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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16887
Primeira edição
22.12.2020

Concreto — Determinação do teor de ar em


concreto fresco — Método pressométrico
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Concrete — Determination of air content of freshly mixed concrete —


Pressure method

ICS 91.100.30

Número de referência
ABNT NBR 16887:2020
18 páginas

© ABNT 2020
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Aparelhagem........................................................................................................................2
4.1 Medidor de ar.......................................................................................................................2
4.1.1 Medidor tipo A (ver Figura 1)..............................................................................................2
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4.1.2 Medidor tipo B (ver Figura 2).............................................................................................3


4.2 Recipiente de medida.........................................................................................................3
4.3 Tampa...................................................................................................................................3
4.4 Recipiente de calibração....................................................................................................4
4.5 Mola espiral..........................................................................................................................4
4.6 Tubo descendente...............................................................................................................5
4.7 Desempenadeira..................................................................................................................5
4.8 Haste de adensamento.......................................................................................................5
4.9 Régua...................................................................................................................................5
4.10 Martelo..................................................................................................................................5
4.11 Placa.....................................................................................................................................5
4.12 Funil......................................................................................................................................5
4.13 Peneira.................................................................................................................................5
4.14 Vibrador................................................................................................................................5
4.15 Balança.................................................................................................................................5
5 Calibração do equipamento...............................................................................................6
6 Amostra................................................................................................................................6
7 Procedimento para a determinação do teor de ar do concreto......................................6
7.1 Adensamento da amostra..................................................................................................6
7.1.1 Geral.....................................................................................................................................6
7.1.2 Adensamento manual.........................................................................................................7
7.1.3 Adensamento mecânico.....................................................................................................7
7.1.4 Rasamento...........................................................................................................................7
7.2 Ensaio – Medidor tipo A......................................................................................................7
7.2.1 Preparação do ensaio.........................................................................................................7
7.2.2 Procedimento de ensaio.....................................................................................................8
7.2.3 Ensaio de verificação..........................................................................................................8
7.2.4 Pressão de ensaio...............................................................................................................8
7.3 Ensaio – Medidor tipo B.....................................................................................................8
7.3.1 Preparação do ensaio.........................................................................................................8
7.3.2 Procedimento de ensaio.....................................................................................................9
8 Expressão dos resultados..................................................................................................9
8.1 Teor de ar da amostra ensaiada.........................................................................................9
8.1.1 Teor de ar aparente (A1) da amostra ensaiada.................................................................9

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8.1.2 Teor de ar corrigido (As) da amostra ensaiada................................................................9


8.2 Teor de ar do traço de concreto total..............................................................................10
8.2.1 Teor de ar aparente (At1) do traço de concreto total.....................................................10
8.2.2 Teor de ar corrigido (Ats) do traço de concreto total.....................................................10
8.3 Teor de ar aparente da fração de argamassa (Am1)...................................................... 11
9 Relatório............................................................................................................................. 11
Anexo A (normativo) Calibração do medidor tipo A – Método da coluna de água........................12
A.1 Generalidades....................................................................................................................12
A.2 Aparelhagem......................................................................................................................12
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A.3 Aferição do volume do recipiente de calibração............................................................12


A.3.1 Determinação do volume do recipiente de calibração..................................................12
A.3.2 Determinação do volume do recipiente de medida.......................................................12
A.4 Cálculo do volume efetivo do recipiente de calibração (R)..........................................12
A.5 Determinação ou verificação da tolerância para o fator de expansão D.....................13
A.6 Leitura de calibração, K....................................................................................................13
A.7 Ensaio de calibração para determinação da pressão operativa p no manômetro
do medidor tipo A..............................................................................................................14
A.8 Ensaio de calibração para determinação da pressão operativa alternativa p1...........14
Anexo B (normativo) Calibração do medidor do teor de ar tipo B – Método pressométrico.......15
B.1 Generalidades....................................................................................................................15
B.2 Calibração detalhada........................................................................................................15
B.2.1 Aparelhagem......................................................................................................................15
B.2.2 Verificação da capacidade do recipiente do medidor de teor de ar.............................15
B.3 Calibração simplificada....................................................................................................16
Anexo C (informativo) Determinação do fator de correção devido ao volume de vazios
do agregado.......................................................................................................................17
C.1 Procedimento....................................................................................................................17
C.2 Tamanho da amostra de agregados................................................................................17
C.3 Colocação do agregado no recipiente de medida.........................................................18
C.4 Determinação do fator de correção do agregado..........................................................18

Figuras
Figura 1 – Esquema ilustrativo do medidor tipo A............................................................................2
Figura 2 – Esquema ilustrativo do medidor tipo B ...........................................................................3

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
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a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16887 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Concreto (CE-018:300.002).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 23.04.2020 a 25.05.2020.

A ABNT NBR 16887 cancela e substitui a ABNT NBR NM 47:2002.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16887 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the test method for determining the air content in fresh concrete by changing
the volume of the concrete due to a change in pressure.

This Standard applies to concretes prepared with normal or dense aggregates.

This Standard does not apply to concretes prepared with light or high porosity aggregates.

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Concreto — Determinação do teor de ar em concreto fresco — Método


pressométrico

1 Escopo
Esta Norma estabelece o método para a determinação do teor de ar em concreto fresco a partir da
mudança do volume do concreto devido a uma mudança na pressão.

