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Brazilian Journal of Development 104023

Biossegurança nas atividades profissionais em centros de beleza

Biosafety in professional activities in beauty centers

DOI:10.34117/bjdv6n12-776

Recebimento dos originais: 10/12/2020


Aceitação para publicação: 04/01/2020

Paola Caroline Borges de Souza


Aluno do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul- UEMS
Rodovia Dourados- Itahum Km 12, Cx 315, Cidade Universitária, curso Enfermagem, 79804-970
carollyne_souza@hotmail.com

Elaine Aparecida Mye Takamatu Watanabe


Docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul- UEMS, Doutora
pela Universidade Estadual de Campinas- Unicamp
Rodovia Dourados- Itahum Km 12, Cx 315, Cidade Universitária, curso Enfermagem, 79804-970
ewatanabe@uems.br

Fabiana Peres Rodriguez Bergamaschi


Docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul- UEMS, Doutora
pela Universidade Federal de Goiás – UFG
Rodovia Dourados- Itahum Km 12, Cx 315, Cidade Universitária, curso Enfermagem, 79804-970
fa.prbergamaschi@gmail.com

RESUMO
As instituições de beleza, tais como salões e estúdios, são ambientes propícios para a transmissão de
micro-organismos. As doenças de importância a estes locais são; a hepatite B e C, o vírus da
imunodeficiência humana (HIV), entre outras. O objetivo desta pesquisa foi conhecer as atividades
relacionadas ao risco sanitário em unidades de atendimento à beleza do município de Dourados/MS. Os
dados foram coletados nas instituições cadastradas junto ao departamento de vigilância sanitária. A
amostra total contou com 57 instituições, destas, 36 autorizaram a participação na pesquisa. A análise
dos resultados mostrou que o descarte dos materiais perfurocortantes eram realizados corretamente em
recipiente apropriado, por 30,5% da amostra, 66,7% das instituições possuíam equipamento de
esterilização. A utilização completa dos EPI’s (equipamentos de proteção individual), por 33,3% da
amostra. Do total, 5,5% afirmaram não conhecer a respeito das doenças infecto contagiosas. Dessa forma,
observou-se que os profissionais que atuam nessa área, desenvolvem suas atividades de forma
incongruente às recomendações de biossegurança do Ministério da Saúde, sendo necessário fomento em
ações educativas relacionadas às precauções universais e risco ocupacional, impulsionando a adesão de
boas práticas, permitindo condições sanitárias eficientes para o desenvolvimento dessas atividades.

Palavras-chave: Centros de embelezamento e estética, Contenção de riscos biológicos, Prevenção de


doenças.

ABSTRACT
Beauty institutions, such as salons and studios, are conducive environments for the transmission of
microorganisms. The diseases of importance to these places are; hepatitis B and C, the human
immunodeficiency virus (HIV), among others. The objective of this research was to know the activities
related to health risk in beauty care units in the city of Dourados / MS. Data were collected from
institutions registered with the health surveillance department. The total sample included 57 institutions,

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of which 36 authorized participation in the research. The analysis of the results showed that the disposal
of sharp materials was performed correctly in an appropriate container, for 30.5% of the sample, 66.7%
of the institutions had sterilization equipment. The complete use of PPE’s (personal protective
equipment), by 33.3% of the sample. Of the total, 5.5% said they did not know about infectious diseases.
Thus, it was observed that the professionals who work in this area, develop their activities incongruently
to the Ministry of Health's biosafety recommendations, with the need to promote educational actions
related to universal precautions and occupational risk, boosting the adherence to good practices, allowing
efficient sanitary conditions for the development of these activities.

Keywords: Beautification and aesthetics centers, Containment of biological risks, Prevention of


diseases.

