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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16942
Primeira edição
18.02.2021

Fibras poliméricas para concreto — Requisitos


e métodos de ensaio
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Polymers fibers for concrete — Requirements and test methods

ICS 81.040.20; 91.100.10 ISBN 978-65-5659-804-8

Número de referência
ABNT NBR 16942:2021
20 páginas

© ABNT 2021
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Simbologia...........................................................................................................................4
5 Requisitos............................................................................................................................4
5.1 Classificação das fibras.....................................................................................................4
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5.2 Generalidades......................................................................................................................5
5.2.1 Tipo de polímero.................................................................................................................5
5.2.2 Forma...................................................................................................................................5
5.2.3 Tipo de agrupamento..........................................................................................................5
5.2.4 Tratamento superficial ou revestimento...........................................................................5
5.3 Dimensões, tolerâncias e densidade linear......................................................................5
5.3.1 Aspectos gerais...................................................................................................................5
5.3.2 Comprimento e comprimento desenvolvido....................................................................6
5.3.3 Diâmetro equivalente..........................................................................................................6
5.3.4 Fator de forma.....................................................................................................................7
5.3.5 Área da seção transversal da fibra....................................................................................7
5.3.6 Densidade linear (título).....................................................................................................7
5.3.7 Forma das fibras.................................................................................................................7
5.4 Propriedades mecânicas ...................................................................................................8
5.4.1 Tenacidade das fibras.........................................................................................................8
5.4.2 Resistência à tração............................................................................................................8
5.4.3 Módulo de elasticidade ou módulo de Young..................................................................8
5.5 Efeito sobre a resistência residual do concreto..............................................................8
5.6 Efeito sobre a consistência do concreto..........................................................................9
5.7 Adição de fibras na mistura...............................................................................................9
6 Avaliação da conformidade................................................................................................9
6.1 Geral.....................................................................................................................................9
6.2 Ensaios de caracterização de produto............................................................................10
6.2.1 Geral...................................................................................................................................10
6.2.2 Amostragem......................................................................................................................10
6.3 Ensaios de controle de produção na fábrica.................................................................. 11
6.3.1 Geral................................................................................................................................... 11
6.3.2 Ensaio de produto e avaliação......................................................................................... 11
6.3.3 Rastreabilidade.................................................................................................................. 11
6.3.4 Ações corretivas para produtos não conformes........................................................... 11
7 Embalagem e rótulo..........................................................................................................12
Anexo A (normativo) Avaliação da resistência da fibra à ação do meio alcalino – Método de
ensaio.................................................................................................................................14
A.1 Princípio.............................................................................................................................14

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A.2 Execução do ensaio..........................................................................................................14


A.2.1 Princípio do ensaio...........................................................................................................14
A.2.2 Amostras............................................................................................................................14
A.2.3 Aparelhagem......................................................................................................................14
A.2.4 Procedimento de ensaio...................................................................................................14
A.2.5 Cálculo da perda de massa..............................................................................................15
A.3 Expressão dos resultados................................................................................................15
A.4 Critério de aceitação.........................................................................................................15
Anexo B (normativo) Concreto de referência...................................................................................16
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B.1 Princípio.............................................................................................................................16
B.2 Materiais.............................................................................................................................16
B.2.1 Agregados..........................................................................................................................16
B.2.2 Água de mistura................................................................................................................16
B.2.3 Cimento..............................................................................................................................16
B.2.4 Aditivos químicos.............................................................................................................16
B.3 Composição e propriedades do concreto de referência...............................................17
B.4 Preparação do concreto de referência............................................................................17
B.5 Moldes e moldagem..........................................................................................................17
B.5.1 Moldes................................................................................................................................17
B.5.2 Moldagem...........................................................................................................................18
B.6 Cura e estocagem do concreto........................................................................................18
B.7 Relatório.............................................................................................................................18
Bibliografia .........................................................................................................................................20

Figuras
Figura 1 – Modelo ilustrativo de documento de declaração do fabricante de fibras com função
estrutural............................................................................................................................12
Figura 2 – Modelo ilustrativo de documento de declaração do fabricante de fibras sem função
estrutural............................................................................................................................13
Figura B.1 ‒ Procedimento para enchimento do molde.................................................................18

Tabelas
Tabela 1 – Limites estabelecidos para a diferença entre os valores medidos e os declarados
pelo fabricante ou fornecedor para os parâmetros dimensionais das fibras...............6
Tabela 2 – Número mínimo de amostra............................................................................................10
Tabela B.1 – Especificações para os concretos de referência......................................................17

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16942 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Materiais Não Convencionais
para Reforço de Estruturas de Concreto (ABNT/CEE-193). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 12, de 21.12.2020 a 03.02.2021.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16942 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies requirements and test methods for polymer fibers for structural or non-structural
use in concrete and mortar.