Esta Norma se aplica aos concretos preparados com agregados normais ou densos.
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Esta Norma não se aplica aos concretos preparados com agregados leves ou agregados de alta porosidade.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 16886, Concreto – Amostragem de concreto fresco

ABNT NBR 16889, Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone

ABNT NM ISO 3310-1, Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação. Parte 1 – Peneiras de
ensaio com tela de tecido metálico

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
ar aprisionado
quantidade de ar presente no concreto, não intencionalmente adicionado

3.2
ar incorporado
quantidade de ar presente no concreto, adicionado intencionalmente pela ação de aditivos para essa
finalidade

3.3
teor de ar
volume de ar aprisionado ou incorporado ao concreto

NOTA O teor de ar é expresso em porcentagem (%) do volume total de concreto fresco adensado.

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4 Aparelhagem
Os diferentes tipos de medidores de ar disponíveis podem diferir em sua técnica operativa e,
portanto, alguns dos elementos descritos em 4.5 a 4.14 podem não ser necessários para determinar
satisfatoriamente o teor de ar de acordo com o procedimento descrito nesta Norma.

4.1 Medidor de ar

Encontram-se disponíveis dois tipos de equipamentos adequados para este ensaio, cujo princípio
operacional está baseado na lei de Boyle. Para os efeitos desta Norma, são denominados medidor
tipo A e medidor tipo B.
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4.1.1 Medidor tipo A (ver Figura 1)

Consiste em um recipiente de medida com uma tampa encaixada, que deve cumprir com os requisitos
indicados em 4.2 e 4.3. O princípio operacional do medidor consiste em introduzir água, a uma altura
previamente determinada, sobre a amostra de concreto de volume conhecido, e aplicar sobre a água
uma pressão preestabelecida. A redução do volume de ar na amostra de concreto é determinada
observando-se a diminuição do nível de água devido à pressão aplicada. Essa quantidade de ar deve
ser expressa em porcentagem do volume da amostra de concreto.

Figura 1 – Esquema ilustrativo do medidor tipo A

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4.1.2 Medidor tipo B (ver Figura 2)

Consiste em um recipiente de medida com uma tampa, que deve cumprir com os requisitos indicados
em 4.2 e 4.3. O princípio operacional deste medidor consiste em igualar as pressões de um volume
de ar conhecido, a uma pressão conhecida, em uma câmara de ar estanque, com um volume de ar
desconhecido na amostra de concreto. O mostrador do manômetro deve estar calibrado em porcentagem
de ar para a pressão final observada. Pressões de trabalho compreendidas entre 50 kPa e 200 kPa
têm sido utilizadas satisfatoriamente.
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calibração

Figura 2 – Esquema ilustrativo do medidor tipo B

4.2 Recipiente de medida

O recipiente deve ser cilíndrico, de aço ou de outro material rígido que não seja atacável pela pasta de
cimento, com diâmetro compreendido entre 0,75 e 1,25 vez a altura do recipiente, e capacidade mínima
de 5 dm3. Sua borda superior deve ser retificada, de forma a promover um fechamento hermético e
estanque entre o recipiente e a tampa. A superfície interior das paredes e do fundo do recipiente deve
ser usinada e lisa. O recipiente e a sua tampa, encaixados, devem formar um conjunto estanque,
capaz de suportar uma pressão de trabalho de 0,2 MPa.

4.3 Tampa

4.3.1 A tampa deve ser de aço ou de outro material rígido, que não reaja com a pasta de cimento.
Deve ter a borda retificada ou construída de forma a promover um fechamento hermético e estanque
entre o recipiente e a tampa. As superfícies interiores devem ser usinadas lisas, deixando um espaço
de ar livre sobre a superfície do concreto do recipiente. Deve ter rigidez suficiente para limitar o fator de
expansão do equipamento, estando a tampa e o recipiente encaixados, de acordo com o estabelecido
em 4.2.

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4.3.2 A tampa deve ser provida de um dispositivo de leitura direta do teor de ar. Para o medidor tipo A,
a tampa deve terminar, na parte superior, em um tubo vertical transparente e graduado ou em um tubo
metálico com frente de vidro. Para o medidor tipo B, o manômetro deve dispor de mostrador graduado
com divisões que permitam efetuar leituras correspondentes a teores de ar com aproximação de:

a) 0,1 % para teores até 2 %;

b) 0,2 % para teores de 2 % a 8 %;

c) 0,5 % para teores maiores que 8 %.

4.3.3 A tampa deve ser provida de válvulas de ar, válvula de saída de ar e chaves para injeção ou
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saída de água, nos casos em que seja requerida a incorporação de água, de acordo com o tipo de
medidor. Deve ser provida de um sistema de encaixe com o recipiente de medida, com anel de borracha
que assegure um fechamento estanque, sem ar aprisionado na junta entre as bordas. Deve dispor
também de uma bomba de ar manual, que pode fazer parte da tampa ou ser uma peça acessória.

NOTA A bomba manual pode ser substituída por outro meio satisfatório de injeção de ar, por exemplo, um
reservatório de ar comprimido.

4.3.4 A tampa pode ser provida de um reservatório de ar com volume correspondente a cerca de
5 % a 6 % do volume do medidor, com uma válvula de alívio e outra de transmissão de pressão, para
calibração do medidor.

4.4 Recipiente de calibração

4.4.1 O recipiente deve ter volume interno igual a uma porcentagem do volume do recipiente de
medida, correspondente à porcentagem aproximada de ar que existe na amostra de concreto
submetida a ensaio (ver Anexo A para o medidor tipo A e Anexo B para o medidor tipo B).

