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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16738

Primeira edição
28.02.2019

Cimento Portland ― Determinação da resistência


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à compressão de corpos de prova prismáticos


Portland cement ― Determination of strength of prismatic test specimens

ICS 91.100.10 ISBN 978-85-07-07952-1

Número de referência
ABNT NBR 16738:2019
12 páginas

© ABNT 2019
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Princípio do método............................................................................................................1
4 Condições ambientais........................................................................................................2
4.1 Laboratório..........................................................................................................................2
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4.2 Câmara úmida e tanque de cura........................................................................................2


5 Aparelhagem........................................................................................................................2
5.1 Moldes prismáticos metálicos...........................................................................................2
5.2 Mesa de adensamento por queda......................................................................................3
5.3 Nivelador de camadas e régua metálica...........................................................................4
5.4 Misturador mecânico..........................................................................................................5
5.5 Máquina de ensaios de resistência à tração na flexão....................................................6
5.6 Máquina de ensaios de resistência à compressão..........................................................7
5.7 Balanças...............................................................................................................................7
5.8 Cronômetro..........................................................................................................................7
6 Materiais...............................................................................................................................7
6.1 Constituintes da argamassa..............................................................................................7
6.1.1 Areia-padrão ISO.................................................................................................................7
6.1.2 Cimento Portland................................................................................................................8
6.1.3 Água.....................................................................................................................................8
6.2 Desmoldante........................................................................................................................8
7 Procedimento......................................................................................................................8
7.1 Preparo dos moldes............................................................................................................8
7.2 Preparação da argamassa..................................................................................................8
7.2.1 Composição da argamassa................................................................................................8
7.2.2 Mistura da argamassa.........................................................................................................9
7.3 Moldagem dos corpos de prova........................................................................................9
7.4 Cura e desmoldagem dos corpos de prova......................................................................9
7.5 Idades dos corpos de prova para os ensaios de resistência.......................................10
7.6 Determinação da resistência à tração na flexão (opcional)..........................................10
7.7 Determinação da resistência à compressão.................................................................. 11
8 Cálculo e expressão de resultados do ensaio............................................................... 11
8.1 Resistência à tração na flexão......................................................................................... 11
8.2 Resistência à compressão............................................................................................... 11
8.3 Repetitividade....................................................................................................................12
8.4 Reprodutibilidade..............................................................................................................12
9 Relatório do ensaio...........................................................................................................12

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Figuras
Figura 1 – Moldes prismáticos............................................................................................................3
Figura 2 – Mesa de adensamento para moldagem dos corpos de prova.......................................4
Figura 3 – Nivelador de camadas.......................................................................................................4
Figura 4 – Régua metálica...................................................................................................................5
Figura 5 – Misturador mecânico de argamassa................................................................................5
Figura 6 – Dispositivo de força para a determinação da resistência à flexão................................6
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Tabelas
Tabela 1 – Velocidade da pá do misturador.......................................................................................6
Tabela 2 – Distribuição granulométrica da areia-padrão ISO...........................................................7
Tabela 3 – Quantidades de materiais..................................................................................................8
Tabela 4 – Tolerância de tempo para a ruptura...............................................................................10

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT
não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo
precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16738 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-018),
pela Comissão de Estudo de Cimentos, Matérias-Primas e Adições (CE-018:100.001). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 06.12.2018 a 04.02.2019.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16738 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the test method for the determination of the compressive strength and
optionally for the flexural strength of prismatic test specimens.

This Standard does not include all aspects of occupational health and safety, and it is the responsibility
of the user of this Standard to establish appropriate practices and comply with applicable governmental
regulations. It is recommended that the chemical safety data sheet (MSDS) be consulted regarding
the risks involved in the materials used in the test.

