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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16940
Primeira edição
18.02.2021

Concreto reforçado com fibras — Determinação


das resistências à tração na flexão (limite de
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proporcionalidade e resistências residuais) —


Método de ensaio
Fibre reinforced concrete — Determination of the flexural tensile strengths
(limit of proportionality and residual strengths) — Test Method

ICS 91.100.10 ISBN 978-65-5659-802-4

Número de referência
ABNT NBR 16940:2021
11 páginas

© ABNT 2021
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Aparelhagem........................................................................................................................2
4.1 Moldes..................................................................................................................................2
4.2 Máquina de ensaio à tração na flexão...............................................................................2
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4.3 Roletes.................................................................................................................................2
4.4 Dispositivos de medida......................................................................................................3
5 Execução do ensaio............................................................................................................3
5.1 Preparação dos corpos de prova......................................................................................3
5.1.1 Moldagem.............................................................................................................................3
5.1.2 Cura......................................................................................................................................4
5.1.3 Execução do entalhe...........................................................................................................4
5.2 Procedimento de ensaio.....................................................................................................5
6 Expressão dos resultados..................................................................................................8
6.1 Equivalência entre o CMOD e o deslocamento vertical..................................................8
6.2 Limite de proporcionalidade (LOP)...................................................................................9
6.3 Resistência residual à tração na flexão..........................................................................10
7 Relatório de ensaio...........................................................................................................10

Figuras
Figura 1 – Arranjo dos roletes de suporte e aplicação de carga.....................................................2
Figura 2 – Procedimento para enchimento do molde.......................................................................4
Figura 3 – Posição do entalhe na seção do corpo de prova............................................................5
Figura 4 – Arranjo típico para determinação de CMOD....................................................................6
Figura 5 – Arranjo típico para determinação do deslocamento vertical.........................................7
Figura 6 – Diagramas típicos de carga versus CMOD......................................................................9
Figura 7 – Diagrama típico de cargas versus CMOD, identificando as cargas residuais...........10

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
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Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16940 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Concreto Reforçado com Fibras (CE-018:300.011).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 21.12.2020 a 03.02.2021.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16940 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the test method to evaluate the mechanical behavior of fiber reinforced concrete
in flexion, with the determination of their tensile strength (limit of proportionality) and residuals strengths.

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Concreto reforçado com fibras — Determinação das resistências à tração


na flexão (limite de proporcionalidade e resistências residuais) — Método
de ensaio

1 Escopo
Esta Norma estabelece o método de ensaio para avaliação do comportamento mecânico do concreto
reforçado com fibras na flexão, com a determinação das resistências à tração na flexão (limite de
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proporcionalidade e resistências residuais).

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova

ABNT NBR NM ISO 7500-1, Materiais metálicos – Calibração e verificação de máquinas de ensaio
estático uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração e verificação do
sistema de medição da força

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
limite de proporcionalidade
LOP
tensão na extremidade superior do entalhe, calculada a partir de uma carga máxima aplicada no meio
do vão, para um valor de CMOD contido no intervalo de 0 a 0,05 mm, assumida em uma seção não
fissurada (FL)

3.2
medida da abertura do entalhe
CMOD
medida linear da abertura do entalhe na face inferior do corpo de prova

NOTA Este termo tem origem no termo em inglês “crack mouth opening displacement”.

3.3
resistência residual à tração na flexão
tensão na extremidade superior do entalhe, calculada a partir de uma carga aplicada no meio do vão,
para o valor de CMOD contido no intervalo de 0,05 mm e 4 mm (FR)

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4 Aparelhagem
4.1 Moldes
Os corpos de prova devem ser prismáticos, com dimensões nominais (largura e altura) de 150 mm e
comprimento entre 550 mm e 700 mm. A tolerância das dimensões nominais deve ser inferior a 2 mm.

O formato e a dimensão dos corpos de prova especificados para o ensaio são relativos aos concretos
preparados com agregado com no máximo 25 mm de diâmetro e fibras com comprimento máximo de 60 mm.

Alternativamente, para fibras com comprimento máximo de 40 mm e agregado com no máximo 12,5 mm
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de diâmetro, podem ser utilizados corpos de prova prismáticos, com dimensões nominais (largura e
altura) de 100 mm, comprimento de 400 mm e tolerância das dimensões inferior a 2 mm.

