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Biologia

Ácidos nucleicos ............................................. 20


Sumário
RNA...................................................................... 21
Introdução à biologia ....................................... 5 Ribossomos .......................................................... 22
Composição química ............................................... 5
Engenharia genética ....................................... 22
Organização ............................................................ 5
Biotecnologia ....................................................... 22
Reprodução ............................................................ 7
Clonagem de DNA ................................................ 22
Adaptação ao meio ................................................. 7
Transgênicos ........................................................ 23
Vírus: vivo ou não vivo? .......................................... 8
Método Científico ................................................... 8 Citologia .......................................................... 24
Estruturas das células ........................................... 24
Constituintes inorgânicos da célula ................ 9
Membrana plasmática.......................................... 25
Água ....................................................................... 9
Transportes .......................................................... 26
Sais minerais ........................................................... 9
Cálcio: Ca2+............................................................ 10 Citologia .......................................................... 27

Magnésio: Mg2+ .................................................... 10 Movimentos celulares .......................................... 27

Ferro: Fe ............................................................... 10 Fermentação ........................................................ 28

Fosfato: Po4 3- ...................................................... 10 Tipos de respiração celular ................................... 28

Potássio: K+ ........................................................... 11 Tipos de organismos quanto à respiração ............. 29

Sódio: Na+ ............................................................. 11 Respiração aeróbica ............................................. 29

Flúor: F ................................................................. 11 Glicólise ............................................................... 30

Iodo: I ................................................................... 11 Ciclo de Krebs....................................................... 30

Cobre.................................................................... 11 Cadeia respiratória ............................................... 30


Fotossíntese ......................................................... 30
Osmose ........................................................... 11
Etapas da fotossíntese.......................................... 30
Glicídios ........................................................... 11 Quimiossíntese..................................................... 31
Monossacarídeos ou oses ..................................... 12 Núcleo celular ...................................................... 31
Oligossacarídeos ou osídeos ................................. 12 Componentes do núcleo....................................... 31
Galactosemia e intolerância à lactose ................... 12
Cromossomos ................................................. 32
Polissacarídeos ..................................................... 13
Cromossomos homólogos .................................... 32
Lipídios ............................................................ 13 Mutações ou aberrações cromossômicas ............. 33
Classificação dos lipídios ....................................... 15 Aneuploidias autossômicas .................................. 33
Lipídios conjugados ou complexos ........................ 15 Aneuploidias sexuais ............................................ 34
Proteínas ......................................................... 16 Cromatina sexual de Barr ..................................... 34
Células-tronco e clonagem ................................... 34
Aminoácidos ................................................... 16
Células-tronco ...................................................... 34
Desnaturação ....................................................... 18
Ciclo celular.......................................................... 35
Enzimas ........................................................... 18 Intérfase............................................................... 36
Vitaminas ........................................................ 18 Fatores de risco .................................................... 37
Vitaminas hidrossolúveis....................................... 19 Tratamento .......................................................... 37
Vitaminas lipossolúveis ......................................... 19 Mitose.............................................................. 37

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Fases da mitose .................................................... 37 Sistema excretor .................................................. 55
Inibição por mitose ............................................... 38 Sistema nervoso ................................................... 56

Meiose............................................................. 38 Sistema sensorial.................................................. 56


Sistema endócrino................................................ 57
Meiose I: divisão reducional.................................. 38
Meiose II: divisão equacional ................................ 38 Genética .......................................................... 58
Crossing-over ........................................................ 39 Mendel ................................................................ 58

Gametogênese ............................................... 39 Mutação............................................................... 59


Probabilidade em genética ................................... 60
Espermatogênese ................................................. 39
Polialelismo ou alelos múltiplos............................ 60
Ovogênese............................................................ 39
Sistema ABO......................................................... 60
Partenogênese...................................................... 40
Sistema Rh ........................................................... 61
Embriologia..................................................... 42
Segunda lei de Mendel ou da segregação
Folhetos embrionários ou germinativos ................ 42 independente....................................................... 62
Anexos embrionários ............................................ 43 Linkage................................................................. 62
Embriologia .......................................................... 43 Genética do sexo .................................................. 62
Gêmeos ................................................................ 44 Cromatina sexual ou corpúsculo de Barr............... 63

Tecidos ............................................................ 44 Pleiotropia ........................................................... 63

Tecido epitelial ..................................................... 44 Evolução .......................................................... 63


Tecido Conjuntivo ................................................. 46 Teorias evolutivas ................................................ 63
Células .................................................................. 46 Mecanismos de adaptação ................................... 64
Tecido adiposo...................................................... 46 Exemplos de seleção natural ................................ 64
Tecido sanguíneo .................................................. 46 Tipos de seleção natural ....................................... 65
Tecido ósseo ......................................................... 48 Isolamento reprodutivo........................................ 66
Tecido muscular.................................................... 48 Evolução humana ................................................. 66
Tecido nervoso ..................................................... 49 Classificação dos reinos ........................................ 67

Sistemas .......................................................... 49 Parasitologia ................................................... 67


Sistema respiratório.............................................. 49 Parasitas .............................................................. 67
Sistema respiratório em humanos......................... 50 Modos de contágio por doenças parasitárias ........ 67
Movimentos respiratórios humanos ..................... 50
Epidemiologia ................................................. 68
Transporte de gases no sangue ............................. 50
Classificação epidemiológica das doenças ............ 69
Sistema circulatório .............................................. 51
Vírus................................................................. 69
Problemas de saúde.............................................. 52
Sistema digestório ................................................ 52 Vírus bacteriófagos .............................................. 70

Sistema digestório humano................................... 53 Desoxivírus........................................................... 70

Microbiota intestinal............................................. 54 Retrovírus ............................................................ 70

Vias de administração de medicamentos .............. 54 Ribovírus .............................................................. 70

Distúrbios e doenças no aparelho digestivo .......... 54 Provírus................................................................ 70

Sistema imune ...................................................... 54 Príons................................................................... 70

Imunização ativa ................................................... 55 Vírion ................................................................... 71

Imunização passiva ............................................... 55 Doenças causadas por ribovírus ........................... 71

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Doenças causadas por retrovírus .......................... 74 Movimentos vegetais ........................................... 92

Bactérias .......................................................... 74 Hormônios vegetais: fitormônios .................. 93

Doenças bacterianas ...................................... 75 Auxinas ................................................................ 93


Fototropismo ....................................................... 93
Protozoários ................................................... 77
Geotropismo ........................................................ 93
Flagelados............................................................. 77
Giberelinas ........................................................... 94
Ciliados ................................................................. 78
Citocininas ........................................................... 94
Rizópodes ou sarcodíneos ..................................... 78
Ácido abscísico ..................................................... 94
Esporozoários ou apicomplexos ............................ 78
Etileno.................................................................. 94
Algas ..................................................................... 78
Zoologia .......................................................... 95
Importância das algas ........................................... 79
Reino animália ou metazoa .................................. 95
Fungos ............................................................ 79
Evolução dos animais ........................................... 96
Importância dos fungos ........................................ 80
Reprodução em animais ....................................... 96
Botânica .......................................................... 80 Filo porífera.......................................................... 97
Reino plantae, vegetalia ou metaphyta. ................ 80 Filo Cnidária ......................................................... 97
Evolução das plantas ............................................. 81 Filo Platelminto .................................................... 98
Adaptações para o meio terrestre ......................... 81 Filo Nematoda.................................................... 100
Introdução à reprodução vegetal .......................... 82 Filo Molusca ....................................................... 101
Briófitas ................................................................ 83 Filo Anelídeos..................................................... 102
Pteridófitas ........................................................... 83 Filo Artropoda .................................................... 102
Gimnosperma ....................................................... 83 Filo Echinodermata ............................................ 104
Angiosperma ........................................................ 84 Filo Chordata...................................................... 104
Sementes.............................................................. 84 Peixes cartilaginosos .......................................... 105
Fruto..................................................................... 84 Peixes ósseos ..................................................... 105
Pericarpo .............................................................. 84 Aves e mamíferos............................................... 107
Flor ................................................................... 85 Mamíferos ......................................................... 107
Germinação .......................................................... 85 Ecologia ......................................................... 108
Histologia vegetal........................................... 86 Ecossistema ....................................................... 108
Tecidos meristemáticos ........................................ 86 Fluxo de energia ................................................. 108
Tecidos de sustentação ......................................... 87 Cadeias alimentares ........................................... 109
Disposição dos tecidos de condução: anel de Pirâmides ecológicas .......................................... 109
Malpighi ............................................................... 88
Ciclos biogeoquímicos ................................. 109
Tecidos vegetais de secreção ................................ 88
Ciclo do Carbono ................................................ 109
Raiz....................................................................... 88
Aquecimento global ........................................... 110
Caules ................................................................... 89
Ciclo do Oxigênio................................................ 110
Folhas ................................................................... 90
Ciclo do Nitrogênio............................................. 111
Estômatos ............................................................. 91
Eutrofização ....................................................... 111
Gutação ou sudação ............................................. 91
Revolução Verde ................................................ 111
Nutrição vegetal ................................................... 91
Adubação verde ................................................. 112
Hidroponia............................................................ 92
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Biologia
Ciclo da Água ...................................................... 112
Ciclo do Enxofre .................................................. 112
Ciclo do Fósforo .................................................. 112
Dinâmica das populações .................................... 112

Relações ecológicas ..................................... 114


Harmônicas......................................................... 114
Desarmônicas ..................................................... 115
Sucessão ecológica ............................................. 115
Biosfera .............................................................. 116
Biomas terrestres................................................ 117
Floresta tropical ou equatorial ou úmida ou pluvial
ou ombrófila ....................................................... 117
Mata Atlântica .................................................... 118
Campos............................................................... 118
Cerrado............................................................... 118
Caatinga ............................................................. 118
Campos limpos e Pampas.................................... 119
Desertos ............................................................. 119
Floresta Temperada ou decídua .......................... 119
Floresta de Coníferas ou Taiga ............................ 119
Tundra ................................................................ 119
Manguezais ........................................................ 119
Mata dos cocais .................................................. 120
Pantanal Matogrossense ..................................... 120
Mata de Araucária ou dos Pinhais ....................... 120
Biomas brasileiros............................................... 120
Biomas mundiais................................................. 120
Poluição .............................................................. 121
Inversão térmica ................................................. 122
Biomagnificação, magnificação trófica ou
bioacumulação ................................................... 122
Petróleo: “maré negra” ....................................... 122
Eutrofização ........................................................ 123
Lixões à céu aberto ............................................. 123

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Introdução à biologia Organização
Vida: capacidade de reprodução e adaptação ao meio.  Átomos > moléculas > organelas > células (menor

 A importância para a preservação da vida no unidade viva) > tecidos > órgãos > sistema >

planeta é a capacidade de reprodução e organismo.

hereditariedade.
 Todo ser vivo é formado por células.
Composição química  Membrana plasmática: lipoproteica, responsável pela
 Água: Substância mais abundante na matéria viva. manutenção da homeostase celular.
 Glicídios: açúcares, energética.  Citoplasma: responsável pelo metabolismo celular:
 Lipídios: gorduras, energética. produção de proteínas nos ribossomos e de energia
 Proteínas: estruturais, define características. pela respiração aeróbica, fermentação.
 Enzimas: catalizadoras, aumenta a velocidade das  Em procarióticos, o material genético fica disperso
reações. (nucleoide).
 Molécula orgânica: apresentam estabilidade e  Em eucariontes, fica separado dentro da carioteca,
versatilidade. caracterizando o núcleo.
 Ribossomos: produzem proteínas para obtenção de
energia.  Autopoiese: capaz de produzir cada estrutura do
 Ac. nucleicos: informacional, RNA e DNA. organismo a partir das próprias interações gênicas.
 DNA apresenta 4 bases nitrogenadas que codificam
as informações genéticas (gene).  Entropia: tendência de aumentar a decomposição.
 É a base para a reprodução.
 A replicação preserva as informações genéticas,  Anabolizante: Pega aminoácidos, fabrica proteínas
proporcionando hereditariedade. no músculo e ele cresce.
 A variabilidade genética proporciona a evolução.
Homeostase

 DNA - (transcrição) > RNA - (tradução nos  Capacidade de manter organização constante.
ribossomos) > Proteína/enzima: determinação das  Isolamento em relação ao meio externo.
características morfológicas e fisiológicas e  A MP é a principal responsável, visto que controla a
controla as reações químicas. passagem de substâncias da célula para o meio e vice-
versa.

H > O > C > N > P > S > Na, Mg, Cl, Ca, K, Mn, Fe, Cu, I  Alguns animais (mamíferos e aves), são capazes de
manter a temperatura corporal constante
Teoria da força vital independentemente da temperatura do ambiente:
1. BELEZIUS: Impossível produzir matéria orgânica no homeotermia.
laboratório.
 Seres vivos tinham força vital. Metabolismo
 Conjunto de todas as reações químicas

2. WOHLER: Derrubou o princípio da força vital, 1828.  É exigido para manter a homeostase.

 Cianeto de amônio (inorgânico) – Aqueceu > ureia  Quando acelerado, aumenta a velocidade das

(orgânico). reações e a gordura é catabolizada, promovendo o

 Primeiro composto orgânico produzido em emagrecimento.

laboratório.

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2. Sensibilidade: resposta COM interpretação; para o
mesmo estímulo pode haver respostas diferentes.

Movimento
 Todos os seres vivos se movimentam, às vezes,
apenas microscopicamente, como na condução de seiva
nas plantas.

Locomoção
 Deslocamento por força própria.
 Flagelos, pseudópodes, células musculares.

Crescimento
 Autótrofos fotossintetizantes: capazes de
 Incorporação (comer) de matéria.
converter energia luminosa do sol em energia
 Hipertrofia: aumento do volume celular; de dentro
química e, assim, converter moléculas inorgânicas
da célula para fora; vegetais, células musculares,
em orgânicas.
neurônios, células adiposas.
 Heterotróficos: utilizam a energia química
 Hiperplasia: aumenta o número de células; animais.
armazenada nas moléculas orgânicas produzidas
na fotossíntese.
Estado alimentado

1. Anabolismo
 Produção de substâncias mais complexas a partir
de substâncias mais simples;
 Endotérmica.
 Fotossíntese: CO2 + H2O = Glicose + O2;
simples complexo

A Glicose origina todas as outras moléculas orgânicas.

2. Catabolismo
 Quebra de moléculas complexas em simples.
 Exotérmica.
 Respiração celular: Glicose + O2 = CO2 + H2O +
energia.
 Digestão, hidrólise: proteína + H2O = aminoácidos.

Vivo x morto: perda de metabolismo.


Morte cerebral: as células do bulbo morrem.

Reação a estímulos do meio


1. Irritabilidade: resposta SEM interpretação; para um
mesmo estímulo, sempre haverá uma mesma resposta;
não tem sistema nervoso.

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Biologia
Estado jejum levando à alteração em sua sequência de bases
nitrogenadas: mutação.
 Não vantajoso para mudanças de ambientes pois os
descendentes guardam também os mesmos defeitos
dos genitores.
 Fragmentação: algum agente externo promove a
divisão do corpo de alguns organismos, como as
planárias, e cada fragmento gerado regenera as partes
perdidas para originar um novo indivíduo.
 Em plantações pode propiciar a uniformidade
genética e a vulnerabilidade a pragas e doenças.

2. Sexuada
 Meiose seguida de fecundação, com recombinação
genética de segmentos de DNA entre indivíduos, com
variabilidade genética pela recombinação gênica e
mutações, com maior gasto de energia.
 Autofecundação tem BAIXA variabilidade genética
comparado a fecundação cruzada, visto que pode haver
ausência de alguns segmentos de DNA do indivíduo
parental.
 Conjugação: troca de segmentos de DNA através de
pontes celulares em seres unicelulares, como bactérias
e protozoários.

Adaptação ao meio
Reprodução  Resultado de processos de evolução.
 Do zigoto para o adulto: diversas divisões celulares  Mutações: a maioria prejudicial.
+ diferenciação celular.  Seleção natural: mutações que geram características
 DNA: base para a divisão celular. adaptativas que permitem uma melhor exploração dos
 Replicação: o ácido nucleico cria uma cópia de si recursos de um ambiente diferente.
mesmo, permitindo a geração de cópias dos sistemas  Características adaptativas devem surgir a partir de
biológicos, garantindo a hereditariedade. mutações hereditárias para que tenham um valor
 Existem organismos capazes de apresentar duas evolutivo.
formas diferentes de reprodução: quando em situações  Individual: não altera material genético e, portanto,
favoráveis, reproduzem-se assexuadamente, mas, sob não é hereditário.
condições estressantes, a reprodução se torna sexuada.  Populacional: caráter evolutivo com alteração no
material genético por mutações (acidental).
1. Assexuada  Para agricultura de subsistência, a reprodução
 Mitose, sem variabilidade genética, com menor sexuada é mais vantajosa, uma vez que sementes
gasto de energia e maior número de descendentes. sobreviventes serão mais adaptadas àquelas condições.
 Bipartição ou cissiparidade: organismo se divide em Para agricultura em escala industrial, a alta
dois idênticos. produtividade é muito importante, sendo mais
 Apesar de não haver variabilidade genética, podem vantajoso o uso de mudas produzidas de modo
ocorrer erros na replicação do material genético assexuado a partir de um genitor de máxima

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produtividade. Para a recuperação da área degradada, 06. Experiência.
a variabilidade genética é fundamental, de modo que a 07. Resultado.
reprodução sexuada seja mais vantajosa. 08. Verdade científica (se a hipótese for verdadeira).

Vírus: vivo ou não vivo? Hipótese: tentativa de explicar um fenômeno isolado;


passíveis de teste (princípio da falseabilidade).
Célula: unidade básica morfofisiológica.

Método indutivo
 Parasitas intracelulares obrigatórios.
 Parte de observações particulares até chegar a
 Sem metabolismo próprio.
conclusões generalizadas.
 Acelular.
 Verdade geral a partir de um grupo particular.
 Com capsídeo proteico.
 Sempre há a possibilidade de uma exceção que
 Fora da célula fica inerte (cristalizam-se).
tornaria a regra nula, ou seja, é um método
 Usa célula hospedeira para se reproduzir.
questionável.
 Se adapta ao meio por mutações.
 Exemplo: se o homem x, o y e o z são mortais, todos
 Constituídos por proteínas e ácidos nucleicos.
os homens são mortais.
 Alguns com envelope lipoproteico (fosfolipídios
associados a glicoproteínas) semelhante a membrana
Método dedutivo
celular: envelopados.
 De observações gerais para particulares.
 Material genético: DNA OU RNA (citomegalovírus e
 É mais confiável.
minivírus que apresentam ambos).
 Exemplo: se todos os seres vivos têm células, os
 Os medicamentos virais só serão úteis se não tiverem
animais, as plantas e as bactérias tem células.
ação tóxica sobre as células humanas, ou ação tóxica
reduzida, visto que, os antivirais inibem a replicação viral
Teoria
podendo causar alguma toxina para o organismo
 Explicação testada e comprovada pelo método
hospedeiro porque os vírus utilizam a maquinaria
hipotético-dedutivo.
bioquímica da célula hospedeira necessária para sua
 Procura explicar fenômenos abrangentes.
replicação.
 É mutável.
 Modo de explicar o fenômeno descrito pela lei.
Método Científico
 Exemplo: todo ser vivo é formado por células.
 Senso comum (ideias consolidadas entre a maioria
das pessoas) x empirismo (formação de ideias pelo
Lei
conhecimento científico).
 Generalização de um fato que sempre se repete
 Não deve ser levado em consideração o senso
diante de determinada condição.
comum.
 É imutável.
 Exemplo: lei da gravidade, tudo que sobe desce.
Rene Descartes: método hipotético dedutivo, com
experimentos controlados e aceitação universal da Amostragem
razão.  Exemplo: para saber se o remédio é bom.
 Quando não é possível isolar uma variável, repete-se
01. Observação de um fato: verdade absoluta. o experimento várias vezes e faz-se uma análise
02. Questionamento. estatística dos resultados.
03. Coleta de dados.
04. Hipótese (palpites) - explicação a ser testada. Controlados
05. Dedução (previsão das consequências da  Se deve analisar uma única variável de cada vez.
hipótese).
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 Alto calor específico: dificuldade de variar a
Reprodutibilidade temperatura -grau de agitação das moléculas-
 Deve ser repetido quantas vezes forem necessárias.  Absorve muito calor e varia pouco a temperatura:
estabilidade térmica.
Efeito placebo  Aumento de temperatura: FEBRE = quebra pontes de
 Resultado da influência psicológica sobre o efeito de H nas proteínas = desnaturação de proteínas; queima
determinado medicamento ou tratamento de glicose.
 Em situações de estresse, o cortisol (hormônio  Abaixamento de temperatura: HIPOTERMIA =
corticoide) é liberado e assim, o sistema imune se diminui a velocidade do metabolismo
deprime. Ao acreditar na validade do tratamento, o  Alto calor de vaporização e solidificação: dificuldade
indivíduo pode apresentar uma diminuição nas taxas do de evaporar e solidificar.
cortisol, o que responde por uma melhoria na ação do  Funciona como reguladora térmica.
sistema imune, facilitando o combate a doenças e a  Não apresenta atividade catabólica.
cicatrização de lesões.  Hidrofilia: propriedade de ter afinidade por
 A própria mente pode mascarar sintomas da doença, moléculas de água.
uma vez que sensações como dor e coceira são
produzidas no sistema nervoso.  Geladeira: abaixa temperatura, abaixa o metabolismo
 Caso acredite que está doente, aumenta as taxas dos das bactérias.
níveis de colesterol e seu sistema imune tem uma  Congelador: danifica membranas, DNA e organelas:
eficácia reduzida. bactérias decompõem e morrem.
 Sintomas de doenças relatadas, mesmo sem estarem
doentes, é um tipo de efeito placebo “negativo”, Quando o suor evapora, absorve calor da pele que resfria.
chamado de efeito Nocebo.
Variação do teor de água:
Método duplo cego  Espécie.
 Para evitar a influência do efeito placebo, o paciente  Metabolismo (tecido nervoso, tecido muscular e
não sabe se está tomando o remédio ou o placebo. tecido ósseo).
 O grupo controle é quem toma o placebo.  Idade: menor idade, maior metabolismo, mais água.
 Tecido nervoso apresenta maior teor de água por ter
Constituintes inorgânicos da célula maior atividade metabólica, seguido pelo tecido
muscular.
Água
 Coesão: atração por pontes de hidrogênio de H2O
Sais minerais
com H2O.  Insolúvel, sem carga, com função estrutural.

 Substância química mais abundante no espaço  Íons: Solúveis, com carga, com função reguladora.

intercelular.
 Alta tensão superficial: película difícil de romper que  NA+: principal íon positivo animal.

permite que insertos “andem”.  K+: principal íon positivo vegetal.

 Facilita a subida de seiva bruta contra a gravidade  Cl-: principal íon negativo.

através da tensão: a molécula de água sai na forma de


vapor e puxa as outras moléculas. HIPOTÔNICO ---------- osmose ----------- HIPERTÔNICO

 Aumenta o poder de dissolução: solvente universal - (Na+, K+, Cl-) H2O + (Na+, K+, Cl-)

para polares (açúcares, proteínas, DNA).


 Meio para reações químicas e transporte de
substâncias; ex: sangue, seiva.

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Sangue: quando aumenta o sal ou o açúcar: ganha água Magnésio: Mg2+
dos tecidos, aumenta o volume das veias e a pressão.  Clorofila para fotossíntese.
Tecido: desidrata e causa sensação de sede.  Participa das reações de fosforilação que
sintetizam ATP e da formação de algumas
 Sal: NaCl2: 2x mais concentrado, mais partículas e enzimas.
maior poder osmótico.  Permeabilidade das membranas celulares.
 Açúcar: sacarose, 1 partícula, menor poder osmótico.  Responsável pela pigmentação verde da planta,
constituindo a clorofila.
- Na+ : câimbra. < Na+ fora da célula.  Faz parte da constituição dos ribossomos.
+ K : parada cardíaca. < K dentro da célula.
+ +
 Carne, ovos, leite e derivados, verduras.

Na+ e K+: Impulso nervoso (bomba de sódio potássio). Ferro: Fe


 Fígado, carne vermelha, gema de ovo, leguminosas
(feijão), verduras escuras.
 Fe heme: orgânico, alimentos animais, mais fácil de
absorver.
 Fe não heme: inorgânico, vegetal, mais difícil de
absorver
 3+: oxidado, não absorvemos. 2+: reduzido,
absorvemos. A vitamina C auxilia na absorção de ferro
pois oxida facilmente e cede elétrons ao Fe3+ para que
forme o Fe2+.
 Faz parte da produção de hemoglobina, quem da
cor vermelha para as hemácias e transporta oxigênio no
sangue. Quando em baixa concentração, causa anemia.
Condição do impulso nervoso
 Faz parte da mioglobina, que tem função de
 Sai uma carga a mais positiva do que entra. 3Na+
transferir o oxigênio das hemácias do sangue para
para fora e 2K+ para dentro para compensar a
organelas nas células musculares, as mitocôndrias, que
passagem natural de íons.
utilizam o O2 para produzir energia na respiração
 A diferença de potencial denominada polaridade, é
aeróbica. Quando mais vermelho, mais mioglobina,
a base para condução do impulso nervoso nos
mais O2, mais respiração aeróbica: atividade por mais
neurônios.
tempo.
Cálcio: Ca2+  Faz parte dos citocromos, proteínas que agem na

 Mineral mais abundante no corpo humano, dando cadeia respiratória e na fotossíntese para transportar

rigidez às estruturas esqueléticas. elétrons.

 Coagulação do sangue.  Carnes. Vísceras, espinafre, couve, rim.

 Condição para impulso nervoso.  Ferropriva: anemia, diminuição da taxa normal de

 Contração muscular. hemoglobina, diminuindo a concentração de oxigênio.

 Função estrutural para ossos e dentes na forma de


Fosfato: Po4 3-
fosfato de cálcio e em carapaças e conchas na forma de
 Na composição dos fosfolipídios formadores das
carbonato de cálcio.
membranas celulares, fosfatos de cálcio e magnésio nos
 Carne, ovos, leite e derivados, verduras.
dentes e ossos, nucleotídeos formadores de DNA e
 Raquitismo: ausência de cálcio na infância.
RNA, e o ATP.
 Osteoporose: carência de cálcio nos adultos.

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Biologia
 Formação de estruturas esqueléticas como fosfato  Hipotireoidismo: redução das atividades
de cálcio. metabólicas, podendo formar o bacio – aumento
 Age diretamente no armazenamento de energia exagerado do volume da tireoide.
junto do nitrogênio e, indiretamente na contração
muscular e na transmissão de impulso nervoso, visto Cofatores enzimáticos: cobre, manganês, selênio, zinco.
que esses dependem de energia, ou seja, ATP.
 Leites e derivados, carnes, peixes e cereais. Cobre
 Faz parte da molécula hemocianina, pigmento
Potássio: K+ respiratório azul no sangue de crustáceos e moluscos na
 Transmissão de impulso nervoso e manutenção do sua forma iônica – Cu2+.
equilíbrio hídrico.
 Está em maior concentração no meio intracelular. Radicais livres: agentes oxidantes.
 Cofator enzimático para síntese proteica e respiração  Removem o e- do DNA causando mutações, câncer,
celular. morte de proteínas, envelhecimento precoce.
 Íon positivo mais abundante nos vegetais.  Antioxidantes protegem contra radicais livres
 Carnes, leite, banana. causados pelo fumo, álcool, alimentos processados,
conservantes.
Sódio: Na+  Fumo: 30% de todos os cânceres. Contém Nicotina
 Manutenção do equilíbrio químico/osmótico. que aumenta adrenalina e causa hipertensão arterial,
 Na : condução de impulso nervoso.
+
aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
 Íon positivo mais abundante em animais.  Para diminuir os efeitos colaterais de radicais livres,
 O alto consumo de sódio deixa o sangue hipertônico, se deve ingerir alimentos ricos em substâncias
atraindo água dos tecidos que desidratam, o que é fatal redutoras.
para o tecido nervoso, e aumentam a pressão arterial.  A vitamina C e a E podem proteger contra ação de
 O uso de sal de cozinha preserva os alimentos por radicais livres, pois apresentam ação antioxidante, se
agir sobre micro-organismos desidratando suas células. oxidando para ceder elétrons aos radicais livres e
 Pessoas com hipertensão devem ter dieta sem sal impedir que ataquem moléculas importantes.
para aumentar o volume do sangue circulante.

Flúor: F Osmose
 Passagem espontânea de solvente, de um meio
 Composição mineral do esmalte dos dentes.
hipotônico, menos concentrado em soluto, para um
 Formação dos ossos.
ambiente hipertônico, mais concentrado.
 Bactericida – é adicionado na água potável nas
estações de tratamento.
 Peixes, água. Glicídios
 Fluorese: lesões ósseas e manchas nos dentes.  Função energética e estrutural.
 Principal fonte de energia na maioria dos seres vivos.
Iodo: I  A glicose é o combustível básico da respiração
 Composição dos hormônios da tireoide, que agem celular, sendo utilizada pelas células para gerar
na regulação do metabolismo energético corporal. moléculas de ATP.
 Peixes, crustáceos, moluscos, algas.  Fórmula geral: Cx(H20)y
 Indústrias de sal de cozinha acrescentam certo  Conteúdo calórico do carboidrato é o seu índice
percentual de iodo. glicêmico, ou seja, sua facilidade em se transformar em
açúcar.

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Biologia
Monossacarídeos ou oses Maltose
 Glicose + glicose.
 Cn(H20)n, de 3 a 7 carbonos.
 Encontrada em cereais como cevada e trigo.
 Açúcares simples que não podem ser quebrados em
açúcares menores.
Lactose
 Contém um único grupamento aldeído ou cetona.
 Glicose + galactose.
 Exemplos: galactose, ribose, frutose, desoxirribose
 Encontrada no leite, exclusiva de animais mamíferos.
Pentose  Chega inalterada no intestino grosso de intolerantes.
 C5H10O5  A enzima lactase leva à digestão da lactose em um
 Ribose: faz parte da composição do RNA. Apresenta monossacarídeo de glicose + galactose.
um oxigênio a mais que a desoxirribose, portanto, é
mais reativa e menos estável que o DNA.
Galactosemia e intolerância à lactose
 Desoxirribose: pentose com 4 oxigênios que faz  A lactose é digerida no intestino pela enzima lactase

parte da composição do DNA. em glicose e galactose, que são absorvidas pelo corpo.
A galactose é convertida em glicose. A deficiência dessa
Hexoses enzima leva a doenças em humanos que impedem o
 C6H12O6 adequado processamento do leite e seus derivados no
 Glicose, galactose e frutose. organismo.
 Todas com função energética.  Intolerância: falta enzima lactase.
 São isômeros, em que a glicose é aldeído e a frutose  A lactose é acumulada no intestino e é fermentada
é cetona. A galactose é isômero espacial da glicose, só pelas bactérias da microbiota que liberam substâncias
mudando a posição da hidroxila no carbono 4. tóxicas, como o ácido lático que aumenta o volume
abdominal e causa diarreias e cólicas.
Ligação glicosídica  O intestino fica hipertônico devido ao acúmulo de
 Ligação entre dois monossacarídeos, ocorrendo lactose e, portanto, ganha água por osmose,
entre uma hidroxila de um mono e um hidrogênio de lubrificando as fezes e causando diarreias osmóticas.
uma hidroxila do outro, formando um dissacarídeo e  Normal: todos intolerantes: mutações: adultos
uma água. passam a produzir a enzima lactase.
 Caracteriza uma síntese por desidratação.  Não tem cura, porém a maioria dos pacientes podem
 nº de H20 = nº de ligações = nº de mono. -1. tolerar pequenas quantidades de lactose presentes no
alimento.
Oligossacarídeos ou osídeos  Pode ser uma deficiência genética na produção da
 São glicídios mais complexos, sendo formado por enzima lactase, uma diminuição natural e progressiva da
oses e podendo ser quebrados em glicídios menores. produção de lactose a partir da adolescência (mais
 Formados por de 2 a 10 monossacarídeos. comum) ou uma diminuição da produção da enzima
 Exemplo: sacarose, maltose e lactose. devido a outras doenças intestinais, como a alergia a
caseína, proteína do leite.
Sacarose
 Glicose + frutose. Solução
 Açúcar de cozinha, encontrada em cana de açúcar,  Consumo de leite diet, que contém a lactose pré-
beterraba, mel, e em frutas. digerida em glicose e galactose.
 A cana de açúcar é o vegetal com maior eficiência na  Beber leite de soja, pois não tem lactose. Uso de
produção de etanol pois tem colmos com muita cápsulas contendo enzima lactase juntos aos laticínios
sacarose. Quando mais simples, mais eficiente. da dieta.

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Biologia
Amido
Galactosemia: deficiência genética da enzima que
 Principal reserva em vegetais.
converte a galactose do leite em glicose. Então, a galactose
 Encontrado no trigo, milho, arroz, mandioca, batata.
se acumula no interior das células de órgãos como rins,
 É digerível por animais devido a enzima alfa –
fígado e cérebro, gerando derivados tóxicos e tornando o
amilase.
meio intracelular hipertônico. As células ganham água por
osmose e aumenta o volume celular, causando danos nos
Celulose
órgãos afetados como problemas hepáticos, neurológicos
 Principal estrutura em vegetais, como a parede
e catarata.
celular das plantas.
 Não tem cura, devendo ser diagnosticada no teste
 Encontrada em madeira, papel, palha, algodão.
do pezinho.
 Nenhum animal digere pois não possuem a enzima
 Diagnosticada tarde, pode acarretar em problemas
B-celulases, então, é eliminada nas fezes sem fazer
de fala, aprendizagem e coordenação motora.
alterações no tubo digestório, junto com as toxinas, o
que é bom pois estimula o peristaltismo.
Polissacarídeos
 Herbívoros se associam a micro-organismos
 União de mais de 10 monossacarídeos.
produtores da enzima BC, como bactérias e
 Alguns com função de reserva, outros estrutural.
protozoários, para a digestão celular e para que possa
 Exemplo: glicogênio, amigo e celulose.
ser usada como fonte de energia na respiração celular.
 Diminuem a absorção de gorduras da dieta.
Glicogênio
 Diminuem a reabsorção dos sais biliares, portanto, o
 Principal glicídio de reserva em animais e fungos.
organismo precisará produzir mais dessas moléculas a
 Armazena-se glicose em polissacarídeos como o
partir do colesterol (visto que a bile se mistura nas fibras,
glicogênio com o objetivo de reduzir a pressão osmótica
sendo eliminada nas fezes) que é, então, removido do
nas células.
sangue, evitando doenças cardiovasculares.
 Encontrado em músculos estriados e no fígado,
sendo estocados pela insulina. O fígado fornece glicose
Bile: produzido no fígado a partir do colesterol do sangue
para o sangue e os músculos fornecem glicose para ele.
e armazenados e liberados pela vesícula biliar. Atuam na
 O hormônio glucagon é produzido no pâncreas e é
digestão de gorduras, sendo reabsorvido do intestino para
liberado quando há diminuição da glicemia:
o sangue após sua ação: emulsificação. Quando é
hipoglicemia, ou seja, o jejum. A ingestão de alimento reabsorvido, volta para a vesícula biliar com sais e se
normaliza a glicemia, mas se o indivíduo não se
acumulam, causando cálculos biliares.
alimentar, o glucagon promove glicogenólise no fígado,
quebrando o glicogênio em glicose e disponibilizando a Quitina
glicose no sangue, para que normalize a glicemia e  Principal estrutura em animais e fungos.
cesse a sensação de fome.  Parede celular dos fungos e exoesqueleto dos
 O hormônio adrenalina é produzido pelas glândulas artrópodes.
suprarrenais e é liberado em situações de estresse, o
que também promove a glicogenólise no fígado, de
Lipídios
modo que a glicose pode ser usada como fonte de
 Substâncias orgânicas oleosas ou gorduras,
energia pra enfrentar situações de risco.
insolúveis em água.
 Um atleta: precisa comer antes de jogar alimentos
 Maioria deriva de ácidos graxos (-COOH).
com alto teor de glicose (carboidrato), uma vez que a
 É apolar, com longas cadeias hidrocarbonadas
glicose é prontamente metabolizada no processo de
longas, de 4 a 24 carbonos, sempre par.
respiração celular.
 Principal substância de reserva.
 Energéticos.

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Biologia
 Estruturais. estimular o acúmulo de gordura no corpo. Quanto mais
 Impermeabilizantes (ceras). amido, mais glicose para produzir energia.
 Isolantes térmicos e elétricos.
 Parte hidrofóbica dos hidrocarbonetos e parte Ácidos graxos essenciais:
hidrofílica do ácido.  Não são produzidos no corpo e precisam ser
 Hormônios sexuais: esteroides. obtidos na dieta:
 Gordura: sólido e saturada.
 Óleo: líquido e insaturado.  Ômega 3

 Em excesso, aumentam o risco de obesidade e  Ajuda a reduzir os níveis do colesterol no sangue. É


contribuem para o aumento dos níveis de colesterol no um antiplaquetário, o que evita a coagulação de sangue
sangue. e formação de trombose.
 É encontrado em peixes de água fria, como salmão
Relação entre açúcares e gorduras e sardinha.
 Quando em excesso, os carboidratos são
armazenados no organismo como glicogênio.  Ômega 6

 O excesso de carboidrato é convertido e  Proporciona resistência e permeabilidade dos


armazenado da forma de lipídio pois esse tem maior capilares sanguíneos.
valor calórico, de modo que são muito mais leves para  Essencial na estrutura da membrana plasmática.
armazenarem a mesma quantidade de energia.  Precursor das prostaglandinas (inflamação).
 Para a mesma quantidade de energia armazenada, o  Encontrado em derivado de óleos vegetais, como
açúcar pesa 6 vezes mais do que a gordura. milho, girassol, soja.
 A vantagem do armazenamento dos lipídios é
porque eles são majoritariamente hidrofóbicos e são Ácidos graxos naturais

mais energéticos, ou seja, armazenando maiores teores  Produzidos no corpo a partir do excesso de glicose,

de energia em uma menor massa. que é transformada em glicogênio através do processo

 Carboidrato: 4,1 kcal/g. Lipídio: 9,3 kcal/g. de glicogenôgenise.

Obesidade e IMC Funções dos lipídios


 Por mais que os lipídios liberem mais energia, o
IMC= massa/(altura)^2 carboidrato é o combustível mais utilizado pelas células
para a respiração celular.
Efeito da insulina sobre a produção de gordura  Primeiro utiliza-se o carboidrato, depois os lipídios e
 A insulina é o principal fator que estimula a produção depois as proteínas. As proteínas só são consumidas em
de gordura no organismo, sendo que sua liberação está caso de fome extrema.
condicionada à elevação nos níveis de glicose no  Para utilização de proteínas e lipídios como fonte de
sangue. energia, primeiro é necessário convertê-los em
 Quanto mais alimento, aumenta o índice glicêmico, carboidratos ou derivados, que poderão ser utilizados
mais estimula a liberação de insulina e mais estimula o para a respiração celular. A gliconeogênese ocorre no
acúmulo de gordura. fígado sob estímulo do cortisol.
 O amigo eleva mais o índice glicêmico do que o  Os músculos estriados esqueléticos alteram essa
açúcar, visto que é formado de apenas glicose. sequência, consumindo as proteínas antes dos lipídios
 O índice glicêmico implica no quanto um alimento pois não apresentam significativa reserva de gordura.
aumenta o nível de glicose no sangue, de modo a  Possuem função estrutura, constituindo a membrana
estimular a liberação de insulina, e, consequentemente, plasmática com fosfolipídios e colesterol.

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Biologia
 São isolantes térmicos, especialmente em animais de  Produção de hormônios sexuais, como a
regiões polares. testosterona, a progesterona e o estrógeno, e
hormônios corticoides, como o cortisol.
Classificação dos lipídios
Glicerídeos Lipídios conjugados ou complexos
 Óleos e gorduras, que se diferenciam quanto a  Associados a proteínas, formando lipoproteínas que
saturação e fase de estado físico. atuam no transporte de lipídios provenientes da
 Componentes de armazenamento de gorduras nas digestão no intestino para diversos tecidos corporais.
células de animais e vegetais.  É anfipática: tem parte polar e apolar.
 Abundantemente encontrados em vegetais, como
soja, milho e amendoim. LDL
 Em animais, como gorduras, desempenhando  Colesterol ruim de baixa densidade.
função de reserva energética e proteção mecânica e  Tem mais colesterol do que proteína.
térmica.  Transporta o colesterol do fígado aos tecidos
 Pertencem a função ésteres de 3 ácidos graxos com corporais, podendo se acumular na parede dos vasos
glicerol. sanguíneos, formando ateroma.

Cerídeos HDL
 Ceras encontradas nas plantas, formando suas  Colesterol bom de alta densidade.
cutículas, que as impermeabilizam, evitando a perda de  Tem mais proteína do que colesterol.
água por transpiração.  Não se acumula nos vasos.
 Em mamíferos, são secretadas por glândulas  É diretamente transportado aos órgãos
sebáceas da pele como capa protetora, para manter a encarregados de seu metabolismo, como fígado, que o
pele flexível, lubrificada e impermeável. armazena, o utiliza para síntese de sais biliares e o
 Os cabelos e pelos dos animais também são elimina através da bili.
cobertos por ceras.  Auxilia na remoção das placas de ateromas já
estabelecidas.
Carotenoides
 Apresentam pigmentação amarela, laranja ou Problemas
vermelha, encontrados na cenoura, na beterraba e na 1. Aterosclerose: devido a ocorrência de ateromas,
batata-inglesa. levando a uma diminuição na luz do vaso e
 A clorofila também é um carotenoide. consequente hipertensão.
 São pigmentos acessórios capazes de captar energia
solar. 2. Hipertensão: aumento da pressão arterial sintomas
aparentes. Causando a ruptura do vaso, ocorre a
Esteroides embolia (obstrução do vaso sanguíneo). A região
 O colesterol é o principal esteroide, ele é lesionada pode coagular causando o entupimento do
fundamental na composição da membrana plasmática vaso (trombose) e não deixando que passe mais
de animais (não está presente em vegetais) e não sangue (isquemia). Se forem afetados vasos como os
apresenta função energética. do miocárdio, pode haver hipóxia (deficiência de
 No fígado, pode ser convertido em sais biliares, oxigênio num tecido) e morte do músculo cardíaco, o
enviados para a vesícula biliar e daí sendo eliminados chamado infarto. Se for no cérebro, haverá um
para a emulsificação de gorduras no intestino, sendo acidente vascular cerebral (AVC ou derrame).
eliminados depois juntos das fezes.
 Maior parte endógena, com origem no fígado.

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Gorduras saturadas: de origem animal, como carnes e  Hormônios: mensageiros químicos que transmitem
manteiga. Estimulam a produção de colesterol ruim. mensagens de um órgão para o outro dentro do
organismo, promovendo integração entre eles.
Gorduras trans: são insaturadas encontradas em óleos
vegetais. São altamente prejudiciais à saúde pois está Receptora

relacionada com a formação do colesterol ruim.  Antígenos: identificam substâncias pertencentes ao


organismo ou estranhas.
Óleos poli-insaturados: encontrados em óleos de peixe e
são adicionados em margarinas e leites na forma de Transporte

ômegas 3 e 6. Ajudam na diminuição tanto de colesterol  Hemoglobina: transporta oxigênio.

ruim quando bom.  Lipoproteínas: transportam lipídios obtidos na


alimentação.

Óleos monoinsaturados: como em azeites de olivam nozes


Reserva
e castanhas, diminuem as taxas de colesterol ruim e
 Albumina: presente no ovo, servindo de reserva
aumentam as taxas de colesterol bom.
alimentar para o indivíduo que está se formando no
interior.
 O calor da fritura satura os óleos, aumentando o
LDL e diminuindo o HDL. Então, os óleos passam a
Defesa
se comportar como gorduras saturadas.
 Imunoglobulinas ou anticorpos: atuam aglutinando
substâncias estranhas para que sejam facilmente
Proteínas eliminadas pelas células de defesa.
 A mais abundante substância orgânica nas células  Reconhece proteínas estranhas.
animais.
 Polímeros de aminoácidos. Reparo
 Função estrutural, reguladora, receptora,  Fibrina: promove a coagulação sanguínea.
transportadora, reserva, defesa e reparo.  Colágeno: promove a cicatrização.
 Mesmos tipos de aminoácidos e mesma quantidade
de cada, o que as diferenciam é a sequência de Contrácteis

aminoácidos.  Actina e miosina que atuam na contração muscular


 A digestão inicial das proteínas ocorre no estômago e na emissão de pseudópodes por células.
através da pepsina do suco gástrico, que quebra as
ligações peptídicas entre os aminoácidos. Aminoácidos
 São formadas pela união de aminoácidos, em que  Carbono com um grupo carboxila (-COOH), um
um grupo amina de uma proteína se junta com o grupo grupo amina (-NH2), um hidrogênio e um radical, que
carboxila de outra, liberando uma molécula de água. diferencia os aminoácidos.
 São 20 aminoácidos.
Estrutural
 Alguns agem como hormônios, outros são
 Colágeno: constitui a maior parte da matéria
precursores de substâncias como a miosina, pigmento
intercelular dos tecidos conjuntivos.
que dá cor à pele humana. Também funcionam como
 Queratina: faz parte da constituição dos cabelos,
tampões, mantendo o PH do meio constante, sendo
pelos, chifres e unhas.
abundante na hemoglobina.
 O metabolismo de aminoácidos no fígado se inicia
Reguladora
com a reação de desaminação, onde há remoção do
 Enzimas: substâncias catalisadoras que aumentam a
corpo amina do mesmo, restando o grupo ácido
velocidade de reações químicas.

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Biologia
carboxílico, que entra no ciclo de Krebs da respiração Excessos proteicos

aeróbica para ser utilizado como fonte de energia pelo  Com o excesso de proteínas, fica difícil a digestão e
corpo, enquanto que o grupo amina, na forma de leva ao acúmulo de aminoácidos.
amônia, deve ser excretado por ser tóxico. A amônia é  Os aminoácidos são consumidos no processo de
convertida no fígado através do clico de reações da desaminação, que degrada os aminoácidos para liberar
ornitina, em ureia, um composto menos tóxico que ácidos orgânicos usados na respiração, sendo a amônia,
pode ser transportado no sangue de modo menos altamente tóxica, liberada como subproduto.
prejudicial ao organismo do fígado até os rins, onde é  Os aminoácidos são usados na produção de bases
eliminado na urina. Ou convertida em ácido úrico nitrogenadas, sendo que, em excesso, são
(menos tóxico, mas insolúveis). metabolizadas em ácido úrico.
 Naturais: produzidos pelo organismo – 11.  Com o aumento desse ácido, haverá problemas no
 Essenciais: obtidos por meio da alimentação – 9. fígado, rins e articulações, podendo causar gotas, que
 Os vegetais produzem todos os 20 tipos. promovem lesões articulares e restrição de movimentos.