1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, as questões referentes ao cuidado contínuo da imagem corporal estão cada vez
mais presentes, envolvendo todas as camadas sociais e faixas etárias. Consequentemente, as instituições
de beleza, tais como salões e estúdios, vêm crescendo para atender a demanda populacional. Segundo a
Associação eira da Industria de higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), esse setor tem
apresentado uma taxa de crescimento de 8,2% anualmente nos últimos 10 anos, com um movimento de
100 bilhões de reais ao ano (ANSELMO; VERGÍLIO; LEONARDI, 2020), contribuindo com a geração
de emprego, desenvolvimento tecnológico, econômico e social do país (FRANÇA, et al. 2017; ABNT,
2016).
Porém, todo esse crescimento não acompanha o nível de capacitação profissional que demostra
fragilidades em diversos pontos. As lacunas existentes abrangem espaços como a ausência e/ou
desconhecimento de normas técnicas, sanitárias e ambientais de funcionamento, o elevado grau de
informalidade, precariedade de funcionamento, elevada taxa de mortalidade dos negócios e baixo nível
de escolaridade (BORDIN, et al. 2018; ABNT, 2016; ARAÚJO; GUERREIRO, 2016)
Segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) (2016), foram
inaugurados em torno de 7 mil unidades de beleza em todo no período de um ano, a maioria como
microempreendedores individuais, porém, considerando-se o alto grau de informalidade dessas
atividades, esses números trazidos à realidade, seguramente mais elevados. Contudo, o constante
aumento dos números desses estabelecimentos trouxe uma preocupação relacionada à saúde, pois, nesse
ramo de atuação, os cuidados sanitários, quando não efetuados corretamente, podem trazer sérios danos
tanto à saúde dos clientes quanto aos profissionais envolvidos.
Esses ambientes são propícios para a propagação dos agentes causadores de patologias, podendo
incorrer no risco de transmissão de forma direta ou indireta, em virtude da ausência de infraestrutura e
despreparo técnico dos profissionais, em decorrência da falta de conhecimento sobre normas de
biossegurança, prevenção e transmissão de doenças (FRANÇA, et al. 2017; FELIPE, et al. 2019).

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A Vigilância Sanitária é um órgão público, vinculado ao Ministério da Saúde por meio da


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é responsável pela fiscalização desses ambientes
que prestam serviços à população, no qual impetram um potencial risco de danos, analisando produtos,
materiais, técnicas e infraestrutura (COSTA, 2017).
Diversos profissionais atuam em institutos de embelezamento, como cabeleireiros, que
desenvolvem atividades como corte, tintura, entre outros; os profissionais que atuam no cuidado e
embelezamento das unhas, realizam corte, polimento, retirada de cutícula, esmaltagem, aplicação de
unhas postiças, ambos trabalhando diretamente com riscos de exposição e propagação de doenças ao
realizar tais procedimentos, utilizando instrumentos específicos, como alicates, cortadores, lixas,
espátulas, tesouras e escovas. Tais tarefas devem ser realizadas respeitando critérios de higiene e estética,
pois o manejo inadequado pode levar a contaminação por fungos e lesões dermatológicas significativas
e a perda da integridade tissular permite a possibilidade de transmissão de doenças como a hepatite B, C
e HIV, (FELIPE, et al. 2019; OLIVEIRA, 2015).
Grande parte da população não possui conhecimento sobre o processo pelo qual alicates e todos
os utensílios de um centro de embelezamento devem ser submetidos, sendo fato de preocupação, por
estar relacionado à propagação de doenças como a hepatite C, pois a taxa de infecção dessa doença nesses
estabelecimentos cresceu de forma significativa, sendo atualmente superior ao contágio por via sexual
(KOHLS, et al. 2015; PADILHA, et al. 2018).
A hepatite é uma patologia silenciosa que pode ser assintomática por anos. Seu vírus infecta e
lesiona as células do fígado (hepatócitos), ocasionando inflamação e podendo evoluir para necrose, ou
seja, perda da função das células. Segundo a OMS, por volta de 325 milhões de pessoas possuem hepatite
B ou hepatite C, sendo a maioria delas sem acesso aos exames que atestem a doença e, portanto, sem
tratamento (SILVA, 2012; CRISÓSTOMO, et al. 2017; KOHLS, et al. 2015; OMS, 2020b).
A transmissão do vírus hepatite B (VHB) ocorre por relação sexual desprotegida com pessoas
contaminadas, por meio de materiais cortantes e perfurantes contaminados, como produtos médico
hospitalares (agulhas, seringas e instrumentos) e de assistência estética (alicates, tesouras, cortadores e
outros) reutilizados e ou esterilizados de maneira inadequada. (CRISÓSTOMO, et al. 2017; PADILHA,
et al. 2018, OMS, 2020b).
A VHB é uma infecção viral, da qual o vírus aloja-se no fígado, replicando-se e ocasionando a
inflamação do órgão. A infecção de um grande número de células resulta no que se nomeia de hepatite
aguda, uma ação imunológica ineficaz junto a persistência da infecção por mais de seis meses é definida
como a hepatite B crônica. Com o desenvolvimento do quadro crônico, as células hepáticas são
destruídas, formando cicatrizes nos locais e perdendo sua função nesse local, consequentemente, ocorre
o desenvolvimento da cirrose. Por volta de 50% desses casos progridem para o câncer primário