4.4.2 Para o medidor do tipo B, o recipiente de calibração deve ser um cilindro feito de latão ou
de outro metal não corrosível, com capacidade de aproximadamente 0,3 L, que pode fazer parte da
tampa do medidor.

4.4.3 Quando o modelo do equipamento obrigar a colocação do recipiente de calibração dentro do


recipiente de medida, para efetuar a calibração, o recipiente de calibração deve ser cilíndrico, com
altura interior 10 mm menor que a do recipiente de medida. Um medidor satisfatório desse tipo pode
ser construído com um tubo de latão de paredes com espessura igual ou maior que 1,5 mm e diâmetro
tal que proporcione o volume desejado, com um disco de latão de 10 mm de espessura soldado em
uma das extremidades.

4.4.4 Quando, para efetuar a calibração, for necessário extrair a água do recipiente de medida com
a tampa encaixada, em função do modelo do equipamento, o recipiente de calibração pode fazer parte
da tampa (ver 4.3.4) ou ser um medidor cilíndrico separado, similar ao descrito em 4.4.2.

4.5 Mola espiral

Deve ser utilizada uma mola espiral para manter em posição o recipiente de calibração, quando
utilizado no interior do recipiente de medida.

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4.6 Tubo descendente

O tudo deve ser de latão ou de outro material rígido que não reaja com a pasta de cimento, com
diâmetro adequado, podendo ser parte integrante da tampa ou ser previsto de forma separada. O tubo
deve ser projetado de forma que, quando se adiciona água ao recipiente, esta desça tangenciando
as paredes da tampa, provocando um mínimo de perturbação na amostra de concreto.

4.7 Desempenadeira

Deve ser utilizada desempenadeira de uso em construção civil.


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4.8 Haste de adensamento

A haste deve ser lisa, rígida, com 16 mm de diâmetro e comprimento maior ou igual a 400 mm, com
as extremidades semiesféricas, com diâmetro igual ao da haste.

4.9 Régua

A régua deve ser rígida, larga e com no mínimo 3 mm de espessura.

4.10 Martelo

O martelo deve ser de borracha ou de outro material similar.

4.11 Placa

A placa para o rasamento do concreto deve ser feita de vidro ou de outro material transparente, rígida,
com 5 mm de espessura, cantos arredondados e bordas chanfradas, com dimensões que superem
em pelo menos 50 mm o diâmetro do recipiente de medida. Esta placa é utilizada na calibração do
recipiente de medida dos dois tipos de equipamento.

4.12 Funil

O funil deve ser de uso comum em laboratórios de ensaios.

4.13 Peneira

A peneira deve ter abertura de malha de 37,5 mm, conforme a ABNT NBR NM ISO 3310-1, com
superfície de peneiramento superior a 0,18 m2.

4.14 Vibrador

O vibrador de imersão deve ter frequência de no mínimo 6 000 vibrações por minuto e diâmetro
externo de no máximo 26 mm.

4.15 Balança

A balança deve ter capacidade compatível e resolução de 0,5 g ou 0,1 % da massa a ser determinada.

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5 Calibração do equipamento
5.1 O ensaio de calibração deve ser realizado de acordo com o estabelecido nos Anexos A ou B, em
função do tipo de medidor do teor de ar.

5.2 As mudanças na pressão atmosférica podem afetar a calibração do medidor tipo A, o que não
ocorre em medidores tipo B. A falta de cuidados na manipulação do instrumento afeta a calibração dos
dois tipos de medidores.

5.3 Os passos descritos em A.3 a A.7 constituem requisitos prévios para o ensaio de calibração
final, para determinar a pressão de operação p no manômetro do medidor tipo A, de acordo com A.8.
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Normalmente é necessário realizar uma só vez os passos indicados em A.3 a A.7 (no momento da
calibração inicial) e, ocasionalmente, para verificar a constância do volume do recipiente de medida e
do recipiente de calibração.

5.4 O ensaio de calibração descrito em A.8 a A.10 deve ser realizado com a frequência necessária,
de forma a verificar os equipamentos já calibrados, para assegurar que está sendo utilizada a pressão
adequada p, no medidor tipo A.

Uma mudança na altitude, superior a 200 m, com relação ao local em que foi calibrado o medidor tipo A,
requer uma nova calibração de acordo com A.8.

6 Amostra
6.1 A amostra de concreto fresco deve ser obtida de acordo com a ABNT NBR 16886.

6.2 Se o concreto contiver partículas de agregado graúdo que possam ser retidas na peneira com
abertura de malha de 37,5 mm, proceder ao peneiramento da amostra na peneira de 37,5 mm, de
acordo com a ABNT NBR 16886, de forma a obter quantidade suficiente de material passante, que
permita encher o recipiente de medida.

7 Procedimento para a determinação do teor de ar do concreto


7.1 Adensamento da amostra

7.1.1 Geral

A escolha do método de adensamento deve ser realizada conforme o abatimento do concreto, determinado
de acordo com a ABNT NBR 16889, nas seguintes condições:

a) por vibração, com o uso do vibrador de imersão (ver 4.14 e 7.1.3);

b) por vibração em mesa vibratória, com frequência de 40 Hz ou 2 400 ciclos por minuto;

c) por adensamento manual, utilizando a haste de adensamento (ver 4.8 e 7.1.2).