Origem dos aminoácidos: fotossíntese. Dieta vegetariana

 O primeiro a se formar na natureza é o ácido  Vegetarianos comem mais fibras e menos gorduras,
glutâmico. Os demais são provenientes dele a partir de levando ao baixo nível de colesterol e menor risco de
uma reação denominada transaminação. doenças cardiovasculares.
 Naturais: 12 produzidos no fígado.  O problema é a deficiência proteica, visto que há
 Essenciais: 8 consumidos na dieta. poucas proteínas e sem todos os aminoácidos essenciais
 Animais: possuem proteínas integrais, ou seja, ao corpo humano.
possuem todos os aminoácidos essenciais.  O ideal é que a dieta vegetariana seja
 Vegetais: possuem proteínas parciais, ou seja, que complementada com fontes de origem animal, como
não contém todos os aminoácidos essenciais em sua laticínios e ovos.
composição.  Os veganos devem utilizar grandes quantidades de
 Fonte: proteínas de origem animal. leguminosas como soja e feijão na dieta, visto que eles
tem maior teor proteico em sua composição.
Dieta balanceada  Crianças não devem adotar essa dieta pois precisam
 40 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de lipídios e de muitas proteínas para crescer.
15 a 30% de proteínas.  O arroz e o feijão apresentam uma combinação
completa de aminoácidos.
Deficiência proteica
Kwashiorkor: doença que afeta uma criança quando Ligação peptídica
nasce outra, isso porque, quando o irmão nasce, a outra  Ocorre entre uma hidroxila da carboxila de um
é desmamada e perde sua principal fonte de proteínas. aminoácido e um hidrogênio da amina do aminoácido
Causando retardo no crescimento, cabelos e pele subsequente, caracterizada como uma amina.
descolorida, inchaço no corpo.  Proteína + água= am. 1 + am. 2 + am 3...
 Nº de H2O = Nº ligações = Nº de aminoácidos – 1.
Marasmo: desnutrição total: consome proteínas
musculares levando a morte de células musculares.
Sendo o tratamento o consumo de esteroides
anabolizantes que aumentam o volume das células
restantes.

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Biologia
Desnaturação Nomenclatura

Calor  Adição do sufixo -ase ao nome do substrato.

 Destrói-se as pontes de hidrogênio e desorganiza-se 1. Pepsina: suco gástrico, com ph ácido. Age no

as estruturas 2, 3 e 4, restando apenas a primária. estômago na digestão de proteínas em peptídeos.

 É um processo irreversível, e a proteína não funciona


mais. 2. Ptialina ou amilase salivar: saliva, ph quase neutro.

 Não altera a composição de aminoácidos, não Digere amido em maltose.

alterando o valor nutritivo.


3. Tripsina: suco pancreático, agindo no duodeno na
PH digestão de proteínas em peptídeos, ph básico.
 A proteína desorganiza-se na terceira estrutura.
 É reversível. Vitaminas
 Cada proteína atua em determinado PH. Ao mudar  Agem como coenzimas ajudando as enzimas a
o PH ela não funciona, bastando retomar ao PH ideal trabalharem ou precursores de coenzimas.
para ativa-la.  Não são fontes de energia.
 Agem em quantidades mínimas, sendo
Enzimas micronutrientes.
 São substâncias orgânicas, biodegradáveis e  São produzidas nas estruturas celulares das plantas,
catalisadoras biológicas. bactérias e fungos unicelulares (leveduras).
 Aceleram reações químicas sem que seja alterada  São essenciais para os animais.
pelo processo, podendo ser utilizada várias vezes.  Algumas são produzidas pelas bactérias da
 Possuem um sítio ativo complementar aos substratos microbiota intestina.
com os quais reagem, sendo específicos para  Algumas tem ação antioxidante, protegendo contra
determinado substrato (modelo chave-fechadura radicais livres. São todas exceto D e K. Elas se sacrificam
 Atuam diminuindo a energia de ativação da reação. para evitar danos aos componentes celulares.
 Quebram a estabilidade das moléculas roubando
elétrons. Microbiota intestinal

 Não transformam reações exotérmicas em  Comunidade de bactérias espalhadas por toda

endotérmicas. superfície de pele e mucosas.

 Não alteram o ponto de fusão e ebulição.  Humanos e bactérias estabelecem uma relação de

 Quanto mais trabalho (substrato) mais rápido eles mutualismo, em que ambos se beneficiam. Os humanos

trabalham. fornecem nutrientes e habitat adequado e, em troca,

 Embora certas moléculas de RN, sob certas recebem substâncias úteis, como as vitaminas K, B12,

condições, possam atuar como enzimas – riboenzimas, ácido fólico, e impedem a proliferação de bactérias

a maioria é de origem proteica. patogênicas.

 Influenciadas pelo PH, cada um tem seu ideal.  É adquirida no nascimento quando se passa pelo

 Quanto maior a temperatura, maior a velocidade das canal vaginal. Em bebês que nasceram de cesariana, a

reações, até certo ponto. Se subir demais a temperatura, microflora demora mais tempo para se estabelecer,

as enzimas desnaturam. sendo adquirida a partir de contatos com a mãe, como

 Ação reversível, agindo tanto na reação direta a amamentação e beijos.

quanto na inversa, não alterando o ponto de equilíbrio  O uso prolongado de antibióticos pode destruir

da reação. parte da microflora, causando deficiências vitamínicas e

 Cada uma tem seu PH ótimo, agindo em maior maiores riscos de desenvolvimento de infecções

eficiência quando nele, porém, a maioria é de PH neutro. intestinas que conduzem a diarreia.

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 A principal bactéria é a Lactobacillus, obtida através B6 ou piridoxina

da ingestão de laticínios, que contém essas bactérias  Age no metabolismo de aminoácidos no fígado, no
vivas. Sua ingestão é importante para manutenção da processo de transaminação de desaminação.
microflora.  Sua carência causa dermatite ao redor os olhos, nariz
 Alimentos que contém bactérias para essa e boca.
manutenção são chamados de probióticos.  Aumento da produção de ureia.

Avitaminose: falta de vitamina. B9 ou ácido fólico

Hipovitaminose: insuficiência de vitamina.  Atuam na produção de bases nitrogenadas e DNA,

Hipervitaminose: excesso de vitamina. além da divisão de células do embrião.


 Sua carência causa má formação no sistema nervoso
Classificação das vitaminas central do feto ou anencefalia.
 Miúdos de carne (fígado, coração, moela, etc), leite e
ovos são boas fontes de quaisquer vitaminas. B12 ou cianocobalamina
 Produção de bases nitrogenadas e DNA.
Vitaminas hidrossolúveis  Sua carência causa anemia perniciosa, que diminui o
 Encontradas em alimentos ricos em água, como nível de hemácias no sangue.
leveduras, furtas e verduras.
 Fáceis de eliminar na urina. C ou ácido ascórbico

 Difícil hipovitaminose.  Participa da formação do colágeno de tecidos


conjuntivos e na defesa contra a oxidação de certas
Complexo B moléculas.
 Encontradas em vegetais folhosos e leveduras.  Principal antioxidante.
 Atuam como coenzimas da respiração celular.  Absorve ferro inorgânico (não heme).
 Falha nutricional leva a dermatites e neutires.  Sua carência causa escorbuto, doença clássica em
marinheiros que dependiam de dietas sem vegetais e
B1 ou tiamina frutas frescas. Causa hemorragias devido a deficiência
 Carência causa beribéri, uma polineurite na produção de colágeno.
generalizada caracterizada pela anorexia, depressão
mental, fadiga e paralisia. Vitaminas lipossolúveis
 A, D, E, K.
B2 ou riboflavina  Encontradas em alimentos gorduras, como óleos e
 Atua na formação do FAD, aceptor de elétrons. sementes, ou ricos em lipídios carotenoides, como
 A carência pode causar dermatite, problemas cenoura e beterraba.
oculares, inflamação da língua (glossite) e fissuras no  São mais fáceis de armazenar, em particular no
canto da boca (queilite). fígado.
 Fácil uma hipervitaminose.
B3, PP ou nicotinamida  Não precisa consumir diariamente pois se
 Componente das coenzimas do NAD. acumulam, sendo absorvidas junto dos lipídios.
 Sua carência causa dermatite generalizada, diarreia e
demência. A ou retirol
 Encontrada em vegetais alaranjados.
B5 ou ácido pantotênico  Ação antioxidante.
 Encontrado em praticamente qualquer fonte.  Sua carência causa cegueira noturna, xeroftalia,
 Sua carência caracteriza-se por depressão, atrofia da epiderme.
instabilidade cardiovascular e distúrbios adrenais.

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Biologia
D ou calciferol DNA e genes
 Preparada pela irradiação ultravioleta.  Gene é um segmento de molécula de DNA que
 Aumenta a utilização e retenção de cálcio e fósforo. contém informação necessária à produção de um
 Sua carência causa raquitismo em crianças e polipeptídio, ou seja, uma sequência de aminoácidos
osteoporose em idosos. que, ou da origem a uma proteína, ou a um pedaço de
proteína.
E ou tocoferol  Cada cromossomo equivale a um DNA.
 Encontrada em castanhas, semente, cacau.  Um mesmo gene codifica mais de uma proteína.
 Sua carência causa esterilidade, aborto, risco de  O DNA controla a síntese de proteínas e enzimas,
infarto do miocárdio. porém, está localizado no núcleo, e os ribossomos,
 Apresenta ação antioxidante. produtores de proteínas, no citoplasma. Para atuar, o
DNA copia a informação de como produzir uma
K proteína determinada em uma molécula de RNA
 Encontrada na microbiota intestinal. mensageiro, que sai do núcleo até o citoplasma.
 Produção de proteínas fatores de coagulação no  Genes recessivos são defeituosos, que produzem um
fígado. RNAm alterado, equivalendo a uma enzima não
 Excesso de antibióticos causam hemorragias e baixa funcional. Não havendo reação química.
coagulação sanguínea.  Na codominância, não há genes recessivos. Ambos
 Problemas para alcoólicos crônicos, pois tem envolvidos na herança são funcionais.
diminuição da produção de fatores de coagulação no  Homozigoto dominante (AA) e heterozigoto (Aa) são
fígado. iguais, independente de um ter o dobro do outro, pois,
tanto a quantidade X ou 2X de enzimas produzem o
Ácidos nucleicos mesmo resultado, pois a enzima atua em pequenas

 Estão contidos em organismos vivos na forma de concentrações.

ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico  A diferença entre duas moléculas de DNA distintas

(RNA). está em sua sequência de nucleotídeos. Assim, o DNA

 Em todos os organismos celulares, o DNA que de todas as espécies é idêntico em sua composição,

corresponde ao material genético. variando apenas na disposição dos nucleotídeos.

 Em células eucarióticas, o DNA se encontra


associado a proteínas histonas, formando complexos Cromossomo: equivale a uma molécula de DNA.

denominados cromonema ou cromossomos, que se


organizam em pares. Genoma: conjunto de todos os genes. Cada organismo tem

 As histonas compactam o DNA para caber na célula. seu genoma próprio, idêntico em todas as suas células

 São capazes de armazenar informação genética. somáticas. Apenas em clones é que se têm organismos

 DNA: reprodução, hereditariedade, controle do distintos com genomas idênticos.

metabolismo.
Nucleotídeos
 RNA é uma fita simples de polinucleotídeos.
 Formados por uma molécula de açúcar pentose, uma
 DNA: A, C, G, T.
base nitrogenada e um ácido fosfórico.
 RNA: A, C, G, U.
 As bases nitrogenadas podem ser purina: A ou G,

Analogia: vitaminas são um livro de receitas para gerar cada com dois anéis carbônicos, ou pirimidina: T, C e U, com
um único anel carbônico.
aspecto da estrutura e função de um organismo vivo. As
letras são os nucleotídeos e cada receita é um gene, uma  As pentoses podem ser desoxirribose, do DNA, ou

característica particular. Os genes são encontrados nos ribose, do RNA.

cromossomos.

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Biologia
 O DNA é mais estável que o RNA pois tem um átomo
de oxigênio a menos. Introns e exons

 O fosfato é derivado do ácido fosfórico (H3PO4).  Introns é a região do DNA não codificante dentro

 O número de purinas é igual ao número de dos genes, o DNA lixo.

pirimidinas.  Exons é a região do DNA codificante dentro dos

 A=T, C=-G. genes.

Replicação do DNA Splicing

 Ocorre na interfase, no período S, precedendo a  Remoção dos intros do pré-RNA mensageiro.

divisão celular.  A enzima RNA polimerase transcreve tanto os exons

 A principal enzima que atua nesse processo é a como os introns em gene, formando uma primeira

enzima DNA polimerase. A enzima DNA helicase quebra molécula de RNA, o pré-RNA mensageiro.

as pontes de hidrogênio entre as bases das cadeias  A nova molécula de RNA gerada após o splicing,

complementares, enquanto a DNA polimerase vai contendo apenas exons, é chamada de RNA

ligando as bases sem pares aos novos nucleotídeos. mensageiro.

 É um processo semiconservativo, pois no decorrer  Os introns são degradados em nucleotídeos para

do processo, as moléculas-filhas conservam uma fita da produzir RNA.

molécula inicial, proporcionando hereditariedade e


reprodução. Splicing alternativo
 Um mesmo gene pode ser traduzido em várias

DNA se replica em outro DNA, é transcrito em RNA, proteínas distintas, dependendo da maneira que a célula

que é traduzido em proteína. faz o splicing, ou seja, de qual exon ou quais são
removidos do pré-RNAm juntos aos introns.

Toda proteína é fruto da expressão de um gene, mas  Proporciona diferença de complexidade entre os

nem todo gene codifica uma proteína. seres vivos, pois essa não está no número de genes, mas
na habilidade de produzir várias proteínas a partir de um

Transcrição mesmo gene.

 Um segmento de DNA é transcrito em uma


molécula de RNA.
RNA
 Apenas uma fita trabalha na síntese proteica. 1. Mensageiro: cópia da informação do gene enviada

 Uma fita produz RNA e a outra vira “DNA lixo”, que para a síntese proteica.

não codifica proteína. 2. Ribossomico: forma ribossomos, com função

 Erros na síntese de RNA não são herdados. estrutural e catalítica.


3. Transportador: transportam aminoácidos para os

Tradução ribossomos.

 Rnam é traduzido em polipeptídeo.


Código genético

DNA lixo  São trincas de nucleotídeos que codificam

 Sequência de bases nitrogenadas cujas informações aminoácidos.

não são traduzidas em proteínas.  É universal, ou seja, em todos os seres vivos

 São usados na comparação em exames de DNA. determinam o mesmo aminoácido.

 98,5% do DNA humano não é codificante.  É a leitura e interpretação das informações contidas

 Pode ser expresso em informações que interferem no DNA até que o produto da informação, a proteína,

no fenótipo. seja montada pela maquinaria celular para a síntese


proteica.

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Biologia
 A síntese proteica é comandada pelos ácidos  Também são encontrados em cloroplastos e
nucleicos e controla todas as funções vitais. O DNA mitocôndrias, sendo essas capazes de fazer
transporta a informação genética de maneira codificada síntese proteica independentemente do resto da
de célula a célula. célula.
 Quando um gene se expressa, sua informação é,  São produzidos no nucléolo, sendo maior em
primeiramente, copiada no RNA, que dirige a síntese de células com a síntese proteica elevada.
proteínas específicas.  Os livres produzem proteínas de uso interno, e os
aderidos ao retículo endoplasmático rugoso
Códon: UUU produzem proteínas de exportação.
Anticódon: AAA

Engenharia genética
 Eles se completam. 15 bases nitrogenadas, 5 códons,
 Conjunto de técnicas de laboratório que permitem
5 aminoácidos codificados.
isolar e modificar genes e eventualmente enxerga-los
em células diferentes das de origem.
Código decifrado
 Permitem a produção de substâncias úteis à indústria
 Vários trios podem codificar um mesmo aminoácido.
e à medicina.
 Códons que codificam o mesmo aminoácido são
 Conquistas: insulina, fatores de coagulação que
chamados de códigos sinônimos. A maioria difere
faltam nos hemofílicos.
somente na base que ocupa a terceira e última posição.
Assim, as mutações que passam despercebidas, ou seja, Biotecnologia
que não alteram a composição de aminoácidos, são
 Uso de seres vivos para obtenção de substâncias
chamadas de mutações silenciosas.
úteis ao homem.
 O sinal de iniciação para síntese proteica é AUG, ou
 Produção de iogurtes e queijos por bactérias
seja, os anteriores são ignorados na tradução. Se ele
lactobacilos, produção de álcool, pães e bolos por
está no meio, é codificado a metionina.
leveduras, fungos unicelulares.
 O sinal de terminação é fornecido por três códons,
 Melhoramento de características genéticas de
UAG, UAA e UGA. Eles são os únicos que não codificam
plantas e animais no que diz respeito à produtividade,
aminoácidos.
como resistência a pragas/parasitas.

Um códon codifica apenas um aminoácido, mas um


OGM: passou por qualquer modificação genética.
aminoácido pode ser codificado por mais de um códon.
Transgênico: recebeu especificamente um gene de outra
espécie.
Mutações sem sentido
 Criam aminoácidos de terminação antes de terminar,
Todo transgênico é OGM, mas nem todo OGM é
antecipando o fim da tradução fazendo com que a
transgênico.
proteína fique mais curta, podendo não funcionar.
 Podem destruir um códon de terminação, adiando e Clonagem de DNA
alongando a proteína.
 Produzir inúmeras cópias idênticas de um mesmo
trecho da molécula de DNA.
Mutações neutras
 É preciso isolar o trecho de DNA a ser clonado, ação
 Sem efeito benéfico ou prejudicial.
de enzimas endonucleases de restrição.

Ribossomos
Enzimas de restrição
 São encontrados em todas as células.
 Encontradas em bactérias para que pudessem se
 Realizam a síntese proteica.
proteger do ataque de vírus bacteriófagos.

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Biologia
 São específicas, ou seja, cada tipo de enzima Técnica ex vivo: remove a célula do doente, coloca em meio
reconhece e corta apenas uma determinada sequência de cultura e aplica do vírus recombinante. Devolve as
de nucleotídeos. células já modificadas para o doente.
 Sequências palíndromo, ou seja, lê-se da mesma
forma da direita ou da esquerda.  Vantagem: evita reações imunes contra o vírus.
 Desvantagem: só pode ser usada em células de fácil
DNA recombinante remoção.
 Corte e colagem de pedaços de DNA (genes) de
indivíduo de quaisquer espécies: organismo Técnica in vivo: aplica o vírus RNA reco, direto no doente.
geneticamente modificado (OGM) ou organismo
transgênico.  Vantagem: pode ser usada em células, tecidos,
órgãos.
1. Corte do DNA dos indivíduos por enzimas de  Desvantagem: risco de reações imunes graves.
restrição.
2. Colagem do DNA com pontes de hidrogênio. Doping genético: uso de técnicas de terapia gênica para
3. Colagem do DNA por ligação covalente através da adicionarem genes ou melhorarem o desempenho em
enzima ligase. alguma atividade.
4. Clonagem do RNA combinante: criação de várias
cópias do RNA recombinante. Vacinas de DNA: aplica do DNA recombinante com gene
5. Transfecção inserção no organismo a ser do antígeno que é traduzido em antígeno, produzindo
modificado. anticorpos e células de memória permanente.
6. Seleção de organismos modificados.
Vacina clássica: aplicação do antígeno que produz
Transgênicos anticorpos e células de memória com duração de
 Recebem o fragmento de DNA, cuja sequência de aproximadamente 10 anos.
nucleotídeos determina a sequência de aminoácidos.
 A característica de interesse é manifestada devido a Teste de DNA
tradução do RNAm sintetizado a partir do DNA  Para identificação de trechos específicos de interesse
recombinante. dentro do genoma, podendo detectar genes para
 Agricultura orgânica: sem agrotóxico, sem adubo doenças.
químico: menor produtividade e maior custo.  O DNA lixo é único e é usado em análise de
 Agricultura convencional: com agrotóxicos e com paternidade e com criminosos.
adubos químicos: maior produtividade, menor custo e
maior poluição. Exame de DNA
 Problemas: resistência a herbicidas: ervas daninha  Corte do DNA dos indivíduos envolvidos com
competem com plantas por água, adubo. enzimas de restrição. Os fragmentos serão separados
 Riscos: reações alérgicas, perda de biodiversidade. através da técnica de eletroforese e posteriormente
comparados.
Terapia gênica ou geneterapia  Eletroforese: separa fragmentos de DNA baseado na
 Introdução de genes normais em pessoas que carga elétrica.
tenham o alelo que causa uma doença.  Cada banda contém vários pedações de DNA, com
 Correção de defeitos genéticos pela inserção dos 50% maternos e 50% paternos.
genes apropriados.
DNA nuclear
 46 cromossomos: 46 DNA.

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Biologia
 23 pares de cromossomos e DNA.  Em procarióticas, o DNA não está associado a
 2 cópias de cada tipo de DNA. histonas, mas a outras proteínas, chamado de desnudo,
com cromossomo circular e único. Pode haver DNA
DNA mitocondrial extracromossomial, imerso no citoplasma, o plasmídeo,
 Origem materna. utilizado na troca de genes da conjugação bacteriana.
 1 DNA mitocondrial, com várias mitocôndrias por
célula. Ribossomos: Únicas organelas presentes em células
procarióticas, porém com tamanho menor.
Projeto genoma: mapeamento do genoma humano.
 Sequenciamento de genes, os identificando para Respiração aeróbica
diagnosticar doenças e facilitar o tratamento.  Apesar de não possuírem mitocôndrias, os
procariotos podem fazer. O ciclo de Krebs ocorre na

Citologia matriz mitocondrial e a cadeia respiratória nas cristas


mitocondriais. Em eucariotos, ocorre no citoplasma e na
 É a menor unidade da vida.
membrana plasmática, respectivamente.
 Constituem as unidades básicas morfofisiológicas de
 Ocorre no mesossomo, uma invaginação da
todos os organismos vivos: teoria celular.
membrana.
 Proporciona característica morfológica e fisiológica.
 Originam unicamente de outras células e sua
Estruturas das células
continuidade é mantida através de seu material
Procarióticas
genético.
 Parede celular: envoltório rígido que determina a
 Um adulto possui mais células que um bebê, em
forma da célula e protege contra danos mecânicos. É
decorrência das divisões mitóticas, que permitem o
formada por peptoglicanas e lipopolissacarídeos.
crescimento de órgãos e tecidos.
 Flagelos: filamentos móveis que permitem
 A diferença de tamanho entre animais está na
deslocamento.
quantidade de células e não no tamanho delas.
 Membrana plasmática: interna à parede celular,
 Lei de Spencer: quanto maior a célula, menor sua
controla a entrada e saída de substânicas.
relação superfície/volume e pior sua nutrição.
 Citoplasma: região interna delimitada pela MP.
 Lei do volume constante: as células do mesmo tipo
 Ribossomos: grânulos que fabricam proteínas.
em indivíduos da mesma espécie possuem volume
 Nucleóide: onde se localiza o cromossomo.
constante, com exceção das células musculares e
neurônios, visto que, fibras musculares podem ser
Fotossíntese: As células procarióticas não possuem
hipertrofiadas pelo exercício constante.
cloroplastos, assim, as cianobactérias fazem fotossíntese
em lamelas fotossintetizantes.
1. Procarióticas: são pequenas, com nutrição
adequada, sem carioteca, possuindo um nucleóide.
Eucarióticas
 Parede celular: envoltório de celulose que protege a
2. Eucariótica: maiores, com uma série de membranas
célula e determina sua forma, ausente em animas,
internas, as organelas, que aumentam sua
presente em vegetais.
superfície relativa de membrana para garantir
 Membrana plasmática: seleciona substâncias.
trocas metabólicas e possuem carioteca e núcleo
 Citoplasma: entre a membrana plasmática e o
organizado.
envoltório nuclear, com compartimentos membranosos.
 Retículo endoplasmático: conjunto de tubos que
Material genético
dentro circulam substâncias fabricadas pela célula. O
 Em eucarióticas, o DNA está associado a histonas e
dividido em vários cromossomos.

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Biologia
rugoso possui ribossomos aderidos às suas membranas,  Regula a passagem de material de dentro e fora da
diferente do liso. célula, através da permeabilidade seletiva.
 Complexo golgiense: conjunto de vesículas que  Recebe informações do meio ambiente que permite
armazenam substâncias fabricadas pela célula. a célula perceber mudanças e responder, como
 Ribossomos: grânulos que fabricam proteínas, livres hormônios, neurotransmissores.
no citoplasma ou aderidos ao RE.  Comunica-se com células vizinhas e com o
 Mitocôndria: bolsa com duas membranas onde organismo como um todo.
ocorre a respiração celular.  Possui enzimas aderidas que participam diretamente
 Lisossomo: vesículas com sucos digestivos que de processos metabólicos e sínteses.
digerem partículas desgastadas pelo uso.  Apresenta fluidez na bicamada devido aos
 Núcleo: onde localiza os cromossomos e contêm os fosfolipídios que a compõem serem líquidos a
genes. temperatura corporal.
 Carioteca ou envelope nuclear: envoltório que  É constituída por fosfolipídios, lipídios complexos
separa o conteúdo nuclear do citoplasma. derivados dos glicerídeos e contendo ácido fosfórico.
 Nucléolo: local de fabricação e armazenamento de São anfipáticos, ou seja, possuem uma região polar e
ribossomos, no interior do núcleo. outra apolar. Quanto mais insaturados, mais líquido a
 Centríolos: cilindros relacionados com os bicamada.
movimentos celulares ausentes em plantas.  Apresentam colesterol que tem papel estrutural e
 Vácuolo de suco celular: bolsa membranosa com estabilizador.
água e sais, ausente em animais.  Medicamentos lipossolúveis atravessam mais
 Cloroplastos: estruturas membranosas que contém facilmente a parte lipídica das membranas dos
clorofila, ausente em animais. neurônios.
 Os fosfolipídios são constituídos de uma cabeça
Teoria celular x vírus hidrofílica polar, voltada para fora da bicamada e uma
As células possuem: calda hidrofóbica apolar, voltada para dentro.
 Um programa genético específico, na forma de  Apresenta pequena estrutura, elasticidade e
moléculas de DNA, que permitem a reprodução de pequena resistência mecânica.
células e controle da função celular através do RNA.
 Uma membrana celular lipoprotéica, que estabelece Permeabilidade da membrana
um limite que regula todas as trocas de matéria e  Passam pela bicamada substâncias apolares como
energia. lipídios, O2 e CO2 e substâncias polares não carregadas
 Uma maneira de se obter energia através de pequenas, como a água.
alimentos.  Passam pelas proteínas-canais permeases
 Uma maneira de produzir proteínas. substâncias polares pequenas, como aminoácidos,
monossacarídeos, íons e água (aquaporinas).
Os vírus só possuem o primeiro requisito, o material
genético. Portanto, não tem organização celular. Glicocálix
 Associação entre lipídios e proteínas na face externa
 Eles apresentam habilidade de se reproduzir e da bicamada que protege a membrana celular.
capacidade de se adaptar ao meio ambiente por  Atua como filtro em certos capilares sanguíneos e no
mutações, quando em uma célula hospedeira. tecido conjuntivo, ajudando a controlar a entrada de
substâncias na célula, através da pinocitose.
Membrana plasmática  Promove adesão entre células de um mesmo tecido.
 Permite a homeostase, isolamento do meio externo  Atua no reconhecimento celular, como nos grupos
para manter o interno constante. sanguíneos do sistema ABO.

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Biologia
 Em células sadias, o reconhecimento das células  A bomba vai reposicionar os íons que se moveram
vizinhas através do glicocálix inibe a divisão celular, num por difusão. O meio externo fica positivo em relação ao
fenômeno de inibição por contato, evitando que uma interno, num fenômeno de polaridade da membrana,
célula se multiplique e invada o espaço da outra. Em que constitui a base para a transmissão do impulso
células cancerosas, essa capacidade é perdida, de modo nervoso.
que a divisão se dê indefinidamente.
Em bloco
Parede celular  Processos ativos que envolvem modificações na
 Externa a membrana, constituindo uma espécie de estrutura da membrana para incorporar partículas
exoesqueleto. maiores.
 É permeável, com alta resistência e certa flexibilidade.  Endocitose: ocorre para dentro da célula.
 Funções de suporte mecânico da célula, proteção  Exocitose: para eliminar partículas produzidas pela
mecânica e osmótica. célula, como hormônios.
 Formada por microfibrilas compostas de celulose e  Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela
por outros açúcares, como a lignina, principal célula devido a projeções citoplasmáticas, as
componente da madeira e confere resistência e rigidez. envaginações da membrana, os pseudópodes, em que
os fagossomos englobam o conteúdo da vesícula. Atua
Transportes na alimentação de unicelulares, defesa de organismos
Passivo pluricelulares, eliminação de restos teciduais e células
 A favor do gradiente de concentração, do meio mais mortas, remodelação do corpo...
concentrado para o menos concentrado.  Pinocitose: incorporação de um material líquido
 É espontâneo e exergônicos (exotérmicos).
 Menor partícula, maior temperatura e maior Difusão simples ou diálise
diferença de concentração facilita.  Passagem de moléculas de soluto através de uma
membrana permeável da região de maior concentração
Ativo de soluto para a região de menor concentração, até elas
 Contra o gradiente de concentração, de meios se igualarem.
menos concentrados para mais concentrados.  Processo espontâneo e exotérmico.
 Não espontâneo e é endergônico (endotérmico).
 Bomba de sódio e potássio. Difusão facilitada
 Ocorre através de proteínas permeases, as quais
Bomba de sódio e potássio sofrem alterações sendo específicas para determinados
 Manutenção do equilíbrio osmótico celular. solutos.
 Manutenção de altas concentrações intracelulares de  Transporte ativo.
íons potássio.  Em altas concentrações do substrato a ser
 Estabelecimento de um potencial elétrico de transportado, ocorre saturação dos carregadores, e a
membrana, do qual depende a transmissão do impulso velocidade de transporte passa a ser constante.
nervoso.
 A concentração de potássio é maior dentro da célula, Osmose
a tendência é que ele saia por difusão, e como o sódio  Passagem do solvente através de uma membrana
é maior fora do que dentro, a tendência é que ele entre. que não permita a passagem de soluto, da região mais
Como são quantidades diferentes, alteraria as concentrada para a menos concentrada em solvente,
concentrações desses íons e perturbaria o equilíbrio até as concentrações se igualarem.
osmótico da célula.  A água vai de onde tem menos soluto para onde tem
mais.

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Biologia
 Deplasmólise: quando em meios hipotônicos, 1. Microtúbulos
ganham água e incham.  Formados pela proteína tubulina que forma
 Plasmoptise: se a água continuar entrando, a filamentos para originá-lo.
membrana plasmática não é suficientemente resistente  Sustentam e protegem a mecânica da célula.
e se rompe.  Facilitam o transporte e a circulação de substâncias
 Plasmólise: célula murcha quando colocada em no citoplasma.
meios hipertônicos.  Compõem os cílios, os flagelos, os centríolos e as
 Vegetais: são dotados de parede celular permeável, fibras do fuso.
flexível e altamente resistente. A célula não se rompe
pois a água entra e sai pela turgência, causando 2. Microfilamentos
equilíbrio.  Formadas pela actina, se associam com a miosina.
 Organizam o citoesqueleto.
 Difusão e osmose tendem a ocorrer  Contribuem para a adesão celular.
simultaneamente, mas em sentidos opostos.  Motilidade celular, como a ciclose, pseudópodes,
 A osmose é um processo mais rápido que a difusão. flagelos.
 A difusão não altera o volume da célula, mas a
osmose sim. 3. Filamentos intermediários
 Formados por queratina.

Citologia  Aumentam a resistência mecânica do citoplasma,


aumentando a adesão entre as células vizinhas.
1. Citoplasma: massa heterogênea com uma série de
estruturas imersas na mesma.
Citoplasma figurado: as próprias organelas. Presentes no
2. Hialoplasma: massa amorfa onde se situam as
interior do hialoplasma, podendo ser membranosas ou não
demais estruturas, constituído por água, sais
membranosas.
minerais e proteínas. Proporciona um meio de
difusão para reações químicas, sustentação interna
Membranosas: complexo de Golgi, lisossomos,
e movimento.
peroxissomas, glioxissomas, vácuolos, plastos, retículo

Movimentos celulares endoplasmático, mitocôndrias, núcleo.

Ciclose
Não membranosas: ribossomos e centríolos.
 Típico de células vegetais, em que existe um vacúolo
de suco celular que preenche a célula.
Ribossomos
 É um fluxo interno no citosol que arrasta as organelas
 Metade proteína, metade RNAr, possuindo duas
ao redor do vacúolo central, permitindo a distribuição
subunidades em forma de 8.
constante das organelas na célula.
 Únicas organelas presentes em procariotos.
 Aumenta com o aumento de temperatura.
 São responsáveis pela síntese proteica.

Ameboide
Centríolos
 Em protozoários e células de defesa (leucócitos).
 Localizam-se próximos a região do núcleo, no
 A célula emite prolongamentos citoplasmáticos,
centrossoma.
denominados pseudópodes.
 São formados por microtúbulos, 9 grupos de 3
arranjados como num cilindro.
Citoesqueleto
 Originam cílios e flagelos.
 Responsável pela sustentação da célula e definição
 Não está presente em células vegetais.
de sua forma, através de uma rede de filamentos
proteicos que o constituem.

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Cílos e flagelos  A quebra se dá por oxidação. Esses elétrons são
 Possuem proteínas contráteis. recolhidos por aceptores de elétrons, como NAD e FAD,
 Possibilitam a locomoção celular. para serem utilizados na produção de ATP.
 Promovem a circulação de líquidos e o  A matéria orgânica utilizada é a glicose, mas também
deslocamento de pastículas. outros açúcares, lipídios e proteínas.
 O S e o NO3 podem substituir o oxigênio.
Retículo Endoplasmático
 Uma rede de invaginações da membrana plasmática, Autótrofos e heterótrofos
presente em todas as células eucarióticas, com exceção  Autótrofos são capazes de produzir glicose a partir
das hemácias e células embrionárias indiferenciadas. de matéria inorgânica e energia adquiridas no meio,
 Fornece suporte mecânico. sendo, pois, capazes de produzir seus próprios
 Auxilia no controle osmótico da célula. nutrientes. Podem ser fotossintetizantes ou
 Armazena substâncias. quimiossintetizantes.
 Transporta substâncias.  Heterótrofos aproveitam-se dos nutrientes
 Síntese de glicoproteínas e membranas. produzidos pelos autótrofos.

1. Rugoso: faz síntese de proteínas para exportação, Papel do ATP


pois possui ribossomos aderidos à estrutura.  Ele armazena uma quantidade tal de energia que
Secretam proteínas pela célula, como enzimas pode ser utilizada em vários processos, sendo
digestivas e anticorpos. extremamente versátil.

2. Agranular ou liso: sintetizam lipídios, como o Tipos de respiração celular


colesterol e esteroides. Fazem destoxificação, Respiração aeróbica: usa o gás oxigênio como agente
transformando substâncias tóxicas em não tóxicas. oxidante para promover a quebra completa da matéria
orgânica apenas em produtos inorgânicos, no caso, gás
Quando ingeridas grandes quantidades de droga, a carbônico e água, apresentando um alto saldo energético,
área do REL aumenta consideravelmente para promover de até 38 ATP por glicose.
uma rápida destoxificação, desenvolvendo tolerância à
droga. Respiração anaeróbica: não utiliza oxigênio, podendo
ocorrer de várias maneiras, como a desnitrificação e a
Complexo de golgi fermentação.
 Síntese de polissacarídeos, de glicoproteínas e
glicolipídios. Desnitrificação: utiliza o nitrato (NO3-) como agente
 Armazenam e empacotam. oxidante para promover a quebra completa da matéria
 Fazem secreção celular, liberando vesículas para o orgânica apenas em produtos inorgânicos, no caso, gás
citoplasma pela exocitose. carbônico, água e gás nitrogênio.
 Formam o acrossomo de espermatozoides.
 Formam a lamela média de células vetais. Fermentação: não usa agente oxidante e promove a quebra
 Formam os lisossomos. parcial da matéria orgânica em produtos ainda orgânicos,
com baixo saldo energético, de 2 ATP por glicose. Pode ser
Fermentação láctica, onde o ácido pirúvico é o aceptor final de elétrons,
Respiração celular: processo de degradação de matéria ou alcóolica, com o acetaldeído de aceptor.
orgânica para a produção de energia.

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Biologia
Tipos de organismos quanto à respiração  Ocorre em algumas bactérias, em leveduras e em

Anaeróbicos restritos: fazem respiração anaeróbica. O vegetais superiores.

oxigênio é venenoso pelo seu poder oxidante e por eles  Leveduras são utilizadas na produção de álcool,

não conseguirem degradá-lo. usado como combustível, antisséptico e na fabricação


de bebidas.

Anaeróbicos facultativos: podem fazer os dois tipos de  O CO2 liberado pela levedura é a base para a ação

respiração, tanto anaeróbica quanto aeróbica. de fermentos biológicos de cozinha, como na


fermentação do açúcar e produção de gás carbônico,

Aeróbicos: dependem do metabolismo aeróbico para viver, que se expande e provoca o inchamento da massa do

podendo alguns fazer também respiração anaeróbica. pão e do bolo. O álcool liberado na reação é evaporado
pelo forno e a reação não depende de calor, só é

Glicólise acelerado com ele.

1. Consumo de duas moléculas de ATP para ativar


uma molécula de glicose e iniciar a reação. Fermento biológico: leveduras, fungos unicelulares

2. Quebra da molécula de glicose ativada em duas anaeróbicos facultativos que realizam fermentação

moléculas de três carbonos. alcoólica, precisando descansar antes de entrar no forno

3. Incorporação de fosfato inorgânico e formação de porque o calor desnatura as enzimas e a massa não desce.

NADH2.
4. Liberação de duas moléculas de ATP, recuperando Fermento químico: a elevação da temperatura acelera a

as utilizadas no início. reação química e torna efetiva no inchaço da massa.

5. Liberação de mais duas moléculas de ATP e


Respiração aeróbica
formação do ácido pirúvico, representando essas
 É mais eficiente que a fermentação, produzindo até
duas moléculas de ATP o salgo energético positivo
38 ATP por glicose.
do processo.

C6H12O6 + 6CO2 = 6CO2 + 6H2O


Fermentação láctica
 O NADH2 fornece seus hidrogênios ao próprio ácido
Fases da respiração
pirúvico, que funciona como aceptor final de elétrons,
1. Glicólise, no citoplasma, sem oxigênio.
passando a ácido láctico.
2. Ciclo de Krebs, na matriz mitocondrial, com O2.
 Ocorre em algumas bactérias, protozoários, fungos
3. Cadeia respiratória, nas cristas mitocondriais, com
e células do tecido muscular.
O2.
 No tecido muscular ocorre quando a atividade física
é intensa e o aumento na frequência respiratória e fluxo
 Em procariontes, por não terem mitocôndrias, fazem
sanguíneo são insuficientes para suprir o músculo de
na membrana plasmática.
oxigênio para fazer respiração aeróbica. As fibras
 Apesar do oxigênio não participar diretamente do
musculares degradam a glicose anaerobicamente, com
Ciclo de Krebs, ele só ocorre na presença desse ciclo.
a produção de ácido láctico, promovendo fadiga e dor.
Com 24 o ácido é removido do músculo e enviado ao
Estrutura da mitocôndria
fígado, onde é reconvertido em glicose.
 Presente em todas as células eucarióticas.
 Firmada por duas membranas, a externa e a interna,
Fermentação alcoólica
e entre há o espaço inter-membrana.
 O ácido pirúvico da glicólise libera CO2 e é
 A membrana interna sofre invaginações, formando
convertido em etanal, um aldeído que recebe os
as cristas mitocondriais.
hidrogênios do NADH2, formando o etanol.

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Biologia
 Apresentam DNA, RNA e ribossomos, sendo capaz que ele é necessário para que o ácido pirúvico entre na
de síntese proteica e autoduplicação. mitocôndria.
 Apresentam oxissomos internamente, enzimas
responsáveis pela síntese de ATP nela. Envenenamento por cianeto e monóxido de carbono
 Utilizado nas câmaras de gás, o cianeto, e o
Hipótese da simbiose monóxido de carbono, liberado a partir da combustão
 A membrana apresenta características semelhantes incompleta, ambos se ligam ao ferro dos citocromos
às células procariontes, visto que, na bactéria há impedindo sua oxidação e redução, consequentemente,
invaginações de membranas, os mesossomos, análogas o transporte de elétrons, interrompendo a cadeia
as cristas mitocondriais, além disso, o DNA bacteriano é respiratória, diminuindo a produção de energia e
circular e desnudo, com o DNA mitocondrial. asfixiando.
 Pesquisadores acreditam que no passado,
mitocôndrias e plastos eram procariontes Fotossíntese
independentes, que passaram a fazer relações  Processo anabólico que utiliza a energia da luz para
endomutualísticas com células maiores e acabaram lá se a produção de matéria orgânica, na forma de
estabelecendo. carboidratos, a partir de matéria inorgânica, na forma de
água e gás carbônico.
DNA mitocondrial  Processo de conversão de energia luminosa em
 Como as mitocôndrias vêm apenas do gameta energia química.
feminino na espécie humana, o DNAm é então sempre  Realizada por vegetais, algas e cianobactérias.
proveniente da mãe.  Libera gás oxigênio, utilizado por todos os
organismos aeróbicos do planeta.
Glicólise  É a base da nutrição da imensa maioria dos
 Caso não haja oxigênio, o ácido pirúvico é enviado ecossistemas.
para a fermentação. Caso haja, ele entra na mitocôndria
formando o acetil-coA. 6CO2 + 12 H2X = C6H12O6 + 6H2O + 12X
 O ácido pirúvico tem 3C, e quando entra na matriz,
perde um gás carbônico e passa a acetil, que se liga a Plastos: organelas relacionadas ao armazenamento de
uma coenzima A, que entra no ciclo de Krebs. substâncias ou à fotossíntese.

Ciclo de Krebs  A captação da energia da luz solar é possível


 O acetil-coA une-se ao ácido oxalacético (4C), através de pigmentos fotossintetizantes, como:
formando o ácido cítrico (6C). O ácido cítrico perde 2
CO2 e volta a ácido oxalacético, para reiniciar o ciclo. 1. Clorofila: de cor verde, a principal.
 Saldo de 4 CO2, 2 ATP, 6 NADH2 e 2 FADH2. 2. Carotenos e xantofilas: de cor amarelada.
3. Ficoblinas: de cor azul ou vermelha.
Cadeia respiratória
 A maioria dos ATP são produzidos através dos Etapas da fotossíntese
elétrons armazenados no NADH2 e FADH2. Fotoquímica ou clara
 Sem O2, a cadeia nem se quer inicia, o que leva à  Dependem da luz. Ocorre na bicamada lipídica e em
morte por asfixia. estruturas derivadas, como lamelas.
 Produto: ATP, NADPH2 e O2.
Papel do oxigênio: é aceptor final de elétrons na respiração  Independe da escura, só precisando de luz, clorofila
aeróbica. Caso falte, o indivíduo morre por produzir ATP e água.
insuficiente, uma vez que não haverá ciclo de Krebs, visto

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Química ou escura Quimiossíntese
 Não necessita de clorofila e não dependem da luz.  Desempenhado por algumas bactérias que utilizam
 Ocorre no estroma. como fonte de energia a energia liberada pela oxidação
 Produtos: glicose, ADP e NADP. de compostos inorgânicos.

Fatores que influenciam na fotossíntese Núcleo celular


 Temperatura, concentração de gás carbônico e  Encerra o material genético da célula, na forma de
intensidade da luz. cromossomos.
 Através o DNA, o núcleo controla todas as funções
Temperatura celulares, como a síntese proteica, a síntese de enzimas
 As reações são mediadas por enzimas, então, a e as reações químicas.
alteração na atividade enzimática altera a atividade  Nas células eucarióticas, o núcleo encontra-se
fotossintética. delimitado devido à presença de um envelope nuclear
 Um aumento exagerado na temperatura desnatura ou carioteca, isolando-se do citoplasma.
as enzimas e leva uma queda na atividade fotossintética.  Células anucleadas não possuem núcleo, como as
hemácias em mamíferos, assim, possuem vida curta pois
Concentração de gás carbônico não realizam síntese proteica para produzir enzimas e
 O aumento melhora a atividade, visto que as enzimas promover a regeneração celular.
funcionam melhor com o aumento na concentração do
substrato. Componentes do núcleo
 Ocorre até um determinado ponto de saturação, Carioteca
fazendo com que a atividade fique constante.  Estrutura que delimita o núcleo.
 É formada por duas membranas sustentadas por
Intensidade luminosa uma rede de proteínas.
 Quanto mais luz, maior a absorção de energia pela  A membrana externa está aderida ao retículo
clorofila nos cloroplastos e maior atividade endoplasmático rugoso, possuindo ribossomos
fotossintética, é determinado ponto de saturação em aderidos a ela.
que a atividade fica constante.  Apresenta poros nucleares na região de fusão da
membrana externa com a interna, que permitem a
Relação fotossíntese e respiração passagem de ribossomos e RNAm do núcleo onde são
 A fotossíntese é anabólica e a respiração catabólica. produzidos para o citoplasma.
 As reações são inversas.
 A planta faz simultaneamente as duas, porém, a Nucleoplasma: também chamado de cariolinfa,
fotossíntese não é feita o tempo todo, pois sem luz o corresponde ao protoplasma situado no núcleo, formado
processo para. por água, sais minerias e enzimas, onde estão submersos
 No ponto de compensação fótica a respiração e a os núcleos e a cromatina.
fotossíntese se igualam, e a planta não libera nem
consome nada da atmosfera. Assim, o oxigênio liberado Nucléolos ou plasmossomos
pela fotossíntese é consumido na respiração, e o gás  Estruturas formadas por proteínas e RNAr, não
carbônico liberado na respiração é consumido na delimitados por membrana.
fotossíntese.  Originados das zonas SAT.
 Tem como função a formação de ribossomos,
Em plantas jovens a fotossíntese é maior que a respiração formados por RNAr e proteínas.
e em adultas as taxas tendem a se igualarem.

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 Quanto mais ribossomos forem necessários, ou seja, Tipos de cromossomos
quanto maior a atividade metabólica da célula, maior a  Metacêntrico: com centrômero no centro e braços
quantidade de nucléolos. de tamanhos iguais.
 Submetacêntrico: com centrômero quase no centro
Material genético e braços de tamanho quase igual.
 Em eucariontes está na forma de DNA associado a  Acrocêntrico: com centrômero bem deslocado,
várias proteínas histonas, formando complexos havendo braços curtos e longos.
denominados de cromonemas ou cromossomos.  Telocêntrico: com centrômero em uma das
 DNA + histonas: nucleossomas que se enrolas em extremidades do cromossomo. Cada cromátide tem só
hélice, formando a fibra cromossômica, que se enrola um braço e não existe na espécie humana.
aleatoriamente formando cromossomos ou
cromonemas.
Cromossomos homólogos
Cromatina: conjunto de cromonemas da célula. Está  São idênticos em forma, tamanho, tipos de genes e
presente na inférfase, ativo para síntese proteica e sequência desses genes.
desespiralizados, com filamentos longos entrelaçados.  Os genes não necessariamente são iguais, aénas
condicionam as mesmas características, mas
Cromossomos: presentes durante a divisão celular, possivelmente de maneira diferente.
espiralizados, com filamentos compactados e inativos para  Genes que condicionam a mesma característica são
síntese proteica, uma vez que a compactação impossibilita ditos genes alelos, normalmente um dominante e um
a ação da enzima RNA polimerase. recessivo.
 Os genes ficam no locus do cromossomo.
Eucromatina, heterocromatina e especialização celular  Homozigotos: os loci do par homólogo são
 A eucromatina são as partes ativas da cromatina, e a ocupados por genes alelos idênticos.
heterocromática são as partes inativas.  Heterozigotos: os loci são ocupados por genes alelos
 Algumas áreas da cromatina estão sempre na forma distintos.
de heterocromatina, como é o caso das regiões de
centrômero e telômero. Células haploides (n): possuem apenas um cromossomo de
cada par, ou seja, possuem apenas um genoma.
A diferenciação celular é resultado da ativação ou  São as células sexuais ou gametas.
inativação de genes por, respectivamente,
desespiralização ou espiralização do DNA. Células diploides (2n): possuem seus cromossomos aos
pares de homólogos, ou seja, possuem dois genomas.
 São as células somáticas e as células germinativas.
Cromossomos
 Estão presentes no núcleo em divisão, onde se
Células somáticas: não tem relação direta com a
apresentam espiralizados e duplicados, ou seja,
reprodução humana.
formado por duas cromátides-irmãs, idênticas.
 Cada cromátide equivale a um filamento de
Células germinativas: são as únicas capazes de sofrer
nucleossomas, contendo uma única molécula de DNA
meiose para formação de células sexuais reprodutivas, os
cada.
gametas.
 A duplicação corre no período S da interfase, e é uma
preparação para a divisão celular.
Células sexuais: as células germinativas sofrem meiose
 As extremidades são os telômeros, que têm o papel
originando quarto células, cada qual com metade dos
de proteger o cromossomo de enzimas reparadoras.

