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1.

HIV / SIDA
1.1. Definição
SIDA (Síndrome da imunodeficiência adquirida) é a fase mais avançada da infecção
por HIV, quando temos um sistema imunitário enfraquecido, com doenças
oportunistas. SIDA significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e é causada
por VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), sendo a fase final da infecção.

Prevenção da transmissão vertical


A prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho continua a ser uma área temática
prioritária na componente de prevenção. O PTV constitui uma das áreas de intervenção
que expandiu de forma rápida ao longo da implementação do PEN II
Registou-se um avanço significativo em Moçambique na prevenção da transmissão
vertical de mãe para filho (PTV), desde o lançamento do primeiro Plano de Eliminação
da Transmissão Vertical em 2012: a testagem e tratamento do HIV em mulheres
grávidas e lactantes estão totalmente integrados nos serviços de Saúde Materno-infantil
(com uma cobertura muito elevada de testagem e início do TARV), a Opção B+ foi
expandida para praticamente todas as unidades sanitárias do país, com uma cobertura de
97% de todas US TARV do país a oferecer esta opção, o acesso ao Diagnóstico precoce
infantil aumentou substancialmente. No entanto, apesar de todas estas realizações,
estima-se que durante o ano de 2018, no país, 16.000 novas infecções pelo HIV tenham
ocorrido em crianças, através da transmissão de mãe para filho (Spectrum Versão
5.754). A fraca adesão ao TARV em mulheres grávidas e lactantes que vivem com o
HIV, resultando em
baixos níveis de supressão viral , foi identificada como sendo o maior desafio.

O actual Plano de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B em


Moçambique 2020-2024 tenta analisar os factores subjacentes à situação actual e propor
estratégias e actividades com vista a colocar Moçambique “no caminho” para
eliminação da transmissão vertical das três doenças. Relativamente ao HIV, estas
estratégias abordam a necessidade de reduzir novas infecções pelo HIV em mulheres em
idade reprodutiva, melhorar o manejo geral de mulheres jovens HIV+ a nível das
unidades sanitárias, aumentar a testagem da carga viral para monitorar a resposta ao
TARV, simplificar as recomendações e práticas que podem afectar a retenção no
tratamento do HIV, reforçar a prevenção da TV durante o período de amamentação, e
alinhar os esforços de monitoria e avaliação com o novo foco na retenção e supressão
viral.
Este Plano de tripla eliminação também inclui análises, estratégias e metas específicas
eliminação da transmissão vertical da Sífilis e Hepatite B. Para a Sífilis, é essencial
fortalecer os sistemas de notificação e a cadeia de aprovisionamento e distribuição, a
fim de evitar a ruptura de estoque de produtos e reduzir a lacuna na cobertura da
testagem e tratamento do HIV nos serviços de Saúde Materno-Infantil (SMI). Será
também necessário envidar um esforço adicional para o diagnóstico e manejo de casos
de Sífilis Congénita em crianças expostas. No que respeita a Hepatite B, a introdução da
vacina para recém-nascidos deve ser uma prioridade, assim como a testagem sistemática
na CPN, com vista a acelerar o ritmo de eliminação da Hepatite B como
uma ameaça à Saúde Pública até 2030.

O nosso maior valor é a vida. Ao ajudar todas as crianças a nascerem livres do HIV,
Sífilis
e Hepatite B, estamos a dar-lhes a oportunidade de realizar o pleno potencial das suas
vidas.
A testagem para IST durante a gestação é importante, pois possibilita o diagnóstico
precoce, permitindo agir em tempo adequado para o controle da infecção materna, bem
como, para prevenção da transmissão vertical. Assim, é preciso estar atento(a) aos
momentos considerados favoráveis para tomada de decisão, conforme a infecção (HIV,
sífilis e hepatite B e C), durante o período de gestação e no momento do parto,
conforme apresentadas a seguir:

Para o HIV e a sífilis, a testagem deve ser realizada:

 No pré-natal: realizar na 1ª consulta (de preferência no 1º trimestre da


gestação), deve também ser realizado no 3º trimestre da gestação
 No parto: independentemente da testagem ter sido realizada no pré-natal.
 Em situações de exposição de risco
 Em caso de abortamento
Para a Hepatite B:

 No pré-natal: realizar na 1ª consulta (de preferência no 1º trimestre da gestação)


 No parto: quando a gestante não fez a testagem no pré-natal ou quando a
gestante não recebeu todas as doses da vacina contra hepatite B

Para a Hepatite C:

 No pré-natal: realizar na 1ª consulta (de preferência no 1º trimestre da gestação)

2. Importância e cuidado na implementação


Não há uma definição única de Apoio Psicossocial, todavia se analisarmos o
psicossocial como um estado psicológico e a sua interacção com o meio social, torna-se
importante fazer uma relação do apoio psicossocial com a saúde mental.
A OMS define a saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo
realiza as suas próprias habilidades, pode fazer face ao stress normal da vida,
trabalhar de forma produfiva e é capaz de dar seu contributo para a sua Comunidade”.
É mais do que apenas a ausência de transtornos mentais, “é a base para o bem-estar e
o funcionamento eficaz de um indivíduo de uma Comunidade”.