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Cimento Portland ― Determinação da resistência à compressão de corpos


de prova prismáticos

1 Escopo
Esta Norma especifica o método de ensaio para a determinação da resistência à compressão de corpos
de prova prismáticos e, opcionalmente, também pode ser determinada sua resistência à flexão.
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Esta Norma não inclui todos os aspectos ligados à saúde e segurança ocupacional, sendo de respon-
sabilidade do usuário desta Norma estabelecer práticas adequadas e cumprir os respectivos regula-
mentos governamentais aplicáveis. Recomenda-se a consulta da ficha de informações de segurança
de produtos químicos (FISPQ) em relação aos riscos envolvidos dos materiais utilizados no ensaio.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5741, Extração e preparação de amostras de cimentos

ABNT NBR 9479, Argamassa e concrerto – Câmaras úmidas e tanques para cura de corpos de prova

ABNT NBR ISO 7500-1, Materiais metálicos – Calibração e verificação de máquinas de ensaio estático
uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração e verificação do sistema
de medição da força

ISO 679, Cement – Test methods – Determination of strength

3 Princípio do método
Este método de ensaio consiste na determinação da resistência à compressão e, opcionalmente,
da resistência à flexão de corpos de prova prismáticos de argamassa, com as dimensões
40 mm × 40 mm × 160 mm.

Os corpos de prova devem ser preparados com uma argamassa, contendo uma parte de cimento
e três partes de areia-padrão ISO, em massa, e relação água/cimento de 0,50.

A argamassa deve ser preparada por mistura mecânica e compactada no molde por impacto.

Durante as primeiras 24 h, os corpos de prova devem ser mantidos no molde e estocados em câmara
úmida. Após desmoldagem, estes devem ser mantidos submersos em água em tanque de cura,
conforme a ABNT NBR 9479, até o momento da ruptura em máquina de ensaio.

Na data da ruptura, os corpos de prova devem ser retirados do tanque de cura e rompidos por flexão,
podendo ser determinada sua resistência à tração na flexão, quando requerida. Na sequência,
cada parte do corpo de prova deve ser submetida ao ensaio de resistência à compressão.

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4 Condições ambientais
4.1 Laboratório

O laboratório onde se efetua a preparação dos corpos de prova deve ter sua temperatura interna
no intervalo de (23 ± 2) °C e umidade relativa do ar não inferior a 50 %.

A temperatura e a umidade relativa do ar do laboratório devem ser registradas diariamente.

4.2 Câmara úmida e tanque de cura


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A câmara úmida e o tanque de cura devem ser conforme a ABNT NBR 9479.

5 Aparelhagem
Os equipamentos utilizados para moldagem e ruptura dos corpos de prova devem ser mantidos no
laboratório de forma a compatibilizar sua temperatura com a temperatura estabelecida em 4.1.

As dimensões aproximadas mostradas nas Figuras 1 a 5 são recomendações; dimensões que


incluem tolerâncias são requisitos. As tolerâncias indicadas nessas figuras são importantes para a
correta operação dos equipamentos na realização do procedimento de ensaio. Quando as medidas de
controle mostrarem que as tolerâncias não estão sendo atendidas, o equipamento deve ser rejeitado,
ajustado ou reparado. Os registros de controle dos equipamentos devem ser mantidos arquivados.
Os materiais especificados para a aparelhagem visam evitar alteração nos resultados do ensaio e são
requisitos deste ensaio.

Os controles de recepção de um equipamento novo devem incluir massa, volume e dimensões,


de acordo com o que estabelece esta Norma, atentando para grandezas críticas, para as quais
são especificadas tolerâncias.

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio está descrita em 5.1 a 5.8.

5.1 Moldes prismáticos metálicos

O molde é composto de três compartimentos horizontais, permitindo a preparação simultânea de três


corpos de prova pismáticos com seção de 40 mm × 40 mm e comprimento de 160 mm, como mostrado
na Figura 1.

O molde deve ser de aço, com paredes lisas e sem reentrâncias ou saliências, com pelo menos 8 mm
de espesura.