Os concretos autoadensáveis, com espalhamento igual ou maior que 550 mm, devem preencher o recipiente
de forma contínua e uniforme, sem adensamento.

NOTA Para concretos especiais, o procedimento de adensamento pode ser modificado de modo a simular
as condições de obra.

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7.1.2 Adensamento manual

7.1.2.1 Colocar o recipiente de medida sobre uma plataforma de trabalho nivelada e enchê-lo com
a amostra em no mínimo três camadas, com altura aproximadamente iguais.

7.1.2.2 Adensar com a haste cada uma das camadas de concreto, distribuindo 14 golpes verticais
a cada 10 000 mm2 de superfície, tomando o cuidado necessário para, na primeira camada, não
golpear o fundo e, nas seguintes, atravessar no máximo 25 mm da espessura da camada anterior.

7.1.2.3 Golpear suavemente com o martelo 10 a 15 vezes a parede externa do recipiente após
o adensamento de cada camada, fechando os vazios deixados pela haste e eliminando bolhas de ar.
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7.1.3 Adensamento mecânico

7.1.3.1 Colocar o recipiente de medida sobre uma plataforma de trabalho nivelada e enchê-lo com
a amostra em no mínimo duas camadas, com alturas iguais.

7.1.3.2 Para cada classe de concreto, tipo de vibrador e de molde, é requerido um tempo particular
de vibração, que deve ser mantido uniforme. Esse tempo depende da consistência do concreto e
da eficiência do vibrador. A vibração deve ser finalizada quando a superfície do concreto apresentar
um aspecto relativamente liso e praticamente não houver mais o aparecimento de bolhas de ar na
superfície. Deve-se evitar vibrar demasiadamente o concreto, pois isso pode produzir segregação.

7.1.3.3 Ao adensar cada camada, o elemento vibrante deve ser introduzido apenas uma vez, no
centro da superfície da amostra, ao longo do eixo do recipiente. Ao adensar a camada inferior, evitar que
o vibrador descanse sobre a base do molde ou toque as suas paredes laterais. Ao adensar a segunda
camada, o vibrador deve penetrar aproximadamente 20 mm na camada anterior.

7.1.4 Rasamento

7.1.4.1 Após finalizado o adensamento, rasar a superfície do concreto deslizando a régua descrita
em 4.9 sobre a borda do recipiente de medida com movimentos de vai e vem, até que o recipiente
fique cheio exatamente nesse nível.

7.1.4.2 Se necessário, uma pequena quantidade de material pode ser introduzida após o adensamento,
apenas para completar o volume do recipiente, sendo finalizado o rasamento com o auxílio da
desempenadeira (ver 4.7) e da régua (ver 4.9).

7.2 Ensaio – Medidor tipo A

7.2.1 Preparação do ensaio

7.2.1.1 Limpar cuidadosamente com um pano úmido as bordas do recipiente e da tampa e proceder
ao fechamento hermético do equipamento.

7.2.1.2 Preparar o equipamento e adicionar água ao concreto pelo tubo, até alcançar a metade da
coluna graduada. Inclinar o equipamento em aproximadamente 30° em relação ao seu eixo vertical e,
usando o fundo do recipiente como apoio, descrever vários círculos completos com o extremo superior
da coluna, batendo simultaneamente na tampa para eliminar bolhas de ar acima da superfície da
amostra de concreto.

7.2.1.3 Retornar o equipamento à posição vertical e encher a coluna com água, ligeiramente acima
da marca zero, batendo suavemente nas paredes do recipiente. Em seguida, remover a espuma da

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superfície da coluna de água, com uma seringa ou borrifando álcool, para obter um menisco nítido.
Levar o nível de água do tubo graduado à marca zero, antes de fechar a abertura da parte superior
da coluna de água.

7.2.2 Procedimento de ensaio

7.2.2.1 Aplicar ao concreto uma pressão ligeiramente superior à de ensaio p (aproximadamente


1,5 kPa a mais), por meio da bomba manual. Bater nas paredes do recipiente de medida e, quando
o manômetro indicar a pressão exata de ensaio, p, determinada de acordo com A.8, ler o nível h1 de
água na escala graduada do tubo, registrando o valor da divisão mais próxima (ou de meia divisão
em tubos de alta precisão). Para traços menos plásticos de concreto, pode ser necessário bater
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vigorosamente no recipiente até que não mais se percebam variações no teor de ar.

7.2.2.2 Abaixar gradualmente a pressão pela abertura da parte superior da coluna de água e bater
suavemente nas paredes do recipiente durante aproximadamente 1 min. Registrar o nível h2 de água
como o valor da divisão mais próxima ou de meia divisão. O teor de ar aparente A1 é a diferença entre
os dois níveis lidos (A1 = h1 – h2).

7.2.3 Ensaio de verificação

Repetir as operações indicadas em 7.2.2, sem adicionar água, para restabelecer o nível de água na
marca zero. Duas determinações consecutivas do teor de ar aparente não podem diferir entre si em
mais de 0,2 unidade, devendo ser calculada a média desses dois valores com aproximação de 0,1 unidade,
para obter o valor A1, utilizado no cálculo do teor de ar, de acordo com a Seção 8.

7.2.4 Pressão de ensaio

Se eventualmente o conteúdo de ar exceder a faixa de medição do equipamento quando operado


à pressão normal de ensaio, p, reduzir a pressão de ensaio ao valor da pressão alternativa, p1, e
repetir os passos indicados em 7.2.2 e 7.2.3.