NOTE Structural use is understood to mean cases where the addition of fibers contributes to the load
bearing capacity of a concrete element.

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Fibras poliméricas para concreto — Requisitos e métodos de ensaio

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos e métodos de ensaio para fibras poliméricas para uso estrutural
e não estrutural em concreto e argamassa.

NOTA Como uso estrutural entendem-se os casos em que a adição de fibras contribui com a capacidade
de carga do elemento estrutural.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova

ABNT NBR 7211, Agregados para concreto – Especificação

ABNT NBR 11768-1, Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 13214, Determinação de títulos têxteis

ABNT NBR 13216, Determinação do título dos fios em amostras de comprimento reduzido

ABNT NBR 13385, Fibra manufaturada – Determinação da carga de ruptura e do alongamento de


ruptura – Ensaios Dinamométricos

ABNT NBR 15900-1, Água para amassamento do concreto – Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 16697, Cimento Portland – Requisitos

ABNT NBR NM 67, Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone

ABNT NBR 16940:2021, Concreto reforçado por fibras – Determinação das resistências à tração na
flexão (limite de proporcionalidade e residual)

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
alongamento da fibra
razão entre a variação do comprimento da fibra e o comprimento inicial

NOTA O alongamento da fibra é expresso em porcentagem (%).

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3.2
alongamento da fibra na ruptura
razão entre a variação do comprimento da fibra e o comprimento inicial no momento da ruptura

NOTA O alongamento da fibra na ruptura é expresso em porcentagem (%).

3.3
comprimento da fibra
distância linear entre as extremidades da fibra

3.4
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comprimento desenvolvido
comprimento medido ao longo da fibra, considerando suas tortuosidades, aplicável às fibras disformes,
com seção transversal irregular

3.5
deformação específica
ver 3.1

3.6
densidade da fibra
relação entre a massa e a unidade de volume da fibra

3.7
diâmetro equivalente
diâmetro de um círculo com uma área igual à área média da seção transversal da fibra
NOTA Para fibras com seção transversal circular, o diâmetro equivalente é igual ao diâmetro das fibras.

3.8
fator de forma
relação entre o comprimento e o diâmetro equivalente da fibra

3.9
feixe de fibras
agrupamentos de fibras unidas longitudinalmente por meio de sistemas torcidos ou por bandas
externas que agrupam o conjunto de fibras

3.10
fibras descontínuas estáveis em meio alcalino
material de formato linear, cortado longitudinalmente em comprimentos uniformes e que não se
degrada quando submetido ao ambiente alcalino

3.11
fibras poliméricas
material de formato linear, obtido por extrusão e estiramento de polímeros

NOTA As fibras poliméricas podem ser descontínuas; alinhadas ou torcidas; lisas, onduladas ou com
rugosidade superficial; de fácil dispersão no concreto ou na argamassa e quimicamente estáveis em meio
alcalino.

3.12
filamento
unidade obtida no processo de extrusão do polímero

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3.13
fio equivalente
somatório do comprimento das fibras por quilograma (kg)

NOTA O fio equivalente é expresso em quilômetros (km).

3.14
forma da fibra
configuração externa da fibra, tanto na direção longitudinal quanto na seção transversal

3.15
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frequência de fibras
número de fibras por quilograma (kg)

3.16
módulo de elasticidade
relação entre a variação de tensão e a variação da deformação específica da fibra, obtida na curva
tensão versus deformação obtida no ensaio de tração direta

3.17
polímeros
materiais de base polimérica

EXEMPLOS Poliolefinas, polipropileno, polietileno, PVA, poliacrílico, aramidas e combinações deles.

3.18
ponto de fusão
temperatura na qual um polímero torna-se líquido

3.19
ponto de ignição
temperatura na qual ocorre a combustão do polímero

3.20
resistência à tração da fibra
tensão correspondente à força máxima que uma fibra resiste em um ensaio de tração direta

3.21
tenacidade da fibra
relação entre a força de ruptura da fibra e a sua densidade linear (título)

3.22
título
densidade linear da fibra
relação entre a massa e a unidade de comprimento do filamento

NOTA O título é expresso em tex, ou em seus múltiplos ou submúltiplos (1 tex = 1 g/1 000 m).

3.23
valor declarado
valor de uma propriedade ou característica do produto informado pelo fabricante ou fornecedor,
determinado de acordo com esta Norma, dentro das tolerâncias indicadas, tendo em conta
a variabilidade do processo de fabricação

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4 Simbologia
Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte simbologia.

