DE BIOLOGIA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
02
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
http://lattes.cnpq.br/2531311925087366
APRESENTAÇÃO
NIVELAMENTO DE BIOLOGIA
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caros Alunos,
Vocês iniciarão um curso que resgatará alguns conteúdos abordados no ensino médio
sobre os conteúdos de biologia e bioquímica. Essa abordagem tem como objetivo con-
solidar alguns conceitos fundamentais dessas áreas, a fim de colaborar no melhor rendi-
mento das disciplinas relacionadas em diferentes cursos de graduação.
Esse material foi elaborado da mesma forma que a lógica da vida.
Iniciaremos a unidade I conhecendo as características gerais da vida, bem como os as-
pectos que distinguem os seres vivos dos não vivos. Apresentaremos a teoria evolucio-
nista, que explica a origem da vida no planeta, além de nos dar uma visão geral sobre
a estrutura celular dos primeiros seres vivos - as células procariontes, atualmente pre-
sentes nas bactérias. Além disso, descreveremos a estrutura das células mais complexas
que formam todos os demais seres vivos - a célula eucarionte, que apresenta algumas
diferenças entre os animais e vegetais. Essa unidade nos dará também uma visão geral
da diversidade dos seres vivos e de suas características comuns, que nos permitem agru-
pá-los em reinos. Por fim, saberemos mais sobre os mecanismos pelos quais os seres
vivos obtêm energia para a manutenção da vida.
A unidade II será dedicada à bioquímica celular, abordando a estrutura de vários com-
postos orgânicos e inorgânicos que formam as células. As moléculas inorgânicas são
água e minerais, e as macromoléculas orgânicas, por sua vez, são: proteínas, carboidra-
tos, lipídios e ácidos nucléicos. Estudaremos também sobre os monômeros que consti-
tuem as células.
Na unidade III, abordaremos a estrutura morfológica da célula eucarionte, caracterizan-
do morfológica e funcionalmente cada uma de suas organelas. Conheceremos também
alguns mecanismos que permitem o intercâmbio de moléculas entre a célula e o meio
extracelular.
Terminaremos essa unidade abordando a reprodução celular, mecanismo que promove
a reprodução da célula. Abordaremos a divisão mitótica, responsável pela proliferação
celular e a divisão meiótica, responsável pela formação de gametas.
Espero que esses tópicos possam ajudá-lo a compreender melhor a organização da uni-
dade fundamental da vida: a célula.
Bom estudo!!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
A LÓGICA DA VIDA
15 Introdução
24 Célula Procarionte
40 Considerações Finais
46 Referências
48 Gabarito
UNIDADE II
51 Introdução
75 Considerações Finais
80 Referências
82 Gabarito
UNIDADE III
85 Introdução
86 Membrana Citoplasmática
95 Organelas Citoplasmáticas
103 Núcleo
115 Referências
117 Gabarito
116 CONCLUSÃO
Professora Dra. Marcia Cristina de Souza Lara Kamei
I
UNIDADE
A LÓGICA DA VIDA
Objetivos de Aprendizagem
■ Identificar as características que definem a vida.
■ Compreender os níveis de organização dos seres vivos.
■ Conhecer a teoria evolucionista sobre a origem da vida no planeta.
■ Reconhecer a célula como unidade fundamental da vida.
■ Identificar a classificação dos seres vivos.
■ Diferenciar células eucariontes e procariontes.
■ Caracterizar células eucariontes animal e vegetal.
■ Conhecer alguns princípios metabólicos que determinam a vida.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Características dos seres vivos
■ Organização dos seres vivos
■ Diversidade dos seres vivos
■ Origem da vida e evolução das células
■ Célula procarionte
■ Célula eucarionte animal
■ Célula eucarionte vegetal
■ Obtenção de energia para o metabolismo celular
13
INTRODUÇÃO
Introdução
14 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS
Os seres vivos que habitam o planeta atualmente apresentam uma imensa diver-
sidade de formas. No entanto, todos seguem os mesmos princípios básicos que
definem a vida.
Toda matéria tem o mesmo princípio de organização: são formadas por áto-
mos que se agregam e formam moléculas. Biologicamente, somos um agregado
de moléculas.
Você já se perguntou o que nos diferencia dos seres inanimados?
Será que existem algumas propriedades que nos distinguem como seres vivos?
A resposta é sim. Algumas características estão presentes apenas nos seres
vivos. Vamos conhecê-las:
CONSTITUIÇÃO QUÍMICA
A LÓGICA DA VIDA
15
porém, não são formados exclusivamente por moléculas orgânicas, pois pos-
suem também moléculas inorgânicas com H2O (água), por exemplo. Entretanto,
moléculas orgânicas existem apenas na constituição dos seres vivos.
ORGANIZAÇÃO CELULAR
METABOLISMO
É o conjunto das reações químicas que ocorrem num organismo vivo, com o
objetivo de promover a satisfação das necessidades estruturais e energéticas.
O metabolismo tem quatro funções específicas:
■ Obter energia química pela degradação de nutrientes ricos em energia
oriundos do ambiente;
■ Converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais, pre-
cursoras das macromoléculas celulares;
■ Reunir e organizar essas unidades fundamentais em proteínas, ácidos
nucléicos e outros componentes celulares;
■ Sintetizar e degradar biomoléculas necessárias às funções especializa-
das das células.
As atividades metabólicas são classificadas em dois grupos, denominados ana-
bolismo (reações de síntese) e catabolismo (reações de degradação).
REPRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Apesar de a atividade reprodutora pertencer às atividades metabólicas dos seres
vivos, temos que destacar essa característica, responsável pela propagação da vida.
Todo indivíduo tem um ciclo de vida – Ele nasce, cresce, envelhece e morre. A
vida individual se extingue, mas, pela propriedade de reprodução, produzimos
organismos idênticos ou semelhantes, e a vida desse modo se mantém.
MUTAÇÃO
A LÓGICA DA VIDA
17
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A LÓGICA DA VIDA
19
las procariontes.
■ Protista – Inclui os seres vivos unicelulares eucariontes.
■ Fungi – Compreende os organismos eucariontes e heterotróficos que se
alimentam de nutrientes absorvidos do meio, com espécies unicelulares
e pluricelulares formadas por filamentos denominados hifas.
■ Plantae – Compreende os organismos pluricelulares eucariontes
autotróficos.
■ Animalia - Compreende os organismos pluricelulares eucariontes
heterotróficos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 2- Classificação dos seres vivos.
Fonte: adaptado de Toda Matéria ([2017], on-line)2.
A LÓGICA DA VIDA
21
CARNEIRO, 2012).
Oparin não chegou a testar sua hipótese de forma experimental. Todavia, em
1953, após ler o trabalho de Oparin, Stanley Miller resolveu elaborar um expe-
rimento para testar essa hipótese.
CÉLULA PROCARIONTE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A LÓGICA DA VIDA
23
Uma definição comum de célula procarionte afirma que elas são células
desprovidas de núcleo. Apesar de ser uma afirmação verdadeira, a definição é
incompleta pois, além do núcleo, estão ausentes todas as organelas envoltas por
membranas.
Algumas estruturas típicas de células procariontes estão relacionadas na
imagem abaixo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Célula Procarionte
24 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
harmonia com indivíduos de outras espécies, como, por exemplo, as bac-
térias de nosso intestino. Existem também bactérias parasitas que causam
doenças nas plantas, animais e no homem. Tuberculose, pneumonia, tétano,
lepra, meningite e sífilis são exemplos de doenças causadas por bactérias na
espécie humana.
As cianofíceas são os procariontes de maior tamanho e não possuem cloro-
plastos, mas possuem clorofila e, por essa razão, podem realizar a fotossín-
tese. São seres de vida livre, encontrados no meio aquático e no solo úmido.
Fonte: a autora.
A LÓGICA DA VIDA
25
ORGANELA/ESTRUTURA FUNÇÕES
Local de armazenamento do DNA. Controla as ativi-
Núcleo
dades metabólicas das células.
Síntese de macromoléculas – lípidios, proteínas. Duas
Retículo endoplasmático regiões: Retículo endoplasmático liso (REL) e Retículo
endoplasmático rugoso (RER).
Distribuição das macromoléculas produzidas em
Complexo de Golgi
conjunto com o RE. Secreção celular.
Lisossomos Digestão intracelular de macromoléculas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Contém enzimas oxidativas que transferem átomos
Peroxissomos de hidrogênio de diversos substratos para o oxigênio
formando os peróxidos.
Liberar a energia obtida da degradação de moléculas
orgânicas e transferir esta energia para a síntese de
Mitocôndrias
moléculas de Adenosina Trifosfato (ATPs), processo
conhecido como respiração celular.
Faz parte do citoesqueleto. Responsável pela estru-
Microfilamentos tura morfológica da célula e por todos os tipos de
movimentos que a célula realiza.
Responsável por organizar fibras de microtúbulos que
Centríolo se espalham por toda a célula e promove movimento
cromossômico durante a divisão celular
Maquinaria de síntese proteica. Encontrado no cito-
Ribossomos plasma, também é aderido à membrana do retículo
endoplasmático.
Fonte: Lara-Kamei (2017).
A LÓGICA DA VIDA
27
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 6 - Estrutura da célula eucarionte vegetal.
Fonte: adaptado de Simbiotica ([2017], on-line)6.
A LÓGICA DA VIDA
29
Como vimos, a degradação de ATP libera energia e essa energia será usada para
o metabolismo celular. Mas, como essa molécula é produzida?
Todos sabemos que os alimentos nos fornecem energia para vivermos.
Sabemos também que a ingestão de alimentos nos fornece matéria prima para
construir nossas estruturas celulares. Então, qual é a relação entre alimentos e
ATP?
Os alimentos são compostos orgânicos, que por sua vez possuem energia
armazenada em suas ligações químicas e, quando essas ligações são quebradas,
a energia é liberada, sendo então direcionada para a síntese de ATP.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O ATP é sintetizado ligando um grupamento fosfato a uma molécula que já
possui dois fosfatos - o ADP (adenosina monofosfato).
Em um processo contínuo dentro da célula, o ATP é produzido e degradado.
A LÓGICA DA VIDA
31
SERES AUTOTRÓFICOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Certas espécies de bactérias e de arqueobactérias são autotróficas e reali-
zam a quimiossíntese, um processo de produção de substâncias orgânicas
que utiliza a energia liberada em reações de oxidação de substâncias inor-
gânicas simples.
Existem bactérias que obtêm energia a partir da reação entre gás hidrogê-
nio (H2) e gás carbônicos (CO2), produzindo gás metano (CH4). Essas bacté-
rias vivem em ambientes anaeróbios (sem oxigênio), tais como depósitos de
lixo, fundo de pântanos e no tubo digestivo de alguns animais.