4.2 Máquina de ensaio à tração na flexão


A máquina de ensaio à tração na flexão deve atender aos valores máximos admissíveis determinados
pela ABNT NBR ISO 7500-1 para classe 1 ou melhor.

A máquina de ensaio deve operar em circuito fechado de controle da velocidade (do inglês closed-loop),
controlado por meio de uma taxa constante de abertura do entalhe (CMOD) ou deslocamento vertical
do corpo de prova (δ). O equipamento de ensaio deve ainda ter rigidez e capacidade de resposta
suficientes para evitar zonas de instabilidade na curva carga CMOD ou carga δ.

4.3 Roletes
A máquina de ensaio deve ser equipada com um dispositivo de flexão que assegure a aplicação da
força perpendicularmente às faces superior e inferior do corpo de prova, sem excentricidades, como
mostra o esquema da Figura 1.

Legenda

1 roletes de suporte
2 roletes de aplicação de carga

Figura 1 – Arranjo dos roletes de suporte e aplicação de carga

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Os roletes devem ser de aço com dureza mínima de 55 HRC e ter seção circular com diâmetro de
30 mm ± 1 mm. Os roletes devem ter comprimento pelo menos 10 mm maior que a largura do corpo
de prova. As superfícies dos roletes devem ser mantidas limpas e lisas.

Os roletes de apoio devem ser capazes de rotacionar livremente ao redor do próprio eixo e um deles
deve ser capaz de rotacionar no plano perpendicular ao eixo longitudinal do corpo de prova.

O rolete de aplicação de carga deve ser capaz de rotacionar no plano perpendicular ao eixo longitudinal
do corpo de prova.

Para os corpos de prova com comprimento entre 550 mm e 700 mm, a distância entre os centros dos
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roletes de suporte (vão) deve ser igual a 500 mm. Para os corpos de prova com comprimento igual
a 400 mm, a distância entre os centros dos roletes de suporte (vão) deve ser igual a 333 mm. Os roletes
devem ser ajustados para garantir essa distância com precisão de ± 2 mm.

Quando o ensaio for realizado com medida do deslocamento vertical, o dispositivo de medida de
deslocamento deve ser fixado a um aparato de apoio, conhecido no meio técnico como Yoke. Este
aparato deve ser fixado ao corpo de prova alinhado aos cutelos e à meia altura, como descrito em 6.2.

4.4 Dispositivos de medida

Os dispositivos de medida de carga devem ser capazes de medir carga com exatidão de 0,1 kN.

Os dispositivos de medida do deslocamento vertical e de medida da abertura do entalhe devem ser


capazes de medir deslocamentos com exatidão de 0,01 mm.

O sistema de aquisição de dados de carga e abertura de entalhe (ou deslocamento vertical) deve
permitir aquisição em taxa não inferior a 5 Hz.

As dimensões dos corpos de prova devem ser determinadas com o uso de paquímetro. O paquímetro
deve ter faixa nominal compatível com a dimensão básica do corpo de prova e resolução melhor ou
igual a 0,1 mm.

5 Execução do ensaio
5.1 Preparação dos corpos de prova

5.1.1 Moldagem

O procedimento para o preenchimento do molde prismático dos corpos de prova está indicado na
Figura 2. O tamanho do incremento 1 deve ser duas vezes o tamanho do incremento 2. O molde deve
ser preenchido até aproximadamente 90 % de seu volume, avaliado pela altura da amostra de ensaio
antes do adensamento. O molde deve ser completado e nivelado enquanto se realiza o adensamento.

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Figura 2 – Procedimento para enchimento do molde

O adensamento deve ser realizado exclusivamente por vibrações externas (mesa vibratória ou vibrador
de parede). No caso de concreto autoadensável com fibras, o molde deve ser totalmente preenchido
e nivelado sem adensamento.

O tempo de vibração requerido é particular para cada concreto, tipo de vibrador e molde. Esse tempo
depende da consistência do concreto e da eficiência do vibrador. A vibração deve ser finalizada
quando a superfície do concreto apresentar um aspecto relativamente liso e praticamente não houver
afloramento de bolhas de ar na superfície. A vibração demasiada pode causar segregação.

Não podem ser utilizados vibradores de imersão (agulha) no concreto ou nas laterais do molde.

5.1.2 Cura

Os corpos de prova devem ser curados de acordo com a ABNT NBR 5738. Nesse caso, os corpos
de prova devem ser retirados da cura no período entre 24 h e 3 h antes do ensaio, que é realizado
normalmente aos 28 dias, e mantidos no ambiente do laboratório.

