Você está na página 1de 55

Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.

468/0001-00]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16965
Primeira edição
29.04.2021
[04.928.468/0001-00]

Ensaio de resistência ao fogo de elementos


construtivos — Diretrizes gerais
Fire resistance tests for elements of building construction — General
guidance
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

ICS 13.220.01

Número de referência
ABNT NBR 16965:2021
47 páginas

© ABNT 2021
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021


[04.928.468/0001-00]
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

© ABNT 2021
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

ii © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Sumário Página

Prefácio...............................................................................................................................................vii
Introdução..........................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
[04.928.468/0001-00]

2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Símbolos..............................................................................................................................3
5 Equipamentos de ensaio....................................................................................................4
5.1 Geral.....................................................................................................................................4
5.2 Forno....................................................................................................................................4
5.3 Arranjo de carregamento mecânico..................................................................................5
5.4 Quadros de restrição e suporte.........................................................................................5
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

5.5 Instrumentação....................................................................................................................5
5.5.1 Temperatura.........................................................................................................................5
5.5.2 Pressão..............................................................................................................................10
5.5.3 Carga..................................................................................................................................10
5.5.4 Deformação........................................................................................................................ 11
5.5.5 Integridade......................................................................................................................... 11
5.5.6 Redução da radiação térmica..........................................................................................12
5.6 Precisão dos equipamentos de medição gerais............................................................13
6 Condições de ensaio........................................................................................................13
6.1 Temperatura do forno.......................................................................................................13
6.1.1 Curva-padrão de elevação de temperatura.....................................................................13
6.1.2 Tolerâncias para a curva-padrão.....................................................................................14
6.1.3 Curvas alternativas de elevação de temperatura...........................................................14
6.2 Diferencial de pressão no forno......................................................................................14
6.2.1 Geral...................................................................................................................................14
6.2.2 Elementos verticais...........................................................................................................15
6.2.3 Elementos horizontais......................................................................................................15
6.2.4 Elementos sem função de compartimentação...............................................................15
6.3 Carregamento....................................................................................................................15
6.4 Condições de restrição.....................................................................................................16
6.5 Condições do ambiente....................................................................................................16
6.6 Desvio em relação às condições de ensaio especificadas...........................................16
6.7 Ambiente dentro do forno após o ensaio.......................................................................16
7 Preparação do corpo de prova........................................................................................17
7.1 Construção........................................................................................................................17
7.2 Tamanho.............................................................................................................................17
7.3 Quantidade de corpos de prova......................................................................................17
7.4 Condicionamento..............................................................................................................17
7.5 Verificação do corpo de prova.........................................................................................18
8 Instrumentação..................................................................................................................18

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados iii


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

8.1 Temperatura.......................................................................................................................18
8.1.1 Termopares do forno........................................................................................................18
8.1.2 Termopares da superfície não exposta...........................................................................19
8.1.3 Termopares móveis...........................................................................................................19
[04.928.468/0001-00]

8.1.4 Termopares internos.........................................................................................................20


8.2 Pressão..............................................................................................................................20
8.2.1 Fornos para elementos verticais.....................................................................................20
8.2.2 Fornos para elementos horizontais.................................................................................20
8.3 Deformação........................................................................................................................20
8.4 Integridade.........................................................................................................................20
8.4.1 Chumaço de algodão........................................................................................................20
8.4.2 Medidores de abertura de fendas....................................................................................21
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

8.5 Redução de radiação térmica..........................................................................................21


9 Procedimento de ensaio...................................................................................................22
9.1 Aplicação das restrições..................................................................................................22
9.2 Aplicação do carregamento.............................................................................................22
9.3 Início do ensaio.................................................................................................................22
9.4 Medições e observações..................................................................................................22
9.4.1 Temperaturas.....................................................................................................................23
9.4.2 Pressão no forno...............................................................................................................23
9.4.3 Deformação........................................................................................................................23
9.4.4 Integridade.........................................................................................................................23
9.4.5 Redução de radiação térmica..........................................................................................23
9.4.6 Carga e restrições.............................................................................................................24
9.4.7 Comportamento geral.......................................................................................................24
9.5 Encerramento do ensaio..................................................................................................25
10 Critérios de desempenho.................................................................................................25
10.1 Geral...................................................................................................................................25
10.2 Critérios de desempenho principais...............................................................................25
10.2.1 Capacidade portante, R....................................................................................................25
10.2.2 Integridade, E.....................................................................................................................26
10.2.3 Isolação térmica, I.............................................................................................................26
10.2.4 Redução de radiação térmica, W.....................................................................................27
11 Validade do ensaio............................................................................................................27
12 Apresentação dos resultados de ensaio........................................................................27
12.1 Resistência ao fogo..........................................................................................................27
12.2 Critérios de desempenho.................................................................................................27
12.2.1 Isolação térmica e integridade em relação à capacidade portante..............................27
12.2.2 Isolação térmica em relação à integridade.....................................................................27
12.2.3 Redução de radiação térmica em relação à integridade...............................................27
12.3 Encerramento antes da falha...........................................................................................27
12.4 Expressão dos resultados de ensaio..............................................................................28
13 Relatório de ensaio...........................................................................................................28

iv © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo A (informativo) Campo de aplicação de resultados dos ensaios........................................30


A.1 Geral...................................................................................................................................30
A.2 Campo direto de aplicação...............................................................................................30
A.3 Campo ampliado de aplicação.........................................................................................30
[04.928.468/0001-00]

Anexo B (informativo) Função das construções de suporte...........................................................31


B.1 Geral...................................................................................................................................31
B.2 Construções de suporte padronizadas...........................................................................31
B.3 Construções de suporte não padronizadas...................................................................31
Anexo C (informativo) Informações gerais sobre termopares........................................................33
C.1 Termopares de forno.........................................................................................................33
C.1.1 Manutenção.......................................................................................................................33
C.1.2 Posicionamento.................................................................................................................33
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

C.2 Termopares internos.........................................................................................................33


C.2.1 Geral...................................................................................................................................33
C.2.2 Especificação....................................................................................................................33
C.2.3 Métodos de fixação e posicionamento...........................................................................33
C.3 Termopares na superfície não exposta...........................................................................34
C.3.1 Geral...................................................................................................................................34
C.3.2 Posicionamento.................................................................................................................34
C.3.2.1 Superfícies planas.............................................................................................................34
C.3.2.2 Superfícies irregulares.....................................................................................................35
C.3.2.3 Detalhes pequenos no corpo de prova...........................................................................35
C.3.3 Fixação em materiais específicos...................................................................................35
C.3.3.1 Geral...................................................................................................................................35
C.3.3.2 Aço......................................................................................................................................35
C.3.3.3 Lã mineral..........................................................................................................................35
C.3.3.4 Spray de fibra mineral.......................................................................................................35
C.3.3.5 Spray de vermiculita/cimento..........................................................................................36
C.3.3.6 Placas compostas por agregado fibroso ou mineral.....................................................36
C.3.3.7 Madeira...............................................................................................................................36
C.3.3.8 Superfícies com aplicação de acabamentos especiais.................................................36
Anexo D (informativo) Orientação para seleção do carregamento de ensaio...............................37
D.1 Geral...................................................................................................................................37
D.2 Opções para selecionar o carregamento de ensaio......................................................37
Anexo E (informativo) Orientação sobre condicionamento.............................................................39
E.1 Geral...................................................................................................................................39
E.2 Orientação sobre técnicas de medição...........................................................................40
E.2.1 Medidor de umidade de leitura direta..............................................................................40
E.2.2 Técnicas de secagem em estufa......................................................................................40
Anexo F (informativo) Orientação sobre medições de deflexão em elementos
de compartimentação verticais usando uma referência fixa........................................41
F.1 Geral...................................................................................................................................41
F.2 Equipamento......................................................................................................................41

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados v


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

F.3 Procedimento....................................................................................................................41
F.4 Relatórios...........................................................................................................................42
Anexo G (normativo) Curvas alternativas de elevação de temperatura.......................................43
G.1 Geral...................................................................................................................................43
[04.928.468/0001-00]

G.2 Curva de exposição pelo lado externo de fachadas......................................................43


G.2.1 Geral...................................................................................................................................43
G.2.2 Relação temperatura-tempo para curva de exposição pelo lado externo
de fachadas........................................................................................................................43
G.2.3 Tolerâncias.........................................................................................................................44
G.3 Curva de crescimento lento.............................................................................................44
G.3.1 Geral...................................................................................................................................44
G.3.2 Relação temperatura-tempo para curva de crescimento lento.....................................45
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

G.3.3 Tolerâncias.........................................................................................................................45
G.3.4 Avaliação do desempenho...............................................................................................46
G.3.5 Critérios..............................................................................................................................46
Bibliografia..........................................................................................................................................47

Figuras
Figura 1 – Termômetro de placa.........................................................................................................7
Figura 2 – Termopar interno do forno com fios nus.........................................................................7
Figura 3 – Junta de medição com disco de cobre e pastilha isolante............................................8
Figura 4 – Fixação do termopar na superfície não exposta.............................................................8
Figura 5 – Montagem do termopar móvel..........................................................................................9
Figura 6 – Sensores de pressão.......................................................................................................10
Figura 7 – Suporte do chumaço de algodão.................................................................................... 11
Figura 8 – Medidores de fendas........................................................................................................12
Figura 9 – Curva-padrão de elevação de temperatura....................................................................13
Figura G.1 – Comparação entre as curvas de elevação de temperatura......................................46

vi © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
[04.928.468/0001-00]

de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são


elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16965 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Vedações Corta-Fogo (CE-024:101.006). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 03, de 23.03.2021 a 22.04.2021.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16965 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies a test method for determining the fire resistance of various elements of
construction when subjected to standard fire exposure conditions. The test data thus obtained will
permit subsequent classification on the basis of the duration for which the performance of the tested
elements under these conditions satisfies specified criteria.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados vii


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Introdução

Esta Norma fornece diretrizes gerais para execução de ensaios de resistência ao fogo de elementos
construtivos de edificações. Esta Norma apresenta, de forma específica, as exigências aplicadas à
[04.928.468/0001-00]

capacitação laboratorial, procedimentos a serem adotados e requisitos gerais em relação aos corpos
de prova a serem submetidos aos ensaios.

Esta Norma é aplicada em conjunto com métodos específicos de ensaio que apresentam orientações
quanto à forma, tamanho e outras características dos elementos construtivos que se deseja avaliar.
Isto também deve ser feito para a definição de outras particularidades de ensaio, como os critérios de
resistência ao fogo a serem considerados para cada elemento construtivo, como forma de se avaliar
o atendimento de cada um desses critérios e o campo de aplicação que pode ser obtido a partir dos
resultados de ensaio.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Os resultados obtidos podem ser diretamente aplicáveis a outros elementos semelhantes ou variações
do elemento ensaiado. As variações permitidas em cada aplicação dependem do campo direto de
aplicação do resultado de ensaio. Isso é restringido pelo fornecimento de regras que limitam a variação
do corpo de prova sem que se necessite de avaliação adicional. As regras para determinar as variações
permitidas são fornecidas em cada método de ensaio específico.

Variações fora daquelas permitidas pela aplicação direta são cobertas pela aplicação ampliada de
resultados de ensaio. Isso resulta de uma análise aprofundada do projeto e desempenho de um produto
específico, por uma autoridade reconhecida. Considerações adicionais sobre a aplicação direta e
ampliada são fornecidas no Anexo A.

A duração na qual o elemento ensaiado, conforme modificado por seu campo direto ou ampliado de
aplicação, satisfaz os critérios específicos permite a classificação subsequente.

viii © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16965:2021

Ensaio de resistência ao fogo de elementos construtivos — Diretrizes gerais

1 Escopo
[04.928.468/0001-00]

Esta Norma especifica o método de ensaio de referência para a determinação da resistência ao fogo
de vários elementos construtivos, quando submetidos a condições-padrão de exposição ao fogo. Os
dados de ensaio assim obtidos permitem a classificação da resistência ao fogo desses elementos com
base no tempo em que o desempenho desses, sob essas condições, atende aos critérios especificados.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 16945, Classificação da resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações

IEC 60584-1,Thermocouples – Part 1: EMF specifications and tolerances

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
aplicação de uso final
aplicação real de um elemento construtivo, em relação a todos os aspectos que influenciam o seu
comportamento e sob situação específica de exposição ao fogo

NOTA Esta aplicação abrange aspectos como quantidade, orientação, posição em relação a outros elementos
adjacentes e método de fixação.

3.2
construção de suporte
construção que pode ser necessária para o ensaio de algum elemento construtivo em que o respectivo
corpo de prova será montado

EXEMPLO Uma parede na qual uma porta será instalada.

NOTA Para informações de construção de suporte, consultar o Anexo B.

3.3
construção do ensaio
conjunto completo do corpo de prova, juntamente à sua construção de suporte

3.4
corpo de prova
elemento de uma edificação fornecido com o objetivo de se determinar a sua resistência ao fogo ou
contribuição à resistência ao fogo de outros elementos construtivos

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 1


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

3.5
critérios de resistência ao fogo

3.5.1
capacidade portante
[04.928.468/0001-00]

capacidade do elemento construtivo de suportar a exposição ao fogo, em um ou mais lados, por um


determinado período de tempo, preservando a sua estabilidade estrutural

3.5.2
integridade
capacidade do  elemento construtivo  de suportar a exposição ao fogo em um lado apenas, por um
determinado período de tempo, sem que haja transmissão do fogo para o outro lado

NOTA A integridade pode ser avaliada pela ocorrência de trincas ou aberturas que excedam determinadas
dimensões, pela passagem de quantidade significativa de gases quentes ou chamas, ou pela falha dos
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

mecanismos de travamento, no caso de elementos móveis, como portas e vedadores.