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cromossomos da célula inicial. São os espermatozoides e o ser transferido de uma região ativa para uma inativa e
óvulo feminino. vice-versa, alterando a manifestação dos genes.
 Translocações: os cromossomos podem sofrer
n: número de pares de cromossomos em uma espécie. quebras, soldando-se os pedações quebrados em
cromossomos não homólogos.
Genoma
 Conjunto haploide de cromossomos, ou seja, um Numéricas
conjunto onde há apenas um cromossomo de cada par  Euploidias: alterações no número de cromossomos
de homólogos. que alteram o número de genomas no indivíduo, de
 Conjunto de todos os genes de um indivíduo, modo a perder ou ganhar genomas inteiros, sendo 3n,
população ou espécie. 4n, entre outros.
 Aneuploidias: alterações no número de
Cariótipo humano cromossomos que não alteram o número de genomas,
 Conjunto diploide de cromossomos presentes em de modo a se perder ou ganhar cromossomos
uma célula somática. individuais, mas não genomas inteiros, sendo 2n + 1, um
 O homem possui 46 cromossomos, ou seja, 2n=46, exemplo.
posicionados dos maiores para os menores, dos
metacêntricos para os acrocêntricos. Aneuploidias autossômicas
 Os primeiros 22 pares são autossomos, não tendo  Os cromossomos sexuais são normais, mas há um
relação com a determinação do sexo. dos autossomos em dose tripla, sendo então uma
 O último par corresponde aos alossomos ou trissomia.
cromossomo sexuais, que determinam o sexo, sendo X
feminino e Y masculino. Síndrome de Down, 47 XX ou XY
 É a trissomia do cromossomo 21, assim, os indivíduos
Número diploide de cromossomo por espécie com essa síndrome têm 47 cromossomos.
 O número de cromossomos não tem relação com  Apresentam QI muito baixo, língua fissurada,
nenhum aspecto de parentesco ou complexidade. inflamação das pálpebras, uma única prega no dedo
mínimo, obesidade.
Mutações ou aberrações cromossômicas  Crianças frequentemente nascem com defeito
Gênicas: alteram a sequência de bases nitrogenadas em cardíacos, maior causa da morte nos primeiros 12 meses
um gene, de modo a criar novos alelos. de vida.

Aberrações cromossômicas: não alteram a sequência de Síndrome de Edwards, 47 XX ou XY


bases nitrogenadas em um gene, mas sim a posição do  Trissomia do cromossomo 18.
gene no cromossomo, o número de cópias do gene no  Crianças apresentam baixa expectativa de vida,
cromossomo e/ou o número de cromossomos. morrendo em alguns meses após o nascimento, com
defeito de flexão dos dedos, defeitos cardíacos e hérnia
Estruturais umbilical.
 Deficiência ou delação: perda de um segmento do
cromossomo, podendo ser letais, pois implica a perda Síndrome de Patatau, 47 XX ou XY
de muitos genes.  Trissomia do cromossomo 13.
 Duplicação: repetição de um determinado segmento  Crianças com baixa expectativa de vida, apresentam
do cromossomo. microcefalia, defeitos cardíacos e morrem nos primeiros
 Inversões: um segmento de cromossomo se quebra, meses de vida.
sofre uma torração de 180o, e se solda novamente. Pode

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Aneuploidias sexuais Células permanentes: se diferenciam no embrião,

Síndrome da Superfêmea, 47 XXX atingindo alto grau de especialização e, após formar,

 São fêmeas férteis, embora com alguns distúrbios e elas perdem o grau de especialização, apenas

às vezes retardo mental. acompanhando o crescimento através do aumento de


volume (hipertrofia). São as fibras musculares estriadas

Síndrome de Klinefelter, 47 XXY (esqueléticas e cardíacas) e os neurônios.

 Homens com estatura maior que o normal.


 Têm pequeno desenvolvimento dos órgãos genitais, Reparo, regeneração e cicatrização

ausência de espermatozoides, desenvolvimento dos 1. Regeneração: reparo através de células idênticas às

seios. células iniciais.

 Com distúrbios de comportamento e baixo QI.


2. Cicatrização: reparo feito por um tecido conjuntivo.

Síndrome do duplo Y ou do Supermacho, 47 XYY


 Homens normais e férteis, com retardo mental e  Lesões no coração causadas por um infarto do

agressividade acentuada, com maiores incidências em miocárdio (morte de uma região do músculo cardíaco)

presídios. ou lesões no cérebro, causadas por um derrame,


tendem a ter consequências irreversíveis, uma vez que

Síndrome de Turner, 47 XO as fibras musculares estriadas e os neurônios não são

 Mulheres estéreis, de baixa estatura, pescoço capazes de renovação no adulto.

alargado, sem desenvolvimento mamário.  Às vezes, as células sobreviventes passam a

 Parece não causar retardo mental. desempenhar as funções das células que morreram,

 O gameta defeituoso, sem cromossomo sexual, havendo uma reparação parcial ou até total das funções

frequentemente é o espermatozoide. teciduais.

Cromatina sexual de Barr Células-tronco


 Na interfase de células somáticas das mulheres  São células indiferenciadas, capazes de originar

aparece, junto à face interna da membrana nuclear, uma novas células, tecidos ou órgãos.

pequena mancha de heterocromatina, chamada de  São encontradas desde o início do desenvolvimento

cromatina sexual ou corpúsculo de Barr, não ocorre em embrionário até a morte do indivíduo, apresentando um

homens. variável poder de diferenciação.

 O número de cromatinas sexuais é o total de X-1.  Qualquer uma obtida após o nascimento pode ser
caracterizada como maduras, não sendo
Células-tronco e clonagem pluri/totipotentes.
Células lábeis: apresentam curto tempo de vida,  Quando obtidas do mesmo indivíduo que irá recebe-
normalmente alguns dias, sendo os gametas (óvulos e las apresentam o mesmo material genético que as
espermatozoides), com 2 a 3 dias de vida e as hemácias demais células do próprio indivíduo, não apresentando
(formadas na medula óssea vermelha a partir dos risco de rejeição por parte do sistema imune.

hemocitoblastos), com cerca de 120 dias de vida.


Unipotentes: são capazes de se diferenciar em alguns

Células estáveis: vivem meses ou anos, constituindo a poucos tipos de células, como exemplo, os fibroblastos.
maioria. Se diferenciam durante o desenvolvimento
embrionário e depois se mantém num ritmo constante Multipotentes: são capazes de se diferenciar em vários
de multiplicação. Quando algumas morrem, outras tipos de célula, sendo obtidas no sangue do cordão
substituem, como algumas do tecido epitelial, do tecido umbilical ou da placenta, capazes de se diferenciar nas
conjuntivo e as fibras musculares lisas. várias células sanguíneas.

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 Células-tronco obtidas no sangue do cordão Clonagem reprodutiva
umbilical ou placenta podem ser utilizadas em  Para se obter animais de alta qualidade, com alta
tratamento médico, como no tratamento da leucemia, produtividade de leite, por exemplo.
no câncer de medula óssea.  Em humanos, é para fins terapêuticos, para remover
dos embriões células tronco embrionárias.
Pluripotentes: podem se diferenciar em todos os tipos
de células do indivíduo adulto, mas não em membranas Envelhecimento precoce: papel dos telômeros
extra-embrionárias fetais, como a placenta. São  Os telômeros são trechos de DNA não codificantes,
encontradas no embrioblasto ou massa celular interna que estão localizados nas extremidades dos
dos embriões na fase de blástula ou blastocisto. cromossomos, com papel de proteger essas
extremidades de serem confundidos com pedaços
Totipotentes: podem se diferenciar em todos os tipos. partidos de DNA.
 Parte deles deixa de ser replicada a cada circo celular,
Obtenção portanto, ocorre encurtamento dos telômeros a cada
 De embriões descartados em clínicas de fertilização, ciclo celular.
ou os produzidos para a realização da técnica de  Não podendo mais se dividir, a célula morre e o
fertilização in vitro (bebês de proveta). indivíduo envelhece.
 A clonagem de embriões para fins terapêuticos é
feita com o objetivo de obter as células-tronco, que têm Ciclo celular
potencial de original determinado órgão do indivíduo.  As células somáticas são formadas pela mitose, onde
a célula mãe se divide originando duas células idênticas,
Clonagem por transferência nuclear ocorrendo o crescimento ou regeneração.
1. Remove-se o número de célula somática de um  Células sexuais são formadas pela meiose, em que as
indivíduo que se quer clonar, que, por ser somática, células germinativas (2n) se dividem originando quatro
apresentará todo um conjunto cromossômico diploide células, cada qual com metade dos cromossomos da
para originar um indivíduo idêntico ao doador. célula inicial, que são as células sexuais (n).
2. Remove-se o núcleo de um óvulo da mesma espécie,
obtendo-se um óvulo anucleado. Fases do ciclo celular
3. Insere-se o núcleo somático (2n) no óvulo anucleado  O ciclo de vida de uma célula tem dois momentos: a
e, através de descargas elétricas, estimula-se a fusão das intérfase e a divisão celular.
duas estruturas e formação de uma nova célula.  Para se dividir, as células precisam ser estimuladas
4. Ao atingir a fase de blastocisto, implanta-se o por substâncias fatores de crescimento, porém, mesmo
embrião numa barriga de aluguel, que será clone do com elas, algumas só duplicam o DNA quando atingem
doador da célula somática. um tamanho mínimo necessário à produção de células-
filhas viáveis.
 Não é uma cópia perfeita do doador uma vez que as  O ciclo celular pode ser interrompido em
mitocôndrias também têm DNA e todas as mitocôndrias determinados pontos, caso ocorram danos nas
de um indivíduo vem do óvulo da mãe. Nesse caso, o moléculas de DNA, esses são os pontos de checagem,
DNA mitocondrial será idêntico ao da doadora do óvulo, que decidem se a célula completa a divisão ou se
podendo influenciar no descendente, visto que algumas interrompe o processo por algum tempo.
doenças são condicionadas por genes localizados na  O principal ponto de checagem ocorre no final da
mitocôndria. fase G1, em que verifica se há DNA mutante. Se houver,
a proteína P53 induz apoptose, e se não houver, segue
para a fase S.

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 O segundo ponto está no final de G2, em que a  Os oncogenes analisam os pontos de checagem para
célula decide se entra ou não em mitose. bloquear a divisão de células defeituosas e permitir a
divisão de células normais, assim, mutações neles
Intérfase podem permitir que células alteradas se reproduzam.
 Os cromossomos estão na forma desespiralizada.  O glicocálix está relacionado a atividades como o
 É o mais longo, em que a célula passa a maior parte reconhecimento celular, assim, apresenta um
do tempo, não estando em divisão. importante papel para o processo de inibição por
 Apresenta três fases: G1, S e G2, assim, após a G2, a contato. Nele, as células se conhecem mutuamente e
célula entra em divisão celular. não se dividem para evitar a competição de recursos e
nutrientes entre elas.
S: em que ocorre a autoduplicação ou replicação do  Nos tecidos cancerosos, ocorrem alterações no
DNA, ou seja, “síntese” de DNA. glicocálix, de modo que as células não mais se
 Os cromossomos na forma de cromatina passam a reconhecem, passando a se multiplicar sem controle.
apresentar duas cromátides ao invés de uma, passando  Também ocorre diminuição de adesividade,
à forma de cromossomos duplos (cada cromossomo favorecendo o destacamento de metástases, visto que o
com duas cromátides-irmãs). glicocálix também está relacionado à adesão entre as
células vizinhas.
G1 e G2: não apresentando autoduplicação do DNA,
entretanto, a atividade metabólica nesta etapa é Tumor maligno
altíssima, uma vez que ocorre uma intensa síntese de  Apresenta células profundamente modificadas em
RNA e de proteínas, assim, ocorre a maior parte do relação ao tecido original, que inclusive podem produzir
metabolismo celular. substâncias tóxicas para eliminar células sadias e ganhar
mais espaço.
G0: para as células que estão fora do ciclo celular, ou  Tem crescimento invasivo, invadindo tecidos vizinhos
seja, que não se dividem, como os fibrócitos. através de projeções celulares, as metástases, que
 Substâncias fatores de crescimento podem agir podem se espalhar por todo o corpo através da
sobre as células G0, fazendo-as voltar ao ciclo celular circulação sanguínea.
para retomar a divisão celular, como ocorre com os  Se consumir muito nutriente do portador, causa
fibrócitos que voltam a ser fibroblastos. magreza intensa e interrompe o funcionamento normal
 Algumas estão permanentemente em G0, como os dos órgãos, causando morte por falência generalizada
neurônios e as fibras musculares estriadas, sendo dos órgãos.
incapazes de se dividir.
Tumor benigno
Apoptose: morte celular pela ativação de endonucleases  Apresenta células idênticas ao tecido que o originou,
endógenas, não-lisossômicas, que fragmentam o DNA. com crescimento expansivo, restrito ao tecido de
 Não é uma morte celular programada, mas sim origem, não invadindo os vizinhos e sem apresentar
morte celular não seguida de autólise. metástase.
 É um tipo de auto-destruição celular, que ocorre de  Pode comprimir vasos sanguíneos próximos durante
forma ordenada e demanda energia. seu crescimento, obstruindo a passagem de sangue e
gerando isquemia e hipóxia, que dependendo do tecido
Câncer ou neoplasia (nervoso, por exemplo), pode haver sérias
 É uma proliferação desordenada de células consequências.
assumindo um formato tumoral, sendo decorrente de
mutações em células somáticas

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Fatores de risco  Papel de crescimento e regeneração em

Predisposição genética pluricelulares.

 Apenas mutações que se dão em células


Fases da mitose
germinativas e/ou sexuais podem ser transmitidas à
01. Prófase
descendência.
 Fase mais longa.
 O câncer não é hereditário, mas sim a propensão ao
 Entrada de água na célula, tornando o citoplasma
câncer, uma vez que esses genes que facilitam o
mais fluido promovendo a passagem de gel pra sol,
surgimento de tumores podem ser transmitidos
permitindo que os cromossomos atravessem com maior
geneticamente.
facilidade, para que se desloquem aos polos da célula
em divisão na anáfase.
Fumo
 Espiralização ou condensação dos cromossomos,
 Contém uma série de substâncias cancerígenas, que
reduzindo o comprimento e aumentando o diâmetro,
podem gerar radicas libres que promovem alterações
facilitando o posicionamento na placa equatorial, a
moleculares no DNA, conduzindo ao câncer.
ligação com o fuso e a separação dos mesmos.
 Desorganização da carioteca.
Alimentação inadequada
 Desaparecimento dos núcleolos.
 Substâncias químicas contidas no alimento,
 Duplicação dos centríolos.
principalmente conservantes, podem levar à produção
 Formação das fibras do fuso pelos microtúbulos do
de radicais livres e câncer.
citoesqueleto.
 A falta do consumo de fibras como a celulose pode
levar a câncer de intestino, uma vez que diminui a
Prometáfase
produção de fezes e aumenta a retenção de substâncias
 Inicia-se após a desorganização da carioteca.
tóxicas e cancerígenas no intestino.
 Os microtúbulos começam a entrar na área que
correspondia ao núcleo, onde estão os cromossomos.
Álcool
 As fibras do fuso podem se ligar ao cinetócoro do
 Pode levar à destruição de células e forçar a
centrômero de cada umas das cromátides-irmãs,
regeneração das mesmas. Com agressão constante,
originando fibras cromossômicas.
pode haver erros na mitose que promovem as
 Essas fibras se localizam em lados opostos do
regenerações e o aparecimento de células cancerosas.
centrômero, voltadas para os polos da célula, com cada
Tratamento cromátide presa aos microtúbulos, que deslocam os

 Radioterapia: radiação controlada e concentrada no cromossomos para a região equatorial da célula.

local do tumor.
 Quimioterapia: drogas que eliminam as células 02. Metáfase

cancerosas, porém, também alteram as células  Os cromossomos ficam dispostos na placa

saudáveis com grande atividade mitótica, causando equatorial, região mediana da célula.

irritações cutâneas, queda de cabelo, anemia e queda  Atinge-se o grau máximo de espiralização dos

de imunidade (devido à redução no número de cromossomos, ficando curtos e mais espessos,

leucócitos). facilitando a visualização no microscópio.

03. Anáfase
Mitose
 Ruptura longitudinal dos centrômeros, promovida
 Divisão celular que gera células geneticamente
pelas fibras do fuso que começam a despolimerizar.
idênticas às células iniciais, sem variabilidade genética.
 Papel de reprodução em unicelulares, em bipartição,
cissiparidade ou divisão binária.
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Biologia
 As cromátides irmãs de um mesmo cromossomo Meiose I: divisão reducional
duplo se separam, originando dois cromossomos 1. Prófase I
simples.  Início da espiralização dos cromossomos.
 Na imagem, é como se fosse duas metáfase  Pareamento dos cromossomos homólogos, sendo
grudadas. possível visualizar as duas cromátides em cada um deles.
 Pode ocorrer ruptura de segmentos de
04. Telófase cromossomos homólogos e trocas de pedações entre
 Inverso da prófase, com a saída de água da célula. eles, fenômeno que acontece esporadicamente e é dito
 Desespiralização dos cromossomos. crossing-over ou permutação, aumentando a
 Reorganização da carioteca. variabilidade genética da espécie.
 Reorganização dos nucléolos.  Ocorre ao mesmo tempo que esses eventos, os
 Desaparecimento do fuso e do áster. fenômenos para a mitose.
 Para completar a divisão celular, deve-se ocorrer a
divisão do citoplasma, pela citocinese. 2. Metáfase I
 O fuso se completa, atinge-se o grau máximo de
Inibição por mitose
espiralização dos cromossomos.
 Substâncias químicas como a colchicina pode
 Ocorre o posicionamento dos cromossomos aos
interromper a mitose, visto que inibe a polimerização
pares de homólogos na placa equatorial.
dos microtúbulos, impedindo a formação das fibras do
fuso.
3. Anáfase I
 Como a mitose para na metáfase, tem uma excelente
 Não há ruptura do centrômero.
visualização dos cromossomos.
 Como as fibras do fuso só estão ligadas a um lado
 Utilizados no tratamento de câncer.
do centrômero em cada cromossomo do par de
homólogos, quando as fibras começam a contrair, há a
Meiose separação dos cromossomos homólogos, sem ruptura
 Divisão celular que gera células geneticamente dos centrômeros.
diferentes das células iniciais, proporcionando
variabilidade genética. 4. Telófase I
 Reduz à metade o número de cromossomos das  Ocorre a reversão dos processos que ocorreram na
células-filhas em relação à célula mãe, permitindo a prófase I, como a saída de água da célula, reorganização
manutenção do número diploide de cromossomos na da carioreca, reaparecimento dos nucléolos.
espécie.
 É importante para a adaptação dos seres vivos ao
Meiose II: divisão equacional
meio, graças ao crossing-over e à separação dos  Extremamente semelhante à mitose.
cromossomos homólogos.  As células haploides com cromossomos duplos vão
 A primeira divisão é a meiose I ou reducional, e agora separar suas cromátides em cromossomos-filhos,

efetivamente reduz à metade o número de originando novas células haploides, só que com

cromossomos nas células formadas, separando os cromossomos simples agora.


cromossomos homólogos.  Não há pareamento de homólogos ou crossing-
 A segunda fase, meiose II ou equacional, não altera over.
o número de cromossomos nas células, apenas separa
as cromátides-irmãs. 1. Prófase II: desintegração da carioteca,
desaparecimento de nucléolos.

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Biologia
2. Metáfase II: completa-se o fuso, atinge seu grau cabeça, colo e flagelo, adquirindo grande motilidade e
máximo de espiralização e os cromossomos alinham-se tornando-se um espermatozoide.
na placa equatorial, sem estarem pareados.  A célula germinativa feminina torna-se maior
gradativamente, acumulando substâncias de reserva
3. Anáfase II: os cromossomos passam de duplos a nutritiva para a formação do futuro indivíduo gerado e
simples, e os cromossomos-filhos deslocam-se e desenvolvendo uma série de estruturas de proteção
chegam aos polos. para preservá-las, tornando-se um óvulo.

4. Telófase II: reversão dos eventos da prófase II. Espermatogênese


 Os gametas masculinos são produzidos nas gônadas
Crossing-over masculinas, os testículos.
 Possibilita o surgimento de uma maior variabilidade  O espermatozoide possui o acrossoma, que abriga
de tipos de gametas em um indivíduo, além dos 2 que n
enzimas líticas que permitem ao espermatozoide vencer
a segregação dos cromossomos possibilita. as barreiras que envolvem o óvulo e promoverem a
 Não deve ser confundido com mutação, visto que os fecundação.
genes alelos apenas trocam de posição dentro do par
homólogo de cromossomo, de modo que a estrutura e Cada célula germinativa envolvida na
a função cromossômica permanecem inalteradas, isto é, espermatogênese origina quatro espermatozoides
a expressão dos genes não muda. funcionais.
 A mutação pode alterar a manifestação dos genes, a
estrutura ou o número de cromossomos, causando  Células germinativas primordiais (2n) se diferenciam
diversas consequências. em espermatogônias (n), fase de proliferação ou
germinação, que sofrem mitose e originam

Gametogênese espermatogônicas que crescem pouco (faze de


crescimento) para se dividirem em dois espermatócitos
 Gametas são células haploides, formadas a partir de
(n) (fase de maturação) que sofrem meiose e originam 4
células germinativas, geradas por meiose e, ao se
espermátides (n) (fase de diferenciação).
fundirem, originam um zigoto diploide.
 Do espermátide para o espermatozoide: perda da
 As células germinativas se originam a partir da
maior parte do citoplasma, o centríolo vira flagelo, as
parede do saco vitelínico do embrião, migrando para as
mitocôndrias se organizam na base do flagelo para
gônodas.
fornecer energia, o complexo de golgi vira o acrossomo.

Cada célula germinativa, por se dividir por meiose,


Ovogênese
origina quatro células, embora nem todas sejam
 Gametas femininos são produzidos nos ovários.
necessariamente gametas.
 Cada célula germinativa que entra em divisão
meiótica na ovogênese, só se forma um único óvulo
Objetivo da gametogênese
funcional, sendo as gemais células formadas na meiose
 Reduzir o número de cromossomos à metade
células não funcionais, denominadas glóbulos polares
daquele da célula somática normal, proporcionado pela
ou polócitos.
meiose, que permite uma variabilidade genética entre
 A mulher tem um número limitado de óvulos, sendo
os gametas e as células que originam.
liberado um por mês, da puberdade até a menopausa,
 Modificar a forma das células em preparação à
por volta dos 40 anos. O número limitado é devido ao
fecundação.
grande acúmulo de vitelo no óvulo, o que torna o
processo de ovogênese muito difícil para o organismo,
 A célula germinativa masculina, grande e redonda no
início, perde quase todo seu citoplasma e passa a ter a

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Biologia
sendo produzido apenas um óvulo para cada célula Maturação dos folículos ovarianos
germinativa.  Puberdade: hipotálamo: liberação na hipófise de
 Células germinativas primordiais (2n) sofrem hipotalâmicos: FSH.
diferenciação e originam ovogonias (2n) que fazem  Estrogênio: aumenta o endométrio.
mitoses e geram ovogonias (2n) que crescem  Progesterona: mantém o endométrio espesso para
intensamente para acumularem vitelo (fase de manter a gravidez.
crescimento), depois sofrem meiose 1 (reducional) que é  Aumento de FSH: estimula os folículos ovarianos.
interrompida e só continua na ovulação, originando o  Aumento de estrógenos: características sexuais e
ovócito. aumento do endométrio.
 Aumento LH: Ovulação; converte folículo vazio em
Não ovula óvulo, ovula ovócito 2, cuja meiose somente se corpo lúteo.
completará se houver fecundação, induzida pela
penetração do espermatozoide no óvulo. FSH (folículo estimulante)
 Produzido pela adenohipófise.
O óvulo formado  Nos homens estimula a produção de
 O óvulo é envolvido por duas camadas protetoras ou espermatozoides.
barreiras, a mais interna tem muco e se chama zona  Nas mulheres induz a produção de estrógenos.
pelúcida, a mais externa constitui a corona radiata,  Promove a maturação do folículo ovariano, que
precisando ser rompidas pelo espermatozoide. passa a produzir estrógenos, responsáveis pelo
surgimento dos caracteres sexuais secundários
Partenogênese femininos.
 Formação embrionária de um indivíduo a partir de
um único gameta, o óvulo, sem que tenha havido LH (hormônio luteinizante
participação de um espermatozoide.  Induz a produção de progesterona em mulheres.
 Forma de reprodução sexuada sem necessidade de  Induz a produção de testosterona nos homens.
fecundação.  Principal hormônio responsável pela ovulação.
 O óvulo é produzido por meiose, havendo  Estimula a ovulação e converte o folículo vazio em
variabilidade genética em processos como crossing- corpo lúteo, o qual secreta progesterona para manter o
over e segregação dos cromossomos homólogos. endométrio e, consequentemente, a gravidez.
Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo
de reprodução sexuada, sendo o óvulo nesses casos Se há fecundação
produzido por meiose.  Embrião produz HCG.
 Na patogênese, as fêmeas dão origem apenas a  Mantém o corpo lúteo.
fêmeas, enquanto, nas populações bissexuadas, cerca  Produz progesterona.
de 50% dos filhotes são fêmeas.  Mantém o endométrio.
 Na população partenogenética não ocorre
fecundação cruzada, portanto, não há possibilidade de Se não há fecundação
cruzamento com a população bissexuada, ou seja, elas  Com 9 dias o LH cai e o corpo lúteo degenera.
não se misturam.  Diminui a progesterona.
 Endométrio descama.
Ciclos ovarianos  Menstruação.
 Os óvulos são produzidos apenas após a ovulação,  TPM: Diminuição da progesterona, fica emotiva
fenômeno mensal da mulher. (tensão pré-menstrual).
 Na época de ovulação, a mulher está em seu período
fértil.

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Biologia
A menstruação NÃO é a liberação do óvulo não  Aumento do risco de câncer de mama.
fecundado.  O risco de doenças cardiovasculares aumenta: AVC,
infartos, varizes.
0-5: Menstruação.  Alivia cólicas menstruais e tensão pré-menstrual.
5-14: Aumento do FSH e do estrógeno.  Tratamento de ovário micropolicísticos.
14: Aumento grande de LH, ovulação.  Regular o ciclo menstrual.
14-23: LH e progesterona altos, fase progestacional.
23-28: Diminuição LH e progesterona. Gravidez ou concepção
28: menstruação.  Fecundação + nidação (implantação do embrião no
endométrio).
 Ciclo de 21 a 60 dias.  Anticoncepcional: evita gravidez: impede a
 A data da ovulação é 14 dias antes da próxima fecundação ou evita a nidação.
menstruação.  Aborto: interrompe a gravidez: elimina o embrião já
 Para saber se está ovulando: aumento de nidado.
temperatura em 1grau e muco mais viscoso.  Caso haja fecundação, o embrião na forma de
blastocisto produz o hCG que mantém o endométrio
12-14: espermatozoide vive 48h. uterino para manter a gravidez.
14-16: ovócito vive 48h.  O hCG é produzido pelo trofoblasto do embrião,
12-19: período fértil. estrutura que se fusiona ao endométrio para originar a
9-19: margem de segurança. placenta.
 O hCG mantém o corpo lúteo produzindo
Anticoncepcionais hormonais progesterona, de modo que o endométrio não descama
 Placenta: alto estrógeno e progesterona: baixo FSH e não há menstruação. Ele pode ser detectado em
e LH: maturação dos folículos e não ovulação. sangue e urina para indicar gravidez.
 A droga faz a mesma coisa, aumenta o estrógeno e
a progesterona, que causam a diminuição do FSH e do A mulher pode engravidar antes da primeira menstruação,
LH e, assim, não há ovulação. pois a menstruação ocorre após a ovulação, ou seja, a
menina que menstrua pela primeira vez passa por um
Amenorreia da lactação período fértil antes disso.
 Durante a amamentação exclusiva, a mulher não
ovula e não menstrua. Antigamente menstruava-se Nidação: processo de implantação do embrião no
pouco pois ou a mulher estava grávida ou estava endométrio uterino.
amamentando.
DIU: Dispositivo intrauterino implantado no útero,
Esquecimento da pílula causando inflamações que atraem células de defesa que
 Diminui o estrógeno e a progesterona, aumenta o eliminam o embrião que tenta nidar.
FSH e o LH, madura os folículos e ovula.  DIU + implantes de liberação hormonal: mais eficaz.
 Uma mulher que tomou interruptamente o
anticoncepcional tem a taxa de estrógeno e Pílula do dia seguinte: altíssimo aumento de estrógeno
progesterona contante (é como se ela estivesse grávida, e progesterona, até 72h: inibe a ovulação ou a
não há variação desses hormônios, uma vez que o FSH fecundação (aumenta a acidez vaginal e o
e o LH são inibidos). espermatozoide não fecunda) ou inibe a nidação
(remove receptores do embrião).
Efeitos colaterais
 Retenção de líquido, sódio.

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Biologia
Cirurgia  Aparece a cavidade digestiva primitiva.
 Vasectomia: corte dos canais diferentes masculinos.  Aparece o blastóporo, orifício que originará o ânus
 Ligadura ou laqueadura tubária ou histerectomia ou a boca do embrião.
(remoção do útero).  Aparece os folhetos embrionários (endoderme,
mesoderme e ectoderme).
Menarca: primeira menstruação: início da puberdade, 9
aos 13.  Se o blastóporo originar a boca, o ânus se formará
 A menstruação ocorre após queda nos níveis de posteriormente, o organismo é dito protostômio.
progesterona e a ovulação ocorre devido a um pico de  Se originar primeiro o ânus, é dito deuterostômio,
LH. ocorrendo em equinodermos e cordados.

Menopausa: última menstruação, fim do climatério, fim Folhetos embrionários ou germinativos


do período fértil, não fabrica mais hormônios sexuais Ectoderme: mais externa, origina a epiderme (pelos,
(irritabilidade, depressão, calor corporal, risco de glândulas sebáceas e sudoríferas), musosa de boca,
osteoporose -baixo estrógeno abaixa a atividade das nariz, ânus, esmalte de dentes.
células que calcificam os ossos-).  Origina o tubo nervoso, o sistema nervoso, a
hipófise.
Fecundação
 Fusão das células sexuais ou gametas haploides, Mesoderme: intermediária, origina a derme, os
originando uma célula diploide, o zigoto ou célula-ovo músculos estriados esqueléticos, lisos e cardíacos, o

que por mitoses originará um novo indivíduo completo. sistema circulatório, os membros.

Endoderme: mais interna, revestimento do tubo


Embriologia digestivo e das vias aéreas.

 O desenvolvimento embrionário é dividido em três


partes: Tecido epitelial: ecto, endo e meso.
Tecido muscular: meso.

01. Segmentação Tecido nervoso: ecto.

 Primeiras divisões mitóticas que ocorrem no Tecido conjuntivo: meso

embrião, denominadas clivagens.


 O volume celular do embrião permanece constante. Organogênese

 As células do embrião são denominadas  Aparecimento dos primeiros tecidos já diferenciados

blastômeros, conhecidos como células-tronco e dos órgãos e sistemas.

embrionárias, sendo totalmente indiferenciadas e com  Neurulação: embrião assume forma de nêurula, com

capacidade de originar qualquer outra célula do a formação do tubo nervoso, da mesoderme e da

organismo. notocorda.

 Passa pela mórula e pela blástula, com uma cavidade  Ao fim o embrião passa a ser chamado de feto.

interna denominada blastocele, que é o melhor


momento para obtenção de CTE totipotentes, pois é a Tipos de óvulo quanto à quantidade de vitelo

fase de segmentação com maior número de 1. Alécito: sem vitelo, fazendo a nutrição placentária.

blastômeros. 2. Oligolécito: pouco vitelo, quase homogeneamente


distribuído pelo citoplasma.

02. Gastrulação 3. Heterolécito: média quantidade de vitelo,

 O embrião começa a aumentar de volume, e esse concentrando-se mais na região do núcleo.

aumento é mantido até a idade adulta. 4. Telolécito: muito vitelo.

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Biologia
Anexos embrionários  Não protege contra choques mecânicos nem hidrata

 Estruturas derivadas dos folhetos germinativos do o embrião.

embrião, mas não fazem parte dele, sendo


abandonadas junto com o ovo. Barreira placentária
 Entre a mãe e o feto.

Âmnio  Não existe contato sanguíneo entre eles.

 Também chamado de bolsa amniótica, é uma  Não passa células.

membrana que envolve o embrião e delimita uma  Passa o plasma com nutrientes (glicose, gases

cavidade cheia de líquido. dissolvidos, excretas dissolvidas).

 Protege contra choques mecânicos.  Impede a passagem de alguns patógenos: exceção:

 Possibilitou aos vertebrados deixarem a água para doenças congênitas (rubéola, zika, toxoplasmose, sífilis)

viverem em terra. que causam a má formação do sistema nervoso central,

 Previne dessecação do embrião. causando retardo mental.

Córion Cordão umbilical: saco vitelínico + alantoide (armazena

 Membrana altamente vascularizada que envolve o excretas) atrofiados.

embrião e os demais anexos.


 Funciona como uma superfície respiratória, Ovíparos

realizando trocas gasosas entre o embrião e o meio.  Põe ovos que ficam desprotegidos caso a mãe
precise ir atrás de alimento.

Alantoide  Ex: Aves.

 Armazena excretas do embrião.


 Remove cálcio da casca calcária do ovo de aves e Ovovivíparos

fornece ao esqueleto do embrião.  Retêm os ovos no corpo até eclodirem, mas não

 Une-se ao córion com funções de trocas gasosas. transferem nutrientes para o feto, apenas protegem o
ovo.

Saco vitelínico  Ex: Peixes, algumas cobras.

 Acúmulo e digestão de nutrientes para o embrião.


 Bolsa de reserva nutritiva para armazenar vitelo. Vivíparos
 Possuem placenta ou algo semelhante que

Peixes a anfíbios possuem como anexos embrionários protegem o embrião e nutre-o.

APENAS o saco vitelínico.  Ex: Mamíferos placentários, alguns tubarões e


algumas cobras.

Placenta
 Cório + endométrio do útero. Embriologia
 Nutrição, excreção, trocas gasosas.  Na primeira semana de desenvolvimento, o embrião
 É altamente vascularizada, fornecendo nutrientes ao está na fase de segmentação.
feto provenientes do sangue materno.  A zona pelúcida ao redor do zigoto impede a
 Produção de células sanguíneas do feto. fecundação entre espécies diferentes, impede a entrada
 Imunização do feto com transferência de anticorpos. de um segundo espermatozoide no óvulo e impede a
 Produção de hormônios maternos: estrogênio e nidação do embrião (que só ocorre quando a zona se
progesterona: para manter a gravidez. degenera).
 Abaixa a imunidade para evitar que o sistema imune
mate o feto. Gravides ectópica
 Fora do útero.

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Biologia
 Causas: falhas nos cílios da tuba uterina (por Tipos
desnutrição, falha genética). 1. Epitelial: revestimento, proteção, secreção.
2. Conjuntivo: para preenchimento de espaços,
Gravidez tubária conexão entre dois tecidos, podendo ser cartilaginoso,
 Pode rebentar, causa má nutrição no feto. ósseo, sanguíneo ou adiposo.
3. Muscular: contração.
Zigoto 4. Nervoso: comunicação entre várias estruturas
1. 1ºclivagem: 2 blastocistos. corporais.
2. 2ºclivagem: 4 blastocistos.
3. Mórula (células tronco embrionárias totipotente). Tecido epitelial
4. Blástula (células tronco polipotentes).  Revestimento e secreção.

 De mórula para blástula na zona pelúcida rompe e Características: células justapostas com quase ausência
se torna possível a nidação. de substâncias intracelulares (tem o glicocálix que é feito
de açúcar e proteínas, estando localizado entre as
Gêmeos células, proporcionando adesão.
 Poliembrionia: mais de um embrião na mesma  Avascular: sem vasos sanguíneos. Distribuem
gestação. substâncias como água, nutrientes e oxigênio com
difusão cél-cél a partir dos capilares sanguíneos
Bivitelinos ou fraternos ou não idênticos (75%) subjacentes.
 Poliovulação: libera mais de um ovócito no mesmo  Especialização da membrana: complexo unitivo:
ciclo ovariano. maior adesão entre as células vizinhas.
 Cada ovócito é fecundado por um espermatozoide  Desmossomo: liga uma célula na outra.
diferente formando mais de um zigoto.  Microvilosidades: projeções digitais, formam
 São geneticamente diferentes, como irmão não membrana para aumentar a superfície de absorção.
gêmeos, podendo ser de pais diferentes (com idades
diferentes na mesma gravidez: alguns meses de Junções comunicantes ou tipo GAP
diferença e o irmão mais novo nasce prematuro).  Canais que atravessam as membranas das células
 Todos os anexos são individuais vizinhas para passagem de substâncias.
 Feed Back negativo não funciona e a mulher ovula  Hemidesmossomo: liga célula a estrutura não celular.
mesmo estando grávida.  Desmossomo: liga a célula a outra célula.

Univitelinos, monozigóticos ou idênticos (25%) Tecido: revestimento: proteção e trocas: absorção,


 São geneticamente idênticos e do mesmo sexo. excreção e trocas gasosas.
 Um ovócito é fecundado por um espermatozoide,  Simples: com uma camada de células, mais fácil de
formando um zigoto que se fragmenta em novos atravessar, bom para trocas, mais frágil: micro-
embriões idênticos: clones. organismos podem entrar, como em alvéolos
 Todos os anexos podem ser individuais (com pulmonares e endotélio: capilares sanguíneos.
placentas diferentes) ou compartilhados.  Estratificadas: com várias camadas de células, mais
resistente, para proteção.

Tecidos  Estratificado pavimentado queratinizado: com


queratina: impermeável.
 Grupo de células organizadas para desempenhar
 Sem queratina: mucosas, ânus, nariz.
uma certa função.

Mucosa: membrana que envolve os órgãos por dentro.

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Biologia
Serosa: membrana que envolve os órgãos por fora. Epiderme
Pleuras: pulmão, peritônio: intestino, pericárdio: Tem até 5 camadas:
coração.
1. Basal ou germinativa: mais interna: com células em
Cílios: varrem o muco e partículas aderidas para a mitose para repor as células que descamam.
faringe onde vão para o estômago e são destruídas pelo
HCl. 2. Espinhosa: mais espessa, células ramificadas para
adesão com interdigitações: dobras de membrana
Sem cílios: perda do sistema de limpeza nas vias aéreas, aumentam a superfície de contato.
aumentando o risco de doenças respiratórias.
3. Granulosa: células com granulos de queratina.
Metaplasia
 Substituição patológica de um tecido por outro: 4. Lúcida: queratina madura (amarela).
fumantes crônicos.
 Acarreta na neoplasia maligna (câncer) 5. Córnea: mais externa, com células mortas devido alta
quetarinização. Está em constante descamação: sola dos
Glândulas pés e nas mãos.
 Exócrinas: eliminam a secreção para fora do corpo:
sebáceas, salivais. OBS: Na maior parte só tem a basal, espinhosa e córnea.
 Endócrinas: eliminam a secreção para o sangue:
hormônios: hipófise -FSH, LH-, tireoide.  Tatuagem se faz na derme, que não descama e
 Anfícrinas ou mistas: com parte exo e endo: sangra.
pâncreas: suco pancreático exo e glucagon e insulina  A derme é constituída de tecido conjuntivo
endo. propriamente dito, com fibroblastos produtores de
fibras proteicas e na qual se inserem glândulas
Pele sudoríparas e sebáceas originárias da epiderme.
 Maior órgão do corpo humano; com duas camadas
de tecido. Melanócitos
 Produz melanina para proteger dos raios UV.
1. Epiderme: impermeável, camada mais externa,  Proteínas > aminoácidos > enzima tirosina >
estratificado pavimentoso queratinizado. melanina (albino não tem a enzima).
 A exposição prolongada na água enruga a pele, mas  O número de melanócitos é constante em todas as
NÃO é por osmose. etnias, a diferença da cor da pele é na quantidade de
 A hidratação da queratina absorve a água e se melanina produzida (não pode ser produzida na idade
expande, promovendo dobras onde há muita queratina adulta, só na cicatrização).
(dedos, mão).  O sol aumenta a quantidade de melanina produzida
e as que você tem ficam mais escuras.
2. Derme: camada mais interna formada de tecido  O cabelo branco se dá pela falha na transferência de
conjuntivo. melanina.

 Hipoderme: tecido celular subterrâneo, abaixo da Vitiligo


pele. É um tecido conjuntivo adiposo que armazena  Doença autoimune onde os seus anticorpos atacam
gordura que serve de reserva e de isolante térmico. seus melanócitos, parando de produzir melanina
naquela área, causando uma despigmentação
irreversível.

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Biologia
Estrias Células
 Resultado do esticamento excessivo da pele, Fibroblastos
superando sua capacidade elástica, o que gera rupturas  As células mais abundantes, produzindo substâncias
no tecido conjuntivo da derme. intracelulares, como fibras proteicas.
 São inativos até quando necessário, ou seja, para
Glândulas sebáceas: associadas ao pelo para produzir cicatrização.
lipídios para lubrificar os pelos.

Mastócitos
Glândulas sudoríferas: não tem pelo, produz suor para  Principal medidor de alergia.
regular a temperatura corporal e para excreção.  Com vasodilatação: causa inchaço (edema),
vermelhidão (rubor) e prurido (coceira).
Queimaduras
 1º grau: afeta a epiderme, mas não a destrói - água Plasmócitos
corrente.  Defesa pela produção de anticorpos, ou seja,
 2º grau: afeta a epiderme e a derme, mas não destrói imunoglobulinas: proteínas de defesa.
elas, com flictena (bolhas) - água corrente.
 3º grau: destrói a epiderme: cobrir com gaze
Tecido adiposo
molhada estéril para evitar desidratação.
 Com abundância de adipócitos para armazenar
gorduras.
Tecido Conjuntivo  Armazena o excesso de carboidratos é na forma de
 Com células espaçadas com muita substância lipídio.
intracelular, podendo ser:  A perda de peso não altera o número de adipócitos,
mas a quantidade de gordura (exceção para perdas
1. Adiposo: reserva nutritiva. extremas).
2. Sanguíneo: transporte, defesa.  Obesidade: síndrome metabólica: maior risco de
3. Cartilaginoso e ósseo: proteção e sustentação. doenças cardiovasculares.
 Diabete tipo 2: deficiência nos receptores de
Função insulina.
 Preenchimento de espaço.  Diabete tipo 1: destruição das células beta do
 Conexão entre outros tecidos. pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, como
consequente diminuição na produção do referido
Componentes principais hormônio.
 Substâncias intracelulares + células.
 Substância: fundamental amorfa (gelatinosa) com
Tecido sanguíneo
água, proteínas e glicoproteínas.
Sangue
 É um tecido conjuntivo com substância intracelular
Fibras proteínas
líquida e sem fibras proteicas
1. Colágeno: para resistência mecânica.
 Transportam nutrientes, como gases respiratórios e
2. Elásticas: para elasticidade.
excretas
3. Reticular: com proteínas reticulinas (tipo de
 Proporcionam a defesa corporal
colágeno) para formar retículos para abrigar as células.

Plasma
 Quando o sangue passa pela centrifugação, é a parte
de cima, correspondendo a 55%

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Biologia
 Composto por 90% de água, com sais mineiras, Anemias
proteínas, aminoácidos, açúcares.  Diminuição na quantidade de hemoglobina.

Principais proteínas do plasma 1. Ferropriva: causada pela deficiência nutricional de


 Albumina: principal proteína sanguínea, com função ferro.
de reserva, mantém o equilíbrio osmótico entre os 2. Perniciosa: causada pela deficiência nutricional de
tecidos vizinhos, transporta algumas substâncias, é vitamina B12 e/ou vitamina B9 (ácido fólico); está
produzida pelo fígado. normalmente relacionada a lesões gástricas, pois
 Fibrinogênio: relacionada ao processo de diminui a absorção da vitamina B12.
coagulação sanguínea, é produzida no fígado. 3. Falciforme: de origem genética, levando a hemácia a
 Imunoglobulinas ou anticorpos : relacionadas aos assumir uma forma de foice, confere resistência a
mecanismos de defesa corpora, produzidas pelos malária.
plasmócitos.
 Policitemia: aumento da quantidade de hemácias no
Soro: plasma sem o fibrinogênio, ou seja, sem a sangue. Em ambientes com menor teor de oxigênio no
capacidade de coagulação sanguínea, facilitando o ar, levando à produção de maior quantidade de
armazenamento em bancos de sangue. hemácias para compensar a falta do oxigênio.

Elementos figurados Plaquetas ou trombócitos


Hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos  São fragmentos de células provenientes de medula
 Transportam oxigênio no sangue devido a presença óssea vermelha que participam do processo de
pimento respiratório: hemoglobina coagulação sanguínea, pois acumulam vesículas que
 Proteína associada ao grupo heme, que contém ferro contém a enzima tromboplasina.
 A hemoglobina é responsável pela cor vermelha do
sangue, mesmo sendo amarela. Coagulação sanguínea e hemostasia
 O oxigênio associa-se ao ferro heme e é 01. Vasoconstricção: na região afetada, para reduzir o
transportado pela hemácia: oxiemoglobina. volume de sangue que atinge a área lesionada.
 No feto, tem maior afinidade pelo oxigênio do que
em adultos. 02. Agregação plaquetária: as plaquetas vão se
 Em mamíferos, são anucleadas e bicôncavas e aglomerando no local da lesão, formando um tampão
incapazes de fazer mitose, apresentando vida curta, plaquetário para impedir a saída do sangue.
cerca de 120 dias e, quando morre, são destruídas pelos
leucócitos: hemoccaterese. 03. Coagulação: formação do coálogo, que consiste de
 Cabe à medula óssea promover a constante uma rede de fibrina, proteína insolúvel que estabiliza o
renovação das hemácias mortas. tampão plaquetário na lesão.
 Não possuem organelas, ou seja, sem mitocôndrias
e, portanto, não realizam respiração aeróbica, obtendo Fatores que prejudicam a coagulação sanguínea
energia pela fermentação láctica.  Deficiência de vitamina K.
 Sem núcleo: incapazes de sintetizar proteínas  Lesões hepáticas (diminuem a produção de fatores
 Em animais, tem forma esférica, são nucleadas e da coagulação pelo fígado) principalmente em
apresentam baixa captação de o2. alcoólicos crônicos.
 Em menor quantidade nas mulheres devido a sua  Hemofilia: doença genética na produção de algum
menor atividade metabólica e menor massa muscular, dos fatores de coagulação.
além da constante perda de sangue na menstruação.  Dengue.

