reduzir o intervalo de tempo entre as medições, se for observado que o corpo
de prova pode falhar antes do tempo previsto.
F.4 Relatórios
Uma vez que todos os valores medidos tenham sido coletados, eles devem ser processados antes
de serem colocados no relatório. É importante que as medições de tempo zero sejam subtraídas de
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todos os outros valores, para dar o movimento efetivo ocorrido durante o ensaio. Isso pode resultar na
produção de valores negativos, devido à deformação voltada para fora do forno. Os valores devem ser
incorporados ao relatório em forma de tabela ou podem ser representados graficamente.
Anexo G
(normativo)
G.1 Geral
Este Anexo apresenta regimes alternativos de elevação de temperatura que podem ser adotados em
situações específicas. Neste Anexo são fornecidos detalhes das curvas alternativas de crescimento
lento e de exposição pelo lado externo de fachadas. Nas seções pertinentes a cada curva, são dadas
explicações sobre as situações em que elas podem ser empregadas.
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Sempre que não for exigido o uso específico de uma das curvas alternativas de elevação de temperatura,
a curva-padrão de elevação de temperatura, estabelecida nesta Norma, deve ser usada.
G.2.1 Geral
Em alguns casos, elementos construtivos podem ser expostos a condições menos severas que
incêndios em locais confinados. Exemplos disso são as paredes no perímetro de uma edificação que
podem ser expostas a um incêndio externo ao edifício ou às chamas vindas de janelas ou aberturas.
Há a necessidade de garantir que não haja o reingresso do incêndio na edificação. Devido à natureza
de incêndios externos, nos quais a dissipação de calor é maior, propõe-se para esses casos uma
exposição com menor severidade.
Se for identificada a possibilidade de ocorrer esse tipo de exposição, deve-se usar a curva de exposição
pelo lado externo de fachadas apresentada em G.2.2.
G.2.2 Relação temperatura-tempo para curva de exposição pelo lado externo de fachadas
A curva de exposição pelo lado externo de fachadas é determinada pela equação a seguir:
onde
G.2.3 Tolerâncias
O desvio percentual de na área da curva de temperatura média registrada pelos termopares que
medem a temperatura do forno em comparação à curva de elevação de temperatura determinada pela
relação apresentada em G.2.2 deve estar dentro dos seguintes intervalos:
[04.928.468/0001-00]
A − As
sendo d e = × 100
As
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onde
de é o desvio percentual;
Todas as áreas devem ser computadas pelo mesmo método, como, por exemplo, soma das áreas em
intervalos não superiores a 1 min, sendo que o cálculo deve iniciar a partir do começo do ensaio.
Em qualquer momento do ensaio, após os primeiros 10 min, a temperatura registrada por qualquer
termopar do forno não pode diferir da temperatura especificada em mais de 100 °C.
Para corpos de prova que incorporem uma quantidade significativa de material combustível, esse desvio
pode ser excedido por um período não superior a 10 min, desde que esse desvio excedente esteja
claramente associado à ignição repentina de quantidades significativas de materiais combustíveis do
corpo de prova, aumentando a temperatura média do forno.
G.3.1 Geral
Se for identificada a possibilidade de ocorrer esse tipo de exposição, deve-se usar a curva de crescimento
lento apresentada em G.3.2.
T = 154 t 0,25 + 20
onde
G.3.3 Tolerâncias
O desvio percentual na área da curva de temperatura média registrada pelos termopares que medem
a temperatura do forno em comparação à curva de elevação de temperatura estabelecida pela relação
apresentada em G.3.2 deve estar dentro dos seguintes intervalos:
A − As
sendo d e = × 100
As
onde
de é o desvio percentual;
Todas as áreas devem ser computadas pelo mesmo método, como, por exemplo, soma das áreas em
intervalos não superiores a 1 min, sendo que o cálculo deve iniciar a partir do começo do ensaio.
Em qualquer momento do ensaio, após os primeiros 10 min, a temperatura registrada por qualquer
termopar do forno não pode diferir da temperatura especificada em mais de 100 °C.
Para corpos de prova que incorporem uma quantidade significativa de material combustível, esse desvio
pode ser excedido por um período não superior a 10 min, desde que esse desvio excedente esteja
claramente associado à ignição repentina de quantidades significativas de materiais combustíveis do
corpo de prova, aumentando a temperatura média do forno.
[04.928.468/0001-00]
O desempenho deve ser avaliado pela comparação entre o comportamento dos corpos de prova
ensaiados com a curva de crescimento lento e o comportamento com a curva-padrão de elevação
de temperatura. Os corpos de prova devem ser idênticos em cada exposição, mas não podem
necessariamente ser o próprio elemento construtivo a ser classificado. Os corpos de prova devem ser
estabelecidos com base no método de ensaio apropriado.
G.3.5 Critérios
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1100
1000
900 1
800
2
Temperatura (ºC)
700
600
500
400
3
300
200
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Legenda
Bibliografia
[1] ISO 834-1:1999, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 1: General
[04.928.468/0001-00]
requirements
[3] BS EN 1363-2:1999, Fire resistance tests – Part 2: Alternative and additional procedures
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