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FUNDAMENTOS

FUNDAMENTOS DA
DA NAVEGAÇÃO
NAVEGAÇÃO
INTERIOR
INTERIOR
CAPÍTULO – 1
NOMENCLATURA DE EMBARCAÇÕES
Apresentação Dimensões lineares

Regiões de navegabilidade Nomenclatura do Veleiro

Embarcação Direções relativas

Definição de casco Ferragens

Bordos Movimento de embarcações

Nomenclatura do Navio Trim e compasso

Peso - Volume de embarcações Sotavento e barlavento

www.escolanautica.com.br
Prof. Fabio Reis
01

Apresenta ção
Apresentação
OO CD
CD éé introduzido
introduzido como
como um
um
roteiro
roteiro de
de aulas
aulas ee éé uma
uma visão geral
visão geral
da
da mat éria que
matéria que o
o aluno
aluno necessitar á
necessitará
para
para ter
ter os
os fundamentos
fundamentos b ásicos
básicos
de
de um
um iniciante.
iniciante.

Para
Para um
um bom
bom aproveitamento
aproveitamento do
do curso
curso éé
aconselhável
aconselhável queque oo aluno
aluno estude
estude detalhadamente
detalhadamente cada
cada
capitulo,
capitulo, ee responda
responda osos testes
testes simulados.
simulados.
-- Os
Os testes
testes não
não são
são exatamente
exatamente os os que
que serão
serão aplicados
aplicados nas
nas
provas
provas de
de habilitação,
habilitação, mas
mas sim,
sim, uma
uma idéia
idéia de
de como
como podem
podem ser.
ser.
02
REGIÕES
REGIÕES ONDE
ONDE SE
SE PODE
PODE NAVEGAR
NAVEGAR DE
DE ACORDO
ACORDO COM
COM AS
AS
LIMITAÇÕES
LIMITAÇÕES

Arrais
Arrais Amador
Amador :: Dentro
Dentro
dos
dos limites
limites da
da navegação
navegação
interior-
interior- Portos,
Portos, Rios,
Rios, Lagos
Lagos
ee Bacias
Bacias

Mestre
Mestre Amador
Amador :: Entre
Entre
Portos
Portos Nacionais
Nacionais não
não
saindo
saindo dodo limite
limite de
de
visibilidade
visibilidade da
da costa
costa

Capitão
Capitão Amador
Amador :: Entre
Entre
Portos
Portos Nacionais
Nacionais ee
Internacionais
Internacionais
03
EMBARCAÇÃO:
EMBARCAÇÃO:
Construção
Construçãode demadeira,
madeira,aço,
aço,fibra
fibra
de
devidro,
vidro,ou
oude
deoutros
outrosmateriais,
materiais,que
que
flutua
flutuaeeéédestinada
destinadaaatransportar
transportarpela
pela
água
águapessoas
pessoasououcoisas.
coisas.
04
CASCO
CASCO DA DA
EMBARCA
EMBARCAÇÃO: ÇÃO:
éé corpo
corpo dada embarcação
embarcação
sem
sem mastreação
mastreação ou ou
qualquer
qualquer outro
outro arranjo,
arranjo, isto
isto
é,
é, aa caixa
caixa que
que flutua.
flutua.

O
O casco
casco éé subdividido
subdividido em
em
três
três partes:
partes:

PROA:
PROA
PROA:
Extremidade
Extremidade anterior
anterior da
da
embarcação.
embarcação.

MEIA
MEIA NAU
NAU ee

POPA:
POPA:
Extremidade
Extremidade posterior
posterior da
da
embarcação.
embarcação.
05
Construção do casco

QUILHA
Parte principal da estrutura do casco ( longitudinal )

Sobre a quilha são colocadas as cavernas


06
Construção do casco

CAVERNAS

Peça de reforço, colocada transversalmente na quilha,


para dar apoio ao forro exterior do esqueleto da embarcação
07
Construção do casco

LONGARINAS

Peça estrutural longitudinal do esqueleto da embarcação


08
Construção do casco

VAUS

Viga estrutural colocada no sentido transversal.


Sua estrutura serve para sustentar o forro do convés
. ( piso do tombadilho )
09
Construção do casco

RODA DE PROA

Peça de madeira reforçada ou aço, montada na extremidade


de avante ( proa ) da quilha, fechando a ossada.
10
Construção do casco

CADASTE

Peça montada na extremidade posterior da quilha ( popa )


fechando a ossada.
11
Construção do casco

VAUS
CAVERNA

LONGARINA

QUILHA
12
Construção do casco

Forro exterior
- Revestimento aplicado sobre os
elementos estruturais da embarcação
13 Pg-1

BORDOS
BORDOS
São ao lados da embarcação

Olhando em direção a proa:

Lado esquerdo
Lado direito
é BB
é BE
14

NOMENCLATURA DA EMBARCAÇÃO

OBRAS MORTAS OU COSTADO


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PESO
PESO ee VOLUME
VOLUME
Tonelagem de arqueação ( TA )
É o volume do navio expresso em
unidades de 100 pés cúbicos ingleses, ou seja,
2,83 m3. Esta unidade é conhecida por
Tonelagem de arqueação - TA
DESLOCAMENTO
Deslocamento ( D )
É o peso da água deslocada por uma
embarcação flutuando em águas tranqüilas de EMPUXO
acordo com o princípio de Arquimedes.
(deslocamento = empuxo)
O deslocamento é expresso em toneladas ( Para que o barco flutue:
1000 kg ). DESLOCAMENTO = EMPUXO

Tonelagem / Deslocamento: Como exemplo, podemos lembrar que; ao


comprarmos uma geladeira, não nos interessa saber o seu "peso"
(deslocamento), mas sim, o espaço interno "volume" ( tonelagem de
arqueação ) para se colocar alimentos.
Na Marinha Mercante, o valor comercial de um navio é sempre relacionado
a "tonelagem de arqueação" ( espaço disponível para carga )
16
DIMENSÕES LINEARES

Boca
Borda livre:
Maior largura da embarcação
distância vertical da linha d’água ao
na transversal convés .

Boca
Borda
livre

Calado

Calado:
distância vertical tirada sobre um plano
Comprimento transversal, entre a parte extrema inferior
de arqueação da embarcação e o plano de flutuação.
Comprimento de arqueação
Comprimento real do casco
17
DIMENSÕES LINEARES

Contorno
A medida sobre o Pontal
casco da borda do É a borda livre
convés de BB à de mais o calado.
BE, ( ignorando a
quilha para veleiros )
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NOMENCLATURA DO VELEIROS
Verga: peça de madeira ou de aço,
fixada num mastro que serve para
receber antenas, luzes de navegação..
VERGA (CRUZETA )
Estais: Cabo destinado a fixar os
mastros que são instalados para vante.
OVENS
Brandais: fixar o mastro para os
bordos.(Cabos de força)

ESTAIS
Ovens: Brandais que vem do tope do BRANDAIS
mastro e tem força ampliada pelas
vergas.

Gaiuta: abertura no convés para dar


luz e ventilação a um compartimento.
GUARDA MANCEBO
GAIU
TA

Vigia: janela para dar luz a um VIGIA


compartimento
PULPITO
DE
RODA DE LEME
POPA
TIMÃO
19
DIREÇÕES RELATIVAS
20
CUNHO
Ferragem em forma de bigorna
Que serve para prender as espias
FERRAGENS

TURCO (MESMO QUE GUINCHO)


BÓIA DE SALVAMENTO
RETINIDA
(cabo de 27,5 mts , ligado á Bóia)

CAIQUE (DINGUE)
21
MOVIMENTOS DA EMBARCAÇÃO
EMBARCAÇÃO ADERNADA

CATURRO
Oscilação longitudinal - sentido popa -proa

BALANÇO LATERAL
22
TRIM OU COMPASSO

Diferença do calado de vante com o calado de ré


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REGULAGEM
REGULAGEM DO DO TRIM
TRIM para
para
embarcações
embarcações de
de motor
motor de
de popa
popa

EMBARCAÇÃO DERRABADA
Correção:
Levar o motor para junto da popa

EMBARCAÇÃO EMBICADA
Correção:
Levar o motor para fora da popa
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BARLAVENTO (BARLA)
Direção de onde vem o vento.

BARLA VENTO SOTAVENTO (SOTA)


Direção do vento quando ele
passa pelas velas, i é , a
direção em que ele se afasta do
veleiro

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FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO – 2
ANCORAS E AMARRAS
DEFINIÇÃO EFICIENCIA DA ANCORA

PESO DAS ANCORAS PROFUNDIDADE LOCAL

TIPOS DE ANCORAS TECNICAS DE FUNDEIO

TRABALHO DA ANCORA PROCEDIMENTO DE SOLTAR


ANCORA
POITA
FUNDEADOURO
BOIA DE ARINQUE
RAIO DE GIRO
SUSPENDER -INSTALAÇÃO
PERNOITE
CUIDADOS EM SOLTAR A
ANCORA SUSPENDER ANCORA

PREPARAÇÃO DE SEGURANÇA MAU TEMPO

Curso de Arrais amador


Prof. Fabio Reis
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ANCORAS
ANCORAS
ÂNCORA OU FERRO
Peça de ferro ou aço, que tem por finalidade manter a embarcação fundeada.

ÂNCORA DE PESCADOR-
PEDRAS E GALHOS

ÂNCORA ROMANA ÂNCORA VIKING


CALÍGULA
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PESO
PESODAS
DASÂNCORAS
ÂNCORAS

NAVIOS 2000- toneladas


A cada tonelada de deslocamento Âncora de 2.00quilos
Usa-se 1 quilo de peso para a âncora

EMBARCAÇÕES PEQUENAS

AMARRA
Corrente ou cabo que
liga a âncora à embarcação

Âncoras de ± 5 kg à 7 kg
27
TIPOS DE ÂNCORAS
É NECESSÁRIO SABER QUAL
A QUANTIDADE DE AMARRA LARGADA
ALMIRANTADO (CLÁSSICA)

AMARRA

DANFORTH

Faz-se marcas de espaços de1 metro


na amarra . Conta-se a quantidade de
marcas soltas.
28
TIPOS DE ÂNCORAS

Ancora Arado Ancora Cogumelo


Muito usada em
Utilizado para fixar
veleiros.
balizamentos.

Ancora Patente Fateixa


Não tem cepo, a haste é Ancora especial para
articulada aos botes de borracha.
braços.Utilizada em Fácil de guardar.
Navios.
29
COMO TRABALHA UMA ANCORA
Uma ancora trabalha da mesma maneira que uma picareta.
Quando a picareta é fincada no chão será necessário um um grande
esforço para arranca-la quando se puxado pelo cabo. Entretanto levantando o cabo, uma ação de
alavanca se produzirá soltando facilmente do chão.
De maneira semelhante uma ancora UNHA no fundo, porque a amarra exerce o esforço na
ancora no sentido de sua haste

Direção do movimento

Área de Força de vários tipos e Ancora .


30
POITA

Blocos de pedra, concreto


ou ferro bastante pesados, são
usados para fundear embarcações
para que permaneçam estacionadas
BOIA da
poita

Tornel
(girador para
não torcer a
corrente)

POITA
31
BOIA DE ARINQUE

Contornando o efeito da Maré


A utilização da bóia de
arinque é de identificar
a localização da ancora

É utilizado o cabo
de arinque para
se retirar ancoras
que ficam presas
ao fundo.

Cabo de Arinque Veja que é facil


desunhar a
ancora por traz

ELO
Caçando o cabo de
aringue, faz com que a
ancora seja arrancada
32
INSTALAÇÃO DA ANCORA
O final da amarra
deve ser presa a
uma ferragem , como
um elo ou cunho,
para que se previna
que toda a amarra se Embarcações maiores onde a
perca do barco amarra é de corrente utilizam se
guinchos (3) .Quando o guincho é
na horizontal como desenho é
chamado de MOLINETE

Atualmente as embarcações
possuem na proa uma ferragem
chamada de BICO DE PATO onde
é alojada a ancora (1).
33
INSTALAÇÃO DA ANCORA

PAIOL DA ANCORA
CUIDADO,
PODE
EMBOLAR

UNIR O FINAL
DA AMARRA A
UM ELO FIXO
NO PAIOL
Paiol se denomina a todo compartimento onde
se guarda alguma coisa numa embarcação
34
PREPARAÇÃO DE
SEGURANÇA
PAIOL DA
ANCORA

Preparação
da amarra
35
CUIDADOS QUANDO SOLTAR A ANCORA

NUNCA LANÇAR OU JOGAR A ANCORA !


36
CERTO OU ERRADO
37
Eficiência da Ancora depende de:

AREIA TENSA LODO

1- Tipos de fundo
que uma ancora PEDRA FUNDO DE ALGAS
UNHA melhor
Fundo de boa Tença:
Areia
Cascalho
Lama
LAMA CASCALHO
38
Profundidade local

Repare que a eficiência da ancora


está relacionado com o ângulo que a
amarra faz com o fundo.
Quanto menor o ângulo maior eficiência.
A solução seria soltar o máximo de
amarra para que o ângulo fosse o
menor possível
Mas com muita amarra o raio de giro
aumentaria perigosamente
39
TÉCNICAS DE FUNDEIO

FILAME
QUANTIDADE DE Utilizando corrente
AMARRA como amarra
RELACIONADA A
PROFUNDIDADE LOCAL

É utilizada uma técnica


que relaciona a
profundidade local com a
quantidade de amarra a
ser solta (FILAME)
Levando em conta o Utilizando cabo
ESTADO DO MAR e corrente

Vemos que a utilização


de corrente diminui a
quantidade de amarra
numa mesma
profundidade
Utilizando só cabo
40
PROCEDIMENTO Só desligar o motor 6
quando se tiver
DE SOLTAR certeza que a
embarcação está com
ANCORA a ancora unhada

5 ANCORA
APROXIMAÇÃO UNHADA

1 SEGUIMENTO A RÉ

2
3

SOLTAR
ANCORA
41
FUNDEADOURO

Carta Náutica
LOCAL
LOCAL DE
DE FUNDEAR
FUNDEAR

O
O sinal
sinal da
da pequena
pequena ancora
ancora na
na
carta
carta náutica
náutica indica
indica ::
A-
A- Abrigado
Abrigado de
de ventos,
ventos,
correntes
correntes ee ondas
ondas
B-
B- profundidade
profundidade adequada
adequada (até
(até
10
10 metros
metros para
para embarcações
embarcações
pequenas)
pequenas)
C-
C- Fundo
Fundo bom
bom –– sem
sem declive
declive
D-
D- fundo
fundo de
de boa
boa tença
tença (areia
(areia ,,
cascalho
cascalho ee lama)
lama)

Numa situação de mau tempo devemos procurar


na carta a pequena ancora e nos dirigir para esses
locais; sinal que indica fundeadouro.
42
RAIO DE GIRO
Mas se o vento mudar de direção ou
Aproximação é feita contra o vento houver uma mudança na corrente de Maré ,a
e a ancora é solta. embarcação baterá nas pedras

Devemos calcular o raio de giro,


considerando o FILAME mais o
comprimento da embarcação.

