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FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS

DA
PRESCRIÇÃO ELETRÔNICA
OU
RECEITA DIGITAL

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No Brasil existe legislação específica para assinaturas
digitais (com criptografia) desde 2001, que instituiu a
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e
que diz que documentos assinados com assinatura digital
equivalem à assinatura de próprio punho.

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Medida Provisória Nº 2.200-2/01

24 de Agosto de 2001.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30
de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo
novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto
nível de alerta da Organização, conforme previsto no
Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de
2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma
pandemia.
Confirmando esse entendimento, a ANVISA emitiu em
02/03/2020 uma nota técnica igualando a validade da
assinatura em formato ICP ao padrão tradicional com
papel, caneta e carimbo.
“7. No que se refere a prescrições de medicamentos
sujeitos a controle especial, essa possibilidade somente
se aplica a Receitas de Controle Especial, utilizada para
medicamentos que contenham substâncias da Lista C1 e C5
e dos adendos das Listas A1, A2 e B1 da Portaria SVS/MS
nº 344/98, desde que também sejam atendidas todas as
exigências previstas na legislação sanitária. Destarte, a
assinatura digital também pode ser aplicável à prescrição
de medicamentos
antimicrobianos”
(SEI/ANVISA - 0897574 - Nota Técnica, 02/03/2020)
“7. No que se refere a prescrições de medicamentos sujeitos
a controle especial, essa possibilidade somente se aplica a
Receitas de Controle Especial, utilizada para medicamentos
que contenham substâncias da Lista C1 e C5 e dos adendos
das Listas A1, A2 e B1 da Portaria SVS/MS nº 344/98, desde
que também sejam atendidas todas as exigências previstas
na legislação sanitária. Destarte, a assinatura digital
também pode ser aplicável à prescrição de medicamentos
antimicrobianos”
(SEI/ANVISA - 0897574 - Nota Técnica, 02/03/2020)
ASSINATURA DIGITAL NÃO
É VALIDA PARA
NOTIFICAÇÕES DE RECEITA
Dias depois, com a Portaria do Ministério da Saúde nº
467, de 20 de março de 2020, que autorizou a prática de
Teleconsulta em Telemedicina para combate a epidemia de
COVID-19, foi reforçado novamente o entendimento da
validade do meio eletrônico para emissão de receitas:

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“Art. 6º A emissão de receitas e atestados médicos à
distância será válida em meio eletrônico, mediante: I - uso
de assinatura eletrônica, por meio de certificados e chaves
emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira -
ICP-Brasil;”

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A portaria em si não limita quais medicamentos podem ser
prescritos em formato eletrônico, mas ressalta que todas as
prescrições devem atender as orientações da ANVISA.

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Lei nº 13.989/2020 Publicada no dia 15 de Abril de 2020
(Dispõe sobre o uso da telemedicina durante a crise
causada pelo coronavírus).

A telemedicina oferece um grande desafio que é, nesse


ambiente totalmente digitalizado de assistência à saúde,
garantir legalidade, integridade e veracidade aos
documentos gerados e que estes possam ser verificados
pelos destinatários de forma ágil e protegida.

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O CFF juntamente com CFM participaram no
desenvolvimento do site oficial Validador de Documentos
Digitais em Saúde disponibilizado gratuitamente aos
profissionais da saúde, pelo Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação (ITI), instituição vinculada à Casa
Civil da Presidência da República.

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