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Biologia
Quantidade de plaquetas Osteoblastos: são estimulados pelo hormônio
 Se aumentar: trombocitose, que pode levar à calcitonina da tireoide para remover cálcio do sangue
coagulação sanguínea no interior de vasos sanguíneos para os ossos.
intactos, promovendo a formação de coágulos que
podem obstruir a passagem do sangue em Osteoclastos: são estimulados pelo hormônio
determinadas áreas. paratormônio das glândulas paratireoides para remover
cálcio dos ossos para o sangue.
Trombose: formação de um coágulo no interior de um
vaso sanguíneo, podendo obstrui-lo (embolia), Osteoporose
causando um efeito de isquemia (interrupção no fluxo  Ocorre por um desequilíbrio entre a atividade de
de sangue e hipóxia (deficiência de oxigenação). osteoblastos que formam de tecido ósseo e osteoclastos
que reabsorvem tecido ósseo, sendo esse desequilíbrio
Leucócitos ou glóbulos brancos no sentido de os osteoclastos terem atividade mais
 São as principais células de defesa do organismo intensa, resultando na perda de colágeno e
 A maioria age através de fagocitose de micro- desmineralização óssea.
organismos invasores  É comum em mulheres de idade avançada, uma vez
 Leucopenia: diminuição da quantidade de leucócitos, que, com a menopausa, a queda na produção de
abaixando a imunidade a aumentando o risco de estrógenos leva à falta de estímulo aos osteoblastos.
infecções.  Atividade física estimula a atividade dos osteoblastos
em produzir matriz óssea.
Linfócitos
 Agem ativando ou inativando as demais células de Tecido muscular
defesa.  Responsividade: Capacidade de responder a
 Estimulam a ação de células de defesa contra células estímulos.
cancerosas.  Condutibilidade: Capacidade de conduzir estímulo.
 Contratibilidade: Capacidade de sofrer contração.
Linfa  Distentabilidade: Capacidade de sofrer distensão.
 É um tecido de transporte cuja composição varia em  Elasticidade: Capacidade elástica.
função da alimentação.
 É um fluido que banha os tecidos. Tipos
 Músculo Liso: presente nos músculos ciliares.
Tecido ósseo  Músculo Estriado Cardíaco: presente no coração.
 Músculo Estriado Esquelético: presente nos
 Principal tecido de sustentação de músculos e
músculos ligados a movimento e deslocamento.
órgãos, e que compõe o corpo humano em 206 ossos,
divididos em ossos longos, curtos, planos, sesamóides e
Músculo liso
irregulares.
 Formado por uma rede celular mantida por fibras
 Caracteriza-se por ser um tecido rígido,
reticulares, e possui contração fraca e involuntária.
mineralizado, ou seja, calcificado.
Presente nos músculos ciliares, músculos piloeretores e
 É um tecido conjuntivo com células como
nos músculos viscerais.
osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
 A plasticidade óssea é resultado da interação entre
Músculo estriado cardíaco
osteoblastos formadores de matriz óssea e osteoclastos
 Formado pelas fibras musculares cardíacas sincicial,
destruidores de matriz óssea;
responsáveis pelas contrações (ou sístoles) atriais e
ventriculares. Tem contrações fortes e involuntárias, e

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possui ligações do tipo discos intercalares, complexos brusca, acarretando em diversos problemas à saúde,
juncionais célula-célula. inclusive arritmia cardíaca e morte.

Músculo estriado esquelético Tecido nervoso


 Músculo sempre preso a ossos, como costelas e Neurônio
fêmures. Por vezes, são relacionados aos movimentos e  Célula principal do tecido nervoso, e que tem a
deslocamentos do corpo, pois trata das contrações capacidade de recepção, percepção e transmissão de
voluntárias existentes no organismo. estímulos, através dos processos do impulso nervoso e
 Possui duas principais bandas: as bandas A(ricas na sinapse. Podem ser do tipo sensorial, motor ou
proteína miosina) e as bandas I (ricas em proteína interneurônio.
actina). Os conjuntos actina-miosina são chamados de
sarcômero. Impulso nervoso
 Alterações na membrana do neurônio que
Contração muscular desencadeia passagem de sinal.
 Processo pelo qual ocorre o deslizamento de actina  Natureza eletroquímica.
nos filamentos de miosina, de forma a consumir energia  Alterações no DDP do neurônio.
em forma de ATP a cada mudança de conformação da
estrutura das moléculas. Sinapse
 Envio de sinal nervoso entre neurônios.
Atividade física e dieta  Natureza química.
 Muito relacionado com o tecido muscular, está à  Vesículas com neurotransmissores.
atividade física, principalmente a ligada à musculação,
processo muito frequente no cotidiano atual e que trás Sistemas
assuntos importantes embutidos, como dieta,
suplementação e uso de anabolizantes. Sistema respiratório
 Trocas gasosas entre o organismo e o meio para que
Etapas do exercício de musculação este obtenha o oxigênio necessário à realização da
1. Exercício: etapa onde é realizada a força muscular e respiração aeróbica e elimine o gás carbônio que lhe é
as contrações musculares. Ocorre, por vezes, ruptura tóxico.
das fibras musculares.  O oxigênio é usado na cadeia respiratória para
melhor extrair a energia dos nutrientes.
2. Reconstrução: etapa totalmente dependente de  O CO2 deve ser eliminado a fim de evitar a acidose
dieta e repouso. Nessa etapa, as fibras rompidas são no organismo, pois ele se junta com a água formando o
reconstruídas e aumenta-se o número de filamentos ácido carbônico, H2CO3, que se dissocia em H+
proteicos, sarcômeros e tecidos conjuntivos adjacentes. promovendo a alteração do PH, desnaturando
proteínas.
Suplementos
 Alimentos concentrados em substâncias específicas Hematose: trocas gasosas entre o ar e o sangue por
para cada fase do treino, visando agilidade na difusão simples através da bicamada lipídica da
recuperação de fibras ou no ganho energético (Ex: membrana das células, a favor do gradiente de
Whey protein). concentração.

Anabolizantes Difusão: em organismos mais simples, como os


 Hormônios sintéticos derivados de testosterona que poríferos e os cnidários, com dimensões corporais
aumentam capacidade da força muscular de forma

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reduzidas. Ocorre a difusão de gases na respiração a mantém fechada durante a deglutição para evitar que o
partir de qualquer superfície corporal. alimento passe para a laringe.
 Possui as cordas vocais.
Cutânea: em platelmintos e nematelmintos, não
dotados de sistema circulatório. Ocorre absorção de Traqueia, brônquios e bronquíolos
oxigênio dissolvido na água por toda a superfície  A traqueia possui anéis cartilaginosos que permite a
corporal dependendo de uma superfície contração e o relaxamento. Ela bifurca-se em brônquios.
permanentemente umedecida.  Os brônquios penetram os pulmões e no interior
deles se ramificam em vários bronquíolos, terminados
Traqueal: em alguns artrópodes, ocorre a condução de em pequenos alvéolos pulmonares, responsáveis pelas
O2 aos tecidos sem passar pelo sistema circulatório, trocas respiratórias dos pulmões.
assim, o sangue perde sua função, sendo a hemolinfa o
sangue dos insetos, com cor leitosa e sem pigmentos Pulmões e alvéolos pulmonares
respiratórios.  O pulmão esquerdo é ligeiramente menor que o
direito, possuindo dois lóbulos enquanto o direito tem
Branquial: em animais aquáticos, as brânquias retiram três.
apenas o oxigênio que está no estado gasoso em  O espaço entre os dois pulmões forma a cavidade
dissolução na água, realizando trocas gasosas por mediastino, onde encontra-se o coração.
difusão simples. Apresenta cor vermelho vivo.  Cada pulmão é envolvido por duas membranas, as
pleuras.
Pulmonar: em aves, apresentam sacos aéreos que se
enchem de ar durante a inspiração e transmitem o ar Movimentos respiratórios humanos
para o interior dos ossos pneumáticos, que ajudam a Inspiração
diminuir a densidade da ave e facilitar o vôo. Em  A entrada de ar nos pulmões através da expansão da
mamíferos, os sacos são os alvéolos pulmonares que cavidade torácica, que por intermédio das pleuras,
aumentam a superfície respiratória. promove também a expansão dos pulmões.
 Com o aumento do volume, a pressão diminui em
Sistema respiratório em humanos relação à pressão atmosférica, criando uma espécie de
 Cavidades nasais – faringe – epiglote - laringe – vácuo que promove a entrada de ar nos pulmões.
traqueia – brônquios – pulmão.  Nesse movimento, o diafragma se contrai, desce e é
esticado, aumentando a caixa torácica e diminuindo a
Nariz, fossas nasais e boca pressão interna.
 O ar pode passar pela boca ou pelo nariz, sendo mais
vantajoso pelo nariz pois lá o ar é umedecido, aquecido Expiração
e limpo.  A saída de ar dos pulmões através da contração da
cavidade torácica e consequentemente dos pulmões,
Faringe elevando-se a pressão do ar no pulmão em relação a
 Região onde passa o ar e os alimentos. atmosfera, que promove a expulsão do ar dos pulmões.
 Dotada de estruturas linfoides, produtoras de células  Nesse movimento, o diafragma relaxa e sobe.
de defesa, como as amígdalas.
Transporte de gases no sangue
Laringe Oxigênio
 A glote é seu orifício de abertura, com abertura ou  97% difunde-se ao plasma e é transportado no
fechamento controlado pela válvula epiglote, que se interior das hemácias, formando a oxiemoglobina.
 3% transportado dissolvido no plasma sanguíneo.

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Gás carbônico Veias: sangue passa sobre baixa pressão e conecta-se à
 93% difunde-se ao plasma para as hemácias vênulas.
reagindo com a hemoglobina, formando a  Possui válvulas que impedem o refluxo sanguíneo.
carboemoglobina ou reagindo com proteínas,
formando carboproteinatos. Capilares: Conecta arteríolas e vênulas e permite troca
 7% transportado dissolvido no plasma. de substâncias entre vasos e espaço intersticial.

Sistema circulatório Coração


 Distribuição de nutrientes.  Função de bombear o sangue para todo o corpo
 Defesa, conduzindo leucócitos e anticorpos.  Possui três camadas: endocárdio (camada mais
 Manutenção da temperatura corpórea. interna), miocárdio (camada intermediária) e pericárdio
 Distribuição de hormônios. (camada externa)
 Oferecimento de água e sais minerais ou retirada,  É dividido em átrios e ventrículos.
mantendo o equilíbrio hidrossalino.  Possui estimulação elétrica própria, com centros de
 Transporte de oxigênio dos órgãos respiratórios até comando denominados nódulo sinoatrial ou sinusal e
os tecidos e gás carbônico dos tecidos aos órgãos nódulo atrioventricular.
respiratórios para ser eliminado.  Valva tricúspide: Separa átrio e ventrículo direitos.
 Nos vertebrados, compõe-se de um líquido  Valva bicúspide ou mitral: Separa átrio e ventrículo
circulante denominado sangue, vasos sanguíneos e uma esquerdos
bomba muscular que impulsiona o sangue, o coração.  Ambas as valvas têm função principal de impedir o
refluxo de sangue dentro do coração
Sangue
 Líquido responsável pelo transporte de nutrientes e Circulação pequena ou pulmonar
outras substâncias.  Veia Cava - Átrio/ Ventrículo Direito - Artéria
 É constituído pelo plasma, que corresponde à parte pulmonar - Pulmões - Veias Pulmonares - Coração.
líquida e não viva, formado por água, sais e proteínas
como albumina, que fornece equilíbrio osmótico, Circulação grande ou sistêmica
imunoglobulinas, os anticorpos e fibrinogênio,  Veias Pulmonares - Átrio/ Ventrículo Esquerdo -
relacionado à coagulação. Artéria aorta - Corpo - Veia Cava – Coração.
 Também contém elementos figurados, a parte viva,
formada por hemácias ou glóbulos vermelhos, Aberta: Sangue sai dos vasos sanguíneos.
responsáveis pelo transporte de oxigênio, leucócitos ou Fechada: Sangue só percorre dentro dos vasos
glóbulos brancos, principais defesas do corpo e sanguíneos.
plaquetas, responsáveis pelo controle da coagulação. Simples: somente sangue venoso no coração.
 A hemoglobina é o pigmento respiratório. Dupla: sangue venoso e arterial no coração.
Completa: sem mistura entre de sangue.
Arterial: rico em oxigênio e mais básico que o venoso, Incompleta: com mistura entre o sangue.
com coloração vermelho vivo. Volta dos pulmões ao
coração e levado para todo o corpo. Principais vertebrados
Peixes: possuem somente um átrio e um ventrículo,
Venoso: rico em CO2, com PH mais ácido que o arterial, circulação fechada, simples e completa.
com coloração vermelho escuro. Volta do corpo ao
coração e levado aos pulmões. Anfíbios: possuem dois átrios e um ventrículo, circulação
fechada, dupla e incompleta.
Artérias: sangue passa sobre alta pressão.

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Répteis em geral: possuem dois átrios e um ventrículo, Digestão
circulação fechada, dupla e incompleta.  As partículas de alimento são fragmentadas em
pedaços pequenos para serem absorvidas.
Crocodilianos: possuem dois átrios e dois ventrículos,  As proteínas são digeridas até seus aminoácidos
circulação fechada, dupla e incompleta. forem capazes de atravessar as células intestinais, como
também os poli e monossacarídeos, os lipídios e os
Mamíferos e aves: possuem dois átrios e dois ácidos nucleicos.
ventrículos, circulação fechada, dupla e completa.  O alimento é triturado pelos dentes ou pela moela,
sendo fragmentado em partes menores, a digestão
Problemas de saúde mecânica. Porém, ainda são grandes, precisando das

Relacionados ao sangue enzimas digestivas, que quebram em pedaços a nível

Anemia: Quadro em que se apresenta debilidade em molecular, a digestão química.

glóbulos vermelhos e/ou hemoglobina, causando


problemas de falta de energia e cansaço. Proteases: proteína em proteoses.
Lipases: lipídios em ácidos graxos e glicerol.

Hemofilia: Doença hereditária que acomete fatores Amilase: amigo em glicose.

relacionados à coagulação sanguínea, o que pode levar Sacarase: sacarose em glicose e frutose.

a um quadro de hemorragias. Maltase: maltose em glicose e glicose.


Nucleases: ácidos nucléicos em nucleotídeos.

Leucemia: Doença que afeta glóbulos brancos,


tornando-os debilitados. Também acomete a região  A digestão pode ser intracelular, extracelular e

física da medula e debilita outras células. extracorpórea.

Relacionados ao coração Intracelular: organismos unicelulares e poríferos.

Derrame ou AVC: complicações sanguíneas na região


cerebral, que podem ser devido a obstruções ou Extracelular: todos os organismos pluricelulares. O

sangramentos. alimento acumula-se na cavidade do corpo e algumas


células lançam enzimas digestivas, diferindo e

Infarto: Ausência de irrigação pelas artérias coronárias absorvendo o alimento.

na região do miocárdio cardíaco, causando necrose e


enrijecimento muscular. O colesterol é um dos fatores Extracorpórea: ocorre em fungos, aranhas e estrelas-do-

vinculados a este tipo de complicação. mar. Os fungos eliminam enzimas ao redor de seu
corpo, digerindo toda matéria orgânica no meio.
Sistema digestório
Quando digerido, o alimento passa por difusão para as
 A nutrição é o conjunto de processos
hifas.
desempenhados pelos seres vivos para adquirir,
absorver, processar e assimilar os nutrientes.
Assimilação: é a incorporação do alimento pelo
organismo, ou seja, entrada de nutrientes no corpo.
Etapas da nutrição
Alimentação
Defecação
 Ao final da digestão restam alguns produtos não
 Ingestão: recepção através da boca.
assimiláveis pelas células dos organismos, precisando
 Englobamento: fagocitose e pinocitose.
ser eliminados.
 Difusão: feito por organismos sem boca, como
bactérias, fungos e protozoários, que incorporam o
alimento a partir do meio.
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 Não é feito por organismos que se alimentam por Intestino delgado
difusão, visto que só entra na célula aquilo que é  Divido em duodeno e jejuno-íleo.
assimilável.  Duodeno: age o suco entérico, uma secreção com
 Em organismos que fazem alimentação por água e enzimas digestivas, além de atuar as secreções
englobamento, após a assimilação dos nutrientes a do fígado e do pâncreas. É nessa área que ocorre a
partir do vacúolo digestivo, esse é transformado em absorção do alimento digerido.
vacúolo residual, que contém substâncias não  O que sobra da massa alimentar é o quilo, um líquido
assimiláveis pelas células, e funde-se à membrana leitoso proveniente das secreções digestivas.
celular para eliminar esses dejetos no meio extracelular,  Jejuno-íleo: área de reabsorção de água e sais
no processo de clasmocitose ou defecação celular. minerais das secreções entéricas. É por onde o quilo
passa até chegar no intestino grosso.
Sistema digestório humano
 Tubo digestivo: boca, faringe, esôfago, estômago, Pâncreas

intestino delgado, intestino grosso e ânus.  Produz secreções endócrinas, correspondentes aos

 A parede do tubo digestivo é formada por quatro hormônios insuina e glucagon.

tecidos, entre eles a mucosa, que reveste internamente  Também produz uma secreção exócrina, o suco

e é dotada de muco e enzimas, sendo queratinizada no pancreático, composto de água, bicarbonato de sódio e

ânus e na boca. enzimas digestivas. O bicarbonato aumenta o pH do


duodeno, neutralizando o quimo.

Boca
 Processos físicos: Mastigação (dentição). Fígado

 Processos químicos: Insalivação (saliva).  É a maior glândula do nosso corpo, responsável pela

 Saliva: pH ≈ 7. produção de bile, que são conduzidas à vesícula biliar,

 A ptialina ou amilase salivar é a enzima digestiva da onde é armazenada até sua eliminação.

saliva, diferindo apenas o amigo dos alimentos em  Bile: secreção com função digestiva.

maltose.  Armazena e forma lipídios.


 Sintetiza ureia a partir da amônia e do gás carbônico

Esôfago produzidos através da metabolização de aminoácidos.

 Primeira região do sistema digestório onde  Degrada álcool e outras substâncias tóxicas.

evidenciam-se os movimentos peristálticos ou  Destrói hemácias através da hemocaterese.

peristaltismo.  Promove a gliconeogênese, a produção de


carboidratos a partir de lipídios e proteínas, para haver

Estômago a produção de energia caso falte glicose.

 Apresenta suco gástrico formado por água, ácido


clorídrico e enzimas, principalmente a pepsina. Vesícula biliar

 A pepsina atua quebrando algumas ligações  Armazena a bile e a libera para auxiliar na digestão

peptídicas, fragmentando as proteínas em pedações de gorduras da dieta.

menores.  Bile: não possui enzima digestiva, é composta de

 O HCl garante um pH muito ácido, água e outras substâncias que são eliminadas pelo

aproximadamente 2, ideal para ação dessa enzima, além corpo junto com as fezes e sais biliares.

de destruir microorganismos que tenham sido ingeridos  Sais biliares: possuem função digestiva de

com os alimentos. emulsionar as gorduras, isso é, fragmentá-las em

 Apresenta o muco, que impede que o ácido gotículas microscópicas. Eles mantêm as gorduras

clorídrico digira a própria parede do estômago. solúveis na água dos sucos digestivos.

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Intestino grosso  Também existe a retal, onde a vascularização do
 Não produz enzimas digestivas nem assimila ânus favorece a absorção da substância, e sublingual,
nutrientes, apenas absorve sais minerais e reabsorve onde o medicamento é posicionado abaixo da língua,
água. mais rádio que a via oral.
 Divide-se em três partes: ceco, cólon e reto.
 Ceco: produz células de defesa do sangue e está Distúrbios e doenças no aparelho digestivo
sujeito a infecções, causando apendicite. Infecções intestinais: alimentos e água podem estar
 Reto: termina no ânus, onde elimina as fezes. contaminados com vírus ou bactérias que a salina e a
acidez do estômago não sejam eficientes, podendo
Produção das fezes alguns sobreviverem e se multiplicarem no intestino.
 Quando a água e os sais vão sendo absorvidos, os
restos não digeríveis e não assimiláveis dos nutrientes Gastrite e úlcera péptica: as células do muco são
acabam por se solidificar nas porções finais do intestino constantemente atacadas pelo suco gástrico. Quando
grosso, constituindo a massa fecal. lesa uma área significativa, origina uma irritação,
 Cerca de 30% das fezes é constituída por bactérias denominada gastrite. Pode ocorrer por problemas
vivas e mortas, os outros 70% são constituídos de sais, psicológicos como o estresse, que leva uma menor
muco, fibras de celulose. produção de muco protetor, e com a ingestão de ácidos
 Parte desses resíduos é matéria orgânica, consumida a mucosa pode ser perfurada, causando as úlceras.
por fermentação das bactérias presentes, liberando
substâncias tóxicas e fornecendo às fezes seu cheiro Apendicite: Inflamação do apêndice cecal ocasionada
característico. pelos restos de alimentos que ficam nele, causando
dores abdominais e podendo se romper.
Microbiota intestinal
 Relações mutualísticas com fungos, bactérias, e Sistema imune
protozoários, os quais produzem vitaminas K, B9 e B12  Estruturas responsáveis pela proteção e defesa do
e impedem a invasão por bactérias patogênicas, nosso organismo contra agentes agressores.
ganhando abrigo e alimento no nosso intestino.
 Na ausência delas, devido à ingestão de antibióticos 01. Barreiras: estruturas que impedem a penetração de
por tempo prolongado, vão faltar substâncias, como a agentes invasores. Ex: enzima lisozima, presente na
vitamina K, causando distúrbios de coagulação saliva, suor e lágrimas, destrói a parede celular de
sanguínea e aumento no risco de hemorragias. bactérias, o HCl, presente no suco gástrico, elimina
 Também ficamos mais vulneráveis ao ataque de micro-organismos presentes na água e alimentos e o
bactérias patogênicas, causando diarreias. muco das vias aéreas que retém os micro-organismos
para que não atinham os alvéolos pulmonares.
Vias de administração de medicamentos 02. Defesa inata: é inespecífica, ou seja, agi com o
Oral: é a mais usual, porém com maior tempo para objetivo de eliminar os agentes invasores que tenham
surgir efeito, visto que demora chegar no intestino para atingido a corrente sanguínea, matando todos do
ser absorvido, além de grande parte ser eliminada no mesmo jeito. Ex: leucócitos.
fígado. 03. Defesa adaptativa: com especificidade de ação e
memória. Reconhece o antígeno para poder combate-
Parental: qualquer outro meio que não seja oral, como lo de maneira mais eficiente possível. A memória é
endovenosa, pelo sangue, intradérmica, na pele ou armazenada desde o primeiro contato até uma próxima
intramuscular, no músculo. Surgem rápido os efeitos e vez.
não passam pena ação desintoxicadora hepática.

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Biologia
Infecção: invasão por patógenos menores que as células Patógeno: vírus, bactérias e outros organismos capazes
(vírus, bactérias), causando lesões celulares. de causar doenças.

Infestação: Invasão por patógenos maiores que as Imunização ativa


células (protozoários, artrópodes, vermes), causando  Produção de anticorpos próprios pelo organismo.
lesões teciduais.  Natural: através de infecções, em que a própria
doença desencadeia os fenômenos imunológicos.
Inflamação: resposta da defesa inata acionada contra Artificial: ocorre pela administração de vacinas, quando
agentes físicos (como queimadura, pancadas, o organismo tem o primeiro contato com o antígeno
infecções), químicos e biológicos. Quando ocorre a para produzir células de memória.
lesão celular, se rompe a membrana celular e é liberado  Com tempo de resposta longo.
fosfolipídios, que são transformados em  Desenvolve memória.
prostaglandinas, que são responsáveis pelos efeitos da  É para prevenção.
inflamação:
Imunização passiva
1. Vasodilatação: maior quantidade de sangue e,  Recebimento de anticorpos prontos. Natural:
consequentemente, mais leucócitos, nutrientes e o2. transferência de mãe para filho através da placenta e do
2. Aumento da permeabilidade vascular: o plasma aleitamento. Artificial: administração de soros.
abandona os vasos e leva mais leucócitos e nutriente.  Tempo de resposta curto.
3. Dor: para impedir que o indivíduo force a área  Não desenvolve memória.
afetada, agravando a lesão.  É para tratamento.

5 sinais clássicos do processo inflamatório Vacinas: constituída pelo patógeno (morto ou vivo)
 Edema (inchaço devido a vasodilatação). contendo antígenos, estimulando o sistema
 Rubor (vermelhidão devido ao aumento do fluxo imunológico a produzir anticorpos. Quando o vírus está
sanguíneo). vivo, há uma pequena chance de adquirir a doença com
 Calor local (devido ao atrito pelo excesso de sangue). a vacinação, portanto, mulheres gravidas não devem ser
 Dor. vacinadas.
 Perda de função devido a dor.
Soros: É aplicado o antígeno no mamífero e é retirado
Febre: as prostaglandinas agem sobre o hipotálamo, os anticorpos produzidos por ele. Porém, leva também
levando ao aumento da temperatura corporal. anticorpos de outras doenças e, por isso, o indivíduo
 Aumenta a atividade metabólica corporal, deve tomar um antialérgico para evitar reações
intensificando a queima de nutrientes nas mitocôndrias, alérgicas.
com consequente produção de calor.
 Aumentando o metabolismo, potencializa a
Sistema excretor
multiplicação de leucócitos e anticorpos, aumentando a Excretas nitrogenadas

defesa corporal.  O metabolismo de nutrientes, como proteínas e

 Caso a temperatura corporal aumente muito, pode ácidos nucleicos, envolve a produção de substâncias

levar a desnaturação de enzimas e morte celular. nitrogenadas que são tóxicas, que devem ser
eliminadas.

Antígenos: é uma substância orgânica (proteína, lipídio  No fígado, os aminoácidos são metabolizados

ou carboidrato) estranha ao organismo. através da formação de novas proteínas.

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Biologia
Tipos de excretas Sinapse
Amônia: excreta mais tóxico, eliminada por  Liberação de vesículas com mediadores químicos ou
protozoários, poríferos, cnidários, platelmintos, peixes neurotransmissores na fenda sináptica, fim do axônio.
ósseos, girinos e crustáceos.  Diferente do impulso nervoso, que tem natureza
elétrica, a sinapse é de natureza química.
Ácido úrico: excreta menos tóxico, eliminado por
insetos, miriápodes, alguns aracnídeos, répteis e aves. Bainha de Mielina
 Revestimento do axônio em etapas, que permite
Ureia: toxicidade e gasto energético intermediários; maior isolamento e aumento de velocidade de
eliminada por anelídeos, condrictes, anfíbios adultos e propagação de sinal.
mamíferos.
SNC
Estrutura  O Sistema Nervoso central é o responsável por
1. Rins: principais órgãos, divididos em porção cortical receber e processar as várias informações do
(córtex) e medular (medula). organismo. É composto por Encéfalo e Medula espinal.
 Tem a característica comum de ser envolvido por
2. Ureteres: canais que enviam urina dos rins à bexiga. meninges e por importantes estruturas ósseas. O líquido
cefalorraquidiano também compõe o sistema nervoso
3. Bexiga: órgão que armazena urina. central, conferindo proteção.
 Algumas importantes divisões do encéfalo são:
4. Uretra: canal por onde a urina é eliminada (ligada à cérebro, região hipotalâmica, cerebelo e bulbo.
bexiga).
Problemas de saúde ligados ao sistema nervoso
O néfron Alzheimer: degeneração de neurônios e funções
Cápsula de Bowman: local onde acontece a filtração cerebrais. Causa perda de memória, debilidade motora,
glomerular. irritabilidade.

Túbulo contorcido proximal: local de reabsorção de Parkinson: disfunção de neurônios motores. Causa
glicose, aminoácidos e íons. tremores e debilidade na locomoção.
Alça de Henle: local de reabsorção de água e íons sódio.
Esquizofrenia: um tipo de paranoia ou psicose que leva
Túbulo contorcido distal: local de principal secreção de a pessoa a presenciar e ver coisas fora da realidade.
íons, amônia e compostos tóxicos. Ainda não se tem razões concretas sobre região afetada
ou causa.
Ducto coletor: local de formação da urina, enviada aos
ureteres. Sistema sensorial
Visão - olho
Sistema nervoso  O olho é uma das estruturas mais sensíveis do corpo
 Sistema que integra e controla as múltiplas humano e é dividido em três camadas:
atividades do sistema do organismo, através de redes
nervosas que cooperam para que haja harmonia no 1. Esclerótica ou córnea.
conjunto. 2. Coroide ou pupila.
3. Retina, onde se localiza a região da fóvea.

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 As principais células que participam no processo da Tireoide
visão são os cones e os bastonetes.  A partir da estimulação por TSH, produz tiroxinas e
 O cristalino é a região da lente do olho, onde calcitonina.
irregularidades podem acarretar em problemas visuais  As tiroxinas, assim como a calcitonina, têm função
como miopia, hipermetropia, presbiopia ou metabólica específica no organismo, mas também
astigmatismo. trabalha no feedback negativo do mecanismo de
produção hormonal.
Sistema endócrino
 Integração e controle das múltiplas atividades do Hormônios
organismo para que possa haver harmonia em 1. T3 e T4: Elevam a taxa metabólica e estimula os
conjunto, através da propagação química realizada por processos de oxidação intracelular.
hormônios. 2. Calcitonina: reduz a concentração de cálcio no
 As glândulas que produzem a secreção hormonal sangue.
podem ser exócrinas (secreção liberada ao meio
extracelular), endócrinas (secreção liberada na corrente Paratireóides
sanguínea), parácrinas (secreção liberada à outra célula),  Produção do paratormônio (PTH), que possui ação
ou anfícrinas (características endócrinas e exócrinas). na regulação metabólica dos íons cálcio e fosfato, que
 O controle geral é feito pela região hipotalâmica, e conferem relações com a excitabilidade de membranas,
sofre em todo o organismo o mecanismo de feedback, contrações musculares, coagulação sanguínea, etc.
seja ele positivo (favorece estímulo) ou negativo
(favorece a inibição). Pâncreas
 Produção da secreção pancreática (sistema
Hipófise digestório) e da secreção de insulina e glucagon,
 Responsável pelo controle da secreção de várias hormônios produzidos pelas ilhotas de Langerhans.
outras glândulas do sistema endócrino. Subdividida em
adenohipófise (hip. anterior), e neurohipófise (hip. 1. Glucagon: estimula a quebra de glicogênio e eleva a
posterior). glicemia.
2. Insulina: estimula a entrada de glicose nas células e
A adeno hipófise é responsável pela secreção de: sua conversão em glicogênio, reduzindo a glicemia.
1. Hormônio Somatotrófico (GH): crescimento ósseo e
muscular, síntese proteica.  Estes hormônios trabalham de forma conjunta, e que
2. Prolactina: estimula produção de leite. depende do intervalo de tempo entre refeições de um
3. Hormônio Tireotrófico (TSH): estimula a tireoide. indivíduo.
4. Hormônio Adenocorticotrófico (ACTH): estimula as
adrenais. Adrenais ou Supra-renais
5. Hormônio Folículo Estimulante (FSH): estimula a  Produção de glicocorticoides, mineralocorticoides e
maturação de gametas. androgênios (a partir da região cortical); e adrenalina e
6. Hormônio Luteinizante (LH): estimula gônadas. noradrenalina (a partir da região medular).

A neurohipófise é responsável pela liberação de: 1. Glicocorticoides: estimula a produção de glicose.


2. Mineralocorticoides: aumenta a retenção de água e
1. Ocitocina: contrações uterinas e ejeção do leite sódio.
mamário. 3. Androgênios: define características secundárias
2. Hormônio Antidiurético (ADH): estimula reabsorção masculinas.
de água pelos néfrons.

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4. Adrenalina e Noradrenalina: definem o metabolismo Pâncreas - Diabetes mellitus: caracterizada por
nervoso de “luta ou fuga”, relacionados a alterações deficiência de insulina, gerando complicações celulares.
respiratórias e cardíacas.
Neurohipófise - Diabetes insipidus: característica por
Glândula Pineal alterações renais.
 Produção de melatonina, importante molécula
reguladora de ritmos biológicos. A produção de Genética
melatonina está associada com o período de sono do
 Estudo da herança, o material genético, e da
indivíduo.
hereditariedade, os mecanismos de transmissão do
material genético.
Adipócitos
 Produção de leptina, molécula importante para Mendel
regulação do apetite, gasto energético e metabolismo
 Escolheu trabalhar com ervilhas pois essas possuem
de gordura. A produção de leptina está relacionada com
características bem definidas, sem intermediários,
a sensação de saciedade.
possuem muitos descendentes por geração, facilitando
a análise estatística dos resultados, apresentam várias
Outros Hormônios
gerações por ano e apresentam pequeno porte,
1. Rim: produz eritropoietina, que estimula a produção
facilitando o cultivo, inclusive em estufas.
de hemácias
 Produz renina-angiotensina, que tem efeito sobre a
1o Lei: Lei da segregação dos Fatores
vasoconstrição e produção de aldosterona.
 Cada característica hereditária é determinada por um
par de fatores hereditários que não se misturam.
2. Coração: produz fator natriurético, que reduz a
 Os fatores se segregam na formação de gametas, de
pressão arterial.
modo cada gameta só tem um fator de cada par.
 Fatores dos gametas dos pais se reúnem nos filhos.
3. Timo: produz timosina, que age na maturação de
linfócitos T.
Justificativas atuais
 Genes estão aos pares porque estão nos
4. Adeno-hipófise: também produz endorfina,
cromossomos homólogos que estão aos pares.
associada a efeitos analgésicos e de sensações de
 Genes se separam na meiose porque os
prazer.
cromossomos homólogos se separam.
 Os genes se reúnem na fecundação porque os
Problemas de Saúde Ligados a Hormônios
cromossomos homólogos se reúnem.
GH - Gigantismo, nanismo E acromegalia: desregulação
 Meiose.
da quantidade de hormônio produzido levando a maior
ou menor crescimento de estruturas ósseas e
Situações em que a 1º lei não é válida
musculares.
 Seres polipoides, com 3n, 4n, visto que cada
característica hereditária é determinada por vários
Tireoide - Hipo e hipertireoidismo: desregulação da
genes, sendo 3 genes para 3n.
quantidade de hormônio produzido que acarreta em
 Seres haploides, com n, visto que cada característica
consequências metabólicas.
hereditária é determinada por um gene.
 Bactérias: seres procariontes, visto que cada
Tireoide - Bócio: desregulação na quantidade de iodo,
característica hereditária é determinada por um gene.
que gera complicação anatômica na glândula.
 Mitocôndrias e plastos: vêm de bactérias com um
cromossomo circular, visto que cada característica

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hereditária é determinada por um gene, sempre de como o câncer, que só a tendência é passada para os
origem materna. descendentes.
 Também podem ser sexuais, em gametas, sendo
Termos utilizados na genética hereditárias.
 Gene: segmento de DNA/Cromossomo com  Podem ser espontâneas, sem causa determinada,
informação para produzir um peptídeo/proteína. por erros na replicação do DNA.
 Locus: local do cromossomo com gene para  Também podem ser induzidas por fatores
característica. mutagênicos, como radicais libres, radiações ionizantes
 Dominante: se manifestam em dose simples ou e isótopos radioativos.
dupla.  Para que a mutação se manifeste, todas as células do
 Recessivo: se manifesta somente em dose dupla. corpo têm que ter o gene mutante, porém, é impossível
 Genótipo: constituição genética para certa que todas as células do corpo sofram mutações com o
característica, sendo homozigoto dominante (VV), mesmo efeito, assim, para uma mutação se manifestar,
heterozigoto (Vv) ou homozigoto recessivo (vv). Só é ela deve ter ocorrido em células sexuais de um ancestral,
alterado por mutações e engenharia genética. sendo herdade e presente no zigoto: todas as células do
 Puro: homozigoto. indivíduo vão possuir o gene mutante.
 Híbrido: heterozigoto.  Mutações no próprio zigoto também ocorrem em
 Fenótipo: característica condicionada detectável de todas as células do adulto, se manifestando.
alguma maneira, como comportamentos e
características físicas. É determinado pela interação Características genéticas x características ambientais
entre o genótipo + peristase, que é a influência do meio.  Característica = genes + influência do meio.
 Cromossomo: grande filamento de DNA que contém  Genéticas: determinadas pelo material genético, por
os genes. Pode ser classificado como autossomo ou mutações somáticas não é hereditária, como o câncer,
sexual. mas em células sexuais, é hereditária, podendo ser
 Genoma: corresponde a toda informação genética herdada do pai ou da mãe, com exceção de genes na
hereditária de um indivíduo. mitocôndria.
 Cariótipo: é o conjunto cromossomo típico ou  Congênita: adquirida na vida intrauterina (durante a
constante de uma espécie. gravidez, a partir da mãe), devido aspectos nutricionais,
 Herança genética: estudo histórico genético de uma doenças parasitárias, fatores epigenéticos (não alteram
característica em uma família. Tipos: herança a sequência de bases no DNA, não é mutação, mas ativa
autossômica e herança sexual. ou inativa genes com efeito hereditário).

Mutação Fenocópia: fenótipo que não corresponde ao genótipo.


 Qualquer alteração não programada no material
genético, na maioria por erros na replicação do DNA. Norma de reação: conjunto de fenótipos que um
 Raras, com efeito aleatório e normalmente genótipo pode condicionar.
deletérias, ou seja, prejudiciais.
 Pode ser gênica, quando alteram a sequência de Dominância incompleta ou ausência de dominância
bases no gene, criando um novo alelo.  Heterozigoto tem características intermediárias entre
 Também podem ser cromossômicas, que não altera os dois homozigotos, como um tipo de mistura.
a sequência de bases no gene, alterando a posição do
gene no cromossomo ou o número de cópias do gene, Codominância
podendo ser estrutural ou numérica.  Heterozigoto tem característica dos dois
 Podem ser somáticas, em células do corpo, que não homozigotos simultaneamente, como nos grupos
agem no processo reprodutivo, não sendo hereditários, sanguíneos de ABO.

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 Ambos alelos produzem enzimas funcionais, com Quadrado de Punnet
efeito distinto.
H/M A a
Alelo dominante: com enzima funcional. A AA Aa
Alelo recessivo: com enzima defeituosa. a Aa aa

 Homozigotos dominantes produzem o dobro de Probabilidade condicional


enzimas para tal fator que o heterozigoto, mas são  Probabilidade condicionada a outra, por exemplo, a
igualmente representados, visto que enzimas agem em chance do pai ser heterozigoto e a criança ser
pequenas concentrações, ou seja, pouca enzima já homozigoto recessivo e afetada pela doença.
produz o máximo do fator.  Conferir as reais possibilidades, por exemplo, como
na tabela, se já sabemos que começa com A, descarta-
Cruzamento teste se o aa e o total é 2/3, não 2/4.
 Com o indivíduo de fenótipo recessivo para
descobrir o genótipo do indivíduo de fenótipo Erros inatos do metabolismo
dominante.  Doenças genéticas devido a falha de determinadas
enzimas, ou seja, o gene para doença produz uma
Genealogia ou heredogramas enzima defeituosa.
 Quadrado: homens. Bolinha: mulheres.
 Cruzamento consanguíneo aumenta o risco de Genes letais: provocam a morte antes da maturidade
doenças genéticas, visto que aumenta o risco do sexual.
encontro de alelos recessivos para doenças.
 Cruzamento chave: pais com cores diferentes do Genes semiletais: os efeitos provocam a morte após a
filho, a doença é recessiva. maturidade sexual

Recessiva Casamentos consanguíneos


 Filho afetado com ambos os pais saudáveis.  Aumentam bastante as probabilidades de
 O gene da doença pode pular gerações: atavismo. nascimento de crianças portadoras de defeitos
genéticos, visto que, muitas doenças hereditárias são
Dominante condicionadas por genes recessivos, que somente agem
 Filho afetado sempre tem pelo menos um dos pais quando em dose dupla.
afetado.
 Não pula gerações. Polialelismo ou alelos múltiplos
 Pai ou mãe afetados provavelmente terão metade  Mais de dois alelos para o mesmo gene.
dos filhos afetados.  Exemplo: coelhos, sendo C selvagem ou aguti,
cchchinchila, ch himalaia e ca albino.
Probabilidade em genética  Exemplo: grupo sanguíneo, (IA = IB) > i.
 Regra do “ou” = soma as probabilidades.
 Regra do “e” = multiplica as probabilidades. Sistema ABO
 Se não dizer a sequência dos nascimentos, tem que  Aglutinogênio ou antígeno: glicoproteínas no
somar todas as sequências possíveis. glicocálix das hemácias, sendo uma substância estranha
ao organismo que pode induzir a produção de
Para ter um casal: primeiro homem e segundo mulher anticorpos.
ou primeira mulher e segundo homem: (½ x ½) + (½ x  Aglutininas ou anticorpos: proteínas de defesa no
½) = ¼ + ¼ = 2/4 = ½. plasma, sendo produzidos pela microbiota intestinal.

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Biologia
Sistema Rh
Sangue Aglutinogênio Aglutinina  Fator Rh: glicoproteína no glicocálix das hemácias.
A Subst. A Anti. B  Gene R: com fator Rh: Rh+.
B Subst. B Anti. A  Gene r: sem fator Rh: Rh-.
AB Subst. A e B _____  Transfusão: sem anticorpos pré-formados.
Zero _____ Anti. A e  Negativo pode doar pra positivo, pois quem não tem
B. o fator pode doar para quem tem, porém, o positivo só
pode doar uma vez pro negativo, visto que o Rh é
 Quando a bactéria produz o que você já tem, não é estranho e encarado como antígeno, assim, o sistema
antígeno, e quando a bactéria produz um antígeno imunológico produz anticorpos.
estranho, você produz um anti. ele.  Na primeira vez, as células não têm resposta imune
 Se uma transfusão for errada, os anticorpos reagem primária, sem anticorpos prontos, podendo demorar até
com os antígenos das hemácias. 3 meses, porém, na segunda vez, as células tem
memória e os anticorpos serão produzidos mais
Anticorpos anti. A, juntos com antígenos nas hemácias rapidamente.
A, ocorre uma aglutinação, assim, as hemácias não
podem mais se espalhar. Eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido
 Afeta a partir do segundo filho Rh+ de mãe Rh-.
 Se hemácias aglutinam, entopem o vaso, causando  Toda criança é heterozigota, com pai Rh +.
embolia, não permitindo a passagem de sangue,  Durante a gravidez, não há problemas em relação a
causando isquemia, e não passando oxigênio, causando incompatibilidade sanguínea visto que a placenta não
hipóxia. permite a troca de hemácias entre mãe e filho, apenas
de plasma, assim, como o fator Rh encontra-se na
Problemas na transfusão membrana das hemácias, o fator do filho não entra em
 Doador A, com hemácias A e anticorpos anti. B, e contato com o da mãe.
receptor com hemácias B e anticorpos anti. A, assim, o  No fim da gravidez, devido ao movimento do feto,
anti. A do receptor vai aglutinar as hemácias do doador. ou até no parto, há rupturas microscópicas na placenta
 Acima de 500 ml, só se pode transferir sangue do permitindo a troca de hemácias entre a mãe e o filho.
mesmo tipo, pois há risco do anticorpo do doador, em  As hemácias do Rh+ do filho na mãe negativa leva a
quantidade significante, aglutinar as hemácias do uma produção de anticorpos anti-Rh na mãe, porém,
receptor como é o primeiro contato, a produção de anticorpos é
demorada e o filho nasce sem que o afete.
Deve-se observar o anticorpo de quem está recebendo  Na segunda gravidez, os anticorpos anti-Rh
e o antígeno do doador. produzidos na primeira já foram eliminados do
organismo materno, não representando problema no
 AB: receptor universal, sem os dois anticorpos e com início da gravidez, porém, no final, repete-se a situação
os antígenos. e as hemácias Rh+ do novo bebê em contato com a mãe
 O: doador universal, com os dois anticorpos e sem vão então induzi à síntese de anticorpos anti-Rh, sendo
os antígenos. imediata devido à memória imunológica.
O > A > B > AB  Com o bebê ainda na barriga da mãe, os anticorpos
anti-Rh atravessam a placenta e provocam
Exclusão de paternidade eritroblastose no bebê.
 Falso O: não tem a substância h presente em O
normal, só podendo receber transfusão de falso O, e
pode apresentar pais sem sangue O.

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Biologia
Sintomas  Se os genes estão localizados no mesmo
 Destruição das hemácias do filho, levando à cromossomo, ou seja, em linkage (ligados fisicamente
dificuldade no transporte de oxigênio no bebê e anemia. próximos no mesmo cromossomo), os alelos tendem a
 Produção de eritroblastos pelo bebê, visto que ser herdados juntos no mesmo gameta.
devido à destruição das hemácias, ele tenta produzir
mais, e essas são lançadas na forma imatura Genética do sexo
eritroblastos.  O sexo heterogamético determina o sexo da prole.

Prevenção XY: heterogamético.


 Após o nascimento de um filho Rh , a mãe deve
+ XX: homogamético.
tomar um soro com anticorpos que destroem as XO: heterogamético, só tem cromossomos
hemácias Rh+, antes que elas sensibilizem o sistema autossomos.
imune e levem à produção de anticorpos anti-Rh.
 Dois diferentes: homem, com cromossomo y
Tratamento pequeno e torto.
 Substituição do sangue Rh do filho para o sangue
+  Dois iguais: mulheres.
Rh-. Sem hemácias positivas, os anticorpos anti-Rh
perdem o efeito e desaparecem. Assim, quando o bebê Herança ligada ao sexo
voltar a produzir suas próprias hemácias Rh , os +  Com genes só no cromossomo X.
anticorpos anti-Rh já terão desaparecido do sangue.  Há dois genes para determinar cada característica
(xx) e há um gene para cada característica (xy).
Segunda lei de Mendel ou da segregação  A doença no homem é herdada da mãe, pois o pai
independente deu o Y.
 Análise de mais de uma característica, com mais de  Doenças recessivas relacionadas ao cromossomo X
um par de gene. são mais raras em mulheres do que em homens.
 Fatores para dois ou mais caracteres são transmitidos  Se uma menina é afetada em uma doença recessiva,
para os gametas de modo totalmente independentes. o pai tem que ter a doença também, e a mãe, se normal,
 Pares de genes analisados estejam situados em porta o gene da doença.
cromossomos homólogos.
Herança restrita ao sexo: só em homens.
Linkage
 Não se aplica ao princípio de segregação Recessiva
independente.  Criança com pais normais.
 Os genes localizados no mesmo cromossomo se  Pula gerações.
segregam juntos quando ocorre a separação dos
cromossomos homólogos na meiose, sendo enviados Dominante
juntos a um mesmo gameta.  Criança afetada com pelo menos um dos pais
 Esses genes só podem ser enviados a gametas afetados.
diferentes se ocorrer crossing-over e,
consequentemente, nos gametas em formação.  Não pula gerações.
 Quando dois pares de genes estão no mesmo par de  Pai ou mãe afetados se espera que 50% dos filhos
cromossomos homólogos, dizemos que ocorre ligação sejam afetados.
gênica, podendo os genes ligados ir para gametas
diferentes por meio do crossing-over. Autossômica
 Não possui característica sexual.