O molde deve ser construído de maneira a facilitar a desmoldagem dos corpos de prova, sem danificá-los.
Cada molde deve ser provido de uma placa de base, fabricada em aço. Quando montado, o molde
deve ser posicionado de forma firme e rígida sobre a placa de base.
O conjunto deve ser tal que não haja distorção ou vazamento visível durante a operação de enchi-
mento da amostra de argamassa. A placa de base deve assegurar um contato adequado com a mesa
de choque e ser suficientemente rígida para evitar vibrações secundárias.
Os moldes montados devem apresentar conformidade com as dimensões internas de cada comparti-
mento e suas tolerâncias devem ser as seguintes:
—— profundidade: (40,1 ± 0,1) mm;

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—— largura: (40,0 ± 0,2) mm;

—— comprimento: (160 ± 0,8) mm.

Para facilitar o preenchimento do molde, um gabarito de metal (colarinho) com altura de 20 mm a


40 mm pode ser utilizado.

Quando visto em planta, o gabarito de metal pode ultrapassar as paredes internas do molde em não
mais que 1 mm. As paredes externas do gabarito devem estar posicionadas de forma a assegurar
o posicionamento correto sobre o molde.
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Dimensões em milímetros
160 ± 0,8
40,0 ± 0,1

40,0 ± 0,2
40,0 ± 0,2

40,0 ± 0,2

Figura 1 – Moldes prismáticos

5.2 Mesa de adensamento por queda

A mesa de adensamento por queda deve cumprir os seguintes requisitos:

 a) massa de todo o conjunto móvel (compreendendo: mesa, braços ou eixo, molde vazio e sistema
de fixação): (20,0 ± 0,5) kg;

 b) deslocamento vertical (altura de queda): (15,0 ± 0,3) mm;

 c) frequência: uma queda por segundo, aproximadamente;

 d) a mesa de adensamento deve ser firmemente montada sobre um bloco de concreto com dimen-
sões que promovam uma adequada altura de trabalho. A totalidade da base deve se apoiar sobre
um sistema elástico que evite vibrações externas que possam afetar a mesa de adensamento.

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Molde
4 cm × 4 cm × 16 cm

Prisioneiro

Chave-guia

Suporte Excêntrico
Deslocamento
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Figura 2 – Mesa de adensamento para moldagem dos corpos de prova

NOTA Outros tipos de mesas que atendam às condições descritas em 5.2 podem ser utilizados.

5.3 Nivelador de camadas e régua metálica

O nivelador de camadas é constituído de conjunto de duas espátulas de dimensões diferentes entre si,
que permite espalhar e nivelar as camadas de argamassa adensadas nos moldes prismáticos.

As Figuras 3 e 4 são ilustrativas e mostram o nivelador de camadas e a régua metálica utilizados no ensaio.

Dimensões em milímetros
3
30
38 ± 1,5
126

58

38 ± 1,5 38 ± 1,5 38 ± 1,5


11,2 11,2
Figura 3 – Nivelador de camadas

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Dimensões em milímetros
350

50
45°

Figura 4 – Régua metálica

5.4 Misturador mecânico


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O misturador mecânico consta de uma cuba de aço inoxidável com capacidade de aproximadamente
5 dm3 e de uma pá de metal que gira em torno de si mesma e, em movimento planetário, em torno
do eixo da cuba, movimentos estes em sentidos opostos. As dimensões da cuba e da pá estão
mostradas na Figura 5. O misturador deve funcionar com duas velocidades indicadas na Tabela 2.

Dimensões em milímetros

A A

Ø 202 ± 0,5

30 Planta

17
3 ± 0,5
8

8
185 ± 1

170 ± 1

12
10

138

2
0,
68

±
1 8
r 10
r9

0,2

8 3 ± 0,5
r 27 ± 0,2
48

r 28 ± 0,2 8

Corte A-A
30

NOTA 1 As seções indicadas nesta Figura podem ser circulares.