No solo, vivem dois tipos de bactérias quimiossintetizantes, pertencentes
aos gêneros Nitrosomonas e Nitrobacter, que participam da reciclagem do
nitrogênio em nosso planeta, disponibilizando os compostos nitrito (NO2)
e nitrato no solo.
As bactérias quimiossintetizantes conseguem viver em ambientes despro-
vidos de luz e matéria orgânica, visto que a energia necessária ao seu de-
senvolvimento é obtida de oxidações inorgânicas. Elas necessitam apenas
de um agente oxidante e de gás carbônico e água, matérias primas para a
produção de glicídios.
Autor: Amabis e Martho (2006).
A LÓGICA DA VIDA
33
SERES HETEROTRÓFICOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 11 - Esquema resumido da respiração celular.
Fonte: adaptado de Educação.Biologia ([2017], on-line)11.
A LÓGICA DA VIDA
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A LÓGICA DA VIDA
37
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
formas de vida. Esse processo fez com que a forma de vida primitiva, unicelu-
lar e procarionte desse origem a seres vivos cada vez mais complexos, como o
ser humano.
Alguns conceitos fundamentais foram introduzidos: metabolismo, teo-
ria pré-biótica, células procariontes, células eucariontes, células autotróficas e
heterotróficas, ATP e degradação aeróbica/anaeróbica. Esses conceitos são fun-
damentais para estudantes de qualquer área que tenha como objetivo trabalhar
com seres vivos.
É fundamental, para compreender a lógica da vida, os conhecimentos sobre
obtenção de energia pelas células. Os organismos autotróficos são os primeiros
no ciclo de transferência de energia. A fotossíntese resulta na formação de com-
postos orgânicos, usando a energia provocada pela excitação da luz solar, em
um complexo enzimático chamado clorofila. A partir dos compostos orgâni-
cos produzidos na fotossíntese, os organismos podem transferir a energia para
molécula de ATP.
A molécula de ATP representa um composto intermediário na utilização de
energia para as células. A degradação de compostos orgânicos libera energia, e
essa energia é transferida para a ligação do terceiro fosfato, rica em energia. A
degradação do ATP libera essa energia, que será usada para toda e qualquer ati-
vidade metabólica da célula. Essa dinâmica na obtenção de energia é responsável
pela manutenção da vida.
Continuaremos, em outras unidades, a rever conteúdos sobre a composição
e funcionamento da célula.
Até a próxima unidade.
A LÓGICA DA VIDA
39
3. Atualmente, temos uma grande diversidade de seres vivos. Essa grande varie-
dade está classificada em reinos. Relacione os reinos com suas características
principais.
I. Reino Monera
II. Reino Protista
III. Reino Fungi
IV. Reino Plantae
V. Reino Animalia
e. Síntese de lipídios.
41
FOTOSSÍNTESE
Prof. Dr. Ricardo Alfredo Kluge
= (CH2O) + O2 ‡ CO2 + H2O + energia Para medir ambos processos, podemos monitorar
a absorção ou a liberação de um dos gases envolvidos (O2 ou CO2), através da técnica
de trocas gasosas. Entretanto, devemos ter um cuidado, pois a fotossíntese deve ser
medida apenas na presença de luz e, devido ao fato de que a FB normalmente excede
R, deve-se medir a absorção de CO2 ou a liberação de O2. Exemplo: Suponhamos que a
produção de O2 por um tecido verde na luz foi de 10 cm3 g-1 min-1 . O que representa
este valor? Significa que a diferença entre a fotossíntese bruta, expressa como o total de
O2 produzido, e a respiração do produto, expresso como o total de O2 consumido foi
de 10 cm3 g- 1 min-1 . Em outras palavras, este valor representa a fotossíntese líquida
(FL). A absorção de CO2 ou liberação de O2 na presença de luz é, de fato, a definição
operacional da FL. Suponhamos agora que a absorção de O2 no escuro (quando não
ocorre fotossíntese) é de 2 cm3 g-1 min-1 . Qual será a FB? Se FL = FB + R, então FB = FL
+ R, portanto FB = 10 + 2 = 12 cm3 g-1 min-1 2 2 A FB é aparente (não real), pois a taxa
de respiração no escuro não é idêntica à verificada na luz, existindo o processo chamado
de Fotorrespiração, que opera na presença de luz e promove uma considerável liberação
(perda) de CO2 e consumo de O2. A fotorrespiração ocorre apenas em tecidos verdes,
em condições de altos níveis de luminosidade e temperatura. Este processo pode redu-
zir em até 50 a 60% a FL. Se a FL cai a zero (em situações em que a taxa respiratória é alta
ou a FB é muito baixa), temos que FB = R e este ponto é chamado de ponto de compen-
sação de luz, que significa que a fotossíntese compensa a respiração.
Para continuar a leitura, acesse: <http://www.academico.uema.br/DOWNLOAD/Fotos-
sinteseKluge[1].pdf>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
Referências On-Line
1
Em:<http://biologianet.uol.com.br/ecologia/niveis-organizacao-ecologia.htm>,
Acesso em: 10 abr. 2017.
2
Em:<https://www.todamateria.com.br/classificacao-dos-seres-vivos/>, Acesso em:
10 abr. 2017
3
Em:<http://www.infoescola.com/evolucao/experimento-de-miller/>. Acesso em:
10 abr. 2017.
4
Em:<https://descomplica.com.br/blog/biologia/resumo-tipos-celulares-membra-
na/>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Em:<http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/celula-eucarionte.asp>.
5
7
Em:<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica2.php>.