3.5.3
isolação térmica
capacidade do elemento construtivo de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em um
lado apenas, por um determinado período de tempo, enquanto as temperaturas medidas no lado
protegido permanecem abaixo de valores especificados

NOTA A isolação térmica reduz a condução de calor que pode ocorrer em intensidade suficiente para
ignizar materiais em contato com a superfície protegida de um corpo de prova, provendo também uma barreira
que protege as pessoas próximas à superfície oposta ao fogo durante o período de classificação de resistência
ao fogo.

3.5.4
redução de radiação térmica
capacidade do elemento de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em um lado apenas,
por um determinado período de tempo, enquanto a medição do calor radiado no lado protegido permanece
abaixo de um nível especificado

3.6
deformação
qualquer alteração na dimensão ou na forma de um elemento construtivo, devido a ações mecânicas
ou térmicas, gerando deflexão, expansão ou contração desse elemento

3.7
elemento construtivo
parte constituinte da edificação

EXEMPLO Paredes, divisórias, tetos, vigas ou pilares.

3.8
elemento de compartimentação
elemento construtivo destinado a separar duas áreas adjacentes de um edifício durante um incêndio 

3.9
elemento estrutural
elemento construtivo capaz de suportar cargas externas em um edifício, inclusive durante um incêndio

2 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

3.10
fluxo de calor
quantidade de energia térmica por unidade de área incidente no dispositivo de medição, que inclui o calor
transferido por convecção e por radiação
[04.928.468/0001-00]

3.11
nível nocional
nível assumido de um elemento, como piso ou teto, em relação à posição do elemento construtivo
durante a aplicação real

3.12
plano de pressão neutra
cota em que a pressão é igual dentro e fora do forno

3.13
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

propriedades reais do material


propriedades de um material determinadas a partir de amostras representativas, coletadas de um corpo
de prova feito para ensaio de resistência ao fogo, de acordo com os requisitos normativos do elemento
em questão

3.14
restrição
controle da expansão, retração ou rotação (induzida por ações térmicas ou mecânicas), ocasionado por
condições de extremidades, bordas ou apoios em um corpo de prova

4 Símbolos
Símbolo Descrição Unidade
A Área sob a curva de temperatura medida no forno durante o ensaio °C. min
As Área sob a curva-padrão de elevação de temperatura °C. min
C Contração axial medida desde o início do aquecimento mm
C(t) Contração axial no instante t, durante o ensaio mm
Taxa de contração axial, definida como:
dC
C (t2 ) − C (t1) mm/min
dt
t2 − t1
Distância da fibra extrema na zona de compressão até a fibra
d extrema na zona de tração na seção estrutural do corpo de prova mm
de um ensaio de flexão
D Deflexão medida a partir do início do aquecimento mm
D(t) Deflexão no instante, durante o ensaio mm
Taxa de deflexão, definida como:
dD
D (t2 ) − D (t1) mm/min
dt
t2 − t1
h Altura inicial do corpo de prova carregado axialmente mm

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 3


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Símbolo Descrição Unidade


L Comprimento do vão livre do corpo de prova mm
de Variação percentual (ver 6.1.2) %
[04.928.468/0001-00]

t Tempo desde o início do aquecimento min


T Temperatura do forno de ensaio °C

5 Equipamentos de ensaio
5.1 Geral

Os equipamentos empregados na condução do ensaio consistem essencialmente nos seguintes


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

componentes:

 a) um forno especialmente projetado para sujeitar o corpo de prova às condições de ensaio
especificadas nesta Norma;

 b) equipamento de controle que permita que a temperatura no forno seja regulada, conforme
especificado em 6.1;

 c) equipamento de controle e monitoramento da pressão dos gases quentes dentro do forno, conforme
especificado em 6.2;

 d) equipamento de içamento que possa realizar a movimentação de corpos de prova, a fim de
posicioná-los de forma apropriada no forno, para que sejam desenvolvidas condições adequadas
de aquecimento e pressão;

 e) arranjo para carregamento mecânico e contenção do corpo de prova, nas situações previstas por
esta Norma;

 f) equipamento para avaliar a integridade e a radiação térmica oriundas do corpo de prova, verificar
a conformidade do desempenho com os critérios descritos na Seção 10 e medir o tempo decorrido.

5.2 Forno

O forno de ensaio deve ser projetado para empregar combustíveis gasosos e deve ser capaz de:

 a) aquecer elementos de compartimentação verticais ou horizontais em um lado; ou

 b) aquecer pilares em todos os lados; ou

 c) aquecer paredes em mais de um lado; ou

 d) aquecer vigas em três ou quatro lados, conforme apropriado.

NOTA Os fornos podem ser projetados para que conjuntos de mais de um elemento possam ser ensaiados
simultaneamente, desde que todos os requisitos para cada elemento individual possam ser cumpridos.

O revestimento final do forno deve consistir em materiais com densidades inferiores a 1 000 kg/m3.
Esses materiais devem ter espessura mínima de 50 mm e compor pelo menos 70 % da superfície
interna do forno a ser exposta às chamas.

4 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

5.3 Arranjo de carregamento mecânico


O arranjo de carregamento mecânico deve ser capaz de submeter os corpos de prova ao nível de carga
determinado em 6.3. A carga pode ser aplicada de forma hidráulica, mecânica ou por meio de pesos.

O arranjo de carregamento deve poder simular condições de carregamento pontual ou distribuído


[04.928.468/0001-00]

uniformemente, concêntrico ou excêntrico, de acordo com o apropriado para solicitar o respectivo


elemento construtivo. O arranjo de carregamento também deve ser capaz de manter a carga de ensaio
em um valor constante (dentro de ± 5 % do valor-alvo), sem alterar a sua distribuição durante o período
de resistência ao fogo para o critério da capacidade portante. O equipamento deve ser capaz de acompanhar
a deformação máxima e a taxa de deformação do corpo de prova durante o período de ensaio.

O arranjo de carregamento não pode influenciar significativamente a transferência de calor pelo corpo
de prova nem impedir o uso de faixas isolantes no termopar. Também não pode interferir com a medição
da temperatura superficial ou deformação e deve permitir que a face não exposta possa ser observada
com facilidade. A área total de contato entre o arranjo de carregamento e a superfície do corpo de prova
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

não pode exceder 10 % da área total da superfície de um corpo de prova ensaiado na horizontal.

Nos casos em que o carregamento tenha que ser mantido após o término da etapa de aquecimento,
devem-se preparar meios para que isso seja executado.

5.4 Quadros de restrição e suporte


Estruturas especiais ou outros arranjos devem ser utilizados para reproduzir as condições de contorno
e de restrição apropriadas para os corpos de prova do ensaio, conforme especificado em 6.4.

5.5 Instrumentação
5.5.1 Temperatura

5.5.1.1 Temperatura do forno

A temperatura interna do forno deve ser medida de uma das seguintes formas:

 a) com termômetros de placas (tipo “Plate”) que compreendem a fixação de um sensor em uma chapa
de aço dobrada e isolada com material inorgânico, nas seguintes condições:

● a placa deve ser construída com (150 ± 1) mm de comprimento, (100 ± 1) mm de largura e


(0,7 ± 0,1) mm de espessura, fabricada com liga metálica de níquel, conforme a Figura 1;

● o termopar deve ser constituído por fios de cromel/alumel (tipo K), conforme estabelecido
na IEC 60584-1, contidos dentro de bainha metálica de inconel 600 isolada e resistente ao
calor, com diâmetro nominal de 1 mm, sendo a junção isolada da bainha, com comprimento
suficiente para a ligação ao equipamento de ensaio;

● a junção do termopar deve ser fixada no centro geométrico da placa, na posição representada
na Figura 1, por meio de uma tira de aço pequena, feita do mesmo material da placa (níquel).
A tira de aço pode ser soldada à placa ou aparafusada, para facilitar a substituição do
termopar. A tira deve ter 18 mm de comprimento e 6 mm de largura, se soldada, ou 25 mm
de comprimento e 6 mm de largura, se aparafusada. O parafuso deve ter 2 mm de diâmetro;

● a placa e o termopar devem ser isolados com material de isolamento inorgânico, com as
seguintes especificações: comprimento de (97 ± 1) mm, largura de (97 ± 1) mm, espessura
de (10 ± 1) mm e densidade nominal de (280 ± 30) kg/m3;

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 5


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

● antes da primeira utilização, o conjunto completo de cada termômetro de placa deve ser
envelhecido por meio da colocação em um forno pré-aquecido a 1 000 °C, por 1 h. A exposição
em um forno de resistência ao fogo por 90 min sob a curva-padrão de elevação de temperatura
também é aceitável;
[04.928.468/0001-00]

● quando um termômetro de placa for utilizado mais de uma vez, um registro de seu uso deve
ser mantido, indicando, para cada utilização, as verificações efetuadas e a duração do uso.
O termopar e a faixa de material isolante devem ser substituídos após um total de 50 h de
exposição no forno;

 b) com termopares feitos com fios nus de cromel/alumel (tipo K), com diâmetro de 1,2 mm a 3,2 mm,
isolados por miçangas cerâmicas e junta de medida exposta na extensão entre 20 mm e 25 mm.
A junta entre os fios deve ser feita mecanicamente, torcendo-os e deixando um espaço entre eles,
logo abaixo da junta, de (15 ± 5) mm, conforme apresentado na Figura 2.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Para ambas as possibilidades de instrumentação interna do forno de ensaio, os termopares devem ser
inseridos em tubos metálicos de inconel ou em dispositivos similares, para permanecerem nas posições
estabelecidas nesta Norma.

5.5.1.2 Temperatura na superfície não exposta

A temperatura na superfície não exposta de um corpo de prova deve ser medida por meio de termopares
com disco de medição, conforme apresentado na Figura 3. Para que haja um bom contato térmico, os
fios do termopar do tipo K (crome/alumel), com diâmetro não maior que 0,65 mm, devem ser soldados
a um disco de cobre com 0,2 mm de espessura e 12,0 mm de diâmetro. Cada termopar deve ser coberto
com uma pastilha quadrada de material isolante, com (30 ± 2) mm de lados, (2,0 ± 0,5) mm de espessura
e (900 ± 100) kg/m3 de densidade, a menos que especificado de outra forma em métodos de ensaio
de elementos construtivos específicos. Antes de cada ensaio, as pastilhas devem ser secas em estufa
a 105 °C, por pelo menos 30 min. O equipamento de medição e aquisição dos dados deve poder operar
dentro dos limites especificados em 5.6.

A pastilha deve ser fixada à superfície do corpo de prova, sem adesivo entre o disco de cobre e a superfície
do corpo de prova, ou entre o disco de cobre e a pastilha. Fitas de aço com 70 mm de comprimento e
20 mm de largura, com dois furos nas extremidades, fixadas com parafusos ou dispositivos similares,
podem ser usadas para esta tarefa, conforme apresentado na Figura 4, assim como grampos metálicos.

5.5.1.3 Termopares móveis

Um ou mais termopares móveis, conforme o modelo apresentado na Figura 5, ou outro tipo de dispositivo
de medição de temperatura, com precisão e tempo de resposta iguais ou menores que os do modelo
apresentado na Figura 5, devem estar disponíveis para fazer a medição da temperatura da superfície
não exposta, em pontos com suspeita de haver temperaturas mais altas durante o ensaio. A junta
de medição do termopar consiste em fios com 1,0 mm de diâmetro, soldados a um disco de cobre
com 12,0 mm de diâmetro e 0,5 mm de espessura. O conjunto do termopar deve ser provido de um
instrumento que permita que qualquer ponto da superfície não exposta do corpo de prova possa ser
alcançado para medição com o termopar móvel.

6 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Dimensões em milímetros
[04.928.468/0001-00]
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Legenda

1 Termopar
2 Tira soldada ou parafusada
3 Local da fixação da ponta do termopar (junta quente)
4 Material isolante
5 Placa metálica dobrada de liga níquel, com (0,7 ± 0,1) mm de espessura
6 Face da placa

Figura 1 – Termômetro de placa

Dimensões em milímetros

Figura 2 – Termopar interno do forno com fios nus

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 7


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Dimensões em milímetros
[04.928.468/0001-00]
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Legenda

1 Fio do termopar com diâmetro não maior que 0,65 mm


2 Disco de cobre com 0,2 mm de espessura
3 Cortes para permitir que a pastilha seja posicionada sobre o disco de cobre
4 Local de corte alternativo

Figura 3 – Junta de medição com disco de cobre e pastilha isolante

a) Fita de aço para fixação do disco de cobre na superfície não exposta

Figura 4 – Fixação do termopar na superfície não exposta (continua)

8 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021


[04.928.468/0001-00]

b) Termopar após finalização da montagem

Figura 4 (conclusão)
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Dimensões em milímetros

Legenda

1 Tubo de suporte de aço resistente ao calor, com 13 mm de diâmetro


2 Isolante cerâmico com furo duplo com 8 mm de diâmetro
3 Fio do termopar com 1,0 mm de diâmetro
4 Disco de cobre com 12 mm de diâmetro e 0,5 mm de espessura

Figura 5 – Montagem do termopar móvel

5.5.1.4 Temperatura interna

Quando forem necessárias informações sobre a temperatura interna de um corpo de prova ou componente
específico, isso deve ser obtido por meio de termopares com características adequadas à faixa de
temperatura a ser medida, bem como adequadas ao tipo de material do corpo de prova. Mais informações
estão detalhadas no Anexo C.