NOTA 2 Podem ser aceitas pequenas diferenças nas dimensões ou no formato da pá em relação ao que
estabelece esta Figura, sendo atendidos os demais requisitos e desde que seja possível comprovar que
essas diferenças não interferem nos resultados do ensaio.

Figura 5 – Misturador mecânico de argamassa

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Tabela 1 – Velocidade da pá do misturador


Rotação a em torno do eixo Movimento planetário
Velocidade
rpm rpm
Baixa 140 ± 5 62 ± 5
Alta 285 ± 10 125 ± 10
a As faixas de rotação são orientativas para o fabricante. O laboratório de ensaios deve
ajustar as tensões elétricas conforme especificação do equipamento.
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5.5 Máquina de ensaios de resistência à tração na flexão

A máquina de ensaio de compressão deve apresentar as seguintes características:

 a) ser capaz de aplicar força de maneira contínua, sem choques, à velocidade constante de
carregamento de (50 ± 10) N/s durante o ensaio;

NOTA A resistência à tração na flexão pode ser determinada usando uma máquina de ensaio específica
ou por meio de um dispositivo adequado em uma máquina de ensaio de compressão.

 b) ser calibrada de acordo com a ABNT NBR ISO 7500-1, utilizada na faixa indicada nessa cali-
bração e ser classificada como Classe 1 ou melhor;

 c) dispor de um dispositivo de flexão com dois cilindros de apoio em aço de (10,0 ± 0,5) mm
de diâmetro, distando um do outro em (100,0 ± 0,5) mm, e um terceiro cilindro de força,
em aço do mesmo diâmetro, equidistante dos dois primeiros. O comprimento destes cilindros deve
estar compreendido entre 45 mm e 50 mm. O dispositivo de força é indicado na Figura 6. Os três
planos verticais que passam pelos eixos dos três cilindros devem estar paralelos e permanecer
paralelos durante o ensaio, equidistantes e perpendiculares à direção do corpo de prova.
Um dos cilindros de apoio e o cilindro de força devem poder bascular ligeiramente para permitir
a distribuição uniforme da força na largura do corpo de prova, evitando o esforço de torção;

 d) ser provida de um dispositivo indicador construído de forma que o valor indicado no momento
da ruptura.

Dimensões em milímetros
10,0 ± 0,5
≈ 40

10,0 ± 0,5
47,5 ± 2,5
10,0 ± 0,5 ≈ 30
≈ 160

Figura 6 – Dispositivo de força para a determinação da resistência à flexão

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5.6 Máquina de ensaios de resistência à compressão

A máquina de ensaio de compressão deve apresentar as seguintes características:

 a) ser capaz de aplicar força de maneira contínua, sem choques, à velocidade constante de carre-
gamento de (2400 ± 200) N/s durante o ensaio;

 b) deve ser calibrada de acordo com a ABNT NBR ISO 7500-1, utilizada na faixa indicada nessa
calibração e ser classificada como Classe 1 ou melhor;
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 c) o prato superior do dispositivo deve possuir (40,0 ± 0,1) mm de comprimento, (40,0 ± 0,1) mm de
lado e no mínimo 10 mm de espessura, com tolerância de planicidade sobre toda a superfície de
contato com o corpo de prova de 0,01 mm e ser capaz de se alinhar livremente no momento do
contato com a argamassa e, durante a aplicação da força; a posição relativa dos pratos inferior
e superior deve permanecer inalterada;

 d) a máquina de ensaios deve ser provida de um dispositivo indicador construído de forma que o
valor indicado no momento da ruptura do corpo de prova permaneça indicado depois da máquina
de ensaio ter sido descarregada.

NOTA Recomenda-se que a máquina de ensaios seja fornecida com pratos em carbeto de tungstênio
ou aço com dureza Vickers de pelo menos HV 600, com ajuste automático da taxa de carregamento,
sendo admitidas máquinas de ensaio em que a velocidade de força aplicada é regulada manualmente,
desde que seja assegurado o seu controle.