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denominado hepatocarcinoma. Porém, na hepatite B, é possível a evolução direta para o câncer, sem
necessariamente desenvolver anteriormente a cirrose (FREITAS, 2017; ZANOTI; GERALDO, 2018;
CRISÓSTOMO, et al. 2017).
Segundo estimativas da OMS, no ano de 2015, aproximadamente 257 milhões de pessoas
desenvolveram hepatite crônica ocasionada pelo vírus da hepatite B, chegando a registrar 887 mil mortes
em todo o mundo (OMS, 2020b). Entretanto, é a hepatite C que frequentemente lidera o número de
indicações de transplante hepático comparado com as demais patologias de sua classe, além da maior
incidência de complicações, como insuficiência hepática e câncer. É a patologia com maior taxa de
evolução para cirrose no mundo. O Ministério da Saúde, junto com a Organização Mundial de Saúde,
tem como meta a eliminação da doença até 2030 no país. Assim, estratégias foram desenvolvidas para
prevenção e tratamento, enquadrando todo o processo integralmente no sistema único de saúde (SUS)
(ROCHA, et al. 2018).
Até o momento, considerando as hepatites virais aqui discutidas (causadas pelos VHB e VHC),
existe apenas prevenção vacinal para VHB, que é aplicada imediatamente ao nascer, sendo conjugada na
Vacina Pentavalente para as demais doses, sendo no segundo, quarto e sexto meses de vida no bebê.
Disponível para adultos não vacinados anteriormente em qualquer fase da vida. (, 2009).
Outra patologia infectocontagiosa a ser considerada é o HIV/AIDS, que apresenta um contínuo
aumento na população, apesar dos avanços científicos e investimentos para seu controle e terapêutica.
No , até 2016 os registros mostraram 842.710 mil novos casos por ano, com uma curva crescente de
aproximadamente 41,1 casos novos nos cinco anos finais (ABREU, et al. 2016). Em 2018, foram
notificados 43.941 novos casos de infecção pelo HIV e 37.161 casos de AIDS em todo o país (, 2019).
O HIV é um retrovírus, da família Retroviridae, subfamília dos Lentiviridae. E gênero Lentivirus.
Esse vírus apresenta propriedades como: o período de incubação prolongado antes do surgimento dos
sintomas da doença, infecção das células de defesa do corpo e sistema nervoso, ocasionando supressão
do sistema imune. Foi identificada pela primeira vez em 1980. Caracteriza-se por uma infecção crônica
com dois tipos antigênicos; o HIV-1 e o HIV-2. O HIV-1 é o tipo mais virulento e disseminado pelo
mundo, apresenta elevada taxa de mutação e grande variedade genética (, 2017).
A infecção pelo vírus HIV não representa diretamente o desenvolvimento da Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Isso porque, quando uma pessoa adquire o vírus do HIV ela se
torna soropositiva, não necessariamente aidética. O tratamento da AIDS é realizado com anti-retrovirais,
que são a junção de vários fármacos no intuido da diminuição da carga viral e recuperação da
porcentagem adequada de células de defesa (CD4) (, 2017).
Frente ao exposto, além das principais doenças infectocontagiosas que podem ser adquiridas nos
salões, existe também a possibilidade da infecção por fungos que ocasionam micoses. A onicomicose é