NOTA Para realizar um procedimento idêntico ao de calibração, consultar A.9. Um valor aproximado de
pressão alternativa, p1, em quilopascals (kPa), tal que o teor de ar aparente seja igual ao dobro da leitura do
medidor, pode ser calculado pela equação a seguir:

pn × p
p1 =
2 pn + p

onde

pn é a pressão atmosférica (aproximadamente 100 kPa, podendo variar com a altitude e as condições
climáticas), expressa em quilopascals (kPa);

p é a pressão normal de ensaio ou pressão operativa, expressa em quilopascals (kPa).

7.3 Ensaio – Medidor tipo B

7.3.1 Preparação do ensaio

Limpar cuidadosamente com um pano úmido as bordas do recipiente e da tampa e proceder ao fechamento
hermético do equipamento. Fechar a válvula de ar principal e abrir as chaves que se encontram na
tampa. Usando uma seringa, injetar água por uma das chaves, até que a água saia pela chave oposta.

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Sacudir o equipamento suavemente até que todo o ar acima da superfície da amostra de concreto seja
expulso pela chave. Completar a injeção de água, se necessário.

7.3.2 Procedimento de ensaio

7.3.2.1 Fechar a válvula de sangramento de ar e bombear ar para a câmara até que o manômetro
esteja na linha de pressão inicial. Deixar repousar por alguns segundos para que o ar esfrie até
a temperatura ambiente. Caso necessário, estabilizar o manômetro na linha de pressão inicial, por
bombeamento ou expulsão de ar.

NOTA Antes de cada leitura no manômetro, bater suavemente com os dedos para melhor estabilização.
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7.3.2.2 Fechar as chaves que se encontram na tampa e abrir a válvula de ar principal. Bater
ligeiramente no manômetro para estabilizar a pressão e ler a porcentagem de ar na escala (A1). Aliviar
a pressão abrindo as chaves que se encontram na tampa (ver Figura 2) e retirar a tampa.

7.3.2.3 A válvula de ar principal deve ser fechada antes da descompressão, tanto do recipiente de
medida quanto da câmara de ar. Um descuido nesta operação pode provocar a introdução de água
na câmara de ar, gerando erros nas medições posteriores. Caso ocorra entrada de água na câmara
de ar, ela deve ser extraída pela válvula de saída, sendo aplicados na sequência vários golpes com
a bomba para expelir os últimos resquícios de água.

8 Expressão dos resultados


8.1 Teor de ar da amostra ensaiada

8.1.1 Teor de ar aparente (A1) da amostra ensaiada

O teor de ar aparente da amostra ensaiada deve ser de acordo com o valor lido conforme o procedimento
estabelecido em 7.2.2. ou 7.3.2.

8.1.2 Teor de ar corrigido (As) da amostra ensaiada

Calcular pela equação a seguir:

As = A1 – G

onde

As é o teor de ar corrigido do concreto no recipiente de medida, expresso em porcentagem (%);

A1 é o teor de ar aparente da amostra ensaiada, expresso em porcentagem (%) (ver 7.2.2 e 7.3.2);

G é o fator de correção do agregado (opcional), obtido conforme o Anexo C, expresso em


porcentagem (%).

Os resultados devem ser expressos em porcentagem, com uma casa decimal.

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8.2 Teor de ar do traço de concreto total

8.2.1 Teor de ar aparente (At1) do traço de concreto total

O teor de ar aparente do traço de concreto total, quando a amostra ensaiada representa a porção da
mistura obtida por peneiramento úmido, de acordo com 6.2, deve ser calculado pela equação a seguir:
100 A1Vc
At1 =
100Vt − A1Va

onde
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At1 é o teor de ar aparente do traço total, expresso em porcentagem (%);

A1 é o teor de ar aparente definido em 8.1.1, expresso em porcentagem (%);

Vc é o volume absoluto dos componentes do traço de concreto que passam pela peneira de
37,5 mm, livres de ar, determinado conforme as massas originais de dosagem, expresso em
metros cúbicos (m3);

Vt é o volume absoluto de todos os componentes do traço de concreto, livres de ar, expresso


em metros cúbicos (m3);

Va é o volume absoluto do agregado de dimensões superiores a 37,5 mm, presente no traço


do concreto, determinado segundo as massas originais de dosagem, expresso em metros
cúbicos (m3).

Os resultados devem ser expressos em porcentagem, com uma casa decimal.

8.2.2 Teor de ar corrigido (Ats) do traço de concreto total

O teor de ar corrigido do traço de concreto total, quando a amostra ensaiada representa a porção da
mistura obtida por peneiramento úmido, de acordo com 6.2, deve ser calculado pela equação a seguir:

100 AsVc
Ats =
100Vt − AsVa

onde

Ats é o teor de ar corrigido do traço total, expresso em porcentagem (%);

As é o teor de ar corrigido da amostra ensaiada, expresso em porcentagem (%);

Vc, Vt e Va, são os volumes definidos em 8.2.1.

Os resultados devem ser expressos em porcentagem, com uma casa decimal.

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8.3 Teor de ar aparente da fração de argamassa (Am1)

Calcular de acordo com a equação a seguir:

100 A1Vc
Am1 =
100Vm − A1 (Vc − Vm )

onde

Am1 é o teor de ar na fração de argamassa, expresso em porcentagem (%);


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Vm é o volume absoluto dos constituintes da fração de argamassa da mistura de concreto,


expresso em metros cúbicos (m3).

