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ENCONTROS TÉCNICOS

DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS


MÓDULO 04

Processo de Seleção de
Técnicas de Remediação

Kamilo Campos - Brazil, outubro de 2021


APRESENTAÇÃO

Kamilo U. Campos G. Leite


kamilo.campos@arcadis.com
https://www.linkedin.com/in/kamilo-campos-45552028/

Engenheiro Ambiental (Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI, 2008)

Pós-Graduação em Gerenciamento de Áreas Contaminadas (2010 - 2011)

Mestrado em Hidrogeologia (Isótopos) – 2014 - 2016

12 anos de experiência em Gerenciamento de Áreas Contaminadas (2009 - 2021)


Coordenador de Projetos de Investigação e Remediação Ambiental

Grupo Técnico de Elaboração do Manual de GAC (investigação)


OBJETIVOS DO MÓDULO

Discutir os principais aspectos envolvidos no processo de seleção das técnicas de


remediação e controle ambiental que, ao serem aplicadas de maneira individual ou
conjunta, darão suporte para a devida elaboração do Plano de Intervenção.
OBJETIVOS DO MÓDULO

Parte-I: Modelo Conceitual

N Parte-II:
Estratégias de Intervenção

07 November 2021 5
OBJETIVOS DO MÓDULO

Parte-IV:
Processo de Seleção das técnicas
de remediação e controle.

Parte-III:
Definição dos objetivos da Parte-V:
intervenção Definição da
Estratégia de Monitoramento

07 November 2021 6
PILARES DO PROCESSO DE ESCOLHA
• Modelo conceitual robusto: • Objetivos de remediação:
A construção de um MCA com base na coleta A definição dos objetivos de remediação e métricas de
confiável de dados de caracterização que permita performance que sejam claras concisas e mensuráveis.
um bom entendimento das condições que
controlam a distribuição e transporte dos
contaminantes.

• Estratégias de monitoramento: • Estratégia de remediação:


Periodicidade, parâmetros e pontos de medição a • Processo de seleção da técnica ou múltiplas técnicas a
serem definidos em função das tecnologias, serem aplicadas de forma individual, conjunta ou
objetivos e metas de remediação. sequencial para otimização de performance
Parte-I:
Componentes principais de MCA-4
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL X ETAPA DO PROCESSO DE GAC

Processo de identificação/caracterização
MCA-1A
Avaliação Preliminar MCA-1B
MCA-1C

Investigação
MCA-2
confirmatória
Processo de reabilitação /remediação
Investigação
MCA-3 Aprovação CETESB
Detalhada

Execução do Plano
Plano de Monitoramento de
Avaliação de Risco de Intervenção
Intervenção encerramento
(Remediação)

MCA-4
Termo de
Reabilitação para Aprovação CETESB
uso declarado
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL – MCA-4

MCA-1 (A, B, C) MCA-2


• Histórico de uso e ocupação • Identificar analiticamente a qualidade do solo e
• Identificação e delimitação em planta das água subterrânea nas áreas de identificadas
áreas fontes existentes no MCA-1
• Fontes potenciais de contaminação • Características do meio físico local
• Identificação das Substâncias químicas de • Geologia e
interesse • Hidrogeologia
• Características do meio físico (geologia e • Delimitação em planta e em perfil dos impactos
hidrogeologia) e
• Delimitação em planta das áreas
contaminadas sob investigação

MCA-3

• Caracterização detalhada do meio físico nas


áreas de identificadas no MCA-2 (solo, agua e
vapores do solo):
MCA-4 • Delimitação tridimensional dos impactos
• Quantificação de massa das SQIs
• Quantificação dos riscos associados ao • Caracterização dos mecanismos de
cenários de exposição identificados no transporte e unidades hidroestratigráficas
MCA-3. do meio
• Definição dos potenciais cenários de risco
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL – MCA-1
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL – MCA-2
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL – MCA-3
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL – MCA-4
PARTE 1
MODELO CONCEITUAL – MCA-4

Síntese das informações


Elaborar o MCA e Ilustrar a distribuição dos
contaminantes.
• Seções hidrogeológicas
• MCA 3-D
• Modelo dos 14 compartimentos

