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Maiky Prata
Médico Infectologista
Sexólogo CTSEX (2021)
Risco
individual
Acesso
Socioeconômico
Cultural Vulnerabilidade
Direitos humanos Individual: idade, sexo, escolaridade
Social: gênero, orientação sexual
Programática: políticas públicas de saúde
Vulnerabilidade as ISTs/HIV
• Amplia a discussão por compreender que a infecção
não está apenas relacionada a um risco individual
(comportamento) e sim envolve questões sociais,
programáticas e individuais, onde o há necessidade do
enfrentamento do preconceito e da discriminação.
• Aumento da vulnerabilidade:
– Sexo como tabu – Dificuldade de falar sobre medidas de
prevenção
– uso de drogas
– Menor renda
– Inserção étnico racial
Abordagem Centrada na Pessoa com
Vida Sexual
• Promoção de saúde e desenvolvimento humano
– Emocionais, Sociais, Intelectuais e Somáticos
• Enriquecedor
– Personalidade, comunicação, prazer e o amor
• Contempla
– Sexo, identidade e papeis de gênero, orientação
sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução
• Influenciada
– Biológicos, psicológicos, socioeconômicos, políticos,
culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais.
Objetivo das Ações
• Diagnóstico precoce e tratamento
• Testar e tratar parcerias para prevenir a transmissão e
reinfecções
– Respeito aos direitos humanos
– Diversidade sexual
– Livre de preconceito e discriminação
Objetivo das Ações
• Métodos
– Oferta de insumos: preservativo, gel material informativo
– Aconselhamento (ferramenta): discutir prevenção, ofertar a testagem
e fazer a revelação do diagnóstico
– Prevenção (outras ferramentas) oficinas de sexo seguro; espaços que
permitissem a discussão do auto cuidado
– Orientação e reflexão da vivencia positiva da sexualidade de acordo
com valores individuais e coletivos, dando opções de proteção das
IST tendo o preservativo como base
Objetivo das Ações
• Nos contextos sociais, culturais, econômicos e
de redes sociais dos quais participam
• Na realidade singular correspondendo as
necessidade individuais e aos objetivos
(afetivos, de prazer, de fidelidade, etc.)
conforme momentos de vida
• Sempre considerar as condições de vida de
cada um – de construir juntos
Estratégias
• Testagem de hemoderivados
• Introdução da política de redução de danos
entre usuários de drogas injetáveis UDI
(minimizar danos)
• Abordagem no território, valorização dos
saberes; troca entre os pares (ex- UDI;
profissionais do sexo; casas de sexo, saunas)
Estratégias
• Manejo das ISTs por fluxogramas (abordagem
sindrômica) se trata da utilização de uma
gama de medicamentos que possa cobrir as
possibilidades diagnósticas, diante de uma
série de sinais e sintomas, oportunizando o
tratamento das ists de imediato.
Estratégias
• Profilaxia pós exposição a profissionais de
saúde e pessoas vítimas de violência sexual
• Acompanhamento da gestante, sendo
realizado identificação precoce do diagnóstico
materno e tratamento evitando transmissão
vertical
• Acompanhamento do RN exposto – (ARV, não
amamentação – HIV, HTLV; Lesões ativas de
herpes na mama)
Estratégias
• Incentivo ao diálogo
– Acordo entre casais (testagem para HIV,
negociação do uso de preservativo, identificação
de relações de maior risco)
• Teste de HIV não como diagnóstico mas com
ferramenta de prevenção
Estratégias de Gestão De Risco
• Prevenção combinada
Consiste na utilização de 1 ou mais métodos de
prevenção dependendo do tipo de relação, do
parceiro e do momento de vida de cada indivíduo
• Prevenção Biomédica
• Circuncisão masculina, gel virucida, profilaxia pós-
exposição sexual (PeP), profilaxia pré-exposição sexual
(PreP) e além do tratamento anti-retroviral (ARV) com
finalidade de prevenção.
Estratégia de Prevenção combinada.
Porquê?