Acesso em: 10 abr. 2017.
8
Em:<https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/biologia/citologia/au-
las/fermentacao>. Acesso em: 10 abr. 2017.
9
Em:<http://knoow.net/ciencterravida/biologia/adenosina_difosfato/>. Acesso em:
10 abr. 2017.
Em:<https://www.oficinadanet.com.br/post/13727-o-que-e-fotossintese>. Aces-
10
2017.
Em:<https://blogdoenem.com.br/biologia-enem-fermentacao-alcoolica-lacti-
13
1. C
2. D
3. D
4. E
5. A
Professora Dra. Marcia Cristina de Souza Lara Kamei
BASES MOLECULARES DA
II
UNIDADE
VIDA
Objetivos de Aprendizagem
■ Caracterizar os elementos orgânicos e inorgânicos que formam as
células.
■ Caracterizar a água e suas funções.
■ Compreender o papel dos minerais no metabolismo celular.
■ Descrever a constituição química e estrutural das proteínas.
■ Entender o mecanismo de ação enzimática.
■ Caracterizar carboidratos.
■ Classificar os carboidratos.
■ Conhecer os diferentes tipos de lipídeos.
■ Caracterizar os nucleotídeos.
■ Compreender as estruturas moleculares dos ácidos nucleicos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Composição química das células
■ Elementos inorgânicos - Água e Sais minerais
■ Elementos orgânicos - Proteínas
■ Elementos orgânicos - Carboidratos
■ Elementos orgânicos - Lipídios
■ Elementos orgânicos - Ácidos Nucléicos
49
INTRODUÇÃO
gênio (O), nitrogênio (N) e, em menor proporção, o fósforo (P) e o enxofre (S).
Dezenas, centenas e até mesmo milhões desses átomos unem-se por meio
de ligações químicas e formam moléculas, que são encontradas apenas nos seres
vivos, genericamente chamadas de moléculas orgânicas.
As moléculas orgânicas assumem níveis complexos de organização, são gran-
des e, na maioria delas, existe uma organização em que uma unidade se repete
várias vezes. Esse padrão de organização é chamado de polímero, enquanto suas
unidades repetitivas são chamadas de monômeros.
Entre as macromoléculas que formam as células, estão as proteínas, os carboi-
dratos, os lipídios e os ácidos nucleicos. Dessas, apenas os lipídios não assumem
a organização de polímero.
Além de moléculas orgânicas, a organização celular conta também com a
presença de elementos inorgânicos. Entre os elementos inorgânicos, destaca-
-se a água.
A água é o elemento mais abundante das células, e suas atividades vão além
da propriedade de solvente que essa molécula apresenta, visto que ela participa
ativamente de várias reações químicas.
Além da água, o metabolismo celular também depende da presença de
minerais inorgânicos que, embora presentes em pequenas quantidades, são fun-
damentais para o metabolismo.
Todos esses aspectos moleculares serão abordados nesta unidade, comple-
mentando seus conhecimentos de biologia na área molecular, segmento conhecido
como Bioquímica.
Bom estudo!
Introdução
50 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS CÉLULAS
M
M unidade monomérica
M
M
M
M
M
M M
M
M
M M
M cadeia polimérica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÁGUA
a) A água é uma molécula bipolar, pois tem distribuição desigual das cargas,
capaz de formar quatro pontes de hidrogênio com as moléculas de água vizinhas
e, por isso, necessita de uma grande quantidade de
calor para a separação das moléculas (100o C).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) A polaridade facilita a separação e a recombinação dos íons de hidrogê-
nio (H+) e íons hidróxido (OH-), além de ser o reagente essencial nos processos
digestivos, em que as moléculas maiores são degradadas em menores. Ademais,
a polaridade faz parte de várias reações de síntese nos organismos vivos.
SAIS MINERAIS
Potássio (K) Age com o sódio no equilíbrio de Frutas, verduras, feijão, leite,
líquidos e no funcionamento dos cereais.
nervos e das membranas.
Magnésio (Mg) Forma a clorofila: atua em várias Hortaliças de folhas verdes,
reações químicas junto com cereais, peixes, carnes, ovos,
enzimas e vitaminas; ajuda na feijão, soja e banana.
formação dos ossos e no funcio-
namento de nervos e músculos.
Ferro (Fe) Forma a hemoglobina, que ajuda Fígado, carnes, gema de
a levar o oxigênio e atua na respi- ovo, pinhão, legumes e hor-
ração celular. taliças de folhas verdes.
Iodo (I) Faz parte dos hormônios da Sal de cozinha iodado, pei-
tireóide, que controlam a taxa de xes e frutos do mar.
oxidação da célula e os cresci-
mento.
Flúor (F) Fortalece ossos e os dentes. Água fluoretada, peixes e
chás.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ELEMENTOS ORGÂNICOS - PROTEÍNAS
H α
R C NH2
COOH
Figura 2 - fórmula geral de aminoácidos
Fonte: Junqueira e Carneiro (2012, pg. 45).
Lys
Lys
Gly
Gly
Leu
Val
Ala
His
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 4 - Esquema da desnaturação protéica
Fonte: adaptado de Dicas de musculação (2014, on-line)4.
ENZIMAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
apenas a porção protéica chama-se apoenzima.