A área da seção transversal da fibra, expressa em milímetros quadrados (mm2)

D diâmetro de uma fibra com seção transversal circular, expresso em milímetros (mm)

E módulo de elasticidade da fibra medido no filamento original, expresso em gigapascals (GPa)

L comprimento medido da fibra, expresso em milímetros (mm)


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Ld comprimento desenvolvido da fibra, expresso em milímetros (mm)

Pmax carga máxima atingida no ensaio de tração direta da fibra, expressa em newtons (N)

Rm resistência à tração da fibra medida no filamento original, expressa em megapascals (MPa)

T título da fibra (densidade linear), expressa em tex ou dTex

Ti ponto de ignição do polímero, expresso em graus Celsius °C

Ts ponto de fusão do polímero, expresso em graus Celsius °C

de diâmetro equivalente da fibra, expresso em milímetros (mm)

dmax dimensão máxima dos agregados, expressa em milímetros (mm)

m massa da fibra, expressa em gramas (g)

t espessura da fibra com seção retangular, expressa em milímetros (mm)

w largura da fibra com seção retangular, expressa em milímetros (mm)

λ fator de forma da fibra (λ = L/d ou L/de)

ρ densidade do polímero, expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3)

ε alongamento da fibra, expresso em porcentagem (%)

5 Requisitos
5.1 Classificação das fibras

As fibras poliméricas devem ser classificadas unicamente em função do seu diâmetro, de acordo com
o fabricante ou fornecedor, conforme a seguir:

— Classe I: microfibras: diâmetro < 0,30 mm;

— Classe II: macrofibras: diâmetro ≥ 0,30 mm.

Para as fibras da Classe II, deve ser considerado o diâmetro do elemento, fio ou filamento, que se
espera que permaneça individualizado após o procedimento da mistura do concreto ou argamassa.

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5.2 Generalidades

5.2.1 Tipo de polímero

O polímero-base ou as misturas de polímeros da fibra devem ser declarados pelo fabricante ou


fornecedor. Devem ser, obrigatoriamente, resistentes a meios alcalinos, de acordo com o método
descrito no Anexo A.

5.2.2 Forma

Fibras poliméricas podem ser retas e lisas, ou apresentar conformação específica. O tipo de
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conformação deve ser declarado pelo fabricante ou fornecedor.

5.2.3 Tipo de agrupamento

As fibras podem ser fornecidas soltas ou agrupadas em feixes (ver 3.11), e o tipo de agrupamento
deve ser declarado pelo fabricante ou fornecedor.

5.2.4 Tratamento superficial ou revestimento

Qualquer tratamento superficial ou revestimento (tipo e quantidade), bem como qualquer tratamento
químico ou físico das fibras poliméricas, devem ser declarados e controlados pelo fabricante ou
fornecedor.

Acabamento de fiação é um termo usado para descrever a adição de produtos químicos no revestimento
das fibras, ajudando na dispersão das fibras no concreto. Sem esta camada, algumas fibras não são
facilmente dispersas no concreto e tendem a se aglomerar (embolamento). No entanto, alguns tipos
de produtos químicos utilizados para revestir as fibras podem induzir à incorporação de ar no concreto.
Por conseguinte, é importante que qualquer revestimento adicional à fibra seja controlado e registrado
como parte dos procedimentos de controle de fábrica.

5.3 Dimensões, tolerâncias e densidade linear

5.3.1 Aspectos gerais

O comprimento e o diâmetro devem ser declarados para todas as fibras. O fator de forma deve ser
declarado somente para as fibras da Classe II. Amostras de fibras devem ser tomadas de acordo
com 6.2.2 e submetidas às medições de acordo com 5.3.2, 5.3.3 e 5.3.4, não podendo apresentar
desvios, em relação ao valor declarado pelo fabricante ou fornecedor, maiores que as tolerâncias
indicadas na Tabela 1.

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Tabela 1 – Limites estabelecidos para a diferença entre os valores medidos e os declarados


pelo fabricante ou fornecedor para os parâmetros dimensionais das fibras
Desvio máximo Desvio máximo
admissível do valor admissível do valor
Característica Símbolo individual medido médio medido em
em relação ao valor relação ao valor
declarado declarado
Comprimento e comprimento
desenvolvido (Classes I e II)
L, Ld
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L ou Ld > 30mm ± 10 % ±5%


L ou Ld ≤ 30 mm ± 10 % ± 1,5 mm
Diâmetro e
diâmetro equivalente

Classe II
Diâmetro (equivalente) de ± 50 % ±5%
Fator de forma λ ± 50 % ± 10 %

Classe I
Diâmetro (equivalente) de ± 10 % ± 10 %

5.3.2 Comprimento e comprimento desenvolvido

O comprimento da fibra pode ser medido com um paquímetro digital com resolução de 0,01 mm.
Deve-se ter cuidado para que as fibras não se curvem pelo efeito da pressão do paquímetro digital junto
às extremidades das fibras. O comprimento desenvolvido pode ser medido com paquímetro digital,
desde que seja possível desfazer as eventuais tortuosidades da fibra. Para os casos em que não
seja possível desfazer as tortuosidades da fibra, o comprimento desenvolvido pode ser determinado
digitalmente, utilizando-se um equipamento óptico e um software de análise de imagem previamente
calibrado.