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Biologia
 Em iguais proporções em ambos os sexos em todos Pleiotropia
os cruzamentos.  Um mesmo par de gene determina mais de uma
característica, ao contrário da primeira lei de Mendel, em
Ligada ao sexo que diz que um par de gene determina uma só
 No cromossomo X. característica.
 Mais comum em um dos sexos, em pelo menos um
tipo de cruzamento.
Evolução
 Qualquer mudança que acontece em uma
Dominante ligada ao sexo: pai afetado com todos os filhos
população ao longo do tempo.
homens normais e todas as filhas mulheres doentes.
 É diferente de aperfeiçoamento, sendo uma
mudança positiva ou negativa.
Cromatina sexual ou corpúsculo de Barr  A maioria das mutações é deletéria, assim, mudanças

 Um dos cromossomos X da mulher que fica inativo, negativas tendem a ser eliminadas pela seleção natural,
restando apenas mudanças positivas.
ou seja, condensado como heterocromatina, há
 Mudanças negativas podem se tornar positivas se o
inativação de um dos cromossomos X da mulher, que
meio mudar.
ocorre de modo aleatório no início do desenvolvimento
embrionário.  Evolução não significa aumento complexidade.
 Nenhum ser atual é mais evoluído que outro ser
 É para evitar a produção em excesso de substâncias
atual, pois cada um ser atual está no topo de sua linha
codificadas por genes do cromossomo X.
evolutiva.
 A mulher pode ser mosaico, em que partes do corpo
tem constituição genética diferente, inativando o gene
normal de um olho, por exemplo. Evidências da evolução
 Fósseis: quaisquer vestígios de seres hoje extintos.
 Em clones, por mais que geneticamente sejam iguais,
a inativação do gene é aleatória e o fenótipo pode ser
Teorias evolutivas
diferente.
Lamarck
 Lei do uso e do desuso: só vale para algumas
Herança mitocondrial: ocorre em homens e mulheres,
situações, como a musculatura.
herdados somente da mãe.
 Herança dos caracteres adquiridos: não vale, pois
apenas características genéticas são hereditárias.
Herança influenciada pelo sexo: genes autossômicos,
 Tendência inevitável para o aumento de
hormônios sexuais determinam dominante ou recessivo.
complexidade, assim, a evolução é intencional, pois ele
 Ex: o gene calvo é dominante em homens e recessivo
precisa.
em mulheres.

Epigenética: herança dos caracteres adquiridos:


Herança limitada pelo sexo: genes autossômicos, em
exceção.
que os hormônios sexuais permitem ou inibem a
 Alterações no material genético que não alteram a
manifestação do gene.
sequência de bases no DNA (não mutações), através da
 Ex: o gene da barba precisa do hormônio sexual
ativação ou inativação dos genes, por fatores
masculino para se manifestar.
ambientais, com efeito hereditário.
 Se mulheres tomarem anabolizante, desenvolve
barbas.
 O Lamarck foi o primeiro a oferecer uma explicação
viável para a evolução.
 O primeiro a notar que a evolução leva à adaptação.

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 Ideias derrubadas devido a um experimento que Recombinação gênica
corta o rabo de alguns ratos, esperando que estes  Promove o aparecimento não de genes novos, mas
cresçam com os rabos cortados, o que não acontecia. sim de genótipos novos.
 Se processa pela segregação dos cromossomos na
Darwin meiose, crossing over e fecundação.
 Variabilidade: os indivíduos são diferentes dentro de
uma mesma espécie. Seleção e adaptação
 Evolução é acidental, em que a característica surge  A variabilidade sofre ação da seleção natural que
aleatoriamente e, se for positiva, ela é selecionada. age, “escolhendo” os genótipos mais adaptados a um
 Não há recursos disponíveis para todos: teoria de certo ambiente.
Malthus, causando uma disputa não justa pelos  Se o ambiente for estável, a cada geração ocorre
recursos, em que indivíduos mais bem adaptados uma fixação cada vez maior dos fenótipos adaptados.
ganham a disputa, se alimentam melhor, vivem mais
tempo e geram mais descendentes mais bem Mecanismos de adaptação
adaptados: seleção natural. Camuflagem
 Adaptação: sucesso reprodutivo.  Indivíduo simula a cor e/ou o formato de alguma
estrutura do meio, viva ou não, de modo a se tornar
Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução imperceptível para predadores ou presas.
 Explica a ordem da variabilidade pela genética.
 Variabilidade genética + seleção natural. Mimetismo
Um fato não é lamarckista nem darwinista, sendo  Indivíduo tenta se passar por outra espécie, de modo
apenas um fato. a inibir a ação de eventuais predadores.
 Batesiano: um inofensivo, o imitador, adquire as
Variabilidade genética formas e as cores de outro mais agressivo e venenoso,
 Mutações e recombinação gênica. para intimidar seus predadores. Assim, agressores
evitam ela com receio de se confundirem com a espécie
Mutações mais perigoda.
 Mudança brusca em um dos genes, que daí por  Mulleriano: um mesmo padrão identifica um grupo
diante era transmitido na forma modificada aos de espécies com um padrão semelhante de
descendentes. comportamento
 Os diferentes alelos de um gene surgiram por
mutação, o que explicaria a origem da variação genética Coloração de advertência ou aposematismo
nos organismos.  Indivíduo apresenta uma cor chamativa para alertar
 Gênicas: modificação de apenas um gene, predadores para o fato de serem venenosos.
decorrente da mudança de uma ou mais bases  As cores usadas são chamadas de aposemáticas,
nitrogenadas ao longo da molécula de DNA, ou seja, como amarelo, verde, laranja e vermelho.
erros ocasionados durante a duplicação.
Exemplos de seleção natural
A modificação de sequência no DNA ocasiona mudança Melanismo industrial
no RNAm e, consequentemente, a proteína produzida terá  Exemplo: mariposas claras, enquanto viviam num
um ou mais aminoácidos diferentes. Assim, essa proteína ambiente sem fuligem, tinham maiores probabilidades
modificada causa alteração no fenótipo. de sobrevivência e produziam mais filhos iguais a elas
do que escuras, constantemente atacadas pelos
 Cromossômica: envolvem uma alteração na pássaros.
estrutura ou número de cromossomos.

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Biologia
Anemia falciforme na África descendentes os genes para a resistência, adaptando a
 Doença hereditária na qual há produção de população.
moléculas de hemoglobina com um aminoácido
trocado: nessa doença, os glóbulos vermelhos Tipos de seleção natural
apresentam-se deformados e são pouco eficientes em  Direcional: favorece um dos fenótipos extremos.
termos de transporte de oxigênio.  Estabilizadora: ocorre em ambientes estáveis e
 Pelo fato de homozigotos não atingirem a idade de constantes, eliminando fenótipos desviantes e
reprodução, seus genes não são transmitidos às favorecendo fenótipos médios.
gerações seguintes, se mantendo apenas em  Disruptiva: favorece os indivíduos de fenótipos
heterozigose. extremos, eliminando os de fenótipo médio.
 Na África Oriental, Grécia e índia, a frequência de
heterozigotos era alta, visto que regiões com alta Genética das populações
incidência do gene eram regiões onde gabia malária em Evolução: qualquer mudança na frequência dos genes
grande escala. de uma população ao longo do tempo.
 Uma hipótese é de que os heterozigotos são imunes  Avanços na medicina estão levando ao aumento na
às malárias, o que de fato, foi comprovado. frequência dos genes para doenças.
 A resistência dos siclêmicos: o protozoário, ao
penetrar no glóbulo vermelho, consome O2. A hemácia Equilíbrio de Hardy-Weinberg: população que não está
siclêmica, em tensão baixa de O2, modifica sua forma, evoluindo, com frequência dos genes constante.
ficando com a forma de uma foice, sendo mais  Não pode haver mutações nem migrações.
rapidamente atacadas por leucócitos, que as destroem  A população não pode ser pequena, com
junto com os parasitas que elas contêm. Assim, o cruzamentos aleatórios (não consanguíneos).
protozoário não dissemina no organismo pela  Não pode haver seleção natural.
circulação.  É ideal, mas não existe na prática.
 Assim, possuir o gene para a siclemia em
heterozigotos representa uma vantagem adaptativa AA = p2; aa = q2; Aa = 2pq.
sobre não possuir, em regiões com malária.
Especiação
Resistência aos antibióticos  Formação de novas espécies.
 O aparecimento da resistência das bactérias pode ser
interpretado por: as bactérias “se adaptam” 1. Microevolução: pequenas mudanças evolutivas
individualmente ao antibiótico, em outras palavras, o dentro de uma espécie.
antibiótico induziu as bactérias a modificarem seu
metabolismo, no sentido de se tornarem resistentes. 2. Macroevolução: grandes mudanças evolutivas que
 O que é incorreto, visto que não ocorre a originam novos táxons (espécies, gêneros, famílias...).
transmissão de caracteres adquiridos para a
descendência. Espécie: grupo de indivíduos semelhantes,
 Outra explicação: o antibiótico não induziu potencialmente intercruzantes na natureza gerando
diretamente à resistência, porém selecionou na descendentes férteis.
população indivíduos que já eram resistentes por  Híbrido: fruto do cruzamento de espécies diferentes,
mutações espontâneas. porém, de mesmo gênero, nascendo estéril.
 Essa é a correta, visto que os antibióticos eliminam  Os cromossomos do pai não são homólogos dos
da população os exemplares não resistentes. Assim, os cromossomos da mãe, não havendo pareamento dos
resistentes se reproduzem e transmitem a seus cromossomos homólogos na meiose, que é inviável,
produzindo gametas inviáveis.

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Biologia
Isolamento reprodutivo Sistemas de classificação

1. Pré-zigótico: impede a formação do zigoto.  Artificiais: por critérios não evolutivos.

 Geográfico: hábitos distintos.  Naturais: por critérios evolutivos, como semelhanças

 Sazonal ou estacional: épocas reprodutivas distintas. genéticas, morfológicas, fisiológicas, embrionárias e

 Etologico ou comportamental: cortês distintos. bioquímicas.

 Ecológico: nichos ecológicos distintos.


 Anatômicos ou mecânicos: tamanhos distintos. Sistemática

 Gamético: óvulo com zona pelúcida com receptores 1. Fenética: baseada no número máximo de

específicos para espermatozoides da mesma espécie. características possíveis = taxonomia numérica: analisa
todas as características homólogas (indicam parentesco)

2. Pós-zigótico: impede o prosseguimento da e análogas (não indicam parentesco).

linhagem.
 Inviabilidade do híbrido. 2. Filogenética: baseada no número máximo de

 Esterilidade do híbrido. relações evolutivas = analisa só características

 Deterioração da geração F2 quando o híbrido é fértil, homólogas.

separando os cromossomos homólogos de maneira


correta, mas apresentam filhos estéreis. Princípio da parcimônia: caminhos evolutivos mais
curtos devem ser os corretos.

Mecanismos de especiação  A característica encontrada em mais grupos deve ser

1. Anagênese: transformação gradual de uma espécie mais antiga.

em outra.
2. Cladogênese: produção de duas novas espécies a 1. Monofiléticos: grupos que incluem todos os

partir de uma espécie ancestral, com divergência descendentes de um ancestral comum.

adaptativa.  Compartilham um ancestral comum exclusivo.

 Uma espécie vira duas.


 O isolamento reprodutivo acontece devido a barreira 2. Parafiléticos: grupos que incluem alguns, mas não

geográfica, com acúmulo de diferenças genéticas, todos os descendentes de um ancestral comum.

sendo questão de tempo a formação uma espécie nova.


3. Parafiléticos: grupos que apresentam mais de um
Evolução humana ancestral distantes.
Classificação da espécie humana  Todo grupo polifilético também é parafilético em

 Reino animália. algum nível.

 Filo chordata.
 Subfilo vertebrata. Categorias taxionômicas
 Classe mammalia. 1. Reino
 Ordem primates. 2. Filo
 Família hominidae. 3. Classe
 Gênero homo. 4. Ordem
 Espécie homo sapiens. 5. Família
6. Gênero
Taxionomia e sistemática 7. Espécie
 Taxionomia: classificação dos seres vivos por
qualquer critério. Homo sapiens

 Sistemática: classificação dos seres vivos por critérios Gênero e epíteto: espécie binomial.
evolutivos.

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Biologia
Classificação dos reinos Parasitologia
1. Reino Monera
 Procariontes. Parasitas
 Unicelulares.  Ectoparasitas: na superfície externa do hospedeiro:
 Autótrofos ou heterótrofos. pele, tubo digestivo, como mosquito, lombriga, ameba.
 Bactérias e cianobactérias.  Endoparasitas: na superfície interna do hospedeiro:
sangue, células, como bactérias, vírus.
2. Reino Fungi
 Eucariontes.  Eurixenos: pouco específicos, podendo afetar vários
 Uni ou pluricelulares. hospedeiros.
 Dotados de parece celular quitinosa.  Estenoxenos: muito específicos.
 Heterótrofos, se alimentando por absorção de
nutrientes a partir do meio e realizam digestão  Hospedeiro intermediário: parasitas só com
extracorpórea. reprodução assexuada ou parasita na forma jovem.
 Hospedeiro definitivo: parasita com reprodução
3. Reino Animalia ou Metazoa sexuada ou parasita na forma adulta.
 Eucariontes multicelulares.
 Sem parede celular. Hospedeiro intermediário é diferente de agente
 Heterótrofos. transmissor.

4. Reino Plantae ou Metaphyta  Vetor etiológico: agente transmissor, como o


 Eucariontes multicelulares. barbeiro.
 Com parede celular celulósica.  Agente etológico: agente causador, como o
 Autótrofos fotossintetizantes. protozoário plasmodium sp da malária.
 Vetor mecânico: transmite o parasita mas não é
5. Reino Protista hospedeiro, ou seja, não é obrigatório no ciclo do
 Unicelulares ou multicelulares. parasita, como moscas são pontes das fezes
 Eucariontes. contaminadas para o alimento de alguém.
 Fotossintetizantes, como algas unicelulares ou  Reservatório: tem o parasita, ou seja, é hospedeiro,
heterótrofos, como protozoários. não transmite a doença, mas pode transmitir o parasita
 Sem organização tecidual verdadeira. para o agente transmissor, como o gambá na doença
de chagas.
Domínios
 Na década de 1980, o microbiologista Carl R. Woese  Permanente: vive no hospedeiro, como o piolho.
propôs uma nova forma de classificação dos seres vivos  Temporário: não vive no hospedeiro, como o
com base na análise do DNA. mosquito.
 Nessa forma, os seres vivos são classificados em três  Provisório: só são parasitas numa fase da vida, por
grandes domínios, categoria taxionômica criada por exemplo, a mosca varejeira na fase larval causando
Woese que é superior a reino. berne.

1. Archaeo: arqueas. Modos de contágio por doenças


2. Bacteria: eubactérias. parasitárias
3. Eucarya: algas, plantas, fungos, protozoários e 1. Transmissão direta: de pessoa para a pessoa, sem
animais. objetos ou outros organismos como intermediário.

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Biologia
 Por aerossóis de saliva e/ou secreções buco-nasais  Tratamento de água: fervura (não elimina esporos de
em mucosas, ou seja, bocas, nariz e olhos. bactérias), filtração (não elimina vírus), ozonização (O3
 Prevenção: uso de máscaras e outros equipamentos oxida micro-organismos), NaClO (água sanitária oxida
de proteção individual, isolamento/evitar aglomerações. micro-organismos).
 Exemplo: gripe, sendo mais comuns em épocas de  Moscas e baratas são vetores mecânicos de doenças
frio/chuva, o que facilitam as aglomerações. de transmissão oral-fecal.

2. Transmissão indireta: transmitida de objetos 6. Transmissão vetorial: por agentes biológicos.


contaminados (fômites) ou outros organismos como  Vetor etiológico transmite a doença.
intermediários.  Prevenção: controle do vetor.
 Fômites: em contato com mucosas.  Exemplo: dengue, malária, chagas.
 Prevenção: evitar tocar o rosto, lavar as mãos com
água e sabão ou álcool 70%, que dissolvem membranas 7. Transmissão congênita: da mão grávida para o feto
celulares e envelopes virais. via placenta.
 Rubéola, zica, sífilis, toxoplasmose promovem má-
 Desinfecção: eliminação da maior parte das formas formação do Sistema Nervoso Central do feto, com
de vida, não eliminando esporos. retardo mental, surdez...
 Esterilização: eliminação de todas as formas de vida, Transmissão horizontal: entre indivíduos não
eliminando os esporos, pelo calor intenso, por raios aparentados.
gama, etc. Transmissão vertical: entre indivíduos aparentados: da
mãe para o filho via placenta/ovos.
3. Transmissão sanguínea: através de objetos
contaminados com sangue ou transfusões. Prevenção ou profilaxia: como previne a doença.
 Prevenção: cuidados em bancos de sangue: testes Terapêutica ou tratamento: como trata a doença.
para doenças transmissíveis por sangue, não
compartilha agulhas e/ou seringas. Epidemiologia
 Exemplo: AIDS, hepatite B.
 Estudo do comportamento das doenças das
populações.
4. Transmissão sexual: por sexo vaginal, oral, anal.
 Até 1750, pré-revolução industrial, a maior causa de
 O atrito do ato sexual promove lesões microscópicas
morte eram as doenças infecciosas, transmitidas por
em pele de pênis, mucosa de vagina e/ou mucosa de
vetores e/ou água/alimentos contaminados,
ânus, permitindo o contato de sangue e com secreções
ocasionando baixa expectativa de vida.
como esperma/fluido vaginal
 Mortalidade infantil em países mais pobres: morte
 Preservação: preservativos, redução no número de
até 1 ano de idade, com a principal causa a diarreia (por
parceiros
rotavírus e bactérias de transmissão oral/fecal).
 Exemplo: AIDS, hepatite B, gonorreia, ou seja, IST
 A partir de meados do século 18, com o advento da
(infecções sexualmente transmissíveis).
revolução industrial, diminuiu a quantidade de doenças
 Doenças que passam por sangue, passam por sexo.
infecciosas. Motivos: saneamento básico, aumento da
produção de alimentos e os avanços da medicina (teoria
5. Transmissão oral-fecal: pela ingestão de água ou
dos germes: doenças vêm de micro-organismos).
alimentos com fezes de doentes.
 Assim, aumentou a expectativa de vida da
 Prevenção: saneamento básico, ou seja, rede de
população. Hoje, as maiores causas de morte são as
esgoto, tratamento de água, higiene pessoal, lavar frutas
doenças crônicas, ou seja, doenças cardiovasculares e
e verduras crus.
câncer.
 Exemplo: hepatite A, disenterias bacterianas.

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Biologia
 Revolução verde, após a 2ª Guerra Mundial: aumento  Doença aguda: com progressão rápida, ou seja, com
da produção de alimentos por unidade de área plantada rápida manifestação dos sintomas, como a dengue.
(desenvolvimento de novos tipos de adubos, como  Doenças crônicas: com lenta progressão dos
fertilizantes, defensivos agrícolas, ou seja, agrotóxicos, sintomas, ou seja, lenta manifestação dos sintomas,
sementes híbridas (melhoramento genético). como a doença de chagas e a esquistossomose.

Países em desenvolvimento “pobres”: a primeira causa Vírus


de morte ainda é as doenças infecciosas.
 Capsídeo proteico: formado por unidades proteicas
chamadas de capsômeros que delimitam um core –
Países desenvolvidos “ricos”: a primeira causa de morte
espaço no capsídeo que abrange o material genético
são as doenças crônicas degenerativas “da velhice”.
viral -.
 Alguns vírus possuem, externo ao capsídeo proteico,
Classificação epidemiológica das doenças
um envelope viral de bicamada de fosfolipídios com
1. Doenças de casos esporádicos: tétano, tuberculose,
proteínas em mosaico fluido.
sífilis.
 Os vírus oncogênicos são capazes de induzir o
2. Endemias: típicas de uma região, com número de
desenvolvimento de cânceres, como ocorre com o HPV
casos constantes, como a febre amarela e a malária na
no câncer de colo uterino e no HBV e HBC, no câncer
Amazônia.
de fígado.
3. Surtos, epidemias: número de casos aumentam
 A enorme população dos vírus, combinada com suas
rapidamente, em que os surtos afetam apenas uma
taxas aceleradas de replicação e mutação, faz deles uma
região e as epidemias afetam várias regiões.
das maiores fontes de variação genética, o que explica
4. Pandemias: epidemias globais, em vários
a dificuldade de se elaborar vacinas para muitas
continentes.
doenças virais.
 Peste negra, século XVI.
 Gripe espanhola, 1918.
Envelopados: com envelope viral.
 AIDS, 1980.
Não envelopados: sem envelope viral, como os
 Covid-19, 2019.
bacteriófagos.
 Citomegalovírus: vírus que possuem DNA e RNA.
Doenças emergentes: novas, através de movimentos
migratórios, como a Chikungunha e a Zica no Brasil,
Todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios,
como a ebola, o covid-19, a SARS.
mas nem todo PIO é um vírus, podendo ser bactérias.

Doenças reemergentes: estavam controladas, mas


Especificidade da ação viral
voltam a aumentar em número de casos, como a AIDS
 Vírus possui receptores específicos/complementares
e a ebola.
a receptores da célula hospedeira (modelo chave-
 Ingestão de mamíferos silvestres com a doença,
fechadura).
seguida de mutações, causando febre alta, tosse seca,
dificuldades de respirar, alta transmissibilidade e maior
Fases da infecção viral
letalidade.
1. Absorção: ligação da proteína receptora do vírus
 No Brasil, destaca-se a dengue e a febre amarela e,
com a proteína receptora da célula hospedeira.
no mundo, destaca-se o sarampo, a sífilis e a gonorreia.
2. Penetração: entrada do vírus na célula hospedeira,
 Diminui-se o medo da população devido ao sucesso
por injeção: capsídeo viral injeta o material genético na
da doença, causando possibilidade de ressurgimento do
célula hospedeira sem que o capsídeo entra, fusão:
vírus.
envelope viral fusiona na membrana plasmática da
célula hospedeira, de modo que o capsídeo entra ou

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Biologia
viropexia: vírus induz a própria fagocitose, sendo 3. Ribovírus: vírus de RNA que não formam DNA, como
englobado pela célula hospedeira, com o capsídeo. a dengue, febre amarela, influenza, raiva.
3. Desnudamento: lisossomos da célula hospedeira
digere o capsídeo proteico, liberando o material  O material genético viral pode ter DNA e RNA com
genético no citoplasma. fita dupla ou simples.
4. Latência: material genético viral fica inativo e a  A = T fita dupla, A # T ou U é fita simples.
pessoa assintomática.
5. Síntese dos componentes virais: vírus controla a Desoxivírus
célula para que produza para o vírus, deixando de  DNA viral adicionado ao DNA hospedeiro, que fica
produzir seus próprios componentes e, assim, a célula inativo até ser ativo, em que é replicado em novo DNA
morre e a pessoa passa a apresentar sintomas. e transcrito em RNA viral, que é traduzido em proteínas
6. Montagem dos componentes virais. virais.
7. Liberação: com a morte da célula, ocorre ruptura da  DNA + proteínas virais = novo vírus.
membrana da mesma, com liberação dos novos vírus.
Retrovírus
Vírus bacteriófagos  Vírus de RNA que formam DNA no clico de vida
 Cabeça: com capsídeo proteico e DNA viral. através da enzima transcriptase reversa.
 Cauda: com bainha contrátil que injeta o DNA viral e  RNA viral produz DNA viral, através da enzima TR.
ganhos proteicos, que fixam o fago na bactéria que será  O DNA viral é adicionado ao DNA hospedeiro,
atacada. ficando inativo como provírus, até ficar ativo, onde é
 Capsídeo proteico injeta o DNA viral na bactéria, mas transcrito em RNA viral, que é transformado em novo
não entra, ou seja, permanece ao lado de fora), RNA viral, e a outra parte é traduzida em proteínas virais.
podendo ficar em:  RNA viral + proteínas virais = novos vírus.

1. Ciclo lisogênico: o vírus fica inativo no citoplasma da


Ribovírus
bactéria e, quando ela se reproduz, a bactéria copia o  RNA de fita simples: de cadeia positiva ou negativa.
material genético viral. Assim, quando a bactéria replica  Positiva: RNA viral já é RNAm, sendo traduzido no
o DNA bacteriano, replica também o DNA viral, ribossomo em proteínas virais.
transmitindo para seus descendentes.  Negativa: RNA complementar ao RNA viral é RNAm.
2. Ciclo lítico: vírus fica ativo e se reproduz, formando  Alto risco de mutações, como a poliomielite e o
novas partículas virais com a replicação do DNA viral e influenza.
a síntese de proteínas virais, levando à lise da bactéria e
liberando novos vírus no meio.
Provírus
 Quando o material genético viral está adicionado ao

Alguns vírus podem manter a vida inteira em ciclo material genético da célula hospedeira de forma inativa,

lisogênico, mas, em mudanças ambientais, como ou seja, em ciclo lisogênico.

exposição à radiação, o vírus pode passar do ciclo


Príons
lisogênico para o lítico.
 Os normais são proteínas de membrana, de modo
que a interação entre príons alterados (obtidos na dieta
Tipos de vírus quanto ao material genético
ou surgido por mutações) e príons normais se da pela
1. Desoxivírus: vírus de DNA, como HPV, varíola,
interação de proteínas de membrana (príons normais)
catapora, herpes simples.
com proteínas do meio extracelular (príons alterados).
2. Retrovírus: vírus de RNA que formam DNA pela
 Proteína infecciosa que causa a doença da “vaca
enzima transcriptase, como HIV/AIDS.
louca”.

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Biologia
Vírion  Biológico: uso de peixes larvófagos, que comem a

 Quando o vírus está fora da célula hospedeira. larva.

Doenças causadas por ribovírus Febre amarela


Dengue  Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos
 Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes urbanos Aedes aegypti e dos mosquitos silvestres
Aegypti. Heamagogus sp.
 Mosquito macho é herbívoro, ou seja, fitófago.  Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, astralgia, dor retro-
 Mosquito fêmea é hematófaga, precisando de orbital (atrás dos olhos), prostração, lesões hepáticas,
Fe/proteína do sangue para gerar ovos. icterícias (febre amarelada devido ao acúmulo de
 O mosquito é urbano, diurno, listrado de preto e bilirrubina), hemorragias.

branco e holometábolo com larva que de desenvolve  Prevenção: controle dos mosquitos urbanos, porém,

em água doce, parada e limpa. não se deve eliminar mosquitos/reservatórios dos

 Água doce, pois se for salgada, desidrata a larva por mosquitos silvestres.

osmose.  A vacinação é fortemente recomendada em áreas


 Parada: se for em movimento, a larva afunda e endêmicas ou próximas.

asfixia.  Reservatórios: macacos.


 Água suja: tem muita bactéria aeróbica que
consomem o oxigênio e a larva pode asfixiar. Chikungunya
 Existe 4 sorotipos de dengue e cada um só pode ser  Trasmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes
contraído uma única vez. aegypti e Aedes albopictus.
 O primeiro contágio normalmente é a dengue  Sintomas: semelhantes aos da dengue com astralgia
clássica, e o segundo a dengue hemorrágica. forte e persistente.
 Prevenção: controle dos mosquitos, não há vacina.
1. Dengue clássica: febre, cefaleia, mialgia e astralgia  Pode causar síndrome de guillain-barré autoimune,
(dor muscular e dor articular), prostração, erupções onde anticorpos contra o vírus atacam a bainha de
(manchas vermelhas na pele), prurido (coceira). mielina dos neurônios, levando a fraqueza e paralisia

2. Dengue hemorrágica: sintomas da dengue clássica, muscular.


hemorragias em gengivas e nariz, hemorragias internas
causando dor abdominais, choque (queda violenta na Zika
pressão arterial e o coração não tem força para  Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes

bombear o sangue). aegypti e Aedes albopictis, ato sexual, congênita.


 Sintomas: semelhante aos da dengue, mas mais

 Não se deve usar AAS (Ácido acetil-salicílico), que leves, com muitos eritemas/erupções, prurido e
inibe a coagulação sanguínea e aumenta os riscos conjuntivite.
hemorrágicos.  No caso da congênita, a mãe grávida passa para o
feto, causando má-formação do SNC do feto com
Prevenção: controle do mosquito, pois ele não é natural retardo mental, podendo ter microcefalia.
no Brasil e não tem perigo de causar um desequilíbrio  Prevenção: controle do mosquito, não há vacina.
ecológico.  Também pode causar a síndrome de guillain-barré.
 Mecânico: eliminação dos reservatórios de água
doce parada. Dengue, zika e chikungunya: são mais comuns em
 Químico: inseticidas, porém afetam outros épocas de chuva, pois facilita o acúmulo de água como

artrópodes. reservatório do mosquito.

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Biologia
Gripe a ferida com água e sabão, manter o animal que te
 Influenza: com 2 proteínas, a Hemaglutinina, para mordeu em observação para ver se ele tem raiva, caso
infecção viral e a Neuraminidase, para reprodução viral. tiver, a pessoa mordida deve receber soros e vacinas.
 H3N2: gripe comum.
 H1N1: gripe espanhola (1918), gripe suína (2009). Ebola
 H5N1, H6N1 e H7N9: gripe aviária.  Por enquanto só teve ne África, é muito violenta.
 Transmissão: por aerossóis de saliva e/ou secreções  Transmissão: contato de mucosas ou ferimentos com
buco-nasais de modo direto ou indireto, por fômites em secreções contaminadas (sangue, sêmen, fluido vaginal,
mucosas. saliva, muco, urina, fezes), não havendo transmissão
 Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, astralgia, tosse, pelo ar.
coriza, congestão nasal, pneumonia, dificuldades  Reservatório: morcego, pela ingestão de carnes de
respiratórias, diarreias. morcego ou ingestão de frutas mordidas por morcegos
 Prevenção: evitar contato com doentes (quarentena, (com saliva).
isolamento social), uso de máscaras, lavar as mãos com  Sintomas: febre, diarreias, vômitos, hemorragias
água e sabão ou álcool em gel 70% (dissolve o envelope espontâneas.
viral), desinfetar objetos, vacinação.  Prevenção: evitar contato com doentes, usar
 Aviária: transmissão pela inalação de fezes equipamentos de proteção individual, não há vacina.
ressecadas de aves doentes, não pela ingestão de carne
contaminada nem de pessoa para pessoa, porém, é Caxumba ou parotidite
altamente letal, e devido ao risco de mutações, não se  Transmissão: por aerossóis de saliva.
come aves doentes.  Sintoma: febre, edema e dor nas glândulas parótidas
e infecção secundária em testículos/ovários (podendo
Não há vacina definitiva contra a gripe, porque o vírus causar esterilidade).
influenza é muito mutagênico, portanto, as vacinas são  Prevenção: evitar contato com doentes, vacina MMR
feitas a cada ano contra os vírus daquele ano. ou tríplice viral (caxumba, sarampo, rubéola).
 A vacina é feita com vírus morto, sem risco de
infecção. Sarampo
 Transmissão: por aerossóis de saliva.
Raiva ou hidrofobia  Sintomas: febre, erupções (manchas vermelhas na
 Transmissão: contato de saliva de mamíferos pele), manchas brancas por dentro da boca, conjuntivite
infectados em ferimentos (mordeduras, lambeduras, e encefalite.
arranhaduras).  Prevenção: evitar contato com doentes e vacinação.
 Destaca-se: cães e gatos nos ambientes urbanos,
morcegos em ambientes silvestres. Rubéola
 Sintomas: período de incubação assintomática de 40  Transmissão: por aerossóis de saliva, congênita.
dias, no qual o vírus se desloca pelos nervos até o SNC,  Sintomas: febre, erupções, na congênita causa má
causando hipersensibilidade dolorosa a som, luz, toque formação no SNC do feto, como surdez e retardo
e deglutição (com boca espumando pois não consegue mental.
deglutir saliva).  Prevenção: evitar contato com doentes, vacinação.
 Hidrofobia: medo de água.  Mulheres grávidas não podem se vacinar para
 Evoluindo para depressão do SNC, coma, parada rubéola, pois a vacina é feita com vírus vivo atenuado,
respiratória e morte, sendo 100% letal. havendo o risco de infecção.
 Prevenção: vacina anti-rábica de cães e gatos.
 Caso atacado: deve-se eliminar o vírus durante o Poliomielite ou paralisia infantil
período de incubação, antes que atinja o SNC. Lava-se  Transmissão: via oral-fecal.

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Biologia
 Sintomas: normalmente, assintomática. Em alguns  Prevenção: evitar contato com doentes e objetos
indivíduos, promove destruição dos gânglios motores contaminados.
na medula espinhal, levando à paralisia muscular. Caso  É a primeira e a única doença eliminada pela
chegue no diafragma, ocorre parada respiratória e vacinação.
morte por asfixia.  Foi a primeira vacina desenvolvida (varíola bovina
 Prevenção: saneamento básico, higiene pessoal, não matava e te tornava imune a varíola humana).
lavar frutas e verduras, vacinação.
Herpes simples (SHV)
Rotavirose  HSV –1: labial, com transmissão por contato direto ou
 Transmissão: via oral-fecal. indireto com o líquido das lesões.
 Sintomas: disenteria com cólica e diarreias, que  HSV– 2: genital, com transmissão sexual.
causam desidratação.  99% dos humanos são portadores assintomáticos do
 Dente as principais causas de mortalidade infantil. HSV-1, em queda de imunidade (estresse, com
 Prevenção: saneamento básico, higiene pessoal, produção de cortisol) e/ou exposição à radiação (raios
lavar frutas e verduras, vacinação. U.V).
 Pode causar vesículas (lesões bolhosas) com
Hepatites A – B – C – D – E dor/ardência/purido/dormência, autolimitadas
(desaparecem sozinha).
A B C D E  Não há resolução definida porque o vírus permanece
Vírus RNA DNA RNA RNA RNA alojado no nervo trigêmeo da fase por toda vida,
Transm. Oral Sexual Sexual Junto Oral- podendo voltar a se manifestar.
Fecal Sangue Sangue c/ B fecal  Prevenção: labial: evitar contato direto ou indireto
Preven. Higiene Preserv. Preserv B Higien com lesões (só há a transmissão com a lesão ativa).
. e Genital: preservativo, redução do número de parceiros.
Vacinas S S N N N
Câncer fí. N S S N N Catapora ou varicela
 Transmissão: por aerossóis de saliva de modo direto

 Sintomas: febre, indisposição, icterícia (pele ou indireto por fômites.

amarelada pelo acúmulo de bilirrubina), lesões  1º manifestação: catapora, causando vesículas

hepáticas, urina escura (pelo excesso de bilirrubina), (lesões bolhosas) difusas, com purito e autolimitadas.

fezes brancas (pela falta de bilirrubina).  Não há resolução definida porque o vírus permanece

 Pode evoluir para cirrose hepática e/ou câncer de alojado nos nervos por toda a vida.

fígado.  Em queda de imunidade (estresse, AIDS), o vírus


volta a se manifestar.

Doenças causadas por desovivírus  2º manifestação: Herpes zoster, com vesículas, em

 Hepatite B. rastros que acompanham os nervos, com dor.


 Prevenção: evitar contato com doentes, objetos e

Varíola vacina (quadruplíce viral = caxumba, sarapó, rubéola e

 Transmissão: por aerossóis de saliva de modo direto catapora).

ou indireto por fômites em mucosas ou ferimentos.


 Sintomas: vesículas (lesões bolhosas), evoluindo para Papilomatose (HPV)

pústulas (lesões com pus – devido a ação bacteriana na  Verrugas: existem vários tipos de HPV, sendo que

área devido a diminuição da imunidade) e deixando alguns causam verrugas genitais (condiloma

cicatrizes. aculminado ou “crista de galo”), podendo evoluir para


glande peniana.

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Biologia
 Transmissão: sexual, contato da região genital com Bactérias
objetos contaminados.
 Procariontes unicelulares.
 Sintomas: normalmente, assintomático, em algumas
 Com parede celular de peptideoglicano.
pessoas ocorrem condiloma acuminado, podendo
 Sem sistema de endomembranas, sem reticúlo
evoluir para câncer.
endoplasmático, golgi, liso, mitocôndria.
 Prevenção: preservativo, número restrito de
 Algumas apresentam cápsula gelatinosa, são as
parceiros, higienização da região genital e vacinação.
chamadas capsuladas, em que a cápsula é externa à
parede celular, feita de glicoproteínas. Elas impedem a
Doenças causadas por retrovírus
fixação dos anticorpos do hospedeiro na bactéria,
AIDS
portanto, impedem a ação do sistema imune do
 Síndrome da imunodeficiência adquirida.
hospedeiro, aumentando a virulência da bactéria.
 Agente causador: HIV.
 Transmissão: sexual, sanguínea, amamentação,
Eubactérias: hetero ou auto foto ou auto químio.
perinatal (HIV não atravessa a placenta intacta,
 Bactérias parasitas, decompositoras, cianobactérias,
passando por rupturas de placenta no parto, sendo
bactérias do ciclo do nitrogênio.
viável o parto cesariano e o uso de coquetel durante a
gravidez – que não implica na formação do feto).
Arqueobactérias: todas auto foto ou auto químio.
 Sintomas: deficiência na defesa imune.
 São extremórfilas, ou seja, adaptadas a meios
 Prevenção: utilização de camisinha.
extremos.
 Tratamento: terapia antirretroviral ou “coquetel anti-
 Termoacidófilas: vivem em vulcões submarinos,
HIV”, com o objeto de diminuir a seleção de vírus
sendo auto quimio.
resistentes: com inibidores de transciptase reversa,
 Halófilas extremas: vivem em meios de alta
porém, não cura porque não elimina o RNA viral, apenas
salinidade.
bloqueia a reprodução viral, diminuindo a carga viral,
 Metanogênicas: vivem em meios com muito H2 e
diminuindo os sintomas e diminuindo o risco de
pouco O2, como pântanos, mangues, lixões e intestino
transmissão.
de vertebrados.
 Há também inibidores de proteases e de integrases.
 Profilaxia pós-exposição: uso de coquetel após a
Reprodução assexuada
contaminação imediatamente, evitando a infecção.
 Sem variabilidade genética.
 Não há grupos de risco, apenas comportamento de
 Bipartição ou cissiparidade: divisão por amitose.
risco.
 Esporulação: formação de endósporos (bactéria cria
várias camadas extras de parede celular, de modo que
1. Fase aguda: reação do sistema imune eliminando a
reforça a parede celular e reduz o metabolismo,
maioria dos HIV, com algumas semanas/meses.
assumindo forma latente). É feito quando enfrenta
2. Crônica: HIV inativo nas células alvo (principal: linf.
condições de frio, calor, seca, ácidos, radiação, para
T4, alguns monócitos, neurônios). Sendo assintomático,
sobreviver.
o indivíduo não tem AIDS, mas é portador do HIV
(soropositivo) podendo transmitir o HIV, com duração
Reprodução sexuada
de alguns anos.
 Recombinação genética que promovem
3. AIDS: HIV começa a matar as células alvo (linf. T4),
variabilidade genética.
causando uma imunodeficiência e infecções
 Plasmídeos: fragmentos de DNA circular e desnudo
oportunistas devido à queda da imunidade,
extracromossomiais em bactérias, com genes úteis, mas
destacando-se a tuberculose, pneumonia, herpes
não essenciais à vida.
simples, candidíase ou sapinho, toxoplasmose.
 Plasmídeo R: com gene para resistência a
antibióticos.

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Biologia
Doenças bacterianas
Conjugação: troca de genes entre bactérias através de
Vibrio cholerae: cólera
pontos de citoplasma de natureza proteica chamadas
 Transmissão: oral-fecal, ingestão de mariscos, como
de pelo sexual.
as ostras.
 A bactéria F+ emite o pilo, a bactéria F- recebe o pilo.
 Sintomas: toxina que irrita o estômago e o intestino,
levando a vômitos e diarreias.
Tansdução: transferência de genes por vírus
 Causa uma desidratação grave, causando a perda de
bacteriófagos.
eletrólitos (Na+, K+), causando câibras.
 Vírus ataca bactéria com gene de resistência.
 Prevenção: saneamento básico, tratamento de água,
 O vírus se reproduz em ciclo lítico, copiando seu
higiene pessoal, lavar frutas e verduras, não ingerir
DNA viral e pode copiar o DNA bacteriano com o gene
frutos de mar durante epidemias.
de resistência.
 Não há vacina.
 Quando for atacar outra bactéria, coloca seu DNA
viral e o gene de resistência, fornecendo resistência para
Leptospira interrogans: leptospirose
a bactéria que não era resistente.
 Transmissão: contato de pele ou mucosas com água
contaminada com a urina de rato.
Transformação: incorporação do DNA de bactérias
 Sintomas: febre, calafrios, mialgia principalmente na
mortas no meio.
panturrilha, lesões renais.
 Se uma bactéria resistente morre, outra absorve o
 O acúmulo de lixo causa o entupimento de bueiros
plasmídeo resistente do meio, se transformando em
que facilita a proliferação de ratos e o acúmulo de água
uma bactéria resistente.
em enchentes.
 Prevenção: desratização, não acumular lixo.
Superbactéria
 Não há vacina.
 Multirresistentes a antibióticos.
 Surgem por mutações, recombinações gênicas e
Treponema pallidum: sífilis
seleção natural.
 Transmissão: via sexual, sanguínea ou congênita.
 Exemplo: KPC, que causa infecção hospitalar.
 Sintomas: 1º cancro duro: úlcera duras, indolores e
autolimitadas na região genital. 2º cutânea: úlceras
Morfologia das bactérias
duras, indolores, autolimitadas na pele e no corpo todo.
 A forma da bactéria é determinada pela parede
3º neurológica: lesões que causam demência.
celular.
 Na congênita causa má-formação do SNC do feto
com retardo mental e alteração morfológicas na face.
1. Cocos.
 Prevenção: diminuição do número de parceiros,
2. Bacilos ou bastonetes.
preservativos, cuidado com bancos de sangue.
3. Vibriões.
 Não há vacina.
4. Espirilos ou espiroquetas.
5. Diplococos.
Neisseria gonorrhoeae: gonorreia
6. Tétrades – 4 cocos.
 Transmissão: via sexual, no parto, pela passagem no
7. Sarcinas – 8 cocos em cubo.
canal vaginal.
8. Estafilococos – cocos em cachos.
 Sintomas: úlceras com pus e dor em homens,
9. Estreptococos: cocos em fila.
normalmente assintomática nas mulheres.
 No parto pode causar cegueira gonocócica.
 Prevenção: preservativo.
 Não há vacinas.

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Biologia
Neisseria meningitidis: meningite meningocócica  Sintomas: destruição de terminações nervosas
 Transmissão: aerossóis de saliva de modo direto e sensitivas na pele, levando a manchas anestésicas,
indireto. evoluindo para necrose e amputação natural das
 Sintomas: febre, cefaleia, indisposição, vômitos em extremidades corporais.
jato, rigidez na nuca.  Prevenção: vacina BCG.
 Prevenção: vacinação, evitar contato com doentes,
não compartilhar copos, pratos, bebedouros. Clostridium botulinum: botulismo
 Bactéria anaeróbica restrita, vivendo somente em
Diplococcus pneumoniae: pneumonia pneumocócica meios sem O2, sendo a mais grave das intoxicações
 Transmissão: aerossóis de saliva de modo direta ou alimentares.
indireta, só afetando indivíduos imunodeprimidos  Se instala em alimentos industrializados,
(crianças, idosos, desnutridos, soropositivos com HIV). principalmente em conservas.
 Sintomas: tosse, muco, febre, indisposição,  Transmissão: ingestão de alimentos com toxinas da
dificuldade respiratória. bactéria.
 Prevenção: vacinação, boa alimentação, prática de  Sintomas: a toxina inibe a contração muscular,
exercícios físicos. causando paralisia muscular flácida. No diafragma, pode
causar parada respiratória e morte por asfixia.
Streptococcus sp  Prevenção: cuidados com alimentos em conserva e
Cárie não consumo de latas estufadas.
 O consumo de açúcar causa fermentação láctica.
 O ácido láctico causa descalcificação dos dentes, Clostridium tetani: tétano
com surgimento de cavidades.  Bactérias anaeróbicas restritas, se instalando em
 Prevenção: escovação dos dentes, para remoção da objetos enferrujados, terra, estercos...
placa bacteriana.  Transmissão: corte com objetos contaminados com
esporos.
Bacilos  Sintomas: toxina inibe o relaxamento muscular,
Mycobacterium tuberculosis: tuberculose promovendo paralisia muscular rígida. O músculo não
 Transmissão: aerossóis de saliva, secreções buco- consegue relaxar.
nasais, ingestão de leite de gado contaminado.  Causa espasmos musculares: contração forte,
 Só afeta imunodeprimidos, como soropositivos para involuntária e dolorosas, podendo levar a fraturas
HIV, alcóolicos crônico, sendo mais comuns em pessoas ósseas.
mais pobres.  Paralisia muscular na face: sorriso sardônico.
 Sintomas: lesões pulmonares com tosse, hemoptise,  Paralisia muscular do diagrama: paralisia respiratória
indisposição, magreza, pode afetar pele, intestinos, e morte por asfixia.
fígado, ossos, sistema nervoso.  Prevenção: vacina tríplice bacteriana ou vacina
 Prevenção: manter boas condições de saúde, antitetânica.
ambientes arejados, pasteurização do leite, vacinação  O tétano neonatal ou mal dos 7 dias: causa morte
BCG. por asfixia em recém-nascidos, com instrumentos
contaminados utilizados no parto.
Mycobacterium leprae: lepra ou hanseníase
 Transmissão: aerossóis de saliva em micro lesões em Corynebacterium diphteriae: difteria ou crupe
mucosas e pele.  Transmissão: aerossóis de saliva.
 Há baixa transmissibilidade, sem necessidade de  Sintomas: febre, tosse com expectoração, formação
isolar doentes. de pseudomembranas de muco na faringe, podendo

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Biologia
causar obstrução das vias aéreas pelo muco, causando Flagelados
dificuldade de respirar. Trypanosoma cruzi: Doença de chagas
 Prevenção: vacinação.  Transmissão: fezes do inseto hemípero, o barbeiro,
que é hematófago e noturno (normalmente pica a face).
Salmonella typhy: salmonelose ou febre tifoide  Ele pica, suga o sangue e defeca ao lado da picada.
 Transmissão: oral-fecal, ingestão de ovos crus. Ao coçar, puxa-se as fezes com tryp. para a picada,
 Sintomas: febre, disenterias com cólicas e diarreias. acontecendo o contágio.
 Prevenção: saneamento básico, tratamento de água,  O tryp. cai no sangue na forma de mastigota (com
higiene pessoal, lavar frutas e verduras, combater flagelo), nadando até os órgãos-alvo (principalmente o
moscas e baratas. coração), passando a assumir a forma amastigota (sem
 Não há vacina. flagelo, para se reproduzir, originando ninhos de tryp).
 Alguns voltam para a forma mastigota e passa para
Yersinia pertis: peste bubônica ou negra o sangue para serem levados pelo barbeiro quando
 Transmissão: picada de pulga do rato. picar um doente ou um reservatório (gambá, morcego,
 Causou uma grande pandemia em 1347 até 1349, tatu).
facilitada pela falta de saneamento básico, grande  Outras formas de transmissão: sanguínea, sexual,
quantidade de lixo e falta de gatos (mortos pela igreja), amamentação, congênita, digestiva.
matando cerca de 1/3 dos europeus.  Sintomas: sinal de romaña (endema palpebral),
 Sintoma: febre, bubões (gânglios linfáticos inchados, cardiomegalia ou miocardiopatia dilatada (o músculo do
doloridos e com pus, que necrosam e ficam pretos). coração dilata), levando a insuficiência cardíaca. Pode
 Há lesões pulmonares, necrose e cianose das dilatar também o fígado, o baço, o esôfago.
extremidades.  Prevenção: combate ao barbeiro com telas,
 Prevenção: não acumular lixo, desratização. Não há mosquiteiros, inseticidas, evitar desmatamento e
vacina. melhorar as condições de moradia (evitar casas de pau-
a-pique, com parede de barro).
Protozoários
 Reino protista, unicelulares e heterótrofos, sem Leishmania sp: leishmaniose

parede celular.  Transmissão: picada da fêmea do mosquito palha.