Glicose
Maltose
Enzima
Glicose
Sítio
Ativo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ELEMENTOS ORGÂNICOS - CARBOIDRATOS
TIPOS DE CARBOIDRATOS
6 6
CH2OH CH2OH
5 5
O O
HO H OH H H H
4 1 4 1
H OH H H HO OH H OH
2 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 3
H OH H OH
galactose glicose
6 6
CH2OH CH2OH
5 5
O O
HO H H H H
4 1 O 4 1
H OH H H OH H OH
3 2 3 2
H OH H OH
lactose
(dissacarídeo)
Figura 7 - Exemplo de dissacarídeo
Fonte: FCFAR - Unesp ([2017], on-line)7.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GLICERÍDEOS
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
H C C C C C C C C C C C C C C C C C C
H H H H H H H H H H H H H H H H H OH
Figura 8 - Ácido graxo saturado.
Fonte: adaptado de Info Escola ([2017], on-line)8.
H H H H H H H H O
C C C C C C C C C
H
OH
H
C
H H H H H H H
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
H
C
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
C
H
H
H H O
H
H O C R1 H C O C R1
H C OH O
H
H C OH + H O C R2
H C O C R2
H C OH O
H
H C O C R3
H
H O C R3
H
Figura 10 - Molécula de triglicerídeos.
Glicerol Ác. Graxos Triglicerídeos
Fonte: adaptado de Nutrição Protéica ([2017], on-line)10.
ESTERÓIDES
H3C O CH2OH
CH3
H3C H3C C
O OH
CH3
H3C H3C
HO O
Colesterol Cortisona
CH3
H3C OH H 3C CH3
H3C
H3C CH3
H 3C
O
HO
Testosterona Vitamina D
FOSFOLIPÍDIOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CH2 — N+ (CH2)3
colina
Cabeça Hidrofílica
CH2
O
O P O fosfato
O
nitrogênio
CH2 CH CH2 glicerol
O O fósforo
C O C O oxigênio
CH2 CH2
carbono
CH2 CH2
hidrogênio
Cauda Hidrofóbica
ácidos
CH dupla graxos
CH ligação
CH2
CH2
CH3 CH3
Cabeças
Fosfolipídio hidrofílicas
Caudas
hidrofóbicas
Bicamada
lipídica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cabeças
hidrofílicas
Citoplasma
Figura 13 - Organização dos fosfolipídios para formação das membranas celulares: bicamada lipídica
Fonte: adaptado de BIOCHEMMANIA2014 (2014, on-line)13.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Base
Nitrogenada
NH2
Fosfato N
O
N O
O P O CH2
O
O
OH OH
Açúcar
PENTOSES
O O
HOCH2 OH HOCH2 OH
H H H H H H H H
OH OH OH H
Ribose Desoxirribose
Figura 15 - Molécula de pentoses presentes nos ácidos nucléicos.
Fonte: adaptado de AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R., 2006.
NH2 O
C C
N N
6 C 7
6 C 7
N 1 5 HN 1 5
8 CH 8 CH
2 4 2 4
HC 9 C 9
3 C 3 C
N N H 2N N N
H H
Adenina Guanina
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 16 - Bases nitrogenadas púricas
Fonte: La Biología en nuestra vida ([2017], on-line)15.
NH2 O O
C C C
4 4 4
N 3 5 CH HN 3 5 C CH3 HN 3 5
CH
2 6 2 6 2 6
O C 1
CH O C 1
CH O C 1
CH
N N N
H H H
Citosina Timina Uracilo
Figura 17 - Bases nitrogenadas pirimídicas.
Fonte:La Biología en nuestra vida ([2017], on-line)16
P = Fosfato D = Desoxirribose
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Modificação + Proteínas
+ Aminoácidos
(processamento) ribossomais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 19 - Estruturas dos tipos de moléculas de RNA.
Fonte: adaptado de BioGeo 11A (2010, on-line)18.
A molécula de RNAm tem estrutura linear, enquanto o RNAt dobra-se sobre si,
assumindo uma conformação em forma de folha-de-trevo. Já o RNAr se associa
a diversas proteínas, além de formar partículas que se distribuem pelo citoplasma
da célula, denominadas de ribossomos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
74
GENOMA
Dentre todos os projetos e estudos possíveis devido à descoberta da estrutura do DNA,
o Projeto Genoma Humano (HGP, na sigla em inglês) foi o mais impactante. Fundado em
1990 e concluído em 2003, permitiu o primeiro sequenciamento completo do genoma
humano, composto por três bilhões de bases nitrogenadas.
Para Raskin, trata-se de um marco na história do ser humano. “Daqui a cem anos, as pes-
soas vão falar do Projeto Genoma Humano como um divisor de águas no conhecimento
sobre a vida. Perguntas que talvez sejam respondidas daqui a cem anos, como ‘Quem
somos?’, ‘De onde viemos?’, ‘Para onde estamos indo?’ terão o início de suas respostas
nas consequências do conhecimento trazido pelo Projeto Genoma Humano. Não houve
verba gigantesca melhor aplicada até hoje do que a do Projeto Genoma”.
Esse projeto científico, de colaboração internacional, permite que os médicos descu-
bram, por meio do sequenciamento do genoma, se uma pessoa tem determinada do-
ença genética ou predisposição para alguma doença cujo fator genético é importante.
Além disso, é possível verificar se existe algum risco elevado dessa pessoa vir a ter filhos
com uma determinada doença hereditária. “A classificação e compreensão das doenças
mudou muito, e áreas como a oncologia e a imunologia foram profundamente impac-
tadas e reformuladas. As pesquisas com células-tronco não poderiam ocorrer se não
conhecêssemos o nosso genoma e as proteínas que são produzidas em cada célula”,
aponta Raskin, um dos primeiros brasileiros a fazer parte do Projeto Genoma Humano.