5.5.1.5 Temperatura ambiente

A temperatura ambiente no laboratório deve ser medida com um termopar, nas proximidades do corpo
de prova, antes e durante o período de ensaio. O termopar deve ter nominalmente 3 mm de diâmetro,
deve ser isolado mineralmente e ser do tipo K, com bainha de aço inoxidável, conforme estabelecido
na IEC 60584-1. A junta de medição deve ser protegida contra calor irradiado e correntes de vento.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 9


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

5.5.2 Pressão

A pressão no forno deve ser medida por um dos sensores apresentados na Figura 6. O equipamento
de medição e aquisição dos dados deve poder operar dentro dos limites especificados em 5.6.
[04.928.468/0001-00]

Dimensões em milímetros
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Legenda

a) Sensor “T”
1 Tubo de aço inoxidável, com diâmetro interno de (7,5 ± 2,5) mm
b) Sensor de tubo
1 Tubo de aço inoxidável
2 Extremidades soldadas
3 Furos com diâmetro de 1,2 mm

Figura 6 – Sensores de pressão

5.5.3 Carga

Ao usar pesos, nenhuma medição adicional da carga é necessária durante o ensaio. As cargas aplicadas
por meio de arranjos hidráulicos devem ser medidas por uma célula de carga ou outro equipamento
apropriado com a mesma precisão ou por monitoramento da pressão hidráulica em um ponto adequado.
Os equipamentos de medição e aquisição desses dados devem ser capazes de operar nos limites
especificados em 5.6.

10 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

5.5.4 Deformação

As medições da deformação podem ser feitas por um equipamento que empregue técnicas mecânicas,
ópticas ou elétricas. Quando esse equipamento for utilizado para verificação dos critérios de resistência
ao fogo (por exemplo, medições de deflexão ou contração), ele deve poder operar a uma frequência
[04.928.468/0001-00]

de pelo menos uma leitura por minuto. Devem ser tomadas todas as precauções necessárias para
evitar qualquer desvio nas leituras do sensor, devido ao aumento de temperatura.

5.5.5 Integridade

5.5.5.1 Chumaço de algodão

Salvo se houver especificação contrária nos métodos de ensaio de elementos construtivos específicos,
o chumaço de algodão usado na verificação da integridade deve consistir em fibras de algodão novas,
não tingidas e macias, sem adição de outras fibras, e devem ser quadradas, com (100 ± 5) mm de lado
e (20 ± 1) mm de espessura, pesando entre 3 g e 4 g. O chumaço de algodão deve ser condicionado
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

antes da utilização, por meio de secagem em forno a (100 ± 5) °C, por pelo menos 30 min. Após a secagem,
o chumaço de algodão pode ser armazenado em um dessecador ou em outro recipiente até o uso.
Quando do uso, deve ser colocado em uma estrutura de arame, apresentada na Figura 7, permitindo
o seu manuseio.
Dimensões em milímetros

Legenda

1 Dobradiça
2 Punho com comprimento adequado
3 Fio de aço de suporte com 0,5 mm de diâmetro
4 Tampa articulada com trava
5 Estrutura de arame de aço com 1,5 mm de diâmetro

Figura 7 – Suporte do chumaço de algodão

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 11


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

5.5.5.2 Medidores de largura de fendas

Dois tipos de medidores de fendas, como mostrado na Figura 8, devem estar disponíveis para a verificação
da integridade. Eles devem ser fabricados na forma de varetas cilíndricas, feitas de aço inoxidável,
com (6,0 ± 0,1) mm e (25,0 ± 0,2) mm de diâmetro. Devem ser fornecidos com alças isoladas de comprimento
[04.928.468/0001-00]

adequado.

Dimensões em milímetros
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Legenda

1 Haste de aço inoxidável


2 Cabo isolado

Figura 8 – Medidores de fendas

5.5.6 Redução da radiação térmica

Especificamente para medição da radiação térmica, é necessário um instrumento de medição de fluxo


de calor que atenda às seguintes especificações:

 a) mira: a mira do instrumento não pode ser protegida por


vidro ou submetida à retirada de gás, mas deve ser
suscetível tanto à convecção como à radiação térmica;
 b) imite de medição sugerido: 0 a 50 kW/m2;

 c) precisão: ± 5 % do limite máximo;

 d) constante de tempo (tempo necessário < 10 s;


para atingir 64 % do valor total):

 e) ângulo de visão: 180° ± 5°.

12 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

5.6 Precisão dos equipamentos de medição gerais


Os equipamentos de medição devem ser capazes de fazer as respectivas medições com os seguintes
níveis de precisão:

 a) medição de temperatura forno: ± 15 °C;


[04.928.468/0001-00]

ambiente e face não exposta ± 4 °C;


outra ± 10 °C;
 b) medição da pressão ± 2 Pa;
 c) intensidade de carga ± 2,5 % da carga;
 d) medição da contração axial ou expansão ± 0,5 mm;
 e) medição de outras deformações ± 2 mm;
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

6 Condições de ensaio
6.1 Temperatura do forno
6.1.1 Curva-padrão de elevação de temperatura

A temperatura média do forno, obtida a partir dos termopares especificados em 5.5.1.1, deve ser
monitorada e controlada de modo a corresponder à seguinte relação temperatura × tempo, também
observada na Figura 9:

T = 345 log10 (8t + 1) + 20

onde

T é a temperatura média do forno, expressa em graus Celsius (°C);

t é o tempo, expresso em minutos (min).

1100
1000
900
800
Temperatura (°C)

700
600
500
400
300
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Tempo (minutos)

Figura 9 – Curva-padrão de elevação de temperatura

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 13


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

6.1.2 Tolerâncias para a curva-padrão

O desvio percentual de na área da curva de temperatura média registrada pelos termopares, medindo
a temperatura do forno em comparação à curva-padrão de elevação de temperatura, deve estar dentro de:
[04.928.468/0001-00]

 a) de ≤ 15 % para 5 < t ≤ 10;


 b) de = 15 – 0,5 (t – 10) % para 10 < t ≤ 30;
 c) de = 5 – 0,083 (t – 30) % para 30 < t ≤ 60;
 d) de = 2,5 % para t > 60.

A − As
sendo d e = × 100
As
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

onde

de é o desvio percentual;

A é a área sob a curva de temperatura média registrada no forno;

As é a área sob a curva-padrão de elevação de temperatura especificada nesta Norma;

t é o tempo, em minutos (min).

Todas as áreas devem ser calculadas pelo mesmo método, como, por exemplo, soma das áreas em
intervalos não superiores a 1 min para a) e 5 min para b) a d), sendo que o cálculo deve iniciar no
começo do ensaio, como determinado em 9.3.

Em qualquer momento do ensaio, após os primeiros 10 min, a temperatura registrada por qualquer
termopar do forno não pode diferir da temperatura correspondente à curva-padrão em mais de 100 °C.

Para corpos de prova que incorporem uma quantidade significativa de material combustível, o desvio
pode ser excedido por um período não superior a 10 min, desde que esse desvio excedente esteja
claramente associado à ignição repentina de quantidades significativas de materiais combustíveis do
corpo de prova, aumentando a temperatura média do forno.

6.1.3 Curvas alternativas de elevação de temperatura

Regimes alternativos de elevação de temperatura podem ser adotados em situações específicas,


conforme indicado no Anexo G.

6.2 Diferencial de pressão no forno

6.2.1 Geral

A distribuição de pressão ao longo da altura de um forno é principalmente influenciada pelo efeito de


flutuabilidade natural dos gases. Para o controle da pressão, pode-se supor que o gradiente de pressão
seja de, aproximadamente, 8 Pa por metro de altura do forno.

O sistema de medição deve ignorar as flutuações rápidas de pressão (por exemplo, com ciclos de 1 s ou
menos) associadas à turbulência etc. A pressão do forno deve ser estabelecida em relação à pressão
fora dele, a uma mesma altura.

14 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

A pressão do forno deve ser monitorada e controlada 5 min após o início do ensaio, devendo ser de
± 5 Pa da pressão nominal especificada para o corpo de prova. Após 10 min de ensaio, a pressão deve
ser de ±3 Pa da pressão nominal especificada para o corpo de prova.

Para um corpo de prova que queime rapidamente, um desvio em excesso das tolerâncias, mencionadas
[04.928.468/0001-00]

acima, na pressão do forno especificada pode ser excedido por um período máximo de 5 min, desde que
o desvio em excesso seja claramente identificado como estando associado à queima de quantidades
significativas de materiais combustíveis, aumentando a pressão no forno.

6.2.1.1 Plano de pressão neutra

A menos que especificado de outra forma em normas de ensaios específicos, o forno deve ter o plano
de pressão neutra (pressão zero) estabelecido 500 mm acima da borda inferior do corpo de prova. Quando
uma pressão superior a 20 Pa for requerida no topo do corpo de prova vertical, a pressão nominal do
forno não pode exceder 20 Pa. Esses requisitos podem resultar no ajuste da altura do plano de pressão
neutra.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

6.2.2 Elementos verticais

O forno deve ser operado de forma que uma pressão relativa nula seja estabelecida a uma altura de
500 mm acima da borda inferior do corpo de prova. No entanto, a pressão no topo do corpo de prova
não pode ser superior a 20 Pa e a altura do plano de pressão neutra deve ser ajustada em concordância.

Para métodos de ensaio em que vários corpos de prova possam ser dispostos pela altura do forno e
em que uma pressão nominal fixa seja especificada para o elemento ensaiado, a pressão nominal fixa
deve ser aplicada ao elemento mais baixo, e o limite de 20 Pa no topo do corpo de prova não se aplica.

6.2.3 Elementos horizontais

A menos que especificado de outra forma em métodos de ensaio específicos, o forno deve ser operado
de forma que a pressão na parte inferior do corpo de prova seja determinada em relação à altura do
elemento ao nível nominal do piso. Independentemente disso, a pressão nominal na parte inferior do
corpo de prova não pode exceder 20 Pa. A condição de pressão deve ser estabelecida 100 mm abaixo
da parte inferior do elemento de separação.

6.2.4 Elementos sem função de compartimentação

Os elementos sem função de compartimentação devem ser submetidos às condições de pressão


semelhantes às descritas em 6.2.2 e 6.2.3 conforme apropriado para os elementos com a mesma
orientação, ou seja, com vigas adotando os critérios de elementos horizontais e pilares adotando os
critérios de elementos verticais.

6.3 Carregamento

O laboratório de ensaio deve indicar claramente o que levou à determinação da carga de ensaio. A carga
de ensaio pode ser determinada com base em um dos seguintes processos:

 a) verificação das propriedades reais do material do corpo de prova e uso de um método de
dimensionamento especificado em uma norma ou código estrutural reconhecido;

 b) verificação das propriedades características do material do corpo de prova e uso de um método de
dimensionamento especificado em uma norma ou código estrutural reconhecido; sempre que possível,
a relação entre a resistência mecânica determinada com base nas propriedades características e
nas propriedades reais do material deve ser fornecida;

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 15


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

 c) verificação da carga de serviço especificada em uma norma ou código de prática de projeto de uma
edificação ou indicação do solicitante do ensaio, quando o uso for para uma aplicação específica.
A relação entre a resistência mecânica em serviço e a resistência mecânica determinada com
base nas propriedades reais do material do corpo de prova e nas propriedades características do
material deve ser dada ou determinada experimentalmente.
[04.928.468/0001-00]

Orientações adicionais com base na determinação do carregamento de ensaio são fornecidas no Anexo D.

6.4 Condições de restrição

O corpo de prova deve ser montado em uma estrutura especial de apoio e contenção, de modo que
as restrições nas extremidades ou nas laterais, durante o ensaio, repliquem, de forma representativa,
aquelas que seriam aplicadas a um elemento similar em serviço.

As condições de contorno podem fornecer restrição contra expansão, contração ou rotação.


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Alternativamente, as condições de contorno podem oferecer liberdade para a ocorrência de deformação.


Um corpo de prova pode ser ensaiado com uma ou mais dessas condições de contorno aplicadas a todas
ou a apenas algumas de suas arestas. A escolha das condições de contorno deve ser feita com base
em uma análise cuidadosa daquilo a ser aplicado na prática.

Os corpos de prova representativos de elementos construtivos com condições de contorno em serviço


incertas ou variáveis devem ser apoiados nas bordas ou nas extremidades, de maneira a serem obtidos
resultados conservadores.

Se uma restrição for aplicada no decorrer do ensaio, as condições de restrição devem ser descritas
em relação ao movimento do elemento antes de encontrar resistência à expansão, contração ou rotação.
Quando possível, as forças e os movimentos externos transmitidos ao elemento devido à restrição,
durante o ensaio, devem ser gravados.

6.5 Condições do ambiente

O forno deve estar instalado em um laboratório com tamanho suficiente para evitar que a temperatura
do ar nas proximidades de um elemento limitador do ambiente do laboratório aumente mais de 10 °C
acima da temperatura inicial, enquanto o corpo de prova estiver em conformidade com o critério
de isolação térmica. A atmosfera do laboratório não pode permitir a formação de correntes de ar.
A temperatura do ar ambiente deve ser de (20 ± 15) °C no início do ensaio e deve ser monitorada
a uma distância de (1,0 ± 0,5) m da face não exposta, em condições tais que o sensor não seja afetado
por radiação térmica do corpo de prova ou do forno, particularmente no caso de um elemento que apenas
necessite atender ao critério de resistência ao fogo da integridade.

6.6 Desvio em relação às condições de ensaio especificadas

Caso as condições de temperatura, pressão do forno ou temperatura ambiente alcançadas durante


o ensaio estabelecido nesta Norma representem uma exposição mais severa do corpo de prova do
que a aplicação de uso final, o ensaio realizado não pode ser automaticamente considerado inválido.
Para a validade dos ensaios, ver a Seção 11.

6.7 Ambiente dentro do forno após o ensaio

Após o término do ensaio, durante o período de resfriamento do forno, em especial quando o corpo
de prova representar um elemento construtivo com capacidade portante, deve ser possível garantir
a renovação do ar interno, de modo a permitir a preservação de processos de combustão dos materiais
constituintes do corpo de prova.

16 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

7 Preparação do corpo de prova


7.1 Construção

Os materiais utilizados na construção do corpo de prova e o método de construção e montagem devem


[04.928.468/0001-00]

ser representativos do uso do elemento na prática. É importante realizar a construção usando o padrão
de acabamento normalmente utilizado em edifícios, incluindo acabamento superficial adequado, se houver.
Nenhuma variação na construção (por exemplo, existência de diferentes sistemas de juntas) deve ser
incluída em um único corpo de prova. Quaisquer modificações feitas em relação à aplicação de uso
final, para acomodar ou permitir a instalação de um corpo de prova dentro do suporte ou estrutura de
contenção, não podem ter influência significativa no comportamento do corpo de prova, e isso deve
estar descrito no relatório de ensaio.