Com isto a embarcação fica livre


de obstáculos perigosos.
43

FUNDEADO PARA PERNOITE

Quando se fundeia utilizando a


amarra de cabo, qualquer ondinha
fará levantar o casco do barco
provocando uma força na ancora ,
que é puxada para cima e se
soltando ( garrada).
Para evitar esse efeito sem ter
uma amarra só de corrente,
podemos utilizar a técnica de
colocar outra ancora para deixar a
amarra com pouco ângulo com o
fundo.
Veja desenho

Mantêm a amarra encostada no fundo

ANCORA
44
TECNICA PARA DIMINUIR
O RAIO DE GIRO Solta-se a segunda
ancora
3

Como fundear num


canal

1
2

Solta-se a primeira Posição final


ancora
45

APROXIMAÇÃO DE UMA BOIA DA POITA FUNDEANDO NUMA PRAIA

A aproximação deve ser de proa contra o Solta-se uma ancora pela popa e com um
vento formando um pequeno ângulo com a cabo na proa prende-se na praia
poita
46
LIGAR O MOTOR
ANTES DE
SUSPENDER DAR SEGUIMENTO
A VANTE
SUSPENDER ANCORA

PARA DIMINUR O ÂNGULO


DA AMARRA COM O FUNDO

SE A ANCORA AINDA ESTIVER PRESA ANCORA PRESA


TENTAR CONTINUAR O SEGUIMENTO ENTRE AS PEDRAS
A VANTE REQUER UM
MERGULHADOR
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PROCEDIMENTO DE MAU TEMPO

CAPEAR
Soltar o drogue de tal forma que faça com que as ondas
colidam com a amura do barco, parte mais resistente do
casco (sem motor)

CORRER COM O TEMPO


Soltar o Drogue e deixar as
ondas pela popa, dando motor
para deixar o cabo estendido.

DROGUE
DROGUE ou ancora
flutuante
Cone de lona com aro de
metal e um cabo de
retinidade.
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-3
NÓS E ALÇAS

APRESENTAÇÃO NÓ DIREITO

LAIS DE GUIA

NÓ DE FATEIXA

VOLTA DE FIEL

VOLTA DO FIADOR

Curso de Arrais Amador VOLTA DE FIEL


DOBRADO
Prof. Fabio Reis
47
NÓS E ALÇAS
TRABALHOS MARINHEIROS

Termos Náuticos Referentes


aos cabos e sua manobra:
ALAR : Exerce uma tração para
executar qualquer manobra.
ADUCHAR:
ADUCHAR: Preparar um cabo
para ser guardado
É interessante praticar, utilizando um
ALIVIAR:
ALIVIAR Folga-lo pouco a pedaço de cabo fino de cerca de 1 metro,
pouco tendo suas extremidades falcaçadas.
AMARRAR:
AMARRAR: Dar um nó ou volta Esse pedaço de cabo que não tem
firme de modo a não se aplicação especial e que está na mão para
desfazer por si. ser empregado para treino tem o nome de
cabo SOLTEIRO
BRANDEAR:
BRANDEAR Folgar um cabo
MORDER:
MORDER: apertar um cabo ou
amarra.
RECORRER:
RECORRER: Folgar
SAFAR:
SAFAR Colher os cabos nos
seus respectivos lugares.
TESAR:
TESAR Esticar um cabo.
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F- NÓ DIREITO: Serve para unir dois cabos e mesma G- VOLTA DE FIADOR:


FIADOR Colocados no extremo de um
bitola. Tem a qualidade de não recorrer, mas é muito difícil cabo para evitar que ele corra através de um elo.
de ser desfeito.

H- VOLTA DE FIEL: É a volta mais usada a bordo para se


passar um cabo em torno de um toco0 ou de cabo mais
grosso.Deve ser empregado onde a tensão no cabo seja J- VOLTA DE FIEL DOBRADO:
DOBRADO: O grande valor desta
constante volta é que nunca recorre.Pode ser usada para aguentar
qualquer cabo em torno de um mais grosso.
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K – NÓ DE FATEIXA:
Usado para prender a amarra a ancora
L – LAIS DE GUIA:
É o rei dos nós, muito usado a bordo, pois é dado com
presteza e nunca recorre.
Serve para formar uma alça numa espia, que pode ser
ser de qualquer tamanho, mas não corre como um
laço.
Um emprego muito útil do lais de guia é na
amarração temporária de embarcações pequenas.
50
DAR A VOLTA A UMA ESPIA
NUM CABEÇO:

CABEÇO
51

ADUCHAR UM CABO:
E- Começa-se uma aducha
em pandeiro, sobre o
convés.
Quando todo o cabo estiver
aduchado, dobra-se a
aducha com cuidado para
evitar que se soltem como
figura.
Agora faz-se passar o seio
do cabo por dentro da parte
superior da aducha e depois
para cima, como figura
52
MODO DE PENDURAR UMA ADUCHA PEQUENA
53
A FIGURA MOSTRA COMO AMARRAR UMA ESPIA A UM CUNHO

ERRADO

CABO TEM QUE ENTRAR POR BAIXO


CERTO
PARA A FORÇA SER APLICADA
NA BASE DO CUNHO
54

AMARRAÇÃO NUM
CAIS

ESPIA
amarrada a
um cunho
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-4
GOVERNO DE EMBARCAÇÕES

PARTES DO LEME ESPIAS

PASSO DO HÉLICE APROXIMAÇÃO PARA ATRACAÇÃO

LEME E SEUS EFEITOS EFEITOS DAS ESPIAS

HÉLICE E SEUS EFEITOS


PROCEDIMENTOS DE ATRACAÇÃO

MANOBRAS PROCEDIMENTOS DE DESATRACAÇÃO

PREPARAÇÃO DAS ESPIAS

Curso de Arrais amador


Prof. Fabio Reis
55
PARTES DO LEME

Cana do Leme

Madre do Leme

Porta do Leme
56

Hélice de passo direito


57
LEME E SEUS EFEITOS
58
Hélice e seus efeitos
Embarcação de um só motor o movimento do hélice no meio líquido determina o seguinte

Corrente do Hélice
PORTA DO LEME
1- Corrente de descarga

2- Corrente de sucção
59
Hélice com seguimento a vante

Na marcha a Vante -AV-


A corrente de sucção não tem
efeito
A corrente de descarga é
lançada sobre a porta do Leme ,
produzindo um esforço que tende
a levar a popa para o bordo de BB
e conseqüentemente a proa tente
a BE

Maior
pressão
BB BE
Popa tende para BB
60
Pressão Lateral das Pás

Esse efeito só aparece quando a


embarcação está parada e se põe
em seguimento.
O hélice pressiona a água
levando a popa à BE e a proa
tende a BB.
Este efeito é utilizado para
manobrar uma embarcação de um
hélice, quando se quer encostar
BB BE
num pier.

Rotação do hélice
61
MANOBRAS
Efeito do leme combinado com Hélice de passo a direito quando a embarcação já em movimento

PROA A BB PROA A BE

Movimento a Vante
com hélice de passo a BB BE BB BE BB BE
direita

LEME À BB LEME À BE LEME AO MEIO

PROA A BE PROA A BE

BB BE BB BE BB BE
Movimento a Ré com
hélice de passo a
direita
LEME À BB LEME À BE LEME AO MEIO
62
Embarcação de uma hélice de passo direito
(destróssina) para girar em espaço limitado deve
sempre guinar para BE

BE

BE
EMBARCAÇÃO GIRA MAIS A BE
E DANDO RÉ A TENDENCIA
BE TAMBEM É A A PROA PARA BE
63

Preparação das espias


para atracação

ESPIAS – CABOS UTILIZADOS PARA


MANTER O BARCO JUNTO AO CAIS
64

ESPIAS

Atracada :quando a embarcação esta encostada


a um cais

Lançante de
proa
DEFENSAS

Espringue
de proa

Espringue
Lançante de de popa
popa
65
APROXIMAÇÃO AO CAIS

CORRENTE
OU VENTO

SEMPRE DE PROA
CONTRA O VENTO
OU A CORRENTE
66
APROXIMAÇÃO A UMA GAVETA

CORRENTE
OU VENTO

SEMPRE DE PROA
CONTRA O VENTO
OU A CORRENTE
67
ATRACAÇÃO DE POPA

CORRENTE
CORRENTE
OU
OU VENTO
VENTO
68

UTILIZAÇÃO DAS ESPIAS PARA


DESATRACAR
EFEITO UTILIZADO PARA DESATRACAR SEM EFEITO PRÁTICO
SEGUIMENTO
POSIÇÃO FINAL
A VANTE

C C
A A
I I
S S

SEGUIMENTO
POSIÇÃO FINAL A RÉ

ESPIAS DE PROA ESPIAS DE PROA

ENCOSTA RÁPIDAMENTE A PROA E ENCOSTA LETAMENTE A PROA E ABRE


ABRE A POPA COMPLETAMENTE UM POUCO A PROA
69

UTILIZAÇÃO DAS ESPIAS PARA


DESATRACAR
SEM EFEITO PRÁTICO EFEITO UTILIZADO PARA DESATRACAR

SEGUIMENTO POSIÇÃO FINAL


A VANTE

C C
A A
I I
S S

SEGUIMENTO
POSIÇÃO FINAL A RÉ

ESPIAS DE POPA ESPIAS DE POPA

ENCOSTA A POPA LENTAMENTE E ABRE ENCOSTA RÁPIDAMENTE A POPA E ABRE


UM POUCO A PROA A PROA COMPLETAMENTE.
70
PROCEDIMENTO BÁSICO DE
ATRACAR
71
PROCEDIMENTO BÁSICO DE
DESATRACAR
72

ATRACAÇÃO COM VENTO OU


CORRENTE
PERPENDICULAR AO CAIS
73
ATRACAÇÃO COM VENTO OU
CORRENTE
PERPENDICULAR AO CAIS
74
DESATRACAR DO CAIS COM VENTO
OU CORRENTE DE POPA

LARGAR DE UMA
GAVETA
75

ATRACAÇÃO COM VENTO OU CORRENTE PARALELA


AO CAIS
76

DESATRACAR DO CAIS COM VENTO OU CORRENTE


PELA PROA
77

ATRACAÇÃO DE PROA
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-5
BALIZAMENTO MARÍTIMO
SINAIS VISUAIS PERIGO ISOLADO
CEGOS- LUMINOSOS
AGUAS SEGURAS
IDENTIFICAÇÃO DE BOIAS
CEGAS -LUMINOSAS SINAIS ESPECIAIS

TIPOS DE LUZES SINAIS CARDINAIS

SINAIS LATERAIS: BB e BE VISUALIZAÇÃO NOTURNA

APROXIMAÇÃO NUM CANAL


NOTURNA- CARTA

Curso de Arrais amador


Prof. Fabio Reis
78
BALIZAMENTO MARÍTIMO

Numa estrada as informações de


curvas, estreitamento da pista, etc. são
dadas antecipadamente por meio de
placas de sinalização.

No mar também temos esse problema


de sinalização,
No mar não tem estradas e a
sinalização deve ser de forma que
possa a ser identificada de qualquer
direção.

BALIZAMENTO: É o conjunto de sinais


luminosos, cegos ou sonoros, fixos ou
flutuantes, destinados a indicar os
canais e demarcar os perigos nos
portos, baias, rios lagos ou lagoas
79
SISTEMA DE BALIZAMENTO MARÍTIMO
Conjuntos de regras aplicadas a todos os sinais fixos flutuantes.

Existem dois tipos de SINAIS VISUAIS : CEGOS E LUMINOSOS

1- SINAIS VISUAIS CEGOS

baliza

Bóias

Baliza: Hastes de ferro, cimento ou outros Bóia: Equipamentos flutuantes, que podem ou
materiais, encimadas por esferas, cones, que não conter luz, fundeadas por ferros e amarras
fornecem durante o dia indicações aos em locais previamente determinados, a fim de
navegantes indicar o caminho a ser seguido
80

2- SINAIS VISUAIS LUMINOSOS

Bóia Luminosa : É Farolete: é toda Farol: Construção onde


todo dispositivo armação ou coluna está instalado equipamento
flutuante exibindo instalada em portos, que exibe forte luz de
luz com alcance baias, canais ,etc. alcance maior que 10
inferior a 2 milhas. exibindo luz com milhas
alcance inferior a
10 milhas
Farol

Farolete

Bóia luminosa
81
IDENTIFICAÇÃO DO SIGNIFICADO DAS BÓIAS
Cada bóia significará um procedimento a ser tomado, esses procedimentos
são identificados conforme a forma e a cor da bóias, e a noite pelas cores da luz

1- Identificação das BÓIAS CEGAS

Cada procedimento é associado a Identificamos também pelo


uma COR: Verde, encarnada, FORMATO da estrutura da bóia ou do
amarela, preto TOPE : Cilíndrico , cônico

Tope cilíndrico
Cor verde
Formato cilíndrico

Tope cônico

Cor encarnada (vermelha)


Formato cônico
82

2- Identificação das BÓIAS LUMINOSAS

À NOITE SÃO IDENTIFICADAS PELAS:


CORES E RITMOS DAS LUZES

DE DIA SÃO IDENTIFICADAS


PELO FORMATO E COR DO
TOPE
83

TIPOS DE LUZES UTILIZADAS NO SISTEMA DE BALIZAMENTO


Para que cada informação do procedimento que deverá ser tomado, seja identificada à
noite, são usados vários tipos de luzes e ritmos.

Quanto às características luminosas, as luzes poderão ser de uma só cor ou de mais de uma, e ainda,
conforme a duração relativa dessa luz e da obscuridade. As mais comuns são Lampejo e Ocultação.
84
PRIMEIRO CONJUNTO de bóias e a informação do como proceder quando avistadas.

SINAIS LATERAIS:
BÓIA DE BOMBORDO E BOIA DE BORESTE
Para chegar à uma cidade em terra, é só seguir a estrada, mas na aproximação de um porto não temos como
identificar o caminho sem perigos a seguir .
Foi criado então um sistema de balizamento que indica o caminho a seguir.

Aproximação diurna
PROCEDIMENTO:
Quem vem do mar entra
num canal dando
BORESTE ao sinal
encarnado (vermelho)
e BOMBORDO para o sinal
verde.

Bóias de BB Bóias de BE
Esses sinais definem o
caminho seguro que se deve
seguir para aproximação de
portos.(demandar o porto)
85
BÓIA DE BOMBORDO E BÓIA DE BORESTE

Aproximação noturna

PROCEDIMENTO:
Quem vem do mar entra
num canal dando
BORESTE a luz Encarnada
(vermelha)

e BOMBORDO para a luz


verde.
86
BÓIA DE BOMBORDO E BÓIA DE BORESTE

PREPARAÇÃO DE UMA APROXIMAÇÃO POR UMA CARTA NÁUTICA

Toda embarcação deve ter a bordo a carta Náutica , pois nela podemos antecipadamente localizar as bóias de entrada
do porto a demandar. Procuro na cartas os símbolos das bóias, veja desenho abaixo.