Conforme Kevin Davies, doutor em genética e fundador do periódico Nature Genetics , o
sequenciamento do genoma nos últimos anos vem ajudando no diagnóstico molecular
de pacientes com câncer e doenças genéticas graves, na triagem de embriões durante a
fertilização in vitro e na identificação de defeitos genéticos do feto por amostragem do
DNA fetal circulante no sangue da mãe. Além disso, o Projeto Genoma Humano serviu
como base para outros importantes esforços internacionais, como o HapMap, o Cancer
Genome Atlas e o projeto Encode.
No blog, você encontra alguns vídeos produzidos pelo professor Dorival sobre temas de biologia.
São 46 vídeos classificados em 8 áreas da biologia. Acesse <http://www.profdorival.com.br/
page13/page1/page1.html>. Acesso em: 13 abr. 2017.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
Referências On-Line
1
Em:<https://www.colegioweb.com.br/polimeros/reacao-de-polimerizacao.html>.
Acesso em: 11 abr. 2017.
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Em:<http://biologia-no-vestibular.blogspot.com.br/2012/10/aula-bioquimica.
html>. Acesso em: 11 abr. 2017.
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Em:<https://blogdoenem.com.br/proteinas-biologia-enem/>. Acesso em: 11 abr.
2017.
Em:<http://dicasdemusculacao.org/desnaturacao-proteica-o-cozimento-dos-ali-
4
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11
Em:<http://colesterolunb2012.blogspot.com.br/2013/02/funcoes-do-colesterol-
-no-corpo-humano.html>. Acesso em: 12 abr. 2017.
79
REFERÊNCIAS
12
Em:<http://www.teliga.net/2010/04/estrutura-da-membrana-plasmatica.html>.
Acesso em: 12 abr. 2017.
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Em:<https://biochemmania2014.wordpress.com/2014/03/24/lipids-the-fats-we-
-need/>. Acesso em: 12 abr. 2017.
Em:<http://tdbio.blogspot.com.br/2010/03/dna.html>. Acesso em: 12 abr. 2017.
14
Em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAghaYAC/acidos-nucleicos>. Acesso
17
ta-da-estrutura-do-dna-revolucionava-a-ciencia,6876124348e3e310VgnV-
CM3000009acceb0aRCRD.html>. Acesso em: 12 abr. 2017.
GABARITO
1. E
2. D
3. C
4. E
5. B
Professora Dra. Marcia Cristina de Souza Lara Kamei
III
COMPONENTES
UNIDADE
ESTRUTURAIS DAS CÉLULAS
EUCARIONTES
Objetivos de Aprendizagem
■ Caracterizar a estrutura molecular da membrana citoplasmática.
■ Conhecer os mecanismos de transporte através das membranas
celulares.
■ Identificar a estrutura e as principais funções das organelas celulares.
■ Caracterizar os elementos que formam o citoesqueleto e suas
funções.
■ Reconhecer a estrutura do núcleo interfásico.
■ Caracterizar o mecanismo de divisão celular mitótica.
■ Caracterizar o mecanismo de divisão celular meiótica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Membrana citoplasmática
■ Organelas citoplasmáticas
■ Elementos do citoesqueleto celular
■ Núcleo
83
INTRODUÇÃO
permite que cada uma realize funções específicas. No conjunto, essas atividades
serão responsáveis pela manutenção do metabolismo celular.
As organelas celulares são mantidas em posições específicas, por um con-
junto de proteínas fibrosas que formam o citoesqueleto. O citoesqueleto é um
complexo de filamentos proteicos que se entrelaçam formando uma trama, que
se distribui por todo o citoplasma. Estudaremos os elementos que formam o
citoesqueleto e discutiremos suas funções.
Além disso, daremos enfoque aos mecanismos que promovem a entrada
e saída de substâncias da célula. Esse é um processo essencial, tendo em vista que
a célula precisa receber vários elementos necessários a seu metabolismo, além
de enviar ao meio extracelular seus refugos metabólicos.
O processo de divisão celular também será estudado. Veremos como as célu-
las originam outras células, para que ocorra a propagação da vida. Estudaremos
a mitose, responsável pela proliferação de células idênticas e também a meiose,
responsável pela formação dos gametas que serão usados na reprodução sexuada.
Esses tópicos nos darão uma visão geral da estrutura da célula eucarionte,
que por sua vez é a unidade fundamental da vida, encontrada em todos os seres
vivos, com exceção das bactérias.
Os conteúdos desta unidade são essenciais para sua formação inicial e con-
tinuada na área da Educação Física escolar. Aproveite!
Bom Estudo!!!
Introdução
84 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
Todas as células são delimitadas do meio externo por uma película formada de
lipídios, proteínas e carboidratos, denominada membrana plasmática.
A membrana plasmática desempenha várias atividades fundamentais para
o metabolismo celular, além de delimitar os limites celulares.
Membrana Citoplasmática
86 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 - Modelo da estrutura das membranas - Mosaico fluído.
Fonte: adaptado de Só Biologia ([2017],on-line)1.
Transporte de Partículas
porte passivo. O transporte passivo não envolve gasto de energia pela célula, ao
contrário do ativo. Para compreender os mecanismos que regulam essas moda-
lidades de transporte, precisamos recordar alguns termos:
Solução - formada por dois elementos: soluto (substância que será dissol-
vida) e solvente (substância que dissolve).
