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Curso de Direito Empresarial
RESUMO e Questões comentadas FCC
Prof. Wangney Ilco
Olá pessoal! Tudo beleza?
Bem, conforme prometido, esta aula é um RESUMO de tudo que vimos
no curso. A ideia desse resumo surgiu a partir de conversas com os alunos.
Cada pessoa, cada indivíduo possui uma maneira de fazer os seus resumos, as
suas anotações. Então, partindo deste resumo como base, cada um de vocês
poderá lançar suas próprias anotações nele. Basicamente, este resumo
traz as esquematizações, tabelas e algumas anotações que vimos no decorrer
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das aulas. Assim, quando você se deparar com alguma questão, algum ponto
específico de nossa matéria, vale a pena correr neste resumo e fazer a sua
anotação nele.
Recomendo que não se assustem com a quantidade de páginas deste
resumo. Notem que todo o curso é baseado nessa metodologia visual, com
muitos esquemas. Tipo: em vez de assimilar um determinado assunto que
normalmente teria 100 palavras, você terá um esquema contendo 20
palavras, objetivamente dispostas em esquemas, ok? Ou um quadro resumo
com muitos artigos espalhados pelo nosso ordenamento jurídico!
Por fim, desejo a todos muito sucesso em suas vidas! Todo o esforço
empregado, valerá muito a pena. Não desistam! Todos que continuarem, terão
a sua aprovação ao final. Tenham certeza disso; pode demorar um pouco
mais, mas todos passam. Conheço pessoas que passaram em concursos “tops”
com menos de um ano de estudos focados, disciplinados; outros, apesar de
algumas derrotas, mantiveram-se firmes no propósito e passaram com 5, 6, 7
anos de estudos! Hoje estão super bem! Todos eles.
Fiquem com Deus! Abraços e bons estudos!
Wangney Ilco

E-mail: wangney.ilco@exponencialconcursos.com.br
Facebook: wangney

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Curso de Direito Empresarial
RESUMO e Questões comentadas FCC
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Sumário
Aula 00 – Conceito de Empresa. Conceito de Empresário.
Estabelecimento Empresarial. Prepostos. Escrituração. ....................... 9
1- Direito Comercial.................................................................................................................... 9
2- A atividade empresarial ....................................................................................................... 10
2.1- Teoria dos atos de comércio ........................................................................................ 10
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2.2- Teoria da Empresa........................................................................................................ 10


2.3- A empresa .................................................................................................................... 12
2.4- O empresário ................................................................................................................ 12
2.5- Exceções à Teoria da Empresa ..................................................................................... 14
2.6- Empresário Individual................................................................................................... 14
3- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) ................................................. 17
4- Registro da empresa............................................................................................................. 18
4.1- Órgãos de registro da empresa .................................................................................... 18
4.2- Atos de registro ............................................................................................................ 18
4.3- Registro do empresário ................................................................................................ 19
4.4- Registro da sociedade empresária ............................................................................... 20
4.5- Registro da atividade rural ........................................................................................... 20
4.6- A inatividade da empresa ............................................................................................. 21
4.7- Empresário irregular..................................................................................................... 21
5- Livros Comerciais.................................................................................................................. 22
5.1- Sigilo dos livros comerciais ........................................................................................... 23
6- Nome empresarial ................................................................................................................ 24
7- Estabelecimento Empresarial............................................................................................... 25
7.1- Trespasse ...................................................................................................................... 26
7.2- Aviamento .................................................................................................................... 28
7.3- Clientela........................................................................................................................ 28
7.4- O ponto empresarial (ou comercial) ............................................................................ 28
8- Prepostos.............................................................................................................................. 30
8.1- O Gerente ..................................................................................................................... 31
8.2- O Contabilista ............................................................................................................... 31
AULA 01 - Da Sociedade: Disposições Gerais. Da sociedade não
personificada: Da sociedade em Comum. Da Sociedade em Conta de
Participação. Da Sociedade Personificada: Da Sociedade Simples. Da

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Sociedade em Nome Coletivo. Da Sociedade em Comandita Simples.
Da Sociedade pendente de Autorização. ............................................ 31
1- Introdução ............................................................................................................................ 32
2- Conceito de sociedade ......................................................................................................... 32
2.1- Sociedade empresária X Sociedade simples ................................................................ 33
2.2- Empresário Individual x Sociedade empresária ........................................................... 34
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3- Classificação das sociedades ................................................................................................ 34


4- Tipos societários ................................................................................................................... 35
4.1- Sociedades dependentes de autorização..................................................................... 36
5- Sociedades NÃO personificadas ........................................................................................... 36
5.1- Sociedade em comum (art. 986 a 990, CC) .................................................................. 37
5.2- Sociedade em Conta de Participação ........................................................................... 38
6- Sociedades personificadas ................................................................................................... 39
6.1- Sociedade simples pura (Art. 997 a 1.038, CC) ............................................................ 40
6.2- Sociedade em nome coletivo ....................................................................................... 49
6.3- Sociedade em comandita simples ................................................................................ 50
Aula 02 – Sociedade limitada. Sociedade cooperativa. ....................... 51
1- Sociedade Cooperativa......................................................................................................... 51
1.1- Legislação aplicável às cooperativas ............................................................................ 51
1.2- Definição de sociedade cooperativa ............................................................................ 51
1.3- Constituição e Características das cooperativas .......................................................... 52
1.4- Responsabilidade dos sócios da cooperativa ............................................................... 53
1.5- Órgãos e administração das sociedades cooperativas................................................. 53
2- Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) .................................................... 53
2.1- Legislação aplicável às ME e EPP .................................................................................. 54
2.2- Quem pode ser considerado ME e EPP? ...................................................................... 54
2.3- ME e EPP: Inscrição e Baixa .......................................................................................... 55
2.4- Microempreendedor Individual – MEI ......................................................................... 56
3- Sociedade Limitada .............................................................................................................. 56
3.1- Constituição e contrato social ...................................................................................... 57
3.2- Nome empresarial ........................................................................................................ 57
3.3- Capital Social da sociedade limitada ............................................................................ 57
3.4- Princípios do Capital Social........................................................................................... 58

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3.5- Cessão de quotas na sociedade limitada ..................................................................... 58
3.6- Penhora de quotas ....................................................................................................... 59
3.7- Sócio remisso na sociedade limitada ........................................................................... 60
3.8- Direito de retirada do sócio.......................................................................................... 60
3.9- Exclusão do sócio da sociedade limitada ..................................................................... 61
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3.10- Responsabilidade dos sócios da sociedade limitada ................................................ 62


3.11- Administração da sociedade limitada ...................................................................... 62
3.12- Administração - Impedidos ...................................................................................... 63
3.13- Responsabilidade dos administradores da sociedade limitada ............................... 63
3.14- Conselho Fiscal ......................................................................................................... 64
3.15- Deliberações dos sócios ........................................................................................... 65
3.16- Quorum de deliberação ........................................................................................... 66
3.17- Direito de preferência .............................................................................................. 67
3.18- Redução do capital social ......................................................................................... 67
4- Desconsideração da personalidade jurídica......................................................................... 68
Aula 03 – Sociedade por ações. Dissolução e liquidação de sociedades.
.......................................................................................................... 70
1- Sociedades anônimas ........................................................................................................... 70
1.1- Introdução .................................................................................................................... 70
1.2- Constituição da sociedade anônima ............................................................................ 70
1.3- Capital social................................................................................................................. 71
1.4- A ação ........................................................................................................................... 72
1.5- Classificação: Cia Aberta e Cia Fechada ....................................................................... 73
1.6- Os direitos essenciais dos acionistas ............................................................................ 74
1.7- Outros valores mobiliários ........................................................................................... 76
1.8- Órgãos da sociedade anônima ..................................................................................... 77
1.9- Sociedade de Economia Mista ..................................................................................... 84
1.10- Sociedades Coligadas, Controladoras e Controladas ............................................... 84
2- Sociedades em comandita por ações ................................................................................... 85
3- Dissolução das sociedades ................................................................................................... 86
3.1- Espécies de dissolução da sociedade ........................................................................... 86
3.2- Casos de dissolução total das sociedades contratuais ................................................. 86
3.3- Dissolução parcial da sociedade contratual ................................................................. 90

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3.4- Dissolução total das sociedades por ações .................................................................. 91
4- Operações Societárias .......................................................................................................... 94
Aula 04 - Títulos em espécie .............................................................. 96
1- Letra de Câmbio ................................................................................................................... 96
1.1- Definição e Requisitos essenciais ................................................................................. 96
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1.2- Saque ............................................................................................................................ 97


1.3- Aceite............................................................................................................................ 97
1.4- Vencimento e Modalidades ......................................................................................... 98
1.5- Pagamento da Letra de Câmbio ................................................................................... 99
1.6- Protesto ...................................................................................................................... 100
1.7- Ação cambial .............................................................................................................. 101
2- Nota Promissória ................................................................................................................ 102
2.1- Definição e Requisitos essenciais ............................................................................... 102
2.2- Regime jurídico e características ................................................................................ 103
3- Cheque ............................................................................................................................... 104
3.1- Definição e Requisitos essenciais ............................................................................... 104
3.2- Características ............................................................................................................ 105
3.3- Espécies de cheque .................................................................................................... 105
3.4- Apresentação e pagamento do cheque ..................................................................... 106
3.5- Revogação e Sustação do cheque .............................................................................. 107
3.6- Cheque sem fundos e ação cambial ........................................................................... 107
4- Duplicata ............................................................................................................................ 108
4.1- Definição e Requisitos essenciais ............................................................................... 108
4.2- Aceite.......................................................................................................................... 109
4.3- Pagamento e aval ....................................................................................................... 110
4.4- Protesto e ação cambial ............................................................................................. 110
4.5- Duplicata de prestação de serviços ............................................................................ 112
5- Resumo dos títulos e Prazos prescricionais da ação cambial ............................................ 113
Aula 05 – Recuperação judicial e extrajudicial. Falência. Classificação
creditória. ........................................................................................ 115
1- Introdução .......................................................................................................................... 115
1.1- Noções gerais do regime falimentar .......................................................................... 115
1.2- Legislação aplicável - Lei 11.101/2005 ....................................................................... 115

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1.3- Sujeito passivo do regime falimentar ......................................................................... 116
2- Falência .............................................................................................................................. 116
2.1- Etapa pré-falimentar .................................................................................................. 116
2.2- Etapa falimentar ou falencial ..................................................................................... 120
2.3- Classificação creditícia ou creditória .......................................................................... 125
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3- Disposições comuns à falência e à recuperação judicial.................................................... 128


3.1- Introdução .................................................................................................................. 128
3.2- O juízo competente .................................................................................................... 129
3.3- O administrador judicial ............................................................................................. 129
3.4- Comitê de Credores.................................................................................................... 130
3.5- Assembleia de Credores ............................................................................................. 130
3.6- Verificação e habilitação dos créditos........................................................................ 131
4- Recuperação Judicial .......................................................................................................... 132
4.1- Introdução .................................................................................................................. 132
4.2- Requisitos ................................................................................................................... 133
4.3- Meios de recuperação judicial ................................................................................... 133
4.4- Processo de recuperação judicial ............................................................................... 134
4.5- Encerramento da recuperação judicial ...................................................................... 135
4.6- Convolação da recuperação judicial em falência ....................................................... 136
4.7- Recuperação judicial da ME e EPP ............................................................................. 136
5- Recuperação extrajudicial .................................................................................................. 137
5.1- Introdução .................................................................................................................. 137
5.2- Requisitos ................................................................................................................... 137
5.3- Créditos abrangidos pela recuperação extrajudicial .................................................. 138
5.4- O pedido e seus efeitos .............................................................................................. 138
6- Crimes falimentares ........................................................................................................... 139
Aula 06 - Contratos .......................................................................... 140
1- Princípios da teoria geral dos contratos mercantis............................................................ 140
1.1- Introdução: Aplicabilidade do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor .. 140
1.2- Princípios fundamentais dos contratos ...................................................................... 140
2- Contrato de compra e venda mercantil ............................................................................. 141
2.1- Elementos e formação do contrato de compra e venda............................................ 141
2.2- Obrigações do vendedor e comprador ...................................................................... 142

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3- Contratos de colaboração .................................................................................................. 143
3.1- Contratos de Mandato e Comissão Mercantil ........................................................... 143
3.2- Contrato de representação comercial autônoma ...................................................... 144
3.3- Contratos de Agência e de Distribuição ..................................................................... 144
3.4- Concessão Mercantil .................................................................................................. 145
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3.5- Contrato de Franquia (franchising) ............................................................................ 145


4- Contratos Bancários ........................................................................................................... 146
4.1- Contrato de depósito ................................................................................................. 146
4.2- Fomento Mercantil (Factoring) .................................................................................. 146
4.3- Arrendamento Mercantil (Leasing) ............................................................................ 148
4.4- Alienação Fiduciária em Garantia .............................................................................. 150
5- Contrato de locação ........................................................................................................... 151

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Aula 00 – Conceito de Empresa. Conceito de Empresário.


Estabelecimento Empresarial. Prepostos. Escrituração.

1- Direito Comercial

Idade Média
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• Fase corporativista e subjetivista: surgimento e autonomia do direito


comercial. Corporações de ofício.
• Fase objetiva: Teoria dos atos de comércio.
• Fase subjetivista moderna: Teoria da Empresa.

FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL


- Código Civil 2002: principal
- Lei de Falências
❖ Fonte Primária ou direta - Legislação dos títulos de crédito
- Legislação dos contratos mercantis
- etc.
❖ Secundária ou indireta➔ doutrina, jurisprudência, dos tratados e
convenções internacionais, dos usos e costumes (Art. 4º da Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro).
Características do Direito Empresarial:

Simplicidade na solução das relações comerciais,


devido à necessidade econômica e comercial.

Internacionalidade como tendência comercial (Lei


cambial e convenções). O Dir. Civil é nacional.

Rapidez e dinamicidade ao simplificar as formalidades


do Dir. Comercial. Questões probatórias com mais
Características rapidez.

Elasticidade - renovação constante das práticas


comerciais trazidas para o Dir. Comercial. Aspectos
renovadores e dinâmicos.

Onerosidade, pois objetiva o lucro. Atividade


mercantil pressupõe-se não gratuita.

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2- A atividade empresarial

2.1- Teoria dos atos de comércio


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CÓDIGO COMERCIAL DE 1850


1ª PARTE Atos de Revogada pelo Código Civil de 2002
Comércio
2ª PARTE Direito Marítimo Ainda em vigor
3ª PARTE Direito Não estava mais em vigor desde a antiga
Falimentar lei de falências (DL 7.661/45). Em vigor a
nova Lei de Falências (Lei 11.101/05)

TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO – forma objetiva de enquadrar


as atividades no regime jurídico comercial. O que importava era o
objeto da atividade em si.

A teoria dos atos de comércio era caracterizada por três ATRIBUTOS:


Habitualidade: com que a atividade é exercida;
Lucro: como objetivo da atividade;
Intermediação: comprar para vender.

2.2- Teoria da Empresa

Então, o Código Civil de 2002 entrou em vigor e adotou a TEORIA


DA EMPRESA sob a influência do direito italiano como fundamento para o
regime jurídico comercial. ...passou-se a priorizar o desenvolvimento da
atividade em detrimento do ato de comércio, do objeto em si. Portanto, a
teoria da empresa e o Novo Código Civil priorizam a FORMA como é
exercida e/ou desenvolvida a atividade empresarial.

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2.2.1- Atributos da Teoria da Empresa
PROFISSIONALISMO: atividade exercida de forma habitual e profissional.
ATIVIDADE ECONÔMICA: objetiva o lucro. Esta é característica
intrínseca daquele que assume os riscos da atividade econômica.
ORGANIZAÇÃO: este é o principal atributo que uma atividade econômica
exercida de forma profissional deve possuir para se enquadrar como uma
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atividade empresarial. Diz respeito à organização dos FATORES DE


PRODUÇÃO: capital, mão de obra, matéria-prima e tecnologia.
Portanto, além de objetivar o lucro e agir com profissionalismo, a atividade
empresarial deve ser organizada.

Teoria da Empresa Teoria dos atos de comércio

Profissionalismo Habitualidade

Atividade
Lucro
econômica

Organização
(fatores de Intermediação
produção)

O que importa é a O que importa é o


forma como o objeto objeto da atividade
da atividade é em si
exercido

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2.3- A empresa

....teoria dos Perfis de Empresa (Prof. Asquini) para o entendimento


do instituto EMPRESA.
A empresa está relacionada ao indivíduo que
exerce de forma organizada e profissional uma
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atividade econômica objetivando a produção


Perfil Subjetivo ou circulação de bens ou de serviços. O
EMPRESÁRIO é o sujeito de direito, pois é ele
quem exerce a atividade empresarial.
A empresa está relacionada à ATIVIDADE
EMPRESARIAL em si, direcionada a um
Perfil Funcional
determinado fim produtivo, que é gerar
riquezas.
A empresa está relacionada ao
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL,
Perfil Objetivo ou
considerando os bens patrimoniais da empresa
patrimonial
como resultado do fator econômico.
A empresa relacionada ao grupo organizacional
formado pelo empresário e seus colaboradores.
Perfil Corporativo ou
Este perfil está superado, pois não tem
institucional
correspondência na realidade atual.

Deste modo, podemos definir EMPRESA como sendo:

A ATIVIDADE econômica ORGANIZADA para a produção ou a


circulação de bens ou serviços, exercida de forma PROFISSIONAL
pelo EMPRESÁRIO.

2.4- O empresário

• DEFINIÇÃO DE EMPRESÁRIO

Art. 966 do CC. Considera-se empresário quem exerce


profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços.

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Estabilidade e
Profissionalismo habitualidade

LUCRO - atividades
Atividade
sem fins lucrativos não
econômica são empresárias
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Empresário
Dos fatores de
Organização produção

Produção ou
Qualquer atividade
circulação de pode ser empresária
bens ou serviços

EMPRESÁRIO ESTABELECIMENTO
EMPRESA EMPRESARIAL

Atividade Sujeito que Complexo de


Empresarial exerce a atividade bens

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2.5- Exceções à Teoria da Empresa

• PROFISSIONAL INTELECTUAL EXCETO SE a organização dos


Natureza científica, artística ou fatores de produção for mais
literária – não é empresário. importante que a atividade
pessoal desenvolvida (Aí
constitui Elemento de empresa)
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§único, art. 966, CC Considera-se


empresário

Art. 971 e 984, CC


Exceções à • ATIVIDADE RURAL
Teoria da O indivíduo (ou sociedade) tem
a OPÇÃO de ser empresário
Empresa

§único, art. 982, CC

Independente
• SOCIEDADES COOPERATIVAS da forma com
São sempre sociedades simples. que a atividade é
exercida

2.6- Empresário Individual

ATIVIDADE EMPRESARIAL

Empresário Individual Sociedade Empresária

Pessoa Física Pessoa Jurídica

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2.6.1- Requisitos e impedimentos
...considera-se empresário aquele que:
➢ COM Profissionalismo – habitualidade no exercício da atividade
econômica;
➢ EXERCE A Atividade econômica – objetivo de auferir lucros;
➢ DE FORMA Organizada – principal requisito. Organização dos fatores de
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produção;
➢ PARA A Produção ou a circulação de bens ou de serviços – objetivo
de satisfazer as necessidades do mercado exercendo qualquer tipo de
atividade econômica.
“Art. 972 do CC. Podem exercer a atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não
forem legalmente impedidos.”.

2.6.2- Capacidade Civil do Empresário Individual


Absolutamente Incapaz x Relativamente Incapaz
Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz
Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos
Pessoas Ébrios habituais, viciados em
tóxicos, pródigos, aquele que não
puder exprimir sua vontade (por
causa transitória ou permanente).

Empresário
1ª-Em favor do
Individual
Regra Mediante incapaz no caso de
Autorização Judicial sucessão da empresa
após análise das por causa mortis.
Deve ter
capacidade circunstâncias e riscos
civil

EXCEÇÕES O INCAPAZ é
representado
ou assistido

2ª-Pela incapacidade
superveniente do
empresário.

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2.6.3- Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio
Vejamos os pressupostos que devem ser atendidos CUMULATIVAMENTE
para a pessoa incapaz ser sócio da sociedade empresária:

• O sócio incapaz não pode exercer a administração da


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sociedade;
• O capital social deve estar totalmente integralizado;
• O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o
absolutamente incapaz deve ser representado por
seus representantes legais.

Atendidos os
pressupostos

REGISTRAR o contrato e suas


alterações na JUNTA COMERCIAL

2.6.4- Impedimentos: Empresário Individual


... o empresário individual além de ter que possuir o pleno gozo da
capacidade civil, precisa não estar legalmente impedido para exercer a
atividade empresarial, ou seja, embora o indivíduo seja civilmente capaz,
a lei poderá impedi-lo.
....o indivíduo não poderá se valer do impedimento para se livrar
de obrigações assumidas na condição de empresário, respondendo por
elas (art. 973 do CC).
- Capacidade civil: deve estar em pleno gozo
(arts. 3º, 4º e 5º do CC). Exceções:
incapacidade superveniente e sucessão da
empresa (causa mortis).