Zona Área fonte Área de pluma


/ Fase Baixa permeabilidade Transmissiva Transmissiva Baixa permeabilidade
Vapor 2 3 1 1
DNAPL 0 0
Dissolvida 1 2 2 1
Sorvida 3 3 2 1
Concentrações em equivalente de fase dissolvida
0 representa > 1 µg/L/L 1 representa > 10 µg/L 2 representa > 100 µg/L 3 representa > 1000 µg/L
Definição das estratégias de intervenção
PARTE - 2
PARTE 2

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO

Redução de massa >> Controle ou Contenção


PARTE 2

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO

Pontos Importantes:
• Medidas de redução de massa devem ser priorizadas em
relação às medidas de controle e contenção
• Medidas de intervenção pode ser agrupadas em
• Curto Prazo: até 12 meses
• Médio Prazo: 1 a 5 anos
• Longo prazo: 5 anos ou mais (<20 anos*)
• Períodos muito longos podem acarretar em problemas de
responsabilidade legal e continuidade do processo de
gerenciamento
PARTE 2

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO

Atuar na área fonte Atuar na frente de pluma


• Fase adsorvida • Fase adsorvida
• Fase aquosa • Fase aquosa
• Fase de vapores • Fase de vapores

Objetivos: Objetivos:
• Atenuação e remoção de massa • Controle de massa (abatimento / atenuação)
• Contenção (Física Hidráulica) • Controle do transporte (contenção)
PARTE 2

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO

Processos físicos

Processo
Processos de
Químico ou
Contenção
Biológico
PARTE 2

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO

Processos físicos

4. Treatment Technologies – idss (itrcweb.org)


Processo
Processos de
Químico ou
Contenção
Biológico
PARTE 2
TECNOLOGIAS OU PROCESSOS DE REMEDIAÇÃO E SUAS CATEGORIAS DE ATUAÇÃO

In-situ
Ex-situ In-situ (entrega de reagentes) Contenção
(processos físicos transferência de massa)

Escavação Zonas reativas redutivas Extração Multifásica (MPE/DPE) Pumping & Treat

Zonas reativas oxidativas SVE Funnel & gate


Biorreatores / Biopilhas

AS/SVE Barreiras reativas

Termal

Sistema de recirculação
Definição dos objetivos de remediação
PARTE - 3
PARTE 3

OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO
• Específicos de cada área/projeto
• Intrinsicamente ligados aos riscos de exposição e/ou responsabilidade legal.

Objetivos Funcionais:
Objetivos Absolutos: • Passos ou atividades requeridas para se atingir os
• Baseados em valores sociais mais amplos: objetivos absolutos
• “Proteção do Meio Ambiente” • Remediação da área fonte para redução das
• “Proteção quanto a cenários de risco” concentrações até as CMAs para prevenção do
estabelecimento de cenários de inalação de vapores
PARTE 3

OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO
DD 38 (CETESB)
PARTE 3

FATORES CRÍTICOS DO PROCESSO DE DEFINIÇÃO


• Projeto se limita somente à definição dos objetivos absolutos:
• Permanecendo com alto grau de subjetividade ou
• Não sendo claramente definidos
• Objetivos não mensuráveis
• Objetivos pouco realísticos ( p.ex. atingir CMAs para todas as mídias (água, solo e vapores)
• Objetivos inatingíveis devido a:
• Modelo conceitual é falho
• Incompatibilidade com tempo requerido pelo projeto

(Arcadis: Oesterreich, 2019)


PARTE 3

OBJETIVOS DE REMEDIAÇÃO

Como ter mais controle sobre o processo de remediação?


• Compartimentar os objetivos Objetivos muitas vezes não baseados em valores
• Desenvolvimento de objetivos mais específicos de concentração:
(“Objetivos funcionais do tipo SMART”) • Redução de Ordem de magnitude
• Promover remediações parciais enquanto se envolve • Redução de fluxo de massa
para um processo de remediação mais robusto

• Specific, • Específicos
• Measurable, • Mensuráveis,
Objetivos SMART • Attainable, • Atingíveis
• Relevant, • Relevantes
• Time-bound • Limitado no tempo
PARTE 3

OBJETIVOS FUNCIONAIS SMART


Específico: Devem especificar o que se pretende atingir
com a remediação: Atingível: Devem ser realistas dentro do:
• Atingir a CMA de uma SQI em água em 6 meses • Prazo
• Reduzir o fluxo de massa da fonte em 50% • Ciclo econômico do projeto, etc..
• Interromper a migração de vapores

Mensurável: Devem ser passíveis de quantificação.


• Números, quantidades e bases de comparação
devem ser claramente especificados.