Os resultados devem ser expressos em porcentagem, com uma casa decimal.

9 Relatório
O relatório do ensaio deve incluir o seguinte:

a) dados obrigatórios:

— identificação da amostra ensaiada;

— data e hora do ensaio;

— tipo de equipamento utilizado (A ou B);

— método de adensamento utilizado;

— abatimento;

— teor de ar obtido para a amostra ensaiada, conforme a Seção 8, expresso em porcentagem


com uma casa decimal;

b) dados opcionais:

— composição (traço) do concreto;

— relação água/cimento;

— diâmetro máximo do agregado;

— tipo de aditivo utilizado (se for o caso);

— temperatura do concreto fresco.

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Anexo A
(normativo)

Calibração do medidor tipo A – Método da coluna de água

A.1 Generalidades
Os ensaios de calibração devem ser realizados de acordo com a Seção 5 e com os procedimentos
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indicados em A.3 a A.9.

A.2 Aparelhagem
Conforme a Seção 4.

A.3 Aferição do volume do recipiente de calibração

A.3.1 Determinação do volume do recipiente de calibração


Determinar a massa de água m0 requerida para encher o recipiente de calibração, com exatidão de
0,1 %.

A.3.2 Determinação do volume do recipiente de medida


Encher o recipiente com água e rasar com a placa de vidro, assegurando que esteja completamente
cheio. Determinar a massa m1 requerida para encher o recipiente com exatidão de 0,1 %.
NOTA Para conseguir uma junção hermética entre a placa de vidro e o recipiente, recomenda-se passar
uma fina película de graxa na borda do recipiente.

A.4 Cálculo do volume efetivo do recipiente de calibração (R)


A constante R representa o volume efetivo do recipiente de calibração, expressa como uma porcentagem
do volume do recipiente de medida, e deve ser calculada pela equação a seguir (ver Nota):
m
R = 0, 98 0
m1
onde

R é uma constante adimensional, que representa o volume efetivo do recipiente de calibração;

m0 é a massa de água necessária para encher o recipiente de calibração, expressa em


quilogramas (kg);

m1 é a massa de água necessária para encher o recipiente de medida, expressa em


quilogramas (kg).
NOTA O fator 0,98 é usado para corrigir a redução do volume de ar no recipiente de calibração, que
está comprimido por uma altura de água igual à altura do recipiente de medida. Este fator de correção é

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aproximadamente 0,980 para um recipiente de 200 mm de altura, ao nível do mar, que decresce até 0,975 a
1 500 m acima do nível do mar, e até 0,970 a 4 000 m acima do nível do mar. O valor desta constante decresce
à razão de 0,01 para cada 100 mm de incremento na altura do recipiente. O volume efetivo do recipiente de
calibração em medidores tipo B independe da altura do recipiente de medida e da pressão atmosférica.

A.5 Determinação ou verificação da tolerância para o fator de expansão D


Encher o equipamento com água, assegurando que todo o ar tenha sido eliminado e que o nível de
água esteja exatamente na marca zero (ver Nota 1). Aplicar uma pressão operativa, p, determinada pelo
ensaio de calibração descrito em A.8. A diminuição do nível de água na coluna deve ser equivalente
ao fator de expansão, D, para o equipamento considerado e para esta pressão em particular.
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Ainda que o recipiente de medida, a tampa e os mecanismos do equipamento estejam solidamente


construídos, a aplicação de pressão interna produz um pequeno incremento no volume. Esta expansão
não afeta os resultados do ensaio, porque, com os procedimentos indicados na Seção 7 e no Anexo
C, o valor da expansão é o mesmo, tanto para o ensaio de ar em concreto como para o ensaio do
fator de correção do agregado e, dessa forma, eles se compensam automaticamente. Porém, essa
condição deve ser observada no ensaio de calibração para determinar a pressão de ar a ser utilizada
no ensaio do concreto fresco.

NOTA 1 A coluna de água em alguns equipamentos está marcada com um nível inicial de água e um nível
zero; a diferença entre essas duas marcas é a tolerância para o fator de expansão. Este valor deve ser
verificado da mesma forma que os equipamentos que não dispõem desta marcação e, neste caso, o fator de
expansão pode ser omitido ao se calcular a leitura de calibração em A.7.

NOTA 2 Para este propósito, considera-se suficientemente exato usar um valor aproximado para p, o qual
é determinado fazendo um ensaio preliminar de calibração, como indicado em A.8, exceto se for usado um
valor aproximado para a leitura de calibração, K. Para este ensaio, K = 0,98 R.

A.6 Leitura de calibração, K


A leitura de calibração, K, é a leitura final que se obtém quando o equipamento é operado à pressão
de calibração correta.

A leitura de calibração deve ser calculada pela equação a seguir:

K =R+D

onde

K é a leitura de calibração;

R é o volume efetivo do recipiente de calibração, obtido em A.5.1, expresso em metros cúbicos (m3);

D é o fator de expansão obtido em A.6 (ver Nota de A.7.2).

Se o indicador da coluna de água estiver graduado incluindo um nível de água inicial e uma marca zero,
a diferença entre as duas marcas é equivalente ao fator de expansão. Devido a esse fato, o termo D
deve ser omitido.