5.3.3 Diâmetro equivalente

5.3.3.1 Método geral (para todas as fibras)

Para as fibras das Classes I e II, independentemente do formato da seção transversal da fibra, pode-se
determinar o seu diâmetro ou diâmetro equivalente pela equação a seguir:
4 ⋅T
de =
π ⋅ ρ ⋅ 1000
onde

de é o diâmetro equivalente, expresso em milímetros (mm);

T é o título (densidade linear) da fibra, expresso em tex;

ρ é a densidade do polímero, expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).

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5.3.3.2 Fibra de seção transversal circular

Para as fibras da Classe I, o diâmetro pode ser medido utilizando-se um equipamento de medida
óptica.

Para as fibras da Classe II, o diâmetro pode ser medido por meio de um micrômetro com resolução de
0,001 mm.

5.3.3.3 Fibra de seção transversal retangular

A largura (w) e a espessura (t) da fibra devem ser medidas com um micrômetro com resolução de
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0,001 mm. O diâmetro equivalente (de) é calculado de acordo com a equação a seguir:
4 ⋅w ⋅t
de =
π

5.3.4 Fator de forma

O fator de forma é a relação entre o comprimento (L) e o diâmetro equivalente (de), calculado conforme
a equação a seguir:
L
λ=
de
onde

λ é o fator de forma da fibra;

L é o comprimento individual da fibra, expresso em milímetros (mm);

de é o diâmetro equivalente da fibra, expresso em milímetros (mm).

5.3.5 Área da seção transversal da fibra

A área da seção transversal da fibra é calculada em função do diâmetro equivalente (de) pela equação
a seguir:
π ⋅ ( d e )2
A=
4
onde

A é a área da seção transversal da fibra, expressa em milímetros quadrados (mm²);

de é o diâmetro equivalente da fibra, expresso em milímetros (mm).

5.3.6 Densidade linear (título)

A densidade linear de fibras Classes I e II deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR 13214
ou ABNT NBR 13216.

5.3.7 Forma das fibras

O fabricante pode escolher livremente a forma da fibra. O controle e as tolerâncias da forma da fibra
devem ser declarados para cada forma diferente.

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No caso de fibras fibriladas, o fabricante deve indicar a forma precisa na qual a fibra tem seus
parâmetros declarados.

O controle das características geométricas das fibras pode ser realizado, alternativamente, utilizando
equipamento óptico e software de análise de imagem previamente calibrado.

5.4 Propriedades mecânicas

5.4.1 Tenacidade das fibras

A tenacidade para as fibras Classes I e II deve ser determinada pelo método descrito na ABNT NBR 13385.
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5.4.2 Resistência à tração

A resistência à tração, Rm, corresponde à máxima carga de ruptura obtida no ensaio estabelecido pela
ABNT NBR 13385, por unidade de área da seção transversal da fibra, de acordo com 5.3.5, e deve ser
calculada pela equação a seguir:
P
Rm = max
A
O fabricante ou fornecedor deve declarar o valor da resistência à tração das fibras. A tolerância
admitida sobre os valores declarados para Rm é de 10 % para os valores individuais e de 5 % para os
valores médios.

5.4.3 Módulo de elasticidade ou módulo de Young

Para a determinação do módulo de elasticidade (E) de fibras poliméricas, é necessário converter


previamente a curva carga por alongamento do ensaio previsto na ABNT NBR 13385 em uma curva
tensão (σ) por deformação específica (ε). Para tanto, dividir a carga pela área da seção transversal da
fibra, conforme 5.4.1.

Para a determinação do módulo de elasticidade, deve-se traçar uma linha reta secante, na região
linear da curva, que corresponde às tensões correspondentes a 10 % e 30 % da tensão máxima e
suas deformações respectivas. O módulo de elasticidade é obtido a partir da razão entre a variação
da tensão e a variação da deformação nesse intervalo.

A tolerância admitida sobre os valores declarados para E é de 10 % para os valores individuais e


de 5 %, para os valores médios. O fabricante ou fornecedor deve declarar o valor do módulo de
elasticidade das fibras.