Símbolo da Símbolo da Símbolo da Símbolo da


bóia de BB bóia de BE bóia de BB bóia de BE
cega cega luminosa luminosa

Seguimento Seguimento
de entrada de entrada

Quando o tráfego não é intenso, na entrada Quando o tráfego é intenso, como na entrada de
de um Porto, as bóias são CEGAS um Porto, as bóias são LUMINOSAS
87

Quadro contendo
todos os tipos e
formas das Bóias
de BOMBORDO
A Marinha
apresenta esses
quadros numa
publicação
chamada carta
12.000- Símbolos
e Abreviaturas
88

Quadro
contendo
todos os tipos
e formas das
Bóias de
BORESTE
89 SEGUNDO CONJUNTO de bóias e a informação do como proceder quando avistadas.

SINAIS LATERAIS
CANAL PREFERENCIAL A BORESTE
Quando temos uma
situação de uma
bifurcação, onde um dos
canais é o principal ,
para identificar o canal
principal é utilizado uma
bóia de BB modificada,
ié, com uma faixa
encarnada no centro,
como figura.

Note que se o navegador não


identificar o bóia de canal
preferencial ele continua no canal
principal.

A bóia é chamada de canal


preferencial à Boreste, mas
é uma bóia de Bombordo modificada.
90
CANAL PREFERENCIAL A BORESTE

Aproximação noturna
91
SINAIS LATERAIS
CANAL PREFERENCIAL A BOMBORDO

Note que se o navegador não


identificar o bóia de canal
preferencial ele continua no canal
principal
92
CANAL PREFERENCIAL A BOMBORDO

Aproximação noturna
93

Quadro
contendo
todos os tipos
e formas das
Bóias de Canal
Preferencial a
BORESTE
94

Quadro
contendo
todos os tipos
e formas das
Bóias de Canal
Preferencial a
BOMBORDO
95 TERCEIRO CONJUNTO de bóias e a informação do como proceder quando avistadas.

SINAL DE PERIGO ISOLADO

Como está dizendo indicam perigo isolado de tamanho limitado,


que devem ser contornados , ié , é passar ao largo
96

Quadro contendo
todos os tipos e
formas das Bóias
de PERIGO
ISOLADO
97 TERCEIRO CONJUNTO de bóias e a informação do como proceder quando avistadas.

SINAIS DE ÁGUAS SEGURAS

Indicam que entorno desses sinais as águas são


seguras (meio do Canal).
98

Quadro
contendo
todos os tipos
e formas dos
Sinais de
ÁGUAS
SEGURAS
99

SINAIS CARDINAIS
Cujo emprego, como no uso de uma agulha, serve para indicar ao
navegante onde ( em que direção) a embarcação pode encontrar
águas seguras

Águas seguras à W
100
SINAIS CARDINAIS

Este desenho corresponde ao fato


real mostrado no slide anterior

Tope indica o quadrante das


águas seguras

Norte

PERIGO
Oeste Leste SUBMERSO

Sul

Quadrante a seguir
101

Quadro
contendo
todos os tipos
e formas dos
Sinais
CARDINAIS
102
SINAIS ESPECIAIS

Sem terem como principal propósito o auxílio à


navegação, indicam certas condições de alinhamento
e bóias de poitas.

Bóias de cor amarela


102
APROXIMAÇÃO NOTURNA

Quando o barco estiver na


posição B teremos que nos Quando o barco estiver na
preocupar com o balizamento posição A do desenho,
cardinal, note a luz branca veremos o farol como
em seu ritmo. referência de entrada
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-6
REGULAMENTO INTERNACIONAL
PARA EVITAR ABALROAMENTO
RIPEAM
NORMAS - DEFINIÇÕES LUZES E MARCAS:

RISCO DE COLISÃO PROPULSÃO MECANICA:


- Rebocando
- A vela
CANAIS ESTREITOS
- Pesca de arrasto
- Pesca de rede
SITUAÇÃO RODA-RODA - Sem governo
- Devido ao seu Calado
SITUAÇÃO RUMO CRUZADOS - Fundeado

RESPONSABILIDADE ENTRE
EMBARCAÇÕES SINAIS SONOROS

Curso de Arrais amador TRAFEGO EM RIOS NAVEGÁVEIS


Prof. Fabio Reis
103

REGULAMENTO
REGULAMENTO INTERNACIONAL
INTERNACIONAL PARA
PARA
EVITAR
EVITAR ABALROAMENTO
ABALROAMENTO

REGRA
REGRA -1
-1

Aplicação
(a) Estas Regras se aplicarão a todas as embarcações em mar aberto e em todas as águas a este
ligadas, navegáveis por navios de alto - mar.

REGRA
REGRA -2
-2

Responsabilidade
(a) Nada nestas Regras dispensará qualquer embarcação ou seu proprietário, seu comandante
ou sua tripulação das conseqüências de qualquer negligência no cumprimento destas Regras
ou na negligência de qualquer precaução reclamada ordinariamente pela prática marinheira ou pelas
circunstâncias especiais do caso.
(b) Ao interpretar e cumprir estas Regras deverão ser levados na devida conta todos os perigos à
navegação e de colisão e todas as circunstâncias especiais, inclusive as limitações das embarcações
envolvidas, os quais poderão tornar um afastamento destas Regras necessário para evitar
perigo imediato.
104
REGRA
REGRA -3
-3
Definições Gerais
Para o propósito destas Regras, exceto onde o texto o indique de modo diferente:
a) a palavra "embarcação” designa qualquer engenho ou aparelho, inclusive veículos sem
calado e hidroaviões, usados ou capazes de serem usados como meio de transporte sobre a
água.

b) o termo "embarcação de propulsão mecânica" designa qualquer embarcação movimentada


por meio de máquinas ou motores.

c) o termo "embarcação de vela" designa qualquer embarcação sob vela desde que sua
máquina de propulsão se houver, não esteja em uso.

d) o termo "embarcação engajada na pesca" designa qualquer embarcação pescando com


redes, linhas, redes de arrasto ou qualquer outro equipamento de pesca que restringe sua
manobrabilidade, mas não inclui uma embarcação pescando de corrico ou com outros
equipamentos de pesca que não restringem sua manobrabilidade.

e) a palavra "hidroavião" designa qualquer aeronave projetada para manobra sobre a água.

f) o termo "embarcação sem governo" designa uma embarcação que, por alguma
circunstância excepcional, se encontra incapaz de manobrar como determinado por estas
Regras e, portanto, está incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcação.
105
REGRA
REGRA -3
-3
g) o termo "embarcação com capacidade de manobra restrita" designa uma embarcação
que, devido à natureza de seus serviços, se encontra restrita em sua capacidade de
manobrar corno determinado por estas Regras e, portanto, está incapacitada de se manter
fora da rota de outra embarcação.
O termo "embarcação com capacidade de manobra restrita" compreende, mas não se
limita aos seguintes casos:
(1) as embarcações enganadas em serviços de colocação, manutenção ou retirada de
sinais de navegação, cabos ou tubulações submarinas;
(2) as embarcações enganadas em serviços de dragagem, levantamentos hidrográficos
ou oceanográficos ou trabalhos submarinos;
(3) as embarcações enganadas em reabastecimento ou transferência de pessoas,
provisões ou carga em viagem;
(4) as embarcações enganadas em lançamentos ou recolhimentos de aeronaves;
(5) as embarcações enganadas em operações de remoção de minas;
(6) as embarcações enganadas em operação de reboque, que, por natureza, dificilmente
permitem ao rebocador e a seu reboque desviarem-se do seu rumo.
h) o termo "embarcação restrita devido a seu calado" designa uma embarcação de
propulsão mecânica que, devido a seu calado em relação à profundidade e largura de água
navegável disponível, está com severas restrições quanto à sua capacidade de se desviar
do rumo que está seguindo.
i) o termo "em movimento" se aplica a todas as embarcações que não se encontram
fundeadas, amarradas à terra ou encalhadas.
106
REGRA
REGRA -7
-7

RISCO DE COLISÃO
Deve ser presumido que tal risco existe caso a marcação de uma
embarcação que se aproxima não se altere de modo apreciável

EM CASO DE DÚVIDA CONSIDERE HAVER RISCO DE COLISÃO


107
REGRA
REGRA -8
-8 MANOBRAS PARA EVITAR COLISÕES

A) Toda manobra para evitar


colisão deve ser franca e
positiva, bem como ser feita
com ampla antecedência.

ERRADO

ALTERAÇÃO DO RUMO QUE


SEJA SUBSTANCIAL E COM
ANTECEDENCIA
CERTO
108
REGRA
REGRA -9
-9
CANAIS ESTREITOS
a) Uma embarcação que estiver navegando ao longo de um canal estreito ou
via de acesso deverá se manter tão próxima quanto possível e seguro do limite
exterior desse canal ou via de acesso que estiver a seu BORESTE.

BB BE
109
REGRA
REGRA -9
-9
b) Embarcações de menos de 20 metros ou a vela , não deverão atrapalhar a passagem de outra
embarcação que só possa navegar com segurança dentro de um canal estreito ou via de acesso

c) Embarcações engajada na
pesca não deverão atrapalhar a
passagem de qualquer outra
embarcação que só possa
navegar dentro de um canal
estreito ou via de acesso.

d) Quando uma ultrapassagem


em um canal estreito ou via de
acesso só for possível se a
embarcação alcançada
Um apito longo, um curto manobrar para permitir uma
, um longo e um curto
Dois apitos longos ultrapassagem segura, a
e dois curtos embarcação que pretende
ultrapassar deverá indicar esta
intenção emitindo um sinal
sonoro

e) Toda embarcação deverá


evitar fundear em um canal
estreito
110
REGRA
REGRA -9
-9
f) Em curvas use o sinal apropriado de apito, tenha cuidados redobrados

Apito longo
111
REGRA
REGRA -10
-10
ESQUEMA DE SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO

LINHA OU ZONA DE
SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO

ENTRAR NA VIA DE CRUZAR A VIA


TRÁFEGO COM
MENOR ÂNGULO
POSSÍVEL
112
REGRA
REGRA -13
-13 ULTRAPASSAGEM

a) Toda embarcação que esteja ultrapassando outra deverá manter-se fora do


caminho dessa outra.

b) Deverá ser considerada uma


embarcação alcançando outra, toda
embarcação que se aproximar de outra
vinda de uma direção de mais de 22,5°
para ré do través essa ultima (durante a
noite só poderá ver a luz de alcançado).

c) Quando a ALCANÇADORA ultrapassar


a ALCANÇADA as condições de
alcançada e alcançadora não mudam .
A alcançadora não se dispensará da
obrigação de se manter fora do caminho
da embarcação alcançada.
113
REGRA
REGRA -14
-14 SITUAÇÃO RODA-RODA

a) Quando duas embarcações a propulsão mecânica estiverem se aproximando em rumos diretamente opostos
em condições que envolvam riscos de colisão cada um deverá guinar para Boreste de forma que a passagem se
dê por bombordo uma da outra.

BB

BE BE

BB

OS DOIS
DESVIAM
114
REGRA
REGRA -14
-14 SITUAÇÃO RODA-RODA

Durante a noite, de uma das embarcações verá as luzes dos mastros (se tiver) da outra
enfiadas ou quase enfiadas ou quase enfiadas e as luzes de ambos os bordos
115
SITUAÇÃO DE RUMOS CRUZADOS
REGRA
REGRA -15
-15
Quando duas embarcações à propulsão mecânica navegam em rumos que se
cruzam em situação que envolva risco de colisão, a embarcação que avista a
outra a Boreste deverá se manter fora do caminho dessa e caso as
circunstâncias o permitam evitará cruzar sua proa.
116
QUADRO DAS EMBARCAÇÕES
MANOBRADORA E PREVIGILEGIADA

Você Sempre
será privilegiado
exceto quando a
outra
embarcação
estiver sendo
avistada pelo
SETOR DE
PERIGO
117
RESPONSABILIDADE ENTRE EMBARCAÇÕES
REGRA
REGRA -18
-18
Uma embarcação a propulsão mecânica em movimento
deverá manter-se fora do caminho de embarcações:
1- Sem Governo
2- Capacidade de Manobra restrita
3- Engajada na pesca
4- Vela

TEM PRIORIDADE

MANOBRA
118
RESPONSABILIDADE ENTRE EMBARCAÇÕES
REGRA
REGRA -18
-18

Uma embarcação a vela em movimento deve manter-se


fora do caminho de embarcações :
1- Sem governo
2- Capacidade de Manobra restrita
3- Engajada na Pesca
119
LUZES E MARCAS
REGRA
REGRA -20
-20

a) As regras desta parte se aplicam em todas as


condições de tempo
b) As regras referentes às luzes se aplicam do por-
do-sol ao nascer do sol, não devendo ser exibidas
outras luzes que possam confundidas com as luzes
especificadas nesta regra
c) As luzes destas regras, se instaladas também
serão exibidas entre o nascer e o por-do-sol em Só é permitida a utilização de luzes
visibilidade restrita d) As regras referentes correspondentes as regras do Ripeam
a marcas se aplicam ao período diurno Qualquer outra luz pode camuflar a Luzes
de Bordos

MARCA

O nome Marca é designado as formas geométricas


utilizadas para sinalizar operações de embarcações
durante o dia, em substituição as luzes.
120
REGRA
REGRA -21
-21
DEFINIÇÕES:
LUZ DE MASTRO

Setor de visibilidade das luzes


LUZES DE BORDO

LUZ DE ALCANÇADO
121
A S LUZES DE BORDO INDICAM A DIREÇÃO
EM QUE A EMBARCAÇÃO ESTÁ SE
MOVIMENTANDO

Quando se observa uma luz Quando se observa uma luz Quando se observa uma luz
Encarnada (vermelha), a luz de Verde, a luz de Boreste da Branca, a luz de Alcançado
Bombordo da embarcação, embarcação, saberemos que da embarcação, saberemos
saberemos que ela está se ela está se movendo para a que ela está se movendo
movendo para a esquerda. direita. para a frente.
122

QUANDO SE AVISTAM AS DUAS AVISTANDO A LUZ DE ALCANÇADO


LUZES DE BORDO INDICA QUE A SABEREMOS QUE A EMBARCAÇÃO
EMBARCAÇÃO ESTÁ VINDO EM SUA ESTÁ SE AFASTANDO.
DIREÇÃO.
123
EMBARCAÇÃO DE PROPULSÃO MECANICA
REGRA
REGRA –23(a)
–23(a) EM MOVIMENTO

Deve exibir
1- Uma luz de Mastro
2- Uma segunda luz de
mastro, a ré e mais alta
que a de vante.
Uma embarcação de
comprimento inferior a 50
metro não é obrigatório a A DE COMPRIMENTO INFERIOR A 50 METROS NÃO É
exibir esta segunda luz de OBRIGADA A EXIBIR LUZES DE MASTRO A RÉ
mastro, mas poderá faze-lo
3- Luzes de Bordo
4- Uma luz de Alcançado
124
REGRA
REGRA –24(a)(e)
–24(a)(e) EMBARCAÇÃO REBOCANDO

Deve exibir
1- Duas luzes de
mastro em linha
vertical.quando o
comprimento do
reboque, medido a
partir da popa do
rebocador até a
COMPRIMENTO DE REBOQUE INFERIOR A 200 M
popa do rebocado
for superior a 200
metros, três dessas
luzes na vertical.
2-luzes de bordo
3-Luz de alcançado
4-Luz de reboque,
em linha vertical,
acima da luz de
alcançado

COMPRIMENTO DE REBOQUE SUPERIOR A 200 M


125
EMBARCAÇÃO EMPURANDO OU
REGRA
REGRA –– 4(d)(e)
4(d)(e) REBOCANDO A CONTRA BORDO

Deve exibir
1- Duas luzes de
mastro em linha
vertical.
2-luzes de bordo
3-Luz de alcançado

EMBARCAÇÃO SIMULTANEAMENTE
REBOCANDO E EMPURANDO OU REBOCANDO A
CONTRA BORDO
126
REGRA
REGRA –25
–25 EMBARCAÇÃO A VELA EM MOVIMENTO “PODE” EXIBIR.