Concentração - Proporção entre soluto e solvente em uma solução.
Solução hipertônica - quando comparadas duas soluções em relação às suas
concentrações, a que tiver maior concentração é denominada hipertônica.
Solução hipotônica - quando comparadas duas soluções em relação às suas
concentrações, a que tiver menor concentração é denominada hipotônica.
Soluções isotônicas - quando comparadas duas soluções em relação às suas
concentrações, e tiverem concentrações idênticas, são denominadas isotônicas.
Agora que já revisamos esses conceitos, vamos estudar os mecanismos.
Transporte Passivo
Várias moléculas atravessam as membranas sem que a célula gaste energia. Esse
mecanismo ocorre em função da diferença de concentração entre as soluções
dos dois meios separados pela membrana. As moléculas se transportam passi-
vamente para que as concentrações se tornem isotônicas. Esse mecanismo é a
favor do gradiente de concentração.
Membrana Citoplasmática
88 UNIDADE III
Difusão
O soluto irá atravessar passivamente a membrana, saindo do meio hipertônico
em direção ao hipotônico.
Para que atravesse a membrana, o soluto poderá passar pela bicamada de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lipídios, caracterizando a difusão simples, ou usar proteínas que favoreçam essa
passagem, caracterizando a difusão facilitada.
Observe as imagens abaixo, para ilustrar os processos de difusão simples e
facilitada.
Difusão
Difusão Facilitada
simples
Osmose
A água se movimenta no sentido contrário ao soluto. Para que os meios se tor-
nem isotônicos, a água se movimenta do meio hipotônico em direção ao meio
hipertônico. Esse transporte, sem gasto de energia, é chamado de osmose.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Transporte Ativo
Membrana Citoplasmática
90 UNIDADE III
ATP
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 4 - Esquema de transporte ativo através das membranas celulares.
Fonte: adaptado de Info Enem (2016, on-line)4.
Transporte em Massa
Membrana Citoplasmática
92 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 7 - Esquema de fagocitose e pinocitose.
Fonte: Wikiciências (2010, on-line)7.
ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
Organelas Citoplasmáticas
94 UNIDADE III
grande parte do citoplasma. Além de extenso, essa organela apresenta duas regi-
ões morfológicas e funcionais distintas:
■ RER (retículo endoplasmático rugoso) - possui ribossomos acoplados à
face citoplasmática de suas membranas. Mostram-se como lâminas acha-
tadas, e tem função de contribuir com a síntese protéica. Ribossomos são
partículas pequenas, contendo aproximadamente igual quantidade de
proteína e RNA. Cada ribossomo consiste de uma unidade grande e uma
pequena, que são produzidos no nucléolo e exportados para o citoplasma.
Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas. Além disso, na
célula eucarionte os ribossomos podem estar livres no citoplasma ou ade-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ridos a membrana do RER.
■ REL (retículo endoplasmático liso) não possui ribossomos e possui cavida-
des mais ou menos dilatadas (vesículas globulares ou túbulos contorcidos).
Podem ter continuidade com o RER. Apresentam função de síntese de
lipídios e degradação de substâncias tóxicas.
COMPLEXO DE GOLGI
Organelas Citoplasmáticas
96 UNIDADE III
LISOSSOMOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
na face trans da pilha de membranas que formam o complexo de golgi.
MITOCÔNDRIAS
Organelas Citoplasmáticas
98 UNIDADE III
PEROXISSOMOS
São organelas vesiculares que contêm diversas enzimas oxidases. Essas enzimas
utilizam gás oxigênio (O2) para degradar moléculas orgânicas, processo que
forma o peróxido de hidrogênio (H2O2). O peróxido de hidrogênio é tóxico para
as células, porém o próprio peroxissomo o degrada em água e oxigênio. Os pero-
xissomos são muito importantes para a degradação de ácidos graxos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PLASTOS OU PLASTÍDEOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 13 - Elementos do citoesqueleto e sua distribuição no citoplasma.
Fonte: adaptado de Toda Matéria ([2017], on-line)13.
NÚCLEO
Núcleo
102 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
locais onde ocorrem a organização dos elementos que formam os ribossomos.
NÚCLEO
Cromatina Lâmina
Carioteca
Retículo
Cariolinfa Ribossomo Endoplasmático
Rugoso
DIVISÃO CELULAR
É o processo que permite que as células produzam outras células. Existem dois
mecanismos distintos de divisão celular, atendendo propósitos diferentes: a divi-
são mitótica e a divisão meiótica. Esses dois mecanismos acontecem com células
específicas.
Divisão Mitótica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Essa categoria de divisão ocorre com células somáticas (que formam o orga-
nismo). Na mitose, uma célula se divide e origina duas células idênticas, com a
mesma constituição genética e o mesmo número de cromossomos.
As funções da divisão mitótica são:
a. Promover a formação de um organismo pluricelular, a partir da prolife-
ração de uma única célula - o zigoto.
b. Permitir o crescimento do organismo.
c. Renovar as células de um organismo.
d. Regenerar órgãos e tecidos quando sofrem lesões.
Intérfase
Núcleo
104 UNIDADE III
Mitose
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Durante a mitose, o núcleo e DNA da célula sofrem sucessivas alterações
morfológicas. Para facilitar seu estudo, o fenômeno foi dividido didaticamente
em seis fases: prófase, prometáfase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese.
Descreveremos os eventos de cada fase a seguir.