5.5 Efeito sobre a resistência residual do concreto

O efeito da fibra sobre a resistência residual do concreto deve ser determinado conforme o procedimento
estabelecido na ABNT NBR 16940, utilizando os concretos de referência estabelecidos no Anexo B
e relatando os resultados conforme a ABNT NBR 16940, Seção 8.

O teor de fibra, em quilogramas por metro cúbico de concreto (kg/m3), necessário para atingir
a resistência residual média de pelo menos 1,5 MPa a 0,5 mm CMOD e uma resistência residual
média de pelo menos 1,00 MPa a 3,5 mm CMOD deve ser obrigatoriamente declarado para o concreto
de referência com resistência à tração na flexão (LOP) de (4,3 ± 0,3) MPa.

A utilização do concreto de referência com resistência à tração na flexão (LOP) de (5,8 ± 0,4) MPa
é facultativa. Neste caso o fabricante deve declarar o teor de fibra necessário para atingir a resistência

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residual média de pelo menos 2,0 MPa a 0,5 mm CMOD e uma resistência residual média de pelo
menos 1,35 MPa a 3,5 mm CMOD.

5.6 Efeito sobre a consistência do concreto

O efeito das fibras sobre a consistência do concreto deve ser determinado de acordo com a
ABNT NBR NM 67, a partir do concreto utilizado em 5.5, sem a adição de fibras e em uma mistura
idêntica após a adição de fibras.

A quantidade de fibras adicionada deve ser declarada pelo fabricante, devendo ser no mínimo a
quantidade necessária para obtenção das resistências residuais indicadas em 5.5. Faculta-se ao
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fabricante declarar também o efeito da fibra na consistência do concreto de referência para outros
teores de fibra.

O efeito das fibras na consistência deve ser expresso como a diferença, em milímetros (mm), da
consistência antes e após a adição das fibras.

O efeito das fibras sobre a consistência deve ser determinado em etapa posterior à determinação do
efeito sobre as resistências residuais, pois a matriz de concreto de referência e o teor mínimo de fibras
que atendem aos requisitos de resistência residual precisam ser previamente estabelecidos.

Se, para a produção do concreto de referência, for necessário o uso de aditivos, estes devem ser
adicionados em etapa anterior à adição das fibras. Como referência inicial, a medida da consistência
deve ser realizada após o uso do aditivo e antes da adição das fibras. Após a adição das fibras, deve
ser novamente medida a consistência do concreto.

5.7 Adição de fibras na mistura

O fabricante ou fornecedor deve fornecer instruções de mistura, incluindo a sequência de introdução


de materiais no misturador e os tempos de mistura em cada etapa a serem adotados quando da
utilização da sua fibra. Podem ser indicadas condições específicas de mistura, quando esta for
realizada em central dosadora ou em unidades estacionárias.

6 Avaliação da conformidade
6.1 Geral

6.1.1 A conformidade de uma fibra com os requisitos desta Norma e com os valores declarados deve
ser demonstrada pelo fabricante ou fornecedor por meio da realização dos seguintes procedimentos:

a) ensaio de caracterização de produto (ver 6.2);

b) controle da produção na fábrica (ver 6.3).

6.1.2 Para o caso de ensaios que visam controlar a produção na fábrica, podem ser adotados
métodos alternativos, desde que satisfaçam os seguintes requisitos:

a) demonstração de correlação entre os resultados do ensaio especificados nesta Norma e os


resultados do ensaio alternativo; e

b) disponibilização da informação na qual a correlação está baseada.

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6.2 Ensaios de caracterização de produto

6.2.1 Geral

Ensaios de caracterização de produto devem ser realizados para demonstrar a conformidade da fibra
com os requisitos desta Norma.

Os ensaios de caracterização de produto devem ser repetidos sempre que ocorrer uma mudança
nos materiais básicos ou nos processos de fabricação, ou se um novo tipo de produto estiver sendo
produzido. Os ensaios e os cálculos a serem realizados são os estabelecidos nesta Norma para as
seguintes propriedades:
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a) resistência ao meio alcalino (ver Anexo A);

b) composição qualitativa e quantitativa da fibra;

c) dimensões e tolerâncias (ver 5.3);

d) resistência à tração (ver 5.4.2);

e) módulo de elasticidade (ver 5.5);

f) efeito sobre a consistência (ver Anexo B);

g) efeito sobre a resistência residual do CRF (ver ABNT NBR 16940).

Os resultados dos ensaios de tipo inicial devem ser registrados e estar disponíveis para inspeção.
A amostragem para os ensaios de tipo inicial deve obedecer ao descrito em 6.2.2.

6.2.2 Amostragem

O tamanho mínimo das amostras é indicado na Tabela 2. As amostras devem ser coletadas
aleatoriamente, para serem representativas do lote ou remessa. As amostras de pré-produção podem
ser usadas para os ensaios de tipo inicial, onde é possível demonstrar que as características de
desempenho são totalmente representativas dos produtos oriundos deste processo de produção.