7.2 Tamanho
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

O corpo de prova deve preferencialmente ter o tamanho real do elemento que está sendo avaliado.
Quando o corpo de prova não puder ser ensaiado em tamanho real, seu tamanho deve ser estabelecido
de acordo com o respectivo método de ensaio de resistência ao fogo para elementos específicos.

Corpos de prova representativos de elementos com função de compartimentação devem ter a sua
superfície integralmente exposta às condições-padrão de aquecimento.

7.3 Quantidade de corpos de prova

Deve ser ensaiado pelo menos um corpo de prova para cada condição especificada de apoio ou restrição.
Para elementos de compartimentação assimétricos que necessitem resistir ao fogo em ambos os lados,
corpos de provas representantes da aplicação de uso final devem ser sujeitos à exposição ao fogo em
cada lado, a menos que se possa estabelecer que a exposição ao fogo em um lado específico seja
mais onerosa. Elementos de compartimentação assimétricos destinados a resistir ao fogo somente
em um lado específico devem ser submetidos a um ensaio de resistência ao fogo com exposição somente
nesse lado.

7.4 Condicionamento

No momento do ensaio, a resistência e o teor de umidade do corpo de prova devem aproximar-se


das condições normais esperadas durante o serviço. Se o corpo de prova contiver ou for suscetível
à absorção de umidade, ele não pode ser ensaiado até atingir uma condição de secagem ao ar.
Essa condição deve ser considerada como aquela que seria estabelecida em equilíbrio resultante do
armazenamento em uma atmosfera ambiente de 50 % de umidade relativa e 23 °C de temperatura.

Um método para obter uma condição de secagem ao ar é armazenar o corpo de prova em um local
com temperatura mínima de 15 °C e umidade relativa máxima de 75 %, pelo tempo necessário para
se atingir o equilíbrio de umidade. Isso é confirmado quando duas pesagens sucessivas, realizadas
em um intervalo de 24 h, não diferirem entre si em mais de 0,1 % da massa total do corpo de prova.

O condicionamento acelerado é permitido, desde que o método não altere as propriedades do material
ou a distribuição de umidade no corpo de prova, de modo a influenciar o seu comportamento frente
ao fogo. O condicionamento a alta temperatura deve estar abaixo das temperaturas críticas para os materiais.

Se, após o condicionamento, não for possível atingir a condição de umidade especificada, mas a resistência
de projeto for atingida, o corpo de prova pode ser submetido ao ensaio de resistência ao fogo.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 17


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Prismas representativos podem ser condicionados juntamente aos corpos de prova e ser utilizados
para determinação do teor de umidade do material. Esses prismas devem ser construídos de modo
que representem a perda de umidade do corpo de prova e, portanto, devem ter espessuras e lados
expostos semelhantes. Os corpos de prova devem ser condicionados em umidade não variável.
[04.928.468/0001-00]

Elementos de concreto ou corpos de prova contendo partes de concreto não podem ser ensaiados até
que tenham sido condicionados por pelo menos três meses. Os elementos de alvenaria não podem
ser ensaiados até que tenham sido condicionados por pelo menos 28 dias.

Normas para elementos específicos podem conter regras adicionais ou alternativas para se alcançar
a umidade de equilíbrio correta.

Mais orientações sobre o condicionamento e a medição do teor de umidade são fornecidas no Anexo E.

7.5 Verificação do corpo de prova


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

O solicitante do ensaio deve fornecer uma descrição de todos os detalhes construtivos, desenhos e
arranjo dos principais componentes e informações sobre seus fabricantes ou fornecedores, bem como
o procedimento de montagem do elemento no laboratório antes do ensaio.

Isso deve ser feito com antecedência suficiente ao ensaio, de forma que o laboratório possa, na medida
do possível, verificar a conformidade do corpo de prova com as informações fornecidas e resolver
qualquer discrepância antes do início do ensaio. Para garantir que a descrição do elemento construtivo e
sua construção de suporte em particular estejam em conformidade com o elemento ensaiado, o laboratório
deve verificar a fabricação do elemento ou então solicitar um ou mais corpos de prova adicionais.

Ocasionalmente, pode não ser possível verificar a conformidade de todos os aspectos do corpo de
prova antes do ensaio, e informações adequadas podem não estar disponíveis após o ensaio. Quando for
necessário se basear nas informações fornecidas pelo solicitante do ensaio, isso deve estar claramente
indicado no relatório de ensaio. O laboratório deve, no entanto, assegurar-se de que as informações
reflitam totalmente o projeto do corpo de prova e deve também ter certeza de que é capaz de registrar com
precisão os detalhes construtivos no relatório de ensaio. Procedimentos adicionais para a verificação
do corpo de prova podem ser encontrados nos métodos de ensaio para elementos específicos.

8 Instrumentação
8.1 Temperatura

8.1.1 Termopares do forno

Os sensores de temperaturas (termopares) empregados para medir a temperatura do forno devem ser
distribuídos de modo que forneçam uma indicação confiável da temperatura média nas proximidades
do corpo de prova. O número e a posição dos sensores para cada tipo de elemento construtivo são
estabelecidos no método de ensaio específico.

Os termopares devem ser posicionados de modo que não entrem em contato com as chamas dos
queimadores do forno e devem estar a pelo menos 450 mm de distância de qualquer parede, piso ou
teto do forno.

No início do ensaio, os termopares devem estar a (100 ± 50) mm da face exposta do corpo de prova e,
na medida do possível, devem ser mantidos a essa distância durante o ensaio.

18 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

O método de apoio deve garantir que os termopares não caiam ou sejam desalojados durante o ensaio.

No início do ensaio, o forno deve possuir no mínimo o número de termopares exigido pelo método de
ensaio específico (N). Se um único termopar falhar durante o ensaio, então o laboratório não precisa
tomar ação alguma. Mas se mais de um termopar falhar durante o ensaio, o laboratório deve substituí-los,
[04.928.468/0001-00]

a fim de garantir que existam pelo menos (N-1) termopares ativos.

Os termopares devem ser resistentes, mas estão sujeitos a danos por queda de detritos e podem
deteriorar devido ao uso continuado, tornando-se um pouco menos sensíveis com o tempo. Antes de
cada ensaio, os termopares devem ser inspecionados e verificados quanto ao funcionamento adequado.
Se houver qualquer evidência de danos, deterioração ou operação inadequada em algum termopar,
este deve ser substituído.

O suporte para os termopares não pode penetrar em, ou ser fixado a, um corpo de prova, a menos que
os requisitos para a posição da junta de medição não possam ser garantidos de outra forma. Se o suporte
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

para a junta de medição for inserido ou preso ao corpo de prova, ele deve ser disposto de modo a ter
o mínimo de efeito no seu comportamento em relação aos critérios de falha relevantes ou à informação
suplementar determinada.

8.1.2 Termopares da superfície não exposta

Os termopares descritos em 5.5.1.2 devem ser fixados à superfície não exposta de um corpo de prova,
a fim de medir os aumentos médio e máximo da temperatura.

O aumento médio da temperatura na superfície não exposta deve basear-se em medições obtidas
de termopares de superfície localizados no centro do corpo de prova ou no centro de cada quarto
de seção. Quando essa superfície possuir ondulações ou nervuras, o número de termopares pode
ser aumentado, para se ter uma representação adequada nas espessuras máxima e mínima. Esses
termopares devem ser colocados a no mínimo 50 mm de distância de pontes térmicas, juntas, junções,
conexões e fixações, como porcas e parafusos, bem como em locais onde possam estar expostos
ao impacto direto de gases que passam pelo corpo de prova.

Termopares adicionais devem ser utilizados para medir o aumento máximo de temperatura nos locais
onde se prevê a existência de picos de alta temperatura. Nenhum dos termopares deve estar localizado
sobre parafusos, pregos ou grampos, que podem ter temperaturas mais altas, se a área agregada de
qualquer parte desses fixadores representar menos de 1 % da área dentro de qualquer círculo com
150 mm de diâmetro. Os termopares não podem ser colocados em fixadores com diâmetro superficial
menor que 12 mm, a não ser que estes fixadores se estendam pela montagem. Além disso, para fixadores
com diâmetro superficial menor que 12 mm, podem ser utilizados dispositivos de medição especiais.
Informações específicas sobre a localização dos termopares de superfície devem ser fornecidas nos
métodos de ensaio pertinentes a cada elemento construtivo.

Os termopares devem, de preferência, ser fixados à superfície do corpo de prova por meio de adesivos
resistentes ao calor, sendo que não pode ser colocado qualquer adesivo entre o disco de cobre e o corpo
de prova, ou entre o disco de cobre e a pastilha de material isolante, tomando-se cuidado para que
o espaço de ar entre eles, se houver, seja mínimo. Se a colagem não for possível, podem-se usar pinos,
parafusos ou prendedores, desde que eles estejam em contato somente com as partes da pastilha
que não estejam sobre o disco de cobre a ser usado.

8.1.3 Termopares móveis

Um termopar móvel, como especificado em 5.5.1.30, deve ser aplicado a qualquer ponto suspeito de
ter concentração de alta temperatura durante o ensaio. Se uma temperatura de 150 °C não for atingida

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 19


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

dentro de um período de aplicação de 20 s, não é necessário esperar até um estado de equilíbrio


para fazer a medição. Medições com o termopar móvel não podem ser feitas sobre fixadores, como
parafusos, pregos ou grampos, que possuem temperaturas claramente mais altas ou mais baixas, como
já especificado para os termopares a serem colocados na superfície não exposta do corpo de prova.
[04.928.468/0001-00]

8.1.4 Termopares internos

Se a informação relativa à temperatura interna de um corpo de prova ou componente em particular


for necessária, ela deve ser obtida por meio de termopares com características apropriadas à faixa de
temperatura a ser medida, bem como aos tipos de materiais no corpo de prova. Uma especificação
para termopares para medição de temperatura interna é fornecida no Anexo C.

8.2 Pressão

Os sensores de pressão, conforme 5.5.2, devem estar localizados onde não fiquem sujeitos ao impacto
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

direto de correntes de convecção das chamas ou no caminho dos gases de exaustão. Devem ser instalados
de modo que a pressão possa ser medida e monitorada, a fim de serem mantidas as condições especificadas
em 6.2. Os tubos devem estar na posição horizontal tanto no forno quanto na saída pela parede do
forno, de modo que a pressão seja relativa à mesma cota dentro e fora do forno. Se forem utilizados
sensores em forma de “T”, os ramos em “T” devem possuir orientação horizontal. Qualquer seção vertical
do tubo no instrumento de medição deve ser mantida à temperatura ambiente.

8.2.1 Fornos para elementos verticais

Um sensor de pressão deve ser fornecido para controlar a pressão no forno e deve estar localizado
a 500 mm do plano de pressão neutra. Um segundo sensor pode ser usado para fornecer informações
sobre o gradiente de pressão vertical dentro do forno. Este sensor deve estar localizado a 500 mm do
topo do corpo de prova.

8.2.2 Fornos para elementos horizontais

Dois sensores de pressão devem ser fornecidos no mesmo plano horizontal, mas em posições diferentes
em relação ao perímetro do corpo de prova. Um deve ser usado para controle e o outro deve servir
para comprovação das medições do primeiro sensor.

8.3 Deformação

A instrumentação para a medição da deformação do corpo de prova deve estar localizada de modo
a fornecer dados sobre a quantidade e a taxa de deformação durante e, quando apropriado, após o ensaio
de resistência ao fogo.

8.4 Integridade

A verificação da integridade do corpo de prova deve ser feita com chumaços de algodão ou medidores de
folga adequados à natureza e à localização das fendas. O uso de chumaços de algodão pode não ser
adequado para avaliar a integridade onde ocorram fendas significativas em áreas com zona de pressão
negativa dentro do forno ou onde o conjunto representado na Figura 7 não puder ser empregado), como
detalhado em 8.4.1.

8.4.1 Chumaço de algodão

Um chumaço de algodão deve ser usado colocando-se a estrutura na qual está montado, conforme 5.5.5.1,
contra a superfície do corpo de prova, de forma adjacente à fenda ou à chama existente, por um período

20 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

de 30 s ou até a sua ignição, ou seja, quando o chumaço se tornar incandescente ou flamejante. Pequenos
ajustes de posição podem ser feitos, de modo a obter o efeito máximo dos gases quentes sobre o chumaço.

Quando houver irregularidades na superfície do corpo de prova, na área da fenda, deve-se ter cuidado
para garantir que os apoios da estrutura de suporte sejam suficientes para manter uma folga entre
[04.928.468/0001-00]

o chumaço e qualquer parte da superfície do corpo de prova durante a avaliação.

O operador pode fazer tentativas preliminares para avaliar a integridade do corpo de prova. Essas tentativas
podem envolver aplicações seletivas de curta duração do chumaço de algodão em áreas potencialmente
sujeitas à falha ou movimento de um único chumaço sobre e ao redor dessas áreas. A carbonização
do chumaço de algodão pode fornecer uma indicação de que a falha é iminente. Todavia, quando for feita
a verificação da falha do critério da integridade, conforme descrito anteriormente, deve-se utilizar um chumaço
de algodão que não tenha sido usado ainda.

Para elementos ou partes de elementos que não atendam aos critérios de isolação térmica, o chumaço
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

de algodão não pode ser usado quando a temperatura na superfície não exposta, nas proximidades
da fenda, exceder 300 °C.