- Sem impedimentos legais: possui


capacidade civil e não é proibido legalmente.

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2.6.5- Empresário casado

Os conjugês entre si Exceto quando:


(juntos) PODEM (regime de comunhão)
fazer parte de - Universal
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sociedade com terceiros -Separação total de bens

Obs.: ATENÇÃO – Há certa divergência quanto a necessidade de autorização


conjugal para alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis que integram o
patrimônio da empresa. A razão de tal divergência é que este tema versa
sobre dois artigos do CC que aparentemente estão em conflito, quais sejam:
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis
que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges


pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação
absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (...)

3- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)

Pessoa Jurídica de *Inscrição no registro


Direito Privado (art. 44,CC) competente: RPEM ou RCPJ

Titular de todo o capital social


Constituída por única
pessoa
**Pessoa Física ou Jurídica
EIRELI
Totalmente integralizado
Capital social
Não inferior a 100 salários-
mínimos vigente

Firma ou Denominação +
Nome empresarial
"EIRELI"

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Pessoa natural - EIRELI Constituição da EIRELI

Só pode figurar numa única Originária - Já é criada na


EIRELI forma de EIRELI
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Derivada - transformação de
É titular de todo o capital social
outro tipo social em EIRELI

4- Registro da empresa

4.1- Órgãos de registro da empresa

Registro Público
das Empresas
Mercantis (RPEM)

Departamento Nacional
de Registro de Comércio - Juntas Comerciais
DNRC*

Função EXECUTORA E
Função SUPERVISORA,
ADMINISTRADORA do serviço
orientadora, normativa
de registro. Órgão estadual
e técnica.
com função de natureza federal.

4.2- Atos de registro

• Matrícula – dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes


comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;
• Arquivamento – dos atos constitutivos, alterações, dissolução e
extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e
cooperativas; dos atos relativos a consórcio e grupo de
sociedade; dos atos concernentes a empresas mercantis

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estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; das declarações de
microempresa; de atos ou documentos que, por determinação
legal, sejam atribuídos ao RPEM ou daqueles que podem
interessar ao empresário e às empresas mercantis;
• Autenticação – dos instrumentos de escrituração das empresas
mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na
forma de leis próprias.
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4.3- Registro do empresário

A INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO no Registro Público de Empresas


Mercantis de sua sede é OBRIGATÓRIA, antes do início de sua atividade
(art. 967, CC).

Regularidade
É Declaratório
perante a lei
Inscrição
do Obrigatório
empresário
Necessário ter
Mas NÃO é
as qualidades
constitutivo
de empresário

Enunciado 198
Art. 967: A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito
para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal
providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966,
sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo
naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de
expressa disposição em contrário.

Enunciado 199
Art. 967: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito
delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização.

... a inscrição se dá através de requerimento contendo (art. 968):


1) O seu NOME, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o
regime de bens;
2) A FIRMA, com a respectiva assinatura autografa (pode ser substituída
por assinatura autenticada com certificação digital ou equivalente);

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3) O CAPITAL;
4) O OBJETO e a SEDE da empresa.
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4.4- Registro da sociedade empresária

SOCIEDADES

Sociedade Sociedade
Empresária Simples

RPEM Registro Civil


das Pessoas
(Junta Comercial) Jurídicas - RCPJ

30 dias Regularidade

Lavratura (assinatura) Averbação pelo


dos atos constitutivos
registro
Registro dos atos
Prazo final para levar constitutivos
os atos ao registro

4.5- Registro da atividade rural

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Registro Civil das Pessoas Jurídicas


Atividade rural -
principal profissão
Opção - RPEM de Equipara-se ao
sua sede empresário
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4.6- A inatividade da empresa

A inatividade da empresa ocorre quando ela não proceder a qualquer


arquivamento na Junta Comercial por 10 anos contados da data do
último arquivamento e não se manifestar a respeito quando intimada pela
Junta Comercial. Então, como resultado, a empresa será considerada
inativa e terá o seu registro cancelado. Além disso, perde a sua proteção
ao nome empresarial.

4.7- Empresário irregular

Consequências Fundamento legal


Não tem legitimidade ativa para pedir a falência Art. 97, § 1º da LF (Lei nº
do seu devedor, pois somente o empresário 11.101 /2005 - Lei de Falências)
regularmente inscrito na Junta Comercial pode
requerer.

Não tem legitimidade ativa para se beneficiar Arts. 48, 51, V e 161 da da LF
de recuperação judicial e extrajudicial, pois (Lei nº 11.101 /2005 - Lei de
somente o empresário regularmente inscrito na Falências)
Junta Comercial pode se valer de tais benefícios
legais.

A escrituração da empresa não poderá ser Art. 32, III; art. 39, I da Lei
autenticada no RPEM, pois é necessário estar 8.934/94 (Lei do RPEM) e art.
registrado. Assim, os livros não possuirão a 379 do CPC.
eficácia probatória em caso de litígio.

Crime falimentar - Deixar de elaborar, Art. 178 da LF (Lei nº 11.101


escriturar ou autenticar os documentos de /2005 - Lei de Falências)
escrituração contábil obrigatórios

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5- Livros Comerciais

Manter sistema de
Mecanizado ou não
contabilidade

Realizar Escrituração
uniforme dos livros
Pequeno
empresário -
Empresário e Apresentar Balanço
DISPENSADO
sociedade patrimonial e resultado
DEVEM econômico

Autenticar livros e
fichas previamente no
RPEM

Conservar em boa Pelo prazo decadencial


guarda escrituração e ou prescricional dos
documentos atos

Pode ser substituído Quando Escrituração


LIVRO DIÁRIO por fichas de mecanizada ou
lançamento eletrônica

Pode ser substituído


É indispensável pelo livro Quando sistema de
Balancetes Diários fichas de lançamento
e Balanços

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5.1- Sigilo dos livros comerciais

O esquema abaixo engloba as possibilidades de QUEBRA DO SIGILO


DOS LIVROS COMERCIAIS:

Garantido o sigilo total


Regra geral
(art. 1.190, CC) Autoridade, juiz ou tribunal
NÃO podem verificar as
formalidades legais.

Exame total ou parcial da


Autoridades escrituração para verificar o
Fazendárias pagamento do imposto.
(art. 1.193, CC e
195, CTN) STF: limita o exame aos
pontos objeto da investigação.

Sigilo dos livros Sucessão, comunhão ou


sociedade, falência e
EXIBIÇÃO TOTAL: administração ou gestão à
JUDICIAL conta de outrem
requerimento da
parte (art.
Liquidação da sociedade ou
1.191,CC)
sucessão por morte do sócio
(art. 420, NCPC)

Juiz ou tribunal, de ofício ou


EXIBIÇÃO
a requerimento - somente os
PARCIAL
pontos que interessar ao
(art.1.191,§1º, CC) litígio. (art. 421, NCPC)

Súmula 439: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária


quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da
investigação.

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Súmula 260: O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica


limitado às transações entre os litigantes.

Súmula 390: A exibição judicial de livros comerciais pode ser requerida


como medida preventiva.
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6- Nome empresarial

• FIRMA INDIVIDUAL ➔ formada pelo nome civil, de forma completa ou


abreviada, seguida opcionalmente de designação mais precisa da sua
pessoa ou do gênero de sua atividade. Exemplos: Carlos Eduardo / Carlos
Eduardo Automóveis / C E Automóveis.
• FIRMA OU RAZÃO SOCIAL ➔ usada para sociedades. Semelhante à
firma individual. Formada pelo nome civil de um ou mais sócios. Exemplos:
André Neves, Antônio Jorge e Vinícius Milagre Bar e Restaurante / Antônio
Jorge e companhia / Vinícius Milagre & Cia.
• DENOMINAÇÃO ➔ formada por expressão ou nome fantasia e,
obrigatoriamente, por expressão indicativa do objeto social (ramo de
atividade). É permitido o uso do nome de um ou mais sócios. Lembrando
que a denominação é somente usada em caso de sociedade.
Exemplos: Nery e Cohen Tecidos Ltda.; Flamengo Carros S/A / Companhia
Flamengo de Carros.
Tipo Societário Espécie Exemplo

Empresário Individual Firma individual André Neves

Sociedade Simples Razão social ou Denominação Paulo e José Flores ou


PJ Floricultura LTDA

Sociedade em nome Razão social Ana, João e José Flores ou


coletivo Ana & Cia

Sociedade Comandita Razão social (apenas o Antônio & Companhia


Simples comandidato aparece no
nome)

Sociedade Limitada Razão social ou Denominação João & Cia. LTDA ou


Transportes FLA LTDA

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Comandita por ação Razão social ou Denominação Bar do Buí comandita por
ações

Micro Empresa e Razão social ou Denominação PJ Floricultura LTDA


Empresa de Pequeno
Porte

Sociedade Anônima Denominação (vedado o uso de Companhia do Rio de


“companhia” ou “Cia.” no final Janeiro ou Cia do Rio de
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da denominação) Janeiro ou Rio de Janeiro


S/A ou Rio de Janeiro
Sociedade Anônima

Cooperativas Denominação Cooperativa dos


Concurseiros do Brasil

• PROTEÇÃO • Âmbito ESTADUAL – Junta Comercial (JC)


• PRINCÍPIO DA VERACIDADE • NÃO pode conter informações falsas.

• NÃO pode conter sócio falecido ou excluído ou


se retirado.

• PRINCÍPIO DA NOVIDADE • Deve ser único no registro (JC)


• EXTINÇÃO DO NOME • Requerimento de qualquer interessado

• Encerramento da atividade
• Liquidação
• OMISSÃO da expressão • Responsabilidade solidária e ilimitada dos
“LTDA” administradores pelo ato de omitir.

SOMENTE o nome do
sócio c/ resp.
ILIMITADA na firma
Sociedade - sócio c/
responsabilidade Firma social
ILIMITADA Se outro figurar no
nome > responde
Obrigatório SOLIDÁRIA e
ILIMITADAMENTE

7- Estabelecimento Empresarial

.... Perfil Objetivo ou Patrimonial, certo? Assim, podemos definir o


Estabelecimento Empresarial:

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“Estabelecimento empresarial é o CONJUNTO DE BENS reunidos


pelo empresário para a exploração de sua atividade econômica.”
(Fabio Ulhoa Coelho).

• Bens corpóreos: mercadorias, instalações, máquinas e utensílios;


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• Bens incorpóreos: bens industriais (patente de invenção, de modelo de


utilidade, registro de desenho industrial, marca registrada, nome
empresarial e título de estabelecimento) e o ponto comercial
... possui natureza jurídica caracterizada por uma
UNIVERSALIDADE DE FATO - pluralidade de bens singulares que,
pertinentes à mesma pessoa, tenha destinação unitária (art. 90, CC),

7.1- Trespasse

TRESPASSE: É o contrato comercial inter-vivos pelo qual a


titularidade do estabelecimento empresarial é transferida
(contrato de compra e venda).

Só produz efeitos perante


TERCEIROS após averbado
no RPEM e publicação
Alienação, oficial.
usufruto ou
arrendamento
Tem validade mesmo antes
de averbado e publicado
TRANSFERÊNCIA
do estabelecimento
empresarial Do pagamento de todos os
credores

Eficácia da Ou do consentimento dos


alienação credores em 30 dias após
depende: notificados
Se não restarem
ao alienante
bens suficientes. Ou do silêncio dos credores
após 30 dias da notificação

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Assim, efetuada a alienação do estabelecimento e caso haja DÉBITOS


anteriores à transferência, o adquirente RESPONDE por eles, desde que
estejam regularmente contabilizados. Porém, o alienante (devedor
primitivo) continua a responder SOLIDARIAMENTE ao adquirente por 1
(um) ano contado da publicação do contrato de venda do estabelecimento
pelos débitos vencidos e, da data do vencimento, dos outros débitos, também
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por um ano (art. 1.146, CC). Portanto, a SOLIDARIEDADE entre o


alienante e o adquirente, pelos débitos do estabelecimento, possui o
duração de 1 (um) ano, nesses termos:

Contado da data da
Quanto aos débitos 1
publicação do
já vencidos ano
trespasse.

Quanto aos outros


1 Contado da data de
débitos
ano seu vencimento.
(vincendos)

ALIENAÇÃO Usufruto ou arrendamento

•Adquirente precisa autorizar •Proibida enquanto durar o


expressamente; contrato de usufruto ou
•Ou o alienante pode fazer arrendamento, obviamente.
concorrência após 5 anos da
transferência

Obs.: Enunciado nº 490 da Jornada de Direito Civil: “A ampliação do


prazo de 5 (cinco) anos de proibição de concorrência pelo alienante ao
adquirente do estabelecimento, ainda que convencionada no exercício da
autonomia da vontade, pode ser revista judicialmente, se abusiva”.
• CONTRATOS ➔ Alienante e adquirente acertam entre si;
• Contrato de caráter pessoal ➔ adquirente NÃO ASSUME;
• RESCISÃO de contratos ➔ até 90 dias de publicado a transferência
em caso de justa causa.
Obs.: CONTRATO DE LOCAÇÃO do ponto comercial ➔ não se transmite
automaticamente ao adquirente por conta do trespasse do estabelecimento
empresarial.

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7.2- Aviamento

“... sobrevalor, agregado aos bens do estabelecimento empresarial


em razão da sua racional organização pelo empresário” (Ulhoa)
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“... é a aptidão da empresa de produzir lucros, decorrente da


qualidade e da melhor perfeição de sua organização” (Requião)

Obs. (1): Fundo de comércio (ou fundo de empresa): ora é empregado


como sinônimo de estabelecimento empresarial, ora é empregado como
aviamento. Azienda (do italiano) também pode vir empregado como sinônimo
de fundo de comércio e estabelecimento empresarial.
Obs. (2): Goodwill of a trade (ou somente goodwill): expressão econômica
que também podemos encontrar como sinônimo de aviamento. Inclusive, esta
expressão já foi tema da seguinte prova: (CESPE/Juiz-PI/2007) “...mais valia
do conjunto de bens do empresário em relação à soma dos valores individuais,
relacionado à expectativa de lucros futuros”.

7.3- Clientela

....A doutrina majoritária entende que a clientela NÃO pode ser


considerada como ELEMENTO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, já
que não pode ser quantificada ou mensurada. Assim, não pode ser objeto de
alienação isolada, pois só existe enquanto a empresa estiver em
funcionamento. Além disso, o empresário não é proprietário de seus clientes.

7.4- O ponto empresarial (ou comercial)

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Locatário: Empresário ou seu sucessor ou sócio


sobrevivente (no caso de sociedade)
Contrato escrito a renovar c/ prazo mínimo ou
soma dos prazos de 5 anos
Requisitos
para renovação do Mesma atividade exercida no local pelo prazo mín.
contrato de locação e ininterrupto de 3 anos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

O pedido de renovação deve ser promovido no


intervalo entre um ano e seis meses do final
do contrato a ser renovado

..... É o chamado Direito de Retomada. Tais hipóteses são as


seguintes (art. 52 e 72 da LL):
1. Por determinação do Poder Público – proprietário deve realizar
obras no imóvel que resultem em sua radical transformação ou
aumentem o valor do negócio ou da propriedade;
2. Proprietário irá utilizar ele próprio o imóvel;
3. Proprietário irá transferir fundo de comércio já existente há mais
de um ano, quando o detentor da maioria do capital social for o
locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente;
4. A proposta do locatário não atende ao valor locativo real do
imóvel;
5. Existir proposta de terceiro em condições melhores – ao locatário
cabe indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros
cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e
desvalorização do fundo de comércio;
Observações:
• Hipóteses 2 e 3: o locador não poderá usar o imóvel no mesmo ramo
de atividade que o locatário, salvo se a locação também envolvia o
fundo de comércio, com as instalações e pertences;
• Hipóteses 1, 2 e 3: o locador tem o prazo de 3 meses para dar o
destino alegado ao imóvel ou iniciar as obras determinadas pelo Poder
Público ou que declarou pretender realizar, sob pena de indenizar o
locatário por prejuízos e lucros cessantes que tiver que arcar com
mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de comércio.

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8- Prepostos

Responsabilidade do
PREPOSTO
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Perante Perante
Preponente Terceiros

PESSOALMENTE SOLIDARIAMENTE
responsáveis pelos com o preponente
atos culposos pelos atos dolosos

Logo, a responsabilidade do preposto é SUBJETIVA, visto a


necessidade de se demonstrar culpa ou dolo. Beleza? Ainda com relação às
funções do preposto (art. 1.169 e 1.170, CC):

Pode fazer-se substituir


Autorização
escrita Sem autorização -
responsabilidade pessoal
pelos atos praticados

Preposto
Para negociar por conta
própria ou de terceiro e fazer
concorrência (operação do
Autorização mesmo gênero)
expressa
Sem autorização - responde
p/ perdas/danos e os lucros
são retidos

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8.1- O Gerente

preposto mais importante

PODE praticar Para o exercício SE a lei não


todos os ATOS dos poderes exigir poderes
necessários outorgados especiais
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RESPONDE junto pelos ATOS praticados em


GERENTE com o seu nome, mas a conta do
PREPONENTE preponente

PODE estar em pelas Obrigações no


JUÍZO em nome exercício de suas funções
do preponente

*Na falta de disposição diversa: DOIS ou MAIS Gerentes➔ seus PODERES


são SOLIDÁRIOS

8.2- O Contabilista

Bem, o empresário e a sociedade empresária estão obrigados por


lei a manter e a seguir um sistema de contabilidade, ou seja, devem
escriturar em livros suas atividades comerciais.

AULA 01 - Da Sociedade: Disposições Gerais. Da sociedade


não personificada: Da sociedade em Comum. Da Sociedade

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em Conta de Participação. Da Sociedade Personificada: Da
Sociedade Simples. Da Sociedade em Nome Coletivo. Da
Sociedade em Comandita Simples. Da Sociedade pendente
de Autorização.

1- Introdução
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A atividade econômica é considerada típica de empresa quando


exercida profissionalmente, de forma organizada para a produção
ou circulação de bens ou de serviços.

2- Conceito de sociedade

Pessoas Jurídicas de Direito Privado

Associações
Fundações
Organizações Religiosas
Partidos Políticos
SOCIEDADES
EMPRESAS INDIVIDUAIS DE RESPONSABILIDADE
LIMITADA (EIRELI)

... intenção das pessoas de se unirem em sociedade, aceitando os


riscos e os lucros inerentes à atividade econômica. ...é a chamada “Affectio
Societatis” (ou animus contrahendi). Ressalta-se que a finalidade
econômica e a distribuição dos lucros é o que difere a sociedade (e a
EIRELI) das demais pessoas jurídicas de direito privado.

SOCIEDADE

Partilha dos
Fins Pluralidade Affectio
resultados
econômicos de sócios Societatis
(lucros)

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2.1- Sociedade empresária X Sociedade simples

SOCIEDADE
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Sociedade Sociedade
empresária simples

Atividade própria Aquela que não é


de empresário empresária

Independente do objeto social

Sociedade Anônima e Sociedade Cooperativa


Sociedade em
Comandita por ações

SEMPRE Sociedade SEMPRE Sociedade


empresária Simples

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2.2- Empresário Individual x Sociedade empresária

EMPRESÁRIO SOCIEDADE
INDIVIDUAL EMPRESÁRIA
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Não possui personalidade Possui personalidade


jurídica - sem autonomia jurídica - proteção do
patrimonial Princípio da Autonomia
Patrimonial;

Confusão entre os bens


particulares do empresário e Os bens particulares dos
da empresa; sócios não se confundem
com os bens da sociedade;

Pelas obrigações da empresa,


o empresário responde A princípio, a sociedade
com seus próprios bens responde com seus
(exceto os de família). próprios bens por suas
dívidas (art. 1024, CC).

3- Classificação das sociedades

Quanto à personificação/personalização: regularidade de constituição


da sociedade.

Personificadas Não personificadas


-Possui personalidade jurídica -Não possui personalidade jurídica
-Atos constitutivos inscritos no -Atos constitutivos não inscritos
registro próprio. -Sociedade em comum
-Sociedade em conta de
participação.

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Quanto à estrutura econômica ou composição ou natureza: refere-se à


alienação da participação societária e entrada de novos sócios na sociedade.

Sociedades de pessoa Sociedades de capital


-As qualidades do sócio são mais -A participação em capital do sócio
importantes que a sua participação é mais importante que suas
em capital. características.
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-Novos sócios - consentimento dos - Novos sócios - depende só da sua


demais. contribuição em capital.
-Ex: Sociedade simples pura. - Ex: Sociedade Anônima.