Relevante: Devem corresponder as expectativas do Temporalidade: Tempo requerido para atingir o


projeto. objetivo deve ser claramente definido e que
• Atingir níveis de potabilidade? permite a atribuição de responsabilidades
• Remover todo o perfil do solo impactado?
PARTE 2

OBJETIVOS FUNCIONAIS SMART


Objetivos absolutos Objetivos funcionais SMART
Proteger saúde humana e ao meio ambiente Objetivo absoluto-1: Proteger saúde humana e ao meio ambiente
Conservar os recursos naturais Objetivo absoluto-2: Restaurar o uso pretendido do terreno
Evitar efeitos adversos à comunidade • Reduzir as concentrações na zona vadosa para PCE e evitar VI

Objetivos Funcionais: • Especifico: Sim, reduzir de 186 mg/Kg para CMA=16 mg/Kg

Riscos • Mensurável : Sim, via coleta de amostras.

• Prevenir riscos exposição via impactos de solo, • Atingível: Sim, via escavação, SVE, ISCO. Redução de 1O.M.
vapores do solo e A-sub. • Relevante: Sim, restaura uso pretendido do terreno.
Extensão • Temporalidade: Tempo de vida do projeto 2 anos
• Reduzir as concentração da área fonte • Reduzir as concentrações na zona saturada para TCE e evitar VI
• Reduzir a extensão das plumas • Especifico: Sim, reduzir de 7500 ug/L para CMA= 450 ug/L
Regulatório • Mensurável : Sim, via coleta de amostras.
• Cumprir com as legislações vigentes • Atingível: Sim, ISCO. Redução de 1O.M.
Uso do solo • Relevante: Sim, restaura uso pretendido do terreno.
• Restaurar o uso pretendido do terreno • Temporalidade: Tempo de vida do projeto 2 anos
PARTE 2

OBJETIVOS FUNCIONAIS SMART

• Specific, • Específicos
• Measurable, • Mensuráveis,
Objetivos SMART • Attainable, • Atingíveis
• Relevant, • Relevantes
• Time-bound • Limitado no tempo

O entendimento correto do embasamento técnico por de traz de cada objetivo permite que cada objetivos seja revisto
caso as seguintes condições se estabeleçam:
• A determinada tecnologia de remediação não performou como esperado
• Uma estratégia complementar de tecnologia deve ser implementada
• Ficou claro que o objetivo funcional definido (ex. atingir 450 µg/L de TCE na água) não pode ser atingido.

A definição criteriosa dos objetivos de remediação dá maior embasamento a


processo de tomada de decisão e consequentemente :
• traz mais sucesso ao projeto
• Reconhecer mais rapidamente os pontos falhos
Exemplo Prático Conceitual
• Desenvolvimento de objetivos SMART
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL

0m

8m

12 m

18 m
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL


1º passo: Definir os objetivos absolutos
• Específicos da área (uso atual ou futuro do terreno)
• Contexto de responsabilidade legal
2º Passo: Elaborar o MCA e Ilustrar a distribuição dos contaminantes.
• Seções hidrogeológicas
• MCA 3-D
• Modelo dos 14 compartimentos
Zona Área fonte Área de pluma
/ Fase Baixa permeabilidade Transmissiva Transmissiva Baixa permeabilidade
Vapor 2 3 1 1
DNAPL 0 0
Dissolvida 1 2 2 1
Sorvida 3 3 2 1
Concentrações em equivalente de fase dissolvida
0 representa > 1 µg/L/L 1 representa > 10 µg/L 2 representa > 100 µg/L 3 representa > 1000 µg/L
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL


2º Passo: Elaborar o MCA e
Ilustrar a distribuição dos
contaminantes.
• Seções hidrogeológicas
• MCA 3-D
• Modelo dos 14
compartimentos
0m

Volatilização
Volatilização Lixiviação
8m

12 m

18 m
Fluxo da AS (Transp. de Massa)
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL


TCE no solo PCE no solo

TCE nos vapores (sub-slab) PCE nos vapores (sub-slab)


Junho 2019 Junho 2019 Junho 2019 Junho 2019
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL


2º Passo: Elaborar o MCA e Ilustrar a distribuição dos contaminantes.