Tabela 2 – Número mínimo de amostra


Característica a ser ensaiada Quantidade mínima por amostra
Resistência ao meio alcalino Três amostras de 10,0 g
Dimensões e tolerâncias 30 fibras
Resistência à tração Dez fibras
Módulo de elasticidade fibrasa
Consistência Valor médio de três ensaios
Resistência residual do CRF Oito prismas
a Estas podem ser as mesmas dez fibras utilizadas no ensaio na determinação da resistência à
tração.

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6.3 Ensaios de controle de produção na fábrica

6.3.1 Geral

O fabricante deve estabelecer, documentar e manter um sistema de controle de produção na fábrica,


de modo a garantir que os produtos colocados no mercado estejam conformes com os requisitos desta
Norma e com as características de desempenho declaradas pelo fabricante. O sistema de controle
de produção na fábrica é composto por procedimentos, inspeções regulares, ensaios e/ou avaliações
e pelo uso dos resultados para controlar matérias-primas ou produtos de entrada, equipamentos,
processo de produção e produto final.
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Posteriormente, quaisquer alterações fundamentais nos materiais básicos, procedimentos de


fabricação ou esquema de controle que afetem as propriedades ou as condições de utilização de um
produto devem ser registradas na documentação de produção e em outros documentos de registro,
juntamente com os dados de ensaios que identifiquem as novas características da fibra. Os resultados
das inspeções, ensaios ou avaliações que exijam uma ação devem ser documentados, assim como
qualquer intervenção realizada. A ação a ser tomada quando os valores ou critérios de controle não
são satisfeitos deve ser registrada.

NOTA Um sistema de controle de produção em conformidade com os requisitos da ISO 9001 é considerado
satisfatório, desde que atenda também aos requisitos desta Norma.

6.3.2 Ensaio de produto e avaliação

O fabricante deve estabelecer procedimentos para assegurar a manutenção dos valores declarados
das características dos produtos conforme os ensaios de tipo iniciais.

As características que devem ser controladas são:

a) tratamento superficial;

b) forma;

c) densidade linear;

d) carga de ruptura;

e) tenacidade.

6.3.3 Rastreabilidade

O fabricante deve assegurar a rastreabilidade dos lotes de produção por meio de um sistema confiável
que permita relacionar os produtos expedidos com as matérias-primas, insumos, embalagens
e procedimentos de produção utilizados para a fabricação destes lotes de produtos.

6.3.4 Ações corretivas para produtos não conformes

Ações imediatas devem ser tomadas e registradas quando forem identificados matérias-primas,
insumos e/ou produtos acabados não conformes com os requisitos especificados nesta Norma.

Estas ações devem incluir os passos necessários para retificar a deficiência, modificar procedimentos
de produção, identificar e isolar as matérias-primas ou insumos e os produtos acabados, bem como
determinar se eles devem ser descartados ou requalificadas de acordo com 6.2.

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7 Embalagem e rótulo
O material deve ser embalado de forma a proteger adequadamente o produto durante o transporte
e manuseio, devendo cada embalagem conter somente fibras. O tipo e material das embalagens,
exceto se acordado em contrário, ficam a critério do fabricante, que deve assegurar transporte
e armazenagem seguros.

A Figura 1 apresenta um modelo de declaração do fabricante com informações que devem constar na
etiqueta, no rótulo e/ou em documentos técnicos e comerciais das fibras com função estrutural.
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Razão Social, CNPJ e endereço registrado do


fabricante ou fornecedor
Fibras poliméricas para uso estrutural em concreto
Nome ou marca do produto:
Tipo de polímero:
Classificação
Comprimento: (mm)
Diâmetro: (mm)
Forma:
Tratamento superficial:
Resistência à tração: (MPa)
Módulo de elasticidade: (GPa)

Concreto de referência (LOP = 4,3 ± 0,3 MPa)


Dosagem mínima: (kg/m3)
Efeito na resistência :
fR1m ≥ 1,5 (MPa)
fR4m ≥ 1,0 (MPa)
Efeito sobre a consistência: (mm)

Lote de fabricação:
Prazo de validade:
País de origem:
Atendimento a esta Norma.

Figura 1 – Modelo ilustrativo de documento de declaração do fabricante de fibras com função


estrutural

A Figura 2 apresenta um modelo de declaração do fabricante com informações que devem constar na
etiqueta, no rótulo e/ou em documentos técnicos e comerciais das fibras sem função estrutural.