Quanto à responsabilidade dos sócios

ILIMITADA MISTA
LIMITADA
-Responde -Combinação de sócios
-Responsabilidade
pessoalmente pelas com responsabilidade
limitada a sua
obrigações sociais limitada e ilimitada
contribuição
-Subsidiária -Ex: Sociedades em
-Ex: sociedade limitada
-Ex: sociedade em comandita simples e em
nome coletivo comandita por ações.

Quanto à forma de constituição

Contratualista Institucionalista
-Constituída por Contrato Social -Constituída por Estatuto Social

4- Tipos societários

SOCIEDADE SOCIEDADE EMPRESÁRIA


SIMPLES

Sociedade Simples Pura Sociedade Anônima (SA)

Sociedade Cooperativa Sociedade em Comandita por Ações

Sociedade em Nome Coletivo

Sociedade em Comandita Simples

Sociedade Limitada

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4.1- Sociedades dependentes de autorização

Constituída conforme leis


brasileiras
Sociedade
NACIONAL
Sede no Brasil
Sociedade
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dependente de
AUTORIZAÇÃO
Pode ser acionista de SA
Sociedade
do Executivo ESTRANGEIRA
Se sujeita às leis
federal
brasileiras

5- Sociedades NÃO personificadas

Sociedades não
personificadas

Sociedade em conta de
Sociedade em comum
participação

Possui instrumento Mero contrato. Caso


constitutivo, porém não registrado, não confere
foi registrado personalidade jurídica

*LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ÀS SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS”

1º - Regras próprias de cada


uma delas

2º - Regras das sociedades


simples (subsidiariamente)

*LIQUIDAÇÃO - sujeita-se a
prestação de contas da lei
processual .

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5.1- Sociedade em comum (art. 986 a 990, CC)

Enquanto NÃO Subsidiariamente,


Regras da
registrar seus regras da
Sociedade em
atos Sociedade
comum
constitutivos Simples
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• Sociedade de fato➔ sem qualquer documento escrito.


• Sociedade irregular➔ tem documento escrito, mas não registrado.

Sociedade em comum

BENS + DÍVIDAS = PATRIMÔNIO ESPECIAL

Os sócios são os titulares

5.1.1- Responsabilidade dos sócios da Sociedade em comum


qual os bens dos sócios são atingidos depois de exauridos os bens da
sociedade – SUBSIDIARIEDADE.
“Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por
qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que
somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.”.

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Pode responder
No caso de atos de gestão qualquer sócio
praticados, esgota-se os bens
da sociedade.
Todos os sócios -
SOLIDÁRIA e
ILIMITADAMENTE
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pelos DÉBITOS Subsidiária - Bens


sociais sóciais respondem

Sócio que contratou


- Excluído do
benefício de ordem

Pode responder
diretamente

5.2- Sociedade em Conta de Participação

SEM personalidade Mesmo levando o


jurídica contrato a registro

SEM: capital, Contribuição dos


Sociedade em conta patrimônio, nome sócios - patrimônio
de participação empresarial e especial
estabelecimento

Não depende de
qualquer formalidade
Trata-se de mero
e produz efeito
contrato
somente entre os
sócios

Com relação aos sócios, temos duas espécies na sociedade em conta de


participação: SÓCIO OSTENSIVO e SÓCIO OCULTO (ou participante).
• Sócio ostensivo: EMPRESÁRIO INDIVIDUAL ou SOCIEDADE
EMPRESÁRIA. Aparece nos negócios com os terceiros. Utiliza os fundos de
todos os sócios como se seus fossem. Respondem de forma ilimitada e
pessoal. NÃO há subsidiariedade ou limitação. Não pode admitir a entrada
de novo sócio sem o consentimento dos demais sócios, exceto se o
contrato disser o contrário.
• Oculto ou participante: NÃO aparece externamente nas relações da
sociedade. Responde somente perante o sócio ostensivo, e de acordo com
o contrato entre eles. Seus fundos são entregues fiduciariamante ao

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sócio ostensivo. O sócio oculto ao aparecer nas relações comerciais com
terceiros, responderá solidariamente com o ostensivo e ilimitadamente
com os seus bens pelas obrigações que assumiu (art. 993, §único).

Dissolução da sociedade
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Sócio
ostensivo
LIquidação de sua conta e o
saldo constitui crédito quirografário
Falência do

A sociedade pode continuar e será


Sócio
regida pelas normas de contrato
oculto bilateral da falencia.

Sociedade em comum Sociedade em conta de


participação

Formas de provar a Entre sócios – só por escrito Por qualquer meio admitido
existência da sociedade em direito.
Terceiros – por qualquer meio
admitido em direito

Regra: bens sociais – patrimônio Somente o sócio ostensivo


especial – atos de gestão. se responsabiliza perante
terceiros (o sócio participante
Sócios: solidária e
Responsabilidade responde ao ostensivo,
ilimitadamente, após esgotados
perante terceiros conforme contrato).
os bens sociais.
SE o participante se
Obs.: sócio que contratou pode
relacionar com terceiros,
responder diretamente, excluído
responderá solidariamente
do benefício de ordem.
com o ostensivo.

Inscrição dos atos Tem um contrato social que ainda É um mero contrato que se
constitutivos não foi levado ao registro levado ao registro, não
competente. confere personalidade
jurídica à sociedade.

6- Sociedades personificadas

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Sociedade simples pura Art. 997 a 1.038

Sociedade em nome coletivo (SNC) Art. 1.039 a 1.044

Sociedade em comandita simples Art. 1.045 a 1.051


(SCS)

Sociedade cooperativa Art. 1.093 a 1.096


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EIRELI Art. 980-A

ME e EPP LC 123/2006

Sociedade limitada (Ltda) Art. 1.052 a 1.087

Sociedade anônima (SA) Art. 1.088 e 1.089, Lei nº 6.404/76

Sociedade em comandita por ações Art. 1.090 a 1.092 e Lei nº 6.404/76


(SCA)

6.1- Sociedade simples pura (Art. 997 a 1.038, CC)

O tipo sociedade simples pura ou sociedade simples refere-se ao


modelo básico de organização social, que serve de regra subsidiária
para os demais tipos societários.
6.1.1- O contrato social e sua natureza
A sociedade simples possui natureza contratual, ou seja, o seu ato
constitutivo é o CONTRATO SOCIAL.
... princípio da preservação da empresa.
...pluralidade de partes

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6.1.2- Requisitos de validade do contrato social

Requisitos
do
Contrato Social
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Comuns ou
Específricos
Genéricos

- Agente capaz; - Affectio Societatis;


- Objeto lícito e possível; - Pluralidade dos sócios;
- Forma prescrita ou não defesa - Capital Social;
em lei (art. 104, CC) - Participação lucros e perdas

6.1.3- Cláusulas do contrato social

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Dados dos sócios (PF ou PJ): nome, nacionalidade,


estado civil, profissão, residência ou sede.

Nome empresarial, sede, objeto social e prazo da


sociedade

Capital social: moeda corrente, qualquer espécie de


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bens suscetíveis de avaliação pecuniária

Participação dos sócios (quotas) e a forma de


integralização
Cláusulas
OBRIGATÓRIAS As prestações do sócio que contribua com serviços (na
LTDA é vedado sócio de serviços)

Participação nos lucros e perdas (na LTDA quando o


capital está todo integralizado é ela própria que suporta
as perdas)
Responsabilidade subsidiária, ou não, dos sócios
pelas obrigações sociais (Não se aplica às LTDA -ver tóp.
6.1.11 desta aula)

Administradores -poderes e atribuições (na LTDA


não há vedação para administrador pessoa jurídica)

6.1.4- Forma do contrato social

30 dias Regularidade

Lavratura (assinatura) Averbação pelo


dos atos constitutivos
registro
Registro dos atos
Prazo final para levar constitutivos
os atos ao registro

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6.1.5- Alteração do contrato social

Contrato Social
ALTERAÇÃO

Cláusulas
Obrigatórias Demais
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(art.997) cláusulas

UNANIMIDADE dos Maioria Absoluta


sócios (SE o contrato se omitir)

Obs.: No caso das sociedades limitadas, para modificar o contrato social é


exigida a aprovação de três quartos do capital social (art. 1.071, V c/c art.
1.076, I, CC).

6.1.6- Direitos e obrigações dos sócios

SÓCIO REMISSO

Notificação da sociedade: 30 dias para cumprir a


obrigação de integralizar o capital

Não cumpriu => MORA

MAIORIA DOS DEMAIS


SÓCIOS decidem pela
Ou Indenização:
Ou Redução da
quota + danos
quota dele ao
emergentes da Ou Exclusão do montante
mora sócio remisso realizado

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• Cessão total ou parcial de quota


Consentimento dos
demais sócios
DEPENDE +
Modificação do
contrato social
• A substituição do sócio
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• Participação nos lucros:


o Na proporção das quotas;
o Aquele que contribui com serviços – na proporção da média do
valor das quotas.
o Lucros ilícito/fictício – responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores que distribuírem os lucros e dos sócios que
receberem.
• Exame de livros e documentos a qualquer tempo, salvo se
determinação de época própria para o exame.

• Cessão de quotas ➔ O sócio que ceder sua quota responde


solidariamente com o cessionário por até 2 (dois) anos
contados da averbação da modificação do contrato pelas
obrigações que tinha como sócio. Logo, o sócio admitido obriga-se
por dívidas anteriores – não pode eximir-se (art. 1.025).
• Transferência a título de quota social:
o De domínio, posse ou uso ➔ o sócio responde pela evicção;
o De crédito ➔ o sócio responde pela solvência do devedor;
• Contribuição em serviços ➔ salvo convenção em contrário, o
sócio não pode empregar-se em atividade estranha à sociedade,
sob pena de ser privado dos lucros e dela excluído.
• Participação nas perdas ➔ na proporção das quotas.

Excluir qualquer
Disposição é NULA
sócio de participar
Lucros e
perdas Distrubição não
igualitária, desde
é PERMITIDO!
que razoável e
justificável

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6.1.7- Deliberações dos sócios

A decisão do
Se persistir,
EMPATE maior nº de
decisão do juiz
sócios
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6.1.8- Administração

Pessoa Jurídica
Pessoas naturais NÃO pode ser
ADMINISTRADORES -
expresso no contrato social
Poderes e atribuições

Impedidos por lei especial


(serv. público, militar,..)
Não pode ser
administrador Condenados (vedação a cargo
público, crime falimentar, ...)

• SILÊNCIO DO CONTRATO➔ a administração da sociedade é de


responsabilidade de cada sócio separadamente.
6.1.9- Nomeação dos administradores

ADMINISTRADOR
Nomeado no PODERES
DA SOCIEDADE Sócio contrato social IRREVOGÁVEIS
SIMPLES

Salvo, JUSTA CAUSA

ADMINISTRADOR Sócio
Ato PODERES
DA SOCIEDADE ou separado REVOGÁVEIS
SIMPLES Não

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6.1.10- Responsabilidade dos administradores
“...deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência
que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de
seus próprios negócios” (art. 1.011).

NÃO PODE fazer-se substituir no exercício das suas


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funções

PRESTAR contas aos sócios de sua administração


Administrador
PODE constituir mandatários nos limites de seus
poderes – atos específicos

APRESENTAR aos sócios, anualmente: o inventário, o


balanço patrimonial e de resultado econômico.

Administração -Necessário o concurso de todos, exceto em casos


compete a diversos urgentes que possam ocasionar dano irreparável.
administradores
-Cada administrador pode impugnar o ato do outro,
cabendo a decisão final aos sócios por maioria de votos.

-Responde por perdas e danos o administrador que


agir contrário a maioria.

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RESUMO e Questões comentadas FCC
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Limitação de poder averbada


Ilimitada e
pessoal Prova de que o terceiro
(excesso de conhecia os poderes
poder)
Ato ultra vires -
evidentemente estranho

Responsabilidade Culpa no desempenho de


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Solidária e
dos ilimitada suas funções
administradores
Distribuição de lucros
ilícitos/fictícios

Operações em desacordo
com a maioria
Por perdas e
danos
Utiliza bens da sociedade
sem consentimento

6.1.11- Responsabilidade dos sócios

Os sócios serão chamados a responder pelas dívidas


Sempre
sociais somente após atingidos os bens da sociedade -
Subsidiária
benefício de ordem (art. 1.023 e 1.024).

Art. 997, VII - Deve prever o limite de


responsabilidade dos sócios pelas dívidas da
sociedade simples - participação nas perdas (Resp.
Previsão LIMITADA a participação no capital).
Contratual
Art. 1.023, parte final - Deve prever expressamente
se os sócios são solidários entre si pelo saldo da dívida
social.

Omissão A responsabilidade será ILIMITADA e


contratual SUBSIDIÁRIA (art. 1.023 e 1.024).

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6.1.12- Resolução da sociedade em relação a um sócio

Regra Geral - Liquidação da Apuração dos


quota social haveres

Morte de OU Proceder conforme estipulado no contrato social


sócio
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OU Sócios decidem pela dissolução da sociedade

OU Substituição do falecido - acordo com herdeiros

Notificação aos
demais sócios
Sociedade de prazo
indeterminado
Retirada do sócio 60 dias de
da sociedade antecedência
(vontade própria)
Justa causa
Sociedade de prazo
provada
determinado
judicialmente

Sócio Remisso Faculdade maioria


(art. 1.004) dos demais sócios

No cumprimento
Exclusão do de suas
sócio obrigações por
falta grave Iniciativa da maioria
dos sócios -
JUDICIALMENTE
Incapacidade
superveniente

Sócio declarado
Exclusão de falido
pleno direito -
imediata A requerimento
Sócio cuja quota
do credor do
foi liquidada
sócio-devedor

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Quota = Montante C/ Base na situação


efetivamente realizado. patrimonial na data
Regra geral: Quota da resolução
será liquidada
Em balanço
Apuração dos patrimonial especial
haveres
Paga em dinheiro em
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90 dias da liquidação
SALVO estipulação
contratual em
contrário

6.2- Sociedade em nome coletivo

Pode ser Simples ou Empresária

Duas ou mais PESSOAS FÍSICAS

FIRMA ou RAZÃO SOCIAL

Todos sócios - solidária e ilimitadamente responsáveis


SOCIEDADE
EM NOME
COLETIVO No ato constitutivo ou por unanimidade posterior - limitar
responsabilidade entre sócios

Normas da sociedade simples - supletiva

Administrador - somente SÓCIO

A firma é privativa de quem tem os poderes

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6.3- Sociedade em comandita simples

administração Sociedade em
comandita simples
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Sócio Sócio
Comanditado Comanditário

Resp. Investidor,
Empreendedor, Pessoa física
Ilimitada, Resp. Limitada
pessoa física ou jurídica
gerente (regra) ao valor da quota

Obs.: uma dica para não confundir os sócios: “O comanditário não é otário”.
Lembrando que o comanditário tem responsabilidade apenas limitada.

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Aula 02 – Sociedade limitada. Sociedade cooperativa.

1- Sociedade Cooperativa

...as cooperativas são SEMPRE SIMPLES, independentemente de


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seu objeto social.


• Sociedade cooperativa ➔ sempre simples;
• Sociedade por ações ➔ sempre empresária.

1.1- Legislação aplicável às cooperativas

Lei nº 5.764/71 - Lei das Cooperativas (LCoop)

Arts. 1.093 - 1.096 do Código Civil

Regras das sociedades simples

1.2- Definição de sociedade cooperativa

Contribuição => bens ou serviços

Atividade econômica - para proveito comum

Prestação de serviços aos associados

Sociedade
cooperativa Não se sujeita à falência

Sociedade de pessoas

Natureza jurídica própria - civil

SEM objetivo de lucros

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1.3- Constituição e Características das cooperativas

CONSTITUIÇÃO DA COOPERATATIVA: por deliberação da Assembleia Geral


dos fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento público. O
ato constitutivo deve declarar, sob pena de nulidade:
• Denominação, sede e objeto;
• Dados (nome, nacionalidade, idade, profissão, etc.) associados,
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fundadores e administradores/fiscais;
• Valor e número de quotas de cada um;
• Aprovação do estatuto.

Sede, prazo de duração, direitos e


deveres, número mínimo de
Estatuto Social associados
(art. 21, LCoop)
Modo de administração e fiscalização

Denominação - expressão "cooperativa"


Cooperativa Nome
empresarial
Não pode usar a expressão "Banco"

RCPJ - (art. 998 e 1.150, CC)


Registro
Junta Comercial (art. 18, §6º, LCoop)

Outras características das sociedades cooperativas

Número ilimitado de associados, Deve ter o mínimo necessário de


SALVO impossibilidade técnica de associados à administração. Adesão
prestar serviços voluntária.

Variabilidade ou dispensa do Intransferibilidade das quotas a


capital social – quotas-partes terceiros, mesmo que por herança
(pois é sociedade de pessoas).

Singularidade de votos– cada sócio Indivisibilidade do fundo de reserva


tem direito a um só voto

Quórum para a assembleia funcionar é fundado no nº de sócios presentes


à reunião e não no capital social.

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1.4- Responsabilidade dos sócios da cooperativa

Responsabilidade dos
sócios - Cooperativas
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LIMITADA ILIMITADA

Pelo valor do prejuízo Pessoal, solidária e


ao Valor das
social e sua ilimitadamente pelas
suas quotas
participação nele obrigações sociais

1.5- Órgãos e administração das sociedades cooperativas

....órgãos nas cooperativas:


➔Assembleia Geral (art. 38) – é órgão supremo da cooperativa com poderes
para decidir os negócios e vinculam a todos os associados.
➔Diretoria e Conselho de Administração – responsável pela administração
das sociedades cooperativas (art. 47). Porém o estatuto poderá criar outros
órgãos de administração. Os membros do Conselho de Administração são
eleitos pela AG e possuem mandato não superior a 4 anos.
➔Conselho Fiscal – fiscaliza a administração da cooperativa.

2- Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)

...regime diferenciado, simplificado e favorecido previstos na


Constituição Federal e na Lei Complementar 123/2006, que engloba também
questões trabalhistas, previdenciárias, administrativas e creditícias.

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2.1- Legislação aplicável às ME e EPP

Tratamento diferenciado e
Constituição favorecido
Federal
Simplifica obrigações
(arts. 146, 170 e 179)
administrativas, tributárias,
Legislação previdênciárias e creditícias
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ME e EPP
Também chamado de Estatuto da
ME e EPP
LC nº 123/2006
Estabelece Normas Gerais no
âmbito da União, Estados e
Municípios

Tratamento diferenciado e
favorecido

Regime único de Obrigações Acesso ao Preferência


arrecadação - aquisição
impostos e
trabalhistas e crédito e ao bens/serviços pelos
contribuições previdenciárias mercado poderes públicos

SIMPLES
NACIONAL

2.2- Quem pode ser considerado ME e EPP?

Microempresa e Empresa de
Pequeno Porte

Sociedade Sociedade Empresário


EIRELI
Empresária Simples Individual

RECEITA BRUTA ANUAL


MICROEMPRESA
até R$ 360 mil

EMPRESA DE RECEITA BRUTA ANUAL entre


PEQUENO PORTE R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões

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ME EPP

R$ 360mil R$ 4,8 milhões


Receita Bruta Anual
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Obs.: LC 155 de 27/10/2016 – trouxe diversas mudanças em relação às ME e


EPP e seu enquadramento no regime do simples nacional. Dentre elas, a mais
relevante para a nossa prova é a seguinte:
• LIMITE para a EPP: de 360 mil a 4,8 milhões de reais – vigência a
partir de 01/01/2018 – nota-se que a EPP optante pelo simples
nacional com receita bruta anual no ano-base 2017 está
automaticamente enquadrada no novo limite. Agora, se a receita bruta
do ano-base 2016 for superior a 3,6 milhões de reais, em 2017 a EPP
deverá ser excluída do regime;

2.3- ME e EPP: Inscrição e Baixa

....simplicidade no processo de registro e inscrição nos 3 âmbitos


de governo (União, Estados e Municípios). ... poderão iniciar
imediatamente, após o ato de registro, suas atividades a partir de um
Alvará de Funcionamento Provisório concedido pelo Município, EXCETO no
caso em que o grau de risco da atividade seja considerado alto.
Com relação à baixa nos registros dos órgãos públicos, a LC 147/14
trouxe maior simplificação e celeridade ao procedimento. Não há mais a
exigência de 12 meses de inatividade da empresa para solicitar a baixa.
Não há necessidade de apresentar as certidões negativas de débitos para
solicitar a baixa do CNPJ, ou seja, permite-se o encerramento das atividades
da empresa mesmo possuindo tributos e taxas pendentes de pagamento.
Neste caso, os débitos passarão para o CPF dos empresários. Todo esse
procedimento poderá ser feito imediatamente via internet pela Junta
Comercial ou site Empresa Simples.