8.4.2 Medidores de abertura de fendas

Quando forem utilizados medidores de largura de fendas, o tamanho da fenda na superfície do corpo
de prova deve ser avaliado em intervalos a serem determinados pela taxa aparente de deterioração do
corpo de prova. Devem ser usados dois medidores com abertura de fenda, em sequência, sem força
indevida para determinar:

 a) se o medidor com abertura de 6 mm pode ser passado pelo corpo de prova, de modo que o medidor
se projete no forno e possa ser movido a uma distância de 150 mm ao longo da fenda; ou

 b) se o medidor com abertura de 25 mm pode ser passado pelo corpo de prova, de modo que o medidor
se projete no forno.

Qualquer pequena interrupção na passagem do medidor que tenha pouco ou nenhum efeito sobre
a transmissão de gases quentes por essa fenda não pode ser levada em consideração (por exemplo,
pequenas fixações em uma junta da construção que se abriu devido à distorção).

8.5 Redução de radiação térmica

O risco apresentado pela radiação térmica é avaliado no ensaio por meio da medição do fluxo total
de calor. Contudo, uma vez que o calor transferido por convecção é ínfimo, a medida é considerada,
nesta Norma, como sendo unicamente da radiação térmica. Considera-se a medição da radiação em
um plano paralelo à superfície não exposta do corpo de prova, distando 1 m desta. Isso inclui o conceito
de medição do valor médio, medido de forma oposta ao centro do corpo de prova, e o valor máximo,
que deve ser igual ou maior que o valor médio, se o corpo de prova não permitir a passagem de radiação
uniformemente.

Não há necessidade de medir a radiação de uma superfície com temperatura inferior a 300 °C,
pois a radiação térmica emitida por tal superfície é normalmente baixa (usualmente, 6 kW/m2, com
emissividade de 1,0).

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 21


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

9 Procedimento de ensaio
9.1 Aplicação das restrições

Dependendo do seu projeto, a restrição apropriada pode ser obtida pela construção do corpo de prova
[04.928.468/0001-00]

dentro de uma estrutura rígida. Esse método deve ser usado para divisórias e para certos tipos de
pisos, conforme apropriado. Em tais casos, os espaços entre as bordas do corpo de prova e a estrutura
devem ser preenchidos com materiais rígidos.

A restrição também pode ser aplicada por meio de sistemas de carregamento hidráulico ou outros.
As forças de restrição ou momentos podem ser feitos de modo a resistir à expansão, contração ou rotação.
Nesses casos, os valores dessas forças e momentos devem ser medidos em intervalos regulares durante
o ensaio.

9.2 Aplicação do carregamento


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Para elementos estruturais, o carregamento deve ser aplicado pelo menos 15 min antes do início do
ensaio, de forma que não sejam produzidos efeitos dinâmicos. Deformações relevantes resultantes
desse carregamento devem ser medidas. Se o corpo de prova for composto por materiais que apresentem
deformações aparentes com o carregamento previsto, a carga deve ser mantida constante antes do
início de ensaio de resistência ao fogo, até que as deformações sejam estabilizadas. Após a sua aplicação
e durante o curso do ensaio, as cargas devem ser mantidas constantes e, quando ocorrer deformação
do corpo de prova, o sistema de carregamento deve ser capaz de responder rapidamente para manter
essa condição de carregamento.

Se o corpo de prova não colapsar após o término do aquecimento, o carregamento pode ser retirado
imediatamente, a menos que seja necessário monitorar a capacidade do corpo de prova de suportar
a carga de forma continuada após um incêndio. Nesse caso, o relatório deve descrever claramente
o resfriamento do corpo de prova e se isso foi alcançado por meios artificiais, por remoção do forno
ou pela abertura do forno.

9.3 Início do ensaio

Não mais que 5 min antes do início do ensaio, as temperaturas iniciais registradas por todos os termopares
devem ser verificadas, para garantir a consistência dos dados, e os valores de referência devem ser
anotados. Dados semelhantes devem ser obtidos para a deformação, e a condição inicial do corpo de
prova deve ser registrada.

No momento do início do ensaio, a temperatura interna média, se usada, e a temperatura da superfície


não exposta do corpo de prova deve ser de (20 ± 15) °C e deve estar a 5 °C da temperatura ambiente
(ver 6.6).

Antes do início do ensaio, a temperatura do forno deve ser inferior a 50 °C. O início do ensaio deve ser
considerado o momento em que o programa de acompanhamento da curva de elevação de temperatura
foi iniciado. O tempo decorrido deve ser medido a partir deste ponto, e todos os sistemas manuais e
automáticos de medição e observação devem começar ou estar em operação nesse momento. O forno
deve ser controlado para atender às condições de temperatura especificadas em 6.1.

9.4 Medições e observações

Desde o início do ensaio, devem ser realizadas as medições e observações indicadas em 9.4.1 a 9.4.7,
quando apropriado.

22 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

9.4.1 Temperaturas

As temperaturas de todos os termopares, com exceção dos termopares móveis, devem ser medidas
e registradas em intervalos não superiores a 1 min, durante o período de aquecimento.
[04.928.468/0001-00]

O termopar móvel deve ser aplicado de acordo com os requisitos de 8.1.3.

9.4.2 Pressão no forno

A pressão no forno deve ser medida e registrada continuamente ou a intervalos não superiores a 5 min,
no ponto de controle.

9.4.3 Deformação

As deformações relevantes do corpo de prova devem ser medidas e registradas ao longo do ensaio. No
caso de corpos de prova com função estrutural, as medições devem ser feitas antes e após a aplicação
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

do carregamento e em intervalos de 1 min, durante o período de aquecimento. A taxa de deformação


deve ser calculada com base nessas medições e deve levar em conta o seguinte:

 a) para corpos de prova horizontais com função estrutural, as medições devem ser feitas nos locais
onde se espera que ocorram as maiores deflexões para elementos simplesmente biapoiados; isso
geralmente ocorre no meio do vão livre;

 b) para corpos de prova verticais com função estrutural, deve-se medir o alongamento (que representa
um aumento na altura do corpo de prova), que deve ser expresso com sinal positivo, ou a contração
(que resulta em uma diminuição na altura do corpo de prova), que deve ser expressa com sinal negativo.

9.4.4 Integridade

A integridade dos elementos de compartimentação deve ser avaliada ao longo do ensaio e o seguinte
deve ser registrado:

 a) chumaço de algodão: observar o tempo de ignição (quando o chumaço se tornar incandescente
ou flamejante, quando aplicado como especificado em 8.4.1) e o local em que ocorreu a ignição
(somente carbonização do chumaço, sem chamejamento ou incandescência);

 b) medidores de abertura de fendas: observar o tempo em que é possível inserir um medidor de
abertura em qualquer fenda do corpo de prova, da forma especificada em 8.4.2, bem como a
localização da fenda;

 c) chamejamento: observar a ocorrência e a duração de qualquer chama na superfície não exposta
do corpo de prova, bem como a localização das chamas.

9.4.5 Redução de radiação térmica

Cada medidor de radiação térmica deve ser posicionado a uma distância de 1 m da superfície não
exposta do corpo de prova.

No início do ensaio, a mira de cada instrumento deve estar paralela (± 5°) ao plano da superfície não
exposta ao fogo do corpo de prova. A mira de cada instrumento deve estar apontando para a superfície
não exposta do corpo de prova.

Não pode haver outras superfícies emitindo radiação significativa no campo de visão do medidor.
O instrumento de medição não pode estar coberto de forma que restrinja as outras medições.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 23


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

9.4.5.1 Posições específicas

As medições devem ser feitas nas seguintes posições:

 a) de forma oposta ao centro geométrico do corpo de prova, condizendo com o nível médio de radiação
[04.928.468/0001-00]

térmica neste;

 b) no ponto em que se espera obter o nível máximo de fluxo de calor. Normalmente isso é lógico ou
pode ser previsto pela geometria do corpo de prova. Se o corpo de prova for simétrico em relação
ao centro e radiar calor uniformemente, isso coincidirá com a posição indicada em a).

Se o corpo de prova possuir áreas com diferentes isolações térmicas ou transmissividades, então
pode ser difícil prever onde será o ponto de máxima intensidade de radiação térmica com boa
precisão. Nesses casos, deve-se adotar o seguinte procedimento:
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

 i. identificar todas as áreas onde se prevê que a temperatura exceda 300 °C e cuja área
ultrapasse 0,1 m2. Medir a radiação térmica no centro nocional dessas áreas;

 ii. duas ou mais partes idênticas adjacentes do corpo de prova, com a mesma altura ou largura,
separadas por menos de 0,1 m, podem ser tratadas juntamente, como uma única superfície
radiante;

 iii. se a área, ou subárea, do corpo de prova em que se espera que a temperatura permaneça
abaixo de 300 °C for menor que 10 % da área total, ou subárea considerada, então a área ou
subárea pode ser tratada com uma única superfície radiante. Isso permite a consideração de
elementos como, por exemplo, esquadrias.

9.4.5.2 Intervalo de medição

Medições tomadas em cada posição descrita em 9.4.5.1 devem ser registradas ao longo do ensaio
de resistência ao fogo, em intervalos de até 1 min.

9.4.5.3 Registro de valores específicos

Em cada posição específica de medição, deve ser registrado e reportado no relatório de ensaio o tempo
necessário para que a radiação térmica exceda os valores de 5 kW/m2, 10 kW/m2, 15 kW/m2, 20 kW/m2
e 25 kW/m2. Deve-se deixar claro no relatório se essas medições foram tomadas como valores médios
ou máximos de intensidade de radiação térmica.

9.4.6 Carga e restrições

Para elementos estruturais, deve-se anotar o momento em que o corpo de prova se torna incapaz de
suportar o carregamento previsto no ensaio. Qualquer variação nas forças sendo medidas ou nos momentos
necessários para manter uma restrição aplicada ao corpo de prova deve ser registrada.

9.4.7 Comportamento geral

Devem ser feitas observações sobre o comportamento geral do corpo de prova durante o ensaio e
anotações relativas à ocorrência de fenômenos como deformação, fissuração, fusão ou amolecimento
dos materiais, fragmentação ou carbonização e quaisquer outros que possam ser verificados nos materiais
de construção do corpo de prova. Se houver fumaça sendo emitida a partir da superfície não exposta
do corpo de prova, isso deve ser mencionado no relatório.

24 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

9.5 Encerramento do ensaio

O ensaio deve ser encerrado por um ou mais dos seguintes motivos:

 a) prejuízos à segurança do pessoal ou danos iminentes ao equipamento de ensaio;


[04.928.468/0001-00]

 b) verificação do atendimento dos critérios selecionados, pelo tempo necessário;

 c) pedido do solicitante do ensaio.

O ensaio pode ser continuado após o descrito em b), para que se obtenham dados adicionais.

10 Critérios de desempenho
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Os critérios de desempenho apresentados devem ser empregados juntamente com aqueles estabelecidos
na ABNT NBR 16945 e em métodos de ensaio específicos relativos a cada tipo de elemento construtivo,
onde pode haver informações sobre a existência de alguma exceção à regra geral de classificação
estabelecida nesta Norma.

10.1 Geral

Esta Seção descreve os critérios de desempenho que devem ser considerados na avaliação da resistência
ao fogo de vários elementos construtivos existentes que foram submetidos ao ensaio de resistência
ao fogo, como previsto nesta Norma. Requisitos adicionais podem ser anexados aos critérios de
desempenho principais. Para o critério de isolação térmica, pode ser necessário o uso de uma
classificação específica, que é função do tipo de elemento construtivo e rigor da isolação térmica que
o elemento fornece.

A resistência ao fogo é o período de tempo durante o qual o corpo de prova demonstra conformidade
com esses critérios de desempenho, que aferem a estabilidade de uma construção estrutural e sua
eficácia como uma barreira de compartimentação. Quando um corpo de prova representar um elemento
destinado a desempenhar ambas as funções, seu desempenho deve ser julgado em ambos os critérios.

10.2 Critérios de desempenho principais

A resistência ao fogo do corpo de prova deve ser julgada contra um ou mais dos seguintes critérios
de desempenho, conforme aplicável.

Para certos elementos construtivos, pode ser necessária a verificação de critérios especiais estabelecidos
em métodos de ensaio específicos.

10.2.1 Capacidade portante, R

Capacidade portante é o tempo durante o qual o corpo de prova continua a manter sua capacidade
de suportar o carregamento previsto durante o ensaio. 

A determinação do atendimento ou não deste critério é estabelecida pela taxa de deflexão e deflexão
real no elemento. Uma vez que podem ocorrer deflexões relativamente rápidas até que se alcance uma
situação estável, a verificação pela taxa de deflexão só deve ocorrer após a deflexão real ter excedido
o valor de L/30.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 25


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Para os efeitos desta Norma, considera-se que ocorreu uma falha no critério da capacidade portante
quando os seguintes atributos forem excedidos:

 a) para elementos sujeitos à flexão:


L2
Deflexão limitante, D = mm; e
[04.928.468/0001-00]

400 d
2
Taxa de deflexão limitante, dD = L mm/min;
dt 9000 d

onde

L é o vão livre do corpo de prova, expresso em milímetros (mm);

d é a distância da fibra de máxima compressão à fibra de máxima tração na seção estrutural,


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

expressa em milímetros (mm);

 b) para elementos carregados axialmente:


h
Contração axial limitante, C = mm; e
100
dC 3h
Taxa de contração axial limitante, = mm / min;
dt 1000
onde

h é a altura inicial do corpo de prova, expressa em milímetros (mm).

10.2.2 Integridade, E

Integridade é o tempo durante o qual o corpo de prova continua a manter sua função de compartimentação
durante o ensaio, não permitindo a ocorrência dos seguintes eventos:

 a) ignição de um chumaço de algodão aplicado de acordo com 8.4.1; ou

 b) passagem de um medidor de abertura de fendas conforme especificado em 8.4.2; ou

 c) aparecimento de chamas na superfície não exposta do corpo de prova que durem mais de 10 s.

NOTA A aplicação do medidor de abertura pode ser dispensada para a avalição da integridade, levando em
conta os requisitos estabelecidos em outras normas que abordem o tema e que considerem as características
e funções específicas do elemento construtivo.