Núcleo
106 UNIDADE III
Divisão Meiótica
Meiose é um tipo especial de divisão celular, que tem por finalidade transfor-
mar célula diplóide (2n) em célula haplóide (n). Ocorre apenas em células que
se tornarão gametas, as mesmas células usadas na reprodução.
A divisão meiótica não tem ciclo de interfase e divisão celular, uma vez que,
ou a célula sofre meiose, ou é usada para a fecundação ou morre. Para originar
os gametas, temos sempre que partir de uma célula diplóide, que consequente-
mente fará a meiose.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A meiose compreende duas divisões sucessivas: meiose I e meiose II. A pri-
meira delas é uma divisão reducional, pela qual uma célula diplóide origina duas
células haplóides (com redução do número de cromossomos), e a outra é uma
divisão equacional (semelhante à mitose), em que cada uma das células hapló-
ides resultantes da primeira divisão origina duas outras, porém com o mesmo
número de cromossomos.
A divisão meiótica tem dois objetivos: reduzir o número cromossômico pela
metade e promover a variabilidade genética, uma vez que as células produzidas
nessa divisão serão geneticamente diferentes umas das outras.
Meiose I Meiose II
Replicação
do DNA
Cada uma das divisões meióticas serão divididas em fases. Assim, temos na
meiose I a prófase I, metáfase I, anáfase I, telófase I e citocinese I, e na meiose II
a prófase II, metáfase II, anáfase II, telófase II e citocinese II.
No final do processo, serão formadas quatro células haplóides (com a metade
do número cromossômico), e cada uma com uma constituição genética diferente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Núcleo
108 UNIDADE III
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caros alunos, chegamos ao final desta unidade conhecendo um pouco mais sobre
a estrutura das células eucariontes.
Essa célula, assim como qualquer outra, é delimitada por uma membrana
de constituição lipoprotéica. Os lipídios formam a bicamada, enquanto as pro-
teínas se associam a ela de várias formas.
As membranas que delimitam as células executam várias funções, e entre essas
funções destaca-se o intercâmbio de moléculas. Essas moléculas são transporta-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
das por meio da membrana, utilizando vários mecanismos. Alguns mecanismos
com gasto de energia pela célula, enquantos outros se processam sem que a célula
gaste energia.
O meio interno da célula apresenta-se compartimentalizado em estruturas
envoltas por membranas, denominadas organelas. Cada organela apresenta uma
constituição bioquímica específica, que permite que cada uma delas se ocupe de
algumas funções específicas.
A atividade conjunta de cada uma das organelas garante a atividade meta-
bólica da célula, que a mantém viva e disponibiliza condições para sua divisão.
A divisão celular garante que as células se multipliquem e ocorra a pro-
pagação da vida. A divisão mitótica garante, consequentemente, a formação e
crescimento do organismo, bem como a renovação e regeneração em caso de
injúrias. Por fim, a divisão meiótica produzirá células especiais, denominadas de
gametas, usados na reprodução sexuada. Essa categoria de reprodução garantirá
a diversidade genética necessária para a manutenção da vida em nosso planeta.
Encerramos a unidade III, mas não os estudos. Todo profissional necessita de
aperfeiçoamento constante, visto que novos conhecimentos são sempre produzi-
dos. Espero que considere isso e continue a estudar e aperfeiçoar. Sua realização
pessoal e profissional dependem de sua qualificação.
Até breve!!
2. Uma célula animal que sintetiza e secreta proteínas deverá ter bastante desen-
volvidos o:
a. retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi.
b. retículo endoplasmático liso e o complexo de Golgi.
c. retículo endoplasmático rugoso e os lisossomos.
d. complexo de Golgi e os lisossomos.
e. complexo de Golgi e os peroxissomos.
Biologia de Campbel
REECE, Jane B. / CAIN, Michael L. / URRY, Lisa A
Ano: 2015
Editora: Artmed
Sinopse: traduzido em diversas línguas, Biologia de
Campbell tem sido uma referência acadêmica das
ciências biológicas há mais de 25 anos.A obra traz tanto
à visão científica e pedagógica de Neil Campbell quanto
às inúmeras contribuições da comunidade acadêmica
internacional, que ajudou a moldar e aperfeiçoar um livro
clássico para os padrões de ensino atuais.
House
Ano: 2004
Lorem a série traz a experiência da equipe médica
do hospital Princeton-Plainsboro, sob o comando
do ácido Dr. House. A cada episódio, existe
animações de fisiologia e citologia. Aprenda sobre
parasitoses, doenças degenerativas e, é claro: lúpus,
doença autoimune que é lembrada em quase todos
os episódios.
Referências On-Line
1
Em:<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito5.php>. Acesso em:
12 abr. 2017.
2
Em:<https://www.infoenem.com.br/biologia-no-enem-transporte-ativo-no-orga-
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12 abr. 2017.
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Em:<http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/endocitose>. Acesso em: 12
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Em:<http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Fagocitose>. Acesso
em: 12 abr. 2017.
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Em:<https://www.thinglink.com/scene/755035755595694080>. Acesso em: 12
abr. 2017.
Em:<http://salabioquimica.blogspot.com.br/2016/01/>. Acesso em: 12 abr. 2017.
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gia/C%C3%A9lula/Estrutura_e_organiza%C3%A7%C3%A3o_da_c%C3%A9lula/Ci-
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12 abr. 2017.
Em:<https://blogdoenem.com.br/meiose-biologia-enem/>. Acesso em: 12 abr.
17
2017.
115
GABARITO
1. D
2. A
3. C
4. D
5. A
CONCLUSÃO
Até breve!!