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2.4- Microempreendedor Individual – MEI

Receita Bruta até R$ 60 mil

Empresário
Optante pelo Simples Nacional
individual
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MEI - Não esteja impedido de ser MEI


microempreendedor
individual
de impostos e contribuições do
Benefício - Simples Nacional
opção de
recolhimento em valores fixos mensais,
independente da receita bruta

Estão impedidos de ser MEI:


• Quem possui mais de um estabelecimento;
• Quem participa de outra empresa, como titular, sócio ou administrador;
• Quem contrata empregado.

3- Sociedade Limitada

Restrita (limitada) ao valor


das quotas
Responsabilidade
dos sócios
Todos são solidários pela
integralização do capital social
Sociedade
Limitada
Sociedades simples -
subsidiariamente
Regras próprias
Art. 1.052 a 1.087
Sociedade anônima - SE o
contrato social prever

 RESPONSABILIDADE LIMITADA➔ perante terceiros até o valor da quota;


 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA➔ pela integralização do capital social.

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3.1- Constituição e contrato social

... se tratar-se de empresária o registro será na Junta Comercial; se


simples, será no Registro Civil das Pessoas Jurídicas (RCPJ).

3.2- Nome empresarial


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Omissão da expressão
responsabilidade Nome empresarial sociedade
SOLIDÁRIA e limitada
ILIMITADA dos
administradores que
assim omitirem
Sempre com expressão
"limitada" ou "Ltda"

Firma Denominação

Nome de um ou Pode conter


mais sócios - Deve designar o
pessoas físicas objeto da sociedade

3.3- Capital Social da sociedade limitada

Sócios são solidários pelo


valor exato dos bens, até 05
Contribuição em anos do registro da sociedade
qualquer especie de bens
Proibida a contribuição em
serviços

Dividido em quotas, Cada sócio pode possuir uma


Capital social
iguais ou desiguais ou mais quotas

A quota não pode ser


fracionada
A quota é indivisível em
relação à sociedade Mas pode ser partilhada
quando transferida a terceiro
ou sócio

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Quota social
NATUREZA

Direito Patrimonial Direito Pessoal


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Participação nos Partilha do ativo - Status de sócio - exame de


lucros dissolução da sociedade livros, fiscalização, etc.

3.4- Princípios do Capital Social

Princípios do capital social

Intangibilidade Realidade Unidade

Não pode distribuir O capital deve refletir Não comporta divisões


lucros com prejuízo do o valor exato das entre filiais, por
capital participações exemplo

3.5- Cessão de quotas na sociedade limitada

Não depende de audiência


Para sócio
dos demais sócios

Cessão de quotas Se não houver oposição de


Para terceiros
total ou parcial 1/4 do capital social

Deve ser Até 2 anos - cedente e


averbada para cessionário são solidários
ter eficácia pelas obrigações anteriores

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3.6- Penhora de quotas

.... a penhora é ato judicial coercitivo em processo de execução que


garante bens do devedor para o pagamento de terceiros e que é vista
como um princípio de alienação. ....Todavia, a penhora da quota não
significa a entrada imediata de terceiro na sociedade.
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Busca de outros bens em nome do sócio devedor

Então, o credor PODERÁ requerer a PENHORA DAS


QUOTAS DO SÓCIO DEVEDOR - execução

Bens insuficientes - executa-se os lucros que


couber ao sócio. Se dissolvida a sociedade -
executa-se a parte que couber ao sócio na liquidação

.... liquidação da quota como medida adicional, ensejando a


possibilidade de EXCLUSÃO DO SÓCIO DE PLENO DIREITO ...

Quota = Montante C/ Base na situação


efetivamente realizado. patrimonial na data da
Regra geral: Quota resolução
será liquidada
Em balanço patrimonial
Apuração dos especial
haveres
Paga em dinheiro em
90 dias da liquidação
SALVO estipulação
contratual em contrário

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3.7- Sócio remisso na sociedade limitada

SÓCIO REMISSO

Notificação da sociedade: 30 dias para cumprir a


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obrigação de integralizar o capital

Não cumpriu => MORA

MAIORIA DOS DEMAIS


Ou Indenização: SÓCIOS decidem pela Ou Redução da
quota + danos
quota dele ao
emergentes da
montante
mora Ou Exclusão do realizado
sócio remisso

Quotas do sócio
remisso

Redução do capital e
exclusão do remisso

Transferir para
Tomar para si
terceiros

3.8- Direito de retirada do sócio

Notificação aos
demais sócios
Sociedade de prazo
indeterminado
Retirada do sócio 60 dias de
da sociedade antecedência
(vontade própria)
Justa causa
Sociedade de prazo
provada
determinado
judicialmente

.... direito de retirada para o sócio dissidente, por não concordar


com a deliberação social na sociedade limitada. Portanto, o sócio dissidente da

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sociedade limitada poderá retirar-se dela nos 30 dias subsequentes à reunião
que deu causa à sua decisão, conforme os casos abaixo (art. 1.077 e art.
1.114):

Retirada do sócio dissidente


(vontade própria)
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Operação de
Operação de
Modificação do Transformação - o
Fusão ou
contrato contrato dispõe sobre um
Incorporação
quórum de aprovação

3.9- Exclusão do sócio da sociedade limitada

Sócio Remisso Faculdade maioria


(art. 1.004) dos demais sócios

No cumprimento
Exclusão do de suas
sócio obrigações por
falta grave Iniciativa da maioria
dos sócios -
JUDICIALMENTE
Incapacidade
superveniente

Sócio declarado
Exclusão de falido
pleno direito -
imediata A requerimento
Sócio cuja quota
do credor do
foi liquidada
sócio-devedor

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Desde que prevista no contrato social

Pela maioria dos sócios = mais da metade do capital


Exclusão por
Justa Causa
Sócio - pondo em risco a continuidade da empresa

Em reunião ou assembleia específica -


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observância do direito de defesa

3.10- Responsabilidade dos sócios da sociedade limitada

Sociedade Responsabilidade Restrita (limitada) ao valor


Limitada dos sócios das suas quotas

Pela integralização do capital social-Todos são


solidários, mesmo aquele que já integralizou a sua
quota.

Pela exata estimação dos bens (capital social) -


Todos são solidários até 5 anos da constituição da
Responsabilidade sociedade (art. 1.055, §1º).
dos sócios
Pela deliberação contrária (infringente) à lei ou ao
contrato social (art. 1.080) - responsabilidade
ilimitada.

Pelo dano emergente da mora - responde o sócio


remisso (art. 1.004)

3.11-Administração da sociedade limitada

Nomeado em Ato
Mais da metade do Capital
separado
Administrador
SÓCIO
Nomeado em
Contrato Social Três quartos do Capital

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Unanimidade
Quando Capital não integralizado
dos sócios
Administrador
não-sócio
2/3 do capital
Quando Capital integralizado
social

Investidura: até 30 Dez dias seguintes:


Administrador
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dias para assinar averbar nomeação


nomeado ato
termo de posse - no registro
separado livro de atas competente

Sócio: 2/3 do Capital


Nomeado pelo Social
Contrato Social
Não-sócio: 3/4 do Capital
Administrador Social
DESTITUIÇÃO

Nomeado em Ato Sócio ou não: Mais da


separado metade do Capital Social

3.12- Administração - Impedidos

Impedidos por lei especial


(serv. público, militar,..)
Não podem
administrar
Condenados
(vedação a cargo público, crime falimentar, ...)

3.13- Responsabilidade dos administradores da sociedade


limitada

Pessoal, as regras que vimos acerca da responsabilidade dos


administradores da sociedade simples no tópico 6.1.6 também se aplicam à
sociedade limitada por força do art. 1.053 que estabelece a subsidiariedade
das normas da sociedade simples. .....ressalta-se que o contrato social poderá

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tratar dos poderes e atribuições dos administradores. Além disso, poderá
prever a regência supletiva das regras das sociedades anônimas.
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3.14- Conselho Fiscal

Resp. solidária perante a


Conselho Fiscal sociedade/terceiros por
culpa no desempenho de
suas funções.

3 ou mais membros e
Órgão Facultativo
suplentes

Depende de previsão Sócios ou não Eleitos em assembleia


contratual residentes no país anual de sócios

Os proibidos de administrar

Membros dos demais órgãos da sociedade ou da


controlada
Conselho Fiscal -
Proibidos Empregados da sociedade ou da controlada ou dos
administradores

Cônjuge ou parente de administrador até 3º grau

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3.15- Deliberações dos sócios

Dependem da deliberação dos Sócios em assembleia ou reunião:

•Aprovação das contas dos administradores;


•Designação e destituição dos administradores;
•Modo de sua remuneração, quando o contrato não estabelecer;
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•Modificação do contrato;
•Incorporação, fusão e dissolução;
•Cessação da liquidação, nomeação e destituição dos liquidantes;
•Pedido de concordata.

• ASSEMBLEIA ➔ NÚMERO DE SÓCIOS MAIOR QUE 10;


• REUNIÃO ➔ ATÉ10 SÓCIOS.

Mínimo de 3 convocações

Convocação 1ª conv.: prazo de 8 dias para realizar a


da assemb. assembleia

Demais convocações: prazo de 5 dias

Dispensa de TODOS os sócios declaram por escrito


convocação cientes da realização da assembleia
Assembleia
de sócios SE os sócios decidirem por escrito sobre
DISPENSADA
o objeto da assembleia

Realizada nos 4 primeiros meses após o


término do exercício social
Periodicidade
mínimo Para Tomar as contas dos administradores
uma vez ao e designá-los quando for o caso
ano Deliberar sobre o balanço patrimonial e de
resultado econômico e qualquer outro
assunto que conste da ordem do dia.

Convocação
Assembleia

Por sócios = Mais de Pelo Conselho


Por sócio
1/5 do Capital Social Fiscal

Adm. retardam por mais


Administradores retardam Não atendimento em 8 dias de 30 dias OU por
por mais de 60 dias do pedido de convocação motivos graves e
fundamentado urgentes

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Titulares de no mín. 3/4 do


1ª convocação
capital social
QUORUM de
instalação
Qualquer número de
2ª convocação
sócios presentes
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3.16- Quorum de deliberação

Quorum Assunto Código Civil

Nomeação de administrador não-sócio: Art. 1.061


Capital Social parcialmente integralizado

Dissolução da sociedade de prazo Art. 1.033,II


UNANIMIDADE
determinado
do Capital Social
Transformação da sociedade Art. 1.114

Modificação do contrato Art.1.071,V c/c


1.076, I
Mínimo de 3/4

do Capital Social Nomeação administrador sócio Art.1.071, V c/c


1.076, I

Fusão, incorporação, dissolução, ou Art.1.071,VI c/c


cessação do estado de liquidação. 1.076, I

Destituição de administrador sócio Art.1.063,§1º


nomeado por contrato
Mínimo de 2/3
do Cap. Social Nomeação de administrador não-sócio: Art.1061
C.Social totalmente integralizado

Nomeação de administrador sócio Art.1.071,II c/c


quando feita em ato separado 1.076, II

Destituição de administrador sócio ou não Art.1.071,IIIc/c


Maioria Absoluta
quando em ato separado 1.076, II
do Capital Social –
mais da metade Remuneração dos administradores, Art. 1.071,IVc/c
do capital social quando não estabelecido no contrato 1.076, II

Pedido de concordata (Recup. Judicial) Art. 1071,VIII


c/c 1076, II

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Dissolução da sociedade, quando de prazo Art.1.033, III
indeterminado

Exclusão por justa causa de sócio Art. 1.085

Exclusão do sócio remisso Art. 1.004,


§único

Aprovação das contas dos administradores Art. 1.071,I


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Maioria simples
Nomeação e destituição dos liquidantes e Art. 1071,VII
do Capital Social
julgamento de suas contas c/c 1.076,III

Demais assuntos Art. 1.076,III

3.17- Direito de preferência

Para participar do
aumento do capital social

Direito de Deve ser exercido até 30


preferência dias após a deliberação P/ sócio: NÃO
depende de audiência
dos demais sócios
Poderá ser cedido para
sócio ou terceiro P/ terceiro: SE não
houver oposição de
mais de 1/4 do capital

Após o prazo para o exercício do direito de preferência, os sócios


devem deliberar em reunião ou assembleia a aprovação da modificação do
contrato com a aquisição das quotas (por sócios ou terceiros).

3.18- Redução do capital social

... o capital social poderá ser reduzido nas situações abaixo com
as correspondentes consequências:

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REDUÇÃO
do capital social

Perdas Irreparáveis Quando excessivo em


quando integralizado relação ao objeto social
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Redução do valor nominal Restituição aos sócios de


das quotas parte das quotas

Efeitos a partir da averbação OU dispensa das prestação


no RPEM da ata da assembleia ainda devidas

4- Desconsideração da personalidade jurídica

Desvio de Finalidade
Abuso da
personalidade
Desconsideração Confusão Patrimonial
da personalidade
jurídica - CÓDIGO
CIVIL Requerimento de parte ou do MP
Decisão
Judicial Obrigações estendidas aos
sócios ou administradores

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Abuso de Direito
A decisão judicial
pode ser de ofício Excesso de poder

Infração da lei
Desconsideração da
Fato ou ato ilícito
personalidade jurídica - CDC
Violação do estatuto ou contrato
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Falência ou estado de insolvência


Má administração
Encerramento ou inatividade

......responsabilidade quando ocorrer os casos acima vistos em


detrimento do consumidor:
• Subsidiária: sociedades controladas e grupos societários;
• Solidária: entre as sociedades consorciadas;
• Por culpa: da sociedade coligada.

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Aula 03 – Sociedade por ações. Dissolução e liquidação de


sociedades.

1- Sociedades anônimas
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1.1- Introdução

Sociedade anônima

Objeto:
Nome:
Capital social típico de
sempre Responsabilidade:
dividido em empresa,
denominação limitada ao
ações - a Sempre não contrário
. A expressão preço de
ação é sociedade à lei, à
"companhia" emissão das
indivisível empresária ações subscritas ordem
ou"Cia" não
em relação ou adquiridas pública e aos
pode vir no
à Cia. bons
final
costumes.

1.2- Constituição da sociedade anônima

A constituição da sociedade anônima compreende três fases:

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Requisitos Modalidades de Providências


preliminares constituição complementares
(art. 80,LSA) (art.82 a 93, LSA) (art.94 a 99,LSA)

•Subscrição •Subscrição pública:


(promessa) do capital prévio registro dos •Não pode funcionar
social por pelo menos títulos de emissão na sem arquivar e
2 pessoas CVM. Intermediação de publicar os atos
•Entrada mín. 10% instituição financeira. constitutivos no
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em dinheiro do preço Somente Companhia Diário Oficial.


de emissão das ações. aberta. •Prazo de 30 dias
•Depósito no Banco do •Subscrição particular: após o arquivamento
Brasil do capital em não necessita de para a publicação
dinheiro. inscrição na CVM. Por dos atos e da
Assembleia ou escritura certidão de
pública. Companhia aquivamento - A SA
fechada ou aberta. estará
regularmente
constituída .

Obs.: Destacando-se que o ato constitutivo da sociedade anônima é o


estatuto social. CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

Subscrição Pública do capital Subscrição Particular do capital


social de uma SA social de uma SA
•Registro prévio na CVM •Procedimentos mais simples.
•Intermediação de instituição •Deliberação dos subscritores em
financeira. Assembleia geral ou por escritura
•Estudo de viabilidade econômica e pública em cartório, considerando-se
financeira. fundadores todos os subscritores.
•Projeto do estatuto social •Não ocorre a publicidade na emissão
•Prospecto, organizado e assinado das ações a serem subscritas.
pelos fundadores e pela instituição •Companhias fechadas e abertas.
financeira intermediária
•Assembleia geral de fundação, após
a subscrição de todo o capital social,
declara a constituição da SA.
•Somente companhia ABERTA.

1.3- Capital social

O capital social é fixado pelo estatuto em moeda nacional e corrigido


anualmente, somente podendo ser modificado nos termos da LSA e estatuto
da sociedade. Sua constituição pode se dar em dinheiro ou quaisquer bens (ou
créditos) avaliados em dinheiro. Esta avaliação será realizada por 3 peritos ou
empresa especializada. Obviamente que é vedada a contribuição do acionista
em serviços.

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...acionista remisso na SA (art. 107). Então, a companhia terá duas
opções a seguir em relação ao sócio remisso:

Companhia escolhe

Execução contra o remisso e os


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OU Mandar vender as ações em


responsáveis solidários bolsa de valores

P/ cobrar importâncias devidas:


juros, correção monetária e Por conta e risco do remisso
multa (até 10%)

Deliberação da AG - por perdas até o limite


do prejuízo acumulado ou capital excessivo

Redução
(art.173)
Credores quirografários podem se opor no
prazo de 60 dias da publicação da ata
(art.174)
Capital
social Correção monetária: deliberação da AGO

Coversão de debêntures ou partes


Aumento beneficiárias em ações
(art.166)
Reforma do estatuto: deliberação da AGE

Emissão de ações no limite do Capital


autorizado: deliberação AG ou CA

1.4- A ação

.....valores das ações:

Valor nominal: capital social dividido pelo nº de


ações. Mesmo valor para todas as ações

Preço de emissão: desembolso realizado pelo


Ações- subscritor como participação
sociedade
anônima Valor patrimonial: patrimônio líquido dividido pelo
número de ações.

Vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu


valor nominal

Agora, vamos ver quais são as ESPÉCIES DE AÇÕES:

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Espécies de
ações

Ações
Ações ordinárias Ações de fruição
preferenciais
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Direito voto e outros Possui vantagens e Substitui ações


comuns. Sem vantagens preferências: amortizadas (antecipadas
ou preferências dividendos, reembolso. aos acionistas sem
redução do capital)

1.5- Classificação: Cia Aberta e Cia Fechada

Bolsa de Valores-mercado secundário-


negócios contínuos de valores mobiliários.
Cia. Aberta
Mercado de Balcão: Mercado primário
- mercado de
(valores novos) e secundário.
capitais-CVM
Sociedade Ações só podem ser negociadas após
Anônima realizado 30% do preço de emissão (art.29)

Os recursos são obtidos somente entre os


Cia. Fechada
acionistas. SEM ações ao público.

⚫ Resgate: operação destinada a retirar as ações definitivamente


do mercado;
⚫ Reembolso (recesso): operação destinada em favor do
acionista dissidente para desligá-lo da companhia;
⚫ Amortização: antecipação da estimativa de quinhão
correspondente à partilha.
.... as ações podem ser divididas em classes no intuito de atrair
investimentos para a companhia.

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Ações Ordinárias Companhia


(divididas em classes) FECHADA
X
Ações Preferenciais Companhia
(divididas em classes) ABERTA
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Obs.: Ressalta-se que NÃO é possível dividir em classes as ações


ordinárias da companhia ABERTA.

1.6- Os direitos essenciais dos acionistas

Participar dos lucros

Participar do acervo da Cia em caso de liquidação


Direitos
essenciais dos Fiscalizar a gestão dos negócios
acionistas
Direito de preferência para subscrever valores
mobiliários (ações, debêntures...)

Direito de retirada

1.6.1- O direito de voto


.... NÃO está previsto como um direito essencial do acionista.

O estatuto poderá prever limite de


1 ação ordinária=1 votos para cada acionista
voto nas
deliberações da AG Vedado voto plural: mais de um voto
para cada ação.
Direito de
voto Para acionistas que representem mín.
Voto múltiplo -
10% do capital
permitido para
eleição dos
Deve ser Cada ação possui tantos votos quantos
conselheiros (CA)
requerido até sejam os conselheiros
48h antes da AG

Poder de controle

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Acionista
controlador

Pessoa física ou jurídica ou


grupo sob acordo de votos
ou controle comum
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Tem poder efetivo para dirigir as


E é titular de direitos de sócio de
atividades e orientar o
forma permanente
funcionamento dos órgãos da Cia.

Assegura maioria dos votos


nas deliberações e elege a
maioria dos administradores

”TAG ALONG” – é uma expressão que significa que o adquirente do


controle da companhia aberta se obrigará a fazer oferta pública de
aquisição das ações com direito a voto de propriedade dos demais
acionistas, assegurando o preço no mínimo igual a 80% do valor pago por
ação com direito a voto, integrante do bloco de controle. Desta forma, aquele
acionista minoritário que estiver descontente com a mudança de controle da
companhia poderá alienar as suas ações, estando assegurado um valor
mínimo definido pela LSA, conforme o Art. 254-A. Este é um instrumento de
proteção aos acionistas minoritários.
Acordo de acionistas

Compra e venda de ações

Preferência para adquirir ações


Acordo de
acionistas sobre
O exercício do direito de voto

O poder de controle

Vale notar que as ações averbadas nos termos desses acordos não
poderão ser negociadas em bolsa ou no mercado de balcão.