 Não existe vacina para nenhuma das doenças  Reservatórios: cães.

causadas por protozoários (exceto para leishmaniose  Sintomas: apatia, anorexia, magreza, queda de pelos,

em cão). úlceras ao redor dos olhos e nas patas, unhas grandes.


 Prevenção: coleiras repelentes, vacina para cães.
1. Mastigophora ou flagellata: com flagelos, como o
trypanosoma cruzi e o leishmania sp. Trichomonas vaginais: tricomoníase
2. Cilliophora ou cilliata: com cílios, como os  Transmissão: sexual, contato da região genital com
paramercium. objetos contaminados.

3. Sarcodinea ou rizopoda: com pseudópodes, como a  Sintomas: em homens, normalmente assintomáticos,

ameba: estamoeba hystolytica. podendo haver uretrite com dor e ardência. Em

4. Sporozoa ou apicomplexa: sem estruturas mulheres, causa vaginite com dor e leucorréia
especializadas para locomoção, se deslocando por (corrimento vaginal esbranquiçada e fétida).
deslizamento – flexões corporais, como o toxoplasma.  Prevenção: não compartilhar roupas íntimas, toalhas,
lençóis, preservativos.

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Biologia
Giardia lamblia: Giardíase
 Transmissão: oral-fecal, água ou alimento
contaminado por fezes.
 Sintomas: disenteria com cólica e diarreias muco-
sanguinolentas.
 Transmissão: saneamento básico, tratamento de
água, higiene pessoal, lavar frutas e verduras.

Ciliados
Paramecium sp: de vida libre, com vacúolo pulsátil ou
contrátil: elimina excessos de água que entram por
osmose para evitar plasmólise.
Toxoplasma gongii: toxoplasmose
 Hospedeiro intermediário: homem ou qualquer
Rizópodes ou sarcodíneos
mamífero.
 Com pseudópodes = amebas.
 Hospedeiro definitivo: gato ou outro felino.
 Transmissão: ingestão de água ou alimentos
Entamoeba hystolytica: amebíase
contaminados com fezes de gatos, ingestão de
 Tratamento: oral-fecal.
leite/carne de gado doente, podendo passar por
 Sintomas: disenterias com cólicas e diarreias.
sangue, por forma sexual, pela amamentação e pela
 Em caso de super-infestações, podem causar lesões
forma congênita.
hepáticas e neurológicas.
 Só afeta imunodeprimidos.
 Sintomas: lesões neurológicas, lesões do nervo
Esporozoários ou apicomplexos
óptico com cegueira.
 Sem estruturas especializadas de locomoção, se
 Prevenção: cuidado com as fezes de gatos.
deslizando para locomover.

Algas
Plasmodium sp: malária
 Autótrofas fotossintetizantes, uni ou pluricelular, sem
 Transmissão: picada da fêmea do mosquito prego
tecidos, vivem em meio aquático ou úmido.
anopheles sp.
 É endêmico em florestas tropicais – região
Classificação
Amazônica.
 Clorofíceas: algas verdes, possíveis ancestrais das
 Hospedeiro intermediário: homem, em que o
plantas terrestres.
parasita faz reprodução sexuada.
 Feofíceas: algas pardas, com maior complexidade
 Hospedeiro definitivo: mosquito, em que o
estrutural.
plasmodium faz reprodução sexual.
 Rodofíceas: algas vermelhas, produzem o ágar-ágar.
 Local de ação: hemácias e fígado.
 Crisofíceas: algas douradas, importantes quanto a
 Sintomas: febres intermitentes, anemia e
capacidade fotossintética. São as mais próximas das
complicações hepáticas.
plantas evolutivamente, pois compartilha as mesmas
 Profilaxia: controle do vetor.
clorofilas A/B, também tendo como reserva nutritiva o
 Pessoas com anemia falciforme apresentam
amido, além da formação da parede celular derivada da
resistência.
lamela média.
 Pirrofíceas: algas cor de fogo, responsáveis pela maré
vermelha.

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Biologia
Importância das algas Adulto: sexualmente maduro.

Ecológica
 Constituintes do fitoplâncton: plâncton = Haplobionte-haplonte

comunidade de seres microscópicos que vivem  Só tem um adulto que é aploide.

flutuando na superfície de mares, rios e lagos. São  Com alternância de gerações.

produtores em ecossistemas aquáticos e os principais  Algas, protozoários, fungos.

produtores de oxigênio da atmosfera.


 Produtoras de DMS que reage com a água da Haplobionte-diplonte

atmosfera, formando o H2SO4, que atrai umidade do ar  Só tem um adulto que é diploide.

formando gotas de chuvas: núcleo de condensação de  Não tem esporos e a meiose fabrica gametas.

nuvens, sendo fundamentais na regulação térmica do  Algas, animais.

planeta.
 Fitoplâncton: constituído de organismos autotróficos Diplobionte ou haplonte-diplonte ou metagênese

fotossintetizantes (algas unicelulares).  Com alternância de gerações.

 Zooplâncton: com organismos heterotróficos (larvas  Algas e plantas.

marinhas, protozoários, microcrustáveos).  Adulto n: gametófito.

 Maré vermelha: pirrófitas ou dinoflageladas: deixam  Esporófito: 2n.

a água vermelha em casos de eutrofização, liberam


neurotoxinas que atavam vertebrados, causando a
morte de peixes, mamíferos, aves.
 Eutrofização: acúmulo de nutrientes em
ecossistemas aquáticos: NPK – é causado pelo excesso
de adubo, derramamento de esgotos domésticos,
petróleo: aumenta a quantidade de algas.

Econômica
 Produtores de polissacarídeos gelatinosos como
ágar, carragena e alginina, que são utilizados como Fungos
meios de cultura para microorganismos, gel de  Eucariontes, unicelulares (leveduras) ou pluricelulares
eletroforese, materiais de moldagem em odontologia, (cogumelões, orelhas-de-pau, mofos), sem tecidos.
maquiagens, espessantes em alimentos (geleias,  Micélio: conjunto de hifas, podendo ser vegetativo,
iogurtes, sorvetes) e produtos de higiene pessoal sem função reprodutiva, ou reprodutivo.
(shampoo, pasta de dente).  Corpos de frutificação: estruturas bastante evidentes,
 Comestíveis: alga do sushi (ricas em vitaminas). especializadas em reprodução, com forma de chapéu
 Fonte de sílica: terra de diatomáceas: aglomerações nos cogumelos (basidiomicetos) ou com forma de taça
de carapaças de diatomáceas mortas. Utilizado nos (ascomicetos).
michochips de computador, vela de filtro, tijolos  Digestão: heterótrofos por absorção, com digestão
brancos. extracorpórea.
 Reserva: glicogênio.
Ciclos de vida  Com parede celular de quitina.
 Haplobionte: só um tipo de adulto.  Reprodução: por esporos, sem gametas.
 Diplobionte: com dois adultos.  Assexuada: cissiparidade, fragmentação,
 Haplonte: com adulto n. brotamento, esporulação.
 Diplonte: com adulto 2n.  Sexuada: com alternância de gerações.

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Biologia
 Ciclo haplobionte-haplonte: com um adulto  Alguns são venenosos, alguns com caráter
haploide. alucinógeno.

Estrutura Micoses
 Superficiais: só atingem a camada córnea da
epiderme, sem dor e sem desconforto: causam manchas
claras ou escuras propensas à descamação, que podem
causar descamação do couro cabeludo (caspa).
 Cutâneas: atingem camadas profundas da epiderme,
causando dor, purido, rachaduras, descamação, coceira
e ferimentos em pele e unha, como o pé-de-atleta ou
frieira.
 Subcutâneas: afetam camadas abaixo da derme,
Importância dos fungos como o músculo, ossos, como a esporotricose.
Ecológica  Sistêmicas: afetam órgãos internos.
 Principais decompositores: saprófagos, detritívoros:  Oportunistas: só atingem imunodeprimidos
consomem matéria orgânica do meio e liberam (crianças, idosos, grávidas, desnutridos, estressados,
produtos inorgânicos, promovendo a reciclagem de soropositivos para HIV, transplantados). Como a
nutrientes. candidíase ou sapinho, que são manchas brancas
 Líquens: algas (cianobactérias ou clorofíceas) + doloridas na boca e/ou outras mucosas, podendo
fungos (ascomicetos ou basidiomicetos): associação causar meningite.
mutualística = alga produz alimento e os fungos
fornecem água a partir da umidade do ar. Classificação
 Líquens são indicadores de poluição, pois morrem 1. Cythridiomycota ou Mastigomycota: organismos
com poucos poluentes e são organismos pioneiros em aquáticos com celulose ao invés de quitina em sua
sucessões ecológicas. Promovem facilitação: facilitam a parede celular.
instalação de outros seres vivos. 2. Zigomycota ou Ficomycota: filo que engloba a
 Micorrizas: raízes + fungos. maioria de bolores de frutos.
3. Ascomycota: produzem ascósporo, esporo
Econômica específico durante a reprodução, e é o filo que se
 Comestíveis: champignon, shitake. inserem a levedura e alguns fungos alucinógenos.
 Produção de alimentos: queijos curados. 4. Basidiomycota: apresentam organização de
 Produção de pães, bolo, álcool: leveduras (fungos “chapéu” ou basídio do corpo de frutificação. Estão
unicelulares – fermento biológico ou levedo de cerveja, neste filo os cogumelos e orelhas-de-pau.
fermentação alcoólica, que produz CO2 e álcool. 5. Deuteromycota: não possuiem reprodução sexuada,
 Doença em plantas: pragas agrícolas como a e onde se inseriam os fungos do gênero Penicillium. No
ferrugem do cafeeiro, podridão parda da batata. entanto, últimas classificações taxonômicas sugerem a
adequação deste gênero em Ascomycota.
Médica
 Produção de medicamentos, como antibióticos
Botânica
(penicilina).
 Imunossupressores: abaixa a imunidade para não
Reino plantae, vegetalia ou metaphyta.
rejeitar transplantes, mas não tanto para não ser
 Eucariontes, pluricelulares com tecidos.
infectado com doenças oportunistas.
 Auto foto com clorofilas a e b.
 Reserva: amida.
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Biologia
 Com parede celular de celulose: derivada de Pteridófitas
fragmoplastos/lamela média do golgi.  Vasculares, cormófitas, criptógamas, embriófitas.
 Sem locomoção, sem sensibilidade (pro mesmo
estímulo, sempre a mesma resposta. Gimnosperma
 Com crescimento indefinido: por toda a vida.  Vasculares, carmófitas, fanerógmas, sifonógamas.
 Apomorfia (característica exclusiva e comum a todos  Espermatófitas, embriófitas.
do grupo): embrião maciço de nutrição matrotrófica:
dependente da mãe. Angiosperma
 Algas não são plantas, mas protistas: uni ou  Vasculares, carmófitas, fanerógmas, sifonógamas.
pluricelulares sem tecidos e sem embrião.  Espermatófitas, embriófitas, com flores e frutos.

Termos usados
 Avascular ou atraqueófitas: sem vasos condutores de
seiva, com distribuição por difusão célula a célula, o que
é ineficaz a longas distâncias, portanto, devem ser
pequenas quando são terrestres.
 Vasculares ou traqueófitas: com vasos condutores de
seiva. O xilema ou lenho: com seiva bruta inorgânica,
com água e sais minerais. O floema ou líber: com seiva
elaborada orgânica, com material orgânico.
 Talófitas: corpo é um talo, não diferenciado em raiz,
caule e folha, com rizoide, caule e filoide (sem vasos). Evolução das plantas
 Cormófitas: corpo é um cormo, diferenciado em raiz, Meio aquático
caule e folha (com vasos).  Vantagem: abundância de água, estabilidade
 Criptógamas: estruturas reprodutivas não evidentes, térmica, sustentação.
com gameta masculino flagelado, dependendo da água  Desvantagem: poucos gases dissolvidos, poucos sais
para reprodução, sobrevivendo apenas em meios (N, K, P), pouca luz.
úmidos.
 Fanerógamas: estruturas reprodutoras bem Meio terrestre
evidentes, com estróbilos em gimnospermas e com  Vantagem: muitos gases na atmosfera, muitos sais,
flores em angiospermas. Apresentam gameta masculino muita luz.
não flagelado, transportado pelo pólen.  Desvantagem: escassez de água, risco de
 Sifonógamas: com tubo polínico. desidratação, variação térmica, sem sustentação.
 Espermatófitas: com semente.
 Gimnosperma: com semente nuca, sem fruto. Adaptações para o meio terrestre
 Angiosperma ou antófitas: com semente protegida,  Raízes/rizoides: para absorver água e fixar.
com fruto.  Vasos: para transportar rapidamente a água para
 Embriófitas: com embrião maciço de nutrição compensar as perdas de evaporação.
matrotrófica.  Estruturas impermeabilizantes: cutículas e súber, que
evitam perdas na evaporação.
Algas  Estômatos: transpiração (perda de água na forma de
 Avasculares, talófitas, criptógamas, não embriófitas. vapor), para eliminar calor: regulamentação térmica.
 Estruturas de sustentação: colênquima, xilema,
Briófitas esclerênquima.
 Avasculares, talófitas, criptógamas, embriófitas.

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Biologia
 Estruturas reprodutoras independentes da água:  O pinheiro tem que produzir muito polén para
pólen, com gametas masculinos não flagelados aumentar as chances de polinização.
(transportado por vento, insetos, aves...).
Flores: com atrativos, pétalas coloridas, perfumadas e
Briófitas com nectários: com néctar açucarado.
 Primeiras plantas terrestres.  Com polinização zoófila: por animais, o que garante
 Avasculares: de pequeno porte. que o pólen vá para outra planta.
 Com rizoide, cauloide e filoide.  Polinização entomófila: insetos.
 Sem estruturas impermeabilizantes desenvolvidas:  Ornitófila: aves.
com alto risco de ressecação: só conseguem viver em  Quiropterófila: morcegos.
meios sombreados.
 Dependem da água para reprodução: só conseguem Em meios frios, há poucos animais, de modo que só há
viver em ambientes úmidos. vento como polinizante.
 Primeiras embriófitas: “anfíbios” do reino vegetal.  Gimnosperma se adaptam bem a meios frios.
 Em meios quentes, há muitos animais como
Pteridófitas polinizantes, prevalecendo mais angiospermas.
 Primeiras plantas terrestres e em meios ensolarados.
 Primeiras vasculares: de maior porte. Fruto
 Com raiz, caule folha.  Proteção da semente.
 Com estruturas impermeabilizantes desenvolvidas:  Atrai animais que comem os frutos e descartam a
com baixo risco de ressecação: podem viver em meios semente, promovendo a dispersão da semente.
com sol.  Anemocoria: vento.
 Dependem de água para reprodução: só vivem em
meios úmidos. Introdução à reprodução vegetal
Ciclo diplobioute ou haplonte-diplonte
Gimnospermas  Com dois adultos, n e 2n.
 Primeiras plantas terrestres e em meios ensolarados  Alternância de geração ou metagênese.
e secos.  Esporófito: 2n, produzindo esporos.
 Vasculares, com raiz, caule e folha.  Gametófitos: n, produzindo gametas.
 Com estruturas impermeabilizantes desenvolvidas.
 Primeiras fanerógamas, com estróbilos (pinha), com Gametângios
grão de polén para transportar gametas masculinos não  Anterídios: órgão que fabrica gametas masculinos.
flagelados. Não dependem de água para reprodução.  Arquegônios: órgão que fabrica gametas femininos.
 Com tubo polínico e com semente (nua).  Anterozoides: gametas masculinos.
 Oosfera: gametas femininos.
Angiosperma
 As mesmas características das gimnospermas, com Esporófito
duas novidades evolutivas.  Plantas heterosporadas, os gametas femininos são
 Apresentam flores e frutos. maiores que os masculinos: algumas pteridófitas,
 São 90% das plantas atuais. gimnospermas e angiospermas.
 Plantas isosporadas apresentam esporos unissex:
Estróbilo: sem atrativos, com polinização anemófila, briófitas e maioria das pteridófitas.
pelo vento.  Micro ou andros: esporângios masculinos.
 O vento é aleatório, não garantindo que o pólen vá  Megas ou ginos: esporângios femininos.
para outra planta.  Micros ou andros: esporos masculinos.

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Biologia
 Megas ou ginos: esporos femininos. Ciclo reprodutor

Pteridófitas
 Samambais e avencas.

Ciclo reprodutor

 Gametófito sofre meiose, origina gametas n.


 Ocorre a fecundação e a formação do zigoto 2n, que
cresce e se transforma no esporófito.
 O esporófito produz esporos n através da meiose,
que germinam e formam o gametófito.
 Fase duradoura: esporófito em todas as plantas, de
menos nas briófitas.
 Fase passageira ou efêmera: gametófito em todas as
plantas, de menos nas briófitas. Ele nunca tem estruturas
impermeabilizantes desenvolvidas, sempre com risco de
ressecação e sempre em meio úmido.
 A redução do gametófito reduz a dependência de
meios úmidos, aumentando a possibilidade de viver em
meios mais secos. Gimnosperma
 Em gimnospermas ou angiospermas, o gametófito é
 Pinheiros, araucárias, ciprestes, sequoias.
tão reduzido que se forma dentro do esporo:
 Formam florestas densas.
desenvolvimento endospórico do gametófito.
 Importância: principal componente da vegetação
taiga ou floresta de coníferas, em regiões subpolares.
Briófitas
 Musgos, hepáticas, antóceros.
Ciclo reprodutor
 Importância: principais componentes (junto com
líquens) da vegetação tundra, em regiões polares.

Estrutura

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Biologia
Angiosperma Sementes
 Com frutos, que promovem a dispersão da semente.  São formadas a partir do desenvolvimento do óvulo
 Com flores, que promovem a polinização que é fecundado, sendo que, em angiospermas, a semente é
zoófila, feita por animais. formada por tegumento e amêndoa.
 As flores das gramíneas são discretas pois não
precisam de atrativos para polinização, já que são
polinizadas pelo vento.
 Feijões são sementes, não grão.

Cotilédone: folha modificada no embrião com reservas


nutritivas.

Fruto
Hermafrodita: com flor monóica.
 Origem do fruto: a partir do ovário após a
Monoica: com flor feminina e masculina no mesmo pé.
fecundação.
Dioica: com flor masculina e feminina em pés diferentes.
 São estruturas auxiliares no ciclo reprodutivo das
 A autofecundação é reprodução sexuada porque
angiospermas: protegem as sementes e auxiliam em sua
tem variabilidade genética, porém essa é baixa.
disseminação.
 Correspondem ao ovário desenvolvido, o que
Eevitar a autofecundação e aumentar a variabilidade
geralmente ocorre após a fecundação.
genética
 No fruto, a parede desenvolvida do ovário passa a
 Amadurecimento das partes sexuais em épocas
ser denominada pericarpo, enquanto que o óvulo passa
distintas.
a ser a semente, de modo que o fruto é formado por
 Hercogamia: barreira física impedindo.
pericarpo e semente.
 Autoesterilidade: quando há autofecundação forma
embriões inviáveis.
 Pseudofruto simples: proveniente do
desenvolvimento do pedúnculo ou do receptáculo de
Monocotiledôneas
uma só flor com um só ovário. Exemplos: caju (o caju
 1 cotilédones.
vem do pedúnculo; a castanha é o verdadeiro fruto).
 Raiz fasciculada ou “em cabeleira”, melhor para solos
 Pseudofruto composto: proveniente do
superficiais.
desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, com
 Com nós evidente, como nas palmeiras. (Nó = local
muitos ovários. Exemplo: morango (proveniente do
do caule para produção de ramos).
receptáculo; os pontinhos marrons na superfície do
 Xilema e floemas difusos.
morango são os verdadeiros frutos).
 Flores trímeras, com estruturas múltiplas de 3.
 Pseudofruto Múltiplo ou Infrutescência: proveniente
 Gramíneas, palmáceas, orquídeas.
do pedúnculo ou do receptáculo deflores agrupadas em
uma inflorescência. Exemplos: amora, abacaxi, figo.
Dicotiledônias
 2 cotilédones. Pericarpo
 Raiz axial ou pivotante, melhor para solos profundos.
1. Epicarpo: mais externo, sendo a casca.
 Sem nós evidentes.
2. Mesocarpo: médio, sendo a região mais
 Xilema por dentro e floema por fora em anéis.
desenvolvida e que acumula substâncias de reserva.
 Com flores tetrâmeras ou pentâmeras, com
3. Endocarpo: mais interno, envolvendo a semente.
estruturas em múltiplos de 4 ou 5.
 Leguminosas.

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Biologia
2. Vitalidade: fato de que o embrião esteja vivo, o que
é obviamente essencial à germinação.
3. Boa constituição ou integridade: presença de todos
os elementos da semente bem constituídos. Caso algum
componente esteja ausente ou danificado, pode ocorrer
um desenvolvimento incompleto da semente, que fica
Frutos partenocárpicos: são frutos que não possuem atrofiada e não adquire seu poder germinativo.
sementes, sendo que o ovário se desenvolve em fruto Somente uma semente íntegra em sua constituição
sem que haja a fecundação do óvulo. Sem a fecundação consegue germinar.
do óvulo, não há a formação das sementes.
 O principal exemplo é a banana, cuja versão Condições externas ou extrínsecas: são as que se
selvagem é diploide (2n), com meiose normal, células referem ao meio em que se desenvolverá a semente.
sexuais viáveis e fecundação do óvulo, apresentando, Depois de satisfeitas as condições internas, as sementes
pois, semente. No entanto, a banana regularmente só germinam se lhes forem satisfatórias as condições
utilizada na alimentação é uma versão triploide (3n) mesológicas (isto é, do meio), no que se refere à
surgida por mutação, com meiose anormal, células temperatura, água, ar (oxigênio) e luz.
sexuais inviáveis e sem fecundação do óvulo, não
apresentando, pois, semente, de modo que os  Sementes fotoblásticas positivas → dependem da luz
“pontinhos pretos” dentro da banana são os óvulos não para germinar.
fecundados. Como não produz sementes, a bananeira  Sementes fotoblásticas negativas → germinam no
triploide somente pode se reproduzir assexuadamente. escuro.

Estiolamento: crescimento acelerado de caules e folhas


sem clorofila em busca de luz.

Quiescência
 Fenômeno pelo qual a semente germina diante de
requisitos mínimos de água, temperatura, ar e luz.
 Para que uma semente germine, ela precisa de
condições favoráveis, caso contrário, elas podem
permanecer vivas, mas inativas, em nível metabólico
extremamente baixo, estado denominado quiescente.

Dormência: ao fenômeno pelo qual a semente não


germina mesmo diante dos requisitos mínimos de água,
temperatura, ar e luz, precisando de condições especiais
Germinação para ativar a germinação.

Condições  Em muitos vegetais, mesmo que as condições

Condições internas: são aquelas que dependem da mínimas preencham os requisitos básicos para a

própria semente: maturidade, vitalidade e boa germinação as sementes não germinam, necessitando

constituição. dessas condições especiais.

1. Maturidade completo desenvolvimento da semente  Neste caso, dizemos que tais sementes se encontram

e de seu embrião. Esta maturidade da semente nem em atividade metabólica muito baixa, em estado de

sempre corresponde à maturidade do fruto. dormência, só podendo retomar seu metabolismo

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Biologia
diante dessas referidas condições especiais, que são tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima, e
eventos capazes de quebrar a dormência. aos tecidos de assimilação e reserva, parênquimas.
3. Procâmbio: forma o sistema vascular,
Para quebrar a dormência correspondente aos tecidos de condução, xilema e
 Algumas sementes precisam de um período de floema.
exposição ao frio, como ocorre com plantas que vivem
em regiões temperadas. Essas sementes permanecem  Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão
dormentes até passar o inverno germinando apenas origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes
quando as condições do meio se tornam mais favoráveis primários: epiderme, colênquima, esclerênquima,
ao crescimento da planta. parênquimas, xilema e floema.
 Entre o xilema e o floema, permanece tecido

Histologia vegetal meristemático indiferenciado com o nome de câmbi


(intra) fascicular.

Tecidos meristemáticos
Meristema secundário
 Logo ao germinar, uma semente mostra na
 Em raízes e caules de plantas adultas de
extremidade do caulículo e da radícula um tecido, o
gimnospermas e da maioria das angiospermas
meristema primordial, responsável pelo crescimento,
dicotiledôneas, os parênquimas sofrem
cujas células estão em contínuas mitoses.
desdiferenciação e dão origem a meristemas
 Na região vizinha ao meristema, subterminal, já são
secundários, denominados felogênio e câmbio
visíveis as células em alongamento e logo depois a de
interfascicular.
diferenciação, pois aparecem diferentes tipos celulares
 O câmbio (intra) fascicular volta a ter atividade
como, por exemplo, os primeiros vasos condutores, na
meristemática como meristema secundário.
região central, tanto do caule quanto da raiz.
 Os meristemas secundários são responsáveis pelo
 As células meristemáticas são pequenas, de núcleo
crescimento transversal (em espessura) de raízes e
grande e profundamente indiferenciadas, sendo
caules de plantas adultas em alguns grupos vegetais
capazes de se multiplicar de maneira indefinida, o que
(gimnospermas e a maioria das angiospermas
garante o crescimento ilimitado da planta, bem como
dicotiledôneas, com exceção das dicotiledôneas de
sendo capazes de se diferenciar em qualquer outra
pequeno porte).
célula do vegetal -totipotentes.

1. Felogênio ou câmbio suberógeno: derivado do


Meristema primário
parênquima cortical (do córtex, região mais externa) de
 São os responsáveis pelo crescimento longitudinal
caule e raiz, origina súber para fora e feloderma para
(em comprimento) da planta.
dentro.
 Eles se localizam nas regiões apicais da planta: ápice
2. Câmbio interfascicular: derivado do parênquima
do caule e sub-ápice da raiz.
medular (da medula, região mais interna) de caule e raiz,
 O ápice da raiz é ocupado por um tecido especial
origina mais xilema e mais floema, denominados agora
denominado coifa ou caliptra, que protege o meristema
xilema e floema secundários. Esse se forma entre grupos
subapical radiculado do atrito com o solo durante a
de tecidos condutores, formados por xilema, floema e
penetração da raiz no mesmo, o que é fundamental
câmbio (intra) fascicular (dentro do espaço entre xilema
para a sobrevivência das células meristemáticas.
e floema).

1. Protoderme: (mais externo), forma o sistema de


 Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão
revestimento primário, correspondente à epiderme.
origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes
2. Meristema fundamental ou periblema: (médio),
forma o sistema fundamental, correspondente aos

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Biologia
secundários: súber, feloderme e xilema e floema 4. Hidatódios: realizam a sudação (perda de gotículas
secundários. de água nas bordas de certas folhas).
 Se as células meristemáticas mostram uma
permanente capacidade de efetuar as mitoses, Súber
promovendo um contínuo crescimento, o tecido é  Possui várias camadas de células.
chamado meristema primário.  Células suberificadas (mortas).
 Se ao contrário eles passam por um período sem  Aclorofilado.
mitoses, retomando essa capacidade de crescimento em  Chamado de cortiça vegetal.
certos períodos, falamos em meristemas secundários.  Está presente em raízes e troncos de árvores (plantas
com crescimento secundário).
Tecidos adultos ou permanentes  Funciona como isolante térmico.
1. Sistema de revestimento, tegumentar ou de  Apresenta lenticelas (realizam trocas gasosas) e
proteção: tecidos mais externos da planta; na estrutura ritidomas (troca periódica do súber).
primária, corresponde à epiderme, na estrutura
secundária, corresponde à periderme (conjunto de Tecidos de sustentação
súber, felogênio e feloderme).  São tecidos primários.
2. Sistema fundamental: parênquimas (tecidos de  Origem a partir do meristema fundamental ou
preenchimento, assimilação e reserva) e o colênquima e periblema.
o esclerênquima (tecidos de sustentação).  São eles: colênquima e esclerênquima.
3. Sistema vascular (ou cambial): tecidos de condução,
xilema e floema, como os câmbios que os dão origem. Colênquima
 Tecido flexível e muito resistente.
Origem dos tecidos de revestimentos:  Possui células vivas reforçadas por celulose.
 Epiderme (tecido primário) é originada da
Protoderme (meristema primário). Esclerênquima
 Periderme (revestimento secundário) é originada do  Tecido rígido e muito resistente.
Felogênio (meristema secundário).  Possui células mortas reforçadas por lignina.
 Reveste os feixes vasculares e os caroços de alguns
Funções gerais dos tecidos de revestimentos frutos.
 Proteção.
 Trocas gasosas. Tecidos condutores
 Possui origem a partir dos meristemas:
Epiderme
 Formada por uma camada de células. 1. Procâmbio (meristema primário): origina xilema e
 É delgada. floema primário.
 Aclorofilada. 2. Câmbio vascular (meristema secundário): origina o
 Possui células vivas. xilema e o floema secundário.
 Está presente em partes vegetais jovens.
Xilema ou lenho
Anexos da epiderme:  Condução da seiva bruta ou mineral.
1. Pelos: podem apresentar função absorvente (como  Possui fluxo ascendente (raiz → folhas).
nas raízes) ou função secretora (tricomas das folhas).  Possui células reforçadas de lignina (células mortas).
2. Estômatos: realizam as trocas gasosas nas folhas.  Principais células: traqueídes e elementos de vaso.
3. Acúleos: função protetora nos caules de certas
plantas.

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Biologia
Floema ou líber 2. Reserva: armazena substâncias diversas, tais como
 Condução da seiva elaborada ou orgânica. água (parênquima aquífero), ar (aerífero) e amido
 Possui fluxo descendente (folhas → raiz). (amilífero).
 Possui células reforçadas de celulose (células vivas). 3. Secretor: produção e secreção de néctar
(parênquima nectário) ou de substâncias urticantes
Disposição dos tecidos de condução: anel (parênquima urticário).
de Malpighi
 Demonstra o papel do floema na condução das Tecidos vegetais de secreção
substâncias orgânicas elaboradas nas folhas. Um anel da 1. Nectários: produzem néctar, que se torna um
casca de um ramo é cortado e removido. A casca atrativo para polinizadores.
contém periderme, parênquima e floema, e se descola 2. Canais resiníferos: produzem resina, que tem função
exatamente na região do câmbio vascular, um tecido de proteção contra herbivoria.
frágil e delicado situado entre o floema (mais externo) e 3. Laticíferos: produzem látex, utilizado na indústria
o xilema, que forma a madeira do ramo. para fazer a borracha, mas tem função de proteção e
 A interrupção do floema provoca acúmulo de cicatrização das plantas.
substâncias orgânicas na extremidade do ramo. Após
algumas semanas da retirada do anel de Malpighi nota-
Raiz
se um engrossamento da região acima do corte, devido  Órgão vegetativo, normalmente subterrâneo, para
ao acúmulo da seiva elaborada. A retirada de um anel absorção e fixação.
de Malpighi do tronco de uma árvore acaba por matá-  Com até 5 regiões:
la, em virtude da falta de substâncias orgânicas para a
nutrição das raízes. 1. Coifa: para proteger o meristema subapical da raiz
do atrito com o solo.
2. Zona meristemática ou de divisão: com meristemas
prismáticos, com células em mitose: hiperplasia.
3. Zona de elongação ou lisa: com meristemas
prismáticos, com células em elongação: hipertrofia.
4. Zona de diferenciação ou de absorção: com tecidos
adultos prismáticos, com epiderme que apresenta pelos
absorventes.
5. Zona de ramificação ou suberosa: forma raízes
secundárias, com tecidos secundários, com súber
(impermeabilizantes). Não são encontradas em todas.

Parênquimas
 Tecidos primários originados do meristema primário.
 Preenchem os espaços.
 Armazenam substâncias.
 Realizam fotossíntese ou assimilação.
 Secretam substâncias.

Tipos de parênquimas:
1. Assimilador ou clorênquima: localizado nas folhas e
realizador de fotossíntese.

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Biologia
Absorção: zona pilífera  Raiz-escora ou suporte: aumenta a fixação em solos
 A endoderme apresenta uma bomba de sais que instáveis, como o milho e a Rizophora mangle (planta
promovem o transporte ativo de sais para o xilema, que de mangue).
fica hipertônico e atrai água por osmose.  Raiz estrangulante: enrola-se no caule de uma planta
suporte e acaba estrangulando-a, como a mata-pau.
Seca fisiológica: impossibilidade de absorção de água  Raiz respiratória ou pneumatóforo: contém poros
mesmo havendo água no meio. que permitem as trocas gasosas fora do solo.
 Excesso de sais no solo: solo fica hipertônico em  Raiz tabular: Projeta-se da base do caule
relação ao xilema e, assim, o xilema perde água por aumentando sua fixação no solo, lembrando madeiras
osmose e a planta desidrata. ou tábuas. Exemplos: figueira;
 Excesso de adubos.  Raiz grampiforme: fixa-se em superfícies por meio de
 Excesso de água no solo: pouco oxigênio, não expansões que lembram grampos.
havendo respiração aeróbica. A raiz faz respiração,  Raiz velame: retiram água e minerais da umidade do
portanto, precisa do oxigênio. Sem, diminui a produção ar, como as epífitas.
de ATP, não havendo transporte ativo para o xilema e
esse não fica hipertônico, não absorvendo água por Raízes aquáticas
osmose: “morrendo afogada”.  Realizam a fixação da planta no substrato ou possui
 Água do solo congelada: raiz somente absorve água parênquima aerífero desenvolvido que permite sua
líquida, não absorvendo gelo. flutuação, como a aguapé.

 Em épocas de seca, as plantas caducifólias/decíduas Regiões da raiz a partir de um corte transversal


perdem folhas para reduzir a perda de água por  Epiderme: tecido de revestimento.
evaporação/transpiração.  Córtex: região de preenchimento logo adjacente à
epiderme.
Principais raízes  Cilindro central: origina os tecidos condutores.
 Raiz axial ou pivotante: presente em gimnospermas  Periciclo: origina as raízes secundárias.
e angiospermas dicotiledôneas.  Endoderme: regula o fluxo de minerais (íons) em
 Raiz fasciculada ou em cabeleira: presente em direção ao xilema. Apresenta as estrias de Caspary
angiospermas monocotiledôneas. (cinturão de entre as células de endoderme).

Caules
 Normalmente aéreo, para sustentação, condução e
formação de folhas.
 Com gemas ou botões vegetativos: meristemas
apicais e laterais, que promovem o crescimento primário
(em comprimento) e formam ramos (galhos, folhas,
flores, frutos e raízes adventícias), respectivamente.
 Nó: ponto do caule que apresenta uma gema.
Raízes subterrâneas  Exemplo: batata-inglesa.
 Raiz tuberosa: armazena nutrientes de reserva, como  Os xilemas mais internos são mais velhos, servindo
o amido. Exemplos: batata-doce, mandioca e cenoura. de sustentação e não mais transporte.

Raízes aéreas
 Raiz sugadora ou haustório: presente em plantas
parasitas, como a erva-de-passarinho.

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Biologia
Dendrocronologia: cálculo da idade da planta pela
contagem dos anéis de crescimento, ou seja, anéis de
xilema no caule.

Folhas
 Para fotossíntese e trocas gasosas.
 Com grande superfície para aumentar a captação da
luz e pequena espessura para facilitar a difusão de
gases.

Caules eretos
 Haste: caule fino, flexível e clorofilado: pé-de-feijão.
 Tronco: caule com crescimento secundário e
Classificação das folhas quanto ao limbo
ramificações na parte superior: ipê.
Simples: limbo único, sem divisões: folha de mangueira.
 Colmo: caule com divisão nítida de nós e entrenós:
Composta: limbo múltiplo, com divisões: coqueiro.
bambu e cana-de-açúcar.
 Estipe: caule com presença de nós e entrenós apenas
Folhas modificadas
externo e com um tufo de folhas a partir do topo:
 Espinho: folhas pontiagudas e recobertas por uma
palmeira.
grossa camada de cera: cacto.
 Cladódio: caule suculento e clorofilado: cacto.
 Brácteas: folhas com aspecto coriáceo.
 Cotilédones: folhas embrionárias que armazenam
Caules rastejantes
e/ou transferem nutrientes ao embrião no interior da
 Sarmento: apresenta apenas um ponto de fixação no
semente: sementes de angiospermas.
solo: aboboreira.
 Sépalas: folhas modificadas que protegem a base
 Estolho: apresenta vários pontos de fixação no solo:
das flores.
morangueiro.
 Pétalas: folhas normalmente coloridas que atraem os
agentes polinizadores.
Caules trepadores ou volúveis
 Gavinhas: folhas com função de fixação de caules
 Crescem sobre superfícies eretas: chuchu.
trepadores a superfícies eretas: maracujá.
 Catáfilos: folhas subterrâneas e aclorofiladas: cebola
Caules subterrâneos
e alho.
 Rizoma: crescem rente ao solo de maneira
subterrânea. Exemplos: samambaia e bananeira;
Folhas xerófitas
 Tubérculo: armazenam substâncias de reserva como
 Certas plantas que vivem em climas áridos
o amido: batata inglesa e inhame.
apresentam folhas coriáceas, ou seja, mais espessas,
 Bulbo: contém folhas subterrâneas aclorofiladas
com cutícula espessa e epiderme multiestratificada para
chamadas catáfilos: alho e cebola.
reduzir as perdas de água por evaporação e duas ou
três fileiras de células no parênquima paliçádico de suas
Caules aquáticos
folhas para proteção contra excessos de luz.
 Desenvolvem-se sob a água sendo ricos em
parênquima aerífero. Exemplos: vitória-régia e aguapé.

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Biologia
Papel e importância da fotossíntese  Concentração de CO2 no mesófilo foliar.
 Garante a síntese de compostos orgânicos a partir de  Variação na temperatura.
substâncias inorgânicas, tendo a luz como fonte
primária de energia.  Com luz, tem fotossíntese: estômatos abrem, captam
CO2 mas perdem água.
Trocas gasosas e transpiração  Sem luz, sem fotossíntese: estômatos fecham e a
 Perda de água na forma de vapor para eliminação de planta não perde água por transpiração.
calor e para promover a subida de seiva bruta.  Em ambientes com muita água os estômatos abrem,
 Transporte cuticular ou evaporação: pela epiderme, visto que não há risco de ressecação.
não regulável pela planta.  Com muita luz e pouca água: os estômatos fecham.
 Transpiração estomática: pelos estômatos da
epiderme, regulável pela planta através da abertura e do Gutação ou sudação
fechamento dos estômatos.  Eliminação de água líquida por hidatódios.
 As trocas gasosas estão relacionadas aos tecidos de  Elimina excessos de água do solo para evitar asfixia
revestimento: da raiz.
1. Epiderme: revestimento primário.  Ocorre quando há muita água no solo, muito
2. Periderme: revestimento secundário. oxigênio e pouca luz, visto que, se houver luz, os
estômatos estão abertos e os excessos de água são
Epiderme e seus anexos eliminados pela transpiração.
 Pelos: podem apresentar função absorvente (como
nas raízes) ou função secretora (tricomas das folhas).
Nutrição vegetal
 Estômatos: realizam as trocas gasosas nas folhas.  Autótrofas fotossintetizantes: produzem matéria
 Acúleos: função protetora nos caules de certas orgânica a partir de matéria inorgânica e energia
plantas. luminosa.
 Hidatódios: realizam a sudação (perda de gotículas  Não conseguem absorver matéria orgânica que não
de água nas bordas de certas folhas). produziram (do meio).
 A partir da glicose a planta produz as demais
Estômatos moléculas orgânicas, como as proteínas, os
 Para transpiração estomática e para a captação de aminoácidos, os nucleotídeos e os ácidos nucleicos.
CO2 para a fotossíntese.  Macronutrientes: necessários em grande quantidade
1. Duas células-guardas (clorofiladas). pela planta, como o NPK.
2. Duas células anexas (aclorofiladas).  Micronutrientes: necessários em pequena
3. Ostíolo: fenda formada pelo estômato aberto. quantidade pela planta, como o zinco, o ferro e o
manganês.
Quanto à localização na folha  Mg: clorofila.
 Folha hipostomática: estômatos localizados na  K: principal íon positivo vegetal, necessário para
epiderme inferior. equilíbrio osmótico.
 Folha epistomática: estômatos localizados na  Ca: regula a permeabilidade de membranas e entra
epiderme superior. na lamela média.
 Folha anfistomática: estômatos localizados na  Mg: clorofila.
epiderme superior e na epiderme inferior.  Cofatores enzimáticos: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn.

Funcionamento do estômato (influenciados por fatores) CO2 + H2O = glicose + O2


 Disponibilidade de água (mecanismo hidroativo).
 Disponibilidade de luz (mecanismo fotoativo).

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Biologia
Fertilizantes  Controle da luz, da temperatura, de pragas: implica
 Orgânicos, como estrumes e húmos, que são no menor uso de inseticidas.
decompostos por bactérias decompositoras, que  Economia de água: menor taxa de evaporação
quebram as moléculas orgânicas em inorgânicas, que quando comparada a agricultura convencional (com
podem ser aproveitados pela planta. irrigação).
 Melhoram a textura do solo.
 Auxiliam na retenção de água. Irrigação
 Aspersão: menor curso e maior evaporação.
Adubos  Gotejamento: menor evaporação, maior custo,
 Inorgânicos, ou seja, sais minerais prontos, como o menor desperdício de água.
NPK.
 Permitem um maior controle das quantidades de Absorção de água e sais minerais
nutrientes oferecidos.  Nas raízes, através dos pelos absorventes na
epiderme.
Plantas carnívoras  O tecido endoderme da raiz bombeia sais para o
 São adaptadas a solos pobres em sais minerais xilema, que fica hipertônico e atrai água por osmose.
(NPK), obtendo sais a partir de pequenos animais:
insetos, pequenos vertebrados. Condução de seiva bruta
 Elas fazem fotossíntese, obtendo apenas sais dos  No xilema ou lenho, da raiz para as folhas, ou seja,
animais capturados, não obtendo matéria orgânica ascendente.
deles.
 Algumas fazem fotossíntese e também obtém Capilaridade: subida espontânea de água por tubos
pequenas moléculas orgânicas simples, a partir dos muito finos, os capilares.
animais capturados: mixotróficas.  A água adere a parede do tubo devido ao
 Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas movimento cinético natural das moléculas de água.
apresentam solos pobres, com alta umidade e, devido à  Só funciona até 0,5m, com mais a coluna de água
alta temperatura, bactérias decompositoras está muito pesada, não sendo possível empurrar ainda
decompõem rapidamente as moléculas orgânicas em mais.
sais, que são rapidamente absorvidos pelas raízes das
plantas, se acumulando nelas e não no solo. Pressão positiva ou impulso da raiz: a pressão da
entrada de água por osmose empurra a seiva para cima
Hidroponia no xilema.
 Cultivo em soluções salinas aeradas = água, sais e  A endoderme da raiz bombeia sais para o xilema,
oxigênio, sem solo. que fica hipertônico e atrai água por osmose.
 A raiz não faz fotossíntese e sim respiração, portanto,  Só acontece em algumas espécies.
quando tem muita água no solo não tem oxigênio e a
raiz morre por asfixia. Tensão – coesão de Dixon
 Para funcionar, deve haver um mecanismo para  A água que sai pela transpiração da planta puxa
oxigenar a água: pode ser corrente, assim, o movimento outra molécula de água: tensão, que estão ligadas por
da água com o ar faz com que tenha oxigênio. pontes de hidrogênio: coesão.
 Para plantas de pequeno porte  Em todas as plantas.

Vantagens: maior controle das doses de nutrientes. Movimentos vegetais


 Cultivo em pequenos espaços, inclusive fechados. 1. Tactismos: deslocamento.
2. Tropismos: crescimento orientado.

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Biologia
3. Nastismos: movimentos não orientados.  Por transporte ativo, do caule para a raiz.
4. Blastismos: movimento de germinação da semente.  Raízes são mais sensíveis às auxinas do que os caules.

Estímulos ambientais Efeitos


1. Luz: foto.  Dominância apical: inibição das gemas laterais.
2. Contato: tigmo.  Tropismos: movimentos de curvatura vegetal.
3. Substâncias químicas: quimio.  Formação de raízes adventícias: a partir de ramos
4. Gás oxigênio: aero. cortados.
5. Força da gravidade: geo.  Desenvolvimento de frutos: a partir do ovário da flor.
 Abscisão de folhas e frutos: queda programada em
Tactismos períodos ou situações específicas.
 Fototactismos: cloroplastos.
 Quimiotactismos: anterozoides. Fototropismo
 Aerotactismo; bactérias aeróbias.  Planta cresce direcionada por uma fonte de luz.
 O caule é positivo, crescendo em direção à fonte
Tropismos luminosa, enquanto a raiz apresenta o negativo,
 Fototropismo: caules (fototropismo positivo) e raízes crescendo no sentido contrário ao sentido da luz.
(fototropismo negativo).  Numa planta iluminada unilateralmente, o caule se
 Tigmotropismo: gavinhas do chuchu. curva em direção à luz, e a raiz se curva no sentido
 Geotropismo: raízes (geotropismo positivo) e caules contrário. Isso ocorre porque a luz promove a migração
(geotropismo negativo). de auxina para o lado não iluminado.

Nastismos
 Fotonastismo: dama-da-noite.
 Tigmonastismo: planta carnívora.

Blastismos
 Sementes fotoblásticas: positivas (necessitam de
exposição à luz para germinar) e negativas (necessitam
de total escuridão para germinar).

Hormônios vegetais: fitormônios


Geotropismo
 Mensageiros químicos produzidos por um grupo de
 A planta cresce direcionada pela gravidade, ou seja,
células que agem em outro grupo de células, não
direcionada pela posição do centro da Terra.
necessariamente transportados pela seiva.
 O caule possui negativo, crescendo em sentido
Auxinas contrário ao da gravidade, enquanto a raiz apresenta

 Principal hormônio do crescimento: estimula a positivo, crescendo no sentido da gravidade.

produção de enzima que degradam celulose na parede  Uma planta mantida na horizontal apresentará em

celular, que fica mais flexível, entra água por osmose e seu caule uma curvatura para cima e em sua raiz uma

promove o crescimento. curvatura pra baixo. Isso ocorre porque a gravidade faz

 Por hipertrofia e hiperprasia. com que os líquidos do corpo da planta – onde a auxina

 Produção: meristema apical do caule, meristemas estará – se acumulem na parte mais inferior da planta.

laterais do caule, folhas jovens, flores, frutos e meristema Assim, haverá mais auxina na parte inferior da planta

subapical da raiz. que na sua parte superior.