Para situações específicas, a critério do projetista, podem ser adotados outros procedimentos para
a cura e/ou o acondicionamento dos corpos de prova.

5.1.3 Execução do entalhe

Os corpos de prova devem ter um entalhe de no máximo 5 mm de espessura. A distância entre o topo
do entalhe e o topo do corpo de prova (hsp) deve ser de 125 mm ± 1 mm (ver Figura 3) para os corpos
de prova com 150 mm de altura. Quando a altura do corpo de prova for de 100 mm, o valor de hsp
deve ser de 83 mm ± 1 mm.

O entalhe deve ser feito a partir de um corte realizado com auxílio de um disco apropriado. Os corpos
de prova devem ser girados 90° em torno de seu eixo longitudinal e depois cortados na sua largura, no
meio do vão (ver Figura 3). O entalhe deve ser realizado o mais próximo possível da idade de ensaio.

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Legenda

1 superfície durante a moldagem


2 entalhe
3 seção transversal do corpo de prova
4 lateral do molde
5 face de moldagem

Figura 3 – Posição do entalhe na seção do corpo de prova

5.2 Procedimento de ensaio

Nesse método de ensaio podem ser adotadas duas configurações de controle: por meio da medida da
abertura do entalhe (CMOD) ou por meio da medida do deslocamento vertical do corpo de prova (δ).
Para os corpos de prova com altura de 100 mm, apenas a configuração de controle por meio da medida
da abertura do entalhe (CMOD) deve ser adotada.

Quando é medida a abertura do entalhe (CMOD), um transdutor de deslocamento deve ser montado
ao longo do eixo longitudinal, no meio da largura do corpo de prova, de tal forma que a distância entre
a parte inferior do corpo de prova e a linha de medição seja menor ou igual a 5 mm (ver Figura 4).

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Dimensões em milímetros
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Legenda

1 lateral do molde
2 face de moldagem
3 entalhe

Figura 4 – Arranjo típico para determinação de CMOD

Quando é medido o deslocamento vertical do corpo de prova, o transdutor de deslocamento deve ser
acoplado a um aparato rígido (Yoke), que é fixado ao corpo de prova à meia altura, na região dos apoios.

Uma extremidade do aparato deve ser fixada ao corpo de prova com um apoio deslizante e, na outra
extremidade, com um apoio rotativo. O transdutor deve medir o deslocamento, colocando-se uma placa
fina fixada em uma das extremidades do entalhe, conforme mostra a Figura 5.

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Dimensões em milímetros
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Legenda

1 dispositivo elétrico deslizante


2 dispositivo elétrico rotativo
3 estrutura rígida
4 placa de alumínio com espessura de 1 mm
5 transdutor
6 eixo da mola

Figura 5 – Arranjo típico para determinação do deslocamento vertical

A dimensão hsp deve ser determinada pela média de duas medições, nas duas faces do corpo de
prova, utilizando instrumento de medição com resolução de 0,1 mm. A largura do corpo de prova (b)
deve ser determinada pela média de duas medições, nas duas faces do corpo de prova, utilizando
instrumento de medição com resolução de 0,1 mm.

Todas as superfícies de apoio devem ser limpas e toda a poeira solta ou outro material estranho das
superfícies do corpo de prova que estão em contato com os roletes devem ser removidos.

Ao posicionar o corpo de prova na máquina de ensaio, ele deve ser corretamente centrado com o seu
eixo longitudinal, formando ângulos retos com os eixos longitudinais dos roletes.

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Antes do início do ensaio, a distância entre os roletes (vão) deve ser verificada a partir de duas
medições, com exatidão de 0,1 mm, em ambas as extremidades dos roletes.

A carga não pode ser aplicada até que todos os roletes estejam uniformemente apoiados contra o corpo
de prova.

No caso de um equipamento de ensaio com controle da taxa de aumento de CMOD, ele deve ser
operado de modo que o CMOD aumente a uma taxa constante de 0,05 mm/min até CMOD = 0,1 mm.
Atingida esta abertura de entalhe, o equipamento deve ser operado de modo que o CMOD aumente
a uma taxa constante de 0,2 mm/min até a finalização do ensaio. O ensaio é encerrado com um valor
de CMOD não inferior a 4 mm.
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Durante os primeiros 2 min do ensaio, os valores da carga e os correspondentes CMOD devem ser
registrados a uma taxa não inferior a 5 Hz; depois essa taxa pode ser reduzida até no mínimo 1 Hz.