1.6.2- Direito de preferência

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Direito de
preferência

Também na emissão
Também no caso de debêntures
Estatuto ou AG
de conversíveis em O acionista
fixa prazo para
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capitalização ações, bônus de poderá ceder o


exercer a
de créditos ou subscrição e parte seu direito de
preferência, no
subscrição em beneficiárias preferência
mín. 30 dias.
bens conversíveis em
ações

1.7- Outros valores mobiliários

Parte beneficiárias Debêntures Bônus de subscrição


•Títulos negociáveis •Título negociável que dá •Títulos negociáveis
•Sem valor nominal direito a crédito conforme •Confere o direito de
•Estranhos ao Capital escritura ou certificado subscrever as ações do
•Confere crédito eventual •Com valor nominal Capital Social
mas condicionado a lucros expresso em moeda •Emissão depende de
nacional deliberação da AG, ou
•Não confere direitos
privativos de acionistas, •A Cia pode adquirir sua do CA se o estatuto assim
exceto o de fiscalização própria debênture - SE dispuser.
valor superior ao nominal, •Emitidas dentro do limite
•Somente Cia. fechada
observar regras da CVM de Capital Autorizado.
•Prazo máx.de 10 anos
•Pode assegurar juros,
•Pode ser convertida em lucro e reembolso.
ações
•Pode ser convertida em
ações

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1.8- Órgãos da sociedade anônima

....assembléia-geral, o conselho de administração, a diretoria e o


conselho fiscal.
1.8.1- Assembleia-Geral (AG)
..... órgão deliberativo máximo da companhia, compoderes para
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decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia.

Reformar o estatuto

Eleger e destituir administradores e fiscais

Deliberar anualmente sobre as contas dos


administradores e demonstrações financeiras

Autorizar emissão de debêntures e partes


beneficiárias
Competência
privativa da AG Deliberar sobre operações societárias, liquidação e
dissolução

Autorizar os administradores a declarar falência e


pedir recuperação judicial

Quando Não cumprir Suspender o exercício dos direitos dos acionistas


obrigação do
estatuto/lei Deliberar sobre a avaliação dos bens usados para formar
o capital social

A convocação da AG é de competência do Conselho de


Administração (CA) ou diretores, como regra.

Competência p/ convocar
a AG-demais hipóteses

Acionistas = Acionistas =
Conselho Qualquer
mín. 5% mín. 5% C.
Fiscal acionista
C.Social Votante

Quando AG Quando AG SE NÃO atender


SE NÃO atender
atrasada UM mês e atrasada 60 dias pedido fundamentado
pedido p/instalar
motivos urgentes ou nos casos em de convocação em 8
lei/estatuto Conselho Fiscal
graves dias

....a convocação se dá por publicação de anúncio no mínimo por 3


vezes, com local, data e hora, além da ordem do dia, seguindo a seguinte
regra:

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1ª Conv. - mín.8 2ª Conv. - mín.5


Cia Fechada
dias antecedência dias antecedência

1ª Conv. - 15 2ª Conv. - 5 dias


Cia Aberta
dias antecedência antecedência
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Titulares de no mín. 1/4 do


capital c/ direito a voto
1ª convocação
AGE reforma do estatuto:
QUORUM de titulares de no mín.2/3 do
capital c/ direito a voto
instalação
Qualquer número de
2ª convocação
acionistas presentes

.... quorum de deliberação para aprovar as matérias na AG?


• MAIORIA ABSOLUTA de votos – desconsidera os votos em branco;
• EMPATE➔ verica-se o estatuto. ESTATUTO OMISSO➔ NOVA AG no
mínimo em 2 meses. NOVO empate ➔ OU nova AG OU decisão judicial.
Obs.: Quorum de deliberação-Cia Fechada:o estatuto poderá aumentar o
quórum para determinadas matérias nele previstas. Chamado de “quórum
diferenciado” ou “quórum estatutário”.
Quorum qualificado – aquele necessário para tratar dos temas elencados no
art. 136 da LSA. Assim, o quorum qualificado é de NO MÍNIMO METADE DO
CAPITAL SOCIAL COM DIREITO A VOTO. Porém, o estatuto pode ainda
exigir quorum maior, ok?

QUORUM QUALIFICADO: mín. 50% das ações com direito a voto - p/


tratar dos seguintes assuntos:
•Criação ou aumento de classe de ações preferenciais;
•Alterar preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de
ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida;
•Redução do dividendo obrigatório;
•Operações societárias e dissolução da companhia;
•Participação em grupos de sociedades;
•Mudança do objeto da companhia;
•Cessação do estado de liquidação da companhia;
•Criação de partes beneficiárias.

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1.8.1.1- Direito de retirada

... discordância com deliberações da AG previstas no art. 136 da LSA.


Portanto, a aprovação de certas matérias na AG dá o direito ao acionista
dissidente de retirar-se da sociedade. .... no quadro acima “quorum
qualificado”, excetuando-se as matérias grifadas, beleza? ..... o prazo
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decadencial de 30 dias contados da publicação da ata da AG que


aprovou a matéria para retirar-se da sociedade, como regra.

1.8.1.2- Assembleia-Geral Ordinária (AGO)

Tomar contas dos administradores e deliberar sobre as


demonstrações financeiras

Deliberar sobre o lucro líquido e distribuição de dividendos


AGO - matérias
Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal

Aprovar a correção monetária do capital social

1.8.1.3- Assembleia-Geral Extraordinária (AGE)

A AGE pode ser realizada a qualquer tempo e terá por objeto os


demais temas não relacionados para a assembleia-geral ordinária.
Portanto, basta sabermos os quatro temas previstos para a AGO; qualquer
tema diferente daqueles é tratado em AGE.

1.8.2- Administração da SA
..... administração DUAL, onde pode ser exercida pela Diretoria
(obrigatória) e Conselho de Administração (facultativa).

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1.8.2.1- Conselho de Administração (CA)

Conselho de
Administração (CA)

Regra: órgão
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

facultativo

Obrigatório: na Cia. aberta, na de


Deliberação colegiada - mín. 3
capital autorizado e na sociedade de
membros eleitos pela AG.
economia mista (art. 239)

Mandato: prazo máx.3 anos. Permitido reeleição. Pode ser


destituído a qualquer tempo pela AG.

Representantes dos empregados podem ser membros, SE o


estatuto permitir.

Elege, destitui, fiscaliza os diretores e fixa suas atribuições


Conselho de
administração Delibera sobre emissão de ações e bônus de subscrição,
quando o estatuto autorizar.

Autoriza a alienação de bens do ativo não circulante, a


constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações
de terceiros, SE o estatuto não for contrário

Convoca a AG quando julgar conveniente

1.8.2.2- Diretoria

.... EXISTÊNCIA OBRIGATÓRIA. Ela é composta por pelo menos


duas pessoas naturais (escolhidas pelo CA, se exisitir,ou AG) para dirigir a
SA no plano interno e para manifestar a vontade da pessoa jurídica no plano
externo (art. 143). Os diretores não necessitam ser acionistas, mas
precisam residir no território nacional.

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Prazo de gestão: até 3 anos e permitida a reeleição

Até 1/3 dos membros do CA podem ser eleitos diretores

Regra: qualquer diretor pode representar a Cia. O CA e


Diretores o estatuto podem regular seus atos.
Pode constituir mandatários, devendo especificar os
poderes no instrumento.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Estatuto define: Número de diretores (máx. ou mín.), modo


de substituição e atribuições e poderes de cada um.

1.8.2.3- Administradores: impedimentos e deveres

Impedidos por lei especial


(serv. público, militar,..)

Não podem Condenados


administrar (vedação a cargo público, crime falimentar, ...)

Declarados inabilitados pela CVM


(Cia. Aberta)

Deveres dos
administradores

Informação Sigilo
Diligência Lealdade
(cia.aberta) (cia.aberta)

Agir como se o Deve declarar os


Manter reserva Guardar
negócio fosse valores
sobre os informações
próprio (probidade mobiliários que
negócios sigilosas
e cuidado) possui

Detalhando um pouco mais o dever de infomar do administrador de


companhia aberta, temos que:

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Dever de
INFORMAR

À AG mediante Comunicar à Fatos ou atos


Declaração no pedido de no mín. bolsa de valores relevantes -
Termo de 5% do CS: e divulgar na poderá se
posse: os aquisição/alienação imprensa fatos recusar a
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valores dos valores relevantes e divulgar e


mobiliários de mobiliários de que é qualquer informar SE
que é titular titular, os benefícios deliberação da entender que
ou vantagens AG ou da porá em risco
recebidos, as administração interesse da
condições dos da companhia. companhia.
contratos de
trabalho de
diretores, qualquer Cabe à CVM p/
ato ou fato iniciativa própria, a
relevante. pedido de
administradores ou
qualquer acionista
DECIDIR por
informar e
responsabilizar os
administradores.

1.8.2.4- Responsabilidade dos Administradores

...ato regular de gestão e por obrigações que contrair em nome da


sociedade, o administrador não é pessoalmente responsável; a
responsabilidade é da sociedade (art. 158).

A responsabilidade é da
sociedade
Ato regular de
gestão Administrador não é
pessoalmente responsável
Resposanbilidade
dos administradores Agiu com culpa ou dolo, mas
da SA dentro dos seus poderes

Responsabilidade Violação do estatuto ou lei -


civil p/ prejuízos atos ilícitos

Administrador não responde por


atos ilícitos de outros, só se for
conivente ou omisso.

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Em ocorrendo prejuízos ao patrimônio da sociedade, caberá a chamada
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE civil contra o administrador, mediante
prévia deliberação da AG.

Prejuízos causados à SA
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Qualquer acionista pode SE houver oposição da AG,


Regra: deliberação em AG
propor ação na omissão por acionistas mín. 5% do C.
(AGO ou AGE) para propor
3 meses da AG Social podem propor

Ação de
responsabilidade

Administradores ficam Não exclui outra ação do Boa-fé do administrador e


impedidos e são acionista ou terceiro interesse da Cia - JUIZ pode
substituídos diretamente prejudicado excluir a responsabilidade

1.8.3- Conselho Fiscal


.... existência é OBRIGATÓRIA, mas o funcionamento é
FACULTATIVO, por motivo de custos (art. 161), ..... nas sociedades de
economia mista o funcionamento do conselho fiscal deve ser permanente (art.
240).

Constituição e
funcionamento
do conselho fiscal

Pedido de 10%
Membros e suplentes Mandato: até a A função é
ações c/ dir. voto
eleitos pela AG próxima AGO indelegável
ou 5% s/ dir. voto

Convocação Os membros
Mín. de 3 e máx. 5
quando o CF não podem ser
-acionistas ou não
for permanente reeleitos

No mais, somente pessoas naturais residentes no país podem ser


eleitos membros do conselho fiscal, ....

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1.9- Sociedade de Economia Mista

Constituída mediante prévia autorização


legislativa

Objeto social - conforme a lei autorizadora


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Sociedade de Conselho de Administração - é obrigatório


Economia Mista
Acionista controlador e administradores -
mesmos deveres e responsabilidades das demais
companhias abertas

Conselho Fiscal - funcionamento permanente

1.10- Sociedades Coligadas, Controladoras e Controladas

Investidora detém/exerce
poder nas decisões da
Aquela que está
Sociedade investida
sob INFLUÊNCIA
COLIGADA SIGNIFICATIVA
de investidora Influência presumida:
investidora for titular de
20% ou mais do capital
da investida

Ressalta-se que a sociedade investidora exerce influência significativa


na sociedade coligada SEM CONTROLÁ-LA!!!

direitos de sócio que lhe


assegurem, de modo
Aquela onde a
permanente,
Sociedade controladora, direta
ou por meio de preponderância nas
CONTROLADA deliberações sociais e o
outras controladas,
é titular de... poder de eleger a
maioria dos
administradores.

1.10.1- Participação recíproca


.... VEDA A PARTICIPAÇÃO RECÍPROCA, exceto:

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REGRA GERAL: PROIBIDA (art. 244, caput)

Na aquisição das próprias ações (para permanência


em tesouraria ou para cancelamento)
PARTICIPAÇÃO
RECÍPROCA
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Na aquisição de ações de Cia Aberta por suas


coligadas ou controladas (deve obedecer às normas
da CVM e possível autorização desta).

No caso de incorporação, fusão ou cisão, ou de


aquisição do controle de sociedade (deve ser
mencionada nos relatórios e demonstrações
financeiros)

1.10.2- Responsabilidade dos administradores


Tendo em vista a proteção aos credores e interesses dos acionistas
minoritários, os administradores não podem agir de tal maneira que beneficie
ou favoreça qualquer uma das partes, seja a coligada ou a controlada ou a
controladora. Caso contrário, responderão perante à companhia pelas
perdas e danos resultantes de tais atos.

2- Sociedades em comandita por ações

Capital dividido em ações

Nome empresarial: firma ou denominação. Expressão


"Comandita por ações" por extenso ou abreviadamente

Só pode constar os nomes dos administradores (gerentes)


no nome empresarial, sob pena de resp. ilimitada e solidária
Comandita por Administração: somente sócio ou acionista.
ações Responsabilidade administradores: subsidiária, mas ilimitada
e solidária

Nomeação administradores: sem limite de tempo pelo


estatuto. Destituição: por 2/3 no mín. do capital.

Não se aplica disposições sobre Conselho de


Administração, autorização para aumento do capital e
emissão de bônus de subscrição

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3- Dissolução das sociedades

..... DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE em sentido amplo é o


procedimento de terminação da personalidade jurídica da sociedade,
ou seja, é um conjunto de atos que leva à extinção da sociedade como
sujeito de direito. Assim, a dissolução abrange três fases:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Liquidação Cancelamento da
pessoa jurídica

Dissolução-ato Averba-se no Partilha


(sentido estrito) registro de
inscrição

.... ainda não perde a personalidade jurídica. Continua sujeito de


direito e é representada pelo liquidante – somente após o arquivamento
do registro da partilha dos bens é que ocorre a perda de personalidade
(art. 51 do CC).

3.1- Espécies de dissolução da sociedade

Total Extinção da pessoa jurídica.

Resolução da sociedade em
Parcial relação a sócio: falecimento,
retirada e exclusão.

Por deliberação social: ata,


Extrajudicial
distrato, alteração contratual

Judicial Sentença judicial

3.2- Casos de dissolução total das sociedades contratuais

Dissolução Sociedade contratual

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Sociedade de prazo determinado: pelo consentimento
unânime dos sócios.

Sociedade prazo indeterminado: pelo consentimento de


mais da metade do capital social.

Término do prazo contratual, SE nenhum sócio for


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

De pleno direito contrário e a sociedade não estiver na fase de liquidação.


Unipessoalidade: falta da pluralidade dos sócios por
mais de 180 dias (ver observação abaixo)

Extinção da autorização para funcionamento, na


forma da lei.

Falência, se empresária
Por decisão Anulação da sua constituição.
judicial
Exaurido o fim social ou verificada a sua
inexequibilidade.

3.2.1- Liquidação da sociedade contratual


.... ajuste ou fechamento de contas; conjunto de operações que tem
por objetivo converter em dinheiro os bens em espécies e direitos ...
A liquidação poderá ser extrajudicial ou judicial. ..... algumas
providências devem ser tomadas:

Imediatamente providenciar investidura do


liquidante

Administradores Vedada novas operações, sob pena de


(soc.contratuais) responsabilidade solidária e ilimitada

Realizar somente atos de gestão inadiáveis

..... dissolução da sociedade por extinção da sua autorização de


funcionamento, o Código Civil ainda prevê o envolvimento do Ministério
Público no processo de dissolução das sociedades contratuais:

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Regra: administradores promovem a liquidação OU o


sócio pode requerer judicialmente desde logo.
No caso de Omissão por mais de 30 dias......

A autoridade competente que indeferiu a autorização


para funcionar deve comunicar o Min.Público.

Em 15 dias, o MP deve promover a liquidação judicial.


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Omissão do MP.

A autoridade competente nomeia interventor p/


requerer liquidação e administrar até que seja
nomeado o liquidante.

Pelo contrato
Designação
OU eleito em deliberação dos sócios
(maioria simples do capital)
Liquidante
(contratuais) Por deliberação dos sócios, SE eleito
pode deliberação dos sócios
Destituição: a
qualquer tempo
OU Judicialmente por justa causa a
requerimento de um ou mais sócios

Deveres do Liquidante
Averbar e publicar o instrumento de Arrecadar bens, livros e documentos
dissolução da sociedade
Ultimar os negócios, realizar o Exigir a integralização de quotas e
ativo, pagar o passivo e partilhar o quantias necessárias
remanescente
Convocar assembleia de quotistas a Confessar a falência e pedir a
cada seis meses ou sempre que recuperação judicial
necessário
Apresentar aos sócios relatório e Averbar instrumento que declara
contas finais encerrada a liquidação

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....O liquidante, DESDE QUE expressamente AUTORIZADO pelo
contrato social ou pelos votos da maioria dos sócios, ainda PODERÁ:

• Prosseguir a atividade social;

• Contrair empréstimos;
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• Gravar de ônus reais os móveis e imóveis.

Dispensável a autorização quando indispensáveis ao pagamento de obrigações


inadiáveis

3.2.2- Partilha da sociedade contratual


....último momento do processo dissolutório. Contudo, é possível a
antecipação da partilha antes do término da liquidação e depois de pagos os
credores, com a condição de:

Partilha Decisão dos sócios


antecipada pela maioria de votos

Assim, alguns procedimentos devem ser seguidos PARA ENCERRAR o


processo de dissolução depois de pago o passivo e efetuada a partilha:

Averbação da ata da assembleia


no registro próprio

Prestação
Liquidante convoca Aprovação
final das
assembleia de sócios
contas

Encerra-se a liquiidação e
extingue-se a sociedade

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3.3- Dissolução parcial da sociedade contratual

 Dissolução-ato: averbação da saída do sócio e da


respectiva alteração contratual;

Dissolução  Liquidação das quotas: apura-se os haveres


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

referente às quotas do sócio falecido, excluído ou


Parcial
retirante;

 Pagamento: em dinheiro, no prazo de 90 dias da


liquidação, salvo acordo ou estipulação contratual.

3.3.1- Casos de dissolução parcial das sociedades contratuais


Os casos de dissolução parcial das sociedades contratuais já estudamos
e encontram-se basicamente previstos nos arts. 1.028 a 1.032. São eles:
• Falecimento do sócio;
• Retirada do sócio; e
• Exclusão do sócio.

Morte do Regra Geral - Liquidação da Apuração dos


sócio quota social haveres

Notificação aos
demais sócios
Sociedade de prazo
indeterminado
Retirada do sócio 60 dias de
da sociedade antecedência
(vontade própria)
Justa causa
Sociedade de prazo
provada
determinado
judicialmente

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Sócio Remisso Faculdade da maioria


(art. 1.004) dos demais sócios

No cumprimento
Exclusão do de suas
sócio obrigações por
falta grave Iniciativa da maioria
dos sócios -
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JUDICIALMENTE
Incapacidade
superveniente

Sócio declarado
falido
Exclusão de pleno
direito - imediata
A requerimento
Sócio cuja quota
do credor do
foi liquidada
sócio-devedor

Desde que prevista no contrato social

Pela maioria dos sócios = mais da metade do capital


Exclusão por
Justa Causa
Sócio - pondo em risco a continuidade da empresa

Em reunião ou assembleia específica -


observância do direito de defesa

3.4- Dissolução total das sociedades por ações

Dissolução Sociedade por ações

De pleno direito Por deliberação da assembleia-geral: no mínimo


metade dos acionistas com direito a voto.
Pelo término do prazo de duração.

Unipessoalidade: SE o mínimo de 2 acionistas não for


reconstituído até a assembleia geral ordinária do ano

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seguinte.

Extinção da autorização para funcionamento, na


forma da lei.
Por decisão Falência
judicial
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Anulação da sua constituição.

Provado que não pode atingir o seu fim social, em ação


proposta por no mínimo 5% do capital social.

3.4.1- Liquidação da sociedade por ações

Liquidação AG determina o modo de dissolução e liquidante


pelos órgãos
da companhia SE tiver Conselho de Administração - nomeia o liquidante

Liquidação Judicial
(S.A.)

Extinção de autorização de
Pedido de qualquer acionista SE funcionamento - SE até 30 dias a
os administradores ou a maioria dos Cia. se omitir ou interromper por
acionistas NÃO promoverem a mais de 15 dias o processo
liquidação ou a ela se opuserem dissolutório, o Min.Público poderá
requerer a liquidação.

Deveres do Liquidante
Averbar e publicar o instrumento de Arrecadar bens, livros e documentos
dissolução da sociedade
Ultimar os negócios, realizar o Exigir a integralização de ações,
ativo, pagar o passivo e partilhar o quando o ativo não bastar para pagar
remanescente o passivo
Convocar assembleia de acionistas a Confessar a falência e pedir a
cada seis meses ou sempre que recuperação judicial

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Apresentar à AG relatório e contas Averbar instrumento que declara
finais encerrada a liquidação

... O liquidante, DESDE QUE expressamente AUTORIZADO pela


assembleia-geral ainda PODERÁ (note essa diferença em relação à
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

sociedade contratual):

• Prosseguir a atividade social;

• Contrair empréstimos;

• Gravar de ônus reais os móveis e imóveis.