• 2013 ( PCAP) – mostrou que 94% dos brasileiros
acreditam que o preservativo seja o melhor
método de prevenção das IST/HIV, mesmo assim
45% da população sexualmente ativa não fez uso
deste insumo nas relações casuais nos últimos 12
meses
• Ter alguma proteção é melhor que não ter
nenhuma proteção
• Não há proteção isolada que proteja
completamente a transmissão das IST
Prevenção combinada e Gestão de Risco
• Valorização do uso do preservativo (base da prevenção)
• Amplia as ferramentas de empoderamento aos métodos
de prevenção, reconhecendo que o preservativo pode
não fazer sentido para algumas pessoas
• Gestão de riscos
– aumento do grau de autonomia individual
– Direito de pleno acesso as informações e aos diversos
métodos de prevenção que oferecem algum grau de
proteção contra o HIV nas relações sexuais e no
reconhecimento de cada individuo possui a capacidade de
escolher o método preventivo mais adequado a sua
realidade e as suas necessidades
Uso do preservativo
Taxa de aquisição/10.000 exposições
Múltiplas estratégias
• Soroposicionamento ou sorodiscordância: Relações anais
desprotegidas somente com parceiros sexuais HIV-
negativos; relações anais insertivas, com parceiros de
sorologias de HIV desconhecido ou positiva
• Comportamento soroadaptativo: Qualquer tentativa de
reduzir o risco de transmissão do HIV através do
comportamento sexual segundo a sorologia do parceiro.
(por exemplo restringir apenas ao sexo oral)
• Segurança Negociada: quando o sexo desprotegido se
limita a uma relação primaria fixa, e com preservativo
utilizado em outros encontros
Plano de ação 95/95/95
Estados Membros Nações Unidas
• 95% das pessoas diagnosticadas
• 95% das diagnosticadas tratadas
• 95% com supressão viral ate 2030
• Até 2025
– menos de 10% PVHIV enfrentem estigma e
discriminação
– Menos que 10% dos países tenham estruturas
jurídicas e politicas restritivas que neguem ou
limitem o acesso aos serviços.
Epidemiologia das IST no mundo
• Mais de 1 milhão de
pessoas adquirem
IST no mundo
diariamente
• A cada ano 500
milhões de pessoas
adquirem uma IST
curável
Epidemiologia ISTs no Brasil
Epidemiologia ISTs no Brasil
Epidemiologia ISTs no Brasil
Barreiras
Abordagem as parcerias sexuais
• Busca ativa, correspondência, cartões
• Infecções assintomáticas
– Gonorreia e clamídia em mulheres
– Hepatites virais B e C
– Infecção pelo HIV
– Sífilis latente
Sífilis
• Agente etiológico: Treponema pallidum (bactéria gram
negativa do grupo das espiroquetas)
• Classificação de acordo com sintomas e período de
infecção:
– Adquirida recente (menos de 1 ano de evolução)
– Tardia (mais de 1 ano de evolução)
– Segundo manifestações clinicas: Primaria, secundária, latente ou
terciaria
– Congênita ou adquirida
• Período de incubação 10 a 90 dias (média 3 semanas)
• Patogênese: o treponema penetra através das mucosas ou
da pele (principalmente não integra) atingindo a corrente
sanguínea e vasos linfáticos disseminando-se com rapidez
• Transmissão sexual, sanguínea ou congênita
Sífilis recente
• Tratamento
• Cauterização (Lesões iniciais)
Térmica / Química / Elétrica
• Cirurgia - Câncer / Lesões maiores
PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)
VACINA
• Tetravalente
– 6,11,16,18
• 2 ou 3doses
• Contra-indicação
– GRAVIDEZ
Referencias
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância
em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2015.
• Diretrizes para implementação da rede de cuidados em IST/HIV/AIDS –
Manual de Prevenção CRT – DST/AIDS. CCD., Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo, 2017. ISBN 978-85-99792-29-2 / 978-85-99792-31-5
1.HIV/AIDS, 2- Infecções sexualmente transmissíveis, 3- Rede de cuidados,
4- Prevenção, 5- Gerenciamento de risco, 6- Preconceito e discriminação