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Biologia
 Caso a planta mantida na horizontal seja Citocininas
acondicionada a um dispositivo giratório que a faça  Promovem o crescimento por hiperplasia: divisão
girar ao longo de seu eixo longitudinal, passará a celular.
ocorrer uma distribuição homogênea de auxinas por  Produzidas principalmente nas raízes.
todo o corpo da planta, e o geotropismo não mais serás  É transportada pelo xilema.
percebido, pois ele se origina exatamente da  Promovem a germinação das sementes.
distribuição heterogênea dessas substâncias em certas  Inibem a senescência da planta (envelhecimento),
partes da planta. “hormônio da juventude”.
 Quebram a dominância apical, quebram a
dormência dos meristemas naturais, com efeito
contrário ao da auxina. Eles ficam ativos e produzem
ramos.

Ácido abscísico
 Não promove abscisão, pois é promovida pelo
etileno.

Dominância apical  É produzido pelas folhas, coifa e sementes.

 Auxinas do meristema apical do caule inibem os  É transportado pelo xilema e pelo floema.

meristemas laterais do caule, que ficam dormentes, não  Inibe a planta.

produzindo ramos, galhos, folhas e frutos.  Induz a senescência.

 No processo de poda, remove-se a gema apical,  Induz a dormência da planta em condições de

permitindo a quebra da dormência das gemas laterais, estresse (seca, temperaturas extremas).

e aumenta a quantidade de ramificações. Além de deter  Induz a dormência das sementes: inibe a

o crescimento em altura da planta e torná-la mais capaz germinação.

de promover sombreamento, as ramificações podem  Promove o fechamento dos estômatos em estresse

gerar uma maior quantidade de flores, e, hídrico.

consequentemente, de frutos.
 A poda quebra a dormência dos meristemas laterais, Etileno
que ficam ativos e produzem ramos: mais folhas = mais  Substância gasosa produzida em várias partes.
sobra; mais flores = mais frutos.  Promovem o amadurecimento dos frutos.
 Não se pode podar caules muito grossos, pois  Promovem a abscisão de folhas velhas e frutos
possuem madeiras que ficam exposta a cupins. maduros.
 Induz o amadurecimento dos frutos, pois ativa
Giberelinas enzimas que promovem a decomposição da clorofila e

 Promovem o crescimento por hipertrofia: induz a a síntese de outros pigmentos, resultando numa

entrada de água nas células, que crescem, ou seja, coloração amarelada ou avermelhada, o amolecimento

aumentam o tamanho, mas não aumentam a matéria devido {a degradação de componentes da parede

orgânica. celular e o aumento dos níveis de açúcares simples

 É produzida em todas as partes da planta. (sacarose) pela degradação de açúcares complexos

 É transportada pelo xilema. (amido).

 Agem no processo de germinação da semente.  Baixas concentrações de O2 inibem a síntese de

 Induzem a partenocarpia. etileno e altas concentrações de CO2 inibem o efeito do

 Induzem a floração em algumas plantas, como o etileno.

alface.

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Biologia
 O abafamento retém etileno e a proximidade com  É o fitocromo da folha que percebe o fotoperíodo e
frutos maduros promovem o aceleramento do induz as folhas a produzirem florígeno. Portanto, basta
amadurecimento. uma folha para a floração.
 Baixas temperaturas reduzem o metabolismo, o que
diminui a produção do etileno. Zoologia
 Altas concentrações de CO2 inibem o efeito do
etileno. Reino animália ou metazoa
 Eucariontes, pluricelulares, heterótrofos por ingestão
Floração
(com digestão intracorpórea).
 Em plantas de clima temperado acontece na
 Com reserva de glicogênio, sem parede celular.
primavera, após o inverno.
 Apresentam locomoção e células musculares, células
 Primavera: dia > noite e maior temperatura.
nervosas, sensibilidade (exceto as esponjas).
 Plantas anuais: vivem um ano, nascem na primavera
 Com crescimento definido: só até a idade adulta para
e morrem no inverno.
evitar tamanhos exagerados, que dificultariam a
 É controlado pela noite longa, não um dia curto.
locomoção e exigiria muitos nutrientes.
 Apomorfia (exclusivo do grupo e presente em todos):
Fotoperiodismo
embrião oco = blástula.
 Efeito da duração de dia e de noite sobre a produção
 Nêurula na organogênese = mesoderme =
de flores.
notocorda e tubo nervoso dorsal.

Plantas neutras: a duração não influencia na floração.


1. Poríferos: esponjas.
 Em regiões tropicais.
2. Cnidários: águas-vivas, corais, anêmonas do mal.
3. Platelmintos: planárias, tênias, esquistossomos.
Plantas de dia longo: florescem com dias longos: com
4. Nematelmintos: lombriga, amarelão, filárias.
muita luz: floresce com mais luz que seu fotoperíodo
5. Moluscos: caracol, ostra, polvos.
crítico – de 12 a 16h de luz no dia.
6. Anelídeos: minhoca, sangue sugas.
7. Artrópodes: insetos, aracnídeos, crustáceos.
Plantas de dia curto: florescem com dias curtos: com
8. Equinodermos: estrelas e ouriços do mar.
pouca luz: floresce com menos luz que seu fotoperíodo
9. Cordados: peixes, répteis, aves e mamíferos.
crítico – de 8 a 15h de luz no dia.

Organização tecidual
Fitocromo
Parazoa: animais sem tecidos, sendo as esponjas.
 Pigmento de coloração azul-esverdeada na
 Os poríferos desenvolvem só até a blástula, sem
membrana de algumas organelas, como os vacúlos.
gástrula, portanto, sem folhetos germinativos e não
 R: do escuro.
desenvolve tecidos.
 F: da luz.
 Da luz branca ou na luz vermelha o R pro F é rápido,
Eumetazoa: com tecidos.
o contrário é lento.
 Diblásticos: com dois tecidos embrionários (ecto e
 Quando a noite é muito curta, não da tempo de F
endodeterme): cnidários, que se desenvolvem até a
virar R.
gástrula.
 Triblásticos: com três tecidos embrionários (ecto,
Hormônio florígeno: estimula a floração, sendo
endo e mesoderme): os demais.
produzido nas folhas quando submetidas ao
fotoperíodo adequado.
Celoma: cavidade no embrião delimitada por
mesoderme, com líquido celomático que distribui

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Biologia
substâncias (nutrientes, gases respiratórios), com  Em poríferos são radiais na larva e assimétricos
esqueleto hidrostático (sustentação) e com espaço para quando adultos.
formar órgãos. Secundária: adulto.
 Celomados: apresenta movimentos peristálticos, pois  Equinodermos são bilaterais em fase larval e radiais
a endoderme é envolvida pela mesoderme. quando adultos.
 Acelomados: sem celoma, sem líquido celomático =
corpo achatado: platelmintos. Metameria ou segmentação
 Pseudocelomados: com falso celoma, delimitado por  Divisão do corpo em metâmeros, ou seja, segmentos
meso e endoderme, com líquido pseudocelomático: repetidos.
cilíndrico.  Total: no corpo todo, sem tagmatização: anelídeos.
 Tagmatização: fusão de metâmeros em tagmas
Nutrição (blocos corporais), em artrópodes.
Sem tubo digestivo: com digestão exclusivamente  Parcial: em parte do corpo: cordados (sarcômeros
intracelular, ou seja, nos lisossomos, sendo os poríferos. nos músculos)
 Na fase de gástrula forma o arquênteron, que
formaria o tubo digestivo, porém, eles só vão até a Evolução dos animais
blástula.  Surgiam a de protozoários coloniais que evoluíram
 A nutrição é por filtração. para originar esponjas.

Com tubo digestivo: enterozoários = incompletos: com


1 orifício, sendo a boca = ânus, nos cnidários e nos
platelmintos.
 Completos: com 2 orifícios.
 Protostômios: o blastóporo forma a boca primeiro,
sendo os nematelmintos, os moluscos, os anelídeos e os
artrópodes.
 Deuterostômio: o blastóporo forma o ânus primeiro,
sendo os equinodermos e os cordados.

Simetria
Radial: qualquer plano que passa no centro do corpo
gera simetria, sem esquerdo, direito, anterior e
posterior. Reprodução em animais
 Poríferos e cnidários. Quanto ao sexo
 Monoicos: hermafroditas.
Bilateral: só um plano de simetria = plano sagital, sendo  Dioicos: de sexos separados.
a região anterior a cabeça (cefálica) e a região posterior
cauda. Quanto à fecundação
 A partir dos platelmintos até os cordados.  Externa: fora do corpo (na água): ovulíparos = soltam
 Cefalização: concentração de estruturas sensoriais e óvulos na água.
nervosas na cabeça, o que permite uma rápida análise  Interna: dentro do corpo.
do meio para o qual se desloca, permitindo uma
resposta rápida a adversidades. Quanto à presença de ovos
 Ovíparos: ovos no meio.
Primária: larva.

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Biologia
 Ovovivíparos: ovos retidos no corpo até eclodirem, Ecologia
sem nutrição maternal dos filhotes.  Por serem animais filtrantes, o ambiente aquático
 Vivíparos: sem ovos, com placenta e com nutrição próximo a esses animais se torna diferente do global,
materna do filhote via placentária. criando um microambiente diferenciado que favorece
certas espécies.
Quanto à presença de larva/metamorfose  Algumas esponjas apresentam toxinas em suas
 Indireto: com larva, com metamorfose. espículas, o que confere uma eficaz defesa contra seus
 Vantagem da larva: com nutrição e hábitat distinto, predadores, como os equinodermos.
evita a competição.
 Direto: sem larva e sem metamorfose. Reprodução
 Podem se reproduzir assexuadamente, por meio de
Filo porífera fragmentação ou brotamento, ou sexuadamente, por
 Apresentam poros. meio de troca de gametas e desenvolvimento de um
 São esponjas aquáticas, sésseis (fixos), com nutrição organismo intermediário, a anfiblástula.
por filtração.
 Sem tecido, com digestão exclusivamente
intracelular, radiados, sem células nervosas.

Filo Cnidária
 Águas-vivas, corais, anêmonas-do-mar, aquáticos e
com cnidócitos produtores de substâncias urticantes.
 Primeiros socorros: aplicação de compressas com
água do mar gelada, vinagre para neutralizar o veneno.
 Celenterados = com cavidade intestinal.
 Primeiros eutamezoários: com tecidos = diblásticos
(ecto e endo).
 Com tubo digestivo incompleto, radiados, aquáticos,
sésseis ou vágeis.
 Cnidócitos: para produzir e inocular veneno. Quando
 Ósculo: estrutura localizada no ápice do animal, por liberam o veneno, morrem, novos cnidócitos devem ser
onde a água sai. produzidos a partir de células intersticiais.
 Porócito: célula que forma a estrutura do poro e por  Digestão: parcialmente extracelular e parcialmente
onda a água entra. intracelular (nos lisossomos).
 Espícula: célula que confere estruturação ao porífero.  Respiração por difusão: superfície do corpo.
 Amebócito: célula que confere a função de difusão  As principais formas de vida são a pólipos e medusas.
de nutrientes para outras células.
 Coanócito: principal célula responsável pela filtração
dos poríferos. Por serem flagelados, os coanócitos criam
um fluxo de água que entra pelos poros e sai pelo
ósculo da esponja. A filtração é a principal forma de
ciclagem de nutrientes do meio externo para o meio
interno do porífero.

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Biologia
1. Pólipos: sésseis ou de locomoção simples, monóicos  Reprodução sexual, com desenvolvimento direto.
ou dioicos, de reprodução assexuada; anêmonas e  Alternância de gerações entre pólipos e medusas:
corais. caravelas portuguesas.
2. Medusas: livre-natantes, maioria dioicos e de
reprodução sexuada; águas-vivas e caravelas- Filo Platelminto
portuguesas.  Vermes de corpos achatados: planárias.
 De vida livre (não parasita), esquistossomas
Novidades evolutivas (parasita).
 Cavidade digestiva (gastrovascular).  Com desenvolvimento direto, sem fase larvária.
 Sistema nervoso (difuso).  Eumetazoários, sendo os primeiros triblásticos.
 Sistema digestório: enterozoários incompletos.
Corais  Respiração: difusão de gases ou respiração cutânea.
 Pequenos pólipos sésseis coloniais.  Sistema sensorial: presença de ocelos
 Os com exoesqueleto de calcário são os recifes de (fotorrecepção) e aurículas (quimiorrecepção).
corais.  Sistema motor: presença de musculaturas circular e
 Os recifes são agregados de esqueletos calcários de longitudinal; presença de cílios e muco.
corais mortos, com uma camada superficial de corais  Reprodução sexuada: fecundação cruzada.
vivos.  Assexuada: regeneração e fragmentação.
 São os ecossistemas de maior biodiversidade em
ecossistemas marinhos. Classificação
 Oferecem proteção contra ondas, marés e tsunamis.  Trematoda: Schistosoma.
 Se associam as algas zooxantelas por mutualismo  Cestoda: Taenia.
obrigatório, que fornecem alimento ao coral.  Turbellaria: planária.
 Se desenvolvem em água clara, com boa penetração
de luz, para as algas fazerem fotossíntese, com poucos Novidades evolutivas
nutrientes orgânicos e altas temperaturas.  Triblastia (ecto, endo e mesoderme).
 Com a intensificação do efeito estufa e o  Simetria bilateral.
aquecimento global, consequentemente, as algas  Organização excretora (células-flama).
aumentam de metabolismos e produzem substâncias  Sistema nervoso ganglionar.
tóxicas em quantidades maiores aos corais, que
expulsam as algas e perdem a cor, além da sua principal
fonte de alimento = síndrome do branqueamento dos
corais.
 O maior é a grande barreira de corais no nordeste
da Austrália, entre 2000 e 4000km de extensão.

Classificação
 Medusozoa: formas livre-natantes e algumas formas
sésseis.
Schistosoma mansoni: esquistossomose
 Anthozoa: somente formas sésseis, como anêmonas
 Verme dioico com dimorfismo sexual, ou seja,
e corais.
machos e fêmeas são diferentes.
 Apresentam ventosas para grudar em seu
Reprodução
hospedeiro.
 Fragmentação ou regeneração.
 Vivem no sistema porta-hepático: conjunto de veias
 Bipartição por fissão longitudinal.
entre intestino e fígado.
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Biologia
 Causa obstrução da veia porta-hepática,  Com corpo muito longo, de 2 a 8m de comprimento.
aumentando a pressão no sangue do fígado, o que  Quando vive no intestino do homem, a tênia adulta
causa lesões hepáticas = extravasamento de plasma do libera proglótides maduras com ovos nas fezes. O
fígado para a cavidade abdominal: ascite ou barriga hospedeiro intermediário ingere água/alimentos com
d’água. fezes e com ovos. No intestino, o ovo origina a larva,
 Fêmeas grávidas migram para as veias do intestino que fura a parede do intestino e cai no sangue.
para desovar.  Nos músculos do hospedeiro intermediário, a larva
 Os ovos apresentam espinhos que furam o intestino hexanta vira a larva cisticerco.
e caem nas fezes, que, com ovos, chegam em água  Quando o homem ingere carne mal passada com
doce. cisticerco, ele origina a tênia adulta no intestino
 Na água doce, os ovos liberam uma larva ciliada: delgado.
miracídio, que nadam até o hospedeiro intermediário, o
caramujo. Sintomas
 No caramujo, o miracídio vira um esporocisto que,  Mal-estar, cólicas, vômitos, desnutrição, diarreias.
por reprodução assexuada, a pedogênese, origina o
esporocisto secundário, que origina a cercaria. Prevenção
 Quando o caramujo morre, as cercarias passam para  Saneamento básico, tratamento de água, inspeção
a água e entram no hospedeiro definitivo, um mamífero, de carnes, não ingestão de carne malpassada.
através da pele.
 “Se nadou, se coçou, é porque pegou”. Teníase: ingestão de carne malpassada com cisticercos,
 No sangue, as cercarias viram esquistossomos, que desenvolvendo uma tênia adulta no intestino.
se instalam no sistema porta-hepático e assumem a Cisticercose: ingere água/alimento com fezes com ovos
forma adulta. de t. solium, o cisticerco se instala em músculos, cérebro
e/ou olhos.
Prevenção  Pode causar lesões neurológicas.
 Saneamento básico.  Prevenção: saneamento básico, tratamento de água,
 Eliminação do caramujo. lavar frutas/verduras.
 Drenagem de lagoas.
 Cuidado com banhos de lagoa.

Taema sp: teníase


T. Solium: hospedeiro intermediário é o porco.
T. Saginata: o hospedeiro intermediário é o boi.
 Tênia ou solitária: normalmente, só há uma por
hospedeiro: elas liberam substâncias que levam tênias
jovens à morte, vivendo isoladas.
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Biologia
Filo Nematoda Prevenção

 Nematelmintos: com filamentos: vermes cilíndricos,  Saneamento básico, tratamento de água, lavar frutas

como lombrigas, amarelões, filárias. e verduras, tratamento de doentes.

 Eumetazoa, triblásticos, bilaterais, com cefalização,


aquáticos ou terrestres em meios úmidos, de vida livre Ancylostoma duodenale: amarelão

ou parasitas.  Com lâminas córneas na boca que rasgam o

 Únicos animais sem células flageladas ou ciliadas: intestino do hospedeiro, que se alimentam de sangue,

espermatozoides com pseudópodes. causando anemia, deixando a pele amarelada.

 Nutrição: podem ser carnívoros, fitófagos ou  Vermes adultos vivem no intestino. As fêmeas

parasitas de plantas e animais, com digestão liberam ovos nas fezes que, no solo, os ovos liberam

exclusivamente extracelular, ou seja, o alimento é ‘larvas” de vida livre, que se transformam em filarioides,

absorvido e totalmente diferido, não precisando do que entram pela pele e caem no sangue, direto no

lisossomo para digerir o alimento. coração e pulmões (ciclo de losso ou pumonar).

 Sistema Nervoso: anel nervoso faringeano e nervos  Elas perfuram os alvéolos pulmonares e caem na

longitudinais. traqueia, provocando tosse que lançam as “larvas” na

 Sistema reprodutor: fecundação interna e faringe, onde são deglutidas e, no intestino, assumem

desenvolvimento indireto. forma adulta.

 Sistemas respiratorio e circulatório: ausentes, com  Doença do “Jeca Tatu”.

respiração cutânea direta.


 Reprodução: são dioicos com dimorfismo sexual, Sintomas

com desenvolvimento direto.  Mal-estar, cólicas, diarreias com sangue, anemia com
palidez, indisposição, apatia, tosse, pneumonia.

Novidades evolutivas  Geofagia: vontade de comer terra para ser eliminada

 Presença de cavidade corpórea (pseudoceloma). nas fezes e reduzir a infestação, além de repor o ferro

 Apresentam tubo digestivo completo: com 2 perdido com a anemia.

orifícios, sendo protostômios.


Prevenção

Ascaris lumbrioides: Ascaridíase ou lombriga  Saneamento básico e utilização de calçados.

 Verminose mais comum em homem.


 Vermes adultos vivem no intestino do homem. Enterobius vermiculares: enterobiose ou oxiurose

Quando as fêmeas liberam ovos nas fezes humanas, o  Vermes adultos vivem no reto e, de noite, fêmeas

homem ingere água/alimentos com fezes com ovos. grávidas migram para o ânus para desovar, causando

 No duodeno, o ovo libera uma “larva” que fura o purido anal intenso.

intestino e cai no sangue, passando pelo fígado, pelo  Os ovos são liberados nas fezes e, quando o homem

coração e caindo nos pulmões e perfurando os alvéolos consome água/alimento com fezes contaminadas com

pulmonares. ovos, ele é contaminado.

 Ao cair na traqueia, provocam tosse que lança a larva


na faringe, onde é deglutida. Sintomas

 No estômago, ela sobrevive ao HCl e, no duodeno, a  Cólicas, mal-estar, diarreias, purido anal intenso

“larva” assume a forma adulta. noturno.


 Quando o indivíduo defeca, elimina os vermes.

Sintomas
 Mal-estar, cólicas, diarreias, vômitos. Prevenção

 Em caso de superfinfestação: tosse, lesões hepáticas,  Saneamento básico, tratamento de água, lavar bem

pneumonia, obstrução intestinal. frutas e verduras, lavar e ferver roupas de cama, evitar

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Biologia
reinfestação (ao coçar, contamina as mãos e, ao colocar  Sistema circulatório: aberto na maioria, exceto em
as mão na boca, se contamina novamente). cefalópodes.
 Sistema respiratório: branquial na maioria, pulmonar
Ancylostoma braziliensis (pulmão primitivo) ou cutânea indireta em alguns
 Causa amarelão em cães e gatos. organismos terrestres.
 Ao entrar na pele humana, causa uma dermatite  Sistema nervoso: ganglionar ventral, com evidente
serpiginosa. A larva não consegue entrar no sangue, cefalização em alguns grupos.
gerando um rastro vermelho com purido (coceira)
noturna. Anatomia

Wuchereria bancrofti: filariose ou elefantíase


 Transmissão: picada da fêmea do mosquito culex.
 Os vermes adultos vivem nos vasos linfáticos,
causando obstrução e acúmulo de líquidos nos tecidos,
promovendo edemas (inchaços), principalmente em
pernas, mamas e saco escrotal.
 De noite, as filárias jovens migram dos vasos
linfáticos para os vasos sanguíneos da pele, esperando
que o mosquito pique a pessoa doente, podendo passar
Importância ecológica
para um próximo hospedeiro.
 Polinização malacófila: por caracóis.
 Não há drogas para eliminar as filárias adultas.

Importância econômica
Prevenção
 Alimentação: ostras, lulas, polvos.
 Combate ao mosquito culex com telas, mosquiteiros,
 Produção de pérolas por ostras nos oceanos pacífico
repelentes.
e índico.
 Tratamento do doente; matando as microfilárias.

Importância médica
Filo Molusca
 Caramujo biomphalaria glabrata: hospedeiro
 Animais de corpo mole protegidos por uma concha
intermediário na esquistossomose.
calcária.
 Caramujo gigante africano: causa meningite.
 Com concha externa: caracóis, ostras.
 Com concha interna atrofiada: lulas.
Principais grupos
 Sem concha: lesmas, polvos.
Bivalvia
 Originalmente, todos os moluscos possuíam concha,
 Ostras, mexilhões e mariscos.
mas alguns perderam ao longo da evolução.
 Compostos por duas conchas que se fecham (duas
 É o segundo maior filo de animais em número de
valvas).
espécies.
 Relacionados com a formação das pérolas.
 Triblásticos, (eu)celomados, protostômios, bilaterais.
 Podem ser dioicos ou monoicos (lulas e caracóis),
Gastropoda
fecundação interna ou externa (caracóis e polvos) e
 Caramujos, lesmas e caracóis.
desenvolvimento direto ou indireto (polvos e ostras,
 Terrestres ou de ambientes úmidos.
respectivamente).
 Podem realizar fecundação interna e cruzada.
 Enterozoários completos, apresentando ou não
rádula.
Classe Cephalopoda
 Digestão exclusivamente extracelular.
 Polvos, lulas e náutilos.

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Biologia
 Grande complexidade nervosa e sensorial,  Polychaeta: grupo de indivíduos com muitas cerdas,
relacionado com alto grau de cefalização. em sua maioria aquáticos.
 Apresentam, geralmente, tentáculos com ventosas,  Hirudinea: grupo das sanguessugas, sem cerdas e
bico córneo, glândulas de tinta e visão complexa. com estrutura bucal diferenciada.

Filo Anelídeos Filo Artropoda


 Vermes anelados metamerizados: com  Arthós: articulação.
segmentação, ou seja, divisão do corpo em segmentos  Com exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados
repetidos. (patas, antenas, órgãos reprodutores, asas).
 Triblásticos, bilatérias, protostômios, com  Insetos: únicos invertebrados capazes de voar.
cefalização.  Aracnídeos e crustáceos: possuem exoesqueleto
 Podem ser aquáticos ou terrestres em meios úmidos, quitinoso que é impermeabilizante, sendo os primeiros
de vida libre ou parasitas, sésseis ou vágeis/errantes animais a viver em meio seco: proteção mecânica,
(móveis). formação de apêndices articulados que permitem uma
 Digestão exclusivamente extracelular. locomoção rápida e ágil.
 Circulação fechada.  Exoesqueleto: formação de apêndices bucais
 Apresentam moela: estômago mecânico para triturar diferentes: proporciona diversificação alimentar em
alimento com auxílio de pedrinhas deglutidas. artrópodes, ou seja, cada espécie com especialização
 Respiração: cutânea indireta: O2 distribuído pelo alimentar evita competição. Desvantagem: é muito
sangue, branquial, pesado, o que limita o tamanho, é rígido, o que impede
 Novidades evolutivas: celoma verdadeiro, sistema o crescimento.
respiratório, circulatório, metarização.  Muda ou ecdise: perda do exoesqueleto para
 Fisiologia: pele permeável com cutícula. crescer.
 Exúvia: exoesqueleto perdido para a muda.
Importância econômica  Hormônios: ecdisona, que estimula a muda e a
 Minhocas escavam túneis no solo que oxigenam as metamorfose e o juvenil, que inibe a metamorfose.
raízes e drenas excessos de água.  Larvas diferentes dos adultos: para evitar competição
 Minhocas produzem húmus, que são fezes e excretas dentro da própria espécie.
ricas em nitrogênio, sendo um importante adubo.  São o maior filo da natureza em número de espécies.

Importância ecológica Importância ecológica


 Vermes tubi fez só se desenvolvem em água  Detritivoros: consomem matéria orgânica presente
poluídas: indicadores de poluição. previamente no meio e contribuem com a reciclagem
de nutrientes.
Importância médica  Componentes do zooplâncton.
 Sanguessugas removem sangue de hematomas e  Polinizadores.
estimulam a circulação sanguínea em órgãos
reimplantados. Importância econômica
 Sanguessugas apresentam uma substância  Alimentação: crustáceos, mel de abelhas.
anestésica, a hirudina, que também é anticoagulante.  Vestuário: produção de seda de uma lagarta.
 Pragas agrícolas: lagartas, besouros, gafanhotos.
Classificação
 Oligochaeta: grupo das minhocas, organismos Importância médica
monoicos e com clitelo.  Vetores etiológicos: transmissores de doenças, como
o barbeiro na doença de chagas.

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Biologia
 Agentes etiológicos: causadores de doenças.  O exoesqueleto é fortalecido pela presença de
 Peçonhentos: com veneno e com estruturas para carbonato de cálcio e em sua maioria são dioicos, de
inocular veneno: abelhas, vespas, marimbondos, com desenvolvimento indireto e fecundação interna.
ferrão abdominal.  Possuem como forma de excreção a presença de
glândulas verdes.
Características gerais
 Eumetazoários, triblásticos, esquizocelomados,
enterozoários: com tubo digestivo compreto, bilatérias
com cefalização, protostômios, metamerizados.
 Aquáticos ou terrestres em meios úmidos ou secos
(primeiros em meio seco).
 De vida livre ou parasitas.
 Sésseis ou móveis.

Classes
1. Insecta
 Organismos com três pares de patas, corpo dividido
em cabeça, tórax e abdômen, com um par de antenas.
 Vários possuem asas (dobramentos da cutícula
externa), que são determinantes no sucesso evolutivo de
dispersão pelo ambiente. 3. Aracnídeos
 Possuem sistema circulatório aberto e sistema  Animais divididos em cefalotórax e abdômen, sem
excretor determinado portúbulos de Malpighi. antenas e quatro pares de patas.
 O sistema nervoso é ganglionar, com alta cefalização  Sistema circulatório aberto, sistema respiratório
e dotado de diversos receptores sensoriais. filotraquel (pulmões foliáceos).
 O sistema respiratório é do tipo traqueal, aonde o  Dioicos, de fecundação interna e desenvolvimento
O2 vai direto para as células. direto.
 Eles mantêm o metabolismo alto (compatível com o  Aranhas: possuem quelíceras (veneno), palpos
voo) pois possuem respiração traqueal, que conduz O 2 (manuseio de alimento) e fiandeiras (produção de teia).
direto para os tecidos, sem passar pelo sistema  Escorpiões: possuem quelíceras, palpos modificados
circulatório. em pinças, e pós-abdomen com telson e aguilhão.

2. Crustáceos
 Animais divididos em cefalotórax e abdômen.
4. Miriápodes
 Possuem quatro antenas e diversos pares de patas.
 Organismos que compreendem dois grupos: os
Diplópodes e os Quilópodes.

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Biologia
 Ambos divididos em cabeça e corpo, com vários Classes
pares de patas. 1. Asteroidea: estrela-do-mar; livres e predadores.
 Em quilópodes, somente um par de patas por 2. Ofiuroidea: ofiúros e serpentes-do-mar.
segmento, e em diplópodes, dois pares. Ambos os 3. Equinoidea: ouriços e bolachas-do-mar. Sem braços
grupos apresentam um par de antenas, respiração ou apêndices laterais (com exceção dos pés ambulacrais
traqueal e excreção por túbulos de Malpighi. e espinhos).
 No caso dos quilópodes, o melhor representante é a 4. Holuturoidea: pepinos-do-mar; lateral ao substrato.
lacraia, que apresenta pinças bucais venenosas e o 5. Crinoidea: lírios-do-mar; sésseis.
último par de patas com função sensorial.
Filo Chordata
Fisiologia  Com 4 características exclusivas, pelo menos no
 Pele impermeável com exoesqueleto quitinoso. embrião: notocorda (bastão semiflexível dorsal para
 Respiração traqueal em insetos, quilópodes e sustentação, sendo substituída pela coluna vertebral).
diplópodes: sistema conduz o oxigênio direto aos  Tubo nervoso dorsal.
tecidos, sem passar pelo sistema circulatório: sem  Fendas branquiais na faringe.
sangue, sem pigmentos respiratórios, apresentando a  Causa pós-anal.
hemolinfa (branco-leitoso), que não transporta O2.  Eumetazoa (com tecidos), triblásticos,
 Respiração filotraqueal: por pulmões foliáceos ou enterocelomados (a mesoderme e o celoma vem de
pulmões “livro”, em aracnídeos. O2 é transportado pelo envaginações da endomembrana), enterozoários, com
sistema circulatório, portanto, possuem sangue com tubo digestivo completo, sendo deuterostômios.
pigmento respiratório, a hemocianina.  Bilatérias, com cefanização.
 Respiração branquial, em crustáceos. O2 é  Metamerizados com metameria parcial.
transportado pelo sistema circulatório, com sangue e  Aquáticos ou terrestres em meios úmidos ou secos.
com pigmentos respiratórios, a hemocianina, com  Sésseis ou móveis.
coloração azulada (apresentam cobre).
 Digestão exclusivamente extracelular. Protocordados
 Sistema sensorial: ocelos que captam a intensidade  Única estrutura de sustentação é a notocorda, sem
da luz e/ou olhos compostos, com omatidios que coluna vertebral.
formam imagens e percebem cores.
Vertebrados
Filo Echinodermata  A notocorda é substituída pela coluna vertebral.
 Echino: espilho.
 Exclusivamente marinhos, com endoesqueletos de Protocordados
calcário e com projeções espinhosas.  Organismos que não passaram pelo processo de
 Estrelas-do-mar, ouriços-do-mar. substituição da notocorda. Esta, ou continua mantida ou
 Eumetazoários, triblásticos, 1ºs enterocelomados, 1º reduz-se podendo até ser perdida.
deuterostômios.
 Possuem simetria bilateral na fase larval e na fase 1. Urochordata
adulta apresentam simetria pentarradial.  Animais que detém a característica de um cordado
 Sésseis ou vágeis/errantes, de vida livre, não apensa em sua fase larval. Esta possui organismos livre-
metamerizados. natantes com cauda, notocorda e tubo nervoso dorsal
 Reprodução assexuada por fragmentação ou aparente. Já a fase adulta é séssil, filtradora e há perda
regeneração, por agentes externos. da notocorda, do tubo nervoso dorsal e da cauda, com
 Sexuada: dioicos, com fecundação externa, com a presença de dois principais sifões.
desenvolvimento indireto.

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2. Cephalochordata  Sem bexiga natatória: acumulam óleo no fígado para
 Tem o anfioxo como principal organismo, sendo este reduzir a densidade para facilitar a flutuação.
o modelo anatômico padrão para todos os cordados.  Apresentam intestino curto, com rápida digestão.
Não possui cabeça diferenciada e a notocorda é
mantida durante toda a fase de vida dos animais.

3. Hemichordata
 Animais vermiformes com fendas faringeanas
bastante evidentes, porém com notocorda por vezes
discutida como inexistente. A classificação ainda é
discutida.

Subfilo vertebrata, classe agnatha ou cyclostomata Peixes ósseos


 Apresentam crânio, boca circular e não apresentam  A classe dos Osteícties compreende os peixes
mandíbula. denominados ósseos, por possuíres escamas flexíveis
 Todos aquáticos, com hábitos alimentares parasitas, sob uma cutícula óssea.
exclusivamente.  O corpo é mais hidrodinâmico e não precisam
 Pele sem escamas, com esqueleto cartilaginoso, manter fluxo de água nas brânquias através da natação,
notocorda persistindo no adulto, sendo envolvida pela pois possuem opérculo que cria fluxo constante.
coluna.  Possuem também a bexiga natatória, importante
 Cefalização é evidente. para natação na coluna d’água, (bolsa que acumula
 Somente nadadeiras ímpares. gases para reduzir a densidade para facilitar a
 Exemplo: lampreias e peixes-bruxa. flutuação), além da já descrita linha lateral. Assim como
nos condrictes, excretam amônia.
Transição dos ágnatas para os gnatostomados
1. Surgimento da mandíbula: permite hábitos
alimentares mais diversificados, além do parasitismo.
2. Corpo passa a ser fusiforme: confere hidrodinâmica
e proporciona locomoção rápida.
3. Surgimento de nadadeiras pares: permitem a
realização de manobras, com locomoção mais ágil.

Peixes cartilaginosos Classe amphibia


 Pertencem à classe Condrícties e possuem um  Amphi: 2; Bios: vida = com fase larvária aquática e
revestimento corporal de cartilagem. com fase adulta terrestre.
 Tubarões, arraias e quimeras são exemplos comuns  Primeiros vertebrados terrestres, mas restritos a
do grupo, ambos agora com presença de mandíbula meios sombrios e úmidos.
móvel e denteada. Com brânquias expostas.  Sapos, salamandras, “cobras-cegas”.
 Há presença de linha lateral, importante sensor de  Pele permeável: pouco queratinizada, sem escamas,
movimento. com glândulas para manter a hidratação.
 Apresentam nadadeiras pares além das ímpares  Respiração na larva aquática: branquial. Em adultos:
encontradas no grupo referido. Os condrictes são pulmonar, cutânea indireta.
dioicos, possuem fecundação interna e podem ser  Com circulação fechada dupla (com sangue venoso
ovíparos, ovovíparos ou vivíparos. e arterial no coração, incompleta (com mistura de
 Excretam ureia. sangue venoso e arterial) e coração tricavitário (2A 1V).

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 Digestão exclusivamente extracelular. Principais grupos
 Dioicos, com fecundação externa na água, sem 1. Quelônios: possuem carapaça dorsal e plastrão
órgão cupulatório, são ovíparos, com ovo sem casca ventral (que formam um casco): cágados, jabotis e
impermeável (na água). tartarugas.
 Anamniotas: sem âmnio, com desenvolvimento 2. Escamados: serpentes (Ofídeos) e lagartos
embrionário na água. Sem cório e sem alantoide. (Lacertilia).
 Apresentam desenvolvimento indireto, com larva 3. Crocodilianos: jacarés, crocodilos.
aquática de respiração branquial, dependendo da água
para reproduzir. Cobras
 Todas são venenosas e algumas são peçonhentas,
Principais grupos com presas ou dentes de veneno para inoculação do
1. Anura: cabeça e tronco: sapos, rãs e pererecas. veneno.
2. Urodela: cabeça, pescoço, tronco e cauda:  Áglifas: sem presas, não peçonhentas: jiboia, sucuri,
salamandras. que matam por esfixia.
3. Apoda: corpo vermiforme e sem patas: cobras-  Opistóglifas: presas posteriores, não peçonhentas:
cegas. coral-falsa.
 Proteróglifas: com presas anteriores, sendo
Classe reptilia peçonhentas: coral.
 Reptilis: rastejante.  Solenóglifas: com presas anteriores, grandes e
 Primeiros vertebrados terrestres em meios retráteis (retidos no palato e, quando necessário, osso
ensolarados e secos. transverso empurra o dente).
 Lagartos, cobras, jacarés, tartarugas.
 Pele impermeável (muito queratinizada), sem Ectotermia: não produz calor próprio, adquirindo calor
tendência de ressecação. do meio.
 Com pulmões muito eficazes, sem precisar de  Baixo metabolismo.
respiração cutânea.  São pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo
 Com fecundação interna (em terra), com órgão é igual a temperatura do meio.
cupulatório.  Restritos a ambientes quentes.
 Ovos com casca impermeável (calcária) em terra.
 Primeiros amniotas: com âmnio, cório e alantoide. Endotermia: produção de calor próprio.
 Com desenvolvimento embrionário em terra, sem  Alto metabolismo.
larva.  São homeotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo
 Circulação fechada dupla (com sangue venoso e é constante, independente do meio.
arterial no coração), incompleta e tricavitário (ventrículo  Podem habitar meios quentes e frios.
começa a ser dividido por um septo interventricular).
Exceção: répteis crocodilianos: apresentam coração Peixes
tetracavitário e circulação ainda incompleta.  Bicavitários (1A, 1V).
 Digestão exclusivamente extracelular, com dentes  Circulação simples: só com sangue venoso no
(exceção das tartarugas). coração. Há baixa pressão no sangue, portanto, má
 São dioicos, realizam fecundação interna, possuem oxigenação dos tecidos e um baixo metabolismo =
órgão cupulatório e desenvolvimento direto. ectotérmicos.

Anfíbios e répteis
 Tricavitário (2A, 1V).

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 Circulação dupla (alta pressão no sangue) e musculosa para triturar o alimento com auxílio de
incompleta (sangue misturado nos tecidos com pouco pedrinhas deglutidas.
O2), havendo uma má oxigenação dos tecidos e um  Papo: dilatação no esófago para armazenar
baixo metabolismo = ectotérmicos. alimento.
 Excreção de ácido úrico, (quase insolúvel, eliminados
Répteis crocodilianos sem água), além de não possuírem bexiga.
 Tetracavitários (2A, 2V).  Cerebelo bem desenvolvido para equilíbrio.
 Com mistura de sangue = ectotérmicos.  São dioicas, com fecundação interna, sem órgão
cupulatório, ovíparos, desenvolvimento direto.
Aves e mamíferos  Siringe: na laringe para produção de canto e para
 Tetracavitário (2A, 2V). demarcar território.
 Circulação dupla (com sangue venoso e arterial no
coração – alta pressão no sangue) completa (sem
mistura de sangue – sangue arterial nos tecidos),
proporcionando uma boa oxigenação tecidual e um alto
metabolismo = endotérmicos.
 Penas e pelos: para reter calor.

Classe das Aves


 Adaptadas ao voo.
 Pele impermeável revestida por penas de queratina,
para retenção de calor: endotermia.
 Com glândula uropígea para produzir lipídios para
impermeabilizar penas: petróleo remove lipídios das
penas das aves, que passam a absorver água, deixando
as aves muito pesadas que, afundam e morrem por
afogamento.
 Músculos com muita proteína mioglobina (vermelha,
com ferro), para transferir O2 da hemoglobina das
hemácias para as mitocôndrias do músculo para Mamíferos
fazerem respiração aeróbica e produzirem energia.  Com glândulas mamárias, glândulas sebáceas,
 Esqueleto com membros anteriores modificados glândulas sudoríparas, pelos, diafragma, hemácias
com asas, com quilha ou carena, um osso externo anucleadas.
modificado perpendicular ao peito para inserir músculos  A circulação é dupla e completa, assim como em
peitorais grandes para movimentar as asas. aves.
 Com ossos pneumáticos: ocos, com ar para redução  O aumento encefálico é outro importante destaque,
da densidade. que permite maior capacidade cognitiva.
 Respiração pulmonar com pulmões e sacos aéreos: 
expansões dos pulmões para dentro dos ossos 1. Prototérios: não possuem placenta e são ovíparos
pneumáticos. Acumulam ar para redução de densidade, (botam ovos), como o ornitorrinco.
também auxiliam nos movimentos respiratórios, mas 2. Metamérios: vivíparos marsupiais, sem ovos, com
não promovem hematose (não promovem trocas placenta rudimentar, completando o desenvolvimento
gasosas com o sangue). numa bolsa chamada de marsúpio, como o canguru, o
 Sem dentes para redução de peso, havendo uma coala, o gambá.
moela, ou seja, um estômago mecânico: bolsa

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3. Placentários ou eutérios: sem ovos, possuem Ecossistema
placenta e cordão umbilical ligando o feto à mãe, como  Unidade básica no estudo da ecologia, com 4
os humanos, os coelhos, os golfinhos e as baleias. componentes:

Anatomia 1. Biótopo: meio físico = fatores abióticos.


2. Comunidade: biota = seres vivos = fatores bióticos.
3. Fluxo de energia.
4. Ciclos de matéria.

Comunidade
 Hábitat: local que uma espécie habita, ou seja, seu
“endereço”.
 Nicho ecológico: função que a espécie desempenha.

Princípio da exclusão competitiva ou de Gause


Ecologia  Duas espécies não podem ocupar o mesmo nicho ao
 Estudo do meio ambiente: relações da natureza. mesmo tempo.
 Ecobiose: ser vivo + meio físico.  A competição tende a eliminar uma das espécies.
 Alelobiose: ser vivo + ser vivo.  Para evitar competição, deve haver diversificação
 Aloiobiose ou interespecíficas: de espécies distintas. alimentar nas várias espécies, com cada uma se
 Cenobiose ou intraespecíficas: da mesma espécie. especializando em algum alimento.

1. População: grupo de organismos da mesma espécie Seres vivos na comunidade


na mesma região.  Autótrofos: plantas, algas e algumas bactérias fazem
2. Comunidade ou biocenose: conjunto de todas as fotossíntese, algumas bactérias fazem quimiossíntese,
populações de uma região: todas as espécies e todos os sendo, portanto, produtores.
seres vivos.  Heterótrofos: não produzem matéria orgânica a
3. Ecossistema: interação entre comunidade e meio partir de matéria inorgânica, dessa forma, dependem da
físico. matéria orgânica produzida pelos autótrofos. Podem ser
4. Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas da terra. compositores ou decompositores.
 Consumidores: usam matéria orgânica fresca. Eles
Condições para vida são herbívoros, carnívoros, onívoros (herbívoro e
 Água líquida. carnívoro).
 Temperaturas compatíveis para água líquida.  Decompositores: usam matéria orgânica do meio em
 Fonte de carbono para produzir moléculas decomposição. Eles são detritívoros saprófagos, sendo
orgânicas. as bactérias e os fungos. Eles transformam a glicose em
 Fonte de energia. CO2 e H2O, sendo obrigatórios no ecossistema,
 Elementos minerais. juntamente dos produtores.

Bactérias extremófilas: adaptadas a meios extremos. Fluxo de energia


 Termoacidófilas: em fontes vulcânicas submarinas.  Cadeia alimentar: representação de um possível
 Halófilas extremas: em meios muito salinos. caminho para o fluxo de energia num ecossistema.
 Metanogênicas: em meios com muito H2 e pouco O2.  Divididos em níveis tróficos, não representando os
indivíduos, mas as populações.

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Biologia
 Decompositores não são representados nas cadeias 2. Biomassa: representa a soma das massas corpóreas
alimentares, ficando subentendidos. Se determinado dos indivíduos em cada nível trófico.
organismo puder ser posicionado numa cadeia
alimentar, ele não pode ser decompositor.
 O produtor sempre está no primeiro nível trófico.
 O consumidor primário está no segundo nível
trófico.
 É unidirecional. 2ª lei da termodinâmica: quando se
transforma energia, parte se perde como calor. A
3. Energia: representa a energia (em calorias)
energia usada se dissipa como calor e não pode ser
disponíveis para o próximo nível trófico.
reaproveitada.
 A energia sempre diminui ao longo de uma cadeia
alimentar.

Cadeias alimentares
 De pastagem: se iniciam com plantas.
 Detritívoras: se iniciam com matéria orgânica em
decomposição, como em mangues. Pirâmides invertidas
 Quando a reprodução compensa o que é
Produtividade consumido.
 Energia, área, tempo.
 Líquida: energia que sobra.
 Produtividade bruta: energia recebida.
 Taxa de respiração: energia consumida para manter
funções vitais.

Líquida: = produtividade – taxa de respiração.

 A energia sempre diminui ao longo de uma cadeia


alimentar.
 A produtividade líquida de um nível é a bruta do nível
seguinte.
 Uma cadeira alimentar não pode ter mais do que 4
ou 5 níveis tróficos, pois não haverá energia suficiente Ciclos biogeoquímicos
para os níveis tróficos distantes do produtor.  Princípio de Lavoisier: na natureza nada se cria, nada
 Quanto mais próximo do produtor, maior a energia se perde, tudo se transforma.
disponível – do ponto de vista populacional.  Obrigatórios nos ecossistemas: decompositores e
produtores.
Pirâmides ecológicas
1. Números: representa a quantidade de indivíduos em Ciclo do Carbono
cada nível trófico.  Carbonatos, carbonato de cálcio ou calcário.
 CO2 = 0,04% da atmosfera.
 Pela fotossíntese/quimiossíntese, há produção de
moléculas orgânicas nos produtores que obtemos
através da alimentação.

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 Quando produtores respiram ou morrem, liberam oxigênio e causando a asfixia de organismos aquáticos),
CO2. além do risco de acidentes.
 Queimadas e combustão de combustíveis fósseis  Fontes alternativas de energia: não poluentes,
também liberam CO2, causando a intensificação do porém, com alto custo: eólica, solar.
efeito estufa e o aquecimento global.  Remoção de CO2 da atmosfera: sequestro de CO2:
 A Terra é aquecida do solo para a atmosfera, fotossíntese, ou seja, se deve proteger as florestas e
portanto, a temperatura diminui 1oC a cada 100 metros. reflorestar. Nesse caso, proteger florestas adultas é
 Gases do efeito estufa: CO2, CH4, H2O, N2O, CFC. menos vantajoso, visto que, as plantas quase não
 CH4 – gás natural de petróleo ou biogás de crescem mais, sendo a fotossíntese igual a respiração.
biodigestores: gases liberados pelo intestino de animais,  Biocombustíveis: mecanismo de compensação: a
pântanos, mangues, lixões, decomposição anaeróbica fotossíntese no crescimento das plantas remove o CO 2
em lagos de barragens. liberado na queima de combustível.
 Biodigestor: utiliza dejetos que são decompostos  Problema dos biocombustíveis: diminui a quantidade
para gerar metano como combustível e, com sua de terra disponível para plantar alimento, aumentando
queima, libera energia, CO2 (gás menos agressivo) e o preço de alimentos para o consumidor.
água.  Sequestro geológico de CO2: remoção de CO2 da
 CFC: únicos GEE artificiais, ou seja, produzidos por atmosfera para que seja aprisionado em aquíferos muito
humanos. salinos ou jazidas maduras de petróleo.