5.7 Balanças

As balanças devem apresentar resolução de 0,1 g ou melhor.

5.8 Cronômetro

O cronômetro deve ter resolução de ± 1s.

6 Materiais
6.1 Constituintes da argamassa

6.1.1 Areia-padrão ISO

A areia-padrão ISO a ser utilizada deve ser obtida de um fornecedor que garanta sua certificação
de acordo com os critérios de conformidade estabelecidos na ISO 679, em relação à areia de refe-
rência ISO.

A areia-padrão ISO deve apresentar a distribuição granulométrica mostrada na Tabela 2.

Tabela 2 – Distribuição granulométrica da areia-padrão ISO


Abertura de malha da peneira
2,00 1,60 1,00 0,50 0,16 0,08
mm
Material acumulado na peneira
0 7±5 33 ± 5 67 ± 5 87 ± 5 99 ± 1
%

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A areia-padrão ISO deve ser fornecida em embalagens contendo (1 350 ± 5) g e o tipo de material
utilizado para embalar as amostras não pode influenciar os resultados do ensaio de resistência.

A areia-padrão ISO deve ser cuidadosamente armazenada para evitar danos ou contaminação, parti-
cularmente com umidade, antes do uso.

6.1.2 Cimento Portland

A amostra deve ser coletada de acordo com a ABNT NBR 5741 e conservada em recipiente que não
reaja com cimento. O recipiente deve ser vedado para evitar a pré-hidratação do cimento.
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A amostra deve ser homogeneizada antes de serem tomadas as quantidades necessárias para o
ensaio.

NOTA Alerta-se que misturas frescas de materiais cimentícios podem causar queimaduras químicas na
pele e outros tecidos por exposição prolongada, sendo recomendável o uso de equipamento de proteção
individual (EPI) adequado.

6.1.3 Água

A água usada na mistura da argamassa deve ser destilada ou deionizada e estar à temperatura
de (23 ± 2) °C.

6.2 Desmoldante

O desmoldante pode ser de origem mineral, vegetal ou sintético e não pode reagir com o cimento.

7 Procedimento
7.1 Preparo dos moldes

Os moldes devem ser preparados antes de se efetuar a mistura, descrita em 7.2.

Com o molde limpo, iniciar sua montagem de forma a garantir a estanqueidade e untar toda a surper-
fície interna com desmoldante (6.2) para cumprir os requisitos estabelecidos em 5.1.

NOTA Recomenda-se que os moldes sejam dispostos com a base voltada para cima, para que não haja
acúmulo de material desmoldante no interior do molde.

7.2 Preparação da argamassa

7.2.1 Composição da argamassa

As quantidades de materiais a misturar de cada vez são as indicadas na Tabela 3.

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Tabela 3 – Quantidades de materiais


Massa para mistura
Material
g
Cimento Portland 450 ± 2
Água 225 ± 1
Areia-padrão ISO 1 350 ± 5
NOTA 1 As quantidades são suficientes para moldar três corpos de prova.
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NOTA 2 Relação água/cimento = 0,50.


NOTA 3 As quantidades são determinadas utilizando a balança estabelecida em 5.7

7.2.2 Mistura da argamassa

Executar a mistura por meio do misturador mecânico (5.4), colocando inicialmente na cuba toda a
quantidade de água e adicionando o cimento (ver Tabela 3). O momento em que o cimento é colocado
em contato com a água de mistura deve ser registrado (tempo zero) e acionado o cronômetro.
A mistura destes materiais deve ser feita com o misturador na velocidade baixa, durante 30 s.
Após esse tempo, e sem paralisar a operação de mistura, iniciar a colocação da areia-padrão ISO,
com o cuidado de que toda esta areia seja colocada gradualmente durante o tempo de 30 s.
Imediatamente após o término da colocação da areia, mudar para a velocidade alta, misturando-se
os materiais nesta velocidade durante 30 s. Após este tempo, desligar o misturador durante 90 s.
Nos primeiros 30 s, retirar, com auxílio de uma espátula, a argamassa que ficou aderida às paredes
da cuba e à pá e que não foi suficientemente misturada, colocando-a no interior da cuba. Durante o
tempo restante (60s), a argamassa deve ficar em repouso na cuba. Imediatamente após este intervalo,
ligar o misturador na velocidade alta por mais 60s. O tempo previsto para cada um dos estágios
de mistura refere-se aos tempos em que o misturador é ligado/desligado com tolerância de ± 2 s.