10.2.3 Isolação térmica, I

Isolação térmica é o tempo durante o qual o corpo de prova continua a manter sua função de
compartimentação durante o ensaio, sem desenvolver temperaturas em sua superfície não exposta que:

 a) na média, aumentam mais que 140 °C acima da temperatura média inicial; ou

 b) em qualquer ponto, aumentam mais que 180 °C em relação à temperatura média inicial, incluindo
medidas feitas com termopar móvel.

NOTA Outras condições relativas à isolação térmica, distintas das básicas apresentadas em a) e b), podem
ser consideradas, levando em conta os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 16945 e em outras normas
que abordem o tema e que considerem as características e funções específicas do elemento construtivo.

26 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

10.2.4 Redução de radiação térmica, W

Redução de radiação térmica é o tempo durante o qual o corpo de prova continua mantendo o calor
radiado de sua superfície não exposta abaixo de um determinado limite.
[04.928.468/0001-00]

A avaliação da redução de radiação térmica é feita pela medição do valor máximo de radiação, na
superfície não exposta do elemento, durante o ensaio. Para que um dado elemento atenda a esse
critério, durante o ensaio de resistência ao fogo, o valor-limite de radiação térmica deve ser de 15 kW/m2.

11 Validade do ensaio
O ensaio deve ser considerado válido se tiver sido realizado dentro de todos os limites especificados
relativos ao equipamento de ensaio, condições de ensaio, preparação do corpo de prova, aplicação
da instrumentação e procedimento de ensaio, de acordo com esta Norma.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

O ensaio também pode ser aceito se as condições de exposição ao fogo relacionadas à temperatura
do forno, pressão e temperatura ambiente excederem o limite superior das tolerâncias especificadas
na Seção 6.

12 Apresentação dos resultados de ensaio


12.1 Resistência ao fogo

A resistência ao fogo do corpo de prova deve ser indicada, em minutos, com base no tempo em que
os critérios de desempenho foram atendidos.

12.2 Critérios de desempenho

12.2.1 Isolação térmica e integridade em relação à capacidade portante

Quando o critério da capacidade portante não for atendido, os critérios de desempenho da isolação
térmica e da integridade devem ser assumidos automaticamente como não satisfeitos.

12.2.2 Isolação térmica em relação à integridade

Quando o critério da integridade não for atendido, o critério de desempenho da isolação térmica deve
ser assumido automaticamente como não satisfeito.

12.2.3 Redução de radiação térmica em relação à integridade

Quando o critério da integridade não for atendido devido à abertura de fendas, conforme 10.2.2-b),
ou devido ao aparecimento de chamas conforme 10.2.2-c), o critério de desempenho da redução de
radiação térmica deve ser assumido automaticamente como não satisfeito.

12.3 Encerramento antes da falha

Quando um ensaio for encerrado antes da falha de todos os critérios de desempenho relevantes para
aquele elemento, o motivo do encerramento deve ser declarado.  O resultado deve ser dado como
o tempo até o término do ensaio e deve ser qualificado de acordo com os critérios de resistência ao fogo
apropriados.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 27


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

12.4 Expressão dos resultados de ensaio

Um exemplo da forma de expressar os resultados de ensaio é dado a seguir para um elemento de


compartimentação com função estrutural, onde os critérios da integridade e isolação térmica foram
excedidos e o ensaio foi interrompido, a pedido do solicitante do ensaio, antes do colapso do corpo
[04.928.468/0001-00]

de prova:

 a) capacidade portante: ≥ 128 min (o processo foi interrompido a pedido do solicitante
do ensaio);
 b) integridade: 120 min;
 c) isolação térmica: 110 min;
 d) redução de radiação térmica: 120 min.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Se o chumaço de algodão não for usado devido às altas temperaturas na superfície não exposta do
corpo de prova, o tempo da ocorrência dessa situação deve ser declarado.

13 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve conter a seguinte declaração em destaque:

“Este relatório fornece os detalhes construtivos, as condições de ensaio e os resultados obtidos após
a realização do ensaio de resistência ao fogo do elemento construtivo específico, com base nesta Norma.
Qualquer variação significativa em relação ao tamanho, detalhes construtivos, cargas, tensões, contorno
ou condições de extremidade podem invalidar esses resultados de ensaio.”

O relatório de ensaio deve incluir todas as informações relevantes quanto ao corpo de prova e ao ensaio
de resistência ao fogo, incluindo os itens específicos apresentados a seguir e aqueles exigidos pelos
métodos de ensaio específicos para cada elemento construtivo:

 a) nome e endereço do laboratório que realizou os ensaios e a data do ensaio;

 b) nome(s) e endereço(s) do(s) solicitante(s) do ensaio, produto(s) e fabricante(s) do corpo de prova
e qualquer um dos seus componentes, se conhecidos (se não forem conhecidos, isso deve estar
declarado);

 c) procedimento de montagem e detalhes construtivos do corpo de prova, com desenhos, incluindo
as dimensões dos componentes e, sempre que possível, fotografias;

 d) propriedades relevantes dos materiais utilizados que influenciaram o desempenho do corpo de
prova no ensaio de resistência ao fogo, juntamente com os métodos que foram usados para essas
determinações, incluindo, por exemplo, informações sobre a determinação do teor de umidade e
o condicionamento do corpo de prova, quando apropriado;

 e) para elementos estruturais, a carga aplicada ao corpo de prova e a base para o seu cálculo;

 f) condições de apoio e restrições utilizadas e justificativa para essas opções;

 g) informações sobre a localização de todos os termopares e dos dispositivos de medição das
deformações e pressão, juntamente com uma representação gráfica ou tabular dos dados obtidos
a partir desses dispositivos durante o ensaio;

28 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

 h) determinação, com base nos critérios da Seção 10, do ponto de término do ensaio;

 i) resistência ao fogo do corpo de prova, conforme apresentado na Seção 12;

 j) para elementos de compartimentação assimétricos, a direção na qual o corpo de prova foi ensaiado
[04.928.468/0001-00]

e a validade ou não desse resultado de ensaio, caso o elemento seja exposto a chamas na outra
direção.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 29


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo A
(informativo)

Campo de aplicação de resultados dos ensaios


[04.928.468/0001-00]

A.1 Geral
A maioria dos produtos resistentes ao fogo fornecidos pelos fabricantes é diferente dos corpos de provas
ensaiados originalmente. Os produtos são fornecidos em uma ampla variedade de tamanhos, formas
e materiais, incluindo acabamentos, a fim de atender às necessidades do mercado. É impraticável
ensaiar todas as variações de forma, tamanho ou material de cada produto. No entanto, não é aceitável,
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

e muitas vezes não é permitido, que grandes variações de produtos sejam fornecidas pelo fabricante
sem alguma forma de justificativa ou aprovação reconhecida. Portanto, deve haver um mecanismo pelo
qual variações dos corpos de prova ensaiados possam ser aceitas com um grau razoável de confiança
e de que tais variantes tenham um desempenho igualmente bom, caso fossem submetidas ao mesmo ensaio.

A.2 Campo direto de aplicação


A extensão na qual um produto ensaiado pode ou não ser alterado no campo direto de aplicação é
fornecida em regras ou diretrizes que limitam a variação permitida do corpo de prova sem avaliação
ou cálculo adicional. O campo direto de aplicação em cada método de ensaio específico pode estar
relacionado às formas mais comuns de construção, para as quais a experiência de ensaio forneceu
o conhecimento de que tais variações podem ser aceitas com segurança. A extensão das variações
permitidas é geralmente conservadora, pois se baseia no nível mínimo de acordo comum que pode
ser alcançado.

Essa série de regras permite que os reguladores de construção e outros órgãos aceitem o produto
sem que eles próprios façam um julgamento ou solicitem uma opinião profissional de uma autoridade
reconhecida. As variações permitidas sob aplicação direta podem ser introduzidas automaticamente
nos produtos manufaturados sem avaliação adicional.

A.3 Campo ampliado de aplicação


Pode haver alterações no corpo de prova que não podem ser tratadas por aplicação direta. Além disso,
os tipos de regras fornecidos na aplicação direta foram desenvolvidos com base em resultados de
ensaios individuais e não no conceito de uma série de ensaios em diferentes tamanhos ou variações
de um produto. Consequentemente, a aplicação direta não prevê a interpolação entre os resultados
de diferentes ensaios e terá pouca utilidade na extrapolação de uma variável, além da faixa ensaiada.

Variações fora das regras dadas na aplicação direta e considerações sobre a interpolação e extrapolação
de uma série de ensaios caem no escopo de aplicação ampliada. Isso envolve uma análise aprofundada
do projeto e desempenho do produto específico em ensaio por uma autoridade reconhecida, que deve
produzir um relatório de aplicação ampliada sobre as variações. As metodologias adotadas na aplicação
ampliada baseiam-se em métodos de cálculo ou pareceres de peritos, de acordo com o estabelecido
nas normas específicas. Cada norma de aplicação ampliada é escrita com base nos procedimentos
empregados na realização de aplicação ampliada para diferentes elementos.

30 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo B
(informativo)

Função das construções de suporte


[04.928.468/0001-00]

B.1 Geral
Muitos elementos ensaiados quanto à resistência ao fogo são montados no forno, embutidos em algum
tipo de construção existente entre esses elementos e a estrutura do forno. Isso pode ocorrer devido
ao seu tamanho. Por exemplo, a maioria das selagens de aberturas de passagem e dos conjuntos de
portas não é grande o suficiente para fechar a abertura frontal ou superior de um forno. Além disso,
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

o desempenho esperado de um elemento é significativamente influenciado pela estrutura na qual ele é


ensaiado. Por exemplo, no caso de portas, o desempenho de um conjunto montado em uma parede
de alvenaria ou concreto provavelmente será diferente (dependendo do tipo de porta) do que se ele
fosse montado em uma divisória leve.

É necessário, portanto, conhecer as propriedades dessas construções para poder determinar a influência
que elas podem ter sobre o elemento que está sendo ensaiado. Essas construções são conhecidas como
construções de suporte, porque dão suporte ao corpo de prova na estrutura de ensaio. Normalmente
são divididas em dois tipos: construções de suporte padronizadas e construções de suporte não padronizadas.

B.2 Construções de suporte padronizadas


Estas construções são consideradas formas de construção usadas para fechar o forno e apoiar o corpo
de prova a ser avaliado, com uma influência quantificável na transferência de calor entre a construção e
o corpo de prova, fornecendo a resistência conhecida à distorção induzida termicamente. Exemplos de
construções de suporte padronizadas são divisórias leves de gesso acartonado, paredes de alvenaria
e paredes de concreto, podendo haver mais de uma variedade para cada tipo de elemento ensaiado.

A construção de suporte padronizada escolhida reflete a natureza do elemento a ser ensaiado, a duração
prevista do ensaio e o campo direto de aplicação do resultado. Por exemplo, uma porta de enrolar
com resistência ao fogo prevista de 4 h, projetada para uso em paredes de alvenaria ou concreto, não
pode ser ensaiada em uma construção de suporte padronizada de gesso acartonado leve de 30 min.
Tal construção é inadequada para suportar uma porta de enrolar, pois iria falhar logo após 30 min,
tornando-se insuficiente para avaliar o desempenho de um corpo de prova por 4 h. O campo direto
de aplicação em uma construção de suporte padronizada leve não cobre automaticamente o uso do
corpo de prova em construções de concreto ou alvenaria.

Alguns métodos de ensaio específicos têm diferentes construções de suporte padronizadas. Isso ocorre
porque os diferentes métodos avaliam o desempenho do corpo de prova com relação à transferência
de calor entre a construção e o corpo de prova, e resistência à distorção induzida termicamente de
maneiras diferentes.

B.3 Construções de suporte não padronizadas


Estas construções são consideradas construções específicas nas quais o corpo de prova deve ser
instalado na prática e que ainda não são cobertas pelas construções de suporte padronizadas. Exemplos

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 31


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

de construções de suporte não padronizadas são divisórias pré-fabricadas industriais, divisórias com
materiais combustíveis e tipos especiais de parede de alvenaria.

O aspecto mais importante das construções de suporte não padronizadas é que elas provavelmente
têm um campo direto de aplicação muito mais restrito (se houver) do que as construções de suporte
[04.928.468/0001-00]

padronizadas. Isso ocorre porque a influência na transferência de calor entre a construção e o corpo
de prova, bem como a resistência à distorção induzida termicamente, não são conhecidas. Essas
são as propriedades das construções de suporte padronizadas que permitem um campo direto de
aplicação para aquele tipo de construção de suporte a ser gerado. Assim, os ensaios em construções
de suporte não padronizadas são de valor mais limitado do que aqueles em construções de suporte
padronizadas.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

32 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo C
(informativo)

Informações gerais sobre termopares


[04.928.468/0001-00]

C.1 Termopares de forno

C.1.1 Manutenção

Os termopares especificados em 5.5.1.1 são considerados resistentes. No entanto, estão sujeitos a


danos por queda de detritos e deterioram-se com o uso contínuo, tornando-se ligeiramente menos
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

sensíveis com o tempo. Antes de cada ensaio, eles devem ser inspecionados e verificados quanto
à operação adequada. Se houver qualquer evidência de danos, deterioração ou operação inadequada,
eles não podem ser usados e devem ser substituídos.

C.1.2 Posicionamento

O suporte para os termopares não pode penetrar no, ou ser anexado ao, corpo de prova, a menos que
os requisitos específicos para a posição da junção de medição não possam ser garantidos de outra
forma. Se o suporte penetrar ou for preso ao corpo de prova, ele deve ser disposto de forma a ter um
efeito mínimo no comportamento do corpo de prova, em relação aos critérios de falha relevantes ou
às informações suplementares que estão sendo determinadas.