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uma infecção causada por fungos que atingem as unhas. Assim como as hepatites, essa infecção é
contraída ao compartilhar materiais perfurocortantes contaminados, sendo o uso coletivo desses
utensílios uma forma rápida de transmissão. As micoses possuem cura e, apesar de não causarem danos
graves à saúde, caracterizam-se por um grande incômodo, uma vez que o tratamento é longo e difícil
(GARCIA, 2018; KOHLS, et al. 2015).
Considerando essas patologias, é ressaltado nos guias técnicos disponíveis para profissionais da
área da beleza, a importância de atentar-se aos cuidados de higiene durante todo o período de
atendimento, utilizar recursos específicos e adequados no tratamento dos materiais (alicates de unha,
espátulas, pinças e qualquer outro que tenha probabilidades perfurocortantes), pois ferimentos simples
com sangramento são passíveis de contaminar instrumentos que podem levar a contaminação de outros
clientes. Ter atenção com relação a limpeza de pisos e paredes e descartar materiais não esterilizáveis
como; lixas de unhas, palitos, lâminas e agulhas, em locais apropriados são de suma importância, além
do uso de EPIs para manter o ambiente, os profissionais e os clientes seguros (BORDIN, et al. 2018;
FRANÇA, et al. 2017; ARAUJO, GUERREIRO, 2016).
Os materiais como alicate de cutícula, alicate de cortar unhas, navalhas de barbeiros e lixas
metálicas para unhas, devem ser lavados, secos e mantidos em compartimentos apropriados seja qual for
o método adotado de esterilização. Um método seguro e eficaz para esterilização desses materiais seria
por meio de autoclave de vapor saturado sob pressão ou calor úmido. Onde ocorre a exposição do
material por 30 minutos em temperatura de 121º C ou 15 minutos em 134º C (BORDIN, et al. 2018;
ABNT, 2016; , 2015; FRANÇA, et al. 2017; ARAUJO; GUERREIRO, 2016).
Em Dourados, o órgão responsável pela inspeção dos salões é a vigilância sanitária do município,
que tem por intuito verificar a qualidade e seguimento das normas e regulamentos previstos em lei para
atendimentos sem quaisquer riscos. A atuação desse órgão é manifestada através de ações capazes de
eliminar, diminuir ou prevenir riscos sanitários e intervir nos problemas decorrentes do ambiente,
produção e da circulação de objetos e prestação de serviços de interesse da saúde, sendo que sua atuação
abrange tanto a fiscalização do preparo, armazenamento e todo o processo de biossegurança, como
também de todo equipamento ou produto que pode causar quaisquer danos à saúde (BORDIN, et al.
2018). A partir dessas considerações, a presente pesquisa obteve por objetivo conhecer as atividades
relacionadas ao risco sanitário em unidades de atendimento de beleza de Dourados/MS.

2 METODOLOGIA
A pesquisa foi delineada como estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa.
Participaram da pesquisa profissionais da beleza e estética de unidades de atendimento a beleza

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cadastradas junto a vigilância sanitária do município de Dourados/MS, que disponibilizou dados


referentes à 657 instituições cadastradas com CNPJ e seus respectivos endereços.
A amostra foi probabilística aleatória simples, calculada considerando erro amostral de 10%,
nível de confiança de 95%, com o total de 57 instituições, sendo que 17 instituições não foram localizadas
nos endereços disponibilizados, substituídas por nova seleção para inclusão no estudo. Do total da
amostra, 21 locais foram visitados, e optaram por não participar da pesquisa. Por fim, a amostra final
contou com 36 unidades. A coleta de dados foi realizada nos meses de junho a outubro de 2018.
A coleta de dados ocorreu por meio de instrumento de pesquisa, composto por dados pessoais
como sexo, idade, atividade profissional, estado civil, escolaridade e tempo de atividade na área. Seguido
de questões relacionadas ao processo de esterilização, sobre doenças veiculadas por meio de
instrumentos de trabalho, sobre descarte de materiais passivos de propagação de doenças, entre outros
itens relacionados ao objetivo. A entrevista foi realizada com horário e data marcados previamente.

Os dados obtidos foram tabulados em planilha do programa Microsoft Excel® e sintetizados para
análise descritiva com cálculo de frequência absoluta.
A pesquisa foi desenvolvida respeitando a Resolução 466/2012 do Ministério da Saúde,
submetida ao Comitê de Ética com Seres Humanos (CESH) da Universidade Estadual de Mato Grosso
do Sul (UEMS), obtendo parecer favorável nº 3.020.722, ressaltamos que as entrevistas ocorreram após
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram visitadas um total de 57 instituições que atuam no ramo da beleza no município de
Dourados/MS, sendo que 21 se recusaram a participar da pesquisa, permanecendo uma amostra de 36
instituições. O perfil dos entrevistados que compuseram a amostra foi na sua maioria do sexo feminino
e casadas. Praticamente, a metade apresenta ensino médio completo, tempo de trabalho entre 5 e 10 anos,
conforme apresentado na tabela 1.