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A.7 Ensaio de calibração para determinação da pressão operativa p no manômetro


do medidor tipo A
Se a borda do cilindro de calibração não apresentar reentrâncias nem saliências, colocar três ou mais
espaçadores, distribuídos no perímetro total, à igual distância um do outro, para permitir a entrada de
água nele.

Inverter o cilindro e colocá-lo no centro do fundo seco do recipiente de medida. Os espaçadores


devem formar uma abertura para a entrada do fluxo de água no recipiente de calibração, quando for
aplicada a pressão. Assegurar que o cilindro invertido esteja bem posicionado, baixar cuidadosamente
a tampa até encaixá-la e ajustar o equipamento na posição vertical. Adicionar água à temperatura do
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ar por meio do funil até a marca zero. Fechar a abertura superior e bombear ar até aproximadamente
a pressão operativa. Inclinar o equipamento até aproximadamente 30° com a vertical e, usando
o fundo do recipiente como apoio, descrever vários círculos completos com a parte superior do tubo
graduado, batendo simultaneamente na tampa e nas paredes do recipiente, de forma suave, para
eliminar todo o ar aprisionado aderido à superfície interna do equipamento. Retornar o equipamento
à posição vertical, diminuir gradualmente a pressão, para evitar perdas de ar do recipiente de calibração,
e abrir a abertura superior. Levar o nível de água exatamente até a marca zero, injetando água
pela chave que se encontra na parte superior da tampa cônica. Fechar a abertura superior e aplicar
pressão até que o nível de água tenha descido a uma quantidade equivalente a aproximadamente
0,1 % ou 0,2 % de ar acima do valor da leitura de calibração K.

Para evitar restrições locais, bater suavemente nas paredes do recipiente e, quando o nível de água
coincidir exatamente com o valor da leitura de calibração K, ler a pressão p indicada no manômetro e
registrá-la com precisão de 1 kPa.

Descomprimir gradualmente e abrir a parte superior, para verificar se o nível de água volta à marca
zero quando se bate suavemente nas paredes do recipiente. Se isto não ocorrer, há perda de ar do
recipiente de calibração ou perda de água devido a fugas no equipamento. Se o nível de água não
voltar a um valor até 0,05 % de ar da marca zero e se não forem percebidas perdas de água superiores
a umas poucas gotas, há provavelmente perda de ar do recipiente de calibração. Neste caso, repetir
a calibração, passo a passo, desde o início desta Seção. Se a perda de água for superior a algumas
gotas, ajustar a junção ou o encaixe onde ocorreu a perda de água antes de repetir a calibração.
Verificar a leitura da pressão indicada, levando o nível de água exatamente até a marca zero, fechar
rapidamente a abertura superior e aplicar a pressão p. Bater suavemente no manômetro com o dedo.
Quando o manômetro indicar a pressão p, ler na coluna de água o valor da leitura de calibração K,
utilizada na primeira aplicação de pressão, com aproximação de 0,05 % de ar.

A.8 Ensaio de calibração para determinação da pressão operativa alternativa p1


O intervalo de teores de ar que podem ser medidos com um determinado equipamento pode ser
duplicado, determinando-se uma pressão alternativa p1, tal que no medidor se leia a metade do valor
da leitura de calibração, K. A calibração exata requer a determinação do fator de expansão D, à
pressão operativa alternativa p1. Na maioria dos casos, a mudança do fator de expansão pode não ser
considerada e, então, a pressão operativa alternativa p1 deve ser determinada no ensaio de calibração.

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Anexo B
(normativo)

Calibração do medidor do teor de ar tipo B – Método pressométrico

B.1 Generalidades
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A calibração do medidor tipo B consiste em comparar o valor lido no manômetro com o teor de ar real
existente dentro do recipiente, a partir do conhecimento de seu volume e da realização do ensaio,
substituindo o concreto por água. As determinações são realizadas de forma sequencial, com a eliminação
de porções crescentes da água, necessárias para encher o recipiente do medidor.

Para este tipo de equipamento, não é necessário repetir a calibração detalhada em função de alterações
da altitude do local onde o ensaio é realizado ou de mudanças na pressão atmosférica.

B.2 Calibração detalhada


A calibração detalhada deve ser realizada quando da aquisição do equipamento ou quando da substituição
de qualquer de seus componentes, e sempre que se constatar, na calibração simplificada (ver B.6),
uma variação maior que 0,2 ponto percentual em relação à calibração simplificada anterior.

B.2.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária à realização da calibração está descrita na Seção 4 (ver 4.3.4, 4.4.2, 4.11
e 4.15).

B.2.2 Verificação da capacidade do recipiente do medidor de teor de ar

A capacidade do recipiente é obtida pela determinação da massa de água necessária para enchê-lo,
como a seguir:

a) pesar o recipiente de medida limpo e seco (mr) e também a placa transparente (mp);

b) passar uma fina camada de graxa na borda do recipiente para obter uma junta à prova d’água
entre a placa transparente e a borda do recipiente;

c) preencher o recipiente com água à temperatura ambiente e colocar a placa sobre ele. Assegurar
que o recipiente esteja completamente cheio de água;

d) enxugar a água excedente e determinar a massa do conjunto (recipiente cheio de água e coberto
pela placa), mc;

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e) calcular o volume do recipiente pela equação a seguir:


V = [ mc − (mr + mp )] ρágua

onde

V é o volume do recipiente de medida, expresso em mililitros (mL);

mc é a massa do conjunto (recipiente cheio de água e coberto pela placa), expressa em gramas (g);

mr é a massa do recipiente de medida vazio, expressa em gramas (g);


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mp é a massa da placa transparente, expressa em gramas (g);

ρágua é a densidade da água à temperatura ambiente, expressa em gramas por centímetro


cúbico (g/cm2).