C.2 Termopares internos

C.2.1 Geral

Quando forem necessárias informações sobre as temperaturas atingidas por componentes individuais
ou partes de um corpo de prova dentro de sua construção, os termopares devem ser escolhidos com
base no tipo e no projeto apropriados para se adequar ao tipo de medição a ser feita.

C.2.2 Especificação

Termopares para medir temperaturas internas dos corpos de prova devem ser do tipo K (cromel/alumel),
com fios com diâmetro de 0,5 mm inseridos em bainha de aço inoxidável com diâmetro externo de 1,5 mm,
com junção isolada, pote liso em latão, isolação mineral e comprimento suficiente para a ligação no
equipamento de medição. Termopares com diâmetros maiores podem ser utilizados, desde que não
seja possível usar a configuração especificada anteriormente.

C.2.3 Métodos de fixação e posicionamento

Métodos apropriados devem ser adotados para fixar as junções de medição com segurança aos
componentes ou à construção, de modo que o comportamento térmico não seja muito perturbado.

Por exemplo, uma junção pode ser transformada em uma seção de metal pesado por meio da perfuração
de um orifício na seção apenas ligeiramente maior em diâmetro do que a junção do termopar, e profundo

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 33


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

o suficiente para acomodar a junção abaixo da superfície. A junção pode ser inserida no orifício e
rebarbada na borda do orifício com um punção, para reter os fios na posição. Alternativamente, a junção
quente pode ser soldada à seção.

Para seções de metal leve, a junção de medição pode ser colocada sob a cabeça de um pequeno
[04.928.468/0001-00]

parafuso ou rebite.

Uma junção semelhante pode ser conectada a pequenos componentes de metal, como parafusos ou
fios, envolvendo a cauda ao redor do componente. Nessas aplicações, o primeiro contato entre um
fio e outro do par de fios existente no termopar precisa ocorrer próximo à superfície cuja temperatura
está sendo medida. O contato térmico pode ser melhorado, aplicando um pouco de solda, que deve
permanecer eficaz mesmo em temperaturas acima do seu ponto de fusão.

O contato térmico pode ser feito inserindo a junção e os condutores isolados em um orifício com um
material adequado com propriedades semelhantes. As junções e seus terminais também podem ser
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

fundidos em materiais como concreto.

Os fios das junções devem, sempre que possível, ser levados ao longo de uma isotérmica por uma
distância de pelo menos 50 mm e, em seguida, para o exterior do corpo de prova, de forma que não
sofram temperaturas mais altas do que a junção quente. Não pode haver qualquer junta ou junção
feita nos fios até que eles saiam da amostra.

Os fios do termopar devem ser protegidos contra:

 a) elevação excessiva da temperatura;

 b) condensação:

 c) curto-circuito por qualquer aspecto da construção do corpo de prova ou resultante das condições
de aquecimento durante o ensaio de resistência ao fogo;

 d) danos resultantes da deformação do corpo de prova durante o ensaio de resistência ao fogo.

C.3 Termopares na superfície não exposta

C.3.1 Geral

Quando um corpo de prova de um elemento de compartimentação for avaliado por suas propriedades
de isolação térmica, os termopares de superfície devem ser fixados em sua superfície não exposta, de
acordo com 5.5.1.2, e os requisitos devem ser detalhados no método de ensaio específico.

C.3.2 Posicionamento

C.3.2.1 Superfícies planas

Colocar a junção de medição em superfícies planas, de modo que toda a superfície do disco de
cobre esteja em bom contato com a superfície não exposta do corpo de prova. Fixar a faixa isolante
à superfície do corpo de prova com um adesivo resistente ao calor ou por algum fixador mecânico
preso pela área externa da cobertura do disco de cobre. Deve-se assegurar que nenhum adesivo
fique entre o disco e a superfície do corpo de prova e que qualquer fixador mecânico tenha um efeito
insignificante na transmissão de calor pelo corpo de prova para o disco de cobre.

34 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Em certos elementos de compartimentação horizontais, especialmente aqueles com isolamento visível


na superfície não exposta, isso pode não ser adequado, devido à natureza fibrosa ou resiliente dos
materiais em tais situações. Nestes casos, deve-se usar um peso sobre o termopar ou fixações mecânicas,
para que sejam mantidos no lugar, de forma que o ar fique livre para circular sobre a superfície superior
da faixa isolante.
[04.928.468/0001-00]

C.3.2.2 Superfícies irregulares

Quando for necessário fixar termopares com disco de cobre em uma superfície não exposta que possua
uma superfície irregular, deve-se fazer uma superfície lisa de tamanho 30 mm × 30 mm, a fim de fornecer
contato total. Se a superfície não puder ser alisada, o termopar deve ser fixado a ela, preenchendo
somente o entorno das bordas do disco com o uso de um cimento cerâmico.

C.3.2.3 Detalhes pequenos no corpo de prova


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Quando for necessário colocar a junção de medição a um detalhe pequeno no corpo de prova, não
pode ser aplicada a junção a um detalhe, por exemplo, ranhuras ou reentrâncias, com diâmetro inferior
a 12 mm. Deve-se posicionar o termopar somente quando esse detalhe que se deseja monitorar for maior
que 12 mm. Se necessário, distorcer ou cortar a faixa isolante, mas sem afetar a parte diretamente
sobre o disco.

C.3.3 Fixação em materiais específicos

C.3.3.1 Geral

No caso de união por adesivo, este deve ser aplicado em uma película fina suficiente, para dar uma
união adequada. Deve haver um intervalo de tempo suficiente entre a união dos termopares e o ensaio,
para que se obtenham condições de umidade favoráveis, no caso do adesivo cerâmico, e evaporação
do solvente, no caso do adesivo de contato.

C.3.3.2 Aço

A faixa isolante com o termopar deve ser colada à superfície limpa do aço por meio de pasta de cimento,
a fim de formar um adesivo resistente a altas temperaturas. O adesivo deve ter uma consistência tal
que nenhum auxílio mecânico seja necessário para fins de retenção durante o processo de secagem.
Se houver dificuldade na ligação, pode-se utilizar a retenção por fita adesiva, desde que a fita seja
removida com antecedência suficiente ao ensaio, para permitir a secagem completa do adesivo.
Deve-se ter cuidado na remoção da fita, para garantir que a faixa isolante não seja danificada. Se
a faixa do termopar for danificada quando a fita for removida, o termopar deve ser substituído.

C.3.3.3 Lã mineral

Os termopares com faixas isolantes devem ser dispostos de forma que, se houver uma tela de arame
superficial, ela possa ajudar na retenção. Em todos os casos, a ligação à superfície fibrosa deve ser
feita com um adesivo de contato. A natureza do adesivo requer um tempo de secagem antes que
as superfícies de contato sejam unidas, evitando assim a necessidade de pressão externa.

C.3.3.4 Spray de fibra mineral

Os termopares não podem ser instalados até que o spray de fibra mineral atinja uma condição de
umidade estável. Em todos os casos, deve-se usar a técnica de colagem para o aço e, quando houver
uma tela de arame superficial, os termopares devem ser fixados ao isolante de forma que a tela de
arame auxilie na retenção.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 35


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

C.3.3.5 Spray de vermiculita/cimento

A técnica especificada em C.3.3.4 para spray de fibra mineral deve ser empregada.

C.3.3.6 Placas compostas por agregado fibroso ou mineral


[04.928.468/0001-00]

A técnica especificada em C.3.3.2 para aço deve ser empregada.

C.3.3.7 Madeira

Para muitas construções isoladas de madeira, a maneira mais prática de fixar termopares na construção
é prendê-los pela faixa dentro da madeira. Deve-se ter cuidado para que os grampos não atravessem
o disco ou os fios do termopar, nem entrem em contato com eles de alguma forma. Alternativamente,
pode-se usar uma pasta de cimento, conforme já especificado em C.3.3.2, para as construções de aço.

C.3.3.8 Superfícies com aplicação de acabamentos especiais


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Quando um termopar for colocado sobre uma superfície com acabamento superficial fino, por exemplo,
uma tinta, é recomendado que o acabamento da superfície seja primeiro removido com abrasivo antes
de se fixar o termopar.

36 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo D
(informativo)

Orientação para seleção do carregamento de ensaio


[04.928.468/0001-00]

D.1 Geral
O carregamento aplicado a um corpo de prova durante um ensaio de resistência ao fogo tem um
efeito significativo sobre o seu desempenho, além de ser uma consideração importante na aplicação
posterior dos resultados de ensaio e em comparação com resultados de ensaios similares. Desta forma,
é responsabilidade do solicitante do ensaio informar a condição do serviço e especificar, juntamente
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

com o laboratório, a carga a ser aplicada no ensaio.

É importante notar que é desejável que qualquer método que tenha sido empregado para especificar
a carga aplicada durante o ensaio tenha como referência a carga-limite última do elemento à temperatura
ambiente. Além disso, é essencial que a base para o seu desenvolvimento seja claramente fornecida
no relatório, bem como qualquer outra informação pertinente, como propriedades do material e níveis
de tensão que afetem a significância e a aplicação do resultado de ensaio. Deve ser considerado
que a carga aplicada no ensaio não é necessariamente a mesma a que o elemento construtivo está
submetido na prática.

D.2 Opções para selecionar o carregamento de ensaio


A aplicação mais ampla dos dados de ensaio é aquela que relaciona a determinação da carga de
ensaio (e, portanto, as tensões induzidas) às propriedades medidas do material que compõe os elementos
estruturais reais, empregados na construção do corpo de prova. Ao mesmo tempo, isso faz com que
as tensões no material sejam desenvolvidas nas áreas críticas desses elementos, que são as tensões
máximas permitidas no procedimento de projeto que considera o estado-limite último, conforme indicado
nas normas de cálculo estrutural. Isso permite a aplicação da carga mais severa e fornece uma base
realista para a extrapolação dos dados de ensaio e seu uso em procedimentos de cálculo.

Ao relacionar a carga de ensaio requerida com as propriedades características dos materiais que
compõem o corpo de prova, os valores podem ser normalmente fornecidos pelo fabricante do material
ou podem ser obtidos por referência à literatura relativa às propriedades-padrão dos materiais em
questão (geralmente fornecidos em um intervalo). Na maioria dos casos, isso resulta em um valor baixo
para a carga de ensaio, uma vez que os valores reais são geralmente mais altos do que os valores
característicos. Por outro lado, esta prática se relaciona mais de perto com os procedimentos de projeto
típicos e com as práticas correspondentes, no que diz respeito à especificação de materiais empregados
em estruturas de edificações. O emprego dos resultados obtidos em tais ensaios pode ser ampliado,
se as propriedades reais do material forem determinadas ou se as tensões reais nos componentes
estruturais dos corpos de prova forem estabelecidas durante o ensaio de resistência ao fogo.

Se o carregamento de ensaio estiver relacionado a uma situação específica, sua aplicação em outras
situações deve ser muito mais limitada, pois a carga de ensaio é invariavelmente menor do que normalmente
seria aplicada. Desde que os elementos estruturais tenham sido selecionados considerando-se a
necessidade de suportar as cargas normais de projeto, conforme previsto pelos códigos estruturais
reconhecidos, deve haver uma maior margem de segurança e melhor resistência ao fogo para esses

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 37


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

elementos estruturais, quando comparados com o desempenho dos corpos de prova sujeitos a
carregamentos derivados das propriedades medidas dos seus materiais componentes. A utilidade dos
resultados do ensaio pode ser ampliada, se os dados das propriedades físicas reais dos materiais
estruturais puderem ser obtidos e se os níveis de tensão a que esses elementos estão submetidos
puderem ser reproduzidos.
[04.928.468/0001-00]
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

38 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo E
(informativo)

Orientação sobre condicionamento


[04.928.468/0001-00]

E.1 Geral
A condição do corpo de prova deve, no momento do ensaio, ser semelhante em relação à sua resistência
mecânica e ao teor de umidade a que o elemento estaria na condição normal de uso. Essa condição
é considerada aquela que seria estabelecida em equilíbrio resultante do armazenamento em atmosfera
ambiente de 50 % de umidade relativa a 23 °C.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

O teor de umidade de quaisquer materiais higroscópicos usados em uma construção tem influência
quando o corpo de prova é exposto às condições do ensaio de resistência ao fogo. Teores de umidade
elevados podem levar ao desenvolvimento de altas pressões de vapor no interior do corpo de prova,
que podem causar delaminação de materiais e fragmentação do concreto, bem como produzir gradientes
de umidade anormalmente altos e, portanto, distorções em materiais, como, por exemplo, madeiras.
Da mesma forma, os corpos de prova com baixos teores de umidade, pouco representativos da
realidade, podem ser afetados por efeitos anormais do fluxo de calor. No caso de construções com
juntas, há aberturas de contração menores do que o esperado com teores de umidade mais elevados.

Em condições normais de uso, prevê-se que o teor de umidade por massa em materiais comuns seja
o especificado em a) a c). Recomenda-se que esses níveis de umidade em relação à massa seca,
conforme fornecido em E.2, existam nos corpos de prova sendo avaliados para uso interno.

 a) madeira:

 i. todas as aplicações internas de marcenaria: 9 % a 12 %.

 ii. madeira estrutural e não estrutural a ser exposta ou parcialmente exposta no ambiente interno
aquecido ou não aquecido: 9 % a 12 %.

 iii. todas as outras aplicações, estruturais ou não estruturais, onde a madeira deve ser isolada
das condições ambientais internas do edifício: 14 % a 18 %.

 b) concreto e alvenaria: 1 % a 5 %;

 c) elementos com placas de gesso: acima de 2 %

Embora essas recomendações se apliquem aos materiais na construção do corpo de prova, a condição
dos materiais usados em qualquer construção, associada ao fechamento do forno, também pode
influenciar o comportamento ao fogo e, portanto, algum controle deve ser exercido em relação a esses
componentes.

O condicionamento de alta temperatura é permitido, desde que a temperatura esteja abaixo das
temperaturas críticas para qualquer um dos materiais presentes no corpo de prova.