Tabela1- Perfil dos entrevistados em instituição de cuidados a beleza no município de Dourados/ Ms. 2019.
VARIAVEL N %
Sexo
Masculino 10 27,7
Feminino 26 72,3

Escolaridade
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo 20 55,5

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Ensino superior incompleto 5 13,8


Ensino superior completo 11 30,7

Estado Civil
Casada 19 52,8
Solteira 10 27,8
Divorciada 7 19,4
União estável

Tempo de atividade na área


Menos de 1 ano
Entre 5 a 10 anos 21 58,3
Acima de 10 anos 15 41,2

Atividade profissional
Cabeleireira 24 66,7
Manicure 6 16,7
Barbeiro 1 2,8
Administrador 3 8,3
Esteticistas 2 5,5
Fonte: Dados da pesquisadora.

Na pesquisa, a grande maioria dos responsáveis pelos estabelecimentos de beleza são


cabeleireiros, totalizando 66,7% da amostra.
Foi possível observar no presente estudo que a porcentagem de dois ou mais profissionais atuando
no mesmo ambiente foi de 72,7%, enquanto os que possuem estabelecimento individual de 27,3%. Em
decorrência da necessidade de aprimoramento, sofisticação do ambiente e seus equipamentos e
novidades ao que se refere ao atendimento aos clientes existentes no mercado, um estabelecimento de
beleza com atendimento exclusivo de apenas um profissional está cada vez mais escasso. Nota-se um
crescimento na junção de demais profissionais, como cabelereiros, manicures, esteticistas, todos
somados em um só estabelecimento para uma oferta mais completa, satisfatória e moderna para seus
clientes (BARBOSA; SASSO; AMADEI, 2015; ABNT, 2016; MARCONDES; MONTANARI, 2020).
Segundo Centro de vigilância sanitária do estado de São Paulo (PEREIRA, 2012), a higienização
dos pentes e escovas deve ser realizada a partir de imersão em uma solução de água e sabão por 30
minutos, lavados e secados após o uso em cada cliente. Os resultados do estudo mostram que 67,1% da
amostra realizam a lavagem do objeto retirando os cabelos, com aplicação de detergente, lavagem,
enxague e secagem, não permanecendo submersos por 30 minutos. Os demais, 31,2%, somente retiram
os cabelos a cada uso, não realizando higienização, sendo isso contra as normas do guia técnico, podendo
ser prejudicial aos clientes, considerando a possibilidade de exposição aos insetos parasitas como
piolhos, micoses e seborreia (ABNT, 2016). Essa questão não se aplica à 1,7% da amostra, por se tratar

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apenas de um local onde não são encontrados procedimentos com escovas/pentes de cabelo, apenas são
ofertados trabalhos voltados para a manutenção e recuperação de unhas.
Em um estudo desenvolvido em salões de beleza do Município de Cuité - PB, foram coletadas
24 amostras de pentes e escovas, nas quais foram encontradas o crescimento de colônias fúngicas em 11
amostras (45,83%) (CARMO, et al. 2017). Em outro estudo, realizado em São Luís - MA, foi encontrado
um crescimento fúngico em 90% da amostra (ROSA et al, 2020), apontando para a importância da
higienização correta das escovas.
A pesquisa se mostrou satisfatória quanto ao uso único das toalhas, onde 100% dos entrevistados
afirmaram efetuar a troca a cada cliente, segundo Marcondes e Montanari (2020), as toalhas e lençóis
devem ser de uso individual ou descartável. Devem ser trocadas a cada cliente, minimizando os riscos
de contaminação por doenças como micoses e demais infecções de pele (BORDIN, et al. 2018;
SCHWAAB, et al, 2015). Porém, algumas instituições de beleza apresentam uma baixa adesão sobre
prática de lavagens de toalhas e ao uso único (GARBACCIO, OLIVEIRA, 2012).
Durante a pesquisa, 69,4 % da amostra afirmou que optam por produtos com registro da
ANVISA. Porém, 29% responderam escolher os produtos que são conhecidos no mercado da indústria
da beleza, onde não necessariamente todos possuem registro de segurança da ANVISA, os demais 1,6%
assinalaram não observar o registro da ANVISA, fator propenso aos perigos para o cliente e para o
profissional, correndo riscos de exposição a toxinas, falhas no resultado e agressões à saúde de ambos
(ARAUJO; GUERREIRO, 2016; BORDIN, et al. 2018; GARBACCIO; OLIVEIRA, 2018).
Quanto ao descarte de materiais perfurocortantes, observou-se que 30,5% descartam esses
materiais em recipientes rígidos inquebráveis, e os demais 69,5 % descartam todos os resíduos em lixo
comum, podendo incorrer no risco de acidentes e contaminações. De acordo com os autores Tonetta e
Agostini (2017), Garbaccio e Oliveira (2018) e Schwaab, et al (2015), é necessário um local apropriado
para o descarte de materiais dessa natureza, ressaltando a importância de etiquetas para identificação do
conteúdo e preenchimento máximo de 2/3 de sua capacidade. Em pesquisa desenvolvida por Garbaccio
e Oliveira (2018) em Minas Gerais, 23% de sua amostra utilizavam recipiente de parede rígida para o
descarte de material perfurocortante.
O método de esterilização com maior êxito e praticidade de utilização é o calor, podendo ser seco
em estufas de ar quente ou úmido através de autoclaves, sendo esse o processo mais rápido e eficiente
(MOREIRA; SILVA, 2017; AMORIM et al, 2017). Foram identificados equipamentos de esterilização
em 66,7% da amostra, destes, 77,28% eram estufa/forninho e 22,72% eram autoclaves. Estudos
desenvolvidos apontam que a estufa é o material mais presente nas instituições de embelezamento
(FELIPE, et al, 2019; PERSON, et al, 2017; BORDIN, et al, 2018). O processo de esterilização por
estufa, também denominado de Forno de Pasteur, só é indicada para materiais de superfície como