7.3 Moldagem dos corpos de prova

Colocar o gabarito para a fôrma tripla sobre a mesa de adensamento e fixar o conjunto de maneira
que este não deslize sobre a mesa de adensamento durante as quedas.

Imediatamente após o preparo da argamassa, introduzir diretamente em cada compartimento do molde


uma porção de argamassa. Com auxílio do lado maior do nivelador de camadas, proceder ao espa-
lhamento da argamassa em cada compartimento, regularizando e formando uma camada uniforme.
Em seguida, aplicar 60 quedas por meio da mesa de adensamento. Em seguida, introduzir a segunda
camada de argamassa em cada compartimento do molde e, com o auxílio do lado menor do nive-
lador de camadas, proceder ao espalhamento da argamassa em cada compartimento, regularizando
e formando uma camada uniforme. Aplicar novamente 60 quedas na mesa de adensamento. Soltar
o conjunto do molde e o gabarito da mesa, remover o gabarito em movimento vertical e proceder com
o rasamento no molde utilizando a régua metálica.

Etiquetar ou marcar os moldes para identificar os corpos de prova e a sua posição na mesa de adensamento.

Moldar três corpos de prova por idade de ensaio.

7.4 Cura e desmoldagem dos corpos de prova


Logo após a moldagem, os corpos de prova, ainda nos moldes devidamente identificados, devem
ser colocados em câmara úmida, com a face superior protegida contra eventual gotejamento, por um
período de 20 h a 24 h.

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No caso dos corpos de prova destinados à determinação da resistência à compressão com 24 h de


idade, terminando o período e após terem sido retirados das formas, deve-se proceder à identificação
dos corpos de prova e, posteriormente, à sua ruptura, dentro da tolerância de tempo especificada em 7.5.
Os corpos de prova destinados à determinação da resistência em idades maiores que 24 h devem ser
retirados das formas, identificados e imersos no tanque de cura com água (não corrente) saturada de
cal, separados entre si, onde devem permanecer até o momento da ruptura, que deve ser realizado
dentro da tolerância de tempo especificada em 7.5.
Desde que são retirados da câmara úmida ou tanque de cura e até o instante do ensaio de compressão,
os corpos de prova devem ser protegidos de maneira que toda a superfície exterior permaneça úmida.
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NOTA 1 Recomenda-se a renovação da água dos tanques de cura com frequência mensal.

NOTA 2 Efetuar a desmoldagem com cuidado para não danificar os corpos de prova. Martelos de plástico
ou de borracha podem ser utilizados para auxiliar na desmoldagem.

7.5 Idades dos corpos de prova para os ensaios de resistência

A idade de cada corpo de prova é contada a partir do instante em que o cimento é posto em contato
com a água de mistura (tempo zero), sendo registrada na respectiva ficha de controle. Efetuar os
ensaios de resistência a diferentes idades conforme indicados na Tabela 4.

Tabela 4 – Tolerância de tempo para a ruptura


Idade de ruptura Tolerância
24 h ± 30 min
48 h ± 45 min
72 h ±1h
7 dias ±2h
28 dias ±4h
63 dias ± 12 h
≥ 91 dias ± 24 h

7.6 Determinação da resistência à tração na flexão (opcional)

A resistência à tração na flexão deve ser determinada pelo método de três pontos de carregamento,
utilizando o equipamento descrito em 5.5

Colocar o corpo de prova prismático no equipamento de tração na flexão, com uma face lateral de
moldagem sobre os cilindros de apoio e o seu eixo longitudinal perpendicular aos apoios.