3º Passo: Definir quais são os fatores críticos a serem endereçados para a remediação.
I. Estabelecimentos de cenários de vapor de intrusão na área fonte e na área de pluma à partir da água
subterrânea
II. Estabelecimentos de cenários de vapor de intrusão na área fonte e na área de pluma à partir do solo (zona
vadosa e saturada)
III. Aporte de massa para a zona saturada a partir da zona vadosa
IV. Transporte das concentrações para área de jusante via zonas mais transmissivas
PARTE 2

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL


4º Passo: Avaliação macro para definição de quais são os cenários de risco (ARSH) e potenciais estratégias de remediação.
• Atuar na fonte?
• Controlar o transporte e/ou fluxo de massa (p.ex. há riscos de migração off-site)?
• Controlar riscos imediatos (p.ex.: evitar cenários de risco de exposição?)
• Controle institucionais?

Passos 4

Passos 1 ao 3
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL


5º Passo: Definir os objetivos funcionais para o projeto de remediação
Objetivos funcionais SMART
Objetivo absoluto-1: Proteger saúde humana e ao meio ambiente
Objetivo absoluto-2: Restaurar o uso pretendido do terreno
• Reduzir as concentrações na zona vadosa para PCE e evitar VI
• Especifico: Sim, reduzir de 186 mg/Kg para CMA=16 mg/Kg
• Mensurável : Sim, via coleta de amostras.
• Atingível: Sim, via escavação, SVE, ISCO. Redução de 1O.M.
• Relevante: Sim, restaura uso pretendido do terreno.
• Temporalidade: Tempo de vida do projeto 2 anos
• Reduzir as concentrações na zona saturada para TCE e evitar VI
• Especifico: Sim, reduzir de 7500 ug/L para CMA= 450 ug/L
• Mensurável : Sim, via coleta de amostras.
• Atingível: Sim, ISCO. Redução de 1O.M.
• Relevante: Sim, restaura uso pretendido do terreno.
• Temporalidade: Tempo de vida do projeto 2 anos
PARTE 2

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL

6º Passo: Seleção das técnicas e estratégias de remediação aplicáveis ao caso

1º Passo

6º passo 2º Passo O estudo de viabilidade é na verdade


a estruturação de um pensamento /
Estudo de
projeto em torno dos objetivos
viabilidade (absolutos e funcionais SMART) de
remediação.
5º passo 3º passo

4º passo
PARTE 3

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL

• Recomendação de intervenção
Etapa-5

• Análises Comparativa entre as Alternativas Prioritárias


Etapa-4 • Matriz de comparação x objetivos de remediação

Estudo de Viabilidade
Técnica para Potenciais Etapa-3 • Seleção das Estratégias de Remediação Prioritárias
Medidas de Intervenção

• Avaliação Inicial de Potenciais Medidas de


Etapa-2 Intervenção Aplicáveis
• Tecnologias = meio + contaminantes

• Definição dos Objetivos Absolutos


Etapa-1
• Definição dos objetivos SMART
Processo de seleção de Tecnologias de Remediação

PARTE - 4
PARTE 4

SELEÇÃO DE TECNOLOGIAS DE REMEDIAÇÃO

Objetivos da Remediação Modelo conceitual

• Objetivos absolutos • Geologia


• Objetivos funcionais SMART • Hidrogeologia
• Característica das SQIs

Custos do projeto
Interação com as partes
• Agentes reguladores
• Cliente
Tempo de remediação
• Comunidade
• Fornecedores

Adoção de um única tecnologia ou Definição da estratégia Adoção de tecnologias ou


processo de remediação de Remediação processos combinados
PARTE 4

PROCESSO DE SELEÇÃO DAS MEDIDAS DE INTERVENÇÃO

Por onde começar?

• Características do contaminante:
• Volatilidade
• Mobilidade
• Toxicidade
• Tipo de Tecnologia:
• In-situ Biológico
• In-Situ Químico
• In-situ Termal
• Tratamento Físico
• Contenção & Controle
• Características Hidrogeológicas
Technology Screening Matrix | Federal Remediation Technologies Roundtable (frtr.gov)
https://frtr.gov/matrix/default.cfm
PARTE 4

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL

6º Passo: Seleção das técnicas e estratégias de remediação aplicáveis ao caso.

Por onde começar?