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Razão Social, CNPJ e endereço registrado do fabricante


ou fornecedor
Fibras poliméricas para uso não estrutural em concreto
Nome ou marca do produto:
Tipo de polímero:
Classificação:
Comprimento: (mm)
Diâmetro: (mm)
Frequência de fibras:
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Área superficial específica: (m2)


Fio equivalente: (km/kg)
Tratamento superficial:

Lote de fabricação:
Prazo de validade:
País de origem:
Atendimento a esta Norma.

Figura 2 – Modelo ilustrativo de documento de declaração do fabricante de fibras sem função


estrutural

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Anexo A
(normativo)

Avaliação da resistência da fibra à ação do meio alcalino –


Método de ensaio

A.1 Princípio
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Este método de ensaio avalia a capacidade da fibra de resistir à ação de meios alcalinos.

A.2 Execução do ensaio

A.2.1 Princípio do ensaio

O ensaio consiste em submeter uma amostra de 10,0 g de fibra em 200,0 g de solução de hidróxido
de sódio 1 M (40 g/L, pH 14), durante 30 dias, a uma temperatura de 60 °C.

A.2.2 Amostras

Cada conjunto de amostra corresponde a 10,0 g de fibra. Para a realização deste ensaio, são
necessários no mímimo três conjuntos. As fibras a serem ensaiadas são coletadas aleatoriamente
e cada conjunto de amostra deve ser extraído de diferentes embalagens do produto.

A.2.3 Aparelhagem

Para a realização deste ensaio é necessária a seguinte aparelhagem:

a) recipiente de vidro com dimensões suficientes para conter a amostra em ensaio;

b) balança com resolução de 0,000 1 g;

c) banho-maria com temperatura controlada, possibilitando manter a temperatura em 60 °C por


30 dias;

d) estufa com capacidade para secar a amostra à temperatura de 60 °C.

A.2.4 Procedimento de ensaio

A determinação da massa deve ser feita nas amostras antes e após o ensaio com exatidão de
0,000 1 g.

A amostra de fibras deve ser imersa em uma solução de solução de hidróxido de sódio
1 M (40 g/L, pH 14).

A solução com as fibras deve ser acondicionada em recipiente de vidro adequado.

Imergir a amostra de fibras na solução e mantê-las em banho maria a 60 °C por 30 dias.

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Após esse período, filtrar a fibra em papel-filtro e lavar o material dissolvido em água corrente.

Em seguida, secar o material à temperatura de 60 °C até constância de massa.

A.2.5 Cálculo da perda de massa

A perda de massa deve ser calculada em termos porcentuais conforme a equação a seguir:
mi − mf
∆m = × 100
mf
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onde

Δm é a perda de massa da fibra, expressa em porcentagem (%);

mi é a massa inicial da fibra, expressa em gramas (g);

mf é a massa final da fibra, expressa em gramas (g).

A.3 Expressão dos resultados


O relatório de resultados deve conter o seguinte:

a) identificação do produto ensaiado;

b) número de amostras;

c) valores individuais e médio da perda de massa Δm;

d) nome do responsável pelo ensaio;

e) local e data de ensaio.

A.4 Critério de aceitação


A massa média obtida após o ensaio deve ser superior a 95,0 % da massa inicial, ou seja, admite-se
perda de massa de até 5,0 %. Além disso, deve-se analisar a superfície da amostra, checando se
houve algum tipo de degradação devido ao ataque dos agentes agressivos.

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Anexo B
(normativo)

Concreto de referência

B.1 Princípio
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Este Anexo prescreve a composição e as características dos concretos de referência utilizados na


avaliação inical do desempenho potencial de fibras com função estrutural nas resistências residuais
e na consistência do concreto.

Os constituintes do concreto, a dimensão máxima do agregado, a resistência à tração do concreto,


a consistência e o teor de argamassa interferem nas resistências residuais e na consistência do
concreto reforçado com fibras (CRF). Com o propósito de padronizar estas interferências e ser
possível indicar a potencialidade do uso estrutural de uma fibra, devem ser avaliados os efeitos nas
resistências residuais e na consistência em um concreto de referência.

Este Anexo informa os constituintes e os parâmetros a serem fixados ou limitados para a dosagem do
concreto de referência e os procedimentos para preparação dos corpos de prova de ensaio.

Para concretos especiais e argamassas, seja por sua composição ou por procedimento executivo
(por exemplo, o concreto projetado), podem ser necessárias adaptações ou complementações aos
procedimentos e requisitos constantes neste Anexo.

B.2 Materiais

B.2.1 Agregados

A classificação dos agregados deve ser avaliada de acordo com a ABNT NBR 7211. Quando o volume
de concreto a ser produzido inviabilizar a secagem dos agregados, opcionalmente, pode-se adotar
o procedimento de correção da umidade dos agregados.