EMBARCAÇÃO A VELA EM MOVIMENTO“DEVE” EXIBIR.

1- Luzes de
bordo
2- Luz de
alcançado
127

EMBARCAÇÕES A VELA DEVEM EXIBIR LUZES DE MASTRO DEVIDO


AOS VAGALHÕES QUE ENCOBREM AS DOS BORDOS
128
EMBARCAÇÃO ENGAJADA NA PESCA DE ARRASTO
REGRA
REGRA –– 26(b)
26(b)
Uma embarcação engajada na pesca de arrasto, pelo
que se entende o arrastar através da água uma rede ou
outro dispositivo usada como aparelho de pesca deve
exibir a noite: Duas luzes circulares dispostas em linha
vertical, sendo superior Verde e a inferior Branca
De dia uma marca composta de dois cones unidos por
seus vértice.

MARCA
DIURNA
129
EMBARCAÇÃO ENGAJADA NA PESCA QUE NÃO SEJA DE ARRASTO
REGRA
REGRA –– 26(c)
26(c)

Deve exibir a noite:


Duas luzes circulares dispostas em linha vertical,
sendo a superior encarnada e a inferior branca,
De dia uma marca composta por dois cones unidos
por seus vértices dispostos na vertical.
130
SEM GOVERNO
REGRA
REGRA –27
–27

Deve exibir a noite :


Duas luzes circulares encarnadas
dispostas em linha vertical, onde melhor
possam ser vistas.
De dia, duas esferas ou marcas semelhantes
dispostas em linha vertical
131
REGRA
REGRA -28
-28 EMBARCAÇÃO RESTRITA DEVIDO AO SEU CALADO

Deve exibir de noite:


Além das luzes prescritas para
embarcações de propulsão mecânica na
regra (23) exibir três luzes circulares
encarnadas dispostas em linha vertical
De dia, uma marca constituída por um cilindro
onde melhor possam ser vistas.
132
REGRA
REGRA -30
-30 EMBARCAÇÃO FUNDEADA

Deve exibir onde melhor possam ser vistas:


1- Na parte de vante, uma luz circular ou
uma esfera
2- Na ou próximo da popa a um nível mais
baixo que a luz requerida , uma outra luz
branca circular
133

Embarcação de propulsão mecânica


com menos de 12 metros poderá exibir
apenas uma luz circular branca e as luzes de
bordo

A luz de mastro, a circular branca


pode ser deslocada do eixo
longitudinal da embarcação desde
que as luzes de bordo estejam
combinadas em uma lanterna
localizada no eixo longitudinal da
embarcação.
134
REGRA
REGRA -32
-32

SINAIS SONOROS E LUMINOSO

A palavra APITO significa qualquer dispositivo de


sinalização sonora capaz de produzir os sons curtos e
longos prescritos.

APITO CURTO APITO LONGO

DURAÇÃO APROXIMADA DURAÇÃO DE 4 A 6


DE 1 SEGUNDO SEGUNDOS
135
REGRA
REGRA -34
-34
SINAIS DE MANOBRA E ADVERTENCIAS

1 APITO CURTO

ESTOU GUINANDO PARA BORESTE


136

SINAIS DE MANOBRA E ADVERTENCIAS

2 APITOS CURTO

ESTOU GUINANDO PARA BOMBORDO


137

SINAIS DE MANOBRA E ADVERTENCIAS

3 APITOS CURTO

ESTOU DANDO ATRAZ


138

SINAIS DE MANOBRA E ADVERTENCIAS


Canais estreitos

Quando no visual uma da outra, em um canal estreito ou via de acesso

2 APITOS LONGOS E
1 APITO CURTO

TENCIONO ULTRAPASSA-LO
POR SEU BORESTE
139
SINAIS DE MANOBRA E ADVERTENCIAS
Canais estreitos

2 APITOS LONGOS E
2 APITOS CURTOS

BB

TENCIONO ULTRAPASSA-LO
POR SEU BOMBORDO
140

SINAIS DE MANOBRA E ADVERTENCIAS


Canais estreitos

Quando uma embarcação estiver


1 APITO LONGO se aproximando de uma curva
ou de uma área de um canal
estreito ou via de acesso onde
outras embarcações podem
estar ocultas devido a obstáculos
Ela pode dar um apito longo
141
TRAFEGO EM RIOS NAVEGÁVEIS

BOIAS DE DEMARCAÇÃO DE ROTAS


Adesivo refletivo branco

Descendo o rio (navegando para Descendo o rio (navegando para


JUSANTE deixar por BB
JUSANTE deixar por BE
Subindo o rio (navegando Subindo o rio (navegando
para MONTANTE) deixar por para MONTANTE) deixar por
BE BB
142

PLACAS DE SINALIZAÇÃO EM PONTES

Pilar
Pilar de
de Ponte
Ponte Pilar
Pilar de
de Ponte
Ponte
A A
A esquerda
esquerda de de quem
quem sobe
sobe Tráfego
Tráfego permitido
permitido
A direita de
direita de quem
quem sobe
sobe ou
ou
desce ou
ou desce
desce oo rio
rio nos
nos dois
dois sentidos
sentidos
desce oo rio
rio

Tráfego
Tráfego permitido
permitido com
com Tráfego
Tráfego proibido
proibido
sentido único.
sentido único.
143

SINAIS FIXOS DEMARCATÓRIO DE ROTAS

Meio
Meio Canal
Canal Perigo
Perigo Isolado
Isolado Canal
Canal junto
junto aa margem
margem

Bifurcação
Bifurcação Mudança
Mudança de
de margem
margem
144
BALIZAMENTO DE RIOS NAVEGÁVEIS

SEGUIR
SEGUIR MEIO
MEIO DO
DO CANAL
CANAL PERIGO
PERIGO ISOLADO
ISOLADO

TROCAR
TROCAR DE
DE MARGEM
MARGEM

CANAL
CANAL JUNTO
JUNTO A
A MARGEM
MARGEM BIFURCAÇÃO
BIFURCAÇÃO
145 TRÁFEGO

SENTIDO NOS
NOS DOIS
DOIS SENTIDOS
SENTIDOS
SENTIDO ÚNICO
ÚNICO

PROIBIDO ENTRAR
ENTRAR NA
NA PONTE
PONTE DO
DO LADO
LADO DO
DO
PROIBIDO
TRIANGULO
TRIANGULO VERDE
VERDE
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-7
COMBATE A INCÊNDIO
O FOGO

CLASSIFICAÇÃO E INCENDIOS

PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES

AGENTES EXTINTORES
FUNÇÕES E USOS

INCÊNDIO A BORDO

PRECAUÇÃO CONTRA O INCÊNDIO

REDUÇÃO DOS RISCOS DE


Curso de Arrais amador INCÊNDIO
Prof. Fabio Reis
146

O FOGO
Só existe fogo quando há combustão, que nada mais é do que uma reação química simples

Como eliminar o FOGO


Para dar-se a combustão é necessário
ter os três elementos Tirando-se um dos elementos desse
triângulo a combustão será
eliminada
Assim para combatermos um
incêndio temos três regras básicas:
I- A remoção do material
combustível de locais inadequados
ou perigosos.Não havendo o que
queimar não pode haver incêndio.
II- O resfriamento . Abaixando a
temperatura de ignição estaremos
desfazendo Triângulo do Fogo.
III- Abafamento . Em um incêndio a
remoção do oxigênio é feita por
abafamento.
147
CLASSIFICAÇÕES DOS INCÊNDIOS

INCÊNDIO CLASSE – A
Os que envolvem materiais INCÊNDIO CLASSE – C
fibrosos ou sólidos que
INCÊNDIO CLASSE – B Os que ocorrem em
deixam como resíduos
brasas ou cinzas. É o caso Os que ocorrem em líquidos equipamentos elétricos ou
da madeira, papel, cabos inflamáveis tais como eletrônicos em geral quando
velas, etc. gasolina, óleo, diesel, etc. energizados.

A B C
148
PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES

INCENDIO CLASSE – A INCENDIO CLASSE – B Pode ser extinguida


Pode ser extinguida principalmente por ÁGUA, porem, principalmente por agentes abafadores como o CO2, pó químico
o CO2 e a espuma também podem ser usadas. e a espuma. A água deve ser evitada,pois poderá espalhar o
incêndio.

Selo de
identificação

ÁGUA CO 2 ESPUMA PÓ QUIMICO

INCENDIO CLASSE – C Nesta classe de incêndio a primeira providencia, se possível, é


desalimentarmos o circuito, porém não devemos perder tempo com isto. Combata-o
imediatamente com o melhor agente disponível.Não existe em usar água em circuitos de
baixa voltagem e corrente contínua como são normalmente os sistemas elétricos das
pequenas embarcações.Pode ser combatido eficientemente com CO2 ou com pó químico.
149 AGENTES EXTINTORES, FUNÇÕES E USOS
Agente Função Principal Função Secundária A B C
Água resfriar abafar sim não não
CO2 abafar resfriar sim sim sim
Pó Químico abafar não sim sim
Espuma abafar resfriar sim sim não

Água – Aparentemente é o mais inócuo dos agentes extintores;entretanto, oferece riscos que devem ser evitados:
Não deve ser usada em incêndios de classe C, principalmente a água salgada ou sob a forma de jato sólido,
pois provocará uma série de curto-circuitos.
Evite usa-la em grande quantidade para não afetar a estabilidade da embarcação.
150

PRECAUÇÃO CONTRA OS INCENDIO

Quando alguém descobre um Uma vez determinada a


incêndio a bordo, a primeira providência extensão do incêndio, o pessoal que o
será dar o alarme geral. Somente depois estiver combatendo estabelecerá os
disso é que deverá começar a combate-lo limites da "área de fogo" onde serão
com os meios disponíveis mais próximos concentrados os recursos para o combate
do local do incêndio. ao incêndio. No caso do incêndio
Seguir um plano geral baseado estar se iniciando, as providências devem
nas seguintes informações: ser imediatamente tomadas para se evitar
o seu alastramento.
Onde é o incêndio?
As providências para evitar
Qual o material que está queimando?
esse alastramento devem ser tomadas
Qual a extensão do incêndio?
simultaneamente com as de extinção do
Quais os combustíveis que existem
incêndio.
nas proximidades?'
As chaves dos circuitos
Qual o método de extinção indicado?
elétricos que atravessam locais que
Qual a melhor maneira de:
possam ser alagados devem ser
a) evitar o alastramento do incêndio?
localizadas e desligadas imediatamente.
b) extinguir o incêndio
151
INCÊNDIO A BORDO
Se ocorrer um incêndio a bordo a bordo lembre-se que a
PRIMEIRA PROCUPAÇÃO É A VIDA HUMANA.

PROCEDIMENTOS IMEDIATOSEM INCENDIO A BORDO


1- Guine imediatamente sua embarcação de maneira que as
chamas afastem-se das pessoas.Coloque as pessoas a barlavento
das chamas.
2- Faça-as vestirem o colete salva-vidas individual.
3-Lembre-se que o perigo de uma explosão está sempre presente.
4- Corte o combustível se possível.
5- Descarregue os extintores no compartimento do motor e feche-o
se possível para abafar o fogo.
6-Não economize os extintores. Você provavelmente só terá uma
oportunidade.
7-Se o extintor não funcionar, pule para a água.

EM CASO DE INCÊNDIO NÃO ESQUEÇA:


COLOQUE AS PESSOAS A BARLAVENTO DA
S CHAMAS E FAÇA-AS VESTIREM O COLETE
SALVA-VIDAS IMEDIATAMENTE
152

REDUÇÃO DOS RISCOS DE INCÊNDIO


Para se tomar medidas corretas que diminuam as probabilidades de incêndios a bordo, é
necessário que se saiba as principais causas dos incêndios em navios.

PRINCIPAIS CAUSAS DE INCENDIOS A BORDO


Um cigarro ou um fósforo jogado a um canto é um ato aparentemente inocente, mas
responsável pelo maior número de incêndios a bordo, fato este confirmado pelas estatísticas
navais. São simples providências que evitarão incêndios ou perdas de vidas humanas.
Trapos embebidos em óleo, querosene ou graxa, abandonados, facilitam o início de
um incêndio. Após o uso deposite-os nas lixeiras, de preferência tampadas.
Não deixe frascos destampados contendo substâncias voláteis e em lugares não
apropriados, pois oferecem permanente riscos de causar um incêndio.
Mantenha os porões sempre limpos e secos. O óleo e lixo dos porões devem ser
jogados fora ou colocados em lugares apropriados (tanques de óleo contaminado, lixeira).
Os equipamentos elétricos defeituosos podem causar curto-circuitos e serão
certamente motivos de incêndios classe C, que darão grande trabalho para se extinguir.
Existem outras causas que podem provocar incêndios a bordo.
Com bom senso e, principalmente, com senso de responsabilidade, pode-se evitar a
grande maioria dos incêndios a bordo.
Cumpre ter sempre em mente que mais vale prevenir do que remediar,
principalmente, quando nos lembrar- mos que um incêndio nem sempre pode ser remediado.
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-8
PRIMEIROS SOCORROS

TRATAMENTO IMEDIATO

TIPOS DE SOCORRO CHOQUE ELÉTRICO

FERIMENTO –LEVE OU PROFUNDO INSOLAÇÃO

HEMORRAGIA INTERMAÇÃO

QUEIMADURA ASFIXIA

FOGO NO VESTUÁRIO RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL

FRATURAS MASSAGEM CARDÍACA

Curso de Arrais amador


Prof. Fabio Reis
153
TRATAMENTO IMEDIATO, EM CASO DE ACIDENTE, ATÉ
ATENDIMENTO MÉDICO

COMO SE COMPORTAR?

1. Inteirar-se imediatamente da causa do acidente

2. Transmitir confiança. Evitar pânico.

3. Verificar se o doente está respirando: observar se o peito sobe e desce, ainda


que fracamente. Fazer logo a respiração artificial, se for necessário.