VOCs não Halogenados: SVOCs não Halogenados: Explosivos
• Características do contaminante: • Acetona • Naftaleno • TNT, DNT.
• Volatilidade • Dissulfeto de carbono • PAHs (benzo(a)pireno)
Radionuclídeos
• Mobilidade VOCs Halogenados: SVOCs não Halogenados: • Cesium-137
• Etenos clorados • Clorobenzenos
• Toxicidade • Etanos clorados • Clorofenois
• Tipo de Tecnologia: • Clorobenzenos • Pesticidas

• In-situ Biológico Combustíveis: Inorgânicos


• BTEX • Metais
• In-Situ Químico • Trimetilbenzeno
• Naftalenos https://frtr.gov/matrix2/section2/2_10.html
• In-situ Termal
• Tratamento Físico
• Contenção & Controle
• Características Hidrogeológicas
PARTE 4

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL

6º Passo: Seleção das técnicas e estratégias de remediação aplicáveis ao caso.

Por onde começar?


• Características do contaminante:
• Volatilidade
• Mobilidade
• Toxicidade
• Tipo de Tecnologia:
• In-situ Biológico
• In-Situ Químico
• In-situ Termal
• Tratamento Físico
• Contenção & Controle
• Características Hidrogeológicas
PARTE 4

EXEMPLO PRÁTICO CONCEITUAL

6º Passo: Seleção das técnicas e estratégias de remediação aplicáveis ao caso.

Por onde começar?


• Características do contaminante:
• Volatilidade
• Mobilidade
• Toxicidade
• Tipo de Tecnologia:
• In-situ Biológico
• In-Situ Químico
• In-situ Termal
• Tratamento Físico
• Contenção & Controle
• Características Hidrogeológicas
PARTE 4

6º PASSO: SELEÇÃO DAS TÉCNICAS


Solo
Custo VOCs Não VOCs SVOC não SVOC
Técnica de remediação Tempo Combustíveis Inorgânicos Radionuclídeos Explosivos
Relativo Halogenados Halogenados halogenados halogenados
In-situ Biológico
Bioventing Baixo moderado 5 0 5 3 5 3 0 3
Biorreemediação aumentada Baixo moderado 5 5 5 0 5 0 0 5
Phytoremediação Baixo 3 4 4 4 0 4 4 3 3
In-situ Químico
ISCO moderado Baixo 4 4 3 4 3 0 3 4
Tratamento Físico
Soil flushing moderado moderado 5 5 4 4 4 5 3 3
SVE Baixo moderado 5 5 3 3 5 3 3 3
In situ Thermal
Thermal moderado Baixo 5 5 5 5 5 3 3 3
Contenção&controle
Capeamento Baixo 3 4 4 4 4 4 4 3 4
Solidificação/Estabilizaçao Baixo 3 3 3 4 4 3 5 5 3
Água subterrânea
Custo VOCs Não VOCs SVOC não SVOC
Técnica de remediação Tempo Combustíveis Inorgânicos Radionulídeos Explosivos
Relativo Halogenados Halogenados halogenados halogenados
In-situ Biológico
Biorreemediação aumentada Baixo 5 0 5 0 5 0 3 4
Atenuação Monitorada Baixo 5 4 4 4 5 3 3 3
Phytoremediação Baixo 3 4 4 4 4 4 0 3 3
In-situ Químico
ISCO Baixo 4 4 3 4 3 0 3 4
Tratamento Físico
Air Sparging Baixo Baixo 5 4 4 4 5 3 3 3
MPE/Bioslurping Baixo 4 4 5 5 5 4 3 3
DPE 5 5 5 5 5 3 3 3 Positivo
In situ Thermal Moderado
Thermal Baixo 4 5 5 5 5 3 3 3 Pouco atrativo
Contenção&controle Não Aplicável
Barreiras Reativas 3 5 5 5 5 4 0 3 5
Site específico
Pump&treat 4 4 4 0 4 4 3 4
PARTE 4