NOTA 1 Para o intervalo de temperatura de laboratório, usualmente (23 ± 2) °C, a densidade da água pode
ser considerada igual a 1 g/cm3.

NOTA 2 O volume efetivo do recipiente de calibração em medidores tipo B independe da altura do recipiente
de medida e da pressão atmosférica.

B.3 Calibração simplificada


B.3.1 Esta operação deve ser realizada conforme B.3.2 e B.3.3, sendo realizadas apenas duas
avaliações, no intervalo de 2 % a 6 % do volume do recipiente.

B.3.2 Aparafusar a extensão do tubo para calibração (ver Figura 2) no orifício com rosca, na parte
inferior do conjunto da tampa, colocar a tampa sobre o recipiente, girar algumas vezes com movimentos
curtos para garantir um perfeito acoplamento entre a tampa e o recipiente, e fechar hermeticamente.

B.3.3 Realizar o ensaio como descrito em 7.3, utilizando água em vez de concreto. Essa operação
deve ser realizada dez vezes, sendo retirada, a cada determinação, uma quantidade de água
correspondente a 1 % do volume do recipiente e sendo determinada a sua massa com exatidão de 0,5 g.

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Anexo C
(informativo)

Determinação do fator de correção devido ao volume


de vazios do agregado

C.1 Procedimento
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O fator de correção devido ao volume de vazios do agregado é determinado em uma amostra combinada
de agregados miúdo e graúdo, conforme C.2 a C.4. Esta determinação é realizada independentemente,
aplicando a pressão de calibração a uma amostra de agregados miúdo e graúdo submersos em água,
aproximadamente na mesma condição de umidade, quantidade e proporções presentes na amostra
de concreto submetida ao ensaio.

C.2 Tamanho da amostra de agregados


Devem ser calculadas as massas dos agregados miúdo e graúdo presentes na mistura de concreto
fresco, cujo teor de ar se deseja determinar, utilizando as equações a seguir:

V × mh
mf =
V1

V × mt
mg =
V1

onde

mf é a massa de agregado miúdo presente na amostra de concreto, expressa em quilogramas (kg);

V é o volume da amostra de concreto (igual ao volume do recipiente de medida), expresso em


metros cúbicos (m3);

V1 é o volume de concreto produzido por betonada, expresso em metros cúbicos (m3);

mh é a massa total do agregado miúdo no estado úmido, usado na betonada, expressa em


quilogramas (kg);

mg é a massa do agregado graúdo presente na amostra de concreto, expressa em quilogramas (kg);

mt é a massa total do agregado graúdo, no estado úmido, usado na betonada, expressa em


quilogramas (kg).

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C.3 Colocação do agregado no recipiente de medida


Devem ser misturadas amostras representativas de agregados miúdo (mf) e graúdo (mg) e colocadas
em pequenas porções no recipiente de medida, que já deve conter água até a terça parte de seu
volume. Se for necessário, adicionar mais água, até cobrir todo o agregado.

Essas operações devem ser realizadas procurando incorporar a menor quantidade possível de ar e
golpeando, de vez em quando, as paredes do recipiente e eliminando a espuma cuidadosamente.

Adensar ligeiramente a camada superior, de 25 mm de agregado, com dez golpes da haste. Agitar
antes de cada nova adição de agregado, para eliminar o ar que estiver aprisionado.
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C.4 Determinação do fator de correção do agregado


Após todo o agregado ter sido colocado no recipiente de medida, eliminar o excesso de espuma e
manter o agregado coberto com água, durante um período de tempo aproximadamente igual ao que
transcorre entre a adição de água à mistura de concreto e o momento de realização do ensaio para
determinação do teor de ar.

C.4.1 Medidor tipo A

Continuar a determinação de acordo com 7.2.2.1 e 7.2.2.2. Calcular o fator de correção do agregado
de acordo com a equação a seguir:

G = h1 − h2

onde

G é o fator de correção do agregado, expressa em porcentagem (%);

h1 é a leitura, à pressão p, determinada em 7.2.2.1, expressa em porcentagem (%);

h2 é a leitura, à pressão zero, determinada em 7.2.2.2, expressa em porcentagem (%).

C.4.2 Medidor tipo B

C.4.2.1 Proceder como indicado em 7.3.1.

C.4.2.2 Extrair do equipamento, usando o mesmo procedimento estabelecido em B.5, um volume


de água equivalente ao volume de ar que contém uma amostra representativa de concreto com
o mesmo volume do recipiente de medida.

C.4.2.3 Terminar o ensaio de acordo com 7.3.2. O fator de correção do agregado (G) é igual à
leitura na escala graduada do teor de ar, menos o volume de água retirado do recipiente, expresso
como porcentagem do volume do recipiente.

NOTA O fator de correção devido aos espaços vazios dos agregados varia com os diferentes tipos
de agregados e somente pode ser determinado mediante a realização de ensaio, tendo em vista que,
aparentemente, não está diretamente relacionado com a absorção das partículas. Os ensaios são de fácil
realização e recomenda-se que não sejam ignorados. Habitualmente, o fator de correção se mantém constante
para um determinado agregado, porém é recomendável realizar um ensaio ocasional de verificação.

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