No que respeita à epidemia do HIV, o Apoio Psicossocial torna-se uma emergência


quando falamos de uma doença que tem um impacto biopsicossocial para o indivíduo
infectado e seu contorno social.
À medida que o acesso aos serviços de Prevenção, Cuidados e Tratamento aumenta,
surge a necessidade de integrar, nos serviços existentes e prestados às PVHIV e seus
familiares, a provisão do pacote de APSS & PP, tanto nas Unidades Sanitárias como na
Comunidade.
A Prevenção Positiva é um conjunto de acções integradas, centradas nas pessoas com
conhecimento do seu ser estado como principais actores na melhoria da sua saúde e
qualidade de vida, contribuindo para a prevenção de novas infecções e promoção de
uma atitude de respeito pelas PVHIV, nas Unidades Sanitárias e na Comunidade
3. Monotorização
A infecção pelo HIV (virus de imunodeficiência Humana) constitui um dos mais sérios
problemas de saúde pública neste século, tendo em conta os efeitos que provoca na
sociedade e no desenvolvimento sócio-económico dos países. No nosso país, a infecção
atingiu níveis de prevalência elevada, e estima-se que se infectem cerca de 500
moçambicanos por dia (novas infecções. O número de doentes co HIV/SIDA aumenta e
os serviços de internamento dos hospitais do país estão ocupados por estes numa
percentagem que se situa entre 40% e 70%. As características especificas desta doença,
nomeadamente a sua cronicidade, as formas de manifestação por episódios sucessivos,
reflectem-se sobrecarga dos hospitais, e o tempo médio de permanência nas enfermarias
tem igualmente tendência a aumentar. Deste modo, é imperiosa a implementação de
formas particulares de abordagem média destes doentes, favorecendo os cuidados
ambulatórios e ao domicílio com a institucionalização de Hospitais de Dia e
Atendimento ao Domicílio, e criando unidades de internamento mais apropriadas para o
tratamento dos quadros clínicos relacionados com a SIDA. Estas unidades serão
igualmente centros de formação e aprendizagem dos profissionais de saúde na
abordagem destes doentes. A criação de uma rede estruturada de unidades de
atendimento a PVHS (pessoas vivendo com HIV/SIDA) para fazer face a esta situação,
permitirá reforçar o impacto e a qualidade da abordagem ao nível das famílias e das
comunidades, reduzir a taxa de transmissão do HIV, atrasar o início das complicações
relacionadas com o HIV, melhorar o estado clínico dos doentes em fase terminal, e
diminuir a sobrecarga nos hospitais. Isto exige uma resposta colectiva, integrada e
sustentável, muito maior que a do sector sanitário clássico. A resposta a estas
necessidades envolve implicitamente a participação familiar e comunitária. Infelizmente
as necessidades surgem num momento de extrema vulnerabilidade económica do sector
da saúde. Os sistemas de segurança económica e social que poderiam ajudar as famílias
a enfrentar os efeitos da epidemia estão fortemente desgastados ou simplesmente não
existem. Face a esta situação, o MISAU define os princípios Orientadores para o
atendimento e tratamento de PVHS (pessoas vivendo co HIV/SIDA).
1. Importância da aderece do tratamento do HIV
O tratamento é a forma mais eficaz para pessoas que vivem com HIV ter uma boa
qualidade de vida. É importante salientar que para a adesão progredir de maneira
significativa, é necessário que o paciente faça diariamente e em horários regulares o uso
dos medicamentos receitados pelo médico

A adesão ao tratamento não é feita somente pelo paciente, mas ele é o protagonista!
Para isso ele pode contar com a ajuda de uma equipe de saúde composta por médicos,
enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros. O apoio da
família e dos amigos é tambémfundamental.

O principal objetivo da terapia antirretroviral é manter a saúde das pessoas que vivem
com HIV, podem ser indicadas medicações capazes de reduzir a quantidade de HIV no
sangue para níveis indetectáveis.

Estes resultados impactam na vida das pessoas permitindo que elas recuperem a
qualidade de vida, melhorando o estado de saúde. Ademais, existe um consenso
crescente entre vários cientistas de que pessoas com carga viral indetectável não
transmitem o vírus.

Vale ressaltar a importância do uso de preservativos na maioria dos contextos: evita a


transmissão de outros tipos de doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite B,
sífilis, gonorreia, entre outras.

Pav

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