ESTABELECENDO CRITÉRIOS DE COMPARAÇÃO

1º Passo

DD 38 (CETESB)
6º passo 2º Passo

Estudo de
viabilidade

5º passo 3º passo

4º passo
PARTE 4
ESTABELECENDO CRITÉRIOS DE COMPARAÇÃO

Avaliação Inicial Macro


Reter para
Técnica de Custo
Estratégia Geral de Intervenção Proceso de remediação Implementabilidade Efetividade Media Tempo avaliação
remediação relativo
adicional?
Monitoramento de Atenuação Natural MNA Monitoramento de Atenuação Natural Sim Sim S /AS / Vap Baixo Longo prazo Sim
Restrição ao uso da água Sim Sim AS Baixo Longo prazo Sim
Controle Institucional Controle Institucional
Contato direto com solo Sim Sim S Baixo Longo prazo Sim
Barreira Hidraulica Pump & Treat Sim Não S /AS Moderado Longo prazo Sim
Barreira Reativa Barreira permeável reativa Não Não S /AS Alto Longo prazo Não
Contenção & Controle Imobilização Soil Mixing Sim Sim S /AS Alto Curto prazo Sim
Despresurização SSDS (Soil despresurization system) Sim Sim Vap Baixo Longo prazo Sim
Capeamento Capeamento (membrana, concreto etc.) Não Não S /AS / Vap Moderado Longo prazo Não
Bioadegradação acelerada Sim Sim S /AS Moderado Medio prazo Não
Tratamento Biológico
Bio sparging Sim Sim S /AS / Vap Moderado Medio prazo Sim
Tratamento Químico Oxidação Química Sim Sim S /AS Alto Curto prazo Sim
AS/SVE Sim Não S /AS / Vap Moderado Medio prazo Não
Soil vapor extraction Sim Não S / Vap Moderado Medio prazo Não
Tratamento In-situ Tratamento Físico
Multiphase Extraction (MPE/DPE) Sim Sim S /AS / Vap Moderado Medio prazo Sim
DGR (Dynaminc Groundwater recirculation) Sim Sim AS Moderado Medio prazo Sim
ERH (Electral Resistivity Heating) Curto prazo Sim
TCH (Thermal conductivity Heating) Sim Sim S /AS / Vap Alto Curto prazo Sim
Thermal TISR (Thermal In-Situ Sustanaible Remediation) Curto prazo Sim
Tratamento Ex-situ Escavação Escavação Não Sim S /AS / Vap Alto Curto prazo Sim
PARTE 4
ESTABELECENDO CRITÉRIOS DE COMPARAÇÃO

Refinamento do processo de escolha – Avaliação específica contra os objetivos de projeto


Nível Nível de Tempo de Custo Atingimento dos Objetivos
Proceso de remediação Soma Produto Calssificação
Implementabili Efetividade intervenção Relativo #1 #2 #3
Monitoramento de Atenuação Natural 4 2 1 4 2 2 1 16 128 5
Restrição ao uso da água 4 4 1 4 1 1 1 16 64 7
Contato direto com solo 4 4 1 4 1 1 1 16 64 7
Pump & Treat 2 2 1 2 2 1 3 13 48 8
SSDS (Soil despresurization system) 3 4 1 2 1 1 1 13 24 9
Bio sparging 3 2 1 2 1 1 1 11 12 10
Oxidação Química 3 4 3 2 4 3 4 23 3456 1
Multiphase Extraction (MPE/DPE) 2 3 2 2 3 4 4 20 1152 3
DGR (Dynaminc Groundwater recirculation) 2 4 3 2 4 2 4 21 1536 2
ERH (Electral Resistivity Heating) 1 4 4 1 4 4 4 22 1024 4
TCH (Thermal conductivity Heating) 1 4 4 1 4 4 4 22 1024 4
TISR (Thermal In-Situ Sustanaible Remediation) 2 2 2 3 2 1 2 14 96 6
Escavação 1 4 4 1 1 4 2 17 128 5
Obejtivo #1 Atingir CMA para água 176 ppb na área fonte em 5 anos
Obejtivo #2 Atingir CMA para vapores na area fonte (760 ppbv) em 5 anos
Objetivo #3 Reduzir uma ordem de grandeza as concentrações da frente de pluma em 2 anos
Critérios de decisão Baixa Médio Baixo Médio Alto Alto
Nível Implementabilidade 1 2 3 4
Nível de Efetividade 1 2 3 4
Tempo de intervenção 4 3 2 1
Custo Relativo 4 3 2 2
Alinhamento com os objetivos 1 2 3 4
PARTE 4

TÉCNICAS DE REMEDIAÇÃO COMBINADAS (ESTRATÉGIA DE REMEDIAÇÃO)

Razões para combinar tecnologias: Temporal


• Técnica atingiu sua máxima eficiência
• Objetivos de remediação não foram atingidas
• Existência de múltiplas SQIs
Espacial
• Compostos com tendência a reduzir/oxidar
• Voláteis vs não voláteis
• Mais ou menos móveis
• Condições do meio se alteraram Simultânea

Aplicações mais comuns:


• Técnicas ativas seguidas por passivas (remoção x controle institucional)
• Técnicas distintas para área fonte e área de pluma (ISCO x ERD)
• Qualquer técnica seguida de MNA (Termal x MNA)
PARTE 4
TÉCNICAS DE REMEDIAÇÃO COMBINADAS (ESTRATÉGIA DE REMEDIAÇÃO)

4. Treatment Technologies
– idss (itrcweb.org)
PARTE 4

COMPATIBILIDADE ENTRE TÉCNICAS

Fase Inicial / Fonte / Montante Fase Posterior / Pluma / Jusante Compatibilidade Razões principais / Observações
Surfactantes (Flushing) Biorremediação anaeróbia Surfactante residual atua como doador de e-
Termal Biorremediação Temperaturas residuais mais elevadas podem
estimular crescimento microbiológico
Termal ISCO Calor residual pode ser utilizado para ativar o
Persulfato de Sódio
ISCO Biorremediação (aeróbia e anaeróbia) Atua nas concentrações não atacadas pelo
oxidantes. Contudo, avaliação cuidadosa das
alterações do meio (sulfato, pH)
Biorremediação (aeróbia) ISCO Valores altos de pH resultantes da remediação
aeróbia podem ativar oxidante da fase de ISCO
Biorremediação (anaeróbia) ISCO Dependente das condições específicas do site.
Podem aumentar a demanda de oxidação do
meio e se tornar proibitiva.
4. Treatment Technologies
– idss (itrcweb.org)
• O ideal seria avaliar previamente e planejar o projeto já considerando a utilização de técnicas combinas
ao invés de combinar técnicas como uma resposta ao baixo desempenho.
• A estratégia geral deve ser adaptativa e permitir modificações para otimizar a performance e/ou a
transição entre tecnologias.
PARTE 4

COMPATIBILIDADE ENTRE TÉCNICAS

Implementação da Operação e Avaliação dos


técnica Monitoramento dados
de performance

Continuidade Evidência de
Operação progresso

Transição para
Optimização?
outra tecnologia
Desenvolvendo um programa de monitoramento

PARTE - 5
PARTE 5

DESENVOLVENDO O PROGRAMA DE MONITORAMENTO

Perguntas iniciais
• Quais medias devem ser monitorados (Objetivos SMART)
• Quais parâmetros de alvo?
• O que é mais necessário do que apenas as SQIs?
• Quais as métricas a serem utilizadas Plano de
• Concentração Monitoramento
• Fluxo de massa
• Vácuo / Pressão (p. ex. SSDS)
• Localização dos pontos de verificação
• Periodicidade de coleta
PARTE 5

DESENVOLVENDO O PROGRAMA DE MONITORAMENTO

Compliance (Regulatório)

Plano de
Processo e Operação
Monitoramento

Performance e eficiência
PARTE 5

DESENVOLVENDO O PROGRAMA DE MONITORAMENTO

Compliance (Regulatório)

Plano de
Processo e Operação
Monitoramento

DNAPL

Performance e eficiência SOLO

VAPORES

ÁGUA SUBTERRÂNEA
PARTE 5

DESENVOLVENDO UMA ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO

• Compliance e regulatório: utilizado para documentar a natureza e extensão dos impactos e o estabelecimento de potenciais cenários de
exposição.
• Pode exigir a inclusão de parâmetros ou linhas de evidências não técnicas
• Pode exigir maior número de pontos e frequência diferentes daquelas usualmente aplicados ao monitoramento de operação e
performance.
• Processo e operação: avalie se o processo de remediação está se aproximando ou não de cumprir com os objetivos de projeto.
• Importante para ajustes e otimização do processo/operação
• Performance e eficiência: utilizada para avaliar a efetividade da estratégia de remediação.
• Usualmente baseada em múltiplas linhas de evidência. Usualmente baseado no impactos na avaliação de:
• Concentração
• Fluxo de massa
Métricas
• Plenitude/Eficiência do tratamento (ex. Tratamento em superfície)
• Impactos secundários na qualidade da água subterrânea.

Programas de monitoramento devem ser periodicamente revisitados e avaliados por


meio de métodos estatística e a partir de uma perspectiva histórica.
PARTE 5

OBJETIVOS (TIPOS) DE PROGRAMA DE MONITORAMENTO


Obrigado pelo seu
tempo!!

Kamilo Campos, MSc. - 2021

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