Dispensável a autorização quando indispensáveis ao pagamento de obrigações


inadiáveis

3.4.2- Partilha da sociedade por ações


....é possível a antecipação da partilha antes do término da liquidação e
depois de pagos os credores, com a condição de:

Partilha
Decisão da AG
antecipada

.... PARA ENCERRAR o processo de dissolução depois de pago o


passivo e efetuada a partilha:

Averbação da ata da assembleia


no registro próprio

Prestação
Liquidante convoca Aprovação
final das
AG
contas

Encerra-se a liquiidação e
extingue-se a Cia

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4- Operações Societárias

• Código Civil – Arts. 1.113 a 1.122;LSA (Lei 6.404/76) – Arts. 220 a 234

Lei das •Quando uma sociedade


sociedades anônima estiver
Por analogia
anônimas envolvida na operação
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naquilo que o CC
for omisso
•Para os demais tipos
Código Civil societários.

Mudança de tipo societário, independente de


dissolução e liquidação

Constituição e registro - regras do tipo social a


ser adotado

APROVAÇÃO UNÂNIME de sócios ou acionistas,


TRANSFORMAÇÃO se não prevista em contrato/estatuto

Tipo societário A Se prevista no contrato/estatuto, o sócio ou


acionista possui Direito de Retirada

LSA: ao se transformar em Cia pode renunciar


ao direito de retirada
Tipo societário B Não pode prejudicar os direitos dos credores
em qualquer caso

Uma ou mais sociedades são absorvidas por


outra

INCORPORAÇÃO A incorporadora assume todos os direitos e


Sociedade A obrigações

Há a extinção das incorporadas

Sociedade B Sociedade C

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União de duas ou mais sociedades para o


surgimento de outra

FUSÃO
Extinção das sociedades fusionadas
Nova Sociedade C

A nova sociedade assume os direitos e


obrigações das fusionadas
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Sociedade A + Sociedade B

Operação oposta à fusão: fracionamento da sociedade.

Por analogia, emprega-se a LSA. O CC é omisso em relação


CISÃO à cisão
Sociedade A Cisão Total: todo o patrimônio é revertido para sociedades
novas ou já constituídas. Extinção da cindida

Cisão parcial: só parte do patrimônio é revertido. A cindida


Sociedade B e não é extinta. Há apenas a divisão do capital.
Sociedade C

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Curso de Direito Empresarial
RESUMO e Questões comentadas FCC
Prof. Wangney Ilco

Aula 04 - Títulos em espécie

1- Letra de Câmbio
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

1.1- Definição e Requisitos essenciais

Sacador
(emitente
) Entrega a letra
Ordem de pagamento
de câmbio

Sacado Tomador
(beneficiário
)

A palavra "letra de câmbio"

Mandato puro e simples de pagar quantia


determinada

Requisitos O nome do sacado e do tomador


da letra de
câmbio
A época do pagamento. Se omissa, é pagável
à vista.

O lugar do pagamento. Se omisso, é o local ao lado


do nome do sacado e domicílio do sacado

Data e local de emissão. Se omisso, é o local


ao lado do nome do sacador.

Omissão do lugar do pagamento


LUG (letra de câmbio) C. Civil (regras gerais)
Domicílio do SACADO Domicílio do EMITENTE

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Obs.: SÚMULA 387 do STF: “A cambial emitida ou aceita com omissões,
ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da
cobrança ou do protesto”. Ressalta-se que esta jurisprudência já foi tema
de prova!!!

1.2- Saque
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SAQUE
Letra de Câmbio

À ordem do próprio Sobre o próprio Por ordem e conta de


sacador sacador terceiros

Situação normal,
O sacador emite a O sacador emite a
com sacador,
letra a seu favor (é letra contra ele
sacado e tomador
o tomador). próprio (é o sacado).
distintos.

1.3- Aceite

Sacador
(emitente
) Entrega a letra
Ordem de pagamento
de câmbio

Sacado Tomador
(aceitante) (portador da
LC)

Apresentação da LC p/ aceite

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O sacado pode limitar a quantia


É puro e (ACEITE PARCIAL).
simples
Outra modificação na LC equivale
como recusa de aceite.

Normalmente é o domicílio do
sacado (art. 27, LUG)
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ACEITE Localidade
Outro local pode ser indicado para o
pagamento.

Se o sacado risca o aceite dado,


considera-se recusado(art.29,LUG)
Cancelamento
Se o sacado declara por escrito
que aceita, então fica obrigado

1.4- Vencimento e Modalidades

Modalidades
de Letra de Câmbio

A certo prazo A certo prazo


À vista A dia certo
da vista de data

O vencimento
A data de
O vencimento O título deve ocorre em
vencimento vem
se dá no ser apresentado determinado
expressamente
momento da para aceite e a prazo de sua
no título. A
apresentação, partir daí emissão. A
apresentação
quando deverá correrá o prazo apresentação
para aceite é
ser pago. de vencimento. para aceite é
facultativa.
facultativa.

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Letra de Câmbio
NÃO-aceitável

Proibição de apresentação para aceite com o uso da expressão "sem


aceite" ou "não aceitável". Evita vencimento antecipado.
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Não aplica-se à LC emitida a certo prazo da vista e à LC pagável em


domicílio diferente do sacado ou em domicílio de terceiro.

1.5- Pagamento da Letra de Câmbio

Vencimento
Antecipado

Por falta ou recusa FALÊNCIA do sacador


FALÊNCIA do sacado
de ACEITE (LC não aceitável)

Deve ser Aceitante ou não. A


A sentença de
comprovado por ato sentença de
declaração da
formal (protesto) declaração da
falência é suficiente
nos prazos fixados falência é suficiente
para exercer o direito
para a apresentação para exercer o direito
de ação cambial.
ao aceite. de ação cambial.

A quitação regular deve ser na própria LC - princípio


da literalidade.

O devedor (sacado) que paga pode exigir a entrega


da LC com a devida quitação (retira de circulação).

Desonera-se o devedor que paga a LC no


Pagamento vencimento, exceto se agiu de má-fé.

O portador não poderá recusar o pagamento


parcial - deve constar esse pagamento na LC.

O portador não é obrigado a aceitar o pagamento


antecipado, mas aquele que paga fica responsável.

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1.6- Protesto

As MODALIDADES de protesto são as seguintes (art. 21, Lei


9.492/97):

Por falta ou recusa de Por falta de Por falta de


ACEITE PAGAMENTO DEVOLUÇÃO
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•Somente antes do •Após o •Quando o sacado


vencimento da vencimento. não devolve no
obrigação e após o •Contra o sacado, prazo legal a letra
decurso do prazo somente se ele for de câmbio e
para o aceite ou a aceitante da LC. duplicata.
devolução.
•Impõe o vencimento
antecipado.

Obs.: Prazo do protesto por falta de pagamento-Divergência


doutrinária:

Lei Interna LUG


(Decreto nº (Decreto nº 57.663/66)
2.044/1908)

•Art. 28 - A LC deve ser •Art. 44, 3ª alínea - LC pagável


protestada no em dia fixo ou a certo termo
PRIMEIRO dia útil que de data ou de vista deve ser
se seguir ao do protestada num dos DOIS
vencimento. DIAS úteis seguintes àquele
em que a letra é pagável.

Protesto •Contra os coobrigados - sacador,


necessário endossantes e seus avalistas.

Protesto •Contra o devedor principal


facultativo (aceitante) e seu avalista.

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Dispensa o portador de efetuar o protesto.


Cláusula "sem Dada pelo sacador, endossante ou avalista.
despesas" ou
"sem protesto" SE dada pelo sacador, beneficia todos os
signatários da LC. Mas não dispensa o
portador da apresentação no prazo.
PROTESTO
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SUSTAÇÃO Retirada do título antes da lavratura do


protesto. Paga-se despesas e emolumentos.

Pelo pagamento. Se por outro motivo,


deve ser pela via judicial.
Cancelamento
Qualquer interessado, mediante
apresentação do documento protestado.

1.7- Ação cambial

Protesto Protesto
facultativo
Ação Cambial Necessário

Regressiva: do portador
Direta: todos
contra coobrigados ou
contra o aceitante
coobrigados entre si

Prescrição c/ coobrigados
Prescrição: 3 anos Prescrição contra entre si: 6 meses
do vencimento. coobrigados: 1 ano contados do dia em que
da data do protesto pagou ou foi acionado

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Avalista(em branco)
Sacador
(emitente Entrega a letra
3 anos ) de câmbio
Ordem de pagamento
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Sacado 3 anos Tomador


(aceitante) (endossante
)

LC
3 anos
X
Apresentação da LC p/ aceite
Portador
(endossatário
)

2- Nota Promissória

2.1- Definição e Requisitos essenciais

Uma PROMESSA de pagamento direta e escrita, à vista ou


a prazo, feita por uma pessoa (emitente ou subscritor) em
benefício de outra (tomador ou beneficiário).

Promete o pagamento
da dívida
Emitente Tomador
(subscritor) (beneficiário
Nota promissória )

Devedor e obrigado
principal

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A palavra "nota promissória"

Promessa pura e simples de pagar quantia


determinada

Requisitos O nome do tomador (beneficiário)


da NP
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A época do pagamento. Se omissa, é pagável


à vista.

O lugar do pagamento. Se omisso, é o lugar onde


foi passada e domicílio do subscritor.

Data e local de emissão. Se omisso, é o local


ao lado do nome do subscritor.

2.2- Regime jurídico e características

Ajustes

As disposições
Aceitante da LC incompatíveis a Modalidade "a certo
= subscritor da promessa de termo da vista" Aval em
NP (art. 78,LUG) pagamento branco
Prescrição é de
3anos, como é Apresenta a NP para
para o aceitante; Aceite, cláusula visto do subscritor O avalizado é o
protesto "não aceitável", no prazo de até um subscritor no
facultativo c/ prazo para ano. A partir do visto caso do avalista
subscritor; apresentação ao corre o prazo de não identificar o
falência do aceite, vencimento vencimento. Cabe seu beneficiário
subscritor antecipa antecipado por protesto no caso de (art. 77, LUG)
o vencimento. falta de aceite, recusar dar o visto.
recusa parcial, ...

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3- Cheque

3.1- Definição e Requisitos essenciais


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Obrigado
Sacador principal
(emitente
Ordem de ) Entrega o
pagamento cheque

Sacado Tomador
(banco) (beneficiário
)

A palavra "cheque"
Ordem incondicional de pagar quantia
determinada
Requisitos
do Cheque O nome do sacado
O lugar do pagamento. Se omisso, é o
lugar junto ao nome do sacado

Data e lugar de emissão. Se omisso, é


o local junto ao nome do emitente.

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3.2- Características

À ordem do próprio sacador

Formas de Por conta de terceiros


Emissão
(art. 9º)
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Na forma de cheque administrativo

CHEQUE Nominal "à ordem" (com ou sem


a expressão) - tem o nome do
beneficiário e permite o endosso
Formas de Nominal "não à ordem" - tem o
circulação - nome do beneficiário e proíbe o
endosso endosso
(art. 8º)

Ao portador - sem o nome do


beneficiário. Pagável a quem
apresentar o cheque

3.3- Espécies de cheque

• Visado (art. 7º, LCh) =>o banco sacado visa o cheque (verso) e
garante a reserva de fundos na conta do emitente (sacador) durante
o prazo de apresentação, a pedido do tomador ou do próprio emitente.
Não significa o aceite e o cheque deve ser sempre nominal. Somente
o cheque nominativo e ainda não endossado pode receber o visto;

• Cruzado (art. 44, LCh)=> o valor deve ser pago a banco ou cliente do
ESPÉCIES DE CHEQUE

sacado mediante crédito em conta, não podendo ser pago na “boca do


caixa”. Emitente ou portador podem cruzar o cheque – dois traços
paralelos no anverso. Cruzamento geral (sem indicar o banco p/
depósito do cheque) e especial (indica o nome do banco);

• Para ser creditado em conta (art. 46, LCh)=> tem a mesma função
do cheque cruzado; não pode ser pago em dinheiro, o banco faz o
lançamento contábil (crédito em conta, transferência ou
compensação). É feita a inscrição transversal no anverso do cheque da
expressão “para ser creditado em conta’’. Não se admite a cláusula “à
ordem” e, consequentemente, o endosso.

• Administrativo (art. 9º, III, LCh) =>emitido contra o banco sacador,


desde que não ao portador, ou seja, é emitido pelo banco em
benefício de terceiro e pagamento por uma das filiais do emitente. O
emitente e sacado são os mesmos (banco). Também chamado de
cheque bancário ou de tesouraria. Usado para dar segurança quando
envolver grandes valores.
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Outros
cheques

Cheque Cheque Cheque de


marcado especial viagem
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O banco poderia Cheque fiscal


O banco Disponibilizado
marcar outro disponibiliza pelo banco ao Emitido pelas
dia para crédito ao cliente cliente talonários autoridades
pagamento, sem que este com valores fixos - fazendárias
tornando-se tenha moeda estrangeira. para devolução
codevedor. necessariamente Confere maior de excesso de
"Bom para o fundos disponível segurança aos arrecadação.
dia...". Não no banco. Via viajantes.
mais admitido. contrato. Traveller's check.

3.4- Apresentação e pagamento do cheque

PRAZO de apresentação do cheque para pagamento

“mesma praça”
Lugar de pagamento = lugar de
emissão.

30 dias
Data de emissão-
indicada no cheque

“praças diferentes”
Lugar de pagamento ≠ lugar de emissão. 60 dias

Súmula 600 do STF – “Cabe ação executiva contra o emitente e seus


avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal,
desde que não prescrita a ação cambiária”.

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3.5- Revogação e Sustação do cheque

Revogação Sustação
(contraordem) X (oposição)
Art. 35 Art.36
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•Ato exclusivo do emitente. •Ato do emitente e portador


•Produz efeito definitivo. legítimo.
•Somente após expirado o •Efeitos imediatos
prazo de apresentação. •Mesmo durante o prazo de
•Não precisa ter saldo apresentação.
disponível •É necessário saldo disponível.
•Revoga-se a ordem de •Deve haver relevante razão de
pagamento dada. direito.
•Dado por via judicial ou •IMPEDE o pagamento
extrajudicial •Casos de furto, roubo, extravio,
etc.

3.6- Cheque sem fundos e ação cambial

Cheque apresentado em
Contra os tempo hábil
endossantes e
seus avalistas Prova da recusa por
protesto ou declaração
do sacado
Contra o
emitente e seu Protesto facultativo
avalista

Ação de O protesto deve ser feito no prazo de


execução apresentação (30 ou 60 dias) ou no 1º dia útil
seguinte (art. 48).

Declaração do banco equivale ao protesto para


demandar os codevedores

Objetos: valor do cheque , os juros desde o dia


da apresentação, as despesas que fez e perda do
poder aquisitivo da moeda

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Prazo prescricional
ação cambial

6 meses
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Do término do prazo de Do dia em que o obrigado


apresentação (30 ou 60 dias) pagou ou foi demandado

Do coobrigado que
Do portador contra
pagou contra os demais -
qualquer acionado
ação de regresso

4- Duplicata

4.1- Definição e Requisitos essenciais

Ordem de pagamento
Sacado
Emitente Duplicata (comprador)
ou
sacador
(vendedor)
Credor originário Devedor e obrigado
principal

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A palavra "duplicata" e nº da fatura

Data de emissão e nº de ordem

Requisitos da O nome e domicílio do vendedor e comprador


Duplicata
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Data vencimento ou declaração à vista

Valor a pagar (sempre o total da fatura), local de


pagamento e cláusula à ordem.

Aceite do comprador e assinatura do vendedor

4.2- Aceite

ACEITE é obrigatório, exceto:


•Avaria ou não recebimento das mercadorias,
quando não expedidas ou não entregues.
•Vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou
na quantidade das mercadorias, devidamente
comprovados;
•Divergência nos prazos ou nos preços
ajustados.

Ordinário - assinatura do devedor no campo


próprio

Por presunção - o aceite fica caracterizado mesmo


Tipos de
em caso de retenção ou inutilização ou restituição
aceite sem assinatura da duplicata

Por comunicação - retenção da duplicata e envio


de comunicação escrita ao credor.

Remessa Devolução
Emissão da
para aceite pelo sacado
duplicata

30 dias 10 dias

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4.3- Pagamento e aval

Pagamento

Desde que autorizados, Pode haver reforma ou


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O comprador poderá
resgatar a duplicata quaisquer créditos prorrogação do
antes do aceite ou podem ser deduzidos vencimento mediante
no pagamento, como assinatura do vendedor
vencimento - prova-
os surgidos de ou endossatário ou
se pelo recibo no devolução de procuradores, bem
verso da duplicata ou mercadorias, diferença como da anuência dos
em documento em de preços, enganos intervenientes por
separado verificados, etc. endosso ou aval.

AVAL ANTECIPADO: O aval dado antes do titulo ser aceito pelo sacado
responsabiliza o avalista no caso da posterior recusa ao aceite? Há
divergência doutrinária. A corrente majoritária defende que o que
se está avalizando é o título e não a pessoa. Além disso, o aval é ato
cambial autônomo, existindo mesmo quando o sacado (avalizado) não
aceita o título. Assim, o avalista assume a obrigação de pagar o
título de crédito no vencimento, mesmo sem o aceite do avalizado. No
mesmo sentido, a Lei Interna-LI (Dec. 2.044/08) dispõe em seu art. 14:
“O pagamento de uma letra de câmbio, independente do aceite e do
endosso, pode ser garantido por aval. Para a validade do aval, é
suficiente a simples assinatura do próprio punho do avalista ou do
mandatário especial, no verso ou no anverso da letra”.

4.4- Protesto e ação cambial

O protesto da duplicata ocorre por 3 (três) razões (art. 13, LD):

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Por falta ou
recusa ao
aceite

Protesto
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Por falta de Por falta de


da devolução
pagamento duplicata

Garante o direito
de regresso contra
endossantes e
avalistas

Não depende de protesto; basta a


Contra o duplicata
aceitante
(art. 15, I, LD)

Ação Contra o
cambial Precisa do protesto
endossante e
avalistas (arta. 15, I e 13, §4º, LD)
Duplicata

Contra o Não foi aceita. Depende dos


sacado requisitos acumulados:

1.Sacador deve comprovar que cumpriu a


sua parte do contrato;
2. Protesto da duplicata;
3.Não houve legítima recusa ao aceite.

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Prescrição ação cambial


(duplicata)

Contra obrigado
Dos coobrigados
direto (aceitante e Contra coobrigado
entre si
avalista) e sacado
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Em 3 (três) anos Em 1 (um) ano da


Em 1 (um) ano da
da data do data do pagamento
data do protesto
vencimento pelo coobrigado

4.5- Duplicata de prestação de serviços

• Emitente: as empresas individuais ou coletivas (sociedades


empresárias), fundações e sociedades civis que se destinam à prestação
de serviços, bem como profissionais liberais que prestem serviços, ainda
que de natureza eventual;
• Documento hábil para comprovação da prestação do serviço:
para fins de protesto, qualquer escrito que comprove a efetiva
prestação e vínculo contratual (art. 20, §3º).
A duplicata de prestação de serviços também poderá não ser aceita
pelo devedor, conforme os seguintes motivos:
I. Não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II. Vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados,
devidamente comprovados;
III. Divergência nos prazos ou nos preços ajustados.

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5- Resumo dos títulos e Prazos prescricionais da ação cambial

Avalista (em branco)


Letra de câmbio
Sacador
(emitente
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3 anos ) Entrega a letra


Ordem de pagamento de câmbio

Sacado 3 anos Tomador


(aceitante) (endossante
)

LC
3 anos
X
Apresentação da LC p/ aceite
Portador
(endossatário)

Nota Promissória
Promete o pagamento
da dívida
Emitente Tomador
(subscritor) (beneficiário
Nota promissória )

Devedor e obrigado
principal

Cheque Obrigado
Sacador principal
(emitente
Ordem de ) Entrega o
pagamento cheque

Sacado Tomador
(banco) (beneficiário
)

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Duplicata
Ordem de pagamento

Emitente Sacado
Duplicata
(comprador
ou
)
sacador
(vendedor)
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Credor originário Devedor e obrigado


principal

PRAZOS PRESCRICIONAIS DOS TÍTULOS DE CRÉDITOS

TÍTULO PRAZO TERMO INICIAL SUJEITO (contra)

3 anos Do vencimento Aceitante

LETRA DE 1 ano Do protesto Endossante/sacador


CÂMBIO
6 meses Do pagamento ou do Coobrigados entre si
acionamento

3 anos Do vencimento Emitente/subscritor

NOTA 1 ano Do protesto Endossante


PROMISSÓRIA
6 meses Do pagamento ou do Coobrigados entre si
acionamento

6 meses Do término do prazo de Independente do


apresentação (30 ou 60 acionado
CHEQUE dias)

6 meses Do pagamento ou do Coobrigados entre si


acionamento

3 anos Do vencimento Aceitante/avalista/saca


do-Aceite presumido
DUPLICATA
MERCANTIL 1 ano Do protesto Coobrigado

1 ano Do pagamento Coobrigado entre si

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Aula 05 – Recuperação judicial e extrajudicial. Falência.