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tesouras, alicates, entre outros. Sendo necessário lavar e secar previamente os materiais para retirada de
resíduos existentes, seguido pelo acondicionamento em caixas de inox e inserir na estufa. O tempo
indicado de exposição nesse equipamento é de 1 hora a 170º C (ou 120 minutos a 160º C). Nesta pesquisa,
foi relatado a lavagem mecânica, enxague e secagem do material anterior a inserção na estufa, porém,
quando questionados sobre o tempo do processo, os profissionais não sabiam indicar um padrão, apenas
colocavam os materiais e deixavam dentro do equipamento até a próxima utilização. Fato esse que
possibilita a exposição inadequada, uma vez que não há o controle correto da temperatura, o que implica
em um risco efetividade do processo (ARAUJO; GUERREIRO, 2016; BORDIN, et al. 2018;
MOREIRA; SILVA, 2017; FELIPE, et al, 2019).
Os demais 33,3% alegaram não ter equipamento de esterilização, afirmaram utilizar a desinfecção
com acetona ou álcool 70%. Esse procedimento não é aconselhado, pois não é efetivo em presença de
sangue e não se caracteriza como agente esterilizante (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2018;
MARCONDES; MONTANARI, 2020).
Dos estabelecimentos entrevistados, apenas 41,7% afirmaram utilizar luvas nos procedimentos
desenvolvidos nos cuidados com unhas. Garbaccio e Oliveira (2012) encontraram em seu estudo
desenvolvido em Arcos (MG), que 5,3% das manicures utilizavam luvas. Já Vieira e Silveira (2016) em
seu estudo desenvolvido no interior de Minas Gerais, em institutos de beleza, constataram que 47,2%
dos profissionais entrevistados fazem uso de luvas. Sobre a utilização dos EPI’s pelos profissionais em
procedimentos químicos, 44,4% responderam que utilizam apenas luvas, 33,3% afirmaram fazer uso de
todos os equipamentos de proteção e os demais, 22,3%, assinalaram não se aplicar a questão devido não
utilizarem técnicas com químicas em seus estabelecimentos. Os EPI’s padronizados para a segurança do
profissional no manual da vigilância sanitária são; óculos, máscaras, luvas, aventais e sapatos fechados.
Todos são de uso obrigatório para procedimentos agressivos como tinturas, alisamentos e químicas em
geral, no intuito de preservar a saúde do manipulador (PEREIRA, 2012).
Nos estabelecimentos entrevistados, 63,8% responderam que realizaram curso de aprimoramento,
em área especifica de atuação (corte de cabelo, tintura, unhas de silicone, entre outros). Pois, neste ramo
de atividade não existe regulamentação que exija uma obrigatoriedade de formação profissional para o
desenvolvimento de suas funções de maneira correta e segura (Garbaccio; Oliveira, 2015; Diniz; Matté,
2013)
Sobre acidentes durante o desenvolvimento de atividade laboral, como cortes ou perfurações com
materiais perfurocortantes e demais situações, 36,9% responderam que já sofreram algum acidente
relacionado ao seu serviço, os demais 63,1% afirmaram que não. Vieira e Silveira (2016) encontraram
em sua amostra em pesquisa em instituições de beleza que 23,9% apresentaram acidentes associados a
objetos corto-perfurantes. Cortes com materiais perfurocortantes são portas de entrada aos