4. Falar com o doente para verificar se está consciente.

5. Verificar se as vias aéreas (nariz, boca, laringe) estão desobstruídas.

6. Estancar hemorragias imediatamente.

7. Alargar a roupa apertada no pescoço, cintura e abdômen, -.

8. Não movimentar o paciente desnecessariamente.

9. Cuidar do vomito: baixar a cabeça do socorrido e virá-lo de lado.

10. Evitar estado de choque.

11. Não dar bebidas alcoólicas de qualquer espécie na fase de Primeiros Socorros.

12. Executar todos os testes indicados, antes de considerar o doente morto


154
TIPOS DE SOCORRO DE URGÊNCIA
(ATÉ TRATAMENTO MÉDICO)

FERIMENTOS
Orientação geral
Obs.: Siga as regras abaixo, conforme as possibilidades do local
de atendimento.

1.Lave bem as mãos antes de atender o acidentado.

2: Use instrumentos esterilizados por meio de fervura.

3. Lave o ferimento apenas quando houver sujeira excessiva


impedindo o tratamento (usar soro fisiológico, água oxigenada,
terebintina ou éter).

4. Quando o ferimento estiver razoavelmente limpo, aplique um


anti-séptica. Evite anti-séptico em pó

5. Cubra a região com gaze esterilizada (já vem assim das


farmácias), ou pedaço de pano bem limpo.

6. Lave a pele nas proximidades do ferimento com uma solução


anti-séptica (água oxigenada, por exemplo). Cubra o ferimento
para que o líquido não penetre no mesmo.

7. Não toque no ferimento diretamente com seus dedos.


155

FERIMENTO LEVE E
SUPERFICIAL

Limpe a ferida com água (se


Possível use água morna).
Aplique um anti-séptico
Proteja com gaze ou pano bem
limpo, sem comprimir muito,
Não tente retirar farpas ou
pedacinhos de vidro ou metal, a não
ser que saiam facilmente

FERIMENTO EXTENSO
OU PROFUNDO

Comprima com gaze, ou pano


limpo, o ferimento.
Se houver hemorragia, siga as
instruções do item que trata do
assunto.
156
HEMORRAGIA

Hemorragia é a grande perda de sangue.


Acontece quando há ruptura de uma artéria.
Deve ser estancada imediatamente.

Como estancar?
1. Use uma compressa limpa:
de gaze; de lenço; de pano de camisa; lençol;
etc.
2. Coloque-a sobre o ferimento e faça pressão.
3. Amarre a compressa com atadura; tira de
pano;- gravata, etc.

Se não houver fratura, lembre-se:


- mantenha a parte ferida o mais levantada possível se a hemorragia for no braço ou
perna.
- dobre o joelho, se o ferimento for na perna; coloque por dentro da parte dobrada
um pouco de algodão.
157
HEMORRAGIA GRANDE
Em braços e pernas, use torniquete

Como fazer o torniquete?


1. Use somente panos largos e
resistentes. (Obs. barbante, arame, etc. Torniquete
podem provocar feridas).
2. Enrole o pano em volta da parte
superior do braço ou perna, logo acima.
do ferimento, dando um meio nó.

Cuidados :
a) Desaperte o torniquete, um pouco
de cada vez, a cada 10 ou 15 minutos.
b)Caso a hemorragia volte, aperte o
torniquete novamente por 10 a 15
minutos até o médico chegar.
c)Se a vítima ficar com as
extremidades arroxeadas, afrouxe um
pouco o torniquete.
d)Reaperte novamente, se a
hemorragia continuar.
158
QUEIMADURAS
Lesão conseqüente de calor excessivo sobre o organismo.

Quanto à profundidade:

De 1.0 grau :
quando a queimadura atinge só a superfície da
pele,

Sintomas:
-vermelhidão na pele.
-dor local suportável.
-sem formação de bolhas,

Como agir?
1. Lavar a área atingida com bastante água.
2. Não toque nas áreas queimadas.
159

De 2.0 grau:
quando são atingidas as camadas mais
profundas da pele.

Sintomas:
- aparecimento de bolhas,
- dor local e ardência.
- desprendimento de pedaços da pele.

Como agir?
1. Lavar a área atingida com bastante água:
2. Cubra a área queimada com gaze molhada
em solução de ácido pícrico.
3. Não toque nas áreas queimadas.
160

De 3.0 grau:
quando a queimadura atinge todas as
camadas da pele a os tecidos mais
profundos.

Obs. 1 -O risco de vída depende da extensão


da área queimada, mais do que
profundidade.
Maior área queimada, mais grave o caso.

Como agir?
1. Deite a vítima.
2. Coloque a cabeça e o tórax da vítima mais
baixos que o restante do corpo.
3. Se a vítima estiver consciente, faça-a beber
muito líquido: água, chá e suco de trutas. Obs.:
Nunca dê bebidas alcoólicas.
4. Pincele a queimadura com um anti-séptico
(metiolate, mercurocromo).
5. Cubra o local da queimadura com pano
limpo.

Obs. - Não tente arrancar a roupa que tenha ficado colada na área queimada.
Obs. - Nunca arrebente ou fure as bolhas da queimadura
161
FOGO NO VESTUÁRIO
a) Não deixe a vítima correr.
b) Obrigue-a a deitar no chão com o lado das chamas para cima,
c) Abafe as chamas usando cobertor, tapete, toalha de mesa ou
semelhante.
d) Comece pela cabeça, continue em direção aos pés.
e) Se houver água molhe a roupa da vítima.

Lembre-se: todas as queimaduras devem ser tratadas por um médico ou enfermeiro, logo que
possível.
Obs.: Não aplique pastas ou pomadas para "refrescar" as queimaduras, a menos que estas sejam
de primeiro grau.
162
FRATURAS
Tipos de Fraturas

1. Fratura Fechada
O osso quebrado permanece no interior do
membro sem perfurar a pele.
Poderá, entretanto, romper um vaso
sanguíneo ou cortar um nervo.

Como agir?
1-Coloque o membro acidentado em posição
tão natural quanto possível, com conforto para a
vítima.
2-Coloque uma tala sustentando o membro
atingido (tábua, papelão, revista grossa, etc. ).
163

2. Fratura exposta
O osso quebrado sai do lugar, rompendo a
pele e deixando exposta uma de suas partes.
Esse tipo de fratura pode causar infecção.

Como agir?
1-Coloque gaze, lenço ou pano limpo sobre o
ferimento.
2-Firme este curativo usando um cinto, uma
gravata ou uma tira de pano.
3-Estanque a hemorragia, se for o caso.
4-Deite o doente.
5-Coloque uma tala sem tentar colocar o membro
em posição natural.
6-Transporte o doente, só após a imobilização.
164
3- Fratura na coluna vertebral
Toda pessoa com dor forte no pescoço ou nas costas, após queda ou pancada,
deve ser socorrida como se houvesse fratura, mesmo não havendo os sintomas
abaixo.

Sintomas de que a
coluna foi atingida
(pode provocar paralisia
ou morte)
- dor muito intensa.
- estado de choque.
- paralisia dos dedos da
mão ou do pé, da perna,
do pescoço.

Como agir?
1. Imobilizar o doente evitando fraturas e lesões da medula.
2. Agasalhar o doente para evitar o estado de choque.
3. Transporta-lo com cuidado
Obs.: Nos casos de fratura de coluna o doente deverá se'r transportado somente deitado
de costas.
165
4- Fratura do pescoço

Como agir?
1-Enrolar ao redor do pescoço urna camisa, toalha ou outro pano.
2-Passar um cinto ou tira de pano para imobilizar o pescoço.

3- Deitar a vítima de barriga para cima, colocando em baixo do


pescoço e da cintura um travesseiro, toalha dobrada ou semelhante.
166
CHOQUE ELÉTRICO

Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de


sobrevivência da vítima.

Como agir?
1. Não toque na vítima até que ela esteja separada da corrente.
2. Use apenas material não condutor de eletricidade e que esteja seco, para afastar o
fio da vitima .
3. Desligue a tomada ou chave geral, se esta estiver próxima.
4. Inicie logo depois a respiração artificial.
167
INSOLAÇÃO
É a ação direta e prolongada dos raios de sol sobre o indivíduo.

Sintomas de insolação:
Surgem lentamente:
-dor de cabeça .
-tonteiras .
-náuseas (enjôo).
-pele quente e seca (não há suor).
-pulso rápido.
-temperatura elevada.

Como agir?
1. Baixar a temperatura do corpo pouco a pouco.
2. Levar a vítima para um lugar fresco e ventilado.
3. Deitar a vítima com a cabeça elevada.
4. Tirar a roupa da vitima.
5. Refrescar o corpo com panos molhados em água fria.
6. Envolver sua cabeça com panos molhados em água
fria e trocá-los seguidamente
168
INTERMAÇÃO

A intermação pode ser causado por:


- local com temperatura muito elevada.
- roupas grossas e escuras que
absorvem calor.
Como agir?
.- igual ao da insolação.

ESTADO DE CHOQUE

É um estado gravíssimo. A circulação do sangue se


mostra tão deficiente que prejudica o funcionamento do
coração e outros órgãos.
Um desmaio com duração maior que 2 a 3 minutos
poderá ser o início de um estado de choque.
169 ASFIXIA
Parada respiratória, com o coração ainda
funcionando.
Causas:
- Bloqueio à passagem do ar.
- Pode acontecer nos casos de afogamento e sufocamento.
170
MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL

Método boca a boca:


1. Deite a vítima de costas.

2. Levante o pescoço com uma das mãos


e incline sua cabeça para trás, mantendo-
a nesta posição.
3. Puxe o queixo da vítima para cima, de
forma que a língua não impeça a
passagem do ar.
4. Feche bem as narinas da vítima,
usando dois dedos: polegar e indicador.
5 Coloque sua boca com firmeza sobre a
boca da vítima.
6. Sopre para dentro da boca da vítima,
até notar que seu peito está levantando.
7. Levante sua cabeça e deixe a vitima
soltar o ar livremente.
8. Repita o movimento tantas vezes
quanto necessário (cerca de 15 vezes por
minuto).
171 MASSAGEM CARDIACA
A parada do Coração exige ação imediata.
Comece logo a massagem cardíaca, se:
- não perceber batirnentos do coração.
- não conseguir sentir o pulso.
- a vítima estiver excessivamente pálida,
- a vítima estiver inconsciente.

Ache com o dedo o


local abaixo do osso
Para localizar o coração da costela

Coloque suas mãos


uma sobre a outra,
e comece a massagem
172
Como agir? .
1. Coloque a vítima de costas,
sobre superfície dura.
2.Coloque suas mãos uma sobre a
outra, na direção do coração da
vítima.
3. Faça uma pressão sobre o peito
da vítima, de modo que o coração
seja comprimido contra os ossos da
coluna vertebral.
4. Faça movimentos de comprimir e
descomprimir, tantas vezes quanto
necessário (cerca de 60 vezes por
minuto).
Caso se verifique ao mesmo tempo
parada respiratória e parada do
coração, faça o seguinte:
5. movimentos de massagem no
coração. Em seguida faça 1
movimento do método respiratório
boca a boca. Repita sempre nesta
ordem:
Coração - 5 (cinco) movimentos.
Respiração -1 (um) movimento.
Obs.: Caso tenha que transportar a
vítima, continue aplicando a massagem e
a respiração artificial.
173
MASSAGEM CARDIACA e RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
SIMULTANEA

Caso se verifique ao mesmo tempo


parada respiratória e parada do
coração, faça o seguinte:
Cinco (5) movimentos de massagem
no coração.
Em seguida faça um (1) movimento do
método respiratório boca a boca.
Repita sempre nesta ordem:
coração - 5 (cinco) movimentos
respiração -1 (um) movimento
Obs.: Caso tenha que transportar a vítima,
continue aplicando a massagem e a respiração
artificial.
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-9
TÁBUAS DE MARÉS

AS MARÉS COMPORTAMENTO DAS MARÉS

MOVIMENTO DA LUA REPRESENTAÇÃO DAS MARES

ATRAÇÃO GRAVITACIONAL - LUA PASSAGEM MERIDIANA DA LUA

ATRAÇÃO GRAVITACIONAL SOL - LUA APROXIMAÇÃO DE UM BAIXIO

MARES VIVAS- SIZIGIAS EXTRATO DA TABUAS DE MARES

MARÉS MORTAS- QUADRATURA CALCULO DA ALTURA DA MARÉ.

Curso de Arrais amador


Prof. Fabio Reis
174
AS MARÉS

Todos os dias, nas zonas costeiras ou nos estuários


dos rios, por efeito das mares, as águas do mar ora
crescem, avançando sobre as zonas ribeirinhas durante
cerca de seis horas - ora descem, a um ritmo igual, como se
obedecessem a um movimento repetido de oscilação
permanente.

9 metros

O movimento rítmico da enchente e vazante (fluxo e


refluxo) é devido a um fenômeno cósmico relacionado
com os movimentos da Terra e certos efeitos de atração
física sobre ela exercidos, principalmente pelo Sol e pela
Lua.

7 metros
175

MOVIMENTO DA LUA

Ora, como se sabe, a Terra é um satélite do Sol e


desloca-se em torno deste, animada de vários
movimentos: rotação, translação e balanceamentos
Lua Cheia de nutação e precessão.

Lua Quarto
Minguante

Lua Quarto
crescente

A Lua, por sua vez, sendo um satélite da Terra,


Lua Nova
desloca-se em torno desta a uma distância 390
vezes menor do que o Sol, exercendo, por isso,
uma maior influência sobre a massa líquida do
nosso Planeta, apesar de ser mais pequena em
volume de massa.
176

ATRAÇÃO GRAVITACIONAL DA LUA

Tendo assim em
conta a Lei da Gravitação, os
corpos atraem-se uns aos outros Força gravitacional da LUA ,
na razão direta das suas massas
atrai a massa líquida
e na razão inversa do quadrado
das suas distâncias.
Por
este motivo, quando a LUA se
aproxima mais da Terra, a sua
grande camada líquida cede ao
efeito da atração, deformando-
se, como que aspirada na
direção da Lua, e é este
movimento que origina o
fenômeno básico das Marés.
Com efeito, a força de atração
lunar é, para a Terra, 2,5 vezes,
maior do que a do Sol.
A Lua passa mais perto da Terra, quando atinge o Perigeu, a 384 mil km
de distância, e alcança a sua posição mais afastada no Apogeu, a 404 mil
km. A sua declinação não excede 25 graus.
A Lua move-se de E para W em torno da Terra e este movimento diurno
leva cerca da 25 horas. Com efeito, o dia lunar tem cerca de 48 minutos
mais do que o Dia Civil, o que corresponde a 4/5.
177

ATRAÇÃO GRAVITACIONAL SOL- LUA

Do efeito conhecido das duas forças de


atração, da Lua e do Sol, e de acordo com as suas
posições relativas nas órbitas descritas, resulta que há
urna variação de intensidade e direção dos vetores de
atração, originando, nos diferentes lugares da Terra,
uma componente desigual na força das Marés, embora
dentro de um fenômeno de regularidade cíclica.
178
As Marés-Vivas (Sizígias)

A Lua-Nova ocorre quando a Lua se encontra interposta entre a Terra e o Sol, tornando-se invisível, por
falta de incidência da luz solar.
Estas ocorrem duas vezes por mês e designam-se por Marés das Sizígias,

Lua Nova
179

A Lua-Cheia ocorre quando se opõe ao Sol, deixando a Terra interposta, vendo-se então,
iluminada a sua face.
Das duas posições simétricas e opostas da Lua, em relação ao Sol (Lua-Nova e Lua-Cheia),
resulta que as forças de atração Lua-Sol se somam, provocando as maiores marés do mês.

