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Prevenção Combinada HIV/IST

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São estratégias de prevenção que surgem como ferramentas complementares no enfrentamento


da epidemia de HIV ampliando a gama de opções que os indivíduos terão para se prevenir contra
o vírus e oferecendo mais alternativas cientificamente eficazes.

A prevenção combinada abrange o uso da camisinha externa (masculina) ou interna (feminina),


gel lubrificante, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (IST),
testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV (PrEP e
PEP, respectivamente), imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de
HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral (TARV) para todas as PVHA e redução de
danos.
Arte: Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST,
do HIV/Aids e das Hepatites Virais - Ministério da Saúde (2018)
Conheça cada área da mandala:
O uso de medicamentos antirretrovirais faz com que as pessoas vivendo com HIV/AIDS alcancem a chamada “carga viral
indetectável”. As evidências científicas também mostram que pessoas vivendo com HIV que possuem carga viral indetectável,
além de ganharem uma melhora significativa na qualidade de vida, não transmitem o HIV se a carga viral indetectável se mantiver
por pelo menos seis meses.

A PEP é a utilização da medicação antirretroviral após qualquer situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. A
medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo – por isso a importância de se iniciar esta profilaxia o mais
rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. A
profilaxia deve ser seguida por 28 dias.

A PrEP é a utilização do medicamento antirretroviral por aqueles indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas se encontram
em situação de elevado risco de infecção. Com o medicamento já circulante no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV
não consegue se estabelecer no organismo.

O preservativo é o método mais eficaz para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV, alguns tipos de
hepatites, sífilis e evita a gravidez não planejada.
O preservativo interno (feminino) também serve para prevenir contra o HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente
transmissíveis. Assim como a opção externa (masculina), também evita uma gravidez não desejada. Por ficar dentro da cavidade
vaginal ou anal, a camisinha interna não pode ser usada ao mesmo tempo em que a externa. É, também, mais lubrificada.
O gel lubrificante, que deve ser sempre à base de água para não danificar o preservativo, tem papel na prevenção da
transmissão sexual do HIV, dado que sua presença nas relações sexuais diminui o atrito e a possibilidade de provocar microlesões
das mucosas genitais e anais, lesões estas, que funcionam como porta de entrada para o HIV e outros microorganismos.
Recomenda-se seu uso associado ao preservativo, potencializando a prevenção, ou uso isolado, na lógica da redução de risco.
O preservativo externo, interno e o gel lubrificante são disponibilizados gratuitamente na rede pública de saúde.

Como o HIV e alguns vírus causadores de hepatites estão presentes no sangue, há risco de infecção a cada vez que se divide
seringas, agulhas, alicates ou qualquer outro produto que corte ou fure. Por isso, recomenda-se não compartilhar os equipamentos
para o uso de drogas (seringas, cachimbos, piteiras, canudos etc).
Essas recomendações fazem parte da estratégia de redução de danos do Ministério da Saúde, que busca reduzir os prejuízos
sociais e à saúde de quem usa álcool e outras drogas. A Coordenadoria não incentiva o uso de drogas nem as distribui; somente
visa a proteção dos usuários que não conseguem ou não querem deixar de usar drogas.

Toda pessoa grávida deve fazer o pré-natal e os exames para detectar o HIV e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a
transmissão da pessoa para a criança. A parceria sexual também deverá comparecer ao serviço de saúde para ser orientada e
tratada, a fim de evitar a reinfecção da(o) gestante.
A testagem para o HIV é recomendada na 1ª consulta do pré-natal, 2º e 3º trimestres e no parto. No caso de gestantes que não
tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do teste rápido
para HIV. As(os) gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos
antirretrovirais durante a gestação e ainda no trabalho de parto para prevenir a transmissão. O recém-nascido também deve
receber o medicamento antirretroviral por quatro semanas e ser acompanhado no serviço de saúde.
A transmissão do HIV também pode acontecer durante a amamentação, por meio do leite materno, por isso a mãe que tem o vírus
não deve amamentar a criança. É orientada a suspensão da amamentação e a inibição da lactação. Portanto, o leite da mãe deve
ser substituído por leite artificial.

O teste para diagnóstico do HIV quando feito precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca
tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. A infecção pelo HIV
pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido)
busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.

Os testes estão disponíveis em todas as unidades da Rede Municipal Especializada (RME) em IST/Aids e nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS) de São Paulo.

A vacina contra Hepatite B é bastante eficaz, mas são necessárias as três doses para garantir a proteção. Está disponível nos
serviços de saúde; para a Hepatite C não existe vacina até o momento. É importante também manter a vacinação de adolescentes
em dia para o HPV.
Confira os grupos elegíveis para vacina do HPV:
- Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
- Pessoas imunossuprimidas; transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicas na faixa etária de 9 a
45 anos.
Atenção especial para vacinação de: gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas,
doadores regulares de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, pessoas com
ISTs.

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