Uma alternativa ao condicionamento do corpo de prova completo é montá-lo a partir de componentes


previamente condicionados de acordo com os requisitos de cada material dados nesta subseção,
desde que a montagem não envolva o uso de materiais higroscópicos.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 39


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Os métodos de ensaios para elementos específicos podem conter orientações adicionais ou alternativas
para a obtenção do equilíbrio de umidade.

E.2 Orientação sobre técnicas de medição


[04.928.468/0001-00]

E.2.1 Medidor de umidade de leitura direta

A utilização de medidores de umidade de leitura direta é um método conveniente para determinar o teor de
umidade de corpos de prova finalizados. O uso de tais medidores está, no entanto, sujeito a limitações
de uso. Quando medidores são usados para determinar o teor de umidade do concreto armado, a armadura
de aço pode facilmente causar erros de leitura, devido à condutividade do aço.

Da mesma forma, materiais compostos por madeira, como compensado e construções laminadas com
cola, causam erros, devido à condutividade das linhas do adesivo.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Nestes casos, devem ser usados medidores de eletrodo de pino isolados. Embora os medidores de
umidade estejam disponíveis para diversos materiais, eles nem sempre podem determinar o teor
de umidade com precisão suficiente. O uso de medidores deve, portanto, ser limitado àqueles que
demonstrarem uma correlação satisfatória com as técnicas de secagem em estufa e, mesmo assim,
o uso destes deve ser limitado a materiais homogêneos sem construção composta. Quando os medidores
de umidade forem considerados inadequados, devem ser utilizadas técnicas de secagem em estufa.

E.2.2 Técnicas de secagem em estufa

Ao usar técnicas de secagem em estufa, o teor médio de umidade deve ser determinado. Em corpos
de prova espessos, isso envolve a remoção de uma amostra do núcleo que se estenda da superfície
até um ponto no meio da espessura. Esta amostra deve ser pesada e então seca em uma estufa
operada a uma temperatura de (105 ± 5) °C [exceto para os produtos à base de gesso, que devem ser
secos a uma temperatura de (50 ± 5) °C], até que a massa medida fique em equilíbrio, estabelecido
quando duas pesagens sucessivas, em intervalos de 24 h, diferirem em menos de 0,1 %. O teor de
umidade pode ser calculado a partir da diferença entre duas massas. Deve-se ter cuidado para que,
durante o processo de extração da amostra do núcleo, o teor de umidade não seja alterado.

40 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo F
(informativo)

Orientação sobre medições de deflexão em elementos


[04.928.468/0001-00]

de compartimentação verticais usando uma referência fixa

F.1 Geral
É um requisito apresentado em 9.4.3 que a deflexão horizontal dos corpos de prova deve ser medida
periodicamente, para que se possa apresentar um histórico do movimento horizontal do corpo de
prova durante o ensaio de resistência ao fogo. Este Anexo detalha um método para a medição da
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

deflexão de elementos de compartimentação verticais em que a deflexão não é um critério de falha.


Este método descreve o intervalo de tempo entre as medições ou os locais nos quais as medições
devem ser feitas. Os detalhes são fornecidos nos métodos de ensaios específicos.

F.2 Equipamento
O laboratório deve prover uma referência fixa posicionada horizontalmente ao longo do corpo de
prova, na altura em que a medição deve ser feita. A referência pode ser uma barra rígida, geralmente
de aço, ou um fio sob tensão (geralmente um cabo de aço). A referência deve ser posicionada
a alguma distância da superfície não exposta do corpo de prova, para garantir que a deflexão do corpo
de prova, para o lado externo do forno, não resulte em contato com a referência. Uma distância de
150 mm é normalmente suficiente para garantir uma folga adequada. A referência também deve ser tal
que não se deforme na direção do forno ou para longe deste, devido ao calor emitido pelo corpo de prova.

O laboratório deve fornecer um dispositivo de medição para determinar a distância entre a referência
e o corpo de prova. Uma régua de aço geralmente é suficientemente precisa para isso.

F.3 Procedimento
Antes de iniciar o ensaio, as referências devem ser fixadas na frente do corpo de prova, na altura em
que a medição é necessária. O corpo de prova deve ser marcado, por exemplo, com uma série de
letras A, B, C etc., nas posições de medição. Para medir os valores, o operador deve medir a distância
entre a referência e o corpo de prova, e a registrar como valor de tempo zero, podendo-se registrá-la
também em uma tabela. Deve-se ter cuidado para não danificar o corpo de prova durante essas
medições.

Após o início do ensaio, leituras adicionais devem ser feitas em intervalos adequados, para fornecer
um histórico de movimento do corpo de prova. Deve-se ter cuidado para que o operador não seja
submetido a calor excessivo, devido à proximidade com o corpo de prova. Não existem regras fixas
para esses intervalos, mas algumas sugestões são dadas a seguir:

 a) ensaio de 30 min: a cada 10 min até 20 min. Depois disso, a cada 5 min;

 b) ensaio de 60 min: a cada 10 min até 50 min. Depois disso, a cada 5 min;

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 41


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

 c) ensaio de 90 min: a cada 20 min até 80 min. Depois disso, a cada 5 min;

 d) ensaio de 120 min: a cada 20 min até 100 min. Depois disso, a cada 10 min;

 e) ensaio de 180 min: a cada 30 min até 150 min. Depois disso, a cada 10 min;
[04.928.468/0001-00]

 f) ensaio de 240 min: a cada 30 min até 210 min. Depois disso, a cada 10 min.

Pode ser aconselhável reduzir o intervalo de tempo entre as medições, se for observado que o corpo
de prova pode falhar antes do tempo previsto.

F.4 Relatórios
Uma vez que todos os valores medidos tenham sido coletados, eles devem ser processados antes
de serem colocados no relatório. É importante que as medições de tempo zero sejam subtraídas de
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

todos os outros valores, para dar o movimento efetivo ocorrido durante o ensaio. Isso pode resultar na
produção de valores negativos, devido à deformação voltada para fora do forno. Os valores devem ser
incorporados ao relatório em forma de tabela ou podem ser representados graficamente.

42 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Anexo G
(normativo)

Curvas alternativas de elevação de temperatura


[04.928.468/0001-00]

G.1 Geral
Este Anexo apresenta regimes alternativos de elevação de temperatura que podem ser adotados em
situações específicas. Neste Anexo são fornecidos detalhes das curvas alternativas de crescimento
lento e de exposição pelo lado externo de fachadas. Nas seções pertinentes a cada curva, são dadas
explicações sobre as situações em que elas podem ser empregadas.
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Sempre que não for exigido o uso específico de uma das curvas alternativas de elevação de temperatura,
a curva-padrão de elevação de temperatura, estabelecida nesta Norma, deve ser usada.

G.2 Curva de exposição pelo lado externo de fachadas

G.2.1 Geral

Em alguns casos, elementos construtivos podem ser expostos a condições menos severas que
incêndios em locais confinados. Exemplos disso são as paredes no perímetro de uma edificação que
podem ser expostas a um incêndio externo ao edifício ou às chamas vindas de janelas ou aberturas.
Há a necessidade de garantir que não haja o reingresso do incêndio na edificação. Devido à natureza
de incêndios externos, nos quais a dissipação de calor é maior, propõe-se para esses casos uma
exposição com menor severidade.

Essa condição de exposição ao calor somente é pertinente à avaliação da resistência ao fogo de


elementos de compartimentação. Existem outras técnicas para a avaliação de vigas e colunas ou para
a medição do avanço do incêndio externo.

Se for identificada a possibilidade de ocorrer esse tipo de exposição, deve-se usar a curva de exposição
pelo lado externo de fachadas apresentada em G.2.2.

G.2.2 Relação temperatura-tempo para curva de exposição pelo lado externo de fachadas

A curva de exposição pelo lado externo de fachadas é determinada pela equação a seguir:

T = 660 1 − 0, 687 e −0,32t − 0, 313 e −3,8t  + 20

onde

T é a temperatura média do forno, expressa em graus Celsius (°C);

t é o tempo medido a partir do início do ensaio, expresso em minutos (min).

O perfil de elevação pode ser visto na Figura G.1.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 43


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

G.2.3 Tolerâncias

O desvio percentual  de na área da curva de temperatura média registrada pelos termopares que
medem a temperatura do forno em comparação à curva de elevação de temperatura determinada pela
relação apresentada em G.2.2 deve estar dentro dos seguintes intervalos:
[04.928.468/0001-00]

 a) de ≤ 15 % para 5 < t ≤ 10;


 b) de = 15 – 0,5 (t – 10) % para 10 < t ≤ 30;
 c) de = 5 – 0,083 (t – 30) % para 30 < t ≤ 60;
 d) de = 2,5 % para t > 60.

A − As
sendo d e = × 100
As
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

onde

de é o desvio percentual;

A é a área sob a curva de temperatura média registrada no forno;

As é a área sob a curva de temperatura especificada em G.2.2;

t é o tempo, em minutos (min).

Todas as áreas devem ser computadas pelo mesmo método, como, por exemplo, soma das áreas em
intervalos não superiores a 1 min, sendo que o cálculo deve iniciar a partir do começo do ensaio.

Em qualquer momento do ensaio, após os primeiros 10 min, a temperatura registrada por qualquer
termopar do forno não pode diferir da temperatura especificada em mais de 100 °C.

Para corpos de prova que incorporem uma quantidade significativa de material combustível, esse desvio
pode ser excedido por um período não superior a 10 min, desde que esse desvio excedente esteja
claramente associado à ignição repentina de quantidades significativas de materiais combustíveis do
corpo de prova, aumentando a temperatura média do forno.

G.3 Curva de crescimento lento

G.3.1 Geral

A resistência ao fogo de alguns produtos, determinada pela curva-padrão de elevação de temperatura,


pode ser substancialmente reduzida em incêndios que apresentem baixa taxa de aumento de temperatura.
Os exemplos são os produtos reativos sob a influência do calor. Devido a isso, propõe-se, para esses
casos, uma exposição com menor taxa de aumento de temperatura.

Se for identificada a possibilidade de ocorrer esse tipo de exposição, deve-se usar a curva de crescimento
lento apresentada em G.3.2.

44 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

G.3.2 Relação temperatura-tempo para curva de crescimento lento

A curva de crescimento lento é determinada pelas seguintes equações:

 a) para 0 < t ≤ 21:


[04.928.468/0001-00]

T = 154 t 0,25 + 20

 b) para t > 21:

T = 345 log10 (8 (t − 20) + 1) + 20

onde

T é a temperatura média do forno, expressa em graus Celsius (°C);


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

t é o tempo medido a partir do início do ensaio, expresso em minutos (min).

O perfil de elevação pode ser visto na Figura G.1.

G.3.3 Tolerâncias

O desvio percentual  na área da curva de temperatura média registrada pelos termopares que medem
a temperatura do forno em comparação à curva de elevação de temperatura estabelecida pela relação
apresentada em G.3.2 deve estar dentro dos seguintes intervalos:

 a) de ≤ 15 % para 5 < t ≤ 10;


 b) de = 15 – 0,5 (t – 10) % para 10 < t ≤ 30;
 c) de = 5 – 0,083 (t – 30) % para 30 < t ≤ 60;
 d) de = 2,5 % para t > 60.

A − As
sendo d e = × 100
As

onde

de é o desvio percentual;

A é a área sob a curva de temperatura média registrada no forno;

As é a área sob a curva de temperatura especificada em G.3.2;

t é o tempo, expresso em minutos (min).

Todas as áreas devem ser computadas pelo mesmo método, como, por exemplo, soma das áreas em
intervalos não superiores a 1 min, sendo que o cálculo deve iniciar a partir do começo do ensaio.

Em qualquer momento do ensaio, após os primeiros 10 min, a temperatura registrada por qualquer
termopar do forno não pode diferir da temperatura especificada em mais de 100 °C.

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 45


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Para corpos de prova que incorporem uma quantidade significativa de material combustível, esse desvio
pode ser excedido por um período não superior a 10 min, desde que esse desvio excedente esteja
claramente associado à ignição repentina de quantidades significativas de materiais combustíveis do
corpo de prova, aumentando a temperatura média do forno.
[04.928.468/0001-00]

G.3.4 Avaliação do desempenho

O desempenho deve ser avaliado pela comparação entre o comportamento dos corpos de prova
ensaiados com a curva de crescimento lento e o comportamento com a curva-padrão de elevação
de temperatura. Os corpos de prova devem ser idênticos em cada exposição, mas não podem
necessariamente ser o próprio elemento construtivo a ser classificado. Os corpos de prova devem ser
estabelecidos com base no método de ensaio apropriado.

G.3.5 Critérios
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

Os períodos de atendimento dos critérios de classificação, quando determinados usando a curva de


crescimento lento, devem ser equivalentes àqueles obtidos usando a curva-padrão de elevação de
temperatura, acrescidos de 20 min. Se os tempos durante os quais os critérios são atendidos não
forem equivalentes, então o elemento deve ser classificado com base no menor tempo de resistência
ao fogo, calculado como especificado neste item.

1100
1000
900 1
800
2
Temperatura (ºC)

700
600
500
400
3
300
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Tempo (min)

Legenda

1 Curva-padrão de elevação de temperatura


2 Curva de exposição pelo lado externo de fachadas
3 Curva de crescimento lento

Figura G.1 – Comparação entre as curvas de elevação de temperatura

46 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados


Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI [04.928.468/0001-00]

ABNT NBR 16965:2021

Bibliografia

[1]  ISO 834-1:1999, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 1: General
[04.928.468/0001-00]

requirements

[2]  EN 1363-1:2012, Fire resistance tests – Part 1: General requirements

[3]  BS EN 1363-2:1999, Fire resistance tests – Part 2: Alternative and additional procedures
Arquivo de impressão gerado em 25/05/2022 09:24:11 de uso exclusivo de CLOUDWAVE TECNOLOGIA EIRELI

© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 47

Você também pode gostar