Lua Cheia
180

Marés-Mortas (as quadraturas)

Quando o Sol e a Lua se encontram em quadratura, em relação à Terra, isto é, formando um


ângulo de 90 graus, as forças de atração tornam-se fracas e têm uma resultante distorcida que altera o sentido
do movimento oscilatório dos oceanos. Por outro lado, as marés são mais fracas e designam-se por Marés-
Mortas. -

Quarto minguante
181
O comportamento das Marés
A Maré, sendo um fenômeno oscilatório resultante dos efeitos de atração das
massas da Lua e do Sol, em menor escala, traduz-se por variações dos níveis de água e pela
formação de correntes marítimas.

MARÉ DE MARÉ DE
VAZANTE ENCHENTE

PREAMAR -PM BAIXA MAR - BM PREAMAR -PM


182

REPRESENTAÇÃO DAS MARÉS

Preamar: Maré alta

Baixa-mar: Maré baixa

Amplitude da Maré: é a
diferença de alturas de água
entre a preamar e a baixa-
mar seguinte ou precedente
PREAMAR - PM
Nível de redução: é a
altura mínima de água
observada na maior baixa– AMPLITUDE PROFUNDIDADE
mar do ano, e que serve de
plano de referência ao zero-
hidrográfico das Cartas
Náuticas representando as
profundidades registradas ALTURA
nessas publicações BAIXA MAR - BM

Altura da Maré- é altura NIVEL DE


de água em dado momento e REDUÇÃO
acima do Nível de redução
183

PASSAGEM MERIDIANA DA LUA


Em qualquer lugar onde o navegador se encontre, as Preamares ocorrem quando a Lua cruza
exatamente o seu meridiano geográfico. Contudo, devido às circunstâncias físicas de cada lugar (fricções de
fundo, obstáculos, etc..), existe sempre um fator de retardo que, nas reentrâncias costeiras, portos, etc., atrasa
a hora real da Preamar.
É a este fator de retardo na hora da Preamar que se designa por Intervalo Lua-Maré, é constante
para cada lugar e geralmente vem registrado nos planos hidrográficos dos portos, com a designação de
ESTABELECIMENTO DO PORTO (E.P.), o que permite estabelecer a verdadeira hora da Preamar local depois
da passagem meridiana na Lua:

NORTE

PASSAGEM MERIDIANA
DA LUA
184

APROXIMAÇÃO DE UM BAIXIO

O conhecimento do modo como se comportam as marés interessam ao navegador, uma vez


que elas modificam constantemente a altura de água nas zonas costeiras, nos portos, etc.
O navegador necessita da profundidade mínima com que poderá passar num local de
acesso a um porto. Vamos imaginar que a embarcação do desenho tenha um calado de 1,5 metros e ele
precisa atravessar o baixio a frente- A Se por exemplo a
aproximação for no dia 2 de Janeiro qual seria a hora na manhã mais propícia para atravessar o baixio?
(cálculo nos próximos slides)

A
185
Extrato da Mês
DIA
TÁBUAS
DAS
MARES-
DHN-

Horas das
Preamares e
Baixa mares

Alturas das Marés


186

CALCULO DA ALTURA DA ÁGUA POR


TABELA DAS MARÉS

Utilizando a Tabela de Mares dos


Portos para todos os dias do ano, podemos tirar as
horas da preamar e baixa-mares com suas alturas
de água correspondentes , acima da NR –nível de
redução das cartas náuticas.

Como o dia da entrada é dia 2 de


Janeiro tiramos da Tábua que ás 04: 06 teremos a
Preamar onde a altura da Maré é de 1,1 metros
1- Valor do Nível reduzido (NR) no ponto mais
baixo da passagem a efetuar é de 1,0 metros
2- Calado da embarcação é 1,5 metros
3- No instante da passagem, a Profundidade será
do NR + altura da Maré = 1,0 + 1,1 = 2,2 metros.
Como o calado da embarcação é 1,5 metros , ele
atravessará o baixio nesta hora, deixando uma
folga de 0,7 metros.
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO-10
HOMEM AO MAR

HOMEM AO MAR MANOBRAS DE RESGATE

SITUAÇÕES DE HOMEM AO MAR RESGATE

PERIGO EMINENTE ATITUDE DO NÁUFRAGO

HOMEM AO MAR A NOITE APROXIMAÇÃO DE UM NAUFRÁGIO

COLETES SALVA VIDAS BALSA SALVA-VIDAS

Curso de Arrais amador


Prof. Fabio Reis
187
HOMEM AO MAR

Enfrentar a uma situação de de emergência como esta , pode requerer grande habilidade,
autocontrole e presença de espírito.
A primeira consideração a levar em conta são a habilidade da vitima em nadar e flutuar, a
importância de se usar sempre o colete salva-vidas – e não perder de vista a pessoa que se encontra na água.
Lançar uma bóia salva-vidas imediatamente e depois guinar a embarcação para passar por ele
com outro salva-vidas preparado (Não existem manobras clássicas que garantam o êxito, somente a reflexão e
a calma são necessárias, fazendo o mais apropriado de acordo com as circunstância reinantes).
188
SITUAÇÕES QUE ACARRETAM
HOMEM AO MAR

É necessário ter cuidado


quando se esta urinando
pois repentinamente uma
O acidente mais
onda dá um tranco no barco
comum é quando a
e joga o tripulante no mar
retranca (figura)
Lança um tripulante
desatento ao mar

Nunca se deve deixar


no convés cabos soltos
ou desarrumados , pois
pode causar um
escorregão e lançar um
tripulante ao mar
189

PERIGO EMINENTE
Quando uma rajada repentina
aderna o veleiro, os tripulantes
terão que estar atentos, pois
podem ser lançados para o
mar.
190

HOMEM AO MAR A NOITE

Situação muito
complicada
191
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Coletes salva-vidas

TIPO-I
Para alto mar
utilizado em
águas onde o TIPO-III
resgate não é Para águas
imediato. calmas ou
lugares onde
há resgate
rápido.

TIPO-II
Para águas
calmas ou
lugares onde
há resgate
rápido.Mantém
a cabeça do
acidentado fora
d´água
192
Coletes salva vidas infláveis Roupa salva vidas

Utilizado
em regiões
frias

Colocado como cinto


193
MANOBRAS DE RESGATE

Na posição A se lançou uma bóia com pressa , que caiu fora do alcance do homem.
Em B o barco já voltou para passar perto suficiente para lançar uma outra boia.nas mãos do homem.
Em C o barco está voltando bem controlado pelo timoneiro com um dos bordos preparados para o resgate e
deixando o homem ao mar por barlavento.Evita que o barco venha em sobre o náufrago.

Existem três risco principais:


1-Nunca perder o homem de vista.
2-Demorar na manobra põe em risco a uma pessoa que nada mal especialmente
em águas frias.
3-Dificuldades de iça-lo a bordo
194
RESGATE

Um método que se mostrou ser eficaz


em uma situação realmente perigosa
quando a pessoa é pesada e se
encontra debilitada é utilizar a vela
mestra como figura

Um dos bordos deve ser preparado para resgatar


um náufrago., Se ele for mal nadador é
interessante empurra-lo dentro de uma balsa meio
inflada, e resgata-lo será mais fácil.
195

ATITUDE DO NÁUFRAGO

01 - Mantenha suas roupas, inclusive sapatos (só


tire se muito pesados)
02 - Tire todos objetos pesados dos bolsos
03 - Se puder, mantenha-se flutuando de barriga
para cima
04 - Enquanto sinalizando por socorro ou
esperando resgate, movimente braços e pernas
05 - Em águas frias movimente-se o mínimo
possível, para evitar queda de temperatura
06 - Logo que receber cabo de resgate, amarrar
ao peito com lais de guia
07 - Mantenha-se afastado da proa e popa da
embarcação de resgate
08 - Mantenha a calma ao subir a bordo
09 - Não tente nadar para alcançar a embarcação.
Mantenha suas energias
196

APROXIMAÇÃO DE UM
NAUFRAGIO

1- Marcar a posição do sinal


luminoso , e se deslocar
para o rumo determinado.

2- Aproximação deve ser lenta


a procura de náufragos.

3- Resgata-los com os
procedimentos normais.
197 BALSA SALVA VIDAS PARA ALTO MAR
FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO
INTERIOR
CAPÍTULO – 11
CARTAS NAÚTICAS

A TERRA COORDENADAS GEOGRÁFICAS

ESFERA TERRESTRE CARTA NÁUTICA

HORIZONTE APARENTE INTERPRETAÇÃO

MILHA NÁUTICA SIMBOLOS E ABERVIATURAS

www.escolanautica.com.br
Prof. Fabio Reis
198
A TERRA

A superfície da Terra é muito


irregular. Para resolução de problemas
de navegação recorre-se a modelos
aproximados dessa superfície.
A Terra tem aproximadamente uma
forma esférica pois a relação dos
diâmetros é dada por:

Diâmetro Equatorial: 6.884 milhas.


Diâmetro Polar: 6.860 milhas.

Na maioria dos problemas de


navegação é suficientemente rigorosa a
adoção de uma esfera como modelo
da forma da terra.
199
GLOBO ou ESFERA TERRESTRE.

Definições:

- EIXO:
É a linha em torno da qual a Terra
executa o seu movimento de rotação.

- PÓLOS:
São os pontos em que o eixo de
rotação intercepta a esfera terrestre.
Pólo Norte
Pólo Sul

- CÍRCULO MÁXIMO:
É a linha que resulta da intersecção de
um plano que contenha o centro da terra,
com a superfície terrestre.
( Equador e Meridianos)

- CÍRCULO MENOR:
É qualquer outro círculo da esfera
terrestre que não contenha o centro da
terra.(Paralelos).
200

- EQUADOR:
É a linha que resulta da interseção de um
plano perpendicular ao eixo de rotação da
Terra, contendo o seu centro, com a sua
superfície.

- PARALELOS DE LATITUDE:
São círculos cujos planos são paralelos ao
equador. Seus raios são sempre menores
que o raio do equador.
- MERIDIANOS:
São círculos máximos que passam pelos
pólos terrestres

- MERIDIANO DE GREENWICH:
É aquele que se adota como origem de
contagem das longitudes.
201
HORIZONTE APARENTE DO LUGAR:
É o plano perpendicular a vertical do lugar, linha determinada por um fio de
prumo que passa pelo olho do observador.

- LINHA NORTE-SUL:
É a linha que resulta da
interseção do plano do meridiano
do lugar com o plano do horizonte
aparente.

- LINHA LESTE-OESTE:
É a linha situada no plano do
horizonte aparente perpendicular
à linha norte-sul.

nota:
As letras representativas “E” e “W “ convencionalmente adotadas, conforme os principais tratados de
navegação significa “EAST” e “WEST” do original Inglês,
202
Utilizando “O mapa Mundi” como representante da terra plana, posso criar nele um
sistema idêntico à um sistema de Coordenadas Cartesianas.
Determino uma origem da intersecção da linha do Equador com o Meridiano de Greenwich.
Portanto a qualquer ponto desse mundo plano, podemos associar um par que nos dá a
posição relacionada com as distâncias da origem, observando as respectivas direções.

Podemos dizer que a posição do Barco é quatro quadrados a Oeste ( em relação a


Origem)(Meridiano) três quadrados ao Norte ( em relação a Origem)(Equador)
203
Mas o Mundo não é plano, é esférico.
Devemos construir um sistema cujas distâncias sejam medidas sobre arcos, o que leva a utilizar
o conceito de “ângulos”

Partindo do raciocínio que o raio da Terra é constante, podemos obter uma relação do ângulo,
com vértice no centro da Terra, com seu arco correspondente.

É a definição do RADIANO
que relaciona o arco com o
raio do círculo.
radiano = arco
raio

Convém lembrar que uma circunferência têm um ângulo de 360°.e dividirmos 1° grau
em 60 partes teremos 1 minuto de arco, então 1° grau é igual 60’ minutos de arco.

Se agora dividirmos 1’ minuto de arco em 60 partes, teremos 1 segundo de arco, então


1’ minuto é igual a 60’’ segundo de arco.
204
Definição da Milha Náutica

Usando o conceito de Radiano, definimos que:


Um ângulo no centro da terra de 1’ ( um minuto de
arco ) corresponde a um arco na sua superfície de
comprimento é de 1M ( milha náutica).
Considerando nesta definição que o raio da Terra é
constante chegamos a um comprimento médio do
arco na superfície da Terra de 1852metros.
Obtemos uma relação direta entre o ângulo no ARCO DE
centro da Terra com o comprimento do arco na sua 1 MILHA
superfície.

ÂNGULO
DE 1´DE
Utilizando a definição da Milha Náutica, crio um ARCO
sistema de referência no globo terrestre.
Baseando-se na definição do sistema de coordenadas
do Mapa Mundi, que vimos, utilizo o equador como
eixo X e um meridiano qualquer como eixo Y.

Introduzo também as direções Norte, Sul, Leste e


Oeste da mesma maneira que a anterior.

Foi escolhido o Meridiano que passa por cima de


Greenwich como o meridiano de referência (Meridiano de
Greenwich)
205
Sistema de Coordenadas Geográficas

Note que a origem do sistema é o


cruzamento do meridiano com o Equador

Definimos como Latitude o ângulo que


corre sobre o meridiano do lugar tendo como
origem o cruzamento dele com o Equador.

Definimos como Longitude ao ângulo


que corre sobre o Equador partindo da
origem até o meridiano do lugar.

Para determinarmos a posição de um


ponto qualquer “A “ na superfície da Terra,
utilizamos o par de
coordenadas geográficas ( lat. ; Long.)

Podemos utilizar então o seguinte raciocínio:

Identifico a “Latitude”como a distância angular que o ponto “A“ está do Equador e a


“Longitude“ como a distância angular que o ponto “A“ está do Meridiano de Greenwich.
206
Sistema de Coordenadas Geográficas

Como o círculo possuí 360°


a Longitude do lugar é contada de
0° ---> 180° para Leste
0° ---> 180° para Oeste

a partir da origem “O”

a Latitude do Lugar é contada


0° ---> 90° para o norte
0° ---> 90° para o Sul

partir da origem “O”


207
CARTA NÁUTICA
Quando nos preparamos para navegar,
utilizamos representações da superfície terrestre
planas, chamadas de Carta Náuticas..
A única forma rigorosa de representar a
superfície da terra é por meio de Globos, os quais
conservam exatamente as posições relativas de
todos os pontos e as dimensões em uma escala
única.