Classificação creditória.

1- Introdução
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1.1- Noções gerais do regime falimentar

Falência Recuperação

Objetiva recuperar a atividade


Processo de execução coletiva
empresarial e evitar a falência
de diversos credores contra o
através de um plano de
devedor - concurso de credores.
recuperação da empresa.

Princípio do Par Conditio JUDICIAL - devedor recorre ao


Creditorum - os créditos estão em juiz para supervisionar o plano.
condições paritárias para serem EXTRAJUDICIAL - o juiz apenas
satisfeitos. homologa o acordo entre as partes.

1.2- Legislação aplicável - Lei 11.101/2005

... a Lei nº 11.101/2005 regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a


falência do empresário e da sociedade empresária

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1.3- Sujeito passivo do regime falimentar

Regra: Empresário e sociedade empresária


Sujeito passivo
da LF
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista - o
Estado responsabiliza-se pela eventual insolvência.
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Instituição Financeira pública ou privada (Lei


6.024/74)
Pessoas não
sujeitas à LF Cooperativa de crédito (Lei 5.764/71) – por serem simples,
as cooperativas não estão sujeiras à LF

Consórcio (Lei 6.404/76, LSA), Entidade de previdência


complementar (LC 109/01), Sociedade operadora de plano
de assistência à saúde (Lei 9.656/98)

Sociedade seguradora (Decreto-Lei 73/66), Sociedade


de capitalização (Decreto-Lei 73/66), Outras entidades
legalmente equiparadas

2- Falência

PRÉ-FALIMENTAR: inicia-se com o pedido de


falência e termina com a sentença que declara a
falência do devedor.

FALIMENTAR: é a falência propriamente dita, que


se inicia com a sua declaração e termina com a
sentença de encerramento.

REABILITAÇÃO DO FALIDO: ocorre com a


sentença que declarar extintas as suas
obrigações.

2.1- Etapa pré-falimentar

2.1.1- Pressupostos do estado de falência


O estado de falência do devedor é caracterizado a partir de 3 (três)
pressupostos:

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Pressupostos
(falência)

SENTENÇA
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EMPRESÁRIO INSOLVÊNCIA
DECLATÓRIA
O devedor possui a O estado insolvente do Senteça judicial que
qualidade de devedor deve estar torna a insolvência (fato)
empresário. caracterizado. em estado de direito.

2.1.2- Sujeito ativo da falência

Próprio DEVEDOR - chamada AUTOFALÊNCIA. É


facultativa.

Cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do


SUJEITO ATIVO devedor ou o inventariante.
(Falência)
O quotista ou o acionista do devedor.

Qualquer credor - se empresário deve comprovar


a sua regularidade (certidão do RPEM).

2.1.3- Insolvência
O conceito jurídico de insolvência do devedor é distinto do conceito
econômico. No regime falimentar, a insolvência é presumida, não
precisaserdemonstrada em aspectos econômicos e financeiros. Ou
seja, a decretação da falência do empresário não pressupõe a demonstração
da insuficiência de patrimônio para pagar suas dívidas.

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2.1.4- Impontualidade injustificada

Sem relevante razão de Enumerados no art. 96, LF (título


direito prescrito, falso, etc)
Impontualidade

Certeza que existe a dívida


Injustificada

Obrigação líquida
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Certeza de sua quantia

Prova a impontualidade
Título executivo
protestado
Original ou cópia

Valor maior que 40 Diversos credores podem ser


salários-mínimos reunir para chegar nesse valor

Razões que podem ser alegadas para a falência não ser decretadacom
base na Impontualidade Injustificada
FALSIDADE ou NULIDADE do título PRESCRIÇÃO ou NULIDADE da obrigação
PAGAMENTO da dívida QUALQUER fato que suspenda ou extinga a obrigação

Vício no protesto Apresentar pedido de Recuperação Judicial no prazo de


contestação
Comprovar por documento do RPEM a CESSAÇÃO da atividade há mais de 2
anos do pedido de falência.

2.1.5- Execução Frustrada


Em relação ainda ao pressuposto de insolvência, ocorre a hipótese de
execução frustrada quando o devedor “executado por qualquer quantia
líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes
dentro do prazo legal”. Neste caso, o pedido da falência deverá ser instruído
com certidão expedida pelo juízo da execução.

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2.1.6- Atos de falência

Liquida o ativo precipitadamente ou utiliza meio


ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos (ex:
empréstimos sucessivos a juros elevados)

Pratica negócio simulado ou alienação de ativo com o


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objetivo de fraudar credores ou retardar pagamentos.

Trespasse de estabelecimento sem consentimento de


Atos de Falência

todos os credores e sem deixar bens suficientes para


saldar o passivo.
Simula a transferência de local de seu principal
estabelecimento para burlar a fiscalização ou legislação
ou credores.

Dá ou reforça garantia por dívida já contraída sem ficar


bens suficientes para saldar o passivo.

O devedor abandona estabelecimento ou oculta-se de seu


domicílio ou ausenta-se sem deixar representante
habilitado e com recursos para pagar credores.

Deixa de cumprir obrigação do plano de recuperação


judicial no prazo estabelecido.

2.1.7- A defesa do devedor

Apresenta sua defesa,


Contestação do devedor podendo efetuar o depósito
elisivo
NO prazo de
Pedido de recuperação
10 dias da
judicial (art. 95)
citação Impontualidade e
execução frustrada
Depósito elisivo
(art.98,§único)
Valor total do crétido+
correção+juros+honorários

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2.1.8- Improcedência do pedido de falência

DENEGAÇÂO
da falência

DEPÓSITO Elisivo ACOLHIMENTO da


contestação
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O devedor reconhece O requerente arca com


implicitamente os as despesas do
débitos processo e honorários

2.2- Etapa falimentar ou falencial

Então, já com os pressupostos do estado falimentar devidamente


estudados e com a decisão do pedido procedente sem que haja depósito
elisivo, teremos a sentença declaratória da falência e o início do processo
falencial.
2.2.1- Sentença declaratória da falência
O processo de falência tem início com a sentença declaratória da
falência. Apesar da nomenclatura, esta sentença possui natureza
predominantemente CONSTITUTIVA. Então, não é declaratória, e sim
constitutiva do estado falimentar do devedor, sujeitando-o ao regime jurídico-
falimentar.

A sentença declaratória da falência deve conter:

•Síntese do pedido, identificação do falido e administradores;


•Fixação do TERMO LEGAL da falência (voltaremos a este tema adiante);
•Determinação ao falido para apresentar no prazo de até 5 (cinco) dias
relação nominal dos credores, com endereço, importância, natureza e
classificação dso créditos;
•SUSPENSÃO de todas as ações ou execuções contra o falido;
•Proibição de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido,
sem a prévia autorização judicial e do comitê de credores;
•Ordena ao RPEM que anote a falência no registro do falido, para que
conste a expressão "falido";
•Nomeação do administrador judicial;
•Pronunciamento acerca da continuação provisória ou não das atividades.

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2.2.2- Termo Legal da falência

Termo Legal da falência 1º Protesto por falta


de pagamento

Máx. 90 dias Decretação


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falência ou
recup. judicial

2.2.3- Efeitos da falência quanto ao falido

Perda do direito de administrar ou dispor de seus bens,


mas pode fiscalizar a administração da falência, que
compete ao adm. judicial. Continua proprietário, podendo
interpor recursos quando cabíveis.

Inabilitação para exercer a atividade empresarial até


Efeitos quanto a sentença que extingue as suas obrigações
ao falido
Não pode se ausentar de onde se processa a falência
sem motivo justo e comunicação expressa ao juiz. Deve
deixar procurador.

Sigilo de correspondência - o adm. judicial recebe e abre


as correspondências dirigidas ao devedor.

Considerados falidos, ficando


Sócios de sob os efeitos da falência.
responsabilidade
Ilimitada Respondem até 2 anos da sua
retirada pelas dívidas não solvidas
até a data da falência (art. 81).

Responsabilidade apurada no
próprio juízo da falência. Restrita à
Sócios de integralização das cotas.
Falência responsabilidade
Sociedade Limitada Não depende da realização do ativo
e da prova da insuficência para
cobrir o passivo

Ação de
responsabilização

Responsabilidades conforme o tipo


societário
Administradores e
controladores
Apurada no próprio juízo da
falência

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• Declarar seus bens móveis e imóveis que não se encontram no


estabelecimento, contas bancárias, títulos e se faz parte de outras
sociedades;
• Entregar sem demora todos os livros, papéis e documentos ao Adm.
Judicial;
• Comparecer a todos os atos podendo ser representado por procurador,
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quando não for indispensável a sua presença;


• Examinar as habilitações dos créditos e apresentar a relação dos
seus credores no prazo fixado pelo juiz;
• Examinar e dar parecer sobre as contas do Adm. Judicial.

2.2.4- Efeitos da falência quanto aos bens do falido

MASSA FALIDA

Auto de arrecadação Produção de renda


Liquidação antecipada
dos bens O Adm. Judicial poderá
Em razão dos custos e
Acompanha o laudo de celebrar contratos
interesse da massa
avaliação, que poderá referente aos bens da
falida, mediante
ser entregue em até 30 massa, mediante
autorização do juiz.
dias. autorização do Comitê.
Inclusive bens perecíveis
Sem disposição total ou
e deterioráveis.
parcial de bens.

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2.2.5- Efeitos da falência quanto aos contratos

Regra: os contratos (bi e unilaterais) podem continuar se


reduzir ou evitar aumento do passivo ou preservar o ativo,
mediante autorização do Comitê.
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Locador falido - Não resolve o contrato. Locatário falido


- adm. judicial pode denunciar o contrato

O vendedor não pode se negar a entregar o bem ao falido,


se este já o revendeu sem fraude antes do requerimento de
falência e o bem estiver em trânsito.
Efeitos
Contratos Se o falido vendeu coisas compostas, mas o contrato não
continuará, o comprador poderá devolver à massa o que já
recebeu e exigir perdas e danos.

Se o falido não entregou coisa móvel vendida ou não


prestou o serviço à prestação e decidir não executá-los, o
credor poderá habilitar o valor pago na classe própria.

Coisa móvel comprada com reserva de domínio do


vendedor será restituída se não continuar a execução
do contrato, exigindo devolução dos valores pagos.

2.2.6- Atos ineficazes e ação revocatória

Atos INEFICAZES do falido

Ineficácia objetiva Ineficácia subjetiva

Atos taxativamente elencados no art. Necessita provar que havia intenção


129 e praticados pelo falido antes da de fraude pelo devedor, bem como
falência. Não depende da intenção de do conluio entre devedor e o terceiro
fraudar ou do conhecimento da outra e do efetivo prejuízo para a massa
parte. falida. Atos revogáveis.

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1. Dentro do TERMO LEGAL: pagamento de dívidas não


vencidas e vencidas por forma diversa do previsto no
contrato e constituição de direito real de garantia quando
tratar-se de dívida contraída anteriormente;
Atos de Ineficácia

2. A renúncia de herança ou legado e atos a título gratuito,


OBJETIVA

exceto gratificações empregatícias, desde 2 anos antes da


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declaração da falência;

3. Alienação do estabelecimento sem o pagamento de todos


os credores ou sema anuência expressa ou tácita deles, salvo
se não houver oposição dos credores no prazo de 30 dias de
notificados, quando não sobrar bens suficientes para saldar o
seu passivo;

4. Registro, após a decretação da falência, de direitos reais


e de transferência de propriedade entre vivos, por título
oneroso ou gratuito, ou averbação de imóveis.

EFICAZ
Bens restantes
suficientes para
saldar o passivo
Alienação do
Pagamento de todos os
estabelecimento credores OU
Bens restantes consentimento deles em
30 dias de notificados
insuficientes para
saldar o passivo

INEFICAZ

Administrador
Judicial Ministério
Público

Qualquer Credor

No prazo de 3 anos
Ação contados da
revocatória decretação
Ineficácia
SUBjetiva Contra todos os que figuraram
no ato, terceiros adquirentes e
seus herdeiros ou legatários.

Corre no juízo da
falência e segue o rito
do CPC.

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2.2.7- Realização do ativo

•Alienação da empresa - venda dos estabelecimentos em bloco


1
•Alienação da empresa - venda isolada das filiais ou unidades
2 produtivas
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•Alienação dos bens em bloco - em cada um dos estabelecimentos


3

•Alienação dos bens individualmente considerados


4

2.3- Classificação creditícia ou creditória

Bem, então, a falência foi decretada, determinou-se o termo legal da


falência, o falido encontra-se inabilitado, os efeitos de sua decretação foram
aplicados aos contratos e atos do falido, e a realização do ativo já foi
efetivada. Portanto, resta-nos verificar a classificação dos créditos no processo
falimentar.
2.3.1- Restituições

Direito real sobre bem arrecadado de propriedade


de terceiro (art. 85, caput)

Coisa vendida a crédito entregue ao falido nos 15


dias anteriores ao requerimento de falência, se ainda
RESTITUIÇÃO não alienada (art. 85, §único)
de ...
Adiantamento de contrado de câmbio ao
exportador (art. 86, II)

Valores entregues ao devedor pelo contratante de


boa-fé, quando o contrato for ineficaz ou revogado
(art. 86, III e 136)

Art. 149. Realizadas as restituições, pagos os créditos extraconcursais (...)

Súmula 307 do STJ. A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na


falência, deve ser atendida antes de qualquer crédito.

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2.3.2- Da classificação dos créditos

ANTECIPAÇÕES a. Despesas indispensáveis para a administração da


falência (Art. 150);
Pagas quando houver
b. Créditos trabalhistas de natureza estritamente
disponibilidade de
salarial vencidos nos 3 meses anteriores à
caixa
decretação da falência, até 5 salários-mínimos por
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trabalhador (art. 151).


a. Remuneração devida ao administrador judicial
e seus auxiliares, créditos trabalhistas e
oriundos de acidentes de trabalho relativos a
serviços prestados após a decretação da falência;
CRÉDITOS b. Quantias fornecidas à massa falida;
EXTRACONCURSAIS c. Despesas com arrecadação, administração,
(art. 84) realização do ativo e distribuição do seu produto,
bem como custas do processo de falência;
d. Custas judiciais relativas às ações e execuções
em que a massa falida tenha sido vencida;
e. Obrigações resultantes de atos jurídicos válidos
praticados durante a recuperação judicial ou após a
decretação da falência, e tributos relativos a fatos
geradores ocorridos após a decretação da falência.
a. Créditos derivados da legislação trabalhista até
150 salários e os oriundos de acidentes de
trabalho;
b. Créditos com garantia real até o limite do bem
CRÉDITOS gravado;
CONCURSAIS c. Créditos tributários, independentemente da sua
(art. 83) natureza e tempo de constituição, excetuadas as
multas tributárias;
d. Créditos com privilégio especial;
e. Créditos com privilégio geral;
f. Créditos quirografários;
g. As multas contratuais e as penas pecuniárias por
infração das leis penais ou administrativas,
inclusive as multas tributárias;
h. Créditos subordinados.

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2.3.3- Pagamento dos credores do falido

Pagamento dos
Credores
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Rateio Credor de má-fé Os juros vencidos Liquidação


Suplementar ou por dolo na após a decretação da antecipada
aos credores constituição do falência não serão
crédito ou garantia Ouvido o Comitê
remanescentes exigidos caso o
o juiz pode
após 60 dias da Deverá restituir ativo realizado não
autorizar
intimação ao em DOBRO as seja suficiente para
pagar os credores credores adquirir
credor que não quantias recebidas ou adjudicar os
levantar os acrescidas de juros subrdinados
(art.124). bens
valores no prazo legais.
arrecadados,
fixado respeitando a
inicialmente pelo sua preferência
juiz. (art. 111).

2.3.4- Encerramento da falência

Pagamento de
todos os credores

30 dias

Administrador Judicial deve prestar contas.

10 dias

Prazo para impugnação pelos interessados.


Após esse prazo, o juiz abre vistas ao MP.
5 dias
Fim do prazo para a manifestação do MP e
Julgamento das contas por sentença.
10 dias
Fim do prazo para o administrador judicial apresentar o relatório final da
falência indicando ativos e sua realização, passivos e seus pagamentos e a
responsabilidade remanescente do falido.

Final da falência por sentença


judicial, da qual cabe apelação

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2.3.5- Extinção das obrigações do falido

Pagamento de todos os
créditos

Se for pago mais que 50% dos créditos


quirografários, após a liquidação de todo o ativo. O
Hipóteses de
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falido pode depositar o que faltar para atingir essa %.


extinção das
obrigações do
falido Após 5 anos do encerramento da falência, se
não houver condenação por crime falimentar.

Após 10 anos do encerramento da falência, se


houver condenação por crime falimentar.

3- Disposições comuns à falência e à recuperação judicial

3.1- Introdução

Obrigações a
Obrigações título gratuito
NÃO EXIGÍVEIS para tomar parte na rec. judicial
do devedor ou na falência
Despesas dos
credores
EXCETO Custas Judiciais de litígio
contra o devedor

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Decretação da falência ou deferimento


do pedido de rec. judicial

Quantias ilíquidas e
REGRA Execuções fiscais
ações trabalhistas
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SUSPENDE Continuam no seu Não são suspensas


prescrição e juízo próprio até pelo deferimento do
açõs/execuções apurar o crédito pedido de rec. jud.
contra o devedor
A falência
também não
Na rec. judicial, a suspende
suspensão é por 180 débitos fiscais
dias -improrrogável. (art. 187, CTN)

3.2- O juízo competente

Homolagação do
plano de
recuperação
extrajudicial

Deferimento do
processamendo da Juízo competente = local do
recuperação principal estabelecimento ou filial
judicial de empresa c/ sede no exterior

Decretação da
falência

3.3- O administrador judicial

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IMPEDIDOS
Administrador Judicial

Relação de parentesco ou
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Ultimos 5 anos: foi destituído, não afinidade até o 3º grau com o


prestou conta dentro do prazo ou as devedor, seus administradores,
teve desaprovadas, como administrador controladores ou representantes
judicial ou membro do Cômite ou deles for amigo, inimigo ou
dependente.

3.4- Comitê de Credores

credores
trabalhistas

credores
Credores Comitê
quirografários e
representantes de
com privilégios
de ME e EPP Credores
gerais

direitos reais de
garantia ou
privilégios
especiais

3.5- Assembleia de Credores

Credores trabalhistas (legislação e


acidentes de trabalho)

Credores com garantia real


Assembleia de
credores
composição Credores quirografários, com privilégio
especial, com privilegio geral ou
subordinados

Credores enquadrados como ME OU EPP

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ATRIBUIÇÕES da Assembleia de Credores
Na recuperação judicial Na falência
Aprovação, rejeição ou modificação
do plano de recuperação judicial
Adoção de outras modalidades de
O pedido de desistência do devedor realização do ativo
acerca da rec. judicial
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Constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua


substituição
Qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores

3.6- Verificação e habilitação dos créditos

Edital publicado – resumo e relação dos credores

15 dias – p/ os credores apresentarem


habilitação/contestação ao administrador judicial

45 dias – p/ o administrador judicial publicar edital contendo a relação


dos credores, com base nas novas informações e documentações – indica
local, horário e prazo comum para acesso às documentações

Edital publicado – nova relação de credores. Art. 7º, §2º

10 dias – p/ impugnação da relação de credores, junto ao juiz, pelo


Comitê, qualquer credor, devedor ou seus sócios ou o Ministério Público

Caso não haja impugnações, o juiz HOMOLOGARÁ esta


relação de credores como quadro-geral de credores.

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Na recuperação judicial Na falência

SE o crédito retardatário
NÃO tiver sido homologado
no quadro-geral de credores
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Perda de direito a
Não têm direito a voto na rateios e sujeita-se ao
assembleia de credores, exceto pagamento de custas
credor de relação trabalhista

4- Recuperação Judicial

4.1- Introdução

Crédito excluídos da
rec. judicial.

Créditos de móveis ou
TRIBUTÁRIOS Adiantamento de imóveis objeto de
P/ a concessão da rec. contrato de câmbio ao alienação fiduciária ou
jud. precisa-se de exportador ( art. 49, arrendamento mercantil c/
certidões negativas de §4º c/c art. 86, II) cláusula de
débitos tributários (art. Objeto de pedido de irrevogabilidade ou
57, LF e 191-A, CTN). restituição. irretratabilidade (art. 49,
§3º)

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4.2- Requisitos

Regularidade: atividade regular há mais de 2 anos

Falência: Não ser falido ou, se o foi, as suas obrigações


estejam extintas por sentença transitada em julgado
Requisitos
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Rec. Judicial Rec. jud. anterior: Não ter há menos de 5 anos obtido
concessão normal ou com base no plano especial para ME e
EPP.