Se o equipamento de ensaio controlar a taxa de aumento do deslocamento vertical do corpo de prova,


este procedimento de ensaio deve ser aplicado, desde que os parâmetros relacionados com CMOD
sejam transformados em parâmetros de deslocamento vertical.

Se, durante a realização do ensaio, a fissura iniciar fora do entalhe, em ambos os lados, o corpo de
prova deve ser descartado.

6 Expressão dos resultados


6.1 Equivalência entre o CMOD e o deslocamento vertical

Para os corpos com prova de altura de 150 mm, a relação entre o CMOD e o deslocamento vertical
pode ser estimada pela seguinte equação:

δ = 0,85 × CMOD + 0,04

onde

δ é o deslocamento vertical, expresso em milímetros (mm);

CMOD é o valor do deslocamento linear medido por um transdutor (ver 3.2), expresso em
milímetros (mm), quando a distância entre o fundo do corpo de prova até a linha de medição
for y = 0.

Se a linha de medição estiver a uma distância y abaixo da parte inferior do corpo de prova, o valor do
CMOD deve ser determinado a partir do valor medido do CMODy, utilizando a seguinte equação:

h
CMOD = CMODy ⋅
h+y

onde

h é a altura total do corpo de prova, expressa em milímetros (mm).

Para transformar os diagramas de carregamento versus CMOD em diagramas de carregamento versus


deslocamento vertical, a transformação do eixo CMOD deve ser feita utilizando os valores CMOD e δ.

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6.2 Limite de proporcionalidade (LOP)

O LOP deve ser calculado pela equação a seguir:

3F L l
fL = 2
2bhsp

onde

fL é o LOP, expresso em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);


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FL é a carga correspondente ao LOP, expressa em newtons (N);

l é o comprimento do vão, expresso em milímetros (mm);

b é a largura do corpo de prova, expressa em milímetros (mm);

hsp é a distância entre o topo do entalhe e o topo do corpo de prova, expressa em milímetros (mm).

O valor de FL deve ser determinado no gráfico com uma linha paralela ao eixo do carregamento, a
uma distância de 0,05 mm no diagrama de carregamento versus CMOD. Deve ser tomado para FL
o valor da carga máxima no intervalo de 0 a 0,05 mm (ver Figura 6). O LOP deve ser expresso com
exatidão de 0,1 N/mm2.

Figura 6 – Diagramas típicos de carga versus CMOD

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6.3 Resistência residual à tração na flexão

A resistência residual à tração na flexão, fR,j, deve ser calculada pela seguinte equação:

3F il
fR,i = 2
2bhsp

onde

fR,i é a resistência residual à tração na flexão correspondente ao CMOD = CMODi (com i = 1, 2,


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3, 4), expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

Fi é a carga correspondente ao CMOD = CMODi (i = 1, 2, 3, 4), expressa em newtons (N) (ver


Figura 6);

l é o comprimento do vão, expresso em milímetros (mm);

b é a largura do corpo de prova, expressa em milímetros (mm);

hsp é a distância entre o topo do entalhe e o topo do corpo de prova, expressa em milímetros (mm).

A Figura 7 ilustra a determinação da resistência residual à tração fR,i.

Figura 7 – Diagrama típico de cargas versus CMOD, identificando as cargas residuais

7 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) identificação do ensaio;

 b) composição do concreto;

 c) tipo e teor de fibra;

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 d) data da concretagem;

 e) data do entalhe;

 f) local e data do ensaio;

 g) instituição e técnico responsável pelo ensaio;

 h) quantidade de corpos de prova ensaiados;

 i) histórico da cura e condições de umidade de cada corpo de prova até o momento do ensaio;
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 j) largura média do corpo de prova;

 k) distância média entre o topo do entalhe e o topo do corpo de prova;

 l) dimensões x e y, em milímetros (mm) (ver Figura 4);

 m) comprimento do vão;

 n) taxa de aumento do CMOD ou deslocamento;

 o) curva de carga versus CMOD;

 p) LOP, determinado com exatidão de 0,1 N/mm2;

 q) valores das resistências à tração na flexão residuais, correspondentes ao CMODi (i = 1, 2, 3, 4),
com exatidão de 0,1 N/mm2;

 r) referência a esta Norma.

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