As detalhes entretanto, que a


navegação exige obrigariam à construção de um
globo de proporções exageradas.
Por isso interessa representar em
uma superfície plana a totalidade ou uma parte
da superfície terrestre.
208
Construção da Carta Náutica.

Como um globo não pode ser todo estendido em


um plano, usamos a projeção de partes da
superfície da Terra em planos.

A projeção usada para a construção da carta


náutica é a projeção Mercator

A projeção Mercator é uma projeção


convencional e portanto, não obedece a qualquer
conceito geométrico, se bem que tenha inspiração
numa projeção cilíndrica
A projeção Mercator se resume em envolver o
globo terrestre com um cilindro tangente à
superfície terrestre ao longo do Equador.

Projeta-se a superfície da terra na superfície


cilíndrica e depois abre-se o cilindro, para se obter
o tão conhecido Mapa Mundi. (próximo slide)
O que é interessante nesta projeção é que os
meridianos e os paralelos são retas
perpendiculares, como vemos desenho ao lado.
209
MAPA MUNDI

Construção da Carta Náutica.

Note os eixos de referência do sistema de Coordenadas Geográficas


O Equador e o meridiano de Greenwich e ainda as escalas da Latitudes e Longitudes.
210

Interpretação de uma Carta de Mercator

É muito importante que o navegador


esteja bem familiarizado com todas as
indicações contidas na carta náutica,
que tiver que usar.
informações gerais:
A carta Náutica, segundo a projeção
de Mercator, é a representação, em
escala, sobre uma folha de papel, da
superfície da Terra ou parte dela.

Os Meridianos
são representados por linhas
paralelas, no sentido de N-S
(S-N) cuja distâncias entre elas
,uma vez definida seu valor, é
constante em qualquer latitude.

Os Paralelos
são linha paralelas no sentido
E-W (W-E) cuja distâncias entre
elas depende da Latitude.
211
Conclusão:

Tal fato obriga a existência de uma escala


para os meridianos,
A ESCALA DAS LONGITUDES
e a outra para os paralelos,
A ESCALA DA LATITUDES

Escala de Fora é a parte de fora da escala


e representa ângulos inteiros.

Escala de dentro é a parte de dentro da


escala e representa subdivisões dos
ângulos da escala de fora.

Na borda de uma carta Náutica está


representada a escala.
Esta escala é subdividida em :
Escala de fora ,
Escala de dentro
213

De acordo com a escala as cartas são classificadas em:

Cartas Gerais escala maior que 1:3.000.000

Cartas de grandes trechos escala de 1:3.000.000 à 1:1.500.000

Cartas de médios trechos escala de 1:1.500.000 à 1:500.000

Cartas de pequenos trechos escala de 1:500.000 à 1:150.000

Cartas particulares escala menor que 1:150.000


214
SIMBOLOS E ABREVIATURAS
CARTA 12.000 PERIGOS
215
SIMBOLOS E ABREVIATURAS
CARTA 12.000 PERIGOS
ATMOSFERA E AQUECIMENTO DA TERRA

VAPOR DE ÁGUA - NUVENS

PRESSÃO – CARTA SINÓTICA

MASSAS DE AR E FRENTES

NEVOEIROS

Resumo
216

Este mar incolor de ar que envolve a terra é chamado de


atmosfera. É caracterizado por proteger nos de radiações e de
manter a Terra habitável.

- 21%
Dióxido de Carbono –CO – 0,03%
Argônio =- Ar – 0,9%
Vapor de água – H2O
não faz parte da composição da
atmosfera.

ar seco
ar úmido
ar saturado
217
218

PROCESSO QUE CRIA NUVEM E MAL TEMPO PROCESSO QUE CRIA NEVOEIROS
219
UMIDADE DO AR
UMIDADE É A QUANTIDADE DE VAPOR DE ÁGUA NO AR A UMIDADE RELATIVA DO AR , QUE INDICA
A QUANTIDAD DE VAPOR DE ÁGUA RETIDA
Vapor de água , que é a água em estado gasoso é o mais NUM VOLUME DA ATMOSFERA É
importante elemento simples na atmosfera, na produção INVERSAMENTE PROPORCIONAL A
de nuvens e outro fenômenos visíveis do tempo TEMPERATURA
220
221
222

Nós desenhos abaixo temos essa relação da máxima


quantidade de vapor retida num volume

A temperatura do ponto de orvalho, é a temperatura


de saturação. Isto é abaixo dessa temperatura num
volume determinado, o vapor vira água 9gotículas
minúsculas)
223
224
225
226
FORMAÇÃO DE CENTROS DE ALTAS E BAIXAS
PRESSÃO

Circulação dos ventos no Hemisfério Sul

Formação de um anticiclone Formação de um ciclone

Representação gráfica Representação gráfica


na carta sinótica de um na carta sinótica
anti-ciclonica de um ciclone
227
228
229
230
231 NEVOEIRO
O nevoeiro é uma suspensão de minúsculas gotículas d'água na atmosfera

Seu aspecto é branco leitoso,


podendo também se
apresentar cinzento caso haja
grande concentração de
poluentes. Em ambos os
casos podem-se sentir a
umidade.
Há semelhança entre nuvens
baixas e nevoeiro.
A única distinção é que a base
do nevoeiro esta a superfície
da terra, até no máximo 15
metros, e a base da nuvem
devem estar a pelo menos 16
metros do solo.
As condições favoráveis à formação de nevoeiro são:
Com a ocorrência de ventos
fortes, ou pelo aquecimento, o - estabilidade atmosférica (ausência de correntes verticais)
nevoeiro se dissipa, ou pode
- alta umidade relativa
ocorrer sua ascensão
formando uma nuvem stratus. - presença de núcleos de condensação e
O nevoeiro reduz a visibilidade
- ventos fracos de superfície.
a menos de 1km e, no caso de
nevoeiro denso, esta diminui O nevoeiro é formado quando o vapor d'água existente no ar se condensa, seja
para 0 a 100 metros como resultado do resfriamento do ar, ou do acréscimo de vapor d'água no ar
232
Nevoeiro de Advecção

O nevoeiro de advecção é formado pelo ar úmido


movendo-se por sobre uma superfície mais fria.
É muito comum ao longo das regiões costeiras e sobre o
mar.
É produzido pelo resfriamento das camadas mais
baixas do ar úmido e quente, quando este se move
sobre uma superfície mais fria.
Este nevoeiro se espessa quando a velocidade do
vento passa de aproximadamente 15 nós.
A turbulência resultante geralmente eleva o nevoeiro,
e formam-se então nuvens stratus.
No verão, a água fria ao longo da costa leste dos
continentes freqüentemente produz nevoeiro de
advecção quando o ar quente e úmido deslocam-se da
terra para o mar.
Os nevoeiros do mar são comuns sobre latitudes mais
altas dos oceanos no verão, quando os ventos de
latitudes mais baixas carregam o ar úmido sobre águas
progressivamente mais frias.
A previsão do nevoeiro de advecção consiste em se
estabelecer a trajetória do ar quente e úmido e estudar o
resfriamento que este sofre em seu traje-to.
NOÇÕES DE COMUNICAÇÕES NA
NAVEGAÇÃO INTERIOR:

EQUIPAMENTOS,
EQUIPAMENTOS,
PROCEDIMENTOS,
PROCEDIMENTOS,
FREQÜÊNCIA
FREQÜÊNCIA DE
DE SOCORRO,
SOCORRO,
CHAMADA
CHAMADA E
E TRÂNSITO.
TRÂNSITO.
249
COMUNICAÇÃO
O principal recurso para a segurança no mar é o radio
Todos os problemas que surgirem a bordo podemos informar e obter soluções via
rádio.
Podemos também obter previsões meteorológicas, avisar um ancoradouro de nossa
chegada ou, simplesmente, conversar de bordo com nossos amigos e familiares em terra.

Para facilidade de referência, o espectro das ondas de rádio é dividido em faixas de


freqüência, cujas principais aplicações na Navegação Eletrônica e comunicações
marítimas são:

MF – (Medium Frequency = média freqüência): nessa faixa, compreendida entre 300 kHz e
3 MHz, encontramos algumas estações de radiofaróis e as estações de “broadcast”;
HF – (High Frequency = alta freqüência): essa faixa, compreendida entre 3 MHz e 30 MHz,
é usada, principalmente, para comunicações a longa distância (Avisos aos Navegantes,
Previsões Meteorológicas);
VHF – (Very High Frequency = freqüência muito alta): essa faixa, compreendida entre 30
MHz e 300 MHz, é usada para comunicações de curta e média distâncias (navio-navio e
navio-terra), além de radiogoniometria em VHF;
UHF – (Ultra High Frequency = freqüência ultra-alta): essa faixa inclui freqüências entre 300
MHz e 3.000 MHz, e é usada nas comunicações de curta distância e em algumas
transmissões radar (final da faixa). Além disso, é usada pelo Sistema GPS de navegação
por satélite;
250
O VHF
Um rádio VHF pode operar, em qualquer lugar, na faixa de
freqüências que vai de 30 a 300 MHz, porém, certos trechos dessa faixa
são reservados para determinados usos

A freqüência de 156,8 MHz é


designada como freqüência
internacional de socorro (perigo,
urgência e segurança), e todas as
embarcações e estações costeiras
devem manter escuta

A faixa marítima de VHF deve ser entendida como o principal sistema para as
embarcações amadoras (e de pesca) em transito junto ao litoral.
251
Os canais usados em VHF são numerados de 1 a 88.
Utilizam-se os canais nos seguintes situações:

Canal 16 156.800 KHz Chamada e socorro


Canal 06 156.300 KHz Segurança entre embarcações
Canal 09 156.450 KHz Uso geral para embarcações de qualquer
categoria
Canal 12 156.600 KHz Operações portuárias
Canal 14 156.700 KHz Operações portuárias
Canal 68 156.425 KHz Exclusivo para iatismo-Escuta permanente
Canal 69 156.475 KHz Embarcações de pequeno porte em geral
Canal 70 156.525 KHz Exclusivo para iatismo
Canal 71 156.575 KHz Embarcações de pequeno porte em geral
Canais23 até o 28Telefonia Embratel
Solicitar serviço pelo canal 16 chamando a estação costeira mais próxima.
252

Os rádios VHF podem ser operados em simplex ou em duplex, o que significa,


Em simplex, o equipamento não pode transmitir e receber simultaneamente, apenas um de
cada vez pode falar, devendo ao término de cada fala dizer cambio para a outra parte iniciar
sua fala.

O modo simplex é a forma mais


comum de uso do VBF.
Ligado o equipamento, ajustamos o
volume e selecionamos o canal de
chamada para iatismo, canal 68 (e
se caso de chamada e socorro o
16) e falamos no microfone
pressionando o seu botão lateral,
portanto, aperto o botão para falar e
solto para ouvir.

Botão
(PTT)
253

A conversação em duplex é usada principalmente no sistema telefônico.


O modo duplex usa dois canais, um para transmissão e outro para recepção que são
normalmente selecionados, automaticamente, através de um determinado número de canal. Alguns
dos números mais altos dos canais VHF destinam-se, geralmente a operação em duplex.
254
CÁLCULO DE ALCANCE EM VHF
O sinal VHF é muitas vezes descrito como de alcance visual,
entretanto, na realidade, ele é um pouco maior

A distancia ao horizonte visual é calculada pela fórmula 2,14 √H, no


entanto devido a freqüência radio o alcance VHF devemos usar a fórmula 2,5 √H,
onde H é a altura em metros da antena em relação ao nível do mar.

Tal fórmula não é precisa e variações de alcance não devem constituir


surpresa.
Entretanto, fica evidenciado que a altura da antena é o principal
fator na determinação de distancia quando em VHF.
255
Quanto a potencia do sinal, também tem algum efeito, porém é sensivelmente
menor.
Assim, se queremos os máximos alcance de nosso equipamento é essencial
que nossa antena VHF fique o mais alto possível, o que, em um veleiro significa o tope do
mastro principal.
O alcance barco / barco será limitado devido as relativamente baixas alturas de
antena, enquanto comunicações com terra terão um alcance geralmente maior pois que, se
beneficiarão das relativamente elevadas antenas da maioria das estações em terra.

Ligações barco / barco situam-se, geralmente, entre 10 a 15 milhas, enquanto


ligações barco I terra ou terra I barco podem ser mantidas até umas 70 milhas em boas
condições, se bem que, 40 milhas é uma distancia mais realista.
256
A faixa marítima de VHF deve ser entendida como o principal sistema para as
embarcações amadoras (e de pesca) em transito junto ao litoral.

O canal 16 é permanentemente monitorado por estações costeiras e de iate-clubes e de


marinas para chamadas de emergência e uma embarcação amadora pode ter certeza de uma
resposta a sua chamada desde que esteja dentro do alcance VHF normal.

Estação costeira
257
Os Equipamentos de Alta Frequência ( HF )
Para uma navegação através dos oceanos do mundo necessitamos
de um equipamento rádio de longo alcance e o sistema tradicional é o HF-
SSB usando freqüências de 4 a 22 MHz (4.000 a 22.000 kHz).

As ondas eletromagnéticas das


transmissões rádio em HF se
utilizam as propriedades refletoras
da ionosfera para aumentar seu
alcance.
O sinal transmitido reflete na
ionosfera volta a superfície
terrestre, é irradiado novamente
podendo, nesse vai e vem, atingir
distâncias de até 6.000 milhas

Equipamentos de HF-SSB só devem ser Instalados em pequenas embarcações se houver


uma efetiva necessidade de uso quando em águas oceânicas.
258
Os sinais Q
O código Q tornou-se internacional em 1912 para facilitar as comunicações rádio entre
navios e estações costeiras de todos os países.
Damos abaixo os mais utilizados pela náutica amadora.

QAP Período de escuta. , escutando

QRA Qual o nome da sua embarcação? O nome da minha embarcação é


______.
QRG Qual é a minha freqüência exata (ou a de A sua freqüência exata (ou a de
_____)? _____) é _____ kHz.

QRL Está ocupado. ? Estou ocupado (ou estou


ocupado com _____). Por favor não
interfira
QRT Devo parar a transmissão?. Pare a transmissão

QRV Está pronto?. Estou pronto

QRX Quando volta a me chamar? Tornarei a chama-lo às _____


horas (em _____ kHz).

QSA Qual é a intensidade dos meus sinais (ou os A intensidade dos seus sinais (ou
de ____)? Fraca; 3. Razoável; 4. Boa; 5. os de _____) é _____ (1. Quase
Muito boa). imperceptível; 2.

QSL Pode confirmar a recepção? Confirmo a recepção.

QTC Quantas mensagens têm para enviar? Tenho ______ mensagens para si
(ou para _____).