Aplicar a força verticalmente por meio do rolete sobre a face lateral oposta do corpo de prova prismá-
tico e aumentá-la uniformemente à velocidade de (50 ± 10) N/s, até a ruptura.

Após a ruptura, conservar úmidas cada uma das partes dos corpos de prova prismáticos rompidos
até o momento da ruptura por compressão (7.6.2). Calcular a resistência à tração na flexão ft,f pela
equação a seguir:
1, 5F ⋅ a
ft,f =
b3
onde

ft,f é a resistência à tração na flexão, expressa em megapascals (MPa);

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b é o lado da seção quadrada do prisma, expressa em milímetros (mm);

F é a força aplicada no centro do prisma, expressa em newtons (N);

a é a distância entre os apoios, expressa em milímetros (mm).

7.7 Determinação da resistência à compressão


Para o ensaio de resistência à compressão utilizam-se as metades dos corpos de prova obtidos na
máquina de ensaio de tração na flexão (7.6). Caso não se realize o ensaio pela máquina de ensaio
de tração na flexão, podem ser utilizados outros dispositivos, desde que se assegure de que as
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metades dos prismas não sejam submetidas a tensões prejudiciais.

Cada metade do corpo de prova prismático deve ser ensaiada à ruptura à compressão sobre as faces
laterais de moldagem, usando o equipamento especificado em 5.6.

Centrar lateralmente cada metade do corpo de prova prismático em relação aos pratos da máquina e
longitudinalmente de modo que o fundo do prisma fique saliente em relação aos pratos ou às placas
auxiliares cerca de 10 mm.

Aumentar a força uniformemente à velocidade de (2 400 ± 200) N/s durante toda a aplicação da força,
até a ruptura.

Quando o aumento da força for regulado manualmente, deve-se compensar a redução da velocidade
de força próximo à ruptura.

Calcular a resistência à compressão fc pela equação a seguir:


F
fc = c
1600
onde

fc é a resistência à compressão, expressa em megapascals (MPa);

Fc é a força máxima de ruptura, expressa em newtons (N);

1 600 é a área dos pratos ou das placas auxiliares (40 mm × 40 mm), expressa em mílimetros
quadrados (mm2).

8 Cálculo e expressão de resultados do ensaio


8.1 Resistência à tração na flexão

Para cada idade, calcular o resultado do ensaio de resistência à tração na flexão como a média arit-
mética dos três resultados individuais obtidos a partir do conjunto de três corpos de prova prismáticos.

Os resultados individuais e a média aritmética devem ser expressos com aproximação de 0,1 MPa.

8.2 Resistência à compressão

Para cada idade, calcular o resultado do ensaio de resistência à compressão como a média aritmética
dos seis resultados individuais, expressa com aproximação de 0,1 MPa.

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Se um resultado dentro do conjunto de seis resultados individuais apresentar variação maior que
± 10 % da média, esse resultado deve ser descartado e uma nova média aritmética deve ser calculada
com os cinco resultados restantes. Se um resultado dentro dos cinco restantes variar mais de ± 10 %
da nova média aritmética, o ensaio deve ser repetido.

8.3 Repetitividade

A diferença entre dois resultados finais referentes à mesma idade, obtidos pelo mesmo operador
a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, utilizando o mesmo equipamento em curto
intervalo de tempo, não pode ultrapassar 10 % da média entre eles.
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8.4 Reprodutibilidade

A diferença entre os dois resultados finais referentes à mesma idade, obtidos por dois operadores
realizando o ensaio em laboratórios diferentes a partir de uma mesma amostra, não pode ultrapassar
15 % da média entre eles.

9 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve conter todos os resultados individuais e a média aritmética calculada.

Se algum resultado em 8.2 for descartado, isto deve ser identificado.

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