B.2.2 Água de mistura

Deve ser utilizada água de mistura de acordo com a ABNT NBR 15900-1.

B.2.3 Cimento

Deve ser utilizado cimento Portland tipo CP V ARI, de acordo com a ABNT NBR 16697.

B.2.4 Aditivos químicos

Para os ajustes da consistência do concreto, de forma a atender ao requisito de abatimento da Tabela B.1,
é permitida a incorporação de aditivos redutores de água, conforme a ABNT NBR 11768.

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B.3 Composição e propriedades do concreto de referência


Os concretos de referência (com adição das fibras) devem cumprir com os requisitos da Tabela B.1.

Tabela B.1 – Especificações para os concretos de referência


Resistência à flexão Teor de argamassa Relação Abatimento
LOP seca L mm
MPa % dmáx
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4,3 ± 0,3 53 ± 2 L 120 ± 10


2≤ ≤3
dmáx

5,8 ± 0,4 53 ± 2 L 120 ± 10


2≤ d ≤3
máx
NOTA L representa o comprimento da fibra e dmáx representa a dimensão máxima do agregado.

B.4 Preparação do concreto de referência


A preparação de um concreto de referência de forma reprodutível deve ser feita da seguinte maneira:

a) preparar uma mistura de concreto utilizando 30 % a 50 % da capacidade volumétrica do misturador;

b) colocar todos os agregados secos dentro do misturador, introduzir metade da água e misturar por
2 min;

c) adicionar o cimento e o restante da água contendo os possíveis aditivos. O tempo total de mistura
não pode ser superior a 5 min. Entretanto, este tempo pode ser ajustado conforme requisição de
tempo mínimo para o aditivo entrar em ação (abrir).

Na preparação de concretos de referência com adição de fibras, deve ser tomado cuidado para que as
fibras sejam distribuídas de maneira uniforme na massa, adicionando as fibras no estágio adequado,
de acordo com as recomendações fornecidas pelo fabricante.

B.5 Moldes e moldagem


A forma e as dimensões dos moldes e o procedimento de moldagem do concreto de referência, em
conformidade com a ABNT NBR 16940, estão descritos em B.5.1. O procedimento de moldagem deve
ser o estabelecido em B.5.2.

B.5.1 Moldes

Os corpos de prova devem ser prismáticos, com dimensões nominais (largura e altura) de 150 mm e
comprimento entre 550 mm e 700 mm. A tolerância das dimensões nominais deve ser inferior a 2 mm.

O formato e a dimensão dos corpos de prova especificados para o ensaio aplicam-se aos concretos
preparados com agregado com no máximo 25 mm de diâmetro e fibras com comprimento máximo de
60 mm.

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B.5.2 Moldagem

O procedimento para o preenchimento do molde prismático dos corpos de prova está indicado na
Figura B.1. O tamanho do incremento 1 deve ser duas vezes o tamanho do incremento 2. O molde
deve ser preenchido até aproximadamente 90 % de seu volume, avaliado pela altura da amostra
de ensaio antes do adensamento. O molde deve ser completado e nivelado enquanto se realiza
o adensamento.
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Figura B.1 ‒ Procedimento para enchimento do molde


O adensamento deve ser realizado exclusivamente por vibrações externas (mesa vibratória ou vibrador
de parede).

O tempo de vibração requerido é particular para cada concreto, tipo de vibrador e molde. Esse tempo
depende da consistência do concreto e da eficiência do vibrador. A vibração deve ser finalizada
quando a superfície do concreto apresentar um aspecto relativamente liso e praticamente não houver
afloramento de bolhas de ar na superfície. A vibração demasiada pode causar segregação.

B.6 Cura e estocagem do concreto


As amostras de concreto devem ser curadas de acordo com a ABNT NBR 5738.

B.7 Relatório
As seguintes informações devem ser registradas para cada conjunto de amostras de concreto de
referência:

a) composição da mistura, incluindo a quantidade de agregados secos e aditivos, expressas em


quilogramas por metro cúbico (kg/m3), e os detalhes do procedimento de mistura;

b) relação água/cimento;

c) fornecedor da fibra e transcrição da etiqueta de identificação da fibra;

d) data e hora da produção;

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e) origem e tamanho de partícula dos agregados;

f) condições de cura e estocagem;

g) efeito na consistência conforme 5.7.


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Bibliografia

[1]  ISO 9001, Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos

[2]  INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO. Prática Recomendada IBRACON/ABECE: Controle


da Qualidade do Concreto Reforçado com Fibras. São Paulo, 2017.

[3]  INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO. Prática recomendada IBRACON/ABECE: Projeto de


estruturas de concreto reforçado com fibras. São Paulo, 2016.
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