QTH Qual é a sua posição em Lat e Long? A minha posição é _____


SOBREVIVENCIA NO MAR

ÁGUA- IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA DA ÁGUA

ALIMENTAÇÃO SOBREVIVENCIA-

ASPECTOS MÉDICOS

Referencia –Sobrevivência no mar


Celso A. J. de Resende
233

ÁGUA- IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA DA ÁGUA

A água é o mais importante dos líquidos


do organismo, sendo o solvente
universal e o meio de embebimento da
matéria orgânica.

Em condições normais, o consumo de água no organismo varia de


2500ml a 3000ml diários, proveniente de três fontes principais:
A água natural,
a água presente nos alimentos sólidos (água de constituição)
e a água de oxidação.

Nas primeiras 24 horas, após o abandono da embarcação ou aeronave, verifica-se um


irreprimível desequilíbrio orgânico, e conseqüentemente uma maior excreção urinária, na qual o
excesso de água é eliminado.
Portanto, não se deve beber água nesse período, pois fatalmente ela não seria retida pelo
organismo, e sim perdida através da urina. As latas de água da balsa, só devem começar a ser
utilizadas após essas primeiras 24 horas; primeiro, porque existe uma grande possibilidade dos
náufragos serem encontrados antes do termino do primeiro dia.
234
O TEMPO DE SOBREVIDA

Teoricamente, podemos calcular o tempo de sobrevida de um naufrago que não disponha de água,
considerando que:
1) Está em repouso, a temperatura não é elevada, e existe uma boa ventilação na balsa;
2) O seu peso é de 60kg, constituindo-se de 60% em água;
3) Existe uma perda diária de água de 900 ml (perdas insensíveis, oligúria, e prisão de ventre);
4) Uma desidratação de 25% do total de água do organismo é crítica, levando a morte.

Com esses dados teríamos:

Desidratação de
Quantidade de água Perdas Tempo de
Peso 25% do volume total de
no organismo diárias sobrevida
água

900ml
36000ml
9000ml (pulmonar 10 dias
60kg (60%) de
(25% de 36000) e (9000+900)
60kg
cutânea)
235
O TEMPO DE SOBREVIDA
BEBENDO AGUA SALGADA

Atualmente, está cientificamente provado que beber água salgada, pura ou diluído com água
doce, não é somente prejudicial, mas também desastrosa, o que é comprovado pelo
diagrama:
236
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA APÓS O PRIMEIRO DIA

As latas d'água fazem parte da ração para náufragos, designada R-5, e a dotação das
balsas devem permitir, a sobrevivência em condições metabólicas energéticas, por um período de
até seis dias.
O consumo de água, dentro das disponibilidades, deve seguir o quadro abaixo:

DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA APÓS O PRIMEIRO DIA

BOM SUPRIMENTO SUPRIMENTO SUPRIMENTO


LIMITADO RACIONADO

2 LATAS 1 1/2 LATA 1 LATA


(700 ml) (525 ml) (350 ml)

ÁGUA CONSUMIDA EM QUATRO PORÇÕES DIÁRIAS

Como já foi visto, não se deve racionar o consumo, quando se tem um bom suprimento,
na crença de que o tempo de sobrevivência poderá ser aumentado.
237
RECOMENDAÇÕES - ÁGUA
1- NÃO BEBA ÁGUA DO MAR, NEM MISTURE COM ÁGUA DOCE.

2- RECOLHA TODA ÁGUA DA CHUVA QUE PUDER.

3- NÃO COMA SE NÃO DISPUSER DE ÁGUA.

4- NÃO USE ENEMA, NEM BEBA URINA.

5- EVITE AO MÁXIMO A PERDA DE ÁGUA PELA SUDORESE, NÃO SE AGITANDO, MATENDO A


VENTILAÇÃO DA BALSA, E SE FOR NECESSÁRIO MOLHANDO AS ROUPAS.

6- EVITE O ENJÔO TOMANDO COMPRIMIDO DE DRAMAMINE.

7- RECOLHA O ORVALHO CONDENSADO NO TOLDO DA BALSA.

8- NÃO BEBA SANGUE DE ANIMAIS MARINHOS, NEM SEUS FLUIDOS CORPÓREOS.


(CONSIDERE ESTES LÍQUIDOS COMO ALIMENTO).

9- ESTIMULE A SALIVAÇÃO CHUPANDO BOTÕES, PEDAÇO DE PANO ETC.

10- SE HOUVER NA SUA BALSA DESTILADOR SOLAR, USE-O.

11- EM CASO DE FEBRE E DIARRÉIA, USE OS MEDICAMENTOS DO ESTOJO DE PRIMEIROS


SOCORROS, PARA EVITAR A PERDA DE ÁGUA DO ORGANISMO.

12- PROCURE REPOUSAR E NÃO SE AFOBE.


238

RAÇÕES SÓLIDAS

No Brasil, o Estado-Maior das Forças Armadas padronizou estas rações e as designou


de rações para náufragos R-5.
Basicamente são constituídos de um concentrado de hidratos de carbono em forma de
balas de goma (jujubas), com os sabores de laranja, hortelã, limões e tangerina,
agrupadas em dois sacos plásticos envolvidos exteriormente por papel estanque
aluminizado.

CALORIAS
ALIMENTO QUANTIDADE GLICÍDIOS PROTÍDIOS LIPÍDIOS
VCT

BALA DE 12
GOMA UNIDADES 84,46 0,05 0,02 338,22

GOMA DE 05
MASCAR TABLETES 11,38 - - 45,54
239

CONSUMO DIÁRIO

CONSUMO DIÁRIO DAS RAÇÕES SÓLIDAS


(24 HORAS)

NORMAL RACIONADO

JUJUBAS 12 6
(1 a cada 2 horas) (1 a cada 4 horas)

5 TABLETES
GOMA DE
(1 a cada 5 horas) 2 1/2 TABLETES
MASCAR
(1 a cada 10 horas)
240

RECOMENDAÇÕES - ALIMENTAÇÃO

1- NÃO SE ALIMENTE (AVES, PEIXES) SE NÃO DISPUSER DE UMA BOA QUANTIDADE DE


ÁGUA.
2-SIGA AS INSTRUÇÕES PARA CONSUMO DAS RAÇÕES SÓLIDAS.
3-IMPROVISE OU UTILIZE O EQUIPAMENTO DE PESCA.
4-SE SENTIR NÁUSEAS AO COMER PESCADO CRU, NÃO INSISTA NO SEU CONSUMO.
5-SE NÃO ESTIVER CONSEGUINDO PESCAR, NÃO DESANIME, MUDE A TÉCNICA, A ISCA,
OU O COMPRIMENTO DA LINHA (OBSERVE AS SUGESTÕES PARA A PESCA NO MAR).
6-ANTES DE COMER QUALQUER ALIMENTO, VERIFIQUE SE NÃO ESTÁ DETERIORADO.
NA DÚVIDA SE UM PEIXE É VENENOSO OU NÃO, USE-O COMO ISCA (CUIDADO COM
ESPINHOS, FERRÕES OU SUBSTÂNCIAS TÓXICAS).
7-INTERROMPA A PESCA SE APARECEREM TUBARÕES, E SE FOREM DE GRANDE
PORTE, NÃO TENTE CAPTURÁ-LOS.
8-ALGUNS ANIMAIS MARINHOS (CERTAS ESPÉCIES DE EQUINODERMOS E
CELENTERADOS), NÃO SERVEM DE ALIMENTO. EVITE TOCÁ-LOS.
9-OS MOLUSCOS AGARRADOS A CASCOS DE NAVIOS OU OBJETOS METÁLICOS NÃO
DEVEM SER COMIDOS.
10-SE ENCONTRAR ALGAS, VERIFIQUE SE SÃO COMESTÍVEIS, E A ACEITABILIDADE DO
SEU ORGANISMO.
11-AVES E TARTARUGAS MARINHAS PODEM SER COMIDAS.
12-LEMBRE-SE, A SUA PRIMEIRA PRIORIDADE NÃO É O ALIMENTO, MAS SIM A ÁGUA.
241
HIPOTERMIA

A palavra hipotermia deriva do grego hypo que significa baixo e


therme que significa calor.
Hoje em dia ela denota uma condição de diminuição da
temperatura interna do corpo, causada por uma exposição excessiva
ao ambiente frio.

O tempo de sobrevivência de um homem imerso em uma água


fria, antes de ocorrer uma parada cardíaca, é determinado
principalmente por dois fatores:

1) TEMPERATURA DA ÁGUA;
2) TEMPO DE EXPOSIÇÃO NA ÁGUA;
contribuindo também :
3) A CONSTITUIÇÃO FÍSIC4;
4) O PROCEDIMENTO NA AGUA.

Quanto menor a temperatura da água, menor será o tempo de


sobrevivência. .
242
ESTIMATIVA DO TEMPO DE SOBRE-VIVÊNCIA DE UMA PESSOA
IMERSA NO MAR (HORAS)

ESTIMATIVA DO TEMPO DE
TEMPERATURA DA AGUA
SOBRE-VIVÊNCIA DE UMA PESSOA
(GRAUS CENTÍGRADOS)
IMERSA NO MAR (HORAS)

abaixo de 1,6 menos de 15 minutos

1,6 a 4,4 menos de 1:30

menos de 3 h(só 50% das pessoas conseguem


4,4 a 10
sobreviver por mais de 1 hora)

10 a 15,6 menos de 6h

menos de 12h (dependendo da resistência


15,6 a 21,1
individual)

acima de 21,1 indefinido (dependendo da fadiga do homem)


243
POSIÇÃO HELP

O impulso imediato das pessoas


submetidas ao frio consiste em exercitarem-se ou
agitarem-se vigorosamente na tentativa de
manterem-se aquecidas.

Contrariamente ao que se imagina, esta


reação retira do corpo as últimas reservas de calor,
diminuindo consideravelmente o tempo de
sobrevivência.

Um náufrago imerso em uma água fria


deve procurar manter-se calmo, sem agitar-se
desnecessariamente. Se estiver com colete salva-
vidas, deve adotar a posição HELP, mantendo a
cabeça, pescoço e a nuca fora da água, tornozelos
cruzados, joelhos suspensos, braços colados ao
corpo ou abraçados às pernas, e as mãos entre as
axilas, de modo a proteger as partes do corpo onde
ocorrem as maiores perdas de calor (80% pela
cabeça e pescoço, e o restante da perda
distribuída principalmente pelos lados do tronco,
área das virilhas e órgãos genitais).
244
RECOMENDAÇÕES ASPECTOS MÉDICOS

1-NA BALSA, PROTEJA-SE DO FRIO E DA HIPOTERMIA FICANDO JUNTO DO


COMPANHEIRO PARA AQUECEREM-SE MUTUAMENTE.
2-EM ÁGUAS FRIAS, INFLE O FUNDO DA BALSA PARA AUMENTAR O ISOLAMENTO
TÉRMICO.
3-EM CASO DE AFOGAMENTO, APLIQUE EXAUSTIVAMENTE AS MANOBRAS DE
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR.
4-EM CLIMAS FRIOS MANTENHA-SE AGASALHADO E PROTEJA-SE DO VENTO
FECHANDO O TOLDO DA BALSA E PROCURE ATIVAR A CIRCULAÇÃO COM EXERCÍCIOS
FÍSICOS MODERADOS.
5-SE JÁ HOUVER CONGELAMENTO DE ALGUMAS PARTES DO CORPO, EM HIPÓTESE
ALGUMA FRICCIONE OU MASSAGEIE AS PARTES AFETADAS.
6-EM CLIMAS QUENTES EVITE A PERDA DE ÁGUA PELA SUDORESE MOLHANDO AS
ROUPAS NA ÁGUA DO MAR E O TOLDO ABERTO PARA AUMENTAR A CIRCULAÇÃO DO
AR.
7-EVITE A EXPOSIÇÃO DIRETA AOS RAIOS SOLARES E PROTEJA A VISTA COM VENDAS
E A PELE COM POMADAS.
8-FAÇA TODO O POSSÍVEL PARA COMBATER A DESIDRATAÇÃO.
9-PROCURE MANTER-SE SECO COLOCANDO AS ROUPAS PARA SECAR SOBRE O
TOLDO E ENXUGUE O FUNDO DA BALSA.
10-PRECAVENHA-SE DO ENJÔO TOMANDO OS MEDICAMENTOS DISPONÍVEIS.
11-EM CASO DE EXPLOSÕES EMBAIXO D'ÁGUA, SAIA DA ÁGUA OU PROCURE FLUTUAR
DE COSTAS.
12-LEMBRE-SE QUE A PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES MEDICAS É SEMPRE MAIS
FACIL DO QUE O SEU TRATAMENTO.
13-SE ESTIVER DENTRO D'ÁGUA ADOTE A POSIÇÃO "HELP", E PROCURE NÃO SE
AGITAR PARA CONSERVAR O CALOR E A ENERGIA.
245
AS BALSAS INFLÁVEIS

Por definição, "EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA" é uma embarcação salva-


vidas ou balsa salva-vidas capaz de preservar a vida das pessoas que estão em perigo a
partir do momento que abandonem o navio.

OBS.: Todas balsas salva-vidas e dispositivas de escape hidrostático serão


submetidas a uma vistoria de revisão a intervalos que não excedam um ano, em uma
estação de manutenção aprovada e capacitada a fazer a revisão.
246

Material de Salvamento do Pacote de Emergência

1- Coletor de água 9- Pilhas de lanterna sobressaltantes


2- Âncora de fortuna 10- Lanterna estanque
3- Estojo de primeiros socorros 11- Foguetes de sinalização
4- Rações líquidas (latas) 12- Manual de sobrevivência no mar
5- Rações sólidas 13- Esponja
6- Pirotécnicos (fachos manuais) 14- Pilha sobressaltante da luz de balsa
7- Copo graduado 15- Estojo de pesca
8- Abridor de lata 16- Espelho de sinalização

Material de Reparos de Urgência de Balsa

1- Saco de guarda do material 5- Tiras de borracha


2- Bomba manual 6- Tesoura
2A- Tubos de ar para a bomba 7- Linha e agulha
3- Tampões de pressão para rasgos 8- Cola especial
4- Cones de pressão (diversos) para furos

Cabe lembrar que, as embarcações de salvamento, devem ser periodicamente revistadas,


para que tenhamos a certeza de que, em caso de emergência, ela estará pronta a ser
usada e com todo seu material de salvamento e de reparos e de reparos de urgência
completos e em bom estado.
247 AS BALSAS INFLÁVEIS
São colocadas fechadas em
casulos, ou valises, em pontos do
convés onde, em caso de
necessidade, possam ser facilmente
jogadas n’água.

Elas possuem um cabo de


abertura que deve ser firmemente amarrado a
um ponto fixo da embarcação. Tal cabo ao
ser tesado quando a balsa é jogada n’água
comanda o disparo de uma ampola de CO2
inflando a balsa.
248
Caso ela infle de cabeça para baixo, é facilmente desvirada por um único homem é não
haverá perda dos equipamentos que possui, pois esses são armazenados, normalmente,
em cilindros de papelão de flutuabilidade positiva e amarrados à balsa solidamente.

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