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microrganismos de doença infectocontagiosas, sendo assim, o cuidado constante para prevenção de


acidentes é fundamental para a segurança do profissional (VIGILÂNCIA SANITÁRIA 2017;
MARCONDE; MONTARI, 2020).
A resposta foi unânime quando indagados sobre doenças infectocontagiosas, todos afirmaram
obter conhecimento. A doença com maior número de citação foi a hepatite, porém, sem diferenciação de
suas classes, seguida pela HIV/AIDS. Também foram citadas fungos, bactérias e seborreia, entretanto,
em menor proporção. Todas estas, de fato são passíveis de contaminação nos salões. Também foram
ditas algumas doenças como diabetes, sífilis, sarna, meningite, herpes, tuberculose, hanseníase, dermatite
e tétano, que não têm significância relacionada aos salões, onde muitas delas não são enquadradas como
infectocontagiosas. Sobre o item que levantou sobre o conhecimento da forma de contagio, toda a
amostra assinalou ser por contato com sangue, cortes e materiais contaminados. Grande parte dos
materiais nesses estabelecimentos são perfurocortantes, instrumentos capazes de provocar lesões que
possam atingir o leito vascular sanguíneo, podendo ocasionar sangramentos e ser a porta de entrada para
agentes infecciosos (FRANÇA, et al. 2017; SOBRINHO, et al. 2014; OLIVEIRA, 2015).
A questão que abordou o método de prevenção sobre quais doenças infecciosas poderiam ser
prevenidas com vacinação, 80,7% citaram corretamente a hepatite. 13,8% citaram o HIV/AIDS e 5,5%
citaram não obter conhecimento sobre o tema tratado. Segundo Kohls et al. (2015), a falta de informação
a respeito dessas doenças é um grande problema social, atingindo tanto a clientela quanto aos próprios
profissionais do meio. São nítidas as lacunas de conhecimento existentes pelos profissionais da área da
beleza e estética, a dificuldade de correlacionar quais doenças podem ser expostas, a forma de
transmissão e prevenção demostram a realidade e dificuldades a serem enfrentadas (BARBOSA;
SASSO; AMADEI, 2015; GARCIA, 2018; SOBRINHO, et al. 2014).
Nenhum entrevistado soube dizer com exatidão quantos clientes levam seu próprio material, mas
afirmaram utilizar material particular ou instrumentos do estabelecimento quando o cliente não traz seu
próprio material. Os guias de saúde, biossegurança e normas de atendimento aconselham que clientes
disponibilizem seu próprio material, ou seja, materiais individualizados de uso exclusivo, sendo de
contato restrito para que as taxas de contaminação sejam mínimas (GARCIA, 2018; SOBRINHO, et al.
2014).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades desenvolvidas em instituições de beleza por profissionais como manicures,
pedicuras, cabeleireiros e barbeiros envolvem materiais perfurocortantes que, ao entrar em contato com
sangue, podem constituir um meio propício para o risco de infecção cruzada quando se refere a doenças
infectocontagiosas.

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A partir dos resultados encontrados, verificou-se que um elevado percentual dos estabelecimentos
desenvolve o processo de esterilização a partir de forninho/estufa e não possuem controle correto do
tempo indicado para um processo efetivo, as luvas não são utilizadas com frequência nas atividades
desenvolvidas e menos da metade dos locais visitados descartavam os materiais perfurocortantes em
recipiente adequado. Identificado um conhecimento restrito sobre doenças veiculadas por sangue
contaminado e sobre formas de prevenção.
Sendo assim, ressalta-se a importância de fomento em ações educativas relacionadas a
biossegurança e risco ocupacional, impulsionando a adesão para as boas práticas, permitindo condições
sanitárias eficientes para o desenvolvimento das atividades.

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