Aquecimento global Poluição por CO


 Aumento da temperatura da Terra, causando o  Monóxido de carbono: inodoro, incolor, liberado na
derretimento das calotas polares, da elevação do nível queima parcial de moléculas orgânicas.
dos oceanos.  A queima incompleta de combustíveis fósseis libera
 Se diminui o gelo, diminui o albedo, diminui a CO2, CO e H2O.
reflexão da luz na Terra, aumenta a absorção de luz por  O CO se liga de modo estável ao Fe da hemoglobina
solo e água = aumenta o calor. formando a carboxiemoglobina, o que impede o O2 de
 Liberação de metano com o derretimento do gelo. se ligar com a Hb, impedindo o transporte de O 2 no
 Branqueamento dos corais. sangue e causando asfixia lenta.
 Aumento da produtividade vegetal = aumento da
fotossíntese. Ciclo do Oxigênio
 21% da atmosfera da terra.
Redução do CO2 atmosférico  Camada de ozônio na estratosfera/ozonosfera: entre
 Redução das emissões de CO2: redução do uso de 15 e 40km de altitude: produz contra raios UV.
combustíveis fósseis e o aumento do uso de fontes de  Ao nível do mar, o O3 é poluente, causando
energia limpa: hidrelétricas, usinas nucleares. dificuldades respiratórias, ardência dos olhos, etc.
 Problemas da hidrelétrica: construção de barragens,  Raios UVA: 99% dos raios UV que atingem a Terra
o impedimento da piracema de peixes, inundação de (pouco bloqueados pela camada de O3), durante o ano
florestas com perda de biodiversidade e decomposição todo, entram mais fundo até a derme = causam câncer
anaeróbica da floresta morta inundada liberando CH 4. de pele e fotoenvelhecimento.
 Problemas das usinas nucleares: produção de lixo  Raios UVB: 1% dos raios UV. Que atingem a Terra.
atômico, liberação de água quente (para resfriamento Eles entram menos, chegando apenas até a epiderme,
de arrefecimento das turbinas) em ecossistemas porém, eles são mais agressivos, podendo causar
aquáticos = com o aumento da temperatura da água, também câncer de pele, além das queimaduras, lesões
diminui a solubilidade de O2 na água, diminuindo o na retina (cegueira), morte de fitoplâncton, ativação da
vitamina D e bronzeamento.

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 Raios UVC: completamente bloqueados pela camada (liga-se no Fe da Hb de modo estável formando a
de ozônio, não atingindo a Terra. São os mais metaemoglobina, impedindo o transporte de oxigênio e
agressivos. promovendo asfixia lenta), além da eutrofização
(aumento da quantidade de nutrientes em ecossistemas
Buracos na camada de ozônio – 1985 aquáticos).
 Principalmente nas regiões polares.
 Devido ao CFC, em refrigeração e como propelentes Eutrofização
de aerossóis.  Aumento de fertilizantes nitrogenados.
 Ventos de grande altitude levam CFC aos polos.  Aumento do esgoto doméstico.
 Os buracos na camada de ozônio são maiores no  Causa o aumento da quantidade de algas = floração
polo sul (Antártida) (mais frio que o polo norte), pois das águas: algas têm ciclo de vida curto e, quando
baixas temperaturas dificultam a renovação do ozônio. morrem, os restos orgânicos (algas mortas, esgoto,
petróleo), aumentam decompositores aeróbicos que
Protocolo de montreal – 1987 consomem o oxigênio (aumenta o DBO = débito
 Abolição do uso de CFC, sendo substituído por HFC. biológico de O2).
 Como o cloro do CFC que agride a camada de O3,  Diminui o teor de oxigênio = zonas mortas.
HFC sem cloro não agride a camada de O3.  Anaeróbicos quando aumentam liberam metano e
H2S.
Ciclo do Nitrogênio
 78% da atmosfera. Revolução Verde
 Somente pode ser usado por organismos fixadores  Após a 2ª Guerra, houve um grande aumento na
de N, ou seja, as bactérias com enzima nitrogenase. produção de alimentos por área plantada.
 Fixação de N consome muita energia, que é  Sementes híbridas: desenvolvidas por seleção
fornecida por respiração aeróbica (precisa de O2). artificial = melhoramento genético.
 Fixação de N é inibida por muito oxigênio (O 2  Desenvolvimento de pesticidas, como os inseticidas
promove oxidação e não redução). (agrotóxicos/defensivas agrícolas).
 A fixação de N precisa de O2 , mas em pequena  Fertilizantes inorgânicos: NPK.
quantidade.
 Como a fixação consome muita energia, sobra pouca Fixação de nitrogênio
energia para os fixados de N se reproduzirem: há  Artificial: método Haber-Bosch (N2 + H2 = NH3).
poucos fixadores de N na natureza = há pouco N fixado  Atividade vulcânica.
na natureza.  Biológica: por fixadoras: cianobactérias ou
 A falta de N fixado é um dos principais fatores que cianofíceas ou algas azuis: em ambientes aquáticos.
limitam a vida na Terra: para aumentar a produtividade Bactérias rhizobium sp: principais em ecossistemas
vegetal em agricultura, deve-se fornecer N fixado por terrestres. São mutualísticas com raízes de plantas
adubação = fertilização. leguminosas (o fruto é uma vagem: soja, feijão, ervilha,
 Fertilizantes orgânicos: estrume, húmus: matéria amendoim).
orgânica (ureia, ácido úrico) deve ser decomposta por  Elas vivem em nódulos nas raízes de leguminosas,
organismos decompositores e formando a matéria estando protegidas dos excessos de O2 que iriam inibir
inorgânica (amônia). a fixação.
 Fertilizantes inorgânicos: NPK (NO3-) = sais prontos  Leguminosas fornecem oxigênio às bactérias pela
para serem usados. São produzidos pela fixação artificial proteína leg-hemoglobina para que as bactérias façam
de nitrogênio. respiração aeróbica para que possam obter energia
 Excesso de fertilizantes nitrogenados: chuva ácida para a fixação.
(NO3- + água = HNO3), intoxicação humana por nitrato

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Biologia
 Leguminosas têm mais acesso a nitrogênio fixado, Ciclo da Água
tendo maior facilidade de produzir proteínas = são as  Ciclo curto: sem a participação de seres vivos,
plantas com maior teor de proteínas. envolvendo transformações físicas da água.
 Ciclo grande ou biólogo: passagem de água pelos
Adubação verde
seres vivos, envolvendo transformações químicas da
 Uso de leguminosas para enriquecer o solo de
água.
nitrogênio = permite o uso de menor quantidade de
fertilizantes.
 Rotação de culturas: cultivo alternado de
leguminosas (acumulam N) e não leguminosas
(esgotam N).
 Plantação consorciada: cultivo simultâneo de não
leguminosas e leguminosas.

Etapas do ciclo do nitrogênio


1. Fixação: N2 = NH3/NH4+ (amônia/amônio, que são
tóxicos).
Ciclo do Enxofre
2. Nitrificação – nitrosação: NH3/NH4+ = NO2- (nitrito,
 Presente em alguns aminoácidos, algumas vitaminas.
também tóxico) + E.
 Assimlição: originados da decomposição de
3. Nitratação: NO2- = NO3- (nitrato, menos tóxico para
compostos sulfurados.
as plantas = principal fonte de N para plantas) + E.
 Retorno: decomposição.
 Formação de moléculas orgânicas nitrogenadas:
 Importância ecológica: reação dos gases SO2 e SO4
através da amônia, do nitrato e de derivados da
com a água na atmosfera → formação das chuvas ácidas
fotossíntese, se produz aminoácidos, proteínas, bases
→ danos à agricultura e monumentos públicos.
nitrogenadas, ácidos nucleicos.
 Quando se queima combustível fóssil, libera SO2 e
4. Amonização = decomposição: moléculas orgânicas
SO3 como poluentes, (carvão > petróleo > gás natural).
nitrogenadas em cadáveres e excretas nitrogenadas são
 Esses óxidos de enxofre formam o SMOG, uma
decompostos por bactérias e fungos, liberando amônia
névoa de fumaça que causa irritação nos olhos e
(NH3), formando nitrato (etapa 2), sendo utilizados na
dificuldades respiratórias, além da formação das chuvas
produção de moléculas orgânicas ou indo para a
ácidas.
desnitrificação.
5. Desnitrificação: devolução do N2 para a atmosfera:
Ciclo do Fósforo
NO3- = N2, feito pelas bactérias pseudômonas, que só
 Componentes dos nucleotídeos, fosfolipídios, fosfato
desnitrificam em meios com pouco O2: pântanos,
de cálcio.
mangues.
 Assimilação: fosfatos liberados da erosão de rochas.
 Retorno: decomposição.

Dinâmica das populações


 Estudo do crescimento das populações.
 Potencial biótico: capacidade teórica máxima de
crescimento de uma população em condições ideias
(sem fatores limitantes). É constante para uma
população, só dependendo dela e sem influência do
meio.

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Biologia
 Resistência do meio: conjunto de fatores limitantes  De grandes dimensões: precisam de muitos recursos.
do crescimento = disponibilidade de água, alimento e  Fator limitante é a resistência do meio.
espaço, inimigos naturais como competidores,
predadores e parasitas. Crescimento na população humana
 Diminuição das taxas de mortalidade com a
Potencial biótico > resistência do meio = crescimento Revolução Industrial: avanços da medicina, saneamento
da população. básico, aumento da produção de alimento (pós 2ª
Guerra = Revolução Verde: pesticidas, sementes
Curva sigmoide ou “em S” híbridas, fertilizantes nitrogenados).
 Crescimento lento: há poucos indivíduos se  Capacidade de suporte para a espécie humana:
reproduzindo. 13,5bi.
 Crescimento rápido: exponencial = há muitos  Fatores limitantes para a espécie humana: ciclo de
indivíduos se reproduzindo. nitrogênio, de fósforo e do carbono.
 Equilíbrio: resistência do meio se opõe ao potencial  Taxa de fecundidade ou fertilidade: número médio
biótico: equilíbrio dinâmico com pequenas oscilações. de filhos por mulher ao longo da vida, sendo ideal a taxa
de reposição = taxa de fertilidade para que a população
humana fique constante = 2,1 a 2,2.
 Países ricos: baixa taxa de fertilidade, baixas tacas de
natalidade e baixas taxas de mortalidade = baixo
crescimento.
 Países pobres: altas taxas de fertilidade, altas taxas de
natalidade e baixas taxas de mortalidade = alto
crescimento.

Curva “em J”
 Curva de crescimento exponencial devido à ausência
de fatores de resistência ambiental.
 Representa um crescimento hipotético cujas
condições ambientais são ideais.

Espécies “r” e “k” estrategistas


 R: taxa de crescimento.
 K: capacidade de suporte.
 Taxa de natalidade: nº de nascimentos.
 Espécie “r” estrategista: com grande número de
 Taxa de mortalidade: nº de mortes.
descendentes, sem cuidado parental na prole, com alta
 Taxa de imigração: nª de indivíduos que chegam.
taxa de mortalidade nos jovens, chegando poucos
 Taxa de emigração: nº de indivíduos que saem.
indivíduos à idade adulta.
 População fechada: sem migração.
 De pequenas dimensões: uma pequena quantidade
 Densidade populacional: número de indivíduos por
de recurso já sustenta a população.
unidade de espaço (área/volume).
 Fator limitante não é a resistência do meio, mas a
taxa de crescimento.
Fatores que regulam o crescimento populacional
 Espécies “k” estrategistas: com pequeno número de
 Clima, disponibilidade de espaço, disponibilidade de
descendentes, com cuidado parental da prole, com alta
alimento, alterações na estrutura do ecossistema,
taxa de sobrevivência nos jovens, chegando muitos
indivíduos à idade adulta.
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Biologia
predatismo, parasitismo, competição intraespecífica,  Após o voo, os machos morrem e as rainhas perdem
competição interespecífica. as asas, se enterram no solo e começam a formar um
formigueiro.

Relações ecológicas  As saúvas cortam folhas para “adubar” a “plantação”


de fungos no formigueiro.
 Harmônicas: não causam prejuízos (+/+ ou +/o).
 Comunicação: feromônios.
 Desarmônicas: causam prejuízos (+/- ou +/o ou -/-).
 Intraespecíficas: dentro da mesma espécie.
3. Gregarismo: +/+, intraespecífica.
 Interespecíficas: entre espécies distintas.
 Associação temporária em bandos para migração,
Harmônicas defesa e/ou reprodução.
 Exemplo: bando de aves, cardumes de peixes.
1. Colônia: +/+, intraespecífica.
 Com ligação anatômica permanente.
4. Mutualismo: +/+, interespecífica.
 Vantagens: proteção, facilidade de reprodução,
 Obrigatório para pelo menos um dos associados.
divisão de trabalho.
 Exemplo: líquens (alga + fungos): indicadores de
 Isomorfa ou homomorfa ou homotípica: sem divisão
poluição (desaparecem rapidamente em áreas
de trabalho, ex: bactérias, corais.
poluídas), organismos pioneiros em sucessões
 Heteromorfa ou heterotípica: apresentam divisão de
ecológicas (1º a chegar num meio, facilitando a
trabalho, ex: cianobactérias, caravelas.
instalação de outros seres).
 Fungos incidem na rocha nua, liberam ácidos
2. Sociedades: +/+, intraespecífica.
digestivos que corroem a rocha, gerando reentrâncias
 Sem ligação anatômica permanente.
que acumulam poeira. Eles retêm água no solo e abrem
 Sempre apresentam divisão de trabalho.
caminho para as plantas se desenvolverem.
 Exemplo: insetos sociais com castas: classes sociais
 Micorrizas (raízes + fungos), bacteriorrizas (raízes +
imutáveis. São os cupins, as abelhas e as formigas.
bactéria rhizobium), herbívaros (ruminantes) + bactérias
produtoras de enzimas ceuloses, humanos + bactéria da
Colmeia: abelhas.
microbiota intestinal.
 Rainha: única fêmea fértil (2n).
 O excesso de antibióticos mata as bactérias da
 Zangões: únicos machos (n).
microbiota proliferam fungos, que liberam toxinas e
 Operárias: fêmeas estéreis, (2n).
causam diarreias.
 Estéril: operária, se alimenta de mel.
 Origem da microbiota: passagem do canal de parto;
 Fértil: rainha, que come a geleia real (mel +
amamentação.
hormônios sexuais).
 Manutenção da microbiota: probióticos (com
 Enxameamento: formação de nova colmeia.
microorganismos vivos, como bactérias lactobacillus, ex:
 Pela partenogênese, origina machos (n).
leite, iogurtes).
 Comunicação: feromônios, dança.

5. Protocooperação: +/+, interespecífica.


Formigueiro: formiga saúva.
 Não é obrigatório.
 Rainha ou iça ou tanajura: única fêmea fértil, quando
 Exemplo: charangueiro paguro (fornecem
jovem, é alada.
motilidade) e anêmonas-do-mar (fornecem proteção),
 Reis alados ou bitus: únicos machos.
pássaros paliteiros (fornecem remoção de parasitas nos
 Operárias: fêmeas estéreis, com funções gerais.
dentes) + jacarés (fornecem alimento e proteção).
 Soldados: fêmeas estéreis, para defesa.
 Quando jovens, as rainhas aladas abandonam o
formigueiro para o voo nupcial, onde são fecundadas
pelos reis alados.

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Biologia
6. Comensalismo: +/o, interespecífica.  Animal comendo folha.
 Uma espécie (comensal) usa restos de alimentos de  Herbivoria: animal come planta.
outra espécie sem ajudar/prejudicar.  Esclavagismo: uma espécie se aproveita do trabalho
 Exemplo: hienas + leões, peixes-piloto + tubarões, de outra espécie. Exemplo: vespas roubando mel em
rêmoras (“piolho de tubarão”, consegue alimento, colmeias, passados cucos põem ovos no ninho de
proteção e carona) + tubarões. outros pássaros.

6. Inquilinismo: +/o, interespecífica. Sucessão ecológica


 Uma espécie (inquilina) vive dentro de outra espécie  Conjunto de mudanças graduais, ordenadas e
sem ajudar ou prejudicar. previsíveis num ecossistema ao longo do tempo.
 Epibiose: uma espécie vive na superfície de outra
espécie sem ajudar ou prejudicar: epifitismo (planta vive 1. Estágio inicial: ecese.
sobre outra planta, como as orquídeas/bromélias em  Instalação de organismos pioneiros (1º a chegar num
árvores) ou epizoísmo (animal vive sobre outro, como as meio, facilitando a instalação de outros organismos).
cracas em baleiais).  Pioneiros: sempre autótrofos e, algumas vezes,
 Forésia: uma espécie é transportada por outra, sem fixadores de nitrogênio.
ajudar ou prejudicar, como os carrapichos e os animais.  Exemplo: cianobactérias = algas azuis, em lagos
recém-formadas, líquens em rochas nuas, gramíneas em
Desarmônicas dunas.
1. Canibalismo: +/-, intraespecífica.  Gramíneas: tolerante ao sol, retêm água no solo e
 Um indivíduo devora outro da mesma espécie. evitam erosão.
 Exemplo: canibalismo sexual = fêmea devora o
macho após o ato sexual (louva-a-deus, viúva-negra). 2. Estágios intermediários: séries ou seres.
 Arbustos (médio porte): tolerante ao sol, fazem
2. Competição: -/-, intraespecífica ou interespecífica. sobra.
 A demarcação de territórios evita competição (galos,
cachorros). 3. Estágio final: comunidade clímax.
 Instalação da última comunidade, sendo a mais
3. Amensalismo ou antibiose: +/- ou -/o, intraespecífica complexa e a mais estável possível.
ou interespecífica.  Não muda se o meio físico não mudar.
 Um indivíduo libera substâncias tóxicas (antibióticos)  Bioma: clímax típica de uma determinada região.
para matar ou inibir outro indivíduo, para eliminar  Árvores (grande porte): só nascem na sobra.
inimigos naturais.
 Exemplo: pinheiros, cactos, fungos, algas pirrófitas Sucessão ecológica em lagoa
ou dinoflageladas (neurotoxinas paralisantes do sistema  Pássaros bebem água em algum lago, grudam ovos
nervoso vertebral, causando parada respiratória. Em de peixe no seu bico, que são trazidos para o novo lago.
águas poluídas – eutrofizadas, as algas proliferam,
deixando a água vermelha = maré vermelha). Tendências da sucessão da ecese ao clímax
 Biodiversidade (nº de espécies) aumentam.
4. Predatismo: +/-, interespecífico.  Aumentam a complexidade (nº de nichos).
 Predador mata a presa de imediato.  Aumentam a biomassa (matéria orgânica).
 Amentam a taxa de respiração.
5. Parasitismo: +/-, interespecífica.  São máximos e constantes quando chega ao clímax.
 Parasita não mata o hospedeiro de imediato, mas no
longo prazo.

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Biologia
 A produtividade líquida diminui (energia que sobra):  Luminosidade: diminui com o aumento da
produtividade bruta (energia recebida) – taxa de profundidade.
respiração (energia consumida).
1. Zona eufótica: de 0 a 80 metros, com muita luz,
Sucessão primária muita fotossíntese, muita matéria orgânica, muita
 Em meios onde nunca houve um ecossistema antes. diversidade de vida.
 Lagos recém-formados, rocha nua, duna. 2. Zona disfótica: de 80 a 400 metros, com pouca luz,
 Não são influenciadas por comunidades pouca fotossíntese, pouca alga, pouca matéria orgânica,
previamente existentes. pouca quantidade/diversidade de vida.
3. Zona afótica: abaixo de 400 metros, sem luz, sem
Sucessão ecológica fotossíntese, sem algas, depende de matéria orgânica
 Em meios onde havia um ecossistema que foi importada: chuva de detritos (restos de organismos
perdido. aquáticos mortos que afundam). Pouquíssima matéria
 Plantações, queimadas. orgânica e diversidade de vida. Animais adaptados a
 São influenciadas por comunidades previamente altas pressões hidrostáticas. Alguns poucos
existentes. ecossistemas são mantidos pela quimiossíntese.
 É mais rápida, pois aproveita nutrientes deixados
pela sucessão primária. Organismos
 Plâncton: comunidade de organismos que flutuam
Floresta Plantação na superfície da água, à deriva. São microscópicas.
Clímax Ecese da sucessão 2ª  Fitoplâncton: autótrofo, base da cadeia alimentar.
Produtividade líquida PL alta São as cianobactérias, algas microscópicas.
quase zero  Zooplâncton: heterótrofo: protozoários, larvas de
Quase não sobra matéria Sobra muita matéria animais aquáticos, microcrustáceo.
orgânica para quem não orgânica  Nécton: nadam ativamente na massa de água. São
é do ecossistema os peixes, mamíferos aquáticos.
Alta biodiversidade: Baixa biodiversidade:  Bênton: vivem sobre ou sob o leito marinho. São as
muitos predadores, poucos predadores: algas coralináceas, esponjas, corais, ouriços-do-mar,
pouco vulnerável a muito vulnerável a siris.
pragas pragas
Ressurgência
 Aumento da produtividade das algas, matéria
Biosfera orgânica e peixes em águas mais frias.
 Conjunto de todos os ecossistemas da terra ou  A partir de 200 metros de profundidade, a
conjunto de todas as regiões da terra com vida. temperatura é constante de 2 a 3oC (influenciada pela
 Talassociclo: água salgada, 71% da terra. latitude e por correntes marinhas).
 Limnociclo: água doce, menos de 1% da terra.  Quando a água fria, de maior densidade, afunda,
 Epinociclo: terra, 27% da terra. desloca os nutrientes do fundo do oceano para a
superfície, proporcionado para as algas.
Talassociclo
 Biociclo de água salgada, com profundidade média Limnociclo
de 4km, com profundidade máxima de 11km.  Biociclo de água doce.
 Salinidade: 3,5g de NaCl/L.  Província lêntica: água doce parada = lagoas, lagos.
 Pressão hidrostática: aumenta 1 atm a cada 10m de Como não está em movimento, facilita a ficação de algas
profundidade. e alta atividade de fotossíntese (alta matéria orgânica,

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Biologia
alta quantidade e diversidade de peixes, alto consumo  Sotavento: parte da serra voltara para o sertão, com
de oxigênio e baixo teor de oxigênio). baixa pluviosidade = caatinga.
 Província lótica: água doce em movimento: rios.
Dificuldade de fixação das algas, baixa fotossíntese,  Ventos levam as chuvas para cima do equador,
baixa matéria orgânica, baixa diversidade e quantidade chovendo mais.
de peixes, menor consumo de oxigênio e maior teor de  Os desertos estão localizados em cima dos trópicos,
oxigênio. Dependem da ajuda de matéria orgânica pois recebem menos chuva.
importada das margens (folhas, frutos das plantas das
margens, água que escoa com nutrientes). Floresta tropical ou equatorial ou úmida ou
pluvial ou ombrófila
Biomas terrestres  Região tropical ou equatorial, com muita luz, muito
 Epinociclo: biociclo terrestre. calor e muita água (chuvas regulares), com alta atividade
1. Florestas: vegetação com predomínio de árvores fotossíntese, o que proporciona grande número de
(vegetação arbórea, de grande porte). biodiversidade e de densidade.
2. Campos: com predomínio de arbustos, plantas de  Estratificada: com vários estratos, com microclimas
médio porte e ervas. peculiares.
3. Campos sujos ou savanas: com árvores.  Dossel: estrato superior, adaptado ao sol (heliófilo),
4. Campos limpos: quase sem árvores. com mais vento e menor umidade.
5. Deserto: ausência ou quase ausência de vegetação.  Sub-bosque: estrato mais inferior, adaptada à soma
(ombrófilo), pouco vento e muita umidade. Com muitas
 Cada biocora se divide em vários biomas: epífetas, ou seja, que vivem sobre outras plantas sem
comunidades clímax típicas de uma região geográfica. ajudar ou prejudicar, para receber mais luz.
 Apresentam solo pobre: no sub-bosque, há alta
Fatores abióticos que influenciam na vegetação temperatura e alta umidade, com muitos
 Luminosidade, disponibilidade de água, decompositores que promovem uma decomposição
disponibilidade de sais, temperatura. rápida, assim, os restos orgânicos são rapidamente
 Clima: sucessão dos estados de tempo numa região decompostos em nutrientes inorgânicos, que são
(meteorológicos). É determinado pela latitude. prontamente absorvidos pelas raízes das plantas: os
 Latitudes baixas: mais luz, maior temperatura, mais nutrientes se acumulam nas plantas e não no solo, que
chuvas (alta taxa de vaporação da água + ventos). Raios é pobre.
de sol perpendiculares à superfície da terra, delimitam  Caso haja desmatamento: com remoção das plantas,
uma área menor iluminada, com maior concentração de há remoção dos nutrientes, portanto, não é adequado
calor. São as regiões equatoriais. ao plantio.
 Latitudes baixas: regiões temperadas, polares.  Com a remoção das plantas, não há folhas para
 Relevo: quanto maior a altitude, menor a amortecer chuvas, assim, elas promovem erosão do solo
temperatura, pois a Terra é aquecida de baixo para cima. e lixiviação (lavagem de nutrientes).
Os raios UV incidem e refletem na forma IV, ou seja,  São encontradas na Floresta do Congo, Selvas
calor. Asiáticas, Floresta Amazônica, Mata Atlântica.
 A cada 100 metros de altura, a temperatura diminui
cerca de 1oC. 1. São higrófilas, adaptadas a umidade alta.
 Pluviosidade: nuvens de chuva não conseguem 2. São latifoliadas, com folhas grandes para aumentar a
ultrapassar relevo alto. Exemplo: no nordeste do Brasil, superfície para fazer fotossíntese e para eliminação de
com serras no litoral, bloqueia as chuvas oceânicas. excessos de água (evapotranspiração).
 Barlavento: voltada para o oceano, com grande 3. Perenifólia: com folhas que não caem na seca.
pluviosidade: floresta tropical = mata atlântica.

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Biologia
Floresta Amazônica  A falta de água não é um fator limitante, sendo esse
 Maior bioma brasileiro, com 40% do territorial o solo, que é ácido, o que dificulta a absorção de
nacional, principalmente na região norte. nutrientes, como o ferro, é pobre em nutrientes (pobre
 É drenada pela bacia do Rio Amazonas (maior bacia em nitrogênio) e rico em alumínio (tóxico para as
hidrográfica do planeta). plantas).
 As plantas são pseudoxemorfas, parecendo xerófitas,
1. Mata de igapó: nas margens dos rios, sempre mas não são pois há água abundante. Apresentam
inundadas. escleromorfimo oligatrófico, ou seja, forma endurecida
2. Mata de várzea: próxima das margens dos rios, por pouco nutriente, com raízes longas para absorver
periodicamente inundada (nas cheias). água no subsolo, com caules e galhos retorcidos e com
3. Mata de terra firme: distante das margens dos rios, casca grossa: a falta de nitrogênio dificulta a produção
nunca inundada. de proteínas desviando o metabolismo para produzir
4. Flores semiúmida: transição com outras vegetações mais carboidrato (celulose, que se acumula na casca de
= ecótono (zona de transição entre ecossistemas, com moto irregular, dando aparência grossa e retorcida).
alta biodiversidade).  Vantagem: essas cascas grossas protegem contra
incêndios frequentes, devido à baixa pluviosidade e ao
 Matas ciliares, de galeria ou ripárias: localizadas nas ar seco.
margens dos rios, protegendo os rios contra erosão e  Com folhas espessas, quebradiças e com cutículas
assoreamento (diminuição da profundidade dos rios espessas: impermeabilizantes.
pelo acúmulo de detritos, como a terra).  Como o solo é muito ácido, para que se possa
plantar, deve-se corrigir a acidez com calagem.
Mata Atlântica  É a Savana de maior biodiversidade da terra.
 No litoral do Brasil, da região nordeste à região sul e
nos mares de morros no sudeste. Caatinga
 Vegetação mais degradada do Brasil, restando cerca  Terceiro maior bioma do Brasil, no nordeste e parte
de 3 a 5% da original, pela exploração do extrativismo, em Minas Gerais.
da agropecuária da expansão urbana.  Caatinga = “mata branca”, perdendo as folhas na
 Hotspots: área de alta biodiversidade, alto seca para reduzir a perda de água por
endesmismo (espécies exclusivas e alto grau de evapotranspiração.
degradação).  Muita luz, alta temperatura, baixa pluviosidade e com
chuvas irregulares (concentradas no primeiro semestre
Campos do ano).
 Com predomínio de vegetação arbustiva e herbácea.  Com solo impermeável, o que dificulta a infiltração e
 Em regiões tropicais ou temperadas (muita luz e acumulação da água no solo, facilitando sua
pouca pluviosidade). evaporação.
 Savanas africanas, Cerrado, Caatinga.  Xeromorfismo: adaptada a seca.
 Caducifólia ou decídua: com folhas caducas, que
Cerrado caem na seca para reduzir a perda de água.
 Hotspots.  Microfoliada: folhas pequenas para reduzir a
 Segundo maior bioma brasileiro, com 25% do superfície de perda de água, podendo ser aciculifoliada
território nacional, principalmente na região centro- (com espinhos para reduzir muito a superfície de perda
oeste. de água), como nos cactos, (com caule cladódio, que
 Muita luz, altas temperaturas e baixa pluviosidade, armazena água e é clorofilado para fazer fotossíntese).
mas muita água no subsolo.  Raízes longas: para absorver água do solo, com
estômatos de fechamento rápido.

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Biologia
Campos limpos e Pampas  Há incêndios frequentes, sendo necessário o calor do

 Quase sem árvores. incêndio para quebrar a dormência das sementes de


pinheiros e ativar a germinação.
Desertos  Estão no norte da América do Norte (Canadá), da
 Com ausência ou quase ausência de vegetação. Europa e da Rússia (a maior floresta do planeta em área
 Maioria localizada sobre os trópicos, com alta ocupada, porém, com baixa biodiversidade e baixa
luminosidade e baixíssima pluviosidade. densidade de vegetação).
 Vegetação xeromórfica, adaptada a seca.
 Com animais adaptados a perder pouca água: com
Tundra
hábitos noturnos, com poucas glândulas sudoríparas,  Acima do círculo polar ártico, com baixas

com urina concentrada. temperaturas, sendo 9 meses de inverno, sem

 Com pouca vegetação, há pequena umidade do ar vegetação e apenas neve. Os outros 3 meses de verão

que dificulta a retenção de calor, portanto, o calor parte do solo derrete, desenvolvendo uma vegetação

produzido de dia não é retido de noite = grande rasteira com musgos e líquens.

amplitude térmica.  Permafrost: parte do solo fica permanentemente

 Maioria localizados sobre os trópicos. congelado, mesmo no verão, acumulando metano.

 Antártida: deserto gelado.


Manguezais
 Hemisfério Sul: Atacama (Chile), Kalaharia (África).
 Do Amazonas ao Paraná, sendo pouco influenciados
 Hemisfério Norte: Vale da Morte (EUA), Saara
pelo clima, em regiões litorâneas protegidas da ação
(África), Arábia (Oriente Médio).
direta do mar, próximas aos estuários (fozes).
Floresta Temperada ou decídua  Com água salobra (salgada e doce), rica em

 Na Zona Temperada, com quatro estações bem nutrientes, sendo eutrofizada.

definidas, com pluviosidade média, com chuvas  Água salgada mais densa afunda e desloca os

regulares. nutrientes do fundo para a superfície, proporcionando

 Caducifólia: perde as folhas na estação seca. maior atividade das algas na superfície.

 Com baixa biodiversidade e baixa densidade.  Com muita matéria orgânica e muitas bactérias

 Com menor temperatura e menor umidade, há decompositoras aeróbicas, que consomem muito

decomposição mais lenta. Parte da matéria orgânica em oxigênio (alto débito biológico de O2).

decomposição se acumula sobre o solo, formando  O baixo teor de oxigênio proporciona proliferação

serapilheira, que ajuda a enriquecer o solo. de anaeróbicos que liberam metano e H2S (odor fétido).
 Grande biodiversidade aquática: muitos peixes,
Floresta de Coníferas ou Taiga moluscos, crustáceos.
 Próximo ao círculo polar ártico, com baixas  Com pequena biodiversidade terrestre.
temperaturas e predomínio de gimnospermas:  Higrófila: adaptada a umidade.
pinheiros.  Halófila: adaptada ao sal, com células com alta
 Formato cônico para evitar o acúmulo de neve. concentração de sal e alto potencial osmótico para
 Aciculifoliada: com folhas e agulha para evitar o diminuir as perdas de água por osmose.
acúmulo de neve e reduzir a perda de água.  Solo encharcado, com muita água e com pouco O2:
 Perenifólia: folhas não caem na seca. com raízes respiratórias ou pneumatóforas, com
 Heliófila: adaptada ao sol, com folhas pequenas, elas geotropismo negativo, saindo do solo para absorver

precisam de muita luz para fazer fotossíntese. oxigênio no ar, pelos orifícios pneumatódios.

 Com súber espesso: impermeabilizante e isolante  Solo lodoso e instável, com raízes escola para

térmico. sustentação.

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Biologia
 Algumas plantas com frutos que apresentam Biomas mundiais
sementes liberando as raízes ainda dentro do fruto,
caindo e fixando a planta no solo. O fruto impede o
afundamento da semente no solo.
 Áreas de reprodução para peixes, com águas calmas,
escuras (facilitando esconderijo) e ricas em nutrientes,
além de fornecerem o amortecimento do impacto de
ondas, marés e tsunamis.
 São áreas de ecótono, fronteira entre terra, rio e mar.

Mata dos cocais


 Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, com
predomínio de palmáceas. Desequilíbrio ecológico
 Quebra de sinergismo ambiental: pela perda de
Pantanal Matogrossense biodiversidade.
 Maior planície alagável da terra, ficando  Variedade de espécies no mundo: 1,5 milhões de
periodicamente alagada. espécies registradas.
 Pantanal não é um pântano, pois esses são alagados  O Brasil é o país de maior biodiversidade em número
permanentemente. total de espécies e em número de espécies endêmicas.
 Endêmica: com distribuição geográfica restrita.
Mata de Araucária ou dos Pinhais  Cosmopolita: com distribuição geográfica ampla.
 Nas regiões serranas do Sul, com predomínio de  Ilhas tendem a possuir muitas espécies endêmicas
araucárias ou pinheiro-do-paraná. devido ao isolamento geográfico levando à especiação.
 Biopirataria: uso ilícito dos recursos biológicos de
Biomas brasileiros uma região, como aconteceu com a seringueira.

Hotspots
 34 biomas da terra com 75% da biodiversidade do
planeta.
 Área com alta biodiversidade, com alto grau de
endemismo (pelo menos 1500 espécies exclusivas de
plantas) e alto grau de degradação (pelo menos ¾
destruídos).
 Brasil: Mata Atlântica e Cerrado.
 Extinção: perda de biodiversidade, perdas
econômicas indiretas e diretas.
 Espécies-chave: fundamentais para a manutenção de
determinadas teias alimentares, das quais várias outras
espécies dependem, como os corais.
 Extinção primária: por ação direta do homem.
 Extinção secundária: de espécies que dependem da
espécie que foi eliminada na extinção primária.

Extinção de ação antropogênica


 1ª causa: destruição/fragmentação de hábitats.

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Biologia
 2ª causa: introdução de espécies exóticas. Desenvolvimento sustentável
 3ª causa: caça indiscriminada, pesca predatória.  Sustentabilidade: uso de recursos naturais de modo
a suprir as necessidades atuais da humanidade, sem
Destruição de habitats comprometer as gerações futuras.
 Desmatamento: para extrativismo de madeira,  Equilíbrio entre o consumo e a proteção dos recursos
extração de minérios, agricultura, pecuária. ambientais.
 Na Amazônia, a principal causa de desmatamento é  Exploração dos recursos naturais com equilíbrio
a criação de pasto para o gado e o cultivo de soja. entre economia, sociedade e meio ambiente.
 Queimadas: limpeza de terreno, aumento da  Conservação: proteção com uso direto sustentável.
fertilidade do solo ao curto prazo (acelera a reciclagem  Preservação: proteção sem uso econômico direto.
de nutrientes, convertendo matéria orgânica em matéria  Unidades de conservação: áreas legalmente
inorgânica, o que disponibiliza nutrientes minerais no protegidas no Brasil: “reservas ecológicas” de uso
solo). sustentável ou de proteção integral.
 Problemas das queimadas: diminuição da fertilidade  Áreas de proteção permanente: obrigatoriamente
do solo no longo prazo: morte de micro-organismo no preservadas, como os mananciais (reservas de água
solo, como os decompositores e as bactérias fixadoras superficiais/subterrâneas), nascente de rios, mata
de nitrogênio. Liberação de CO2 que aumenta o efeito ciliares, manguezais, encostas com inclinação superior a
estufa e pode promover chuvas ácidas, além da 45o (raízes seguram o solo, evitando deslizamento).
liberação de fuligem, que absorve a umidade do ar, que  Reservas legais: obrigatoriamente protegidas mesmo
fica mais seco, levando ao aumento na incidência de em terrenos privados.
doenças respiratórias. Destruição de folhas que
amortecem a força da chuva, destruindo raízes que Conferências da ONU sobre o meio ambiente
agregam o solo, promovendo o aumento da erosão.  1972 – Estocolmo: conferência das nações unidas
 Fragmentação de habitats: aumento do efeito de sobre o meio ambiente.
borda: os limites de um certo ecossistemas são as áreas  1992 – Conferência das nações unidas sobre o meio
mais vulneráveis a intervenções antrópicas e a vento, ambiente e o desenvolvimento: Rio 92 ou Eco 92:
chuvas, etc. convenção da biodiversidade: proteção da
 Facilitação de endocruzamentos em fragmentos biodiversidade e divisão justa dos ganhos advindos da
pequenos, com pequenas populações: diminuição da biodiversidade. Agenda 21: compromisso com o
variabilidade genética, aumento do risco de doenças desenvolvimento sustentável.
genéticas, o que aumenta o risco de extinção.  2012 – Rio: conferência das nações unidas sobre o
 Corredores ecológicos: áreas protegidas ligam desenvolvimento sustentável: Rio + 20: renovação do
reservas ambientais para permitir o fluxo gênico. compromisso com o desenvolvimento sustentável.
 Bioinvação: introdução de espécies exóticas ou
invasoras num ecossistema: podem virar pragas devido Poluição
ao grande aumento populacional: alta taxa de  Qualquer alteração desfavorável do meio ambiente
reprodução, abundância de alimento, ausência de por resíduos ou subprodutos da ação humana, que
inimigos naturais, podendo levar à extinção de espécies pode ser física, química ou biológica.
nativas, agindo como competidoras, predadoras ou
parasitas. 1. Física
 Caramujo gigante africano: trazido para produção de  Poluição sonora, visual, térmica em ecossistemas
escargot. Foram abandonados, começaram a agir como aquáticos (aumento da temperatura da água diminui a
praga agrícola, transmitindo verminosas. solubilidade do oxigênio, diminuindo o teor de O2
dissolvido na água, asfixia seres aquáticos).

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Biologia
 Despejo de água de arrefecimento de usinas  Mercúrio (Hg): usado na mineração de ouro, em
nucleares. amálgama em restaurações dentárias, indústrias de
 Despejo de vinhoto ou vinhaça (resíduo pastoso, pilas, baterias, tintas, chapéus. O metálico é inofensivo,
malcheiroso e quente produzido na geração de álcool a porém, algumas bactérias convertem o mercúrio
partir da cana de açúcar). O vinhoto é rico em matéria metálico em metil-mercúrio, que é orgânico e tóxico aos
orgânica e pode causar eutrofização, podendo ser seres vivos, podendo causar lesões neurológicas,
utilizado como fertilizante. cegueiras, surdez, demência, lesões hepáticas, renais,
 Poluição por partículas em ecossistemas aquáticos: etc.
boqueio de luz e prejuízo à fotossíntese. Poeira, lamas  Chumbo (Pb): usado em aditivos para gasolina,
(assoreamento/soterramento do rio, com diminuição da como pesos em redes de pesca, em indústria de tintas,
profundidade). medicamentos, inseticidas, fungicidas, pilhas, baterias.
 Poluição por radiação (isótopos radioativos) causam
mutações, câncer, queimaduras, anemia aplástica Biomagnificação, magnificação trófica ou
(lesões na medula óssea). As mutações germinativas bioacumulação
(gametas ou células que originam gametas) têm efeito  Acúmulo de substâncias não biodegradáveis (ex:
hereditário. metais pesados, inseticidas, isótopos radioativos), no
 Explosões nucleares, vazamentos nucleares (iodo-131 todo das cadeias alimentares em concentrações
causa câncer de tireoide), (Sr-90 – da família do cálcio: progressivamente maiores.
causa câncer de osso, leucemia), (Cs-137 vários
cânceres). Detergente: dissolvem a bicamada lipídica nas
membranas celulares e removem lipídios
Inversão térmica impermeabilizantes na pele de aves e mamíferos
 Ar quente próximo ao solo é leve e sobe, levando os (glândulas uropígeas em aves e sebáceas em mamíferos:
poluentes, o que afasta os poluentes do solo e dos para produzir lipídios para impermeabilizar penas/pelos.
humanos = normal.  Originalmente, não eram biodegradáveis, se
 Nas épocas de inverno, com nuvens de poluição, há acumulavam e formavam nuvens de detergentes.
diminuição na intensidade do sol, assim, os raios UV
mais fracos não atravessam a nuvem de poluição, Petróleo: “maré negra”
causando reflexão e gerando raios IV. O solo não é  Afundamento de petroleiros, vazamento em
aquecido, não produz ar quente, não leva poluentes oleodutos.
embora, ficando retidos próximos ao solo = intensifica  Não se misturam com água e são menos denso que
os efeitos dos poluentes para os humanos (problemas elas, formando uma película escura na superfície da
respitarórios). água, bloqueando a passagem de luz: prejudica a
fotossíntese, consequentemente, prejudicando as
2. Poluição química cadeias alimentares por diminuir a produção de
 Qualitativa: poluentes não encontrados nutrientes e oxigênio.
normalmente nos ecossistemas, poluindo em qualquer  São biodegradáveis, o que promove a eutrofização.
quantidade.  Podem aderir a superfície respiratória como as
 São os plásticos, detergentes, CFC, metais pesados, brânquias e narinas, causando asfixia diretamente por
etc. obstrução.
 Quantitativa: poluentes encontrados normalmente  Se ingeridos, causam lesões hepáticas, neurológicas,
em ecossistemas. Só poluem em grandes quantidades. renais.
 CO2, CO, SOX, NOX, esgoto doméstico.  Sobre a pele, podem reter calor, causando
 Metais pesados: mercúrio, chumbo, cádmio. hipertermia e queimaduras.

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Biologia
 Podem remover os lipídios que impermeabilizar Lixões à céu aberto
penas de aves e pelos dos mamíferos: penas absorvem  Ambientes para despejo de lixo sem que haja
água, o animal fica pesado, afunda e se afoga, ou preparação do meio para recebe-lo e sem tratamento,
podendo morrer por hipotermia. com vantagem no custo operacional.
 Controle do petróleo derramado: uso de barreiras,  Mau cheiro.
remoção mecânica, detergentes (petróleo interage com  Proliferação de animais nocivos como moscas,
a água e afunda, afetando diretamente os seres baratas, ratos (que podem transmitir doenças).
bentônicos), biorremediação (uso de microorganismos  Liberação de chorume ou lixivia: líquido preto e
para remover o petróleo (diminui o teor de oxigênio, malcheiroso que pode contaminar solo e/ou lençóis
causa zonas de mortes de aeróbicos). freáticos.
 Liberação de metano: resultado da decomposição
Eutrofização
anaeróbica da matéria orgânica do lixo, podendo causar
 Aumento da quantidade de nutrientes minerais NPK
incêndio/explosões por ser inflamável e contribuir para
em ecossistemas aquáticos.
o aquecimento global.
 Excesso de fertilizantes inorgânicos, esgotos
 Atração de pessoas de baixa renda que se expõe aos
domésticos (precisam ser decompostos para liberar
animais nocivos e às doenças por eles transmitidas.
NPK), petróleo (decomposto por bactérias
decompositoras aeróbicas) = NPK: causa a proliferação
Aterros
de algas (cianobactérias que produzem toxinas) e
 Ambientes que recebem uma preparação mínima
plantas aquáticas = floração das águas, as algas
para receber o lixo, com desvantagem no maior custo
morrem, aumenta a quantidade de matéria orgânica em
operacional e com a vantagem e receber uma cobertura
decomposição, aumenta a quantidade de bactérias
impermeável no solo para impedir a infiltração de
decompositoras aeróbicas = aumenta o consumo de
chorume.
oxigênio na água.
 Recebe periodicamente camadas de terra, que
 Aumento do DBO – débito biológico de oxigênio ou
evitam o mal cheiro e a proliferação de animais.
demanda bioquímica: diminui o teor de oxigênio =
 Possui tubulações para recolher metano (pode ser
“zonas mortas”.
queimado, sendo convertido em CO2, o que diminui os
 Anaeróbicos em grande quantidade liberam metano
riscos de incêndio, explosões, diminui o aquecimento
e H2S.
global, visto que o CO2 retém menos calor).
 Para evitar eutrofização a partir de esgotos
 O metano pode ser utilizado como combustível:
domésticos: lançamento de esgoto doméstico em
biogás.
oceanos (águas profundas: onde há mais água para
 Biodigestores: produzem metano a partir de lixo
diluir o esgoto, diminuindo o impacto).
orgânico, através de decomposição anaeróbica.
 Para recuperar ambientes eutrofizados deve-se
fornecer oxigênio para haver decomposição aeróbica de
Aterros sanitários: construídos para receber lixo.
matéria orgânica.
Aterros controlados: adaptação de lixões.
 Tratamento de esgoto doméstico: lagos de oxidação
com oxigênio (bombeamento de O2).
Incineração
 Fezes podem apresentar microorganismos
 Principalmente para lixo contaminado (como lixo
patogênicos de transmissão oral-fecal.
hospitalar).
 Bioindicação: organismos vivos que agem como
 Vantagem: diminuição do volume do lixo, eliminação
indicadores de poluição.
de contaminantes biológicos.
 Desvantagens: liberação de CO2.

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Biologia
 Compostagem: produção de adubo a partir de lixo
orgânico, que com água e oxigênio libera nutrientes
inorgânicos minerais = NPK.

Coleta seletiva de lixo


 Matéria orgânica para compostagem, lixo hospitalar
para incineração, pilhas e baterias para reciclagem para
impedir que metais pesados tóxicos sejam liberados no
meio.
 Cores para lixeira: vermelha para plástico, amarela
para metal, verde para vidro, azul para papel, marrom
para resíduos orgânicos, branco para lixo hospitalar.
 Substâncias biodegradáveis: obrigatoriamente
orgânicas, podendo ser utilizadas no metabolismo de
algum ser vivo. Não se acumulam no meio.
 São as fezes, urina, restos de alimentos (em excesso,
podem causar eutrofização), petróleo, inseticidas,
alguns detergentes, alguns plásticos (tóxicos e/ou
prejudiciais ao ecossistema).
 Substâncias não biodegradáveis: inorgânica ou
orgânica. Não podem ser utilizadas no metabolismo de
algum organismo vivo, se acumulando no meio por um
longo período de tempo.
 São os vidros, metais, maioria dos plásticos,
inseticidas.

Reciclagem
 Para papel, metal, plástico, vidro.
 3R: reduzir, reaproveitar e reciclar.
 5r: + repensar e recusar (produtos fabricados por
empresas que não respeitam o desenvolvimento
sustentável).

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