Crime falimentar: sem condenção pessoal ou como


administrador ou sócio controlador.

4.3- Meios de recuperação judicial

Concessão de prazos e condições especiais para


pagamento das obrigações

Operações societárias, cessão de cotas/ações

Meios de Alteração do controle societário e aumento do capital


recuperação

Substituição dos administradores ou modificação dos


órgãos administrativos ou trespasse do estabelecimento

Redução salarial, venda parcial dos bens, usufruto da


empresa, administração compartilhada

1. Deve prever o pagamento em ATÉ UM ANO dos créditos


trabalhistas (legislação e acidente) vencidos na data do
pedido de recuperação;

2. Deve prever o pagamento em ATÉ 30 DIAS dos créditos de


natureza estritamente salarial vencidos nos 3 meses
anteriores ao pedido de recuperação, limitados à 5 salários-
mínimos por trabalhador;

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4.4- Processo de recuperação judicial

Petição inicial - observa os requisitos


(art. 48) e formalidades (art. 51)
Postulatória
Despacho de processamento (art. 52)
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reconhece a legitimidade do requerente


e a regularidade da petição inicial

Votação do plano de recuperação,


Fases verificação dos créditos
Rec. Judicial Deliberativa
Homologação do plano e o benefício
da rec. jud. conferido ao devedor.

Cumprimento das obrigações no plano


Executória
Fiscalização do cumprimento do plano

Fase
deliberativa

Juiz ordena a
O devedor deve O plano deve publicação do edital
conter detalhes avisando do
apresentar o A decisão
dos meios a serem recebimento do plano
plano no prazo empregados, e fixando prazo
concessiva da
improrrogável resumo, para objeções, que recuperação é
de 60 dias após demonstração da é de 30 dias da um título
a publicação do sua viabilidade e publicação da relação executivo
despacho de laudo de credores. Os judicial,
processamento, econômico- credores opositores cabendo como
sob pena de fianceiro e ao plano devem a ele recurso o
convolação em avaliação do bens se submeter em caso agravo.
falência. do ativo. de aprovação
(art.59).

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Por MAIS DA METADE DE TODOS OS CRÉDITOS

Por DUAS CLASSES DE CREDORES ou De UMA


CLASSE se apenas existirem duas classes votantes

Por MAIS DE UM TERÇO dos credores da classe que


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rejeitou o plano.

Despacho de Objeção de NÃO


Apresenta certidões
processamento credor??? negativas de débitos

60 dias
30 dias
SIM
SIM
Apresenta
Publica
o plano??? SIM
edital
Convoca Todas as classes
assembleia aprovam o plano??
NÃO

NÃO
Aprovam o plano
cumulativamente???
Juiz
Mais de 50% de todos verifica
FALÊNCIA NÃO
os créditos + 2 classes
+ 1/3 dos credores da
classe que rejeitou

SIM

Apresenta certidões RECUPERAÇÃO


negativas de débitos JUDICIAL

4.5- Encerramento da recuperação judicial

Bem, uma vez concedida pelo juiz o plano de recuperação judicial, o


devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as
obrigações previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois
da concessão da recuperação.

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4.6- Convolação da recuperação judicial em falência

Por deliberação da assembleia, aprovada por mais da


metadade do valor dos créditos presentes.

Quando o devedor não apresentar o plano no prazo de


Hipóteses de 60 dias do deferimento do pedido
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convolação em
falência
Rejeição do plano de recuperação pela assembleia de
credores

Descumprimento de qualquer obrigação assumida


no plano nos 2 anos após a sua concessão.

4.7- Recuperação judicial da ME e EPP

TODOS os existentes na data do


pedido, ainda que não vencidos
Créditos
Exceto: repasse de recursos oficiais, os
fiscais e art. 49, §3º e 4º.

Parcelamento em até 36 parcelas,


iguais e sucessivas - juros SELIC
Recuperação
Especial Proposta de abatimento do valor das
Benefícios
ME e EPP dívidas

1ª parcela - até 180 dias

Autorização judicial para contratar


Efeito no empregados e aumentar despesas,
devedor ouvido o adm. judicial e Comitê de
credores.

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5- Recuperação extrajudicial

5.1- Introdução

A LF assegura ao devedor e a seus credores a realização de acordos


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que criem condições favoráveis à reestruturação da empresa. Esses


acordos podem ser levados à homologação judicial, a fim de conferir
eficácia de título executivo judicial, em caso de descumprimento. Porém, a
homologação judicial só é obrigatória quando a maioria dos credores concorda
e apoia o plano.

5.2- Requisitos

Regularidade: atividade regular há mais de 2 anos

Falência: Não ser falido ou, se o foi, as suas obrigações


estejam extintas por sentença transitada em julgado

Rec. judicial anterior: Não ter há menos de 5 anos


obtido concessão normal ou com base no plano especial
Requisitos para ME e EPP.
SUBjetivos
Rec. ExtraJud. Crime falimentar: sem condenção pessoal ou como
administrador ou sócio controlador.

Não possuir pedido de rec. judicial a ser liberado

Rec. judicial e extrajud. anterior: Não ter há


menos de 2 anos obtido rec. judicial ou homologação
de plano de rec. extrajudicial.

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REQUISITOS OBJETIVOS - recuperação extrajudicial

• O plano NÃO pode prever o pagamento antecipado de nenhuma dívida


(art. 161,§2°);
•Tratamento paritário a todos os credores (art. 161,§2º parte final);
•Deve abranger somente os créditos constituídos até a data do pedido
de recuperação (art. 163,§1°);
•Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão ou
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substituição da garantia somente serão admitidas se os credores


concordarem (art. 163,§4º);
•NÃO pode afastar a variação cambial dos créditos em moeda
estrangeira sem contar com a anuência expressa do respectivo credor
(art. 163, §5°)

5.3- Créditos abrangidos pela recuperação extrajudicial

I. Crédito com garantia real até o limite do bem gravado;


II. Créditos com privilegio especial e geral;
III. Créditos quirografários;
IV. Créditos subordinados;
V. Crédito em moeda estrangeira, que será convertido para moeda nacional
pelo câmbio da véspera da assinatura do plano.

Crédito excluídos da
Rec. Extrajudicial

Créditos móveis
Créditos de ou imóveis objeto Créditos
Adiantamento de
natureza de arrendamento trabalhistas
contrato de
TRIBUTÁRIA mercantil c/ (decorrentes da
câmbio ao
cláusula de legislação e de
exportador
irrevogabilidade ou acidentes)
irretratabilidade

5.4- O pedido e seus efeitos

O pedido do plano de recuperação é uma faculdade do devedor, que


poderá requerer a homologação em juízo do plano, juntando sua justificativa e
o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos
credores que a ele aderiram.

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6- Crimes falimentares

Não são automáticos Duram até 5 anos após


– devem ser motivados Efeitos da condenação a extinção da
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na sentença por crime falimentar punibilidade ou antes


pela reabilitação penal

Impedimento para
exercer cargo no Impossibilidade
Inabilitação para a
conselho de de gerir empresa
atividade administração, por mandato ou
empresarial direitoria ou gerência gestão de negócio
de sociedades

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Aula 06 - Contratos

1- Princípios da teoria geral dos contratos mercantis


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1.1- Introdução: Aplicabilidade do Código Civil e do Código de


Defesa do Consumidor

Enunciado nº 20 da I Jornada de Direito Comercial, do Conselho da


Justiça Federal (CJF):

Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos contratos celebrados entre


empresários em que um dos contratantes tenha por objetivo suprir-se de
insumos para sua atividade de produção, comércio ou prestação de serviços.

1.2- Princípios fundamentais dos contratos

Princípio Características
Princípio da As partes têm liberdade para estabelecer as regras do
Autonomia da contrato, contudo “em razão e nos limites da função social
Vontade do contrato” (art. 421, CC). Deve haver equilíbrio
contratual.
O acordo de vontade entre as partes é o suficiente para
caracterizar o vínculo contratual e assumir as obrigações.
Princípio do
As exceções são os contratos reais, onde para aperfeiçoar
Consensualismo ou
o contrato é preciso a entrega de coisa, e os solenes, que
Consentimento
dependem de formalidades.
Os efeitos do contrato se restringem somente às partes (e
herdeiros, quando o contrato não for personalíssimo) e ao
Princípio da
objeto contratual. Exceção a esse princípio são os contratos
Relatividade
expressos em favor de terceiro, como o seguro de vida.
Princípio da Pacta sunt servanda (os pactos devem ser respeitados).
Obrigatoriedade Traz segurança jurídica à relação contratual. Também
conhecido como Princípio da Força Obrigatória
Rebus sic stantibus (enquanto as coisas estão assim).
Representa a chamada Teoria da Imprevisão e é exceção
ao princípio da obrigatoriedade. O pacto pode ser alterado
Princípio da revisão em razão das circunstâncias serem diferentes do momento
da celebração do contrato prejudicando uma das partes.
Princípio da boa-fé Os contratantes devem observar na conclusão e na
execução do contrato a probidade e a boa-fé (art. 422,
CC).

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Obs.: Contratos típicos ou nominados – são aqueles estabelecidos e
regulados por meio de legislação específica; Contratos atípicos ou
inominados – são aqueles que podem ser estabelecidos livremente por
acordo entre as partes pois não possuem uma lei específica normatizadora,
devendo, no entanto, observar as normas gerais dos contratos (art. 425, CC).
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2- Contrato de compra e venda mercantil

Comprador e vendedor devem ser EMPRESÁRIOS

Compra e venda
mercantil O objeto contratual deve ser uma mercadoria

Finalidade de circulação de bens

2.1- Elementos e formação do contrato de compra e venda

O contrato de compra e venda necessita de 3 (três) elementos:

Deve ser lícito, possível, determinado ou


O objeto determinável. Pode ser coisa atual ou
futura, móvel ou imóvel.

Fixado livremente pelas partes ou ao


Elementos O preço arbítrio de terceiro designado. Pode ser à
vista ou a prazo.

As partes devem acertar as condições de


As condições exibilidade das obrigações (condição
suspensiva ou resolutiva).

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2.2- Obrigações do vendedor e comprador

Obrigações do
Vendedor
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Responsabilidade
Transferir o domínio Responsabilidade por
pelos vícios na coisa
do objeto contratado evicção
vendida
O momento da tradição É a perda do objeto por
Embora sem defeito, o
do bem determina os ser propriedade de
bem é também viciado
direitos e deveres dos terceiro em decisão
se o seu valor é inferior
contratantes. judicial.
ao comprado.

Rescisão do contrato Indenização por O vendedor arca c/


(ação redibitória) ou perdas e danos ou todas as despesas
judiciais e indeniza
todas as perdas do
Redução proporcional comprador
Entrega da coisa
do preço - ação
vendida
estimatória.

Pagamento do preço, no tempo e local acordado. Se nada for


Obrigações do

acordado, será à vista no momento e local da entrega do bem.


Comprador

Recebimento da mercadoria no local, na data e do modo


contratados.

Providenciar e arcar com o registro correspondente ao domínio


do bem transferido, quando necessário. Ex: aquisição de quotas ou
ações de sociedade.

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3- Contratos de colaboração

• O colaborador atua na
identificação dos revendedores Mandato
dos produtos do fornecedor,
Por recebendo um valor pecuniário Comissão
aproximação sobre os negócios que ajudar a Representação
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

celebrar entre fornecedor e Agência


revendedor.

• O colaborador adquire os
produtos do fornecedor por meio
de contrato de compra e venda Concessão
Por mercantil para revendê-los. A
intermediação remuneração do colaborador é
Distribuição-
devida pelo exercício de sua intermediação
própria atividade de revenda.

3.1- Contratos de Mandato e Comissão Mercantil

MANDATO MERCANTIL COMISSÃO MERCANTIL

Colaborador = Mandatário presta Colaborador = Comissário presta


serviços ao Fornecedor = Mandante serviços ao Fornecedor = Comitente

Mandatário pratica atos em nome e por Comissário pratica atos em nome


conta do mandante próprio, mas a conta do comitente

O adquirente dos produtos realiza O adquirente dos produtos realiza negócio


negócio com o mandante=fornecedor com o comissário=colaborador

REGRA- art. 697: Pelo inadimplemento ou insolvência do comprador, o colaborador


(mandatário ou comissário) não responde. Sua remuneração continua devida.

Obs.: Cláusula Del credere: Na comissão, pode ser estipulada a


transferência do comitente para o comissário do risco de descumprimento das
obrigações do comprador. O comissário fica solidário com o comprador
perante o comitente, quando há inadimplência ou insolvência do comprador
(art. 698, CC). O comissário poderá ter comissão maior neste caso, devido ao
aumento dos riscos.

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3.2- Contrato de representação comercial autônoma

Contrato interempresarial - o representando não


pode estar impedido de ser empresário

Deve indicar a existência ou não de exclusividade de


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zona - cláusula implícita


Representação
Comercial
Deve indicar a existência ou não de exclusividade de
representação - cláusula não implícita

O representante tem direito à comissão pelos negócios


realizados por meio de seu esforço.

Obs.: Exclusividade de zona: o representante tem direito de atuar com


exclusividade em determinada região. Se o representado desejar atuar, direta
ou indiretamente, deverá fazer constar expressamente esta condição no
contrato, pois a cláusula de exclusividade de zona é implícita.
Obs.: Exclusividade de representação: o representante tem direito de
representar outro fornecedor. Para que seja proibido, deve vir expresso em
contrato, pois a cláusula de exclusividade de representação não é implícita.

3.3- Contratos de Agência e de Distribuição

Contratos de Agência
e de distribuição

Atuam de forma São consensuais,


não eventual ou onerosos, típicos. DESPESAS INDENIZAÇÃO
continuada para a O agente ou Com a agência ou Direito do
promoção dos distribuidor são distribuição são por agente ou
negócios do retribuídos conta do agente ou distribuidor se o
proponente conforme os distribuidor, embora proponente
(fornecedor) sem serviços prestados atuem por conta do cessar o
vínculo ao proponente no proponente, salvo contrato sem
empregatício e sentido de escoar a disposição em justa causa ou
dentro de zona sua produção ou contrário reduzí-lo.
determinada estoque

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3.4- Concessão Mercantil

Contrato atípico, exceto quando se trata da lei


6.729/79 - veículos automotores terrestres -"Lei
Ferrari".

Concessão O concessionário age em nome e por conta


Mercantil próprios
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É comum o concessionário prestrar serviços de


assistência técnica aos adquirentes

3.5- Contrato de Franquia (franchising)

Franqueador Franqueado

•Fornecer ao interessado a •Pagamento da taxa de adesão;


circular de oferta de •Pagamento de porcentagem do
franquia que contém faturamento;
informações essenciais para a •Venda dos produtos
celebração do contrato; exclusivos indicados pelo
•A circular de oferta deve ser fornecedor;
entregue ao interessado no •Venda dos produtos conforme
mínimo 10 dias antes da tabela de preços fornecida pelo
assinatura do contrato ou franqueador.
pré-contrato ou de qualquer
pagamento.

.....contrato de franquia deve ser registrado no Instituto Nacional


de Propriedade Industrial (INPI), conforme o art. 211 da Lei nº 9.279/96,
como forma de produzir efeitos em relação a terceiros. Caso não seja
levado a registro no INPI, o contrato de franquia possui validade, mas
somente produz efeitos entre as partes.

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4- Contratos Bancários

4.1- Contrato de depósito


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Contrato de Depósito

Bens fungíveis
Bens infungíveis
O depósito é considerado
Os bens depositados são específicos
irregular, pois a devolução será
e o depósito é considerado regular,
em bens do mesmo gênero,
pois a restituição é do próprio bem
qualidade e quantidade.
depositado.
Semelhante ao mútuo.

Obs.: Contrato de mútuo: trata de empréstimos de coisa fungível. O


mutuário (depositário) obriga-se a restituir ao mutuante (depositante) a coisa
depositada no mesmo gênero, quantidade e qualidade. Aqui o domínio do bem
é transferido ao mutuário, que arca com todos os riscos.

4.1.1- Contrato de depósito bancário

À vista Quando solicitada, a restituição deve


ser imediata pelo banco

Depósito A restituição se dará em prazo fixado


Bancário A pré-aviso
pelas partes

A prazo fixo O depositante somente pode solicitar a


restituição após determinada data

4.2- Fomento Mercantil (Factoring)

“O fomento mercantil (factoring) é contrato pelo qual um empresário


(faturizador) presta a outro (faturizado) serviços de administração do crédito
concedido e garante o pagamento das faturas emitidas (maturity factoring). É
comum também o contrato abranger a antecipação do crédito, numa operação
de financiamento (convencional factoring).”

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Faturizador adquire as faturas do faturizado

Fomento Administrar os créditos do


faturizado
mercantil
Obrigações Pagar ao faturizado o valor
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do faturizador das faturas

Assume o risco pelo não


pagamento pelo devedor
Modalidades

Conventional factoring - o Maturity factoring - o


faturizado recebe pagamento faturizado recebe pagamento
antecipado, há no vencimento e serviço de
financiamento e serviço de administração do crédito. Não
administração do crédito. há financiamento

Contrato atípico - sem regulamentação legal

As empresas de factoring não são instituições


financeiras - sem autorização do BACEN

Proibidas de exercer atividades típicas de bancos


Factoring
Juros máximos de 12% a.a. em suas operações,
conforme a lei de Usura (decisão do STJ)

Cessão dos créditos ao faturizador, que assume o risco


pelo inadimplemento, salvo estipulação em contrário (art.
296, CC). Não há direito de regresso contra o
faturizado.

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4.3- Arrendamento Mercantil (Leasing)

Lei 6.099/74 e
Res. CMN
2.309/96
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Arrendadora Arrendatário
(empresa) Leasing (cliente)

Posse e
Propriedade usufruto
Bem
móvel ou
imóvel

Continuar o arrendamento

Opções do
Encerrar o arrendamento
arrendatário

Adquirir o bem por valor


residual (parcelas pagas mais
depreciação)

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Modalidades de
Arrendamento
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Financeiro Operacional Lease Back

Modelo clássico. O bem pertence à


arrendadora que o O bem pertence ao
Arrendadora arrendatário que o
adquire o bem e o aluga. A assistência
técnica pode ser de vende à empresa
aluga ao arrendatário. arrendadora que irá
Soma das parcelas responsabilidade da
arrendadora ou da arrendá-lo. Ocorre
suficientes para lucro sempre na
da arrendadora. A arrendatária. Soma
das parcelas no modalidade
assistência técnica a financeiro. Envolve
cargo da arrendatária máximo 90% do custo
do bem arrendado e necessariamente
Valor residual pessoas jurídicas.
inexpressivo. prazo contratual
inferior a 75% da vida
útil do bem. Valor
residual expressivo
corresponde ao valor
Valor residual de mercado do bem.
garantido (VRG) -
antecipação do valor
residual do bem

Para os demais bens


Leasing 3 ANOS
Financeiro

Entrega do 2 ANOS
bem
Data de vencimento da última
P/ bem com vida útil contraprestação
até 5 anos

Já para o leasing operacional o prazo mínimo de


contrato é de 90 dias (art. 8º, II, Res. CMN 2.309/96).

• Prazos:
o Leasing Financeiro:

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▪ 2 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos
bens à arrendatária e a data de vencimento da última
contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens
com vida útil igual "ou inferior a 5 (cinco) anos;
▪ 3 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos
bens à arrendatária e a data de vencimento da última
contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens
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com vida útil superior a 5 (cinco) anos.


o Leasing Operacional: 90 (noventa) dias.

4.4- Alienação Fiduciária em Garantia

Fiduciante
Fiduciário
(devedor)
(credor)

Bem móvel ou
imóvel

É garantia de
pagamento da dívida
Alienação pelo fiduciante
Fiduciária

Condição resolutiva - saldando


a dívida, a propriedade do bem
passa ao fiduciante

É contrato-meio

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5- Contrato de locação

Lei nº 8.245/91 (Lei de Locação-LL) é o instrumento a ser utilizado no


caso de imóvel alugado, conferindo ao empresário locatário o direito de
permanecer no imóvel ou de indenização em caso de não renovação, conforme
a lei – Direito de Inerência
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Locatário: Empresário ou seu sucessor ou sócio


sobrevivente (no caso de sociedade)
Contrato escrito a renovar c/ prazo mínimo ou
soma dos prazos de 5 anos
Requisitos
para renovação do Mesma atividade exercida no local pelo prazo mín.
contrato de locação e ininterrupto de 3 anos.

O pedido de renovação deve ser promovido no


intervalo entre um ano e seis meses do final
do contrato a ser renovado

É o chamado Direito de Retomada. Tais hipóteses são as seguintes (art